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Resumo Cap 8 Controle de Fornos e Caldeiras e Cap 11 Controle de Colunas de Destilação
Resumo Cap 8 Controle de Fornos e Caldeiras e Cap 11 Controle de Colunas de Destilação
Ilhéus
8 de julho de 2023
Sumário
1 Controle de fornos e Caldeiras 2
1.1 Introdução aos Fornos Industriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Introdução às Caldairas Industriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.3 Controle Antecipatório ou Feedforward . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.4 Elaboração de um sistema de controle para um forno industrial. . . . . . . . . . 10
1.5 Detalhamento dos Controles de uma Caldeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.6 Controle de Trocadores de Calor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
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1 Controle de fornos e Caldeiras
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Figura 1: forno localizado em uma planta industrial
Fonte: [1]
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para os queimadores e vice-versa.
No esquema mencionado, presume-se que os queimadores são auto-aspirados, o que
significa que, ao aumentar a vazão de combustível, eles automaticamente aspiram mais ar do
ambiente para manter uma proporção ar/combustível adequada. No entanto, na prática, também
existem fornos nos quais é utilizado um soprador ou compressor de ar, e, nesse caso, é necessário
controlar a vazão total de ar.
Outro aspecto importante do controle de fornos é a regulagem da vazão de carga para
os passes, buscando mantê-la o mais estável possível. Os fornos industriais frequentemente
possuem múltiplos passes, nos quais a carga é dividida em duas, quatro ou mais correntes antes
de entrar no forno, e todas essas correntes devem ter suas vazões controladas. A determinação do
número de passes depende do projeto do forno e considera fatores como o tempo de residência
necessário e a carga térmica a ser absorvida.
Fonte: [1]
• Garantir que a pressão interna na fornalha seja mantida em um valor constante e seguro.
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• Manter a vazão do gás combustível no valor necessário para fornecer a carga térmica
desejada.
Fonte: [1]
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• Pressão a montante ou a jusante do forno;
É importante destacar que alguns fornos são mais sensíveis a certas perturbações do que
outros. Por exemplo, em fornos onde ocorrem reações de quebra de moléculas, como em fornos
de pirólise para a produção de etileno ou em unidades de coqueamento retardado, a pressão de
operação é uma perturbação crítica, pois afeta os caminhos reacionais, resultando em maior ou
menor produção de determinado produto. No entanto, na maioria dos fornos, essa perturbação
não é tão crítica e afeta apenas a vazão da carga, o que pode ser facilmente compensado por meio
de válvulas de controle.
Uma caldeira industrial é um equipamento projetado para fornecer calor e gerar vapor de
água. O vapor produzido é utilizado em diferentes níveis de pressão para uma variedade de fins.
Pode ser empregado no processo para reduzir a pressão parcial dos hidrocarbonetos, facilitando
a separação residual, ou aumentar a velocidade do fluxo e a turbulência. Além disso, o vapor
é empregado como fonte de energia no processo por meio de trocadores de calor e também
para acionar turbinas a vapor. Essas turbinas, por sua vez, são responsáveis pela movimentação
de compressores, geradores de energia elétrica, bombas de transferência de líquidos e outros
equipamentos.
Fonte: [1]
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Uma caldeira industrial é constituída por uma série de tubos. A água de alimentação da
caldeira é introduzida em um tubulão, e os tubos que se ramificam a partir desse tubulão não são
diretamente expostos às chamas dos maçaricos. No entanto, os tubos que retornam ao tubulão
estão próximos à radiação, o que resulta na vaporização da água contida neles. Essa diferença
de densidade cria um movimento circular na água. O vapor gerado nos tubos é separado da
água no tubulão e direcionado para o coletor de vapor da unidade. Esse vapor retorna à zona de
convecção da caldeira para ser superaquecido pelos gases de combustão.
