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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
ASSESSORIA DE GRADUAÇÃO

PLANO DE ENSINO

ESCOLA DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

Disciplina: TEORIA DE REDES Código: 052843


Nº de aulas semanais: 4 Período: 2007/2 Nº de aulas semestrais: 68
Curso: Engenharia Eletrônica Professor: Carlos Mendes Richter

EMENTA:
Análise e síntese de redes e sistemas. Elaboração de projetos e implementação
de filtros seletivos em freqüência.

OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA


Desenvolver no aluno as capacidades de observação, análise, interpretação.
Capacitar o aluno a aplicar os conceitos da transformada de Laplace, para
análise e projeto de circuitos eletrônicos e filtros seletores de sinais.

CONTEÚDOS Nº/AULAS DESENV. METODOL.


1. Introdução *Exposição oral dialogada.
1.1. Filtros Seletores de Sinais
1.2. Etapas de Síntese *Resolução de exercícios.
1.3. Exemplos *Uso de programas de
2. Análise pelo domínio da freqüência CAD para simulação,
2.2. Funções de Ordem 1 e 2
análise e projeto de
2.1. Gráficos de Bode
3. Aproximação de filtros circuitos.
3.1. Butterworth e Chebyshev
3.2. Outras aproximações
3.3. Equalização de Fase
3.4. Transformações em Freqüência e
Escalamentos
4. Síntese de funções de acesso
4.1. Foster I e II
4.2. Cauer I e II
4.3. Síntese de redes Ladder com
terminação simples
4.4. Síntese de Ladder duplamente
terminadas
4.5. Deslocamento de zeros de
transmissão finitos
5. Implementação de filtros ativos
5.1. Cascata de Biquads
5.2. Biquads de 1 amplificador
operacional
5.3. Biquads com mais de 1
amplificador operacional
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5.4. Criação de Zeros
5.5. Simulação de indutores e FDNR
5.6. Redes Ladder Ativas
5.7. Circuitos com OTA-C
5.8. Filtros OTA-C de ordem 1 e 2
5.9. Filtros a capacitor chaveado
6. Resposta em freqüência de
amplificadores transistorizados
6.1. Modelos de Alta Freqüência para
TJB e FET
6.2. Amplificadores de 1 estágio
6.3. Amplificadores de vários estágios
68

AVALIAÇÃO:
A avaliação do aluno é realizada em conformidade com os Artigos 24, 25, 26, 27
e 28 do Regimento Geral da Universidade.

BIBLIOGRAFIA:
BÁSICA
NOCETI Filho, Sidnei. Filtros e Seletores de Sinais. Florianópolis: Editora da
UFSC, 2003.
SANTOS, João Carlos Vernetti dos. Introdução à Teoria de Redes. Canoas:
Editora da ULBRA, 2003.
SEDRA, Adel S.; SMITH, K. C.. MICROELETRONICA. SAO PAULO: Makron
Books, 2000.

COMPLEMENTAR
BORDOGNA, Joseph; RUSTON, Henry. Electrical Networks : Functions, filters,
analysis. New York, McGraw-Hill, 1977.
DARYANANI, Gobend. Principles of Active Network Synthesis and Design.
Canadá: John Wiley & Sons, 1976.
GRABEL, Arvin; MILLMAN, Jacob. Microelectronica, volume 2. Lisboa: McGraw-
Hill, 1991.
HUELSMAN, Lawrence P.. Active and passive analog filter design. NEW YORK,
MCGRAW-HILL, 1993.
LAKER, Kenneth R.; GHAUSI, Mohammde S.; SCHAUMANN, Rolf. Design of
analog filters. São Paulo: Edart, 1990.
MILLMAN, J.; HALKIAS, C. C.. Eletrônica: Dispositivos e Circuitos, Volumes 1 e
2. São Paulo: McGraw-Hill, 1981.
SEDRA, A. S.; SMITH, K. C.. Microelctronic Circuits, Editora Oxford, 1998.
VALKENBURG, M. E. Van. Analog Filter Design. New York: Saunders College,
1982.

OBSERVAÇÃO

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Teoria de Redes

Aula 02 - Filtros Seletores de Sinais e Etapas de Síntese

Síntese de filtros:
• Uma rede que produz uma resposta desejada no tempo ou freqüência
• Filtros seletores de sinais – definidos no domínio freqüência
• Pólos no semi plano esquerdo
• Zeros no eixo jω
• Levar em conta Magnitude do sinal – fase é relegada a um segundo plano
• Várias soluções
• Diferença de desempenho
• não linearidades;
• limitações físicas;
• matemáticas;
• tolerância de componentes;
• limitação de valores de componentes;
• envelhecimento;
• impedância não nula de fontes de tensão;
• impedância finita de fontes de corrente;
• ruídos e interferências;
• integrabilidade
• ...
• Definir a técnica em função das vantagens e desvantagens

Funções dos filtros:


• Selecionar uma freqüência de rádio, televisão
• Distinguir teclas do telefone
• Eliminar ruídos – em som, em imagens, ...
• Equalização de som
• Separar faixas de freqüências para os alto falantes
• Limitar freqüências para amostragem de sinais – conversão A/D
• A partir de uma onda quadrada obter uma senóide, ou pulsos
• ....

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Categorias de filtros
• Filtros de absorção e reflexão
• Banda passante
• Equalizadores de amplitude e fase
• Passivos e Ativos
• Analógicos e Digitais
• Eletromecânicos
• Microondas

Unidades:
• Linear
• T(ω) = Ganho (V/V ou A/A)
• H(ω) = Atenuação (V/V ou A/A)
• T(ω) = H(S)-1
• Logaritmo (dB) – Dez vezes o logaritmo da razão entre potências (representa décimos de B)
• |T(ω)|dB = 20 log |T(ω)|
• |H(ω)|dB = 20 log |H(ω)|
• |T(ω)|dB = - |H(ω)|dB

Especificações:
• Gráficos de Atenuação versus Freqüência
• Atenuação mínima – Para região de freqüências a atenuar (atenuação)
• Atenuação máxima – Para região de freqüências que não devem ser atenuadas (passagem)
• Freqüências que delimitam a região de passagem (banda de passagem)
• Freqüências que delimitam a região de atenuação (banda de atenuação)

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Gabaritos:

(A) (D)
Amin Amin

Amáx Amáx
ωp ωs ω1 ω3 ω4 ω2
(B) (C)
Amin Amin

Amáx Amáx
ωs ωp ω3 ω1 ω2 ω4

Figura 1: Gabaritos dos filtros seletores. (A) passa baixa, (B) passa alta, (C) passa faixa, (D) rejeita faixa

Estruturas de implementação:
• Filtros passivos RLC – particularmente as redes ladder LC
• Baixa sensibilidade aos componentes
• Difícil de sintonizar e necessita de indutores
• Ainda utilizados em altas freqüências – indutores menores
• Podem ser transformadas em filtros ativos
• Filtros ativos RC
• Muito usados na forma discreta – existem dificuldades para integração
• Características dos amplificadores operacionais limita seu uso a baixas freqüências
• Filtros a capacitor chaveado (anos 70)
• Compatibilidade com tecnologia CMOS – fácil de integrar (precisão de 0,1%)
• Filtros MOSFET-C (anos 80)
• Resistores ativos obtidos com transistores MOSFET
• Resistências podem ser ajustadas por tensão – sintonia automática
• Problemas com linearidades dos MOSFET
• Filtros OTA-C
• Permite atuar em altas freqüências
• Problemas com relação a linearidade dos OTAs
• Corrente chaveada (final dos anos 80)
• Semelhante ao capacitor chaveado

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Etapas da Síntese:
• (1) Examinar o problema físico e determinar os requisitos necessários
• (2) Estipular as atenuações máximas e mínimas, determinar as freqüências características
• (3) Normalizar as freqüências do filtro
• (4) Escolher aproximação
• (5) Determinar a T(S) ou H(S) ou a rede ladder
• (6) Escolher a técnica de implementação
• (7) Desnormalizar as freqüências do filtro
• (8) Analisar a rede com valores nominais
• (9) Testar o filtro

Exemplo:
• Etapa 1: Minimizar o efeito de uma interferência de 60Hz e tensão eficaz de 1V sobre um
sinal com banda passante de 10Hz e amplitude de 0,1V. Admite-se 11% de atenuação
máxima do sinal na banda passante. Deseja-se uma relação sinal ruído de 100 vezes
Etapa 2:
• Filtro passa baixas (a opção mais simples)
• Ganho Mínimo na Banda Passante: 20 log (100% – 11%) = – 1dB
• Diferença de amplitude entre Sinal e Ruído: 20 log (0,1 / 1) = – 20dB
• Relação sinal ruído de 100 vezes: 20 log (100) = 40dB
• Amáx = 1dB
• Amin = 40dB + 20dB + 1dB = 61dB
• Freqüência de corte 10Hz, freqüência da banda de atenuação 60Hz
Etapa 3: ...

