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FAR IOT RCA DE CENCIAS See ALITA va nt Caren fe ibe & Sane ener Lame Fann Comments Ecco agmmc Cas Avs Pree Gare Bera Macs fares Nesor (umma> Care Ae fast 2 ee Noe Pec Be tes Tomcce Je Ame: Miser i & Couture Atucneme vm Sie Tea emo Done Lae Bem Ve depres Evaico pe Lina FIGUFIREDO GISALIO CERQUFIRA FILHO LeANDRO KONDER Corganizadores) POR QUE MARX? > I: 3 Jé 0 conceito de “democracia de massas”, com o qual teva adiante as formulacdes de Gramsci e Togliatti es de que, com a “socializagdo da politica”, com a gestacao . idéig rede de organismos de massa cada vez mais difusa e complexa © uma endo apenas um novo terreno para a luta pelo socialismo, ot” também jé se esbocaram — no seio do proprio capitalismo * como tas formas estatais da futura democracia socialista. O con cee hepemonia, de origem gramsciana, ganha uma dimensao 2] ta a0 se articular com o de pluralismo: “Falamos hoje — di concre. see negemonia e pluralismo. Eu diria mais ae jnonia da classe operéria no pluralismo. £ uma formula ae hege- limita @ indicar a diregao da classe operéria baseada no eer uma formula que jé alude a uma precisa forma politica e seuss consenso” **, estatal do, Essa breve resenha de alguma: ‘pai r s das principais formulagé Marr € dos marxistas sobre 0 vinculo entre socialismo ptt ; ci in oe - foe = aus, a partir do patriménio categorial _ wutor de O Capital, & possivel 7 , — quando se st ualgur exo dogmético © quando se conserva uma dupla fe. ao método de Marx e a realidad. ° ie fe concreta em permanent rae a de forma adequada os desafios colocados aie a ee ie ! popular, E essa me parece ser idade de Marx, no mom ‘moramos o centendrio de sua morte. Se 1980, pp. 151-152. 16. Pietro tng 40, AS massas # € 0 poder, ed. brasileira, Rio de Janeiro A POLITICA, A GUERRA E OS MILITARES Eurico pe Lima FIGUEIREDO * Nis OpsTANTE os consideréveis avangos das idéias ¢ das inst: tuigges democraticas no mundo contempor’ned; & ‘questio da_ parti SGpaedo politica dos militares permanece como (rit de atualissimma presence. Sendo mais freqiiente € direto 9 cenvolvimento das forgas vrrnadas com as engrenagens do poder 10s repides subdesenvolvidas asim desenvolvimento, a pertinéncia do problema nfo restringe ou mente a estas Areas. Igualmente no émbito dos paises desen- volvidos — capitalistas ou socialistas — continua sendo de funda- ‘mental importancia a compreensao dos processes Gv definem a inter- Wengao marcial nos dispositivos de decisio do Estado» fica da Universidade Federal Flv * Professor Adjunto de Ciéncia Polit a Faculdade de inenser Profesor Titular de Sociologia ¢ Citncia Pollen 0 ‘Administragdo da Guanabara, SESAT, Rio de lanc0, iiseaeso O Stuaidade da questio, miitar no cove do, capitaisme wee welled, 5 te ee Socir, London, Quartet See Toyo, pp. 116-123. No case ewpecfco dot stados Unidos ver © ork, Oxford balho jé cléssico de Mills, C. Wright, The Pe ore oma S10 University Press, 1956, capitulo referent ace "Seahorse preciosos os estudos de Kolkowicz, Rona The en te, is Pos Univer in TI ve Officer COPS: ‘munist Party, Princeton, Princeton WNC and Army: Professionatism and Political, Con in ee é Coniges. & claro ate & Cambridge, Mass., Harvard Univer Lie a ie ea satin pagel casters mitar do Gal, Taruzelski pa Potonia °°! os paises socialistas. A literatura marsista pés-Marx ndo soube forjar, em yy