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DIREITOS HUMANOS

REGRAS MÍNIMAS PARA


TRATAMENTO DE PRESOS

ESTE MATERIAL É PROTEGIDO POR DIREITOS AUTORAIS, SENDO PROIBIDA A REPRODUÇÃO,


A DISTRIBUIÇÃO, E A COMERCIALIZAÇÃO, SOB PENA DE RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL.
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REGRAS MÍNIMAS PARA TRATAMENTO DE


PRESOS
Galera, o assunto da aula de hoje é extremamente impostante, pois vi-
sando acabar com as barbaridades que ocorriam no tratamento das pessoas
presas, o Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e para o
Tratamento de Delinquentes foi realizado em 1955, e edificou um conjunto de
regras de direitos humanos voltado para aqueles que estão em cumprimento
de penas, denominado de Regras Míni- mas para o Tratamento dos Presos.

1 REGRAS MÍNIMAS PARA O TRATAMENTO DE PRESOS


O que é a ONU? Organização das Nações Unidas, ou simplesmente
Nações Unidas, é uma organização intergovernamental criada para promover
a cooperação internacional.

Tais regras estabelecem o que na doutrina designa de soft law, e o que


seriam estas? Elas compõem um conjunto de normas carentes de caráter
jurídico vinculante em relação aos signatários.

Assim, os Estado que participaram do Congresso que re- sultou na apro-


vação das Regras Mínimas não estão obrigados, pelo simples fato de terem
participado da criação do documento, a obser- varem, após a internalização,
suas regras no direito interno.

2 E QUAIS SÃO AS REGRAS TRATADAS NO DOCUMENTO DA


ONU?
Antes de tudo cabe ressaltar que vários documentos internacionais tra-
tam do assunto, conforme abaixo disposto.

Sendo que, o documento aqui abordado é o da ONU, denomi- nado re-


gras mínimas para tratamento das pessoas presas. Essa regra, prevê a apli-
cação dos Direitos Humanos devendo ser os mesmos assegurados inclusi-
ve às pessoas que se encontram presas.

Entre os direitos albergados destacam-se o direito à integri- dade física


e psíquica, o direito à igualdade, o direito à liberdade de religião e o direito à
saúde.

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Vamos ao texto da regulamentação!

O documento é formado por 95 itens, ou seja, 95 regras míni- mas que


estão divididas em três seções.

ESTRUTURA

Observações preliminares i ntrodução

Regras de aplicação geral ------------------------------------------------ Arts. 1º a 55

Regras aplicáveis a categoriais especiais ------------------------------ Arts. 86 a 122

3 REGRAS DE APLICAÇÃO GERAL


REGRAS MÍNIMAS

Importante ressalvar, que veremos os principais pontos do documento,


os mais recorrentes e essenciais para as provas de concurso, sendo que você
pode ler o regramento na integra nesse link:

https://www.unodc.org/documents/justice-and-prison-re- form/Nelson_
Mandela_Rules-P-ebook.pdf

Tratamento digno à pessoa do preso

É proibida a tortura ou outras penas e tratamentos cruéis, de- sumanos


ou degradantes, os quais não podem ser justificados em qualquer situação,
bem como há um dever por parte dos agentes prisionais de manter a se-
gurança dos presos, dos visitantes e de todas as pessoas que prestem ser-
viço no estabelecimento.

Está contido na regra 3 que a própria segregação dos presos é a pena-


lidade, necessitando se evitar ao máximo qualquer outro tipo de situação
desagradável aos presos mantendo assim a autodeter- minação do preso.

Conta na regra 4, dos objetivos de se aplicar as sanções de pri- são,


que são: proteger a sociedade contra a criminalidade e reduzir a reincidência.
Para que isso seja alcançado, é preciso que o encarceramento seja empre-
gue como um modo de reintegrar o indiví- duo à sociedade, carecendo
de fornecer ao preso educação, forma- ção profissional, trabalho e qualquer
outra atividade que propicie a ressocialização.

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As cláusulas auguradas dedicam-se a todos sem qualquer fora de dis-


criminação, ademais, quaisquer crenças religiosas e preceitos morais espe-
cíficos devem ser respeitados por todos.

Registro dos presos

Os estabelecimentos penitenciários necessitam manter cadastro com


as informações dos presos, devendo estar presentes nessas in- formações a
identidade, o motivo da prisão, juiz que a ordenou, data e hora da prisão bem
como estipulação da data de saída.

Atenção

Importante ressalvar que esses registros são confidenciais, porem são de livre
acesso aos presos, conforme a regra 9, além do preso aos profissionais que neces-
sitarem de acesso.

O sistema de registo dos reclusos deve também ser utilizado para gerar
dados fiáveis sobre tendências e características da população prisional, in-
cluindo taxas de ocupação, a fim de criar uma base para a tomada de deci-
sões fundamentadas em provas.