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Aula 03 - Funções de Ordem 1 e 2. Gráficos de Resposta em
Freqüência

Diagramas de Bode

N S
∏i  S −z i 
• T  S = = K⋅
D S  ∏ S − p j 
j

• ∣T  j ∣dB=20⋅log 10∣T  j ∣ – Melhor utilizar gráficos com eixo X logarítmico

• =tan−1
 ℑT  j 
ℜT  j  
=∑ tan −1

ℑ  j −z i 
ℜ j −z i   
−tan −1
ℑ j − p j 
ℜ j − p j  
• A forma fatorada da equação acima é composta de quatro componentes básicos
• Constante
• Fator S
• Fator (S + a)
• Fator (S2 + a⋅S + b)

Constante
T  j =K ; ∣K∣1

∣T  j ∣dB=Constante0
T  j =K ; ∣K∣1

∣T  j ∣dB=Constante0
T  j =K ; K 0

 j =00
T  j =K ; K 0

 j =180 0

Fator S
T  j =S

• ∣T  j ∣dB=20⋅log  j  ; inclinação de 20dB/década



=tan−1 o =90 o
0 
1
T  j =
S

• ∣T  j ∣dB=20⋅log ∣ ∣1
j
; inclinação de −20dB/década

−1
=tan 0 −tan
o −1
 
0o
=−90
o

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Diagrama de Bode

T(S) = 1/S
20
Magnitude (dB)

-20

-40

-89
Fase (graus);

-89.5

-90

-90.5

-91
10-1 100 101 102

Freqüência (rad/seg)

Figura 2: Resposta em freqüência para um pólo na origem. No Matlab: bode([1],[1 0])

Fator (S + a)
T  j =S 
1

∣T  j ∣dB=20⋅log∣ j ∣=20⋅log  2 2 2 ;

• = , ∣T  j ∣=20⋅log3dB

=tan−1 


; inclinação de 45o / década

1
T  j =
S
1

∣T  j ∣dB=−20⋅log∣ j ∣=−20⋅log    
2 2 2


= , ∣T  j ∣=−20⋅log−3dB

=tan−1 


; inclinação de 45o /década

• A constante α corresponde ao ponto de união das assíntotas e é chamado de pólo.


• O fator (S + α) pode ser reescrito como (S + σ)

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Diagrama de Bode

T(S) = 1 / (S + 1)
0
Magnitude (dB)

-5

-10

-15

-20

-20
Fase (graus);

-40

-60

-80

-100
10-1 100 101

Freqüência (rad/seg)

Figura 3: Resposta em freqüência para um pólo simples. No Matlab: bode([1],[1 1])

Fator (S2 + a⋅S + b)


• Em baixas freqüências apresenta comportamento semelhante ao fator constante ( S→0 )
• Em altas freqüências apresenta comportamento semelhante a dois fatores S ( S→∞ )
• Em médias freqüências pode apresentar um máximo ou um mínimo
• Para pólos:


d
=

1
d  − a⋅ j b
2 ∣
=0, cuja solução é

• 
 máx=  b⋅ 1−
a2
2⋅b
a2
, para
a2
2⋅b
1, e

 máx=0, para 1
2⋅b
• Para a freqüência do pólo ω=b

• ∣H  j  ∣dB=20⋅log
∣ 2
1
 j  b a⋅ j  bb ∣
=20⋅log
1
a⋅ b
1
=20⋅log 20⋅log
b
b
a

• A constante
 b determina a altura do pico e é denominado de fator de mérito Q
a
2  2
• O fator (S2 + a⋅S + b) pode se reescrito como S  ⋅S 
Q

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Diagrama de Bode

T(S) = 1 / (S^2 + w /Q S + w ^2) para Q = 0.5, 0.707, 1, 2, 10


20
Magnitude (dB)

-20

-40

0
Fase (graus);

-50

-100

-150

-200
10-1 100 101

Freqüência (rad/seg)

Figura 4: Resposta em freqüência para pólos complexos. No Matlab: bode([1],[1 1/Q 1])

• Para Q > 5 a largura de faixa (-3dB) em torno do máximo é B =  s− i=
Q
1
• Para ganho de -3dB na freqüência ω, Q=
2
• 0 ≤ Q ≤ 0,5 corresponde a pólos reais (Q=0,5 corresponde a dois pólos iguais)

Funções de 1ª e 2ª ordens
Tipo de filtro Função de Localização dos pólos e zeros
transferência

Integrador K Zero no infinito


S
Pólo na origem.

Passa baixa 1ª ordem 0 Zero no infinito


K
S  0 Pólo sobre o eixo σ (-σ0)

Passa alta 1ª ordem S Zero na origem


K
S  0
Pólo sobre o eixo σ (-σ0)

Passa baixa de 2ª ordem  20 2 zeros no infinito


K
 2 pólos com raio ω0 no plano S
S 2 0 S 20
Q

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Tipo de filtro Função de Localização dos pólos e zeros
transferência

Passa alta de 2ª ordem S2 2 zeros na origem


K
 2 pólos com raio ω0 no plano S
S 2 0 S 20
Q

Passa faixa (2ª ordem) 0 1 zero na origem


S
Q 1 zero no infinito
K

S 2 0 S 20 2 pólos com raio ω0 no plano S
Q

Rejeita faixa (2ª ordem) S 2 20 2 zeros sobre o eixo jω ( ω0 )


K
 2 pólos com raio ω0 no plano S
S 2 0 S 20
Q

Passa baixa notch (2ª ordem) S 2 20 2 zeros sobre o eixo jω ( zeros > ω0 )
K
 2 pólos com raio ω0 no plano S
S 2 0 S 20
Q

Passa alta notch (2ª ordem) S 2 20 2 zeros sobre o eixo jω ( zeros < ω0 )
K
 2 pólos com raio ω0 no plano S
S 2 0 S 20
Q

Exemplo 1
s 24
• Para a função de transferência T s=0,44444 :
s 32,2222 s 22,2222 s1,7777
• Mostre o diagrama de pólos e zeros.
• Mostre as assíntotas do diagrama de Bode.
• Qual o principal efeito dos zeros imaginários na resposta real da T(s).

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j
2
1,02

-0,34 
-1,52

Módulo
0dB 12dB/oit

18dB/oit

(1,52) (2)
(1,08) 6dB/oit 
Fase 

-900

-1800

-2700

• Os zeros em ±j2 fazem o ganho da função de transferência ser zero para a freqüência de
2rad/s. Este filtro tem o formato de um passa baixas notch.

Exemplo 2
• Projete um filtro capaz de eliminar a freqüência de 60Hz, mantendo o ganho
aproximadamente unitário para DC e 2kHz. Faça o projeto para uma banda de rejeição de
±10Hz.
2 2 2 2
s  0 s 2⋅⋅60
• T s= =
s 2B⋅s 20 s22⋅⋅20⋅s2⋅⋅602

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Aula 04: Aproximação de Filtros

Tipos de funções de transferência


• Polinomiais – com zeros no infinito(Butterworth, Chebyshev I, Bessel,...)
• Não polinomiais- com zeros finitos sobre o eixo jω (Cauer, Chebyshev II, ...)
• Os zeros ajudam a obter uma atenuação mais rápida na banda e transição

Aproximações
• Existe um número ilimitado de funções que satisfazem os requisitos de um dado gabarito
• Pode se utilizar funções de otimização ou funções analíticas consagradas
• Algumas tem solução analítica outras tem solução numérica

Introdução
• Os requisitos são sempre convertidos nos requisitos de um filtro passa baixas normalizado
• Caso o filtro não seja um passa baixa também é necessário uma transformação em
freqüência
• Freqüência limite da banda de passagem  p=1
• Freqüência limite da banda de rejeição 
s
• Atenuação permitida na banda de passagem Amáx
• Mínima atenuação exigida para a banda de rejeição Amin
2 2
• ∣H ∣ =1∣K ∣ (função de atenuação depende da função característica)
• A =10⋅log  1∣K ∣2
• Definindo ε como a máxima distorção na banda de passagem (em alguns casos ε é o
ripple na banda de passagem) da função característica K(ω), tem-se
• K  p=
A p = Amáx=10⋅log  1 
2
• [dB ]

[ ]
1
Amáx
• 10
2 , Amáx em dB
= 10 −1

Butterworth
• Aproximação polinomial – só pólos
• A função de Butterworth fornece a resposta mais plana na região da banda passante.

 
n

• K =
p

[  ]
2⋅n 1
 2
2
• ∣H ∣= 1 ⋅
p

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[  ]
2⋅n
 2
• A =10⋅log 1 ⋅ [dB ]
p

• A normalização de funções Butterworth pode ser feita para a freqüência ωp e, diferente de


outras aproximações também para a atenuação ε com auxílio da equação

   
1 1
n  n 
• =
 ⋅ ou seja =
 ⋅
p p

 =10⋅log [ 1 ] [dB ] , solução normalizada para ω=1 e ε=1.


