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VERSÃO DO PROFESSOR

D I S C I P L I N A Instrumentação para o Ensino de Química III

Química no Ensino Médio: discussões


a partir dos documentos legais

Autores

Márcia Gorette Lima da Silva

Isauro Beltrán Nuñez

aula

Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data: ___/___/___


01
Nome:_______________________________________
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VERSÃO DO PROFESSOR

Apresentação

A
legislação do sistema brasileiro de ensino passa a traduzir inovações em todos os níveis
da Educação Básica. Estas, por sua vez, são influenciadas por fatores de naturezas
distintas decorrentes da terceira revolução técnico-industrial. Um dos impactos
decorrentes dessa terceira revolução técnico-industrial é a expansão significativa de alunos
matriculados nesse nível de ensino nos últimos dez anos. Tal crescimento caracteriza-se não
somente pela busca de uma via de acesso ao Ensino Superior, mas também para uma melhor
inserção no mercado de trabalho (BRASIL, 1999).

Essas inovações materializam-se em documentos oficiais como a Lei de Diretrizes e


Bases da Educação Nacional (LDBEN), base legal da reforma educacional consolidada a partir
dos anos 1990, que focalizam três eixos básicos para a sua organização curricular: a formação
de competências, a interdisciplinaridade e a contextualização do conhecimento. Tais questões
foram discutidas nas disciplinas de Instrumentação para o Ensino de Química I e II.

Nesta aula, iremos apresentar, de forma sucinta, as idéias gerais expressas nos
Parâmetros Curriculares Nacionais e nas Orientações Educacionais Complementares aos
Parâmetros Curriculares Nacionais – ‘‘PCN +’’ – referentes ao conhecimento químico para o
Ensino Médio (BRASIL, 2002).

Objetivo
Conhecer as idéias centrais referentes ao conhecimento químico
expresso nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio e nas Orientações Educacionais Complementares aos
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – ‘‘PCN +’’.

Aula 01  Instrumentação para o Ensino de Química III 


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Os documentos legais e a
formação de competências

P
articularmente para o Ensino Médio – etapa final da Educação Básica – os documentos
que regulamentam e orientam esse nível de ensino são: as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM), os Parâmetros Curriculares Nacionais para
o Ensino Médio (PCNEM) e as Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (“PCN +”).

Desde a divulgação desses documentos em 1999, a reforma suscitou uma série de


discussões e reflexões sobre o tema. Mais recentemente, em decorrência desta e de outras
necessidades, são publicadas as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM).
(BRASIL, 2002). As OCEM, que iremos apresentar nas próximas aulas, consistem em
um material que apresenta e discute questões relacionadas ao currículo escolar e a cada
disciplina em particular.

A lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96 sinalizam que
a organização curricular para esse nível de ensino prevê 75% numa Base Comum Nacional
e 25% numa Parte Diversificada (BRASIL, 1996). Entretanto, entre as discussões a partir
da reforma pode-se destacar que a organização dos conteúdos escolares é regida – de
forma explícita ou não – pela concepção teórica e metodológica adotada pelo professor.
Dessa forma, em muitas instituições escolares não havia uma forma homogênea para tal
organização, como preconizada na LDBEN. Por outro lado, as DCNEM sinalizam para: o
princípio da flexibilidade curricular, a adequação à realidade escolar, a identidade, a diversidade
e a autonomia (BRASIL, 1998). Todas essas questões compõem o arcabouço da complexa
discussão sobre a organização curricular no Ensino Médio.

Além disso, outros pontos foram sinalizados tais como estudos que mostravam pouca
clareza (tanto para professores quanto para gestores escolares) com relação ao como
trabalhar a interdisciplinaridade. Uma das razões, já discutidas em Instrumentação para o
Ensino de Química I, refere-se ao fato de, muitas vezes, não existirem espaços interativos de
planejamento e acompanhamento da ação pedagógica. Os professores se sentiam perdidos.
Em geral, adotava-se para tal organização e planejamento as estruturas propostas pelos
livros didáticos.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) apresentam as


áreas disciplinares organizadas em três blocos. A Química está inserida na área de Ciências
da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Nesses documentos são apresentadas as
competências e habilidades referentes aos domínios de representação e comunicação;
investigação e compreensão; e contextualização sociocultural, a serem desenvolvidas nos
estudantes do Ensino Médio.

