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0 y Ab ictal e trite baat Go 2. CONCEITOS Daremos a seguir alpumas definigbes que se aphicam 40 nosso estudo, Fluide: Quatquer substancia capaz de escoar ¢ assumir a forma do recipiente que o contém. Como estamos tratando apenas de sistemas hidraubeos, 0 fluide que nos interessa € 0 Gleo hudréulico.O Fur do pode ser Liquide ou gasoso. Hidréulvea, — ---f-a-ciéneia oe estuda Liquidos em escoumento e sob pressio. No nosso estudo, tratamos apenas da bleohidrdulica que & um ramo da hidsdulica que utiliza 0 dleo conto fiuide. Sistemas 6leo-hidréulicos: Sao sisternas transmissores de poténcia ou movimento, utilizando como elemento transmissor 0 leo que, sob pressio, ¢ praticamente incompressivel. Os sistemas Oleo-hidriulices podem set classificatos de duas formas: estéticos ¢ cinéticos. Sistemas dle licos estaticos ‘Sio sistemas onde a energia utilizada ¢ a potencisl, com o fluido sob alta pressio e baixa velocidade, Atualmente, temse conseguido atingir até 1000 bar (14507,43 psi) Sistemas bleohidréulicos cinéticos: | Sao sistemas onde a energia utilizada é a cinética, para a transmissio de poténcia. Em outras palavras. é wtilizado o fluido animado a altas velocidades, em tomo de SOmiseg (1 80km/h. Nosso estudo se voltard mais aos sistemas dlec-hidraulicos estiticos aplicados, por exemplo, em prensas, guindastes, miquinas ferramenta, injetoras de plisticos, etc. Os sistemas dleo-hidréulicos estéticas so também denominados simplesmente dleohidriulicos, 3. CLASSIFICACAO DOS SISTEMAS HIDRAULICOS Os sistemas hidraulicos podem ser classificados de diversas maneiras. 3.1. De acordo com a pressio: Segundo a 3.1.C. (Joint Industry Conference), extinta em 1967 ea atual NFPA (National Fluid Power Association), classificamos, quanto a pressio da seguinte forma: 0 a i4 bar @ 2 203,10 psi) — Baixa pressfo 14.035 bar (203,10 a 507,76 psi) — Média pressio 35 a 84 bar (507762 1218.62 psi) — Média-alta pressdo & 2 210 bar (1218.62 2 3046.56 psi). ~ Alta pressdo ‘Acima de 210 bar (Acima de 3046,56 psi) — Extra-alta pressio 1 B#22 0,991 Kyo 3.2. De acordo coma sus aplicasio: Sto classificados em sistemas de pressio continua ou em sistemas de pressio intermitentes. 3.3. De acordo com 0 tipowe bomba’ Cassificamos em sistemas de vazio constante ou vazio variavel, A 4 a Introdugao u mn 3.4. De acordo com 0 controle de diresio: i Sistemas de uma via (controlado por vilvulas) ou de duas vias (com bombas reversives) a 4, ESQUEMA GERAL DE UM SISTEMA HIDRAULICO a De acordo com o tipo de aplicagio, existe uma grande infinidade de tipos de circuitos ~- hidriulicos, porém, todos eles seguem sempre um mesmo esquema, que poderiamos dividir em trés partes principais: bos 4.1. Sistema de geracdo. * E constiturdo pelo reservaterio,ftros, bombas, motores, acunuladores,intensificadores de pressfo €outtos acesbrios. “ 42. Sistema dedistibugioe controle a Constituido por vlvlas controlador de vaio presto e direcionais. O 43. Sistema de aplicacao de energia. * Aqui, encontramos os atuadores, que podem ser cilindros, motores hidréulicos e osciladores. Simbolcament, podemosexempliiar 0 que ft explanadoacima, através da fig L1. - ‘Transmissio Ae Sistema sevadr » ) 4 ) Fig. L.1 ~ Esquema de um sistema hidréulico, ), 5. VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS SISTEMAS HIDRAULICOS © sistema hidréulico é empregado quando se tenta evitar ou 6 impossivel empregarse sistemas Imecinicos ou elétricos. Fazendo uma comparse: ‘emprego dos sistemas hidrdulicos, entre estes trés sistemas, analisamos as vantagens © desvantagens do 5.1 Vantagens © ~ Facil instalagdo dos diversos elementos, oferecendo grande flexibilidade, inclusive em espagos reduzidos. © equivalente em sistemas mecinicos ji no upresenta essa tlexibilidade; ~~ Devido a baixa inércia, os sistemas hideiulicos permitem uma cipida e suave inversdo de movimento, nao acortendo o mesino nos sistemas mecanicas ¢ elétricos; ~ Possibilidade de variagdes micrométricas na velocidade, 44 os sistemas mecinicos e elétricos 36 as tem escalonadas ¢ de modo custoso e dificil: S20 sistemas autolubriticados, ndo ocorrendo u mesmo com os mecanicos om eléteices; F¥IIIAIIIIIIIIDID }29I2IIGIZIIIIII 93 IE be R Manual de hidréaica bsica =Tém pequeno peso ¢ tamanho com tclago a poténcia consumida em comparayao aos sistemas eléticos e mecinicos, ~ Possibilidade de comando por apalpadores (copiadores hidraulicos) ~ Sio sistemas de fécil protegio em comparagio aos mecinicos¢ elétricos, ~0 deo hidriutico é um excelente condutor de calor, 0 que inclusive é um fator importante no dimensionamento do reservatorio que poder servir como trocador de ealor, et. 5.2. Desvantagens ~~ = Seureusto fais alto em comparagso aos sistemas mecinicos ¢ elétricos; ~ Baixo rendimento, que'é devido a tés fatores: 4) transformagio de enersia elétrica em mecinica e mecinica em hidréulica para, poste- riormente, ser transformada novemente em mecinica ») vazamentos intemos em todos os componentes; ©) atritos internos e externos; a ~ Perigo de incéndio pois o 6lo, normalmente éinflamével. Atualmente tem-se empregado em ‘certos casos Muidos resistentes a0 fogo que, na realidade, apenas evitam a propagaga0 do ~ Fogo, como vesemos mais adiante 53. Comparagbes com sistemas pneuinsticos + 0s sistemas hidrduticos possuem um controle de forga (pressfo) e velocidade (varlo) mais - apurado do que os sistemas pneumaticos, além de poderem trabaunar em pressBes bem mais elevadas, 2 posibilitando assim uma transmissio de poténcia maior. Perdem apenas no custo onde os sistemas peumdticos apresentam um investimento menor. ple HLERVIAN WuNY Eb Ww A ble belo 1 — Principais unidades $1 para grandezas goométricas, mocdnicas, elétricas, térmicas 0 Spticas \arandeza Nome da Simbolo Definicgado . unidade camprimento Tetro ™m ii 1 0 8,7 inne dao 2 Mwai 2p, ub stant | 2 i “ | oa metro quadradom? ge dwn ean no in vo do | yalume metro Gubico mn olan de un cab casera tow ¥ mote Jo om vs : wien oe m &gulo plano radiano rad ‘Argue eat aun bon nyc da ero do om po) ‘segundo Ss ‘de 9.182 631 770 pmvindoa da radiagio coves freqiencla eral Tpegtncia do un fodieno pace ej ponedo @ do iz 1 sequin aD metro por segundo” ews Weenie senate tects rare veocidade angular tadiano por segundo rad/s ee er anon crease an momnania te acaleragiio TRE DOE agen, “SIR Sesbeentese pred ox vlan ne ar ee por segundo Gunde emt sepinse * rs Avewragao angular radiano por segundo, radis* — Apsietste arte de eye er gurantee a por segundo ddo"1 radian or segundo een " ssa quilograma kg ‘Masse do prototipa intemacional d mssa especifica qa git Becta | mene ee ene ee cae Pk = metro_ctibico fogrnne. iecdeataehatsa Vado ‘metro cuibico Wis um ngatonacanpeus nets meaner por segundo to cubico flyido' em 1 segundo. av "tidade de imo mol erlgaten tavern yuancn savas atmos cae a m=éria Sl012 qulograma se eubono 2. orga 7 pen N horas sate oe eepuna, Son sagataars Imamento de It . Momento de uma forga de 1 newton, em relagdo a um pon un. forca; torque newron metro Nm Wainae treoue oe mo ners ms Prossio oxorcida por uma forga de 1 newton, ur pre.