2⋅n
• assim A  
• A determinação do grau do polinômio pode ser obtida
 s =10⋅log [ 1 ⋅ ]
2 2⋅n
• Amin  A  s

[  10 0,1⋅A −1 
]
min

log
•  10 0,1⋅A
−1  máx

n
2⋅log 
s
• onde Amáx e Amin estão em dB; 
 s é calculado de 4 formas diferentes.
• A determinação da função de Butterworth pode ser obtida
• ∣H ∣2 =1∣K ∣2
• H  S ⋅H −S =1 K  S ⋅K −S 
• H 
S ⋅H − S 2n , solução normalizada para ω=1 e ε=1 ( S )
S =1−
• H 
S =H 0H 1⋅
S  H 2⋅
S 2... H n⋅S n

• para construir o polinômio: H k =


cos [  k −1 ⋅
2⋅n ]
sen  
k⋅
2⋅n

• para obter as raízes: 


S k =e
2 
 2⋅k n−1
j ⋅
n  , k = 1, 2, ...

• raízes sobre um circulo de raio unitário


1
• Substituir S por  n S' (desnormalização para Amáx)

S
• Substituir S' por (desnormalização em freqüência)
p

Exemplo:
• Calcule o filtro Butterworth com ωp=10kHz, ωs=15kHz, Amáx=1dB, Amin=25dB

[ ]
1
Amáx
• 10
2 = 0,5088
= 10 −1

[  10 0,1⋅A −1 
]
min


n
log
 10 0,1⋅A
2⋅log 
−1  máx = 8,76 com  
 s=
15000
10000  . Usar n=9
s

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• k=1, Sk =−0.1736±0.9848i , 
S 20,3472⋅
S 1
• k=2, Sk =−0.5000±0.8660i , 
S 2 S 1
• k=3, Sk =−0.7660±0.6428i , 
S 21,532⋅S 1
• k=4, Sk =−0.9397±0.3420i , 
S 21,8794⋅
S 1
• k=5, Sk =−1 , 
S  S 1
2


1
n
Substituir 
• 
S por S⋅ =S⋅1,4764⋅10−5 ou, utilizando as formas padrões
p

 90
T  S =

 S0 ⋅ S 2 1,8794⋅ 0⋅S  20 ⋅S 21,5321⋅ 0⋅S20 
1
x
S  0⋅S 0 ⋅ S 0,3472⋅ 0⋅S  20 
2 2 2

p
• onde  0= 1 = 6,773 ⋅ 104 rad/seg
n

Diagrama de Bode

Exemplo: w p=10kHz (Amáx=1dB), w s=15kHz (Amin=25dB)


0

-10
Magnitude (dB)

-20

-30

-40

-50

0
Fase (graus);

-200
To: Y(1)

-400

-600
104 105

Freqüência (rad/seg)

Figura 5: Resposta do exemplo. No Matlab: [b a]=butter(9,2*pi*10000,'low','s'); bode(b,a);

Chebyshev (I)
• Aproximação polinomial – só pólos
• Equiripple na banda passante. Corte mais abrupto dentre as funções polinomiais para um
dado “n” e Amáx
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• K  =⋅C
 n  =⋅cos
 [n⋅cos−1  ]
 , para ∣∣1

• K  =⋅C
 n  =⋅cosh
 [n⋅cosh −1  ]
 , para ∣∣1

• A normalização de funções Chebyshev pode ser feita para a freqüência ωp pela equação

• =

p
2 2 2
• ∣H  ∣  , onde Cn(1) = 1
 =1 ⋅C n  
• A =10⋅log
 [ 12⋅C 2n  
 ]
• Sabendo que Amáx = A  p= A1 e A S Amin
Amin 10⋅log [ 1 ⋅C n  S  ]
2 2

Amin 10⋅log [ 1 ⋅cosh [ n⋅cosh  


 ]]
2 2 −1

[ ]
1
−1  10 0,1⋅A min
−1 2
cosh
•  10 0,1⋅A máx
−1  ,
n
cosh −1  s 
• onde Amáx e Amin estão em dB; 
 s é calculado de 4 formas diferentes.
• A aproximação de Chebyshev pode ser obtida por
• ∣H ∣2 =1∣K ∣2
• H  S ⋅H −S =1 K  S ⋅K −S 
• H  S ⋅H −S =12⋅C 2n  
 onde
• C n1  =2⋅
 ⋅C
 n  −C
 n−1  
 sendo C 0  =1
 e C n 1=1
•  =0,5⋅[ 1C 2n  
C 2n    ]
• s k =k ± j k , k=1, 2, ...

• k = ±sen
{ [ 2⋅k −1⋅
2⋅n
⋅ senh
1
n ]} { [ 
⋅senh
−1 1
  ]}
• k = ±cos { [ 2⋅k −1⋅
2⋅n
⋅ cosh
1
n ]} { [ 
⋅senh−1
1
  ]}
• G0, o numerador da função T(S), deve ser ajustado, tal que T(0) = 0dB para n
ímpar e T(0) = - Amáx para n par (em função do ripple na banda de passagem)
• G 0 =a 0 , para “n” ímpar.
− Amáx
• 20 para “n” par.
G0 =a 0⋅10 ,
1
• ou G0 = n−1 , para “n” par ou impar.
⋅2

 S
• Substituir S=
p
• As raízes estão dispostas sobre uma elipse

Teoria de Redes – Apostila: Prof. Alexandre Visintainer Pino 16 de 98


Exemplo:
• Calcule o filtro Chebyshev com ωp=10kHz, ωs=15kHz, Amáx=1dB, Amin=25dB

[ ]
1
Amáx
• 10
2 = 0,5088
= 10 −1

[ ]
1
 10 0,1⋅A −1
min
2

 
−1
cosh 15000
•  10 0,1⋅A −1 
máx = 4,41 com 
 s=
10000
. Usar n = 5
n
cosh−1 
s
Sk =−0,0895±0,9901 i , S 0,1790⋅
2
• k=1, S 0,9883
• k=2, Sk =−0,2342±0,6119 i , S 0,4684⋅
2
S 0,4293
• k=3, Sk =−0,2895 , 
S 0,2895
• fazendo a desnormalização
diretamente com as formas padrões,
5
0,12283⋅ p
T  S =
S 0,2895⋅ S 0,4684⋅ p⋅
 S 0,4293⋅ 2p ⋅ S20,1790⋅ p⋅
2
S 0,9883⋅2p 
• onde  p=2⋅⋅104

Diagrama de Bode

Exemplo: w p=10kHz (Amáx=1dB), w s=15kHz (Amin=25dB)


0

-10
Magnitude (dB)

-20

-30

-40

-50

0
Fase (graus);

-200

-400

-600
104 105

Freqüência (rad/seg)

Figura 6: Resposta do exemplo. No Matlab: [b a]=cheby1(5,1,2*pi*10000,'low','s'); bode(b,a);