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Os documentos legais para o Ensino de Química no nível médio consideram que na
formação do educando se deve assumir que o conhecimento químico está associado ao
desenvolvimento de habilidades e competências. Quer dizer: que esse estudante seja capaz
de entender, comunicar, interpretar os conceitos e a linguagem química (seja oral, escrita,
gráfica, enfim, as diferentes formas de representação), relacionando ou utilizando, quando
necessário, os modelos explicativos para os fenômenos.

Já as competências nesses documentos são entendidas como a capacidade de articular,


mobilizar e colocar em ação conhecimentos, habilidades e valores em situações do cotidiano.
Entretanto, há autores que criticam essa concepção de competência, por ser considerada
uma visão reducionista acerca das diferentes formas de mobilizar e contextualizar saberes Saberes
(conhecimentos). Para esses autores, “o saber escolar é um processo em construção e não Há autores
simplesmente um produto na construção das competências pelo educando” (DIAS; NUÑEZ; que discutem a
RAMALHO, 2004, p. 105). diferenciação entre
conhecimentos e
saberes, mas nesta
Mas, então, o que seriam as competências?
aula, por questões
didáticas, não
Para Le Boterf (2003), ser competente é saber mobilizar, realizar operações cognitivas
entraremos nessa
complexas para alcançar um determinado objetivo. Esse autor caracteriza a competência discussão. Para saber
como “um saber prático contextualizado nas situações de resolução de problemas” (retome mais, consulte Lopes
(1998), Japiassu
as aulas 11 e 14 de Instrumentação para o Ensino de Química I e II, respectivamente.). Para
(1976), Dias, Nuñez e
Ramalho, Nuñez e Gauthier (2003), o recurso de saber mobilizar manifesta-se em tempo Ramalho (2004).
prolongado e em situações concretas, que obrigam a estabelecer o problema antes de
resolvê-lo, a determinar que conhecimentos e saberes serão necessários para a dita situação:
reorganizar, extrapolar, prever, contestar, entre outros.

Esses autores e os documentos legais afirmam que uma pessoa competente é aquela
que articula e mobiliza valores, conhecimentos e habilidades diante de situações e problemas
não apenas rotineiros, mas também imprevistos em sua vida cotidiana.

Segundo a perspectiva dos documentos legais, a escola deve pensar quais saberes
(conhecimento científico, saber curricular, saber cotidiano, conhecimento do senso comum,
saber popular) são potencialmente educativos para contribuir com a formação integral do
educando. Sobre assunto, retome a aula 7 – Concepções alternativas: conceitos espontâneos
e científicos – da disciplina Instrumentação para o Ensino de Química II.

Atividade 1
Em grupo de três ou individualmente, elabore um texto no qual discuta “o que
devemos ensinar aos estudantes do Ensino Médio na disciplina de Química”?

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Orientações Educacionais
Complementares aos Parâmetros
Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio (“PCN +”)

S
egundo os ‘‘PCN +’’, o desenvolvimento da competência relativa à representação e
comunicação em Química significa envolver a “leitura e interpretação de códigos,
nomenclaturas e textos próprios da Química e da Ciência, a transposição entre
diferentes formas de representação, a busca de informações, a produção e análise crítica
de diferentes textos” (BRASIL, 2002 p. 88). Quer dizer, desenvolver o pensamento crítico
do estudante para reconhecer, por exemplo, as formas de representação da concentração
de soluções em determinados alimentos ou ainda em poemas, letras de música, recortes de
jornal ou outros recursos.

Com relação aos domínios da investigação e compreensão, os ‘‘PCN +’’ sinalizam


para a importância de relacionar ou levar os estudantes a fazer “uso das idéias, conceitos,
leis, modelos e procedimentos científicos” (BRASIL, 2002, p. 88) associados à Química.
Por exemplo, identificar e relacionar aspectos químicos, físicos e biológicos envolvidos no
destino do lixo doméstico.

As competências, segundo os ‘‘PCN +’’ com relação aos domínios da contextualização


sociocultural, referem-se à “inserção do conhecimento disciplinar nos diferentes setores da
sociedade, suas relações com os aspectos políticos, econômicos e sociais de cada época e com
a tecnologia e cultura contemporâneas” (BRASIL, 2002, p. 88). Isso significa, por exemplo,
fornecer elementos para que o estudante possa decidir sobre que produtos são menos danosos
ao meio ambiente e a sua comunidade ou ainda interpretar as informações advindas da mídia.

