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Capituto 3 Paralelo entre biblioteca e arquivo Druncer de fZtIO(matersd) a) Wide omen que RR OYE f _ ve. akwdedis Aone wy oa Ww Guowe Paes ingbhuc® - _ Blick. Colad de Repo Mmblsas diley de axPUASi cher pemeninn” - ou penh mute Valor indiidual . is elerencas obser vadeaentre'odsaalerias Je bibtloteca e de arquiye referem-se: a/ao modo pelo qual se originam; eb) ao modo pelo qual entra- [ists cartruto peseio tratar das relagdes existentes entre as profissdes de bibliotecdrio e de arquivista, Proponho-me a fazer isso assinalando as dife~ rengas que hé no material com que lidam esses dois profissionais ¢ as dife- rencas de métodos de tratamento, Meu objetivo nada tem de capcioso, Nes~ seintento de realgar essas diferenas viso tdo-somente a esclarecer o carter essencial da profissio de arquivista. Diferengas no acervo Lyra, de tdiada din eateidad, uuminemosrepdamentea inca dena cifrengas Nocaptal pre cadente destaquei como uma das caracteristicas essenciais dosfarquivos te- — Pras? - Oey S rua den downto ti att oe cul SPECS ARPT do, Ce ogee paved REQSUR MERA fancionais de um érgio do governo ou de qualquer outra entidade; e grande ecard dares du alls estes peter a cine tuercom oprépric rg. Os valves clas so aidentais O material de Mbiokeca. Taged’ chrcrmeder Rel fer lush po gana emi pele gna fra cabal | t ' sags ees ashcconsnirn garantie, axa cas eeagsHh Slo Vala ance Frum de lhran prmeménadtc: PQVSIGICS —trenteindependeda elagio quemantém entre A diferenuenteo mate: tal de iota ¢.0 de arquivo independ de sus forma flaca. O material Nof de nredlun douarnauntsy Spams Pa ease ean eae cats eaters doqlsilfbectcice/sitifucb detente oes erent pds Ger eda es cari - i x0, por exminal, de forans rccbidos por up edministagSo to come o)Ttunin du CrnsenrreK / Prabal 2 (dae \ qiéneia de uma atividade oficial, ou de impressos, folhetos ou circulares _ frtjuiyo . ayy : A standoanexados aos documentos ofits também o caso dos proprios Petar Gacone ur agagads, ned enfin tn Eoin \ Osten Sid 2, eee wd) rears a) denerer® Cog, \ ~ bWokca . deca, Crete. dun Trvemdncers ~ DyvemFnere a ee Neat Bi-Detrm, © Raker tb Mon Sn (2 Gare yen ~ 44 + Anquivos moveenos Os materiais audiovisuais e cartograficos apresentam quase o mesmo interesse tanto para os bibliotecarios quanto para os arquivistas. As pelicu- las cinematograficas, por exemplo, quando produzidas ou recebidas por uma ‘administragao no cumprimento de fungGes especificas, podem ser conside- radas arquivos. Este €0 caso de filmes feitos para registrar atualidades,tais como filmes de cenas de combate durante a guerra, on para infuenciar 2 opiniao publica, ou ainda para treinar o pessoal civil ou militar. As c6pias ; ‘esses filmes equivalem a duplicatas de livros e sao geralmente postas a dis. Posicio, antes pelas bibliotecas do que pelos arquivos, para fins educativos ¢ reereativos. Verifica-se 0 contrario com relagao a negativo e filmes positivos ‘que so usados sobretudo para a produgio de outros filmes. Nio se pode estabelecer a diferenca entre a colegdo de manuscritos das bibliotecas es arquivos, considerando-se-Ihes a forma, aautoria ou o valor, SO) Fodemter indo é ates Utica de TasTaigho ou deus pertonlare |G ce pelem posnir identi valor de pessisa Ene valor detest ese es Phyllies Mander Jones, bibliotecirio da Mitchell Library, em Sidney, quan- QOL C Wesereve ae, ao contro do que se ees com means seer aa Privados 0 estudioso entra em contato mais intimo com O assunto de seu AWM gh interss,aves porque esses paptis mais provnelmene ene U__ PR mentos epreconceitos naturais do homem, e porque esses mesinos Dapéise & os documentos de empresas privadas e semiprivadas podem oferecer uma “Yonte mais rica de dados de ‘varios matizes”.”* Pode-: fazer, no entanto, uma Yc distinio baseada no modo pelo qu! os manusiee ee documentos ditos arquivos, de acordo com o historiador americano Charles M. Andrews, “diferem dos manuscritos historicos por no constituirem uma asa de papéis e pergaminhos reunidos a0 acaso e ordenados tendo em vista apenas a importancia do assunto e a cronologia dos mesmos”.