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Outras aproximações
• Bessel – BS
• Monotônica na banda passante
• Quanto maior o “n” mais linear a fase na banda de passagem
• Pior resposta em magnitude
• Não preserva característica de fase quando se fazem desnormalizações em freqüência
• Ordem muito alta, característica de fase muita boa
• Gauss – GS
• Monotônico na banda de passagem
• Melhor resposta temporal ( overshoot e atraso ao degrau ) dentre os filtros
polinomiais, para um dado “n” e Amáx
• Semelhante ao filtro de Bessel
• Ordem muito alta característica de fase muito boa
• Multiplicidade “n”
• Monotônico na banda de passagem
• Pólos reais
• Ótimas características temporais ( menor tempo de atraso e sem overshoot ) e de fase
• Pobre característica de atenuação. Ordem muito alta característica de fase muito boa
• Butterworth – BT
• Monotônicas, mais planas possíveis,
• Ordem alta, característica de fase boa
• Halpern – HA
• Dentre os polinomiais com características monotônicas na banda passante é o de
corte mais abrupto dado um “n” e dado um Amáx.
• Ordem média característica de fase média
• Legendre – LG
• Dentre os polinomiais com características monotônicas na banda passante apresenta
a maior inclinação na característica de magnitude em torno da freqüência limite da
banda de passagem
• Ordem média característica de fase média
• Chebyshev (I) – CB
• Equiripple na banda passante, montônica na atenuação
• Corte mais abrupto entre os polinomiais, para um dado “n” e um dado Amáx
• A fase, entretanto vai piorando a medida que o “n” aumenta.
• Ordem baixa, característica de fase ruim
• Chebyshev (II) Inverso – CI
• Monotônica na banda passante, portanto melhor característica de fase
Teoria de Redes – Apostila: Prof. Alexandre Visintainer Pino 18 de 98
• Equiripple na banda de rejeição
• Não polinomial, apresenta zeros sobre o eixo jω
• Ordem baixa, característica de fase boa
• Cauer ou Elíptico – CE
• Equiripple na banda de passagem e de atenuação
• Menor ordem – zeros sobre o eixo jω ajudam
• Característica de fase pior que Chebyshev Inverso
• Ordem muito baixa
• Transicionais – FT
• Melhor conjunto de características temporal, fase, e atenuação
• Via de regra melhores características de fase estão associadas a melhores características
temporais

Critérios de escolha
• Ordem do filtro ( Cauer, Chebyshev, Halpern, Legendre...)
• Dificuldade de implementação – zeros em jω (mais difíceis Cauer e Chebyshev II)
• Sensibilidade – desvio na magnitude e fase
• Regularidade na curva de resposta (Butterworth)
• Resposta temporal (Gauss, Bessel)
• Característica de fase – incluir o equalizador de fase (Bessel e Gauss para PB, composição
com equalizador, Multiplicidade n e Transicional...)

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Aula 05: Equalização de Fase e Desnormalização em
Freqüência

Equalização de Fase
• Equalizadores de fase são utilizados em conjunto com filtros seletores de sinais para corrigir
distorções de fase introduzidas pelos filtros.
• A fase é uma função arco tangente – atrasos temporais diferentes para diferentes freqüências
• Pode distorcer imagens
• Pode distorcer o sinal de canais de comunicação (limitados em banda) podem ter um
espalhamento da energia do sinal no tempo
• Em áudio podem existir problemas se houver:
• Um intervalo de tempo associado à variação de fase maior do que o tempo de
resposta do ouvido
• Mais de uma fonte de sinal interagindo (interferência construtiva e destrutiva)
• Microfonia
• Um sistema de atraso temporal, ideal, tem resposta T  S =K⋅e−T ⋅S 0

• Ganho constante K
• Fase linear com inclinação –ωT0 (reta com inclinação T0 e que passa pela origem)
• T(S) corresponde a um deslocamento do sinal no tempo
• O projeto de equalizadores de fase tenta criar um filtro com ganho constante para não alterar
a resposta em magnitude dos filtros seletores de sinais.
• Também conhecidos como All Pass
• O projeto de equalizadores de fase tenta obter uma resposta de fase linear
• Fase do filtro seletor de sinais + fase do equalizador = linear e passa pela origem
• A função de transferência é obtida por técnicas de otimização
• Poucas unidades com equalizadores de primeira ou segunda ordem já dão bons resultados.
• Unidades adicionais produzem um ajuste fino na equalização
• Os equalizadores são utilizados em cascata com os filtros seletores de sinais, aumentando a
complexidade total do circuito de filtragem
• O grau de linearidade da fase tem sido medido de três formas diferentes:
• Com relação a simetria da resposta ao impulso
• Com relação ao atraso de fase
• Com relação ao atraso de grupo

Teoria de Redes – Apostila: Prof. Alexandre Visintainer Pino 20 de 98


• Com relação a resposta ao impulso
• Este tipo de equalização normalmente contempla toda a banda de freqüência de uma
forma naturalmente ponderada
• Quanto mais constante for o atraso mais simétrica é a resposta ao impulso com
relação ao lóbulo de maior amplitude.
Resposta ao Impulso
x 104
2.5
Butterw orth
Chebyshev
2 Bessel

1.5
Amplitude

0.5

-0.5

-1
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
-3
Tempo (seg.) x 10

Figura 7: Resposta ao impulso de filtros passa baixa Butterworth, Chebyshev e Bessel. No Matlab:
[b,a]=butter(9,2*pi*10000,'low','s');
impulse(b,a,1e-3); hold on;
[b,a]=cheby1(5,1,2*pi*10000,'low','s');
impulse(b,a,1e-3);
[b,a]=besself(9,2*pi*10000);
impulse(b,a,1e-3);
legend({'Butterworth','Chebyshev','Bessel'});

• Com relação ao atraso de fase τp(ω)


−
•  p =

• É constante em um sistema de fase linear
• Normalmente a equalização é realizada na banda de passagem

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-5 Atraso de Fase
x 10
12
Butterworth
Chebyshev
Bessel

10
Atraso de Fase (seg)

6
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Freqüência (rad/seg) 4
x 10
Figura 8: Atraso de fase de filtros passa baixa Butterworth, Chebyshev e Elliptico. No Matlab:
w=[1e4:100:1e5]';
[b,a]=butter(9,2*pi*10000,'low','s');
[m,f1]=bode(b,a,w);
[b,a]=cheby1(5,1,2*pi*10000,'low','s');
[m,f2]=bode(b,a,w);
[b,a]=besself(9,2*pi*10000);
[m,f3]=bode(b,a,w);
plot(w,-(pi/180)*[f1./w f2./w f3./w]);
legend({'Butterworth','Chebyshev','Bessel'})

• Com relação ao atraso de grupo τg(ω)


−d 
•  g =
d
• É constante em um sistema de fase linear
• Não garante equalização de fase, pois a fase pode não passar por zero (ou um
múltiplo de π) para ω = 0, causando atraso de fase não constante na banda de
passagem e distorção do sinal.
• Normalmente a equalização é realizada na banda de passagem

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-4 Atraso de Grupo
x 10
2.5
Butterworth
Chebyshev
Bessel
2
Atraso de Grupo (seg)

1.5

0.5

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Freqüência (rad/seg) 4
x 10
Figura 9: Atraso de grupo de filtros passa baixa Butterworth, Chebyshev e Beseel. No Matlab:
w=[1e4:1:1e5]';
[b,a]=butter(9,2*pi*10000,'low','s');
[m,f1]=bode(b,a,w);
[b,a]=cheby1(5,1,2*pi*10000,'low','s');
[m,f2]=bode(b,a,w);
[b,a]=besself(9,2*pi*10000);
[m,f3]=bode(b,a,w);
plot(w,-gradient((pi/180)*[f1 f2 f3]')');
legend({'Butterworth','Chebyshev','Bessel'})

• Formato do função de transferência dos equalizadores de fase.