Conservação dos bens pessoais

Quando o regulamento não autorizar aos reclusos a posse de di- nhei-


ro, objetos de valor, peças de vestuário e outros objetos que lhes pertençam,
estes devem, no momento de admissão no estabele- cimento, ser guar-
dados em lugar seguro. Deve ser elaborado um inventário destes objetos,
assinado pelo recluso. Devem ser tomadas medidas para conservar estes ob-
jetos em bom estado.

Os bens que encontrar-se com o preso devem permanecer de- vi-


damente guardados e inventariados se não puderem ficar com a pessoa.
Assim, na liberação do preso, seus bens serão restituídos.

Informação

Na entrada do estabelecimento penitenciário o preso deve ser informa-


do a respeito das regras relativas à pena que cumprirá, in- formando também

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do regime da prisão, regras do estabelecimento penal, procedimentos inter-


nos, notadamente, como deve proceder em caso de solicitação de infor-
mações e apresentação de recla- mações.

Locais de alojamento

Todos os locais destinados aos reclusos, especialmente os dor- mitórios,


devem satisfazer todas as exigências de higiene e saúde, tomando-se de-
vidamente em consideração as condições climatéricas e, especialmente, a
cubicagem de ar disponível, o espaço mínimo, a iluminação, o aquecimento
e a ventilação.

Organização dos presos

As diferentes categorias de reclusos devem ser mantidas em es- tabele-


cimentos prisionais separados ou em diferentes zonas de um mesmo esta-
belecimento prisional, tendo em consideração o respe- tivo sexo e idade

Locais de reclusão

Trata o documento que em regra, um mesmo local de prisão não pode


ser ocupado, por mais de uma pessoa. Exclusivamente, em caso de exces-
so temporário no estabelecimento é possível que seja ocupado por mais
de uma pessoa, devendo esses locais respeitar a salubridade, as boas con-
dições de higiene e de saúde, além de possuir vestuários, roupa e alimenta-
ção adequados.

Separação dos presos

Por previa disposição, seguem as regras de separação dos detentos:

• Homens e mulheres devem ficar detidos em estabelecimentos separados

• Os presos preventivos devem ser mantidos separados dos con- denados.

• As Pessoas detidas por dívidas ou outros reclusos do foro civil devem


ser mantidos separados dos reclusos do foro criminal e os jo- vens reclusos
devem ser mantidos separados dos adultos.

Atendimento à saúde

O documento também prevê que os estabelecimentos penais de- vem


possuir ao menos um médico (com conhecimentos na área de psiquiatria)
e dentista para atender aos presos.

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Ademais, há previsão quanto ao tratamento, devendo os presos doentes


ter atendimento especial, com adequado tratamento de suas necessidades.

Quanto as gestantes, deve ser garantido instalações especiais, nota-


damente para atender ao nascimento da criança.

Ordem e Disciplina

A ordem e a disciplina devem ser mantidas com firmeza, mas sem impor
mais restrições do que as necessárias para a manuten- ção da segurança
e da boa organização da vida comunitária e segun- do as regras estabeleci-
das ao órgão penitenciário.

Ressalta-se que tais regras devem ser obedecidas estritamente, sem


discriminações ou com rigores excessivos.

Exercício e desporto

Todos os reclusos que não efetuam trabalho no exterior devem ter pelo
menos uma hora diária de exercício adequado ao ar livre quando o clima o
permita.

Revistas

As leis e regulamentos sobre as revistas aos reclusos e inspeções de ce-


las devem estar em conformidade com as obrigações do Direito Internacional
e devem ter em conta os padrões e as normas inter- nacionais, uma vez
considerada a necessidade de garantir a seguran- ça dos estabelecimentos
prisionais.

As revistas aos reclusos e as inspeções devem ser conduzidas de forma


a respeitar a dignidade humana inerente e a privacidade do recluso sujeito à
inspeção, assim como os princípios da proporciona- lidade, legalidade e ne-
cessidade, sendo que não serão utilizadas para assediar, intimidar ou inva-
dir desnecessariamente a privacidade do recluso.

Comunicação

Consoante é cediço, o preso está isolado do mundo social, ele perma-


neça segregado desse convívio, porém necessitará ser possibilitado o di-
reito do encarcerado de comunicar-se com a família através de visitas e
correspondências, assim como ter acesso aos noticiários, respeitando a or-
ganização e controles da administração carcerária.

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Nesse sentido dispõe a Regra 58:

Os reclusos devem ser autorizados, sob a necessária supervisão, a co-


municar periodicamente com as suas famílias e com amigos: (a) Por corres-
pondência e utilizando, se possível, meios de telecomuni- cação, digitais, ele-
trônicos e outros; e (b) Através de visitas.