fendiaeno em tela, um corpo especifico de reflexag te6rica@° #0 pode, conseqiientemente, alargar seu campo de investigacio ey, Néo sobre o assunto. As indicacdes mais ou menos Sisteméticas Jey por Marr, capazes de instrumentalizar a constituigag a ae Ha constente sobre 8 teases ene 0s conjuntos ngs politica, do foram aprofundadas pelos sucessores mais ilustres ge auior do Das Kapital®. Na verdade, os estudos sobre @ matérig dy principalmente no contexto do chamado mundo Periféricg _ yg io conduzidos em grande parte sob a égide de abordagecg bastan tes distintas daquelas perseguidas por Marx, Este relative desinte fesse contrasta, assim, vom uma vasta e variada bibliografig ot marxista a respeito de outros topicos (empresirios, sindicatos, mo. vimentos sociais etc.). As razOes para esta lacuna nfo eventual desatencdo de Marx em relaga: dadeiro que o seu maior colaborador, muito mais pelo problema, devem ser identificadas ng 10 a questo, Se € bem ver. Engels, tenha se interessado consta no curriculo de Marx inimeros Labalhos sobre © problema. Ademais, como lembrou Engels en iversas oportunidades, seus trabalhos foram inspirados nas. preserh Ses metodolégicas ¢ tebricas propostas pelo seu companheiro. sendo © trabalho dos dois muitas vezes compreendido como um esforgo Conjunto (embora, € claro, jamais totalmente “‘integrado”) * Ha de se considerar, ainda, que conhecido comentador dos escritos ii Hitares marxistas registra que uma edigéo completa das obras de Mark 2. Lénin ¢ Trotiky, por exemplo, escreveram bastante sobre o probleme ar, Mas seus escritos tinham objetivo certo: refletir sobre as forgas arma $5,.ne ,GoMexto da implantacio da hepemonia sovigticn, “Vor thas, Wi. wang dnd Milltary Science, Mescou, Boch, 1965; Trotsky, L- Miltary Writings, Nova York, Pathatinder, Press. 1971, dade de avaliar literatura sobre o assunto no caso Eurico de Lima, The Role of the Military L i of the Literature, paper apresentado m8 MOD talb Acttices Gesteg Seria Unieemly, Geek ae patos at Hast Mire Sate pate getteeiads igh ap Iago de Meet Mi, spear da imporiinia de bee een see Pate ram eat cont A SPTE © wgundo viling” No ee mPa, Ooh Se Bagels “re yah! Haden on consinnita te ca ae ee neepsio materialista da histéria e na teoria sma dezena de volumes de 600 paginas cada enderia MUcsinteresse, portanto, deve ser descartada, A tee oyopide. Una expegio min aang, como ineprvada, deve ser procurada 29 exencietto is ventura mais Ar que reflete o tema © mrcura inves) « 0 slaes PME Cgndona & atensdo € & esq 30 tontextO cc is com Bae ia fimines anciashistrio-sciais em que viveu Marx marcam as cccnstancias hintreo soray iets nos pases onde 0 de xP eee el a0. seu proprio método, Marx a oe sone er a elementos e as condigdes que poder jou no 36 identi de tal ordem. Pre- vou nao 6 desenvolvimento de on xplcar as origttjecer os dados © of Tequstos que Duden t anaes 2, 0 capitalist, npr cs ees sezuno w go ee contradiges terns confirmar suis Mjevido as suas inconcilidveis com ges mers ere 20 social. Isto & seria superna. original forma de crgsizagto sora Io 6.1 Por a ocilista.