D n −S 
• T n  S =K
DS
• T(S) é Simétrica com relação a jω.
• Pólos a esquerda e zeros a direita de jω.
• Em uma determinada freqüência, o módulo para pólos e zeros é igual,...
• ...mas a fase é diferente

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Transformações em Freqüência e Escalamentos
• Acertar as freqüências de um filtro Butterworth em função de Amáx
1
• Substituir s por  n⋅s

• Transformação Passa Baixa Normalizado – Passa Baixa

Amin

Amáx


ωp ωs
• Para normalizar
•  p=1
s
• 
 s=
p
• Para desnormalizar

 S
• Substituir S por
p
• Alternativamente: Escrever a equação do filtro em seções de primeira e
segunda ordem, fazendo  0= p ou  0= p .
• Transformação Passa Baixa Normalizado – Passa Alta

Amin

Amáx


ωs ωp
• Para normalizar
•  p=1
p
• 
 s=
s
• Para desnormalizar
p
• Substituir 
S por
S
• Alternativamente: Escrever a equação do filtro em seções de primeira e
segunda ordem, fazendo  0= p ou  0= p .
• Transformação Passa Baixa Normalizado – Passa Faixa

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Amin

Amáx


ω3 ω1 ω2 ω4
• Para normalizar
• alterar as freqüências para obter a relação
1 1

 0=[ 1⋅ 2 ]2 =[ 3⋅ 4 ]2 , com banda de passagem entre ω1 e ω2
•  p=1
 4−3
• 
 s=
 2− 1
• Fazer com que as atenuações Amín sejam iguais nas duas bandas de rejeição.
• Para desnormalizar
S 220 0
• Substituir 
S por , onde B=2 −1=
B⋅S Q
• Transformação Passa Baixa Normalizado – Rejeita Faixa

Amin

Amáx


ω1 ω3 ω4 ω2
• Para normalizar
• alterar as freqüências para obter a relação
1 1

0=[ 1⋅2 ]2 =[ 3⋅4 ]2 , com banda de passagem entre ω1 e ω2
•  p=1
 2− 1
• 
 s=
 4−3
• Fazer com que as atenuações Amáx sejam iguais nas duas bandas de
passagem.
• Para desnormalizar

 B⋅S 0
• Substituir S por , onde B=2 −1=
S 20
2
Q

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Exemplo 1
• Projete um filtro capaz de eliminar a freqüência de 60Hz, mantendo o ganho
aproximadamente unitário para DC e 2kHz. Faça o projeto para uma banda de rejeição de
±10Hz.
2
1 2⋅⋅20
• T 
s = , desnormalizar com s  2
s 1
 s 2⋅⋅60
2

2 2 2 2
s  0 s 2⋅⋅60
• T s= =
s 2B⋅s 20 s22⋅⋅20⋅s2⋅⋅602

Exemplo 2
• Devemos excitar um circuito com sinais na faixa de 300Hz a 3,4kHz. Uma interferência de
60Hz está presente no sistema prejudicando o experimento. Deseja-se projetar um filtro
passa faixa tal que esta interferência seja atenuada em 15 vezes. Desenhe o gabarito do filtro
desejado e do passa baixas normalizado. Diga a aproximação que devemos escolher se
desejarmos o filtro de menor grau.

Atenuação Atenuação
Amin

Amáx
ωp ωs ω3 ω1 ω2 ω4
• ω1=300Hz, ω2=3,4kHz, ω3=60Hz, ω4= (ω1⋅ω2)/ω3 = 17kHz,
• ωp=1rad/s, ωs= (ω4 – ω3)/(ω1 – ω2)=5,46rad/s.
• Amáx = 3dB, Amín = 20⋅log(15) dB
• O filtro com menor grau é um filtro do tipo Cauer.

Exemplo 3
• Projetar um filtro Butterworth passa altas, com ordem não menor do que três e que atenda as
seguintes especificações: ganho máximo da banda de passagem igual a 0dB; ganho mínimo
na banda de passagem igual a -3dB; ganho máximo na banda de atenuação igual a -20dB;
freqüência de passagem de 10kHz; freqüência de atenuação de 5kHz.
• ωp=1rad/s, ωs= (10/5)rad/s.
• Amáx = 3dB, Amín = 20dB

[ ]
1
Amáx
• 10
2 ≅1
= 10 −1

[  10 0,1⋅A −1 
]
min

log
•  10 0,1⋅A
−1  máx ≥ 3,31
n
2⋅log 
s
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S k =e 2
 2⋅kn −1
j ⋅
n 
• S1,2 = 0,3827 + j0,9239 ( s20,7654⋅s1 )
• S3,4 = 0,9239 + j0,3827 ( s21,8478⋅s1 )
2 2
s s
• T s ⋅ , onde ω0=2π10000Hz.
s 0,7654⋅ 0⋅s 0 s 1,8478⋅ 0⋅s 20
2 2 2

Exemplo 4
• Projete um filtro que atenda as seguintes especificações:
• Tenha ganho de -3dB nas freqüências de 1000 e 5000Hz,
• Tenha ganho de aproximadamente 3dB na freqüência de 2000Hz.
• Atenue 20dB em 8kHz
• Tenha ganho nulo em DC.
• Encontrar o gabarito do filtro.
• Amáx = 3dB, nas freqüências centrais
• Amin = 20dB, na freqüência externa
• Filtro passa faixas
• f1= 1000Hz
• f2= 5000Hz
• f4= 8000Hz
• f3=??. Este filtro é um passa faixa onde ω3 não foi informado. Então podemos
ajustá-lo de forma a deixar o filtro simétrico.
• f0= (f1⋅f2)0,5 = 2236Hz
• f3 = (f2⋅f1) / f4 = 625Hz.
• K=3dB
• Agora temos que resolver o problema do ganho. O ganho pode ser implementado no final
pois ele não influencia no formato da curva, porém, devemos ter atenção. Se o ganho deve
ser de +3dB na faixa de passagem e de -3dB em em f1, há uma variação permitida de 6dB na
faixa de passagem! Então, podemos alterar o ganho para 0dB e a Amáx para 6dB. Após o
projeto, inserimos um ganho de 3dB para ajustar os valores do projeto.
• K = 0dB
• Amáx = 6dB
• Determinar o passa baixas normalizado equivalente
• Ωp = 1 rad/s
• Ωs = (ω4 – ω3) / (ω2 – ω1) = 1,84 rad/s
• Determinar a aproximação
• Como não há especificações que impeçam o uso de qualquer aproximação, podemos
escolher aquela que produz o filtro com menor grau. Como eu só tenho em mãos as
fórmulas para o Butterworth e para o Chebyshev, vou usar este último. Há um
Teoria de Redes – Apostila: Prof. Alexandre Visintainer Pino 27 de 98
problema que requer atenção especial, com esta escolha do Chebyshev, teremos que
testar o ganho em 2kHz após a implementação, para saber se o filtro realmente tem
ganho de aproximadamente 3dB nesta freqüência.
• Calcular o grau do filtro
• = 100,1⋅A −1 = 1,72
Máx


n=
cosh−1   100,1⋅Amin −1
  = 2,00!
cosh −1  s 
• Encontrar a função de transferência do passa baixas normalizado
s k = k ± j⋅ k

• {   } { 
 k = ±sen
 12k
2

n
⋅ senh
1
n
arcsenh
1
 }
{   } { 
 k = cos
 12k
2 n
⋅ cosh
1
n
arcsenh
1
 }
• SK = -0,1979 ±j@0,7343 = –a ± j⋅b
• H(S) = S2 + 2⋅a⋅S + (a2 + b2) = S2 + 0,3958⋅S + 0,57836
1
• T  S = 2
S 0,3958⋅S 0,57836
• Aplicar a desnormalização adequada
• na T(S), substituir S por (S2 + ω02) / (ω2 – ω1)⋅S = (S2 + 140492) / (2⋅π⋅4000⋅S)
K⋅1
T S =

   
2
• S 2140492 S 214049 2
0,3958⋅ 0,57836
2⋅⋅4000⋅S 2⋅⋅4000⋅S
• Este filtro tem ganho unitário na banda de passagem e atenua 6dB nas freqüências de corte.
Par obter ganho de 3dB na banda de passagem e atenuação de 3dB nas freqüências de corte
basta fazer o ganho K=1,41 (+3dB).

Exemplo 5
• Um filtro deve atender, aproximadamente, as seguintes especificações:
• Atenuação de 35dB na freqüência de 1000Hz
• Atenuação de 3dB na freqüência de3500Hz.
• A oscilação máxima na banda de passagem não deve ultrapassar 3dB.
• O filtro deve alterar minimamente a fase do sinal na banda de passagem.
• *Escolher entre as aproximações de Butterworth e Chebyshev
• Identifique o tipo de filtro, desenhe o seu gabarito e identifique os pontos do gráfico.

Teoria de Redes – Apostila: Prof. Alexandre Visintainer Pino 28 de 98


Atenuação

35dB

3dB
Ripple 3dB
0dB
1000 3500 f

• Amin = 35dB, fs = 3500Hz


• Amáx = 3dB, fp = 1000Hz
• É um filtro passa altas.
• Se o ripple máximo é 3dB e a máxima atenuação na banda de passagem é 3dB então a
menor atenuação da banda de passagem é 0dB. Assim, o ganho na banda de passagem é
0dB.
• Se o filtro deve alterar minimamente a fase do sinal na banda de passagem, e só podemos
escolher entre Butterworth e Chebyshev, devemos escolher Butterworth.
• Projetar o filtro.
• = 100,1⋅Amáx−1=0,9976 (podemos adotar ε = 1, pois Amáx = 3dB).

