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Apresentação Filosofia 

Nós iremos falar da teoria da justiça como equidade de Jonh Rawls que surgiu na tentativa de dar
resposta ao problema de uma sociedade justa. 
 Este problema levanta bastantes questões filosóficas complexas, como por exemplo, como
devemos definir e medir a justiça? Qual é o papel do Estado na promoção da justiça social? Quais
são os direitos e responsabilidades dos indivíduos e das instituições sociais? Como devemos
distribuir os recursos? 
 Sendo assim o problema da sociedade justa envolve questões de igualdade, justiça social,
distribuição de recursos, oportunidades e direitos humanos. 

O problema da organização de uma sociedade justa aborda a questão fundamental de perceber


como podemos criar e estruturar uma sociedade justa. 
Tendo em conta que, uma sociedade justa é aquela que busca garantir a igualdade de
oportunidades, o respeito aos direitos individuais e coletivos, a distribuição equitativa dos recursos
e a promoção do bem-estar geral.  
Concluimos que uma sociedade justa é aquela que procura criar um ambiente em que todos os
membros tenham condições de desenvolver seu potencial humano, desfrutar de liberdades básicas
e participar ativamente das decisões que afetam as suas vidas. Assim surge a teoria da justiça com
equidade de Jonh Rawls. 

Com esta teoria, Rawls pretende mostrar que a justiça é o primeiro conceito que permite avaliar se
uma sociedade está bem organizada e com isto perceber como é que as instituições distribuem os
deveres e direitos. 
A teoria de Rawls é considerada uma teoria contratualista, já que esta defende que os princípios que
regem uma sociedade resultam de um acordo ou contrato estabelecido entre partes interessadas. 
Para Rawls a justiça deve ser pensada como uma forma de se atingir a equidade, pois reconhece que
não somos todos iguais e que é preciso ajustar esse desequilíbrio, através de aplicação de princípios
universais racionais dentro da estrutura de uma sociedade bem organizada. 

Sendo assim, Rawls defende que a escolha dos princípios de justiça que devem servir de base à
sociedade são obtidos a partir de uma situação equitativa, a que Rawls dá o nome de “posição
original", ou seja, uma situação imaginária de total imparcialidade, onde nenhum individuo é
favorecido em relação a qualquer outro e em que Rawls nos incita a imaginar quais os princípios
organizadores de uma sociedade justa. Desta forma as pessoas que se encontram no contrato inicial
da definição dos princípios da justiça devem se colocar na “posição original” e devem estar cobertos
pelo veu de ignorância. 

O véu de ignorância consiste no principio de que os individuos desconhecem a sua situaçao de


classe ou estatuto social, ou seja, não sabe que posição terão na sociedade futura; desconhecem
tambem os seus talentos naturais como a inteligencia, força e outras qualidades. Este permite nos
ser imparciais na escolha de princípios justos e iguais para todos, pois garante a equidade dos
fundadores da sociedade, desconhecendo as situações especificas da sociedade, os seus ocupantes
e os seus lugares. 
Assim, Rawls considera que no momento da escolha dos princípios que vão orientar a sociedade irão
considerar o que é mais racional escolher tendo em conta a pior situação possível, adotando assim a
regra que permite a maximização do mínimo de bens sociais primários que cada individuo pode
obter, a regra maximin. Esta regra permite nos maximizar todas as oportunidades; fazer a escolha
como se o pior fosse acontecer e jogar pelo seguro, evitando correr riscos. 

 É com base nesta situação equitativa que são escolhidos os três princípios da justiça: o princípio da
liberdade, o princípio da igualdade de oportunidades e o princípio da diferença. 
   
 Princípio da liberdade igual: «Cada pessoa deve ter um direito igual ao mais extenso sistema
de liberdades básicas que seja compatível com um sistema de liberdades idêntico para as
outras"                                                                                                             O principio da liberdade exige
que haja igualdade na atribuição dos direitos e deveres básicos, bem como a máxima liberdade para
cada indivíduo que não ponha em causa uma liberdade igual para todos. Rawls elenca as
"liberdades básicas": liberdade política (direito ao voto e à ocupação de um cargo público);
liberdade de expressão e reunião; liberdade de pensamento e consciência; liberdades da pessoa
(proibição da agressão física e da opressão psicológica); direito à propriedade privada; proteção
quanto à detenção arbitrária. 
 