-Vivendo, assim, em oss de eotendas ¢ ne sociedpaformagoes histéricas, supondo ee ens dites twaPSrergeria dos insolavels antag dc Se idenifcavam cia ta gam © qual ambos, Marx e Engels, eee ee tores de O Manifesto Conuni ; riamente), 08 auto aaa veer ubstancias esforcos intelectuais ma ita ienein ge So iriam a nova sociedade. Neste sentido, Se ee parte, dedicar-se-40 muito mais 20 eee ee acd ido de cat al 20 exame detalhac ee eae que se ean participagdo politica dos a que, como ou pars aa ae : usentes r =o. evidentemente, nao esto ae " a sev” earente de mais id'seassnalon, si abundantes sobre o ica, Mins Tee medida significativa, propostos em oo so Past, AM mica de Marx” (cf, Lin, Vl, bras Exo Sage si, Someatariaee “Friedrich Engels"). : yarte integrante 1975, 32, texto wbre “Friedrich, Ena) sone Pe a siren oe taos gos ET er i Me Stn aan seo sl ml oe» somo este que vise in que leva Seu NOME, scciaires, tam iro como este que vs, ora a rhe Ml wD eitelo € de Dontevil, Rowe 8 Paris, Editions de L'Herne, 1970, P. 10- 8i oo Sistemético trabalho de elaboragio teérica» qhistivos imediatos. Nao se contiguram, assim, og tge™ Ya Btores privlegiados da cena politica. Surgem, antes eS jentos da dominacdo estatal. Esta, por sua warns. relagdo antagénica de classes, sendo 9 objeting we na sociedade. As forcas armadas nao aparecon ne Protagonistas que, como nos dias de hoje, pring dos paises do Terceiro Mundo, podem oyeies™ aetado : 2 contrério encarnam os desigaios des 5 ice, rs) an ede pei Sie roms fevolucionéra, souberam submeter © apareine een ee Significado, Isto eg eontico-ideolégica Tal diregao tem onan Rependo, lo &: a eapacidade de as clases dominanter irre? Tran amos patties ¢ idelbgicos, dentro e fora da organinasee om Seus interests No earner Par cipacio dos conjuntos militares x . No entanto, tal sul ilitares aos bordinaci ca mmpartilham ico, sendo legit ria © compartilhamento das forcas armadas ‘Gente . hima, impli- i0 como um todo, mas a0 menos pelo oficial icialato superior) de al eae s Igumas das ben ae us eventuais aspiracdes politicas dos militares ee = je controle do Estado careceriam de autenticacao face & — -gemonia burguesa *. ae xPlicay aaa ped lentais vigentee ‘Mle No Ambitg Conducao do eM ac ol iin, aes lS ele ae spt mts ten i tn ah ih fe pinta i a te ala ei foes ae es gaia ae oe ma superficie.” ee Looe ar Press, 1973. p. 123. [ a iin a eee Ce ee San Fv Et Sid Bogie: Pati MeN oe te ete aca tgs io ace oe eco ee eno ar cen 42 critos militares marxistas, desse modo, néo za verar a partcipagio ativa do exéeito nos disposi de Meio, mas de estende-lo como objetos ou, nas Boe ent Eg Marx, como "érga0s do paver estatal central pouwras J PT anto, de forma apenas indicativa que se poderé Figo” Sete es de Marx (@ de Engels) elementos que per- oa nais sistematica de uma concepgdo mais con- weal uiuracdo ™ iam eg papel obticd dos mires stem peeves e preliminares anotacoes permitem, jd agora, propor crteintas relativas @ organizacio militar como méquina matye aos objetivos (tanto internos, quanto externos) das \dovariadas combinagoes, somente de- fragdes) que, segun fa andlise empirica em cada conjuntura concreta, contro- ‘Em segundo lugar procurar-se-4 sistematizar, ainda felementos que, nos escritos marxistas, podem ,ensdo mais consistente dos militares como coerce e ja tentati¥® statais a segui ts idéias palica ave classes (€ tectaveis pel am o Estado. que de modo suméio, conduzir a uma compre categoria social. ‘A guisa de conclusao, procurar-se-& brevemente delimitar@ atvalidade do Pensamento de Marx em relagao ao problema, assim ‘como possiveis e futuros desdobramentos. A POLITICA, A GUERRA E OS MILITARES A politica