• n≥
log
 10 0,1⋅Amin −1
2  ≥3,21=4
2⋅log
fs
fp 
• sk =cos   2kn−1
2

n
± j⋅sen ⋅
2 
 2kn−1
n  
• S1,2= –0,382683±j0,0,923879=–a ± j⋅b.
• Polinômio: S2+2⋅a⋅S+(a2+b2) = S2+0,7653⋅S+1
• S3,4= –0,923879±0,382683 =–a ± j⋅b.
• Polinômio: S2+2⋅a⋅S+(a2+b2) = S2+1,8477⋅S+1
1 1
• T PBNormalizada  s= 2
⋅ 2
s 0,7653 s1 s 1,8477 s1
• Desnormalizar
• Primeiro: Como o filtro é Butterworth desnormalizar o ε. Para ε=1 não há
desnormalização.
• Segundo: Desnormalizar a freqüência.
s2 s2
• T PB S= 2 ⋅ , onde
s 0,7653⋅0⋅s 20 s 21,8477⋅ 0⋅s 20
Teoria de Redes – Apostila: Prof. Alexandre Visintainer Pino 29 de 98
•  0=2⋅⋅3500 rad/s
• Se for acrescentado, após o projeto do filtro, um estágio de ganho x5. Quanto será a
atenuação na freqüência de 3500Hz?
• Ganho x5 corresponde a ganho de 13,97dB. Então o ganho em 3500Hz será
aproximadamente 13,97dB-3dB=10,97dB.
• Outra forma de calcular é multiplicar o ganho em 3500Hz (0,707) por 5. O resultado
é 3,53, ou seja, 10,97dB.
• Também poderiamos ter calculado substituindo K1⋅K2 por 5 e “s” por j(2⋅B⋅3500) na
função TPA(s). O resultado é 3,53 que corresponde a 10,97dB!

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Aula 06: Síntese de Funções de Acesso

Propriedades
• Funções de Acesso ou Imitância são funções de Impedância e Admitância
• Toda função de acesso pode ser implementada com um circuito RLC-M (resistores,
indutores, capacitores, e indutância mútua)
• Através delas é possível implementar funções de transferência
• São funções reais racionais em S – se há singularidades complexas elas são conjugadas
• As funções de acesso são funções Reais Positivas (é real quando S é real, tem parte real
quando a parte real de S é maior ou igual a zero)
• Os pólos e zeros não podem estar no semi plano direito
• Os pólos ou zeros sobre jω são simples
• A diferença de grau entre os polinômios do numerador e o denominador não pode ser maior
do que um (1)
• Esta regra vale para os termos de maior e menor grau.
• Os coeficientes dos polinômios do Numerador e do Denominador não podem ser nulos, com
exceção do termo de grau zero, ou se todos os coeficientes dos termos de grau par ou impar
forem nulos.

Implementação
• Para redes RC, RL ou LC:
• Frações parciais – técnica de Foster
• Expansão em frações continuadas – técnica de Cauer
• Para redes RLC:
• Algumas vezes podem ser implementas por Foster e Cauer
• Para os casos particulares onde não existem singularidades sobre jω, mas a parte real
da impedância é zero para uma ou mais freqüências jω, utilizam-se as técnicas de
Brune (com transformador ideal) ou Bott e Duffin (sem transformador ideal)

Exemplos:
• Exemplo 1
• Implementar a admitância abaixo utilizando a técnica de Foster – Frações Parciais
s41,75 s31,25 s20,375 s0,125
• Y1s=
s 40,5 s30,5 s20,25 s

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Mapa de pólos e zeros

0.8

0.6

0.4

0.2
jw

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

Sigma

• Pode ser uma função de acesso: Não há singularidades a direita de jω. Não há singularidades
duplas sobre jω. A diferença de grau entre os polinômios do numerador e do denominador
não excede 1. Não existem termos nulos.
• Separando em frações parciais devemos ter o cuidado para que não existam resíduos
negativos, pois o objetivo é implementar a função de acesso com componentes passivos.
s41,75 s31,25 s20,375 s0,125 A Bs Cs
• Y1s= =   2 D
4 3 2
s 0,5 s 0,5 s 0,25 s s s0,5 s 0,5
• As frações parciais apresentadas não são usuais. Para evitar que o resíduo B seja negativo a
segunda fração parcial foi multiplicada por “s”. Assim, o resíduo B é positivo e a fração
pode representar uma admitância implementada com componentes passivos.
1
• A=Y1 s⋅S∣s=0= , A parcela representa um indutor com L=2H
2
s0,5 1
• B=Y1 s ∣s −0,5=
¿
s 2
0,5 s 1
=
• s0,5 1
2
s
• A parcela representa uma associação em série de duas admitâncias. O circuito pode
ser montado com um resistor R=2S (parcela 2) em série com um capacitor C=1F
(parcela 1/s)
s 20,5
• C=Y1s ∣ =12
s s =−0,5

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s 1
=
s 0,5 s 1
• 2

2s
• A parcela representa uma associação em série de duas admitâncias. O circuito pode
ser montado com um indutor L=1H (parcela s) em série com um capacitor C=2F
(parcela 1/2s)
• Para evitar problemas, a parcela constante sempre deve ser calculada por último.
A Bs Cs 1
• D=Y1s − − − 2 = , A parcela representa um resitor com R=2S
s s0,5 s 0,5 2
• Note que a divisão de Y1(s), para diminuição do grau do numerador, resultaria em uma
impedância R=1Ω, válida para freqüência infinita. A síntese apresentada obteve duas
resistências R=2Ω, compondo o circuito apresentado abaixo. Se analisarmos o circuito para
a freqüência infinita obteremos como resultado uma resistência R=1Ω.

• Exemplo 2:
• Implementar a impedância abaixo utilizando a técnica de Cauer – frações continuadas
s 43,5 s 33,75 s 22,625 s0,75
• Zs=
0,25⋅s 43s 32,25 s22,5 s0,5

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Mapa de pólos e zeros

0.8

0.6

0.4

0.2
jw

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1
-2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1

Sigma

• Pode ser uma função de acesso: Não há singularidades a direita de jω. Não há singularidades
duplas sobre jω. A diferença de grau entre os polinômios do numerador e do denominador
não excede 1. Não existem termos nulos.
• Separando a função Z(S) em frações continuadas temos
1
Z=Z1
1
Y2
1
• Z 3
...
1
Zn−1
Yn
s 43,5 s 33,75 s2 2,625 s0,75 ∣0,25 s 40,75 s 30,5625 s2 0,625 s0,125
4 3 2
−s −3,0 s −2,25 s −2,500 s−0,50 4 , Z1 → R=4S
3 2
0,5 s 1,50 s 0,125 s0,25
0,25 s 40,75 s 30,5625 s 20,625 s0,125 ∣0,5 s 31,50 s 20,125 s0,25
4 3 2
−0,25 s −0,75 s −0,0625 s 0,125 s−0,000 0,5 s , Y2 → C=0,5F
2
0,5000 s 0,500 s0,125
0,5 s 31,5 s 20,125 s0,25 ∣0,5 s 20,5 s0,125
3 2
−0,5 s −0,5 s −0,125 s−0,00 s , Z3 → L=1H
2
1,0 s  0,25
0,5 s 20,5 s0,125 ∣1,0 s2 0,25
2
−0,5 s − −0,125 0,5 , Y4 → R=2S
0,5 s

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1,0 s 20,25 ∣0,5 s
−1,0 s 2−0,00 2s , Z5 → L=2H
0,25
0,5 s
=2s , Y6 → C=2F
0,25

Funções de Acesso RC
• Análise gráfica da função de impedância RC
• A singularidade mais próxima da origem é um pólo (o pólo pode estar na origem).
• Todas as singularidades são reais (estão sobre o eixo σ)
• Pólos e zeros se alternam sobre o eixo σ
• A derivada da função Z(σ) é sempre negativa para todos os valores de σ.
• Análise gráfica da função de admitância RC
• A singularidade mais próxima da origem é um zero (o zero pode estar na origem).
• Todas as singularidades são reais (estão sobre o eixo σ)
• Pólos e zeros se alternam sobre o eixo σ
• A derivada da função Z(σ) é sempre positiva para todos os valores de σ.