Religião

Por previa disposição das Regras da ONU, se o estabelecimento prisio-


nal reunir um número suficiente de reclusos da mesma religião, deve ser no-
meado ou autorizado um representante qualificado dessa religião. Por outro
lado, se um recluso se opõe à visita de um repre- sentante de uma religião, a
sua vontade deve ser plenamente respei- tada

Servidores Penitenciários

A administração prisional deve selecionar cuidadosamente o pessoal de


todas as categorias, dado que é da sua integridade, huma- nidade, aptidões
pessoais e capacidades profissionais que depen- de a boa gestão dos es-
tabelecimentos prisionais.

Sendo exigida a formação específica e diretrizes referentes à atuação


dos servidores na área da segurança pública, observando a missão social
de grande importância, bem como diretrizes sobre o relacionamento dos
funcionários com os reclusos, notadamente ten- do-se em conta o tratamen-
to com as mulheres.

Reinserção do preso na sociedade

O sistema prisional não poderá agravar o sofrimento próprio a essa situ-


ação, podendo, no entanto, por razões excepcionais e plau- síveis segre-
gar para a manter a disciplina.

Ressalta-se que a finalidade da privação de liberdade é a prote- ção


da sociedade contra o crime, o que só pode ser assegurado se o recluso,
após seu regresso à liberdade, tenha anseio e competência para seguir um
modo de vida de acordo com a lei e fornecendo meios de custar suas próprias
necessidades.

Principais medidas a serem adotadas com a finalidade de possi- bilitar


a reintegração, entre elas:

•Análise da personalidade do preso, em atenção à individualiza- ção da

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pena, de forma que o tratamento seja desenvolvido em aten- ção às neces-


sidades individuais.

• Desenvolvimento de aptidões para o trabalho como uma forma

de ganhar a vida de maneira honesta.

• Desenvolvimento de medidas voltadas educação, que constitui obriga-


toriedade para analfabetos e jovens reclusos.

• Desenvolvimento de atividades de recreio e culturais.

• Aproximação do preso com a família.

4 REGRAS APLICÁVEIS A CATEGORIAS ESPECIAIS


Princípios gerais

Os princípios têm por finalidade a definição do espírito den- tro do qual


os sistemas prisionais devem ser administrados e os objetivos a que de-
vem tender, de acordo com a declaração feita na observação preliminar da
regra geral.

Tratamento aos reclusos

Por expressa disposição das Regras da ONU, o tratamento não deve


acentuar a exclusão dos reclusos da sociedade, mas sim fazê-los compreender
que continuam a fazer parte dela. Para este fim, há que recorrer, sempre que
possível, à cooperação de organismos da comunidade destinados a auxiliar
o pessoal do estabelecimento pri- sional na reabilitação social dos reclusos.

Regresso a sociedade

Antes do termo da execução de uma pena ou de uma medida é desejável


que sejam adotadas as medidas necessárias para assegu- rar ao recluso um
regresso progressivo à vida na sociedade. Este objetivo poderá ser alcan-
çado, consoante os casos, através de um regime preparatório da libertação,
organizado no próprio estabe- lecimento ou em outro estabelecimento
adequado, ou mediante uma libertação condicional sujeita a controlo, que não
deve caber à polícia, mas que deve comportar uma assistência social eficaz.

Trabalho

Todos os reclusos condenados devem ter a oportunidade de tra- balhar

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e/ou participar ativamente na sua reabilitação, em conformi- dade com as suas


aptidões física e mental, de acordo com a deter- minação do médico ou de
outro profissional de saúde qualificado.

Atenção
Deve ser dado trabalho suficiente de natureza útil aos reclusos, de modo a con-
servá-los ativos durante um dia normal de trabalho.

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Na prática

(IDECAN/PC-RJ - 2017) Em relação às Regras de Mandela, ana- lise as afir-


mativas a seguir.

I. Todo preso que não trabalhar a céu aberto deve ter pelo menos uma
hora diária de exercícios ao ar livre, se o clima permitir.

II. As administrações prisionais devem assegurar a proporcio- nalidade


entre a sanção disciplinar e a infração para a qual foi esta- belecida e devem
manter registros apropriados de todas as sanções disciplinares impostas.

III. Os presos devem ter acesso aos documentos relacionados aos seus
processos judiciais e serem autorizados a mantê-los consigo, sem que a ad-
ministração prisional tenha acesso a estes.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

a) I, II e III.

b) I, apenas.

c) III, apenas.

d) I e III, apenas.

Comentários

regra 23.1, que garante que o preso que não trabalhe a céu aberto tenha uma
hora diária de exercícios ao ar livre, se o clima permitir. A afirmativa II é corre-
ta, conforme regra 39.2, sendo assegurada a proporcionalidade das san- ções
aplicadas ao preso, as quais devem ser mantidas em registro. A afirmativa III é
correta, sendo que a regra 53 garante ao preso acesso a documentos relacio-
nados aos seus processos judiciais, os quais po- dem ser mantidos pelo preso.