ndo emana, como nos temas clissicos do idealismo alemio, das razbes de um Estado capaz de representar ¢ mediar que as forgas armadas, potencialmente, lures, a elite politica esté ciente de assim, assegurat a ilegtimidade podem ameacar a ordem civil. Procuram, @ aluagdo militar na esfera. politica, conterindo-he um papel neutral como “Servos do Estado”. Além isto, tentam evitar eventuais aspiragdes politeas os militares através da eriacio de efetivos contra cf. Stepan, Alfred, The Military Polites, Princeton, Princeton University Press. 1971, P58) E claro que a situagao mudou em situagdes como na América Latina onde 2 Vin para hegemoniaburguesa oo continente segue caminhos diverse 208 teithados no capitelismo avangado, Sobre a questzo da hessmonia om, Wtice Maes a Amica Latina, cf, Fernando Heniave Caen, orang & emocraci, Rio de Janciro, Paz e Terra, 1975, pp. 125-134. : 10. Marx Karl, ¢ Engels; Friedrich, Testor, wl. I, SS0 Paulo, Essie Secisis, 1977, p, 194. Cf, nota 22 adiante, 83 todos 05 ii i : ea ene 20 S01 fe tensio estabelecida na iteraglo entre dommadores sats ® Nao € que a politica, neste sentido, de aS Sominad, enistencia prévia do aparciho estatl, Todas as sciedadee heres es one ia Todas as sociedades humanas oucal Nan teceisae ere eats Vad tn ellen ‘ina’ Gs.desigualdaded Gia satya om tancl ee Gre c)alignds cca os parma wie eet at ace! fs ces No eulenis « aduce de pallies arora caus: is dassca, pot sua vol, dehasinas pale pa oe telomeradon humanon ace um determinage tn de rodasio, ‘Ocupando posicdes diversas no interior deste Gneneis eee reteizamse por seu interes antagonists de eo to de inergho net stem H- Esesintreses,fundametanen te, radicam-se, por um lado, nos minoritérios agru cine Ga Xe spelen es Bots de produglose, por euro, nos amplos grupos GBP se distinguem pela simples posse de sua forca de trabalho. A te fagio interclassista, para se verificar, depende, portanto, dus relagbes de produgio que correspondem sempre a um gra dado de desenvol- vimento ‘das forse. prods "A plena apreensio do fendmeno politico como relagko entre as ¢ fo po polio sone ie re ag classes ndo pode prescindir da pers- 0 aparecimento das relagtes de classe rigs a emerainca, ne hist6ria, do seu coctdnco necesssrio: 0 Estado, Este 6 0 lacus pri Vilegiado do poder; a politica institucionalizada, Mas, nestes termos, 5 kstado € mera aparencla, © seu contetido real mais determinants Th Marx, K.. @ Rngelt, P., La Kdrolagla Alemuna, Montevideo, Puchlos Unidiat 1958, 5 6H.” Part 0 conceito de “cme” ver av formulagien de Lésin, Vi tane cirun.Iniitiva” aud Martha Hiarnecker, Los Comets Blemen- vine Hel Matertallino Histdrico, México, Siglo XX1, 1970. p. 116. Te Na perapectiva marxiin 0 fendmeno politico on gine de cars dhcves intovices ewe dencavolve a parlir de outros, Trait portant, erring Miatrica, enpiricamente orientale, & neste se oe orny.tiberain clwican fo foram etPwet de tifien sobre 0 Estado, apclanda pare rgumento® Maguidvel, Porto Aleure co de urn Teoria d sentido que Gruppi diz construir uma teorin cient saturatintns, Cf, Groppi, Lx Tudo comecow com LAM, 1980, R4 esta & tas classes dorninantess jsto & pelas classes (© gun captura PE ag) que, segundo ‘complexos arranjos, que S° fas respecte forma de aliancas € ompromissos, ¢ tendo em vista aterializa™ = de desenvolvimento +8, Jogram a captura do apare~ yenificat¥? FOE stado se