Existem duas estratégias de controle para a produção de vapor em uma caldeira. Em uma
delas, o objetivo é manter a pressão do vapor constante, enquanto na outra busca-se manter a
vazão de vapor constante. Independentemente da estratégia adotada, o controle da produção de
vapor regula a quantidade de gás combustível fornecido aos maçaricos. Além disso, é essencial
manter o nível de água no tubulão da caldeira constante. Se a produção de vapor aumentar, o
nível do tubulão tende a diminuir, e o sistema de controle ajustará a vazão de água de alimentação
para manter o nível estável.
Fonte: [1]
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Uma desvantagem dessa estratégia é o custo associado à medição das perturbações e à
necessidade de um modelo explícito do processo. No entanto, o controle em razão pode ser
considerado um exemplo simples de controle antecipatório.
Em resumo, o controle antecipatório, também conhecido como "feedforward", é uma
estratégia que permite prever e compensar as perturbações antes que elas afetem significativa-
mente o processo. Ele requer um modelo do processo e a medição das perturbações, mas é
complementado pelo controle com retroalimentação, que compensa os erros do modelo e lida
com outras perturbações não medidas.
Fonte: [1]
8
forma de degrau no tempo de 50 segundos. Observa-se que o controle antecipatório permite
um retorno mais rápido da variável controlada ao valor desejado (setpoint), que neste caso é
mantido em zero. Essa comparação demonstra a eficácia do controle antecipatório em lidar com
perturbações e melhorar o desempenho do sistema de controle em comparação com o controle
PID convencional.
Figura 7: Desempenho do controle antecipatório
Fonte: [1]
9
Figura 8: Desempenho do controle antecipatório para diferentes dinâmicas.
Fonte: [1]
• Caso não seja possível obter o modelo G2 do processo, você pode ajustar o ganho da
função de transferência do controle antecipatório de forma que, após uma perturbação, a
variável controlada retorne ao valor anterior à perturbação. Isso pode ser feito por meio de
testes práticos e ajustes iterativos do ganho até alcançar o desempenho desejado.
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Figura 9: forno localizado em uma planta industrial
Fonte: [1]
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Figura 10: Uma estratégia possível para o controle do combustível
Fonte: [1]
Uma alternativa de controle é ilustrada na Figura 8.13. Nessa abordagem, foi implemen-
tado um sistema de controle em cascata com o controle de pressão do combustível para regular a
vazão. A vazão é controlada através do controle de temperatura do produto, de forma que qual-
quer alteração na vazão é prontamente compensada pela manipulação da pressão do combustível.
Além disso, é possível limitar facilmente os valores mínimo e máximo do valor de referência
da pressão, evitando assim riscos de apagar a chama ao operar fora da faixa recomendada pelo
fabricante.
Quando a vazão de carga dos passes não é controlada, ela pode causar grandes pertur-
bações no controle da temperatura do produto. Para solucionar esse problema, uma estratégia
eficaz é utilizar o controle antecipatório (feedforward). Existem duas maneiras de implementar
essa antecipação.
A primeira opção consiste em medir a vazão e calcular sua variação (AM). Esse sinal
passa por um bloco de compensação, como o componente "lead-lag"mencionado no Item 8.3,
e é somado à saída do controlador de temperatura, que determina o valor de referência do
combustível. Dessa forma, qualquer alteração na vazão é automaticamente refletida em uma
mudança no combustível, com o objetivo de manter a temperatura do produto estável, sem
perturbações.
Essa abordagem de controle permite uma rápida compensação de perturbações na vazão
de carga dos passes, garantindo que a temperatura do produto seja mantida dentro dos parâmetros
desejados. É uma solução eficiente para lidar com perturbações significativas que possam afetar
o desempenho do controle de temperatura do forno.
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Figura 11: Uma possível estratégia de controle do combustível
Fonte: [1]
Existe uma terceira abordagem para implementar essa estratégia no controle de tempe-
ratura de fornos industriais. Nela, é estabelecida uma temperatura desejada com base na saída
do controlador de temperatura de feedback. Essa temperatura desejada é então utilizada como
entrada em um bloco de antecipação, que calcula a carga térmica desejada considerando a vazão
de carga e a temperatura de entrada do forno, que são as perturbações. Essa carga térmica
desejada pode ser convertida, por exemplo, na abertura da válvula de combustível, regulando
assim o fornecimento de calor.