* En. {Quanto os arquivos aparecem como resultado de uma atividade funcional regular, os manuscritos historicos, o contra, sao, em geral, o produto de uma expresso espontnea do pensamento ou sentimento, So, assim, criar dos ao acaso e nio sistematicamente Toda vez que os documentos escritos, embora classificados como ma- nuscTitOs TisTOricos, forem criados em conseqiiéncia de uma atividade or= ant comsaTiGncta de uma atvidade or ¥ + i . Pes pc Naa ie it T. R. ScueLuenperc + 45 ‘quivos religiosos”, “arquivos econdmicos”, “arquivos privados”. Além disso, yando os manuscritos histéricos constituirem parte integrante da docu- Sie SF taat MRIS GMa pb Cts a considerados Ae amor que constituem prova em causas anquivos, Como € 0 caso de cart “dedivorcho. Tratemos agora do modo pelo qual os materiais entram para a custédia do arquivo e da biblioteca,Qs arquivos so orgios receptores, ao passo que (Dass sho colecionadoresy Um arquivo, ja WaTNTGRO ORCATON Fr “Yada, € criado com 0 objetivo de preservar os expedientes da organizagao a que sre, Via deegra, oarqulvo nfo conta com grande capacidade deaqul= ‘siqdo de material por compra ou por doagio. Normalmente, em. ee fonte, que 60 governo, a instituigio oua pessoa aque serve. O arquivo deum deve receber apenas materiis produzidos pelo governo a que serve, 05 produzdos por outros pases. Um arquivo destinadoa servi apenas um ministério deve receber somente materiais daquele determinado mi- nitéro,O destnado a servi administragdo de um certo nivel nfo recebe- r4 sendo os materiais produzidos naquele nivel de administracdo. Assim, ‘um arquivo federal nfo deverd aceitar documentos de governos estaduais, nem um arquivo estadual aceitaé os do governo federal Um arquivo, note-se, no coleciona material. Esse ponto foi esclarecido por Hilary Jenkinson, que esereveu: pei “Os aruivosnio slo coleionades, Quem dera que palavra colo fosse banida do voeabulério do arquivista, ao menos para firmar este fo. Sua enisénianio €devid, ou pelo menos nfo o deve st, 0 fatodealguém oshavereunido coma dade quepudessem se aos estudiosos do futuro ou para provar uma questo ou ilustrar uma tworia, Agrupam-se e atingem a fase do seu arranjo por um processo natural: so um produto, quase, como se poderia dizer, um organismo ‘como una érvore ou um animal. Tém, por conseguinte, uma estrutu- ra, uma articulago ¢ uma inter-relagao natural das partes que so essenciais ao seu valor. Um documento svulso de um fndo de arqi- vo nio teria, por si $6, maior expresso do que teria um tinico osso Separado do eaueleto de um animal extntoe desconheid. A que 46 + Axouivos moverwos Uidade propria do material de arquivo s6 se conserva integralmente enquanto a forma e a inter-relago natural forem mantidas” Os bibliotecérios, por outro lado, nao reeebem seu letermi- nada entidade, Podem obté-o de qualquer parte do mundo, Na hipdtesede Timitarem suas aquisigées a material sobre determinado assunto, come or exemplo, “agriculture”, pede ser adquirido de qualquer fonte em que soja encontrado, As bibliotecas, muitas vezes, tém arquivos sob sua cust6dia, De fato, iuitas instituigdes de arquivos originaram-se nas divisdes de manuscriten de ibliotecas.A Biblioteca do Congresso, por exemplo, recolhia os arquives do governo federal antes da eriagio do Arquivo Nacional, e, se bem que a biblioteca ndo sejaa precursora do Arquivo Nacional, o chefe de sua Divisio de Manuseritos, o falecido dr. J. Franklin Jameson, foi um combativo bata, Ihador pela eriagéo de uma arquivo nacional. Nos Estados Unidos mauites anquivos estaduais originaram-se das segdes de manuscritos de bibliotecas estadusis, Setum estado ni dispée de verbas para manter um arquivo sepa ado, a administragdo de seus arquivos pode ser combinada com a de sus biblioteca. Dentro de uma biblioteca, a administragdo dos arquivos também bode ser feita em comum com a de seus papéis privados e manuscritos his, \oricos, Pode-se adotar esse critério desde que a diferenga entre os virion tipos de Iateriais a metodologiaaplicada aos mesmos eas exigGncias ad- tministrativas de um programa de arquivo sejam perfeitamente compreen. as Programa de arquivo sejam perfeitamente compreen Embora as bibliotecas hajam, muitas vezes, recolhido arquivos pibli- os, essa prtica deve ser lamentada, flégico que as bibliotecas prestaram Servigos de grande utilidade a cultura, pela preservasio de arquivos, quando no existiam insttuigBes préprias para cuidar desse material. Mas, uma ver, que o governo crie uma biblioteca e um arquivo, essas organizagdes nio de. vem competir entre sina aquisigéo dos documentos piblicos. A biblioteca, neste caso, no deve de maneira alguma recolher documentos oficlals: Nem, lardar pegas que hajam sido alienadas indevidamente de uma admi_ ne nein Sido alienadas indevidamente de uma admi- qenkinson, 1948: Aula inaugural ministrada na Universidade de Londves and de outubro de 1947, por ocasido da abertura do Curso d a Seguro de do Curso de Administragao de Arquivo. ' T. R. Scuntiensers + istrago, pois tais pecas sio parte constituinte de um corpo de documentos ‘crrelatos. Cada