configu’? ‘como um “ente coletivo”, capaz Ole Sontar os multiples iMteresse politicos. No entan- one eeologica. Na realidade, 0 Estado e epi carapace CGE Peeest dor aoe lo, Vetaae ar garantindo-os © pet interesma palavra, na formula de Marx, no Estado “se uande-os, Bm Wade civil # de uma época’ Brige-se o Estado fondensa t0d8 4 7Crematizador do direito ¢ 42 moral piblica, que como instrumenss crdos em forma de Tei" | A tei, aparentemente, sam rar aim de todas #5 cass; axé mesmo das dominantes. Phas € este sinico, Meio ‘pelo. qual os interesses: vigentes podem se garantie muruamente- 5 Estado assume — em parte como Pre tensfo, ¢ em parte como realidade — 2 consciéncia, a racionalidade, Spader organizado € coercive. & representatividade do bem geral, © Fos ou de que carecem a sociedade 08 STATES particulares que a integram” **, 'O Estado emancipa-se da sociedade; apropria-se de- Ine reivindica 0 monopélio da coisa publica AT, Suas fungdes sao Tegitimadas pela ideologia que nada mas fa ‘do que expressar ideal- mente as relagdes materiais dominantes " As relacdes politicas na sociedade de classe referem-se, portan- to, wa tanto: “As polticas dos Estados, 0 plano interior S68 Seeiedades onde tem vigéncia, visam manter a pletora dos interesses seis Omen relagdes internas articulamse com as externas. | N& tafera internacional, as politicas externas dos Estados, interse! indo con outs fengas, reage. por sua Ver, sobre as relagdes internss dos Th Gh Mate, K., Prefdelo a la Contrbuicidn a la Critica de ta Economie Potied, Moni Faitorial Progressos 1966. Ta. Mara, Kye Engels, Eu La Ldeologia Alemand, op. cit 15, Marx, Ky Texfos, op. sits ids ib. rants, Nan, Marcon T. Formacd do Fat loruda, W974, p. 19, ce 1 Guerra Civil na Prancé Es Pesos op. cits p66, Cha “Eee iintepenit a gut grigivasiamente devia, sus) simples instramento” 18, Marx, K., ¢ Engels, F.. Lat ldeoloxia Alemana, op; tado Nacional, Rio de Saneitoy jovernos *, governos '*. Como jé sentenciava Clausewitz, a guerra € simp é simples. mente a continuacio da politica por outros meios , Mi tetio da pottic, clas realiza aavés do emprego explicate viokncia, Lenin, inerpretando Marx, mosterd que ete ens nto € verdadeiro apenas parcialmente *, © comme da gusra € a politica e, sendo o contesido. determinante a relagao entre es clases, Segue-se que a guerra 6 extravasto, para o paleo internacional, dos designios {camuflados pela ideologia) das classes. daminantes =, A sata poliicoeial da guerra revela, entdo, sua esséncie Boe a se submete aos interes micos e pol ager sses econdmicos e politicos dos Estados Mas a guerra nao se manifesta apenas ao afvel internacional, ocorre também no plano nacional onde operam os Estados. A guer- ra interna, a guerra civil, eclode quando 0 Estado, néo suportando a pressio da oposicao revolucionéria, vé-se obrigado a acionar os Seus dispositivos repressivos para enfrentar a contestacdo aberta das lasses subalternas. Neste momento o Estado faz @ guerra ainda em home dos interesses gerais, que ele pretende velar € assegurars mas ddeixa ficar mais evidente 0s interesses em jogo. O relacionamento politico deixa de ter o Estado como referencial tnico, para se tavar no plano aberto da prépria sociedade. Marx, analisando a guerra franco-prussiana de 1870, ¢ @ guerra civil na Franga em 1871, exercitow uma demonstracio “pratica” de Suas concepcdes relativas & politica e @ guerra. Para ele a beli- To. Kiausewitz, Karl On War, Nova York, Random House, 1943, p. 9 do seu famose dictum Clausewitz acrescentava: “em suma, @ Suc fem sus prépria gramética, mas nao sua propria logica.” Pave Sm & do pensamento do autor de Da Guerra fora da perepectine marxista ver Hun figton, Samuel P., The Soldier and the Stats, Nova York, Vinisee ‘Books, 1957, pp. 58-62. we CE, Beli, B, A Doutrina MarxistarLeninista Sobre @ Guerra ¢ o Exéretto, Moscou, Editorial Progresso, 1978, pp. 11/12. 