-sao pascal Pa tonto distibutle sobte uma Sapertzis pany de 1 elo ire“ alho; energia, Joule I “Trabalo relizado por uma fora Constante de 1 newion, ioe inte : stacy de okeagSe'St ae esos 1% Cia; oa flu. » de energia w ‘Aina @ unvtorme, o trabalho de 1 joulo em 1 segundo. He, sidade de fluxo Watt por Wim? Deneidado do um fixe do enorgia uiformade Twat ava fe-anergia metro quadrado Forpenictarhanoehe de ponsgarse se sre ee or-ante elétrica . ampere A {ereilinoun pals da eegeants mies ce coulomb N2do elétrica; diferenca de volt 0" cial; forga eletromotriz = Vv © Carga elétrics que atravossa em 1 sogundo uma secgio Wansvorsal da un condutcr pescorrto por vina concn Varlavol do apr Tonsto eldtice entra vo.do citculto, quo disayes 9 ho orcovrido por ua cor re“ente de potencial; volt por metro Vim Sean pen wntom qo so ve tensidade de eo Geo pactraysaane mene de oa atsp0 elétrico 2 inci do stan Ps. “éncia elétrica ohm 2 Serer nes cactar a egarteg docket gun siwaividade ohm-metro Se Rares rat Kanne oe pam Siemens s fit il tea CHO Mdtividade «siemens por metro” S/m Coie dou wii innsunadnoo 8 doa cs spacitancia farad F io urn i eet wan Sap Sincia henry H QPF BAM PP 109 Pa. (Min?) 7 ' 978 R - Unidades A2 \ im a ‘Undies de Volume nade de Premio . Pa N/m? bar kp/en? | Torr , m nm? cn? dn?” km? at = a39 [reste] 7.08165] 9 0075 aig frm 1 10° 10% 70° 10° 240 |t N/m? =| 108 10,2 | 7,5:10? a20 | tm? = 10° 1 10°? 10°¢ 10% a4t ]tbar =| 10° 0,1 1 1,02 } 750 a2t|tem= — frot| 10? 1 107 10% 2a |tkpAnfetat=| 98100 |9,81°107) 0,981 1 | 736 a22 | tan? 108 103 1 10 2aS [i Tore =| 133 [0,133-10%11, 35-107] 136-1071 a23 |i km? 10% 10 107 1 Unidades de Trabalho Yaobie = WPL» BSG 0-8 OC aierenan Mires eaeesse ieee Unidades de Massa aay fia” =| 1 0.27810] 0,102 | 0239-107} 0,376: 10° —— 245 |ikwn — ={3,60-108] 1 367-10°} 860 4,36 ki nm at 5 ane |ixpe =| 9,81 [2,72 tos] 1 | 2.345107) 3, 70-108 % 2 + 5 ee a7 |i keal big6 |1116-107) 26,9 |) 1 | 1,58307 ag t 1 10 107 4s |THPH =|2,65 -10°| 0,736 22110] 632 aos 10" 1 107? 10% be sy aoe |S Unidad de Potnin a27 wo? | 108 | 108 1 107 wt | kpa/s| keal/n | HP ots i a a 10) U aag fiw? = | 107 0,102 | 0,860 |1,96-107 Sso fim = tj toa | 860 | "1,36 ~ 51 [ikpm/s = 9,81-107| 1 8,43) [13,3-107 Unigades de Tempe 252 |ikeal/n = 116-107] 0,119 | 1 |1,58-707 253 f1HP | 0,736 | 75 | 63 1 fs 1 Coser os | tes de Masa pra Peas rcons a29 Ta} wo | 108 | 0? fa CRE oH isl) 1° possum om (eee a6 | auiatetienico “= 20005 = 0,2-107 xg = 1/5000 89 asi 10%] 109 1 10 |ree6-107% Firulo de Mets resionos \ a3 ro? | to | 10? 1 | 1666-10" 55 Jouauise 2 1000.00 S60 a3 ["0 | eo-t0® | 60-108 | 60-10 | om [esis 2 tome ets | iad de Ter etre Unidades de Forgs (Peso) ast [nc e7st8ete om a T, = 459,674 ty = 1.8% rv ec a ee eee 259 [te #3 (te 32) = 1 7275, asa o,t02 v0 a 3 235 | oit02-10>| 108 aco [ey = 1,8t+32 + 7 459,57 a36 | 1 forto2-108) 10" Te. Tyoty ef S10 oF alors mum Eppa 237 “rfoeriore| | | 9er-t08 Te gertia a ea: Reins Rare a3é | 10 jo,102-10°5| 1 kine; Celsius ¢ Fahrenheit 7 . 5 Tq Tore = 1/760 ata = 1,33322 s9ar & Tank — 513 Civ) Pins rigavs® Page thm = IMs [Pres tu/s = tNavs . Conhecimentos fundamentais 1B IL CONHECIMENTOS FUNDAMENTAIS ‘Assim como qualquer outra ciéncia, a hidriulica necessita de conhecimentos bésicos, a fim de que consigamos obter dela, aquilo que realmente necessitamos. De nada adiantaria, por exemplo, tentarmos efetuar uma operagao de multiplicagdo sem antes sabermos a tabua da soma. Dessa forma, este capitulo trataré desde os principics fundamentais da hidrdulica até os cleulos mais empregades 1a pritica. 1. LEIDE PASCAL Blaise Pascal enunciou virios prinefpios aplicados a hidrdulica, entre eles, o que mais se destaca, € 0 “Principio Fundamental da Hidréulica”, que diz: “Toda 2 pressio aplicada sobre um fluido confinado a um recipiente fechado, age igualmente ‘em todas as diregdes dentro da massa fluida e perpendicularmente is paredes do recipiente.” ig ILL — Le de Pascal, AA figura {1.1 ilustra esse princfpio. Os movimentos ¢ forgas podem ser transmitidos através do fluido que age de acordo com o principio da Let de Pascal. Se aplicarmos uma pressio no pono "A", essa mesma pressdo serd registrada no manémetro no ponto “B”. Manual de hicréulica bisica 2. PRINCIF'IO DA CONSERVAGAO DA ENERGIA - Nao se consepue criar ou desintir enerpia. A energia provém da natureza. Por exemplo, 0 calor de ums caldeira provém da queima do dleo que provém do petroleo: a energta elétrica pode ser obtida por hidrelétricas (gua), usinas teimelétricas (carvao).usinas termonucleares (vrinio e derivades} ‘Assim, como podemos ver, toda matéria-prima provem da natureza. Nos nao criamos a energia, ela ja std li, sob outra forma Podemos, também, fazer a transformagdo da enerpa, Por exemplo,em uma usina hidreléica transformamos a enefpa potencial~ dewada do armazenamento de igua ~ em ener eléinca CObservando isso, podem relembraruin principio enunciado por Lavolsiet"Na natureza nada te era enadase pede, tudo se transforma", Or, como a energa povém da natureza, podemos dizer, também, que nfo podemos nem criar ou dstruir ene, porem, podemos transforma ‘Asim, € eomun vermos em sisemshidrilicos a energiaeltricatransformada em mecinica (motor eliiico acionando bomba) ¢ esta iia wansformada em hideulia (energia mecanics, ander no 6lo através da bombs). Na figura II.2. vemos a transformacao da energia (forga) mecanica transformada em hidréulica e transformada novamente em mecinica Pistio “A Fistio [25 em? 39,24bar 40 Kglem? | Na figura 11.2. podemos observar que o peso de 2.000kg 6 movimentado em uma distancia de 1 centimetro For um outro peso de 1.000kg que se desloca 2 centimetros, em virtude de que a fea éo pistio “A” € duas vezes menor do que a do “B”. Vimos que com um pequeno esforgo e grande deslocamento, conseguimos um grande esforgo com pequeno deslocamento representando trabalhos ‘iguais (forga x deslocamento). Observese que a hidréulica obedece 0 “Principio da Alavanca”, isto é, vejamos a figura 113 Notamos que 0 peso de SOkg equilibra outro de 100kg a partir de um apoio colocado a 2 metros do Primeiro peso € a 1 metro do segundo. Se colocassemos © primeiro pesd a 3 metros do apoio ‘mantendo a mesma distancia para o segundo, a barra penderia para a esquerda apesar de que SOkg & ‘menor do que 100k Vemes, portanto, que o paralelo que se estabclece entre © prinefpio da alavanca ea hidrdulica, é ue nesta Gltuma, podemos equilibrar dois pesos distintos desde que, haja uma relago entre as reas ‘envolvidas, enquanto que na alavanca, 0 comprimento da barraé o fator importante. Saliente-e ainda Que, ulilizandose desse principio na hidrdulica, consegue-se obter grandes forgas a partir de uma ppequena forga fornecida. 7 serine LE LAVOE R Conhecimentos fundamentais i Fig. 11.3 — Princspio da alavanca, 3. FORCAE PRESSAO Podemos definir forga, com qualquer causa capar de realizar trabalho, Por exemplo, se quizermos movimentar um corpo qualquer, devemos aplicar uma forga sobre ele, O mesmo ocorre quando quizermos parislo. 