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Existem formas de divulgação por meio da literatura, arte cinematográfica e a publicidade.
Como afirmam Campanario, Moya e Otero (2001, p. 45), “a publicidade é um dos fenômenos
característicos do nosso tempo e é um dos elementos que serve para moldar a opinião dos
cidadãos e para criar hábitos de comportamentos”.

Esses autores defendem que freqüentemente a Ciência e a Tecnologia aparecem


associadas a veículos de publicidade com autoridade para garantir a qualidade e segurança
dos produtos que anunciam. No Brasil, em propaganda sobre um objeto de uma empresa
telefônica, veiculada em alguns canais de televisão, aspectos positivos são massivamente
apresentados, de modo a exaltar seus efeitos benéficos, provocando, em conseqüência, a
alienação da população.

Fibra ótica, o que é fibra ótica? É um fiozinho brilhante que a (nome da empresa)
já colocou em mais de um milhão de quilômetros pelo Brasil.

Fibra ótica é o que faz a Glorinha de Ilhéus falar com a mãe dela lá no interior de
Alagoas. É para antes do jogo, o Rodolfo que é torcedor do Sport apostar com
o Eduardo, atleticano roxo. Fibra ótica é para falar com sotaque carioca e ouvir
paraibano. É coisa que a (nome da empresa) já colocou um montão, mais que
qualquer outra. E quanto mais ela coloca mais ela vê que tem que colocar neste
país grandão que a (nome da empresa) ajuda a crescer.

Fibra ótica é isso, não é coisa que eu e você temos que compreender.

Afinal quem tem que entender de tecnologia é a (nome da empresa), que tem
engenheiro. A gente tem mesmo é que usar, igual a qualquer brasileiro (FIBRA...,
2001, grifos nossos).

Esse comercial, segundo Silva (2003), demonstra a invasão de objetos tecnológicos


na sociedade, a desvalorização da imagem da Tecnologia, sendo esta um conhecimento
específico para um grupo restrito de pessoas – os engenheiros. Sustenta, no entanto, que
não é necessário conhecer os princípios que permeiam o objeto nem suas conseqüências,
mas apenas usufruir dele. A publicidade constitui um veículo formador de opinião e, neste
caso, vem ressaltar não só a utilidade dos objetos tecnológicos, mas também reforçar o
descaso pelo conhecimento tecnológico e científico.

Esse exemplo nos auxilia na compreensão do papel da Tecnologia na área de Ciências


Naturais e Matemática. Nessa perspectiva, segundo Silva (2003), um dos objetivos do ensino
da Tecnologia é promover o desenvolvimento de competências e habilidades para o exercício
de intervenções e julgamentos práticos traduzidos:

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n  no entendimento de equipamentos e de procedimentos técnicos (componente técnico-
metodológico);

n  na obtenção e na análise de informações;

n  na avaliação de riscos e de benefícios dos processos tecnológicos (componente


científico-tecnológico);

n  na interpretação dos fatos, na utilização de linguagem específica como símbolos e ícones

relativos às informações tecnológicas e científicas (componente verbal-iconográfico).

Outro exemplo é sugerido por Porto (2000), ao propor discutir a linguagem química
envolvida em um soneto de 1909 escrito pelo paraibano Augusto Carvalho Rodrigues dos
Anjos (1884-1914), intitulado Psicologia de um vencido.

Psicologia de um vencido

Eu, filho do carbono e do amoníaco,


Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infânica,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme – este operário das ruínas –


Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,


E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialidade inorgânica da terra!

Augusto Carvalho Rodrigues dos Anjos

Nesse soneto, o poeta apresenta uma visão de mundo peculiar de ciência e filosofia,
utilizando signos lingüísticos familiares à linguagem química e biológica. Você pode observar
que na primeira frase o poeta resume a origem química da vida: o carbono, principal elemento
constituinte das moléculas dos organismos vivos, e o amoníaco (formado por hidrogênio e
nitrogênio), que se combina formando as cadeias carbônicas (hidrogênio) e as proteínas e
ácidos nucléicos (nitrogênio).

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Atividade 2
Proponha uma atividade para estudantes do Ensino Médio a partir do comentário a seguir.

Muitos acidentes ainda acontecem com o uso inadequado de produtos químicos.


Ler e entender as informações no rótulo é muito importante.

Existe um projeto de lei para obrigar os fabricantes de medicamentos e de


produtos químicos, inclusive os de uso doméstico, a colocar embalagens
especiais de proteção à criança em seus produtos (INMETRO, 2002).