Outro aspecto importante no controle de fornos industriais é o balanceamento dos passes.
Como o controle de temperatura do forno atua no combustível para controlar a média das
temperaturas de saída dos passes, pode ocorrer um desequilíbrio em que um passe apresenta uma
temperatura significativamente mais alta do que o outro. Esse desequilíbrio nas temperaturas não
é desejável por várias razões. Em primeiro lugar, pode haver riscos para o passe mais quente em
relação à temperatura dos materiais dos tubos, e em alguns casos, pode ocorrer uma formação
excessiva de coque no interior desses tubos. Além disso, a eficiência térmica do conjunto pode
ser comprometida, já que o passe mais quente poderia receber mais vazão e absorver mais calor
proveniente da zona de radiação do forno.
Portanto, o controle do balanceamento dos passes é importante para garantir o funciona-
mento adequado do forno, minimizando os riscos de danos aos tubos e maximizando a eficiência
térmica. Isso pode ser alcançado por meio de estratégias de controle que monitorem e ajustem
individualmente a vazão de combustível para cada passe, buscando equilibrar as temperaturas de
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saída e otimizar o desempenho global do forno.
Fonte: [1]
Uma abordagem para balancear as temperaturas de saída dos passes em fornos industriais
é utilizar controladores PID. Isso envolve ajustar a vazão de combustível em cada passe com
base nas diferenças de temperatura, buscando equilibrar as saídas. Essa estratégia melhora a
eficiência e o desempenho do forno, reduzindo a dispersão das temperaturas.
Fonte: [1]
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a pressão interna ligeiramente abaixo da pressão atmosférica para facilitar a entrada de ar nos
queimadores e evitar vazamentos de combustível fora do forno.
No controle de tiragem, se a pressão estiver alta, o controlador abrirá o "damper"para
aliviar a pressão. Caso o "damper"já esteja completamente aberto, será necessário reduzir a
carga térmica do forno, o que implica em diminuir a queima de gás combustível. Essa redução
na queima de combustível resultará em uma diminuição na vazão de carga ou na temperatura de
saída do produto.
Além disso, o controle de tiragem pode envolver o uso de vapor de abafamento em
situações de emergência e durante a partida do forno para realizar a purga. A purga tem como
objetivo remover o gás combustível remanescente da câmara antes de acender os queimadores.
Figura 14: Controle de triagem do forno.
Fonte: [1]
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combustão e melhorar a eficiência térmica do processo.
Fonte: [1]
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limites desejados, garantindo o funcionamento adequado dos equipamentos conectados a ele.
Fonte: [1]
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Figura 17: Controle não recomendado para o nível do tubulão de uma caldeira.
Fonte: [1]
Fonte: [1]
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1.6 Controle de Trocadores de Calor
Fonte: [1]
Uma estrutura de controle comum ilustrada na Figura a seguir é utilizada para controlar
a temperatura de saída de um trocador de calor por meio da manipulação da vazão de desvio
ou "bypass". Essa estrutura é aplicada quando não é possível controlar diretamente a vazão dos
fluidos quente ou frio que passam pelo trocador, pois essas vazões são controladas por outros
controladores ou devido a problemas específicos, como incrustação no condensador.
No entanto, essa estrutura de controle não é recomendada devido às incertezas associadas
ao dimensionamento da válvula de controle do desvio. Se a estimativa da perda de carga no
trocador de calor estiver incorreta ou ocorrer condensação de produto na linha de desvio, pode
ser necessário abrir a válvula em mais de 100%, o que não é praticamente viável. Isso significa
que, mesmo com a válvula totalmente aberta, a vazão que passa pelo trocador de calor pode
continuar sendo muito alta, tornando difícil controlar eficientemente a temperatura de saída.
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Portanto, essa estrutura de controle não é recomendada devido à dificuldade em alcançar
um controle preciso da temperatura de saída do trocador de calor e às limitações práticas da
válvula de desvio.