21. Cf, Béli, B., A Doutrina..., op. city id. id. Be ea even dole manifestos. sobre 0 conflito franco Prussia e am tarceito (mais longo ¢ detalhado) sobre a guerra civil na Franca Er! 187. Matos encontramrse revnidos em Marx, K., e Engels, F., Texios, vol. 0 city MGeDI9. 0 Prefécio de Engels sobre o sltimo manifesto encontras= sus paginas 157-167 do mesmo volume. Resul 86 capoteto HTT ¢ Guiherme T ocultava a Tata de classes Nai 133. esinci® Niforme nacional. © Imperador francés, fiel a0 serittsies JO UP overnar “ecima das classes 34, nfo vacilou em ‘pio so wo eq com su prostito de peretace no oe ssa, Has pericdicas. A unido de “todos” em torno do ia das SUC ysada como tatica capaz de conferir ao desgas- Primige ON 5 prestigio que Se esvaia, No entanto, os adversé- 4 ergs de ontern, Foram as classes dominantes evespecial destague para a prussiana — quem, nico, apoisFam 2 “farsa do Impéro rstaurado”, como meio et sincos dos ideiais e movimentos progressistas®®. No ci ono, Frederico © Bismarck, atacadon, se dizem obrigados Jado prussiguerra defensiva” *. Seré, 1080 eles alegario, somente a fare og militares que sero obrigndos, ‘apés 0 rechago dos mo- er ofensvos, do exéreto frances, 3, Se as fronteiras da vine A contra-ofensiva, NO entAnO nada mais era do que a pré- eg ayuerra de conquista” ". ica evidente que 0 objetivo pros: Te aso § oper « wns Erange eecanvea ‘Alemanhe livre *. Sane,o prussiana, desembaragada de toda @ Bat ideol6gica, reve- A acto Ferdadeios desfgnios: implantar, na outa marge do Reno, I feplica do Império francés, “que a honra ultrajada. da burguesia Seaminica quet destruir”*. Mas um conflte internacional jamais sree stim confronto entre duas nagies. Se os paises PurgSaS w unem contra o inimigo comum © principal, a classe operatia ®, SFyergomn no-que diz respeito 40s seus Fespectivos ¢ eMlagoaem inte- SNe nae ay aiaueudecum Pamela outro” a — haven’ de imp* 23. Marx, K., Textos, op, cit» P- 215. ; Fa ee armies p, 196- Marx se refere aqui 8 Snel por ele ee (et ieee © 18 Brumdrio de Luts Bonaparte, Sto Paulo, Edi tora Escriba, 1968. 25. Marx, K, Textos, op. cits p- 170. 26. Marx, K. Textos, op. sit. P. 173 27. Macx, K, op. cit, p. 174. 28. Marx, K., op. sit, p- 170 29. Marx, K., op. city p. 170. 30. Marx, K., op. cit. p- 215. 31. Marx, K,, op. cit Pe HY 87 AX tateraneas ope eR ORO mn » aS aCUMPaNhar am com Te ae eae me de Unternae roa buen ee Lo aera ea Teepcenten ove ree aan eek hestnense Sioa es Coerpwnic la mesma a wittew, oem a iieicnees atten ee een Traded tte “nett a panes" Pela umd de textos os operarion, em takes te rs Ao equ obicuvee Neg Ba 1870, nos campos de greveamente derrvtala pela hcg dle Satan, a Eranga foi tras Inperios Napelea IM for peas ‘nirou em oolapse os Segue Hive Names IG pews @ terns oom Withemrahahe A Rea Catan nto se eetleu Ka mamente prostaniala caine, stale pela fome, © sem alemnattva tala