Atividade 3
Nos “PCN+”, disponível no site do MEC http://www.mec.gov.br, páginas 94 e 95, é
apresentado o tema estruturador Reconhecimento e caracterização das transformações
químicas, transcrito a seguir. Leia-o atentamente.

Tema 1. Reconhecimento e caracterização das transformações químicas

No início do estudo da Química, é importante apresentar aos alunos fatos


concretos, observáveis e mensuráveis acerca das transformações químicas,
considerando que sua visão do mundo físico é preponderantemente
macroscópica. Nessa fase inicial, a aprendizagem é facilitada quando se trabalha
com exemplos reais e perceptíveis.

Neste tema, procura-se construir um primeiro entendimento da transformação


química e suas regularidades, perceptíveis ou não, através da observação que
ocorre em um certo intervalo de tempo, com relações proporcionais entre

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as massas dos reagentes e dos produtos, entre massa e energia (balanço


energético), e cujos reagentes e produtos podem ser isolados e caracterizados
por suas propriedades. Em geral, tais conceitos são apresentados de forma
isolada, alguns superficialmente, outros aprofundadamente, mas sem
articulação que permita a construção de uma idéia significativa e abrangente da
transformação química.

O desenvolvimento deste tema permite o desenvolvimento de competências


gerais como: articular e traduzir a linguagem do senso comum para a
científica e tecnológica; identificar dados e variáveis relevantes presentes
em transformações químicas; selecionar e utilizar materiais e equipamentos
para realizar cálculos, medidas e experimentos; fazer previsões e estimativas;
compreender a participação de eventos químicos nos ambientes naturais e
tecnológicos (Brasil, 2002, p. 94-95).

Unidades temáticas

1. Transformações químicas no dia-a-dia: transformações rápidas e lentas


e suas evidências macroscópicas; liberação ou absorção de energia nas
transformações.

n  Reconhecer as transformações químicas por meio de diferenças entre os


seus estados iniciais e finais.

n   Descrever transformações químicas em diferentes linguagens e


representações, traduzindo umas nas outras.

n  Reconhecer que a transformação química ocorre em um certo intervalo


de tempo.

n  Identificar formas de energia presentes nas transformações químicas.

n  Reconhecer transformações químicas que ocorrem na natureza e em


diferentes sistemas produtivos ou tecnológicos.

n  Buscar informações sobre transformações químicas que ocorrem na


natureza em diferentes sistemas produtivos e tecnológicos.

2. Relações quantitativas de massa: conservação da massa nas


transformações químicas (Lavoisier); proporção entre as massas de
reagentes e de produtos (Proust); relação entre calor envolvido na
transformação e massas de reagentes e produtos.

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n  Compreender e utilizar a conservação da massa nas transformações


químicas.

n  Compreender e utilizar a proporção de reagentes e produtos nas


transformações químicas.

n  Estabelecer relação entre o calor envolvido nas transformações químicas


e as massas de reagentes e produtos.

n  Representar e interpretar informações sobre variáveis nas transformações


químicas por meio de tabelas e gráficos.

n  Fazer previsões de quantidades de reagentes, de produtos e energia


envolvidos em uma transformação química.

n  Buscar informações sobre as transformações químicas que ocorrem na


natureza e nos sistemas produtivos.

n  Associar dados e informações sobre matérias-primas, reagentes e produtos

de transformações químicas que ocorrem nos sistemas produtivos, com


suas implicações ambientais e sociais.

3. Reagentes, produtos e suas propriedades: caracterização de materiais e


substâncias que constituem os reagentes e produtos das transformações
em termos de suas propriedades; separação e identificação das
substâncias.

n  Identificaruma substância, reagente ou produto, por algumas de suas


propriedades características: temperatura de fusão e de ebulição;
densidade, solubilidade, condutividade térmica e elétrica.

n  Utilizar as propriedades para caracterizar uma substância pura.

n  Representar informações experimentais referentes às propriedades das


substâncias em tabelas e gráficos e interpretar tendências e relações
sobre essas propriedades.

n  Elaborar procedimentos experimentais baseados nas propriedades


dos materiais, objetivando a separação de uma ou mais substâncias
presentes em um sistema (filtração, flotação, destilação, recristalização,
sublimação).

n  Identificar e avaliar as implicações dos métodos de separação de substância

utilizados nos sistemas produtivos.

