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quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Mateus 18.1-10 (Mc 9.33-37; Lc 9.46-44)


v. 6: "Tanto gregos quanto judeus usavam o verbo 'tropeçar' de forma figurada;
para os judeus, o sentido era de 'pecar' ou 'desviar-se da fé'. Pedras de moinho
eram usadas para moer cereais. Eram extremamente pesadas, e o termo aqui se
refere ao tipo mais pesado de pedra de moinho, movida por um burro, diferente
das pedras mais leves, que uma mulher podia manejar. Uma das mais terríveis
punições romanas (execrada pelos judeus) consistia em amarrar uma pessoa,
metê-la em um saco e arremessá-la em um lago ou no mar. A morte por
afogamento no mar era considerada um destino terrível; certos pagãos
acreditavam que o fantasma de quem não foi sepultado assombrava para
sempre o lugar próximo de onde a pessoa havia sido afogada. Outros
associavam a imagem ao juízo (cf. 1En 48.9)." (Craig Keener)

v. 2-4: "Na Antiguidade, os membros mais indefesos da sociedade eram as


crianças; na maior parte do mundo antigo, a posição e a autoridade da pessoa
cresciam à medida que ela crescia. Na cultura judaica, as crianças não eram
desprezadas, mas amadas; porém, elas não tinham, exceto esse amor, status
algum, nem poder ou privilégios além do que recebiam por serem totalmente
dependentes de seus pais. A situação de dependência das crianças talvez lembre
6.9."

v. 7-9: "Uma crença judaica que parece ter sido bastante disseminada era a de que
Deus, no futuro, ressuscitaria os mortos inicialmente na forma física em que
morreram (p. ex., sem um dos membros) antes de restaurá-los plenamente [...]"

v. 10: "[...] os anjos de posições hierárquica mais altas [...] contemplavam


regularmente a glória de Deus. Portanto, quem maltratasse esses 'pequeninos'
seria denunciado diretamente a Deus pelos seres angélicos mais poderosos, e a
denúncia deixaria tal pessoa em situação complicada no dia do juízo."

v. 2-4: "Na Antiguidade, o valor atribuído ao status social era enorme; o status das
crianças era nulo. Contudo, na cultura judaica, o mensageiro estava plenamente
imbuído da autoridade de quem o enviava [...], portanto, os agentes de Jesus não
precisavam de nenhum status segundo os padrões do mundo. Representantes de
uma pessoa de grande autoridade exerciam mais autoridade que outros que agiam
por conta própria."

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