7 . Se, por outro lado, aplicarmos uma forga “F” sobre uma superficie “A", definimos como pressio “P”, a razio entre a forga “F" © a superficie “A”, de forma que, saberemos dizer a forga aplicada por unidade de area considerada. Por exemplo, se temos uma dada pressio igual a 30kg/om? distribuida em uma superficie de 30cm*, dizemos que a cada quadrado de lado igual a lem da superficie considerada, temos atuando uma forga de 30kg e podemos dizer, ainda, que temos 900k de forga stuando sobre 0 corpo. Portanto: ou ainda, onde, P= pressio F = forga ' A= frea Na Oleorhidréulica dizemos que existe pressio em determinada parte do circuito hidrdulico, quando existe rsistincia io Tuxo de éleo gerado pela bomba. A bomba nunca gera pressio, gera somente vazio de leo. As resistencias encontradas pelo 6leo na sua trajetria sio as responsiveis pela seracio da pressfo. ‘A pressio é, normalmente, expressa por kg/em?, PSI (pounds per square inches — Uibras por polegadas quadradas), birias ou atmosferas. Porém de acordo com o sistema internacional de medidas, a pressdo deve ser expressa em bat, A/a" 4, PRESSAO HIDROSTATICA ‘Avterra encontra-se envolta por uma camada de ar que é composta de oxigénio, nitrogénio e gases raros. A essa camada, damos o nome de atmosfera. Essa camada de ar possut um peso Vo rn Manual de hidréulica basice determinado ¢, a partir disso. a0 nivel do mar (nivel = zero), ficou convencionado dizer-se que, # pressdo exercida pela coluna de at, € igual a 1 atmostera (atm), Suponhamos que temos um reservatorio com 1 HATH jo, como na figura 11.4, a0 nivel do mat, Fig 1.4" Pressio atmostérica. A pressio aplicada ao fluido, que como vimos pelo prinefpio de Pascal, € distibuida igualmente por toda a parede do reservatorio, serd igual a atm. Devemos obsewvar que, se o peso do ar tem influéncia, entdo, © peso da coluna de fluido em um ‘certo reservatorio também tera no célculo da pressto total. Portanto, a presséo existente em qualquer ponto da massa fluida, sera igual & soma da pressao atmosférica com a pressao exercida pela coluna fluida sobre esse ponto. A essa pressao, damos o nome de, pressdo hidrostatica. ‘Vale demonstrarmos aqui, uma experiéncia que resclvemos denominar de manometro”. ‘experiencia do Veja a fig. 1.5. Suponhamos que temos dois reservatérios, um com lem de diimetro e outro com 20cm. Em ambos colocamos dua, (densidade da gua = m/v = 1kg/dm"), a umaaltura de 10 ‘metros, correspondente as posigSes dos manametros. A pressio marcada por ambos os manometros seré de Ikg/cm?, pois, 20s manometros nio interessa os diimetros dos reservatorios, jé que eles estdo calibrados para ler a forca aplicada por em? da fea livre do liquid. Fig. ILS ~ Experiéncia do mandmetro, Conhecinentos fundamentais n No reservatério maior temos uma maior forga aplicada sobre sua base em vietude de sua area exposta a presso ser maior do que area do reservatrio pequeno, Pode-se fazer uma verificagio pritica da variagdo da pressio com a variago da coluna do Niquido. A fig. 1.6. mostra um reservat6rio com 3 furos laterais. No furo mais proximo da base sai 0 jato mais forte, pois, quanto mais préximo da base estivermos, maior sera a pressio hidrostitica e 0 jato de liquido ird mais longe, Fig, 16 — Variagio da pre:sio com a altura da cok Irquida. « 5. PRINCIPIO DE BERNOULLI Observemos a fig. IL.7.. Temos duas cimaras “A” ¢ “B” com um tubo de interligagao de Pequeno didmetro “C". Suponhamos aplicado sobre o pistio da cimara “A uma forca “F” que Origine uma pressio de 100bar. 0 dleo tende a escoar pelo duto “C” até a cimara “B”, onde reproduz a mesma pressdo de 100atm. Se colocarmos um manidmetso no tubo “C” verficaremos que a leitura serd menor do que 100 bar, . Fig. U7 ~ Principio de Bernvult fe Manual de hidranden bisice Bernoulli. tie, enunciow © seeuinte principio: "A soma da press © eneyps eiétea, not vinos pontos de um sistema € constant, para ume vazio constant” No nosso ‘caso. apressio em “C” seri menor porque af € muor a velocidade do uide. Portanto, a pressio estatica de um Iiquido em movimento varia em relucio inwersa 4 sua velocidade. Lé, quanto mis aumentarmos a velocidade do fluido, mais diminuiremos sua pressio. 6-ESCOAMENTO DO FLUIDO EM TUBULACOES Os fluidos possuem uma caracteristica inerente de sempre percorrer “o caminho mais facil”, i, se 0 fluxo pode optar por 3 caminhos (dutos) diferentes em um sistema hidrdulico, & certo que ele optara pelo caminho mais faci Supontiamos ter um duto em cuja extremidade exista uma ramificacdo para tes outt0s dutos, “A”, “BY © “C". No duto “A” temos uma valvula de sequéncia que, para ser aberta, exige uma pressdo de $0 bats no duto “B" temos a sua extremidade ligada 8 tomada de um cilindro que necessitaré de 20 bar de pressio para efetuar um trabalho qualquer. No duto "C", uma valvula de alivio que abriré quando for atingida a pressio de 10 bar_ditigindo o fluido para tanque. © comportamento do fluxo seré de primeiro transpor 0 duto “B” acionando 0 cilindro, para depois transpor 0 duto “A” abrindo a valvula de sequéncia, ¢ efetuando outro trabalho qualques para, finalmente, transpor 0 duto "C”, abrindo a vaivula de alvio e dirigindo-se para 0 reservatorio Existem dois tipos de escoamento a serem estudados; o escoamento laminar ¢ 0 escoamento turbulento. > © tipo de escoamento depende de vérios fatores, entre eles, a rugosidade interna e o diimetro o tubo onde ocorre o escoamento, a velocidade e viscosidade do fluido, etc. Para se saber quando o regime de escoamento é laminar ou turbulento devemos definir 0 nimero de Reynolds “R" O niimero de Reynolds é dado pela raz0 do produto da velocidade do fluido com o diimetro do duto pela viscosidade cinemitica DI w para éleo a 208SU e 38°C = 47,5 centistokes) Quando em um determinado escoamento 0 nimero de Reynolds encontra-se na faixa de 0 a 2.000, dizemos que 0 escoamento é laminar. Se, posém, o nimero de Reynolds for maior do que 3.000, dizemos que o escoumento é turbulento. Na faixa de 2.000 a 3,000 nie podemos.afirmar com certeza se 0 escoamento ¢ laminar ou turbulento, podendo ocorrer qualquer um dos dois. Vale obser. Yarmios que, se no eélculo introduzinmos D em em,vem em/seg e v em st, “R” resutaré um nimero po ae She ons ee (ste ww gn f(B 27 007! ws 2, 92 eae Caffe = 10-08 16. exounent lima, Conhecimentos fundamentais B _ O ideal para crcutos dleorhidrulicos, € que o regime de excoamento sea laminar, (R< 2.000) pois, em esecimentos de regimes turbulent, a8 perdas de preisio (cara) so maiores. Sempre que possvel, deve-se evar o emprego de retiigbes ou curva abruptas nos ciceuitos, pois, fora de vida, So um coavite ao regime turbulent. fiUlessaseitssy pmo Ls Fig IL10 ~ Restrigdes ou curvas abruptas. Fig. 1.11 ~ RestrigGes ou curvas suaves. 7. VAZAO EM TUBULACOES A vazio de um fluido pode ser determinada de duas formas distintas. Como ela € dada por ‘min ou p.m. (galdes por minuto) ou m?/seg, ete, podemos determiné-la pela razao do volume «escoado do fluido por unidade de tempo ou ainda pelo produto da velocidade do fluido pela area a cual mein ent ean fies v . _ fee¥an, 2) de @ oat pois f= Porém: @=@ Generalizando: A Bon vaget ov tad Onde, Q = vazio A= area v = velocidade ‘V= volume t = tempo = espaco ou curso ‘20 Manual de hidréutica bisiew Devesse sempre observar a velocidade recomendada para o escoumento do fluido. A RACINE cchentes as sepuintes velocidades de escoamento para 0 oleo hudriaulico recomenda a0s 7 Para Sucgio ¢ Preenchimento: (© v= 60,96 4 121,92em/s(204ftis) A x7 Para Ketome 304,80 3 457,20cm/s (102 15 fs) = Para Retomio apOs haves passado por uma valvila reguladora de pressio do tipo alivio. 