Figura 20: Estrutura de controle da temperatura com uma única válvula de desvio.
Fonte: [1]
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características lineares para garantir um controle adequado da vazão de desvio e evitar problemas
de operação do sistema.
Fonte: [1]
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Além disso, é importante observar que a pressão afeta a separação por destilação. À
medida que a pressão aumenta, as curvas de composição se deslocam para cima e tornam-se mais
estreitas, o que significa que a diferença entre as composições na fase vapor e na fase líquida é
menor. Portanto, um aumento na pressão torna a separação por destilação mais desafiadora.
Figura 22: Diferença de composição das fases vapor e líquida de uma mistura
Fonte: [1]
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Figura 23: Definição dos verdadeiros graus de liberdade do sistema.
Fonte: [1]
Fonte: [1]
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variáveis não seja essencial para a operação básica do sistema, elas desempenham um papel
importante na otimização do processo e têm um impacto econômico significativo. Garantir a
qualidade dos produtos finais é fundamental para atender aos requisitos e especificações dos
clientes.
A pressão é uma variável crítica para o bom funcionamento de uma coluna de destilação.
Variações na pressão ao longo da coluna podem afetar o equilíbrio dos componentes e dificultar a
manutenção das composições dos produtos desejados, comprometendo a estabilidade operacional
da coluna.
A definição da pressão de operação é de grande importância. Pressões mais baixas podem
reduzir o consumo de energia no refervedor e facilitar a separação entre componentes leves e
pesados. No entanto, uma pressão mais baixa pode afetar o trabalho do condensador, dificultando
a condensação dos vapores no topo da coluna.
Independentemente do valor escolhido para a pressão, é crucial manter a pressão sob
controle e evitar variações bruscas. Uma queda rápida na pressão pode levar a problemas de
inundação na coluna, onde a quantidade de vapores aumenta significativamente. Por outro lado,
um aumento brusco na pressão pode resultar na presença indesejada de componentes leves nos
produtos de fundo da coluna.
A composição da carga da coluna também desempenha um papel importante no controle
da pressão. Por exemplo, em uma coluna desetanizadora, o arraste indevido de água pode causar
instabilidade no controle de pressão devido à grande diferença de massa específica entre a água e
o vapor.
Cada coluna de destilação é única em suas características, e o controle deve levar em
consideração esses aspectos específicos. No exemplo apresentado, o controle da pressão da
coluna pode ser realizado manipulando a vazão de alívio da corrente de gases no vaso de topo.
Em resumo, o controle preciso e estável da pressão é fundamental para garantir a qualidade
dos produtos e a eficiência operacional da coluna de destilação.
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Figura 25: Controle de pressão no topo.
Fonte: [1]
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Em resumo, o projeto de um sistema de controle multivariável envolve a seleção adequada
das variáveis manipuladas e controladas, a definição das medições das variáveis de perturbação,
a definição dos pares controladas-manipuladas e a escolha do controlador e da estratégia mais
adequados. A interação entre as variáveis e a complexidade do processo podem exigir o uso
de técnicas avançadas, como desacoplamento e controle preditivo, para alcançar o desempenho
desejado.
Sistemas com tempos mortos elevados apresentam desafios para o ajuste de controladores
PID. Reduzir o ganho proporcional do controlador para lidar com o tempo morto resulta em um
desempenho comprometido, com uma resposta lenta a alterações no setpoint e uma capacidade
limitada de rejeição a perturbações.
Uma abordagem proposta por Smith em 1957 para melhorar o desempenho desses
controladores é a utilização de um compensador de tempo morto (CTM). O CTM é adicionado
em paralelo com o processo e configura uma função de transferência que elimina o tempo morto
percebido pelo controlador PID. Isso permite ajustar o ganho proporcional do controlador para
um valor mais alto, melhorando a resposta do sistema. Com o uso do CTM, é possível alcançar
uma resposta mais rápida do sistema a mudanças no setpoint e uma melhor capacidade de
rejeição a perturbações, superando as limitações impostas pelo tempo morto elevado.
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Referências Bibliográficas
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