um desses dois tipos de instituigao tem trabalho suficiente no seu proprio campo sem precisar invadir o do outro, pois a feitura de mui: tos documentos assim como a “feitura de muitos livros” — como diz.a Biblia =“ngo tem fim” (Ee. 12, 12). Diferencas nos métodos Ao discutir as diferengas entre os métodos empregados, abordarei pri- meiro as técnicas que se aplicam a materiais especiais que tanto podem ser ‘mantidos por bibliotecas como por arquivos. Esses materiais, eonvém lem- brar, tém em comum a caracteristica de consistirem em pecas individuais, separadas umas das outras, cada qual com significado proprio, independen- temente de sua relagio para com as demais. E, desde que consistem em pe- ‘cas avulsas, podem-se seguir os métodos biblioteconémicos no seu arranjoe ne sua descrigao, pois tais técnicas, de modo geral, se aplicam a pegas avul- Esses materiais especiais podem, él6gico, ser reunidas em colegSes como XS demanertos defilmes, on anda de folografas. Os manvscrtos por exer pb, podem ser reunidos em colegdes relativas-a pessoas, familias, insitui- Ges ou organizagdes, Conquanto tais colegdes possam ser consideradas se- melhantes em cardter a um corpo de arquivo (archival groups), falta-Thes a “oss propria dos arquivos, que deriva da correspondéncia destes com uma “atvidade ou fim. Os métodos de arranjo e de deserigio de taiscolegGes slo decerto modo semelhantes aqueles empregados para os corpos de arquivos. 0s bibliotecdtios e arquivistas, portanto, podem igualmente contribuir na elaboragdo de um método destinado ao tratamento desse material. Pretendo, agora, ocupar-me das téenicas que se aplicam @ materiais a seremn conservados, exclusivamente, ou por arquivistas ou por biblioteca rios para mostrar as diferengas fundamentais entre elas. No caso do arqui- vista do governo temos a documentacio escrita, textos produzidos pela ad- m_nistragio a que serve. No caso do bibliotecario temos publicagies de varios tipos{A primeira das diferencas de técnica diz respeito a avaliagio e & se gio. ee ‘Orgao oficial “privado, o-arquivista no o faz tomando por base partes do material. Nao examina e conelui quanto 30 valor de uma simples pega avalsa como uma carta, um relat6rio ou qualquer otro documento, Faz0julgamento da pega | ZK segunda diferenga nos métodos do biliotecdrio edo arquivista refe- e-se aoaranjo, Conquanto o temo “classiticagao”sejausado por amb ae io inteiramente diverso, Aplicado a material de arquivos sig- mi KO o 48 + Anguivos mopeRos em relacio as outras, isto é, em relagdo a inteira documentagao resultante di atividade que a produziu. Normalmente, portanto sleciona os documen tos para preservapio no agregado de pesas, fo como pega ini, e selecio- na-os mais em relagio a fungdo e& organizagao do que ao assunto. Seu es. forgo visa a preservara prova de como os 6rgis funcionaram, No caso de ‘ngo oficial visa a manter os documentos que possa refletirsia origem, o desenvolvimento de sua organizagio, programas politicos e normas adotadas © a titulo de exemplo, os detalhes de suas operagGes. Compete-the, nfo obstante, preservar alguns documentos por seu conteido informativo, o8 quais podem ser muito titeis para estudos de natureza socioeconémi va. Seus: julgamentos sio finais e irrevogaveis, Os documentos, uma vez destriidas, i ee intl ps Falta vin Ao emitir julgamentos quanto ao valor, entretanto, o arquivista deve estar bein seguro, na sua anélise, da organizagdo e funcionamento do organismo com o qual trata e ter amplo conhecimento das provaveis necessidades e interesses de pesquisa, O bibliotecério, ao contrério, avalia 0 material a ser adquirido por sua instituigio eomo pecas isoladas. Seu julgamento implica conhecimentos de ‘Piblioteconomia, da bibliografia do assunto em questio e, no caso das bi- biiotecas ciemificas, das necessidades imediatas e do desenvolvimento da Pesquisa. Mas as suas decisdes ndo sto irrevogiveis, pois, exceto no caso de obras raras das quais 36 exista um Ginieo exemplar, um livro, em geral, pode ser adquitid em fntes diversas Seum vo nio existe em umabibliotees, (SE vem apenas questdes de conveniéncia e nlo de preservagio ow panda tata, ca arranjo desse material dentro deum arquivo de acordo com asus pro, veniéncia e em relagio & organizagao e fngBes da entidade eriadora, Quan- do aplicado a material de biblioteca, significa o agrupamento de diversas ppegas segundo um sistema légico predeterminado e a atribuigdo de simbo- Jos que mostram sua posiglo relativa nas estantes Os arquivistas no podem arranjar seus documentos de acordo com es

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