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Agora, responda às questões.

a)  Por que é importante a abordagem desse tema no Ensino Médio?

b) Que competências e habilidades se espera que sejam desenvolvidas nos estudantes a


partir desse tema?

c)  Que possíveis conteúdos podem ser abordados?

d) Em sua opinião, quais os conteúdos indispensáveis para a formação cidadã do


estudante?
sua resposta

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Leituras complementares
LOPES, Alice Casimiro. O ensino médio em questão. Revista Química Nova na Escola, n. 7,
p. 11-14, 1998.

A autora aponta para a necessidade de reflexão sobre as atuais políticas curriculares,


em especial sobre a proposta de mudança das políticas curriculares para o Ensino Médio. O
artigo se propõe a trazer elementos para a discussão e tem por objetivo contribuir para essa
reflexão por meio da análise crítica do texto da proposta de resolução, a qual estabelece a
organização curricular e a base nacional comum do Ensino Médio, em fase de debates.

MORTIMER, Eduardo Fleury (Org.). Química: ensino médio. Brasília: MEC, 2006. (Coleção
Explorando o Ensino, 4). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/EnsMed/
expensquim_vol4.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2007.

Trata-se de uma coletânea de artigos publicados na Revista Química Nova na Escola,


os quais abordam aspectos relacionados às pesquisas em educação química, relatos de
experiências, acompanhados por discussões sobre o conhecimento químico; apresentam
pesquisas sobre concepções alternativas dos estudantes; sinalizam, a partir de elementos de
história da química, propostas de atividades experimentais, entre outros.

Resumo
A reforma educacional brasileira suscitou, e ainda suscita, forte resistência e
crítica de todo o tipo, dentro e fora do sistema educativo, o que é de certa
forma saudável, já que a pluralidade de idéias sugere discussões e reflexões
sobre o tema. Nesta aula, destacamos o processo de ensino e aprendizagem
do conhecimento químico, o qual é norteado pela construção de competências
e habilidades em três grandes núcleos: representação e comunicação;
investigação e compreensão; contextualização sociocultural.

Aula 01  Instrumentação para o Ensino de Química III 11


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Auto-avaliação
Proponha uma atividade para estudantes do Ensino Médio a partir desta
1 informação.

Você sabia?
Que o tempo de decomposição de materiais usualmente jogados nos rios,
açudes ou mar é:

Papel – de 3 a 6 meses
Pano – de 6 meses a 1 ano
Chiclete e filtro de cigarro – 5 anos
Madeira pintada – 13 anos
Náilon – mais de 30 anos
Plástico e metal – mais de 100 anos
Vidro – 1 milhão de anos
Borracha – indeterminado

Fonte: Recicloteca (2008).

Na atividade 2, apresentamos o tema estruturador “Reconhecimento e caracterização


2 das transformações químicas” e as três unidades temáticas. Selecione uma delas e
proponha uma atividade para desenvolver competências no domínio da:

a)  representação e comunicação;

b)  investigação e compreensão;

c)  contextualização sociocultural.

12 Aula 01  Instrumentação para o Ensino de Química III


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Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio.
Brasília, 1998.

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______. Ministério da Educação. Orientações Complementares aos Parâmetros Curriculares


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Anotações

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Anotações

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Instrumentação para o Ensino da Química III – QUÍMICA

EMENTA

Estudo de textos para levantamento das concepções espontâneas dos alunos. Incorporação efetiva ao processo ensino-
aprendizagem dos parâmetros curriculares nacionais do ensino médio e do ensino fundamental. Desenvolvimento
de material instrucional próprio para o ensino médio e conhecimento de várias atividades teóricas e experimentais
relacionadas com a química ambiental.

AUTORES

n  Márcia Gorette Lima da Silva

n  Isauro Beltrán Nuñez

AULAS

01   Química no Ensino Médio: discussões a partir dos documentos legais

02   O conhecimento químico e as orientações curriculares nacionais para o Ensino

03   Dificuldades dos estudantes na aprendizagem de Química no Ensino Médio – I

04   Dificuldades dos estudantes do Ensino Médio na aprendizagem de Química – II

05   A linguagem e a comunicação nas aulas de Química

06   História e filosofia da Ciência: uma ferramenta no ensino de Química

07   Uso de textos de História da Química em sala de aula

08   Nome da Aula 08

09   Nome da Aula 09

10   Nome da Aula 10


Impresso por: Gráfica

11   Nome da Aula 11

12   Nome da Aula 12

13   Nome da Aula 13


2º Semestre de 2008

14   Nome da Aula 14

15   Nome da Aula 15

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