 Contudo, Rawls percebe que a existência de uma "lotaria social" pode condicionar a
igualdade na atribuição dos direitos e deveres básicos. Assim surge o princípio da igualdade de
oportunidades e o princípio da diferença, sendo o princípio da igualdade de oportunidades
prioritário relativamente ao princípio da diferença. O segundo princípio da justiça que se subdivide
(em duas partes): No principio da diferença e o principio da igualdade de oportunidades. 
 
 De acordo com o princípio da diferença: as desigualdades económicas e sociais são
aceitáveis apenas se resultarem em vantagens compensadores para todos e, em particular, para os
membros mais desfavorecidos da sociedade. 
As diferenças devem servir para maior benefício dos menos favorecidos. Rawls admite que exista
uma desigualdade na distribuição da riqueza na condição de essa desigualdade favorecer os mais
desfavorecidos. Este favorecimento conduz a uma sociedade mais estável, equitativa e,
consequentemente, mais justa para todos e contraria a “lotaria total”. 
 De acordo com o princípio da igualdade de oportunidades, as desigualdades não serão
aceitaveis se decorrem de oportunidades que são dadas a uns, mas não a outros, isto é, o Estado
deve intervir para garantir que todos tenham as mesmas oportunidades. 
 
Concluindo, é com base nos princípios de liberdade e equidade que deve ser feito um contrato
social justo, que atenda às necessidades de todos os indivíduos, sendo eles tratados igualmente,
com o mesmo acesso às instituições públicas, promovendo assim a Justiça Social. 
 
Não obstante, a teoria da justiça de Rawls não está isenta de críticas, especialmente no que diz
respeito ao princípio da diferença e na escolha dos princípios da justiça. 
Existem pensadores, como Nozick e Sandel que argumentaram a favor de uma conceção minimalista
de justiça, enfatizando a importância dos direitos de propriedade e da liberdade individual. Desta
forma surgiram as seguintes objeções.... 

 A crítica libertista de Robert Nozick incide sobre o princípio da diferença e a redistribuição da


riqueza. Nozick considera que a interferência do Estado na utilização dos bens dos indivíduos é
uma violação do direito de propriedade e que não cabe ao Estado fazer a redistribuição da
riqueza. Nozick defende uma conceção de Estado minímo, Estado que só deve intervir na proteção
dos cidadãos, nas ameaças exteriores e no cumprimento das leis, mas que não interfere na vida
económica.  
 A critica comunitarista de Sandel reflete sobre a posição original e sobre o véu de ignorancia
propostos por Rawls. Sandel considera que não basta ter escolhas imparciais para serem boas,
temos de saber em primeiro lugar o que é bom e só depois saberemos o que é justo. O conceito
de bom é anterior ao conceito de justo. 
 
 
Para vos dar uma argumentação mais concreta vamos enunciar um exemplo do dia a dia para
demostrar de que forma a teoria de Rawls está presente na sociedade portuguesa.A nossa
sociedade é baseada em princípios democráticos e respeito aos direitos humanos,incluindo direitos
civis e políticos. Portugal tem uma constituição que protege as liberdades individuais, como a
liberdade de expressão, a igualdade perante a lei e a liberdade de associação. Este é um exemplo
concreto da argumentação de Rawls que defende que todos os membros de uma sociedade devem
ter um conjunto básico de direitos e liberdades garantidos. 
 
Outra posição defendida por Rawls é a justiça na distribuição de oportunidades sociais e
economicas. Em Portugal, isso observa-se, pois, embora existam desigualdades socioeconômicas, há
esforços para garantir a igualdade de oportunidades, por exemplo, através do sistema educacional
público e políticas de inclusão social. 
 
No entanto, Rawls defende que uma situação de desigualdade é aceitável desde que beneficie
aqueles que estão em situação de maior vulnerabilidade. Em relação a esta posição, a sociedade
portuguesa enfrenta desafios, como a pobreza, o desemprego e a exclusão social. Contudo existem
políticas públicas que têm sido implementadas para reduzir essas desigualdades, como programas
de assistência social e a promoção do emprego. 

Por ultimo, em relação aos princípios da justiça que são decididos a partir de uma posição original, onde as
pessoas desconhecem as suas características pessoais. Na sociedade portuguesa, embora não exista
uma situação literal de posição original, existe uma tentativa como por exemplo, a democracia e os
processos eleitorais. 
Filipa 295

Raquel 290

Marcia 260

Bruna 270

Ivo 250

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