457.20 « 762,20cm/s (15 a 25 £1/s) = Pare Pressio abaino de 210 bar ¥= 762,20 3 914 A0em/s(25 2 30 fs) 4) Gara reso acima de 210 ba Rd v=.457,20. 509,60em/s (15.2 20 ft/s) Observando-se estas velocidades, estaremos contribuindo para que o sisteme tenha escoamento laminar (menor perda de carga), € 0 célculo da tubulacao invariavelmente resultaré em um diimetro comercial. * 8, FERDA DE CARGA NA LINHA DE PRESSAO DE UM SISTEMA HIDRAULICO Durante 0 escoamento do fluido através do sistema hidrévlico, pode ocorrer ume perds de pressio (mais comumente denoniinads peida de carga), que € devida & varios fatores. Todos e: fatores entram no céleulo de perda de carga no sistema hidréulica que € feito da seguinte maneira L wf. AP =f. 5. “gog5— + 2ISUIS- | ond perda de carga do sistema em bar ap = fF fator de fricexo (niimero puro) L_ = L14 Ls = comprimento total da tubulacdo em centimetros LI = comprimento da tubulagfo retilinea em centimetros Ls = comprimento equivalente das singularidades em centimetros D. = diimetro interno da tubulagéo em centimetro i velocidade de escoamento do fluido em centimetros/segundo (cm/seg,) nsidade do fuido em itse@y9Biaet (kg/m3) (€ igual 8 881,1 para o éleo SAE-10). 215915x9266* fator de conversio para a uniformizapio das unidades Esta ¢ uma formula simplificada aP=f + 9.1, Determinacao do fator “T™ ae 29 9. CALCULOS Esse fator “f" ¢ devido a temperatura do fluido e rugosidade interna do duto. ié, quanto mais rugoso for interramente ¢ duto, mafor dificuldade terd 0 leo para escvst. A figura a seguir mostra a parede interna de um duto de cobre e moléculas de leo (polimeros) aumentados microscopicamente. Podemos notar os picos na parte mnterna e ianaginamios a dificuldade que 0s polimeros teriam pars ultrapassiclos. Essa dificuldade gera um atrito que sera 0 responsive! pela perda de carga. “ tes tro. 3) to — el 13-4 an Fig IL12 ~ Rugosiade de wn duo, ee ue X= 64 para tubos rigidos€ temperatura constant. X-=75 para tubos rgidos e temperatura varvel ou para tubos flexiveié& tempefatira constant. 90 para tubosflexiveis¢ temperatura varivel Revd niimero de Reyniotds onde v= velocidade do fluido em em/seg. ix D = didmetro interno da tubulacio em em. » = viscosidade cinemética do Mluido emstokes (de 0,45 a 0,50 para 0 dteo hidréu- to) op 0 Distribuigao de ar (vith Ouso cle nomogramas de quecia cle pressao. Este capitulo é 0 Ultimo da série “Distribuic&o de ar”. Ele trata do uso de nomogramas para facilitar a determinacdo. do didmetro de tubulaco e a queda de pressdo. Os nomogramas que este capitulo traz faciltam consideravelmente 2 de- terminaco do didmetro da tubulacdo & ‘queda de pressiio. So de facil utilzac3o, @ as escalas foram dimensionadas nas seguintes unidades: Pressio (manométical > bar ‘© Fluxo de ar lar livre} 47 Us © Comprimento da tubulaco 20m 4 Diametro interno da tubulacao 2 gen * Queda de pressio na tubulacdo? Bar Se quatro destes cinco pardmetros forem conhecidos, € possivel lr 0 quin- to1n0 nomograma’ Figura (7) Nos exemplos a seguir, é utiizado 0 nomograma para didmetros de tubula- ‘cbs de 25-160 mm. Exemplo 1 ‘Objotivo: Determinar a queda de prés- $80 na linha de ar Condigdes: 1. Prossdo manométrica 7bar 2. Fluxo dear Y70Ns 3: Comprimiento da tubulago 200m 4, Dimensao (diametso) 70mm Método: Quando as informagtes aci- ma forem observadas no nomograma, tudo 0 que vocd torn a fazor 6 sequir asli- nnhas nas dirogdes das sotas. RRonultedo: A queda do presse serd do 11 bar, Hh ri Fig. 1 Exercfelo ‘Objotivo: Detorminar a queda de pres- sso na linha de ar Condiges: 1. Pressio manométrica bar 2. Fluxo de ar 5OOI/s 3. Comprimento da tubulacdo 10m 4, Dimenséo ididmetro} 0mm, Método: Veja exemplo 1 Calcule a queda de pressao utilizando o nomograms. Figura 7) Conclusao ‘A queda de pressdo sera de 0,22 bar Exemplo 2 Objotivo: Determinara dimensdo da tu- bulacao. Condigées 1. Pressdomanomética Thar 2. Fluxo dear 100l/s 3. Comprimento datubulscdo 30m 4, Queda de pressao 015 bar ® of | i : ui fi — ® Método: Veja exemplo 1 Resultado: Dimens.io minima da tubu- lacdo de 36 rnin. Exorcicio Objetive: Determinar © comprimento da tubulagéo. Condigaes: 1. Pressdomanométricat’ bar 2. Fluxo: SO0i/s 3. Dimensdo (didmetro} 100 mm 0,02bar 4. Queda de pressao. M6todo: Veja exemplo 1 Calcule 0 comprimento da tubulago utlizando @ nomograma. (Figura 7) Conclusdo ‘O comprimento da tubulacao sera 89m. Exemplo 3 Objetivo: Opterminar o fluxo de ar per missivel Condigdes: 1. Queda de pressao 0,05 bar 2, Dimensao (didmetrol 80 mm, 3, Comprimento da tubulag3o 300m 4. Pressiio manomeétrica 1Obar Matodo: Veja exemplo 1 Resultado: Fluxo de ar Exercicio ‘Objotivo: Determinar a press8o mano- mettica, Condigdes: Fluxo de ar 250s Comprimento da tubulagio 15m Queda de press30 0,06 bar Dimensae (didmetro} 50mm Caleule a presso manométrica utilizan- do 0 nomograma. (Figura 7). Conclusiio Introduza no nomograma os parémetros dados na seguinte ordem Condigdes: 1. Queda de pressdo 0,06 bar 2. Dimensio (diametro) 50mm 3. Comprimento da tubulacdo 15m 4. Fluxo de ar Bis Resultado: pressdo de ar seré .5bar Para dimensdes de tubulac3o maio- tes, a queda de pressdo ¢ estimada da seguinte forma: 1. Leia a queda de presséo para didme- {io intemo da tubulacao de 150 mm: 2. Multiplique 0 resultado do valor da queda de pressdo polos seguintes fa- tores Dimonsio Fator 200 mm 0,238 250 mn 0.078 8300 mm, 0,031 Exomplo ‘A.quoda do prossao numa linha do ar ide 250 min éa mesma que em uma linha doar de 180 mm com a mesma pressio, fluxo @ compumento multiphcatlos pelo {ator 0,078. veya fig. 708 Dimonsdos da Mangucirn 20-1 ‘Ainstalacd0 de lerramentas pneuma- ticas com manguesras de dimensao cor- feta é de grande mportancia para ass0 QuTar 0 funcionamanto @ garantr © de- Sempenho expectice da ferramenta. No fotheto de servigo que acompanhaa fer- ramenta, voce encontrar a tamanho da manguoira recomendado, que eral mente garante uma queda de press de ‘menos de 0,2 bar para 3 m de comp mento. Em muitos casos, enttetanto, 6 interessante "0 dimensionamento da mangueira mais acurado: se manquoifas mais longas. 