GABARITO: A

(VUNESP/PC-SP - 2018). Nos moldes das Regras Mínimas das Nações Unidas
para o Tratamento dos Presos (Regras de Mandela), na hipótese de haver

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uma presa em estado de gravidez ou com filhos em determinado estabeleci-


mento prisional,

a) após o nascimento da criança, esta poderá ficar com a mãe no estabe-


lecimento prisional, no máximo, até completar dois anos de idade.

b) os exames pré e pós-natais não devem ser realizados no pró- prio es-
tabelecimento prisional, devendo a presa ser conduzida a hos- pital ou clínica
especializada sempre que necessitar.

c) devem-se adotar as medidas para que o nascimento ocorra em hospi-


tal fora da unidade prisional, mas se a criança nascer no pró- prio estabeleci-
mento prisional, este fato deve constar de sua certidão de nascimento.

d) providências devem ser tomadas para garantir creches inter- nas ou


externas dotadas de pessoal qualificado, onde as crianças po- derão ser dei-
xadas quando não estiverem sob o cuidado de seu pai ou sua mãe.

e) se a mãe, após o nascimento do filho, quiser manter a criança com ela


no estabelecimento prisional, essa decisão deve se basear no melhor interes-
se da mãe e deve ser tomada pelo Diretor da unidade prisional.

Comentários

Fundamento na regra 29, creches internas ou externas dotadas de pessoal


qualificado, onde as crianças poderão ser deixadas quando não estiverem sob
o cuidado de seu pai ou sua mãe.

GABARITO: D

(IPFC/SEAP-MG - 2018) Assinale a alternativa que NÃO está de acordo com


as Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento dos Presos. (Regra
33 - Instrumentos de Coação)

a) A sujeição a instrumentos tais como algemas, correntes, ferros e co-


letes de força podem e precisam ser usados como aplicação de sanção em
rebeliões

b) É expressamente proibido o uso de correntes e ferros como instrumen-


to de coação

c) Por ordem do diretor, depois de se terem esgotado todos os outros

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meios de dominar o recluso, a fim de o impedir de causar pre- juízo a si pró-


prio ou a outros ou de causar estragos materiais; nestes casos o diretor deve
consultar o médico com urgência e apresentar relatório à autoridade adminis-
trativa superior

d) Em caso, de medida de precaução contra uma evasão durante uma


transferência, os instrumentos de coação são permitidos desde que sejam
retirados logo que o recluso compareça perante uma auto- ridade judicial ou
administrativa

e) Autoriza-se o uso por razões médicas sob indicação do médi- co


responsável

Comentários

letra A é o gabarito. A regra 33 veda expressa- mente a utilização de algemas,


correntes, ferros e coletes de força como sanção, não havendo permissão em
qualquer espécie.

A assertiva B está certa, pois a regra 37, (d), admite a segregação involuntária
quando determinada por lei ou por regulamentação ad- ministrativa.

A assertiva C é correta, correspondendo à regra 47.1, que impõe a dominação


do recluso apenas após o esgotamento de outros meios.

A alternativa D é correta, correspondendo à regra 33, (b), que permite a utili-


zação de instrumento de coação para evitar a evasão.

Por fim, a letra E foi considerada correta pela banca, mas o enun- ciado é in-
completo: deve-se entender como permissão a que o preso faça uso de me-
dicamente que traga consigo, desde que sob indicação médica.

GABARITO: A

(FAPEMS/PC-MS - 2017) Em 2015, as Nações Unidas concluíram a atua-


lização das Regras Mínimas para o Tratamento de Presos,riadas em 1955.
Apelidado de "Regras de Mandela", o conjunto des- sa atualização traz como
uma de suas principais inovações que

a) são vedadas as penas de isolamento e de redução de alimen- tação,


a menos que o médico tenha examinado o recluso e certificado, por escrito,

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que ele está apto para as suportar.

b) é vedada a utilização de instrumentos de coerção física em mulheres


que estejam em trabalho de parto, durante o parto e ime- diatamente após o
nascimento do bebê.

c) será sempre dada ao preventivo oportunidade para trabalhar, mas não


lhe será exigido trabalhar. Se optar por trabalhar, será remu- nerado.

d) nenhum recluso pode ser punido sem ter sido informado da infração
de que é acusado e sem que lhe seja dada uma oportunidade adequada para
apresentar a sua defesa.

e) salvo circunstâncias especiais os agentes que assegurem ser- viços


que os ponham em contato direto com os reclusos não devem estar armados.

COMENTÁRIOS

A regra 48.2 estabelece que os instrumentos de restrição não devem ser utili-
zados em mulheres em trabalho de parto, nem durante e imediatamente após
o parto.

GABARITO: B

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