fave suena Aang muitas vezes superior 0 ee Eee Ackinhe Thiers ja 9m extomsincetce cin Bismant @ conendone eral das foray peusianas, mh co 18 Ue mages wanda Nacronal de Pans. Composta na sua extrema mak aor = operarioa, ta recussuree A epee as armas, A 36 de MAND ol eleta, ¢ a 28 de mary proctamada, a Comuna de Paris, que Re ben, a seu favor, a renuncia do Comite Central da Guanta Nacional Thiers, seviando seu governo em Versalhes, ordenou a repressio, A Franga passava rapwlamente da guerra externa para a guerra dentro, de suas proprias fronterras, Guerra civil: 18 de marge de 1871 4-27 de maio deste mesmo ano ** 'A tese central de Marx se assenta na supesicdo de que este conflito se caracterizou pela reagdo das classes dominantes, corpo” rificado no governo de Thiers, visando impedir que as classes opert- rias pudessem, com o eventual éxito da Comuna ®, confrontar 60m dito os interesses vigentes, Em determinado momento, na verdade, nedou destitun 32, Marx, K. op. cit. p. 169. 33, Marx. K.. op. cit. p. 171 fer o Prefs 34. Para um relato resumido dos acontecimentos ¥¢ a “Guerra Civil na Franca” in Textos, op. it» PP. 157-167, Este resume ‘ye Marx sobre o problema, pp. 180-217: PP “prepara” a exposizio seguinte 198/199: p. 203: p. 214. 48. Marx, K.. Textos, op. cit, pp. 187/188 88 sontecimentos, Thiers ova no dos ‘chamainds o exercito sia tle ouure aia em relat ATE Uae a gquitacae oo overs revolucionane de Be Sooo pat SET me fentimnenss Were de see enyottorig mist en anh goncteto: tetandar a Tota de classes ce hisse pata entrentar o iRimige aslo: ra ost enon ae tacts ca ie Is UUELESSES, reatasle SC 00 Jaane OpEEAEA MI EO OWT aves dominates Que enttelacant, A umado entre Unters ¢ Bismarck go da cl fa as eommeanes seas ser onete vo ataveeieae gue vane E are 0 earns, ommnachc oe chats 6 whe pode wl SS tise os governs macros SAO WON SS da guerra civil ow no, constituenrsé, dios orgies onipetentes do poder fos designios dos que cern ultunna amstaneny, no content wo. come AA ‘Os muitaress rompreentsa nesta Te Encarmam, por excelene Jara exercer a vagtianura, ‘a anstineta deem atuar apenas os cone ea repressio interna em caso de Jet seus Estados contea eventuais: ensratizao™ cena. Esto sea ete (eM PHAM seja para exetee revnried armadiss se}a para deternd conquistas” empreendidas: as mages o Poet sho instrumentos armadas dos que cont fos interesses domunantes {ace aos seus configuram-sé camo melas indis- Estados. Em principio a dint einai de uma anatise completa * ga onde juntos pOHEIATS) por outros Estados; seja pare do Estado a que server. Erm rola oO sguerras de projetar sobre out soma, os militares sistema estatal; visam manter inimiges internos €/ou externos: pensaveis as pretenses externas dos mica da agdo marcial ndo pode pres do Estado. OS MILITARES No entanto, assim como nem Os militares servem ao Estado, magdo de uma forza mi- sempre o Estado existiu, igualmente a fo 36. Cf. Marx, Textos, op. cit, p. 213. 37. Mara, op. cit, id. 38. Marx, op. cit, id. i 38. Marx, op. cit, id. ib. 89 War organizada depende de circunstancias hi “ or A izada dh ‘al a origem do F ‘ ue ter os ania Estado? "0 Es Ler 08 antagonismos de clascer ee RASEE JA necessidade dae ‘a0 mesmo t Je lane”: reper 8, ESeidade de cat fempo, como nasceu em m le Engels +, oe ei0 a este an sseRue agonisne, 0 Poderosa, da

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