380 necessarias, maiores {quedas do pressao serao toleradas, Nestes casos, use 0 nomograma Fig 9, onde todos os 5 parametros podem ‘serdadose quaisquer valores podem ser utilizados, No entanto, se dois dos pardmetros forem fixos, & possivel simplificar 0s cal culos. Isto feito se utilzarmos 0 diagratna ltustrado, que & valid se: a pressiio manométrica for 7 bar = a queda de pressio for 0,2 bar © diagrama baseia-se em medictes préticas en mangueiras de PVC de dé metros de 3 - 25mm em comprimentos, diferentes com um riple em cada extre midade da mangueira. A mangueira em questo deve ser reta pois uma man- {gueira enrolada tem uma perda de pres: $80 maior. Entretanto, o resultado pode ser des viado em até 10% se comparada com 0 nomograma. Fig. 7. A razd0 € que 0 no- mograma considera tubulacdes de aco semniples, enquanto queestediagrama pratico considera a mangueira PVC com dois niples. Exemplo 1 Qual o fluxo de ar permitido para Sm de mangueira de PVC de p 13 mm para, que 2 quede de pressio nioexceda 0.2 r Coneluisiio 20s Exercicio Minha ferramenta pneumstica con- some 101/s e preciso de 7 m de tubula- ‘e810. Que dimenso de manquerra deve ser escolhidaa lim de mantera queda de pressio abaixo de 0,2 bar? Conclusiio som A intorse¢8o entre as linhas que indi- cam 101/se 7 mse encontracxatamente abaixo da linha 10mm, Em geral, aman. {quoira acima de intersecao tlove ser es: colhida para estar do lado seguro, Veja Fig. 9, 108 11 Figura 7 Nomagrama de queda do presse 3.2- 60mm Comarca tik 3) él. 59 60 100 200 36 600 6Da 1000 29000 aise ly of YY wh 4444 125 ~— Jef +> i PPT 20 BH oa 2 SY 8.002 0.005 0.006 001 002 005 oi601 02 Ques de presto na tbulacd bart Ss} NJ a 100 234567 Prosshamanomneica thu 22.4 Figira 8 Nomograma de queda de prossdo 25- 150mm Compnimerto cs tubulsedo tm 23.458 0 20_ 494050 60 _ 100 200 307 500.690 1000 2000 25: 10 6 2 L-20 -25 30 ~ 40 50 60 L109 7 liso 20 200 3 400 09 no da tubulaeso (men) ‘1000 1600 FI 24 4667 10 15 0.002 0.008 0.027) OOS OA af? O2 = vio ral 86 os. ‘Quedts depress no tubule ar? Pressiomanoménea (oar? Compumento equvatente emer 4 Diimetiomerior do tubo em mn fab i | fm fas fw | se | oo | too | res | ise | soo | ase | ae | 0 a re ; |__|} A? iscacatigne ey eal} cvait | aragl|ueG| ks e|/208 | oGH tems ce a| eee Oe), etl ema 4 2 viketoonguior r pealeee 12 payor, | ao fas | a fa fe fr fdas fw | ae | ae | oe 4 Aa. vawulae assent 1 Ds wamioanraaneso. HT sg | ia [as | ae | ar tao | oe] a fae | ae | sed a0 | 2s | oe A K Secmonn2s YR |ar}orfor|or}es| orf] a] | uf ae] so fas AK * K premonna Yd far }os fos} a} es | os] as] w | ae] af ae] cof as |e L K L e - peeve HE Pfafulalsfafoelalefals fale fu fa 4 Rede {D3 e2 fos fos] os] or | so | ae | os] ar] ae] an | eo | m2 | oe IK _ + Seowacoe enol ele eye eniieden |e) |e = Atmonacto same” PT og Lae far fas foe | ao | oe | oo fas] a | a2 | as | oe [os Conoxso ra = Gonendopre BP oe }o far fos fie fof —|-]}—-}—}—]-—]-]- 5 Conortoparainns SQ) — coseoneb com w}wfetate fs }—-}-}-}-}-]-]-]- ~pesooscecane. ‘ = 7 4 ~cunasse ay} os | or | oz | or | oa} os | os] os | os] ar] as | aa | oe ~ ER 3a 2 Pon Ve 208 24R3 2505 BQszaa ) >I TI) uth 1S pte Geode pssegsdIOs HH. Feta (ESSCSTA Tits , AOMEAS TU) poy >IIIIIIFID CALCULD De VERim Agee 244 PALA IAZAUEMTCS EM Redes dE AR! cent pee log DA VaeO (D0 COMPRESS EMO \ L A 43.1.0 meio resfriador & 4, CONDICIONADORES DO FLUIDO D) ae 4.1, Simbolo bésico : 43.2. 0 meio resfriador é gasoso 4.2. Aquecedor i a} 2 eee 294 a ‘Simbologia a7 44, Conservador de temperatura 4.5.1. Separador com dreno manual v 4.5.2. Separador com dreno automitics 44.2. 0 meio conservador é gasoso i . j | | ~ | 4.5.3. Filtro separador com dreno manual om | | ~ | nm. | 5 | i ? < 4.5. Filtros 4.54, Filtro separador com dreno automatico ) NY WY a 5. ATUADORES LINEARES (CILINDROS) A“ | 5.1, Simbolo convencionat 8. 4 5.2. De agao simples ou simples efeito Sot ‘Manual cle hirinticabasiew 6. COMANDOS E CONTROLES L 5.4, Macaco hidriulico 5.6. De dupla haste t———_—_ 6.1, Mola 5.3. De dupla agao ou duplo efeito L__ 6.2. Manual } 63. Botio ashe 64, Alavanca 5.5, Agdo simples com retomo por mola 6.5. Pedal —_— 5.7, Com amortecimento fixo de fim de curso $.8. Com amorteci em ambas 6.6. Came ou outro acionamento mecinico a rc 6.7, Detente 6.8, Dispostivos elétricos 6.8.1. Solendide Simbologia 68.2. Motor } 68.3. Motor reversivel t 6.39. Piloto 6.9.1. Por controle remoto 6.9.2. Interno A 6.9.3. Comando por piloto centragem por mola md_1_| ba ou piloto 6.11. Sotendide e piloto Hf 4g a» 6.12.2. Com sensor remoto I (J [O* Obs.: Os comandos poderio ser associados em sistemas OU, ou em sistemas E, a) Exemplo OU ~Solendide piloto ou manual pa b) Exemplo faz 0 acionamento ~ Solendide e fazem 0 acionamento piloto > ¢) Exemplo E/OU Solendide e pilot moma > 6.12. Comande térmico + “ 6.12.1. Com sensor local oT Lb 7. DISPOSITIVOS ROTATIVOS 7.1. Stmbolos bisicos com entrada e saida Org 32.4 Manual dle hidréulica bisica 12.24. Bidirecionalcom compensador de pressio 7.2.1, De dedocamento fix \ 724.1. Unidirecional ou / 7 c Lid 7.2.3. Exemplo: Conjunto motor-bomba com ‘motor elétrico reversivel, bomba bidire . ional de deslocamento variivel compensador de pressio = 7.2.1.2. Bidirecional | , C) ee 73. Motor hidréulico 3.1, De deslocamento fixe 7.2.2. De destocamento variavel (com dreno) eee 3.1.1. Unidireci 7.2.2.1. Unidirecional 73.1.1. Unidirecional } : > : Loy 73.1.2. Bidirecional 72.22. Bidirecional ~.~o 7.2.2.3. Unidirecional com compensador 73.2. De deslocamento varivel de pressio 73.2.1. Unidirecional Yo, ” a aS Simbologia 73.2.2. Bidirecional y 74, Conjunto mote-bomba 7.4.1. Operando em uma direcao como br ena diregdo oposta como motor > 7.4.2. Operando em uma direcio como bombs ou como motor i 7.4.3. Operando em ambas diregdes como ‘bomba ou motor 7.5. Osciladores 76. Motores 76.1. Elétrico One B31 4 76.2. Térmico L) 8, INSTRUMENTOS E ACESSORIOS 8.1. Indicadores e Registros -O® @- DD O- —S)— 8.2, Sensores 8.21. Venturi 82.2. Injetor >>> 42 83. Acessbrios 83.1. Pressostato —, 83.2. Silenciador 83.3. Limitador 9. VALVULAS DE CONTROLE DIRECIONAL 9.1. Envelope para uma posigio CO 92. Bivelope para duas posigaes [11 9.3, Envelope para trés posigBes LTT 9.4, Enteuda e safda para vilvula de 4 vias AR An en (7 last TT nT por 344 Manygl de hidréutice bisica 9.5. Entrada e saida bloqueadas mm eX z I : Obs.: Por convengio denominamos de “P" © duto da bomba, de “T” 0 duto do tangue e de “A” e “B™ os dutos do{s) atuadox(es) Por 9.7. Valvula de controle direcional de duas vias. 9.7.1. Abertura e fechamento manual —-—1 | 9.8, Vavua de controle direcional de tres vas - 9.8.1, De duas posigdes 10. VALVULAS DE CONTROLE DE PRESSAO oe! [ \ 10.1. Valvula de alivio ‘ L4 ‘ wm + stp tir eT ul 9.8.2, De trés poses i | 10.3. Valvula redutora de pressio a +——>} | ~ 10.4. Valvula de descarga Uw = =f 364 ‘Manual de hidrdulce bisica 11. VALVULA DE CONTROLE DE VAZAO 11.1. Controle de vazio fixo 11.2. Controle de vazao variivel A 11.3. Vazio variivel com compensadores de pressio e temperatura Sa 11.4. Vario variivel com derivago SIMBOLCGIA FI Esta unidade apresenta os simbolos utilizados na pneums- 4 MATICA tica, de acordo com a norma DIN/ISO 1219 de agosto de 1978. ‘ GRUPO DENOMINAGAO TRANSFORMADORES | Compressor ~ produz ar DE comprimido ENERGIA 5 ee ee ee Bomba de vécuo Motor yneumdtico com des locamento fixo e 1. sen- tido de rotacdo Motor pneumdtico com des locamento fixo e 2 sen- tidos de rotagao Motor pneumdtico com des locamento varidvel e 1 aan o *sentido de rotagio ee GRUPO DENCKINAGAO StMBOLO Escape livre Escape cahalizado ou di- rigido. : Ponto de ligagdo de pres so bloqueado. Ponto de ligacdo de pres sao com conexlo -(conec-~ tada). Fonto de ligagfo de pres sZ0 com conexdo (desco- nectada). Conexdo rdépida acoplada, com vdlvula de bloqueio e abertura mecdnica (en— gate répido). ok GRUPO DENOMINAGAO STMBOLO / Vdlvula direcional tempo Fizadora com retardo na desatuac3o, com 3 vias e 2 posigSes normal, aber- ta CORES TECNICAS Yermelh: Utilizado para pressfo normal do sis— tema. Violeta: Indica que a PressZo do sistema foi intensificada, Zaranja: TubulagZo ou li nha de comando, pilota- gem ou pressao reduzida. ee | Amarelo: Indica linha com passagem de fluxo restrin gida ou controlada. a Exemplo: tubulagdes que operam com] COMPRESSOR Exemplo: MUL TIPLICADOR DE PRESSEO emplo: PILO TAGES DA VAI~ VOLA Exemplo: UTI- CONTROLADORAS DE FLUXO LizaghO = DAS. | 74 GRUPO DENOMINAGAO STMBOLO Azul: Fluxo em descarga, ‘ escape ou retorno. Indica sucgao ou | Exemplo: SUC- GRO DC COMPRES SOR . Branco: Fluido inativo Exemplo? ARMA» ZENAGEH IDENTIFICAGEO Orificio de suprimento Lop DOS oRIFICIOS principal (alimentag&o). DE UMA VALVULA Orificio de aplicacio 2e 4 (utilizag&e ou safda) pa oo ras valvulas de 4 e 5 A eB vias. Orificio de liberac&o do ar utilizado (escape ou | 3 OUR exaustao) para vdlvulas rde 2 © 3 vias. Wt GRUPO DENONMINAGEO SIMBOLO Orificio de liveragdo do 3B e 5 ar utilizado (escape ‘ou ou . exaust&0) para vdlvulas Res de 4 e 5 vias. J Orificio de pilotagem (Piloto) No caso de vdlvulas aue, 1.0 alimentando o piloto, blo Queiam o orificio de ali- mentagdo. No caso de vdlvulas, que ine: il ae alimentar 0 piloto, a | 1 4 oy .? brem o orificio de ali- t mentagSo para uma das saidas. a No caso de identificagao X,Y og por letras Fluldos hidréulicos 45 IV — FLUIDOS HIDRAULICOS © equipamento hidriulico, como j4 vimos, possut um custo elevado, Dessa forma, just fato de querer obter-se deles © maximo rendimento com um minimo de manutengio. 800 Um dos principsis fatores que se deve levar em consideracio para que se estabelega um bor rendimento e pouca inssutcnedo, é a escolha correta do fluido hidrdulico a ser utilizado. Portanto, o fluid hidraulico deve satisfazer, principalmente, a duss finalidades bisicas: a) Transmitir com effciéncia a poténcia que the é fornecida; ) Lubsiticar, Quanto a transmissio de poténcia, se 0 Nuido hidréulico € Nquido, teremos uma compressibil- dade que varia de 0,5 a 2% a cada 7Obar (1015 psi), de acordo com 0 tipo de fluido utilizado e tem: peratura de trabalho. Podemos dizer, entdo, que o fluido é, praticamente, ineompressivel e que trans- titi, satisfatoriamente, a poténcia que a ele € fornecida. tisfatoriamente, os componentes internos do sistema. Quanto & lubrificagio, estudaremos adianite a viscosidade do fuido para um perfeto efeito tubrificante. Dentre 05 fuidos utilizados em sistemas Sleohidriulicos, podemos destacar os seguintestipos: = Seo mineral, ~ fluidos resistentes a0 Fogo, entre eles: ~ fosfatos de ésteves: ~ eloridratos de hidrocarbonos, ~ fava alesis ou glsbis de gua; = gua em dleo. Estudaremos a seguir esses diversostipos de fluids. 1.0 OLEO MINERAL Quando nos referimos a “Oleohidriulico”, normalmente subentende-se que, estamos falando sobre leo mineral. O leo mincral, aplicado em sistemas dleohidrdulicos, € o dle derivado do petrdle através de um cuidadoso processo de refinamento, que consiste em separar os diversos derivados do owro negro. 0 6tco deve possuir uma série de qualidades, algumas inerentes € outras que sdo adicionadas 5) ssogurada unta boa performance ao sistema hideaulico, ~ 43. > ra Manual de hidréutica biisica 1.1. As qualidades ae 1.1.1. Viseosidade - A viscosidade de um fuido qualquer, ¢ a medida da resistencia que ele ofereee ao escoamento, assim como, a sua capacidade de evitar 0 contato “metal com metal” ¢ efetuar uma boa lubrificagdo. Poderiamos exemplificar dizendo que, a viscosidade seria a “grossura” do dleo. Quando a viscosidade aumenta, aumenta a resisténcia ao escoamento, Essa relagio causa grandes problemas na sueyio do 6lee para o sistema. Dessa forma, a RACINE confeccionow uma tabela onde ‘mostra @ qual viscosidade cada equipamento seu podera trabalha. viscosipape | uiscostpane | viscosipape| viscosipane| “SCOS!DA! noma | MINIMADE | (DEAL DE | MAXIMADE | pamicio OPERACAO | OPERACAO) | OPERAGAO |pe opERACAO wae | see | aes | aos FA RAE 1SeSt 26-S4eSt 216cSt 864cSt - eek T sowsu | asoasassu | ooossy | somossu sTisvo, | TSrse | “Sasast | “anesst | “aoe : 2inis _ 1S0SSU_ 200-300SSU_ 1.000ssU. 4. .000SSU_ HE aaa, 32cSt 43-6581 26cSt 46481 Fates Zoss | 0008307 | smnss) J 5080 : raat ross roast | esest | tenet Pistdes “| 60ssu 80-200SSU 300SSU 3,000SSU i nut est nesses | osest | ote he = 408s] 1062505507] “1 ocesS | 4.00880 ix rata SeSt 21.SdeSt 26cSt B64cSt wr aossu] i2s.2s0550 | .ooossi | ~«00oss0 4 Heres | Tsest | asses | ‘ieest | sate 4 Valvulas € De uma maneira geral, satisfeita a condicao da bomba, a viscosida- : Boosts | de wnbln sed sn pars sais ¢ Done Fig. 1V.1 ~ Tabela de viscosidudes recomendadas para equipamentos RACINE, ' (SSU ~ SegundosSaybolt Universal i (cSt ~ Centstokes) Bs Podemos notar que, quanto mais viscoso for o leo, mais dificil se tornara sua sucgao através da bombs - Em contraposig&o, se a viseosidade do dleo for muito baixa, o desgaste das superficies metilicas _ €m Contato sera muito mator, poss, x lubrificagdo sera deficiente e os “picos” dys superficies em : questo, irdo se tocar mais frequentemente (ver fig. 12.) Existem varias mancivas de se medit a viscosidade do deo através de diferentes tipos de ~ + Viseosfmetros. A inais conecida delas, que for adotada pela ASTM (American Society for Testing e Materials). € a Scgundos Saybolt Unwversal (SSU). Na figuia IV.2., vemos como esss medida € feta J & J Fluidos hidréuticos 47 dd) ) Recipiente bom m condutor de calor fermémetro ne ee Espelho tee ) Oritiio caivrado (U75mm x comp. 12,25 mm) JIINIDI AID 3 Recipiente gaduado Da) ) 2) Fig. 1V.2 ~ Viscosfmetro de Saybolt 2 A medida de viscosidades SSU de um dleo é 0 tempo, em seguné>s. que 60m! do dleo leva para escoar através de um orificio determinado, a uma temperatura constante de 38°C (100°F). Assim como existe a SSU, existem as medidas Stoke($t), Centistoke (cS) que é igual a um centésimo do Stoke, ha Grails Engler (°E), etc. A seguir, fornecemos uma tabela de conversio de A unidades de viseosidade, fy She led 2 germs 5 210? 01S 48 ‘Manual de hidréulica bisica st JAMERICANO| OCIOENTAL|uNtvERsaL | SAYEOLT | wo 1 no 2 [ENGLER 7. 291 2 - 38 - 322 - = eh ee |e lee | ales | 2 ee a] mm |e S| Sede [om a | cfm fe yor pa ft jee Bes Shot tae | ft | a ae eep eles 7 37.5 5 - 175 - 155 - 3.0 aaa pee ee tes li |e 9 86 5 300 400, - 360, - ot a \ s) = |e | ow |S fs |e |e sy mf me |e | me] we ft aa oe) | me | oe fee fae |x eae ne ee eee eee sym | ee fe foe | me |e i sf eye | ele fo |e - 1450, 6 400, 6500 250 6000 1300, 70 = | tte See acest (Pree ta Peco [ecard rool Nat lances momma a - #2220 x10 1-182 . a : a p — massa especifica plem™ ~ 5 1 = tempo de vazamento (SSU) ~ ‘Temperatura amnbiente. - ‘A viscosidade de um Gleo varia com a temperatura; é evid ‘um controle de temperatura adequado para evitar que & viscosidade ultrapasse os limites minimos & mmiamos recomendados pelo fabricante do equipamento hidriulico, Os equipamentos RACINE epattin, de acerdo com 6 tipo do éleo que esté sendo usado, uma temperatura maxuma de 65°C ver fig IV.4), km sistemas em que essa temperatura é ultrapassada, tornase necessina a ulilizagio de | tuoeador de calor (resfiador). Por outro lado, emt sistemas muito ries (cao de camarasFiporiias) ~ "> sho utiizados aquecedores para que o dleo seja mantido a uma temperatura satisfatoria, (quando zs tstudarmos “I rocadores de Calor”, veremos © procedimento de cilewlo) Jente, portanto, que & necessirio ter-se Fluidos hidréulicos » 1 A.L.L indice de viscosidade (LY) © indice de viscosidade a medida que estabelece a variagio da viscosidade do dteo, de acordo com 2 variagdo da temperatura. Ele & de grande importincis quando 0 sistema hidréulico nso possui um controle adequado de temperatura ou quando esta sujeito a grande variago na escala teamométrica, Um bleo possui um indice de viscosidade alto quando possui uma pequena veriagao de viscosidade com a temperatura, Ha muitos anos airis, a ASTM resolveu estabelecer “IV = 0” para um leo derivado de petr6leo extraido no Golfo do Mexico e “IV = 100”, para outro da Pensilvania. Hoje, com o descobrimento de novos pocos, podemios encontrar éleos com “IV” abaixo de Oe “IV” acima de 100. Na seqiiéncia, fomecemos uma tabela de virios tipos de dleos recomendados pela RACINE, na utilizagio de seus equipamentos. wscosipane acre | egca ear) | ageGea™ | agate” asc sgase | euteaaer | Same Ra ‘CASTROL, HYSPIN AWS 32 HYSPIN AWS 46 HYSPIN AWS 68 80 wae weit Ewe yen | TREHUS 32 Teuus yee | TELUS 68 woo OF oie 2s ~~ Yoress ore a6 TEXACO | ANDO iL HOS? ANDO OW HOS ANDO ONL HOSE MAXLUa MA10 MAKLUS MAIS MAXLUS MA20_—_ wee = | eae Tmaaign ton wt en awe me RENOLUS (FucHs) | AENOUNTO RENOLIN 15 RENOLIN20—« RENOLUS (FUCHS) RENOLN Mm | _RENOUN MATS RENOLIN MA20 movanton gone ome rpeppoave | pepgo-onve ATLANTIC. ‘DURO AW ou a2 | DURO AW ona ‘OURO AW OlL 68 CENTURY YOROL 2N32__| HYDAOR ZN 46 HYDROIL ZN 68 [rar AZA 32 ‘AZA 45 | Aza 68 _ = Tro TO Fig, [V4 — Oleos minerals recomendados pela RACINE. 1.2. Antiemulsifieagi0 Um dleo que dizemos ser antiemulsionivel éaquele que tem grande capacidade de separarse da gua, O leo hidriulico deve possuir esa caracteristica e no pode perdéla com o uso. A Agua se introduz no sistema hidrdulico atavés da condensagio, vazamentos em trocadores de calor, 04 ainda, de ar umedecido. 1.13. Namero de neutralizagio E a medida de acidéz do dleo ov em casos mais raros, da alcalinidade. Uma mudanga do niimero de neutralizagio indica a formagio de substincias prejudiciais ao sistema hidrdulico, Essa acidéz causa a cortosio dos metais € ataca os elementos de vedagio do sistema quando se torna exageradamente grande, A maioria dos distribuidores de Oleo mineral, admitem uma variagdo de, no mviximo, 0,5% do rndimero de nevtralizagdo. O niimero minimo é de 1 grama de hidroxido de potissio para um litro de ‘leo, também denominado TAN (total acid aumnber). 47. Manual de hidrdulien basica 1.1.4. Ponto de Amina (P.A.) Ea temperatura na qual 0 éleo € anilina, em solugao bifasica, assumem uma iinica coloragao, formando uma solugao tnica. Valores abaixo-de 200°F (93,3°C) sio considerados baixos, ¢ acima, altos, Um 6leo com baixo “P.A.", possui uma agio solvente na borracha. Se usarmos elementos de vedacao indicados para baixo “P.A.” ¢ trabalharmos com um leo de “P.A.” elevado, os elementos de vedagao se tornario duros e quebradigos. Se ocorter o inverso, as vedagoes tornar-se-ao macias de Feil dissolugao. LLS. Aditivos Para se melhorar as caracteristices do 6leo, costumamos introduit aditivos que irdo preservar 0 sistema hidrdulico de outros tipos de “ataques”. So eles: 1.1.5.1, Antioxidagao: [A oxidagdo & a reagdo-quimica que ocorre entre 0 leo € 0 oxigénio, porduzindo acid e bora ‘Temperaturas elevadas e impurezas, agem como catalizadores e aceleram essa reagio. 1.1.5.2. Anespumante Quando ocorre problemas de vedagio, falta de leo em um sistema hidraulico 2tc.. ocorre a formagao de bothas de ar, originando a espuma. A espuma ira provocar, tanto a cavitagao da bombs. assim como, um ciclo de trabalho defeituoso, ja que o a: & altamente compressivel. Quando introduzimos ao leo um aditivo antiespumante, fazemos com que a sua desaeragio soja feita mais rapidamente. 1.1.5.3. Antidesgastante 0 que chamamos “a nova geragdo de fluidos*, $0 aditivos que. somados ao dleo, fazem com ‘que soja reduzido © despastc em bombas, motores ¢ outros equipamentos quando se esti trabalhando em condigées adversas, Esses fluidos so, geralmente, recomendados no trabalho em que temos a aplicugdo de bombas de palhetas girando a grandes velocidades. V1.5, Detergentes 0 leo deve sempre estar livre de sujeira. borra, tints e particulas abrasivas. pois do contrario, reduziremos a vida Ul do sistema, Assim sendo, devemos cuidar de filtrar bem 0 Oleo, assim como, introduzir magnets no sistema, para reter as particulas fersosas. As particulas maiores irdo se depositar no fundo do reservatdrio, Aditivos detergentes nao sio recomendados em sistertas dleo: hidraulicos, pois dissolveriam mais ainda as impurezas, tornando dificil sua filtragem, o que, portanto, iria eriar mais problemas do que propnamente resolvé-los. . (042A DA TROCA L ie Lenrjlo ehiiro Mk Oftarng fing - A As luoga ouiey ts. Me plo, pt awole fp fil o opty y 3. AHORA DA TROCA. PROCEDIMENTOS Nao podemos dizer que existe ums hora exata para a troca do Muido hidriutico. Quando se tratar de fiuido resistente a0 Fogo, consulte 0 fabricante do equipamento hidraulico. Com relagdo 20 Oleo mineral, teoricamente, em um ciclo de trabalho leve, farfamos a troca apés 4.000 horas de uso, caso contrério, para ciclo de trabalho pesado, 2.000 horas, Na pratica, entretanto, isso nao se verifica, pois de acordo com o cielo de trabalho muitos aditivos introduzidos no leo so perdidos na evaporacio ou deixam de atender as caractoristicas a que foram determinados. Ainda podemos ter a possibilidade de estamos trabalhando com o sistema hidrdulico em locais de alta contaminagao, seja ela corrosive, alcalina, timida ou saturada de poeira (neste caso, a troca dos elementos filtrantes deveria ser mais acentuada). Vemos, entdo que, de maneira geral, no existe uma septa fixa para 0 momento da troca, porém, podemos estabelecer algumas normas que poderiam set seguidas de acordo com diversos fatores, como por exemplo: ~ 1.500 2 2.000 horas, para ciclos de trabalho leve, sem contaminagiio; = 1,000 8 1.500 horas, para ciclos de trabalio leve, com contaminagdo, ou ciclos de trabalho pesado, sem contaminacéo; ~ 500 a 1,000 horas, para ciclos de trabalho pesado, com contaminagao. Outro item importante « ser considerado é a quantidade de Oleo a set trocuda. Quando se tratar de um grande volume de oleo, é preferivel se optar por una filtragem mais acurada ¢ observando-se as condigdes acima, introduzimososnovosaditivos por 3 a 4vezes antes de efetuar a troca propriamente dita Finalizando, procure sempre utilizar © Oleo recomendado pelo fabricante do equipamento hidréulico, Nunea misture diferentes marcas dle 6leo, pois os aditivos c inibidores de um, podem nao combinar com os do outro. Armazene 0 6leo a ser utilizado em latas limpas, fechadas e longe da pocira, Marque todas as latas para evitar enganos. No momento da troea, drene o dleo usado de ambes 08 lados do cilindro; drene o dleo do tanque; himpe o reservatorio com um jato de alta pressio de oleo diesel ¢ seque-o com panos secos até ficar limpo (n30 use estopal); se houver filtro de sucgdo, retire € limpe-o; coloque um novo elemento filtrante nc. fils de retorno, encha o reservatorio com dleo novo; dé a partida na méquina e faga 0 Oleo circular da bomba diretamente para @ tanque durante 20 minutos, preencha o sistema com 0 dleo novo e termine de encher 0 reservatdrio; fuga © Olea circular através de todo © citcuito, sem carga, durante 30 minutos; instale um novo elemento filtrante no filtro de retorno e pode comegar @ operar a miquina, NAA. Informagies adicionais sobre Glee mineral ¢ fluidos resistentes a0 fogo, podem ser obtidas junto & RACINE através dos boletins técnices TPSP/3 (leo Mineral) ¢ TPSH/4 (Utilzagao de. Fluidos Resistentes 0 Fogo) wetep@O ile qtenpal, Le. of fet a ford tile. oh Leabeh, acl zeh, fills. Lue ia fied ba biteg 1 peuitolited ob ato/ 4 494 V— RESERVATORIOS E ACESSORIOS Un. reservatério hidrulico possui varias fungdes, A mais evidente delas € como depésito do fluido a ser utilizado no sistema, Outras fungdes importantes sZo, « ajuda que ele fornece ao.sistema no resfriamento do Mluido ¢ a precipitagdo das impurczas. 