Funções de Acesso RL
• A impedância RL tem as mesmas características da admitância RC
• A admitância RL tem as mesmas características da impedância RC
• São pouco utilizadas em filtros seletores eletrônicos, principalmente em circuitos ativos. São
mais utilizadas em sistemas de alta freqüência (L menores) e sistemas de potência.

Funções de Acesso RC na Primeira forma de Foster


• Primeira forma de FOSTER – Frações parciais em Impedâncias
• A forma geral do circuito é dada pela figura abaixo. O resistor R1 e o capacitor C1 podem
ou não estar presentes no circuito. Os conjuntos R2-C2, R3-C3,..., podem aparecer em maior
ou menor quantidade, podendo inclusive, não estarem presentes no circuito.

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K0 Ki
• Z RC  S =K ∞ ∑
S i =1 S  pi
• Analisando o comportamento do circuito para freqüências zero e infinito observa-se as
seguintes características que podem ser encontradas na função Z(s):
• Constante no infinito: É possível ter um elemento constante quando a freqüência é
infinita e os capacitores se comportam como curto (resistência em série com a rede -
K∞ ) .
• Zero no infinito: É possível ter um caminho capacitivo, na rede, para freqüência
infinita, levando a impedância a zero (sem o resistor em série).
• Constante na origem: É possível ter um comportamento resistivo na rede para a
freqüência zero, quando todos os capacitores são circuitos abertos e não existe o
capacitor em série.
• Pólo na origem: É possível ter um pólo na origem quando a freqüência é zero se
K0
houver um capacitor em série com rede (capacitor em série com a rede - ).
S
• As características listadas acima são sumarizadas na tabela abaixo
Tipo de Comportamento Implicações no Numerador e Denominador
Constante na origem e no infinito N(S) e D(S) completos e de mesmo grau
Constante na origem e zero no infinito N(S) e D(S) completos; grau do N(S) menor que
o grau do D(S)
Pólo na origem e constante no infinito N(S) completo e D(S) sem termo independente;
N(S) e D(S) de mesmo grau
Pólo na origem e zero no infinito N(S) completo e D(S) sem termo independente,
grau do N(S) menor que do D(S)

• A identificação dos componentes da rede pode ser realizada da seguinte maneira:


Tipo de Extração Elemento Removido
Extração de constante no infinito R∞ =K ∞ =Z RC  S ∣S ∞
−1 0
Extração de um pólo na origem C =K 0=S⋅Z RC  S ∣S =0
−1 i
Extração de pólo simples sobre o eixo real C =K i = S  p i⋅Z RC S ∣S =− p i

1
Ri=
C i⋅pi

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Exemplo:
3 2
S 6,75⋅S 8,25⋅S1
• Implemente, se possível, a função ZS =2
S 35⋅S 24⋅S
• Pode ser uma função de acesso: Não há singularidades a direita de jω. Não há
singularidades duplas sobre jω. A diferença de grau entre os polinômios do
numerador e do denominador não excede 1. Não existem termos nulos.
• É uma impedância RC: Não existem singularidades complexas. As singularidades
aparecem alternadamente sobre o eixo σ. A singularidade mais próxima da origem é
um pólo e a função é uma impedância.

Z(S) = 2*(S3+6,75*S2+8,25*S+1)/(S3+5*S2+4*S)
25

20

15

10

5
Z(sigma)

-5

-10

-15

-20

-25
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0
Sigma

Figura 10: Resposta do exemplo. Gráfico da Impedância Z(sigma).


sigma =[-8:0.01:0];
z=2*(sigma.^3+6.75*sigma.^2+8.25*sigma+1)./(sigma.^3+5*sigma.^2+4*sigma);
plot(sigma,z); hold on;
plot(roots([1 5 4 0 ]),[0 0 0],'X');
plot(roots([1 6.75 8.25 1]),[0 0 0],'O')
• Como a função é uma impedância RC, o problema pode ser resolvido utilizando-se a
a tabela anterior. Sabe-se de antemão que para uma função Z(S) com N(S) completo
e D(S) sem termo independente; e N(S) e D(S) de mesmo grau o circuito tem R1 e
C1.
0,5 1 2
• ZS =2  
S S1 S4
• Parcela constante: Resistor = 2 ohms
• Pólo na origem: Capacitor = 2 F
• RC com pólo=-1: Capacitor = 1 F; Resistor = 1 ohm
• RC com pólo=-4: Capacitor = 0,5 ; Resistor = 0,5 ohms

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Funções de Acesso RC na Segunda forma de Foster


• Segunda forma de FOSTER – Frações parciais em Admitâncias
• A forma geral do circuito é dada pela figura abaixo. O resistor R1 e o capacitor C1 podem
ou não estar presentes no circuito. Os conjuntos R2-C2, R3-C3,..., podem aparecer em maior
ou menor quantidade, podendo inclusive, não estarem presentes no circuito.

K ⋅S Y RC S  K Ki
Y RC S =K ∞⋅SK 0∑ =K ∞ 0 ∑
i
• ou
i S p i S S i Sp i

• Analisando o comportamento do circuito para freqüências zero e infinito observa-se as


seguintes características que podem ser encontradas na função Z(s):
• Constante na origem: É possível um comportamento resistivo na freqüência zero
quando todos os capacitores se comportam como circuito aberto (condutância em
paralelo – K0)
• Zero na origem: É possível um zero na origem se não existir o resistor em paralelo
• Constante no infinito: É possível um comportamento resistivo para freqüência
infinita (não existe o capacitor em paralelo)
• Pólo no infinito: É possível um caminho capacitivo, na rede, para freqüência infinita
levando a admitância a infinito (capacitor em paralelo - K∞⋅S).

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• As características listadas acima são sumarizadas na tabela abaixo
Tipo de Comportamento Implicações no Numerador e Denominador
Constante na origem e no infinito N(S) e D(S) completos e de mesmo grau
Constante na origem e pólo no infinito N(S) e D(S) completos; grau do N(S) maior que
do D(S)
Zero na origem e constante no infinito D(S) completo e N(S) sem termo independente;
N(S) e D(S) de mesmo grau.
Zero na origem e pólo no infinito D(S) completo e N(S) sem termo independente;
grau do N(S) maior que do D(S)

• A identificação dos componentes da rede pode ser realizada da seguinte maneira:


Tipos de Extração Elementos Removidos
Extração de pólo no infinito Y RC S 
C ∞= K ∞ = ∣S ∞
S
−1 0
Extração de constante na origem R =K 0=Y RC  S ∣S =0
Extração de um pólo simples sobre o eixo real −1 Y RC  S 
R =K i=S  p i ⋅
i
∣S =− p
S i

1
C i=
Ri⋅pi

3 2
S 6,75⋅S 8,25⋅S1
• Exemplo: Implemente, se possível, a função Y S=2
S 25⋅S4
• Pode ser uma função de acesso: Não há singularidades a direita de jω. Não há
singularidades duplas sobre jω. A diferença de grau entre os polinômios do
numerador e do denominador não excede 1. Não existem termos nulos.
• É uma admitância RC: Não existem singularidades complexas. As singularidades
aparecem alternadamente sobre o eixo σ. A singularidade mais próxima da origem é
um zero e a função é uma admitância (veja figura abaixo)
• Como a função é uma admitância RC, o problema pode ser resolvido utilizando-se a
a tabela anterior. Sabe-se de antemão que, para função Y(S) com D(S) completo e
N(S) sem termo independente; e grau do N(S) maior que do D(S) o circuito tem R1 e
C1.
Y S  0.5 1 2
• =2  
S S S1 S4
• Parcela constante: Capacitor = 2 F
• Pólo na origem: Resistor = 2 ohm
• RC com pólo = -1: Resistor = 1 ohm; Capacitor = 1 F
• RC com pólo = - 4: Resistor = 0,5 ohm; Capacitor = 0,5 F

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Y(S)=2*(S3+6,75*S2+8,25*S+1)/(S2+5*S+4)
50

40

30

20

10
Z(sigma)

-10

-20

-30

-40

-50
-8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0
Sigma

Figura 11: Resposta do exemplo. Gráfico da Admitância Y(sigma).


sigma =[-8:0.01:0];
y=2*(sigma.^3+6.75*sigma.^2+8.25*sigma+1)./(sigma.^2+5*sigma+4);
plot(sigma,z); hold on;
plot(roots([1 5 4]),[0 0],'X');
• plot(roots([1 6.75 8.25 1]),[0 0 0],'O')

Funções de Acesso RC na Primeira forma de Cauer


• Primeira forma de CAUER – Frações continuadas com remoção de parcela no infinito
• A forma geral do circuito é dada pela figura abaixo. O resistor R1 pode ou não estar
presente. A rede pode ou não ser terminada em um capacitor. Esta estrutura, onde os
elementos são conectados alternadamente em série e em paralelo é chamada de ladder. A
mais tradicional estrutura passiva para síntese de função de transferência tem como base
uma rede ladder.