1, AS FUNGOES DO RESERVATORIO- 1.1, Armazenamento de leo © Nuido utitizado em um sistema hidréulico deve ser armazenado de tal forma que cle nunca seja insuficiente ou excessive, © rescrvatério, portanto, deve suprir tanto as necessidades minimas com maximias do sistema, Vejamos 0 caso de um cilindro de haste simples, cujo didmetro da haste seja metade do diimetro do pisto. Quando estendermos o eilindro, obviamente, iemos precisar de um volume de fluido bem maior do que aquele que waremos para retornar o cilindro. Havers, portanto, uma flutuagzo constante do nivel de Muido e o reservatério deverd ser dimensionado de tal forma que, ssa Mutuagdo, no altere,as condigdes de operagio do sistema, La. yensionamento Uma regra pritica de dimensionamento de reservat6rio € fazerse com que o seu volume sejn {gual ou maior a 16s vezes a vazao ds(s) bomba(s) que alimenta(m) o sistem, Por exemplo, seja um istema hidsiulien qualquer que possua una bombs que forneee uma Fazio de 22,71@/min (6 gales Por minuto), 6 Volume mininio desse reservatGrio deverd ser de: 22,71 x 3 = 68,13 litros (18 galdes). Fst regra entretanto, nem sempre pode ser aplicada, pots em sistemas mais complexos, coma muitos cilindros e linhas de transmissOes grandes, devemos estudé-los como se fossem um “caso particular”, levando sempre em consideragdo que nao podemos ter nem fiuide a menos ou a mais, 1.1.2. Reg Se o filtro de sucelio nfo estiver completamente submerso no fluido, introduziremos uma ‘grande quantidade de ar no sistema (Fig. V.1), Se, entretanto, 0 filtro estiver mergulhado a uma altura muito pequens, poderemos ter a formagio de vértice «redemoinho) na sucgio, © que também acanelard a entrada de ar (Fig. V.2) da altura do filtro de sueg0 ia enna SDs 56 Manual de hidrdtiew isiea Fig. Vil ~ Filtto acima do nivel do uid, Fig. V2 ~ Forma de virtice, Algumas normas recomendam que a cota minima “h” do nivel do fluido ao filtro seja de 76,2mm (3 polegadas) (ver fig.'V.3). A extinta J.LC. formulou como cota minima, uma vez e meia 0 lametro do duto de suegao; por exemplo, se o duto de suegdo é de 76,2mm, a cota “h deverd ser de 114,3mm. Como seguranga, adotamos 0 critéiio que nos fornsca a maior cota, Salientamos ainda, gue a cota hy deve ser de no minimo SOmm, a fim de que as impurezas precipitadas no fundo do reservatério, no venham a entupir a parte inferior do filtro de sucgao. Duto de . suegio Respiro Nivel do Auido : filtro Fig. V.3-~ Regra da altura do fluid, ey LhL&ULVIY LLL) EDD ee Le REE RRP H EID PPD DD Reservatérios e acessorios 57 Caso sejaimpossvel se observar uma dessas dus conigdes da cota h, costumasse introduir no ‘eservatério uma chicana horizontal um pouco abaixo do nivel do Muido, pois dessa forma, mesmo que ocorra a formagio de um vértice, 0 mesmo se extinguiré antes de chegar ao flo Resco Duto de L nego, =| Nivel minimo Vértice ican horizontal Filtro Fig. V.4 ~ Chicana horizonts 1.2. Resfriamento do fluido ‘A geragdo de calor em um sistema hidriulico pode ser devida a varios fatores: ~ Perdas mecinicas na bomba ou mator hidriulico; ~Restrigdes na linha devido a curvas mal elaboradas ou introdugio de valvulas, tais como reguladoras de pressio e van; ~ Vilvulas mal dimensionadas, i.é, vélvalas que permitam uma vazio méxima menor do que aquela exigida pelo sistema; ~ Manifolds com excesso de valvulas: ~ Friegio nas vedagdes internas dos cilindtos, ete Grande quantidade desse calor gerado pelo sistema 6 levado pata o reservat proprio fluxo de Huido, io, através do De acordo com a complexidade do efreuito hidriulico, este calor pale ser dssipado apenas através das pares dos cilindros da tubulagao e, prncipalmente, no reseratério, Em contato com as paredes do tanque, 0 calor do fluido 6 trocado através da conducio © radiagto (ver fig. V.5), pois 0 ealor 6 transmitido de um corpo mais quente para outro mais fri. O corpo mis quente, ness caso, € fluido, © 0 mais fro, oar. NEGA AR Conducta, Fig. V.5 = Transnlso de calor no reserva, St. 58. Manual de hidniutiea hisiew jo 6 de munea se colocar 0 duto de retoruo a0 reservatorio volla imediatamente para 0 » conseqiéncla, teremos um sistema supers 1 ser levado em considera Um fator importan proximo do duto de suvyZo, pois 0 fuido diicuito hidréulice, sem efetuar @ troca de calor, Cor jquecido ¢ em poueo.femnpo o equipamento entrard em pane. Um artiffeio muito usado ¢ normalizado pela NEPA, é a introduyio do uma chi que obriga a cireulagio do fluido (fig. ¥.6). Quando do retome fluido, 0 mesmo percorter por duas vezes o eomprimento do seservatorio para chegar a0 duto de suegdo, Ao petconer fodo esse caminho, © calor contido no fluide vai se dissipando da forma como vimos anteriormente. Je retor ina vertical, cobrigado a Chicana Duto de retors0 Duto de suegio Fig. V.6 ~ Chicana vertical Dependendo da necessidade, introduzimos um maior nimero de chicanas verticals para forgar circulagio do fluido (ver fig. V.7), aumentando a troca do calor pelo fendmeno da convecgio. n nivel mais a Quando no conseguimos uma boa troca de calor e redugdo de temperatura a um satisfutdrio, devemas usar uin trocador de calor. Chicana fn Duto we sucgio Qe ded de WR 5-4 Reservatorios e gcessorios 59 1,3. Precipitagzo de impurezas Quando 0 Auido setoma para o reservatério, sua velocidade pode decrescer de 304,80em/s (10FY/s) até um valor bem baixo. Dessa maneira, se torna facil a preeipitagio das impurezas no fundo 4 tanque (fig. V.8). Essas imputezas precipitadas formam uma espécie de borea que seria um meio termo entre 0 pixe asfiltico € um Oleo sujo de alta viscosidade. Para efetuarmos esss limpeza no momento da troca do fluido, devemos nos munis de um jato de Oleo diesel a alta pressio e panos, limpos (vero item que trata sobre a hora da troca do fiuido no cap. IV). Dato de Duo de reno Fig. V.8 ~ Circulagdo do fluido e precpitagio de impurezas. 1.4, Cireulagdo intema de ar Todo reservatorio hideéulica deve possuir um respiro na base superior (fig. V.4.). Quando succlonamos fiuido para o sistema, o nivel decresce e aquele espago antes ocupado pelo Muido, deve ser ocupado por alguma outra coisa, pois, do contrario, terfamos a formagio de uina pressio negativa (Pint

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