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• Analisando o comportamento do circuito para freqüências zero e infinito observa-se as


seguintes características que podem ser encontradas no circuito Z(s):
• Rede iniciada com R1: A impedância é constante no infinito (na freqüência infinito).
A síntese é iniciada pela função de impedância.
• Rede iniciada com C1: A impedância é zero no infinito. A síntese é iniciada pela
função de admitância.
• Rede terminada em resistor: A impedância é constante na origem (na freqüência
zero).
• Rede terminada em capacitor: A impedância é infinita na origem.
• Extração continuada de constante da impedância no inifinito e de pólo da admitância no
infinito.
• É possível escrever a impedância da uma rede ladder por simples inspeção dos
componentes, na figura acima a impedância é
1
Z=Z1
1
Y2
1
• Z 3
1
Y 4
1
Z5 
Y6
• onde Z1, Z3 e Z5 são as impedâncias dos resistores R1, R2 e R3; e Y2, Y4 e
Y6 são as admitâncias dos capacitores C1, C2 e C3.
• Z1, Y2, Z3,...,Y6 são as frações continuadas da impedância Z e que devem ser
removidas da impedância Z para a implementação do circuito.
• Na primeira forma de Cauer as frações continuadas são obtidas pela divisão de N(S)
por D(S) na freqüência infinita, ou seja pela divisão dos polinômios a partir dos
termos de maior grau.

Exemplo:
• Refazer o exercício resolvido pela primeira forma de FOSTER
3 2
S 6,75⋅S 8,25⋅S1
• ZS =2
S 35⋅S 24⋅S
3 2 2
S 6,75⋅S 8,25⋅S1 3,5⋅S 8,5⋅S2
• ZS =2 3 2
=2 3 2
, Extraiu R=2Ω
S 5⋅S 4⋅S S 5⋅S 4⋅S

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3 2 2
S 5⋅S 4⋅S 2,571⋅S 3,429⋅S
• Y S= 2
=0,2857⋅S 2
, Extraiu C=0,2857F
3,5⋅S 8,5⋅S2 3,5⋅S 8,5⋅S2
2
3,5⋅S 8,5⋅S2 3,833⋅S2
• ZS = 2
=1,361 2
, Extraiu R=1,3611Ω
2,571⋅S 3,429⋅S 2,571⋅S 3,429⋅S
2,571⋅S 23,429⋅S 2,087⋅S , Extraiu C=0,6798F
• Y S= =0,6708⋅S
3,833⋅S2 3,833⋅S2
3,833⋅S2 2
• ZS = =1,837 , Extraiu R=1,8368Ω, sobrou C=1,0435F
2,087⋅S 2,087⋅S

Funções de Acesso RC na Segunda forma de Cauer


• Segunda forma de CAUER – Frações continuadas com remoção de parcela na origem
• A forma geral do circuito é dada pela figura abaixo. O resistor R1 pode ou não estar
presente. A rede pode ou não ser terminada em um capacitor. A segunda forma de Cauer
também resulta em uma rede ladder.

• Analisando o comportamento do circuito para freqüências zero e infinito observa-se as


seguintes características que podem ser encontradas no circuito Z(s):
• Rede iniciada com R1: A impedância é constante na origem (na freqüência Zero). A
síntese é iniciada pela função de admitância.
• Rede iniciada com C1: A impedância é infinita na origem. A síntese é iniciada pela
função de impedância.
• Rede terminada em resistor: A impedância é constante no infinito.
• Rede terminada em capacitor: A impedância é zero no infinito.
• Extração continuada de pólo da impedância na origem e da constante da admitância na
origem.
• É possível escrever a impedância da uma rede ladder por simples inspeção dos
componentes, na figura acima a impedância é
Teoria de Redes – Apostila: Prof. Alexandre Visintainer Pino 42 de 98
1
Z=Z1
1
Y2
1
• Z 3
1
Y 4
1
Z5 
Y6
• onde Z1, Z3 e Z5 são as impedâncias dos capacitores C1, C2 e C3; e Y2, Y4 e
Y6 são as admitâncias dos resistores R1, R2 e R3.
• Z1, Y2, Z3,...,Y6 são as frações continuadas da impedância Z e que devem ser
removidas da impedância Z para a implementação do circuito.
• Na segunda forma de Cauer as frações continuadas são obtidas pela divisão de N(S)
por D(S) na freqüência zero, ou seja pela divisão dos polinômios a partir dos termos
de menor grau.

Exemplo:
• Refazer o exercício resolvido pela segunda forma de FOSTER
3 2
S 6,75⋅S 8,25⋅S1
• Y S=2
S 25⋅S4
18,25⋅S6,75⋅S 2S 3 14⋅S13⋅S 22⋅S 3
• Y S=2 =0,5 , Extraiu R=2Ω
45⋅SS 2 45⋅SS 2
45⋅SS 2 0,2857 1,286⋅S0,4286⋅S 2
• ZS = =  , Extraiu C=3,5F
14⋅S13⋅S 22⋅S 3 S 14⋅S13⋅S 22⋅S 3
14⋅S13⋅S 22⋅S 3 8,333⋅S2⋅S 2
• Y S= =10,89 , Extraiu R=0,0919Ω
1,286⋅S0,4286⋅S 2 1,286⋅S0,4286⋅S 2
1,286⋅S0,4286⋅S 2 0,1543 0,12⋅S
• ZS = =  , Extraiu C=6,4812F
8,333⋅S2⋅S 2
S 8,333⋅S2⋅S 2
8,333⋅S2⋅S 2 2⋅S , Extraiu R=0,0144Ω, sobrou C=16,667F
• Y S= =69,44
0,12⋅S 0,12

Funções de Acesso LC
• Os pólos e os zeros estão sobre o eixo jω, são simples e alternados
• A função tem um pólo ou zero na origem
• A função tem um pólo ou zero no infinito

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• Numerador e denominador da função devem ser “ímpar/par” ou “par/ímpar”.
• Função par: coeficientes dos termos de grau par são diferentes de zero.
• Função impar: coeficientes dos termos de grau impar são diferentes de zero
• O gráfico da impedância pode ser desenhado contra ω.
• A derivada do gráfico de Z(ω) sempre é positiva para todos os valores de ω.

Funções de Acesso LC na Primeira e Segunda forma de Foster


• Primeira forma de FOSTER
K0 2⋅K ⋅S
• Impedância: Z LC S = K ∞⋅S  ∑ 2 i 2 , capacitor + indutor + LC paralelo
S i S  pi

• É possível haver um caminho indutivo na rede (sem o capacitor série)


• Zero na origem
• É possível haver um caminho capacitivo na rede (sem o indutor série)
• Zero no infinito
• Pode haver um capacitor em série com a rede
• Pólo na origem
• Pode haver um indutor em série com a rede
• Pólo no infinito

Tipo de Comportamento Implicações no Numerador e no Denominador
Pólo na origem e no infinito Grau do N(S) maior que do D(S)
Função par sobre função ímpar
Pólo na origem; zero no infinito Grau do N(S) menor que do D(S)
Função par sobre função ímpar
Zero na origem e no infinito Grau do N(S) menor que do D(S)
Função ímpar sobre função par
Zero na origem; pólo no infinito Grau do N(S) maior que do D(S)
Função ímpar sobre função par

Tipo de Extração Elemento Removido


Extração de pólo no infinito Z LC S 
L∞ =K ∞ = ∣S  ∞
S
Extração de pólo na origem C−1 =K 0=S⋅Z LC  S ∣S =0
0

Extração de par de pólos conjugados sobre jω. −1i S 2 2pi


C =2⋅K i= ⋅Z LC  S ∣S =−
2 2
S pi

2⋅K
Li = 2 i
 pi

• Segunda forma de FOSTER


Teoria de Redes – Apostila: Prof. Alexandre Visintainer Pino 44 de 98
K0 2⋅K ⋅S
• Admitância: Z LC S = K ∞⋅S  ∑ 2 i 2 , capacitor // indutor // LC série
S i S  pi

• É possível que não exista o indutor em paralelo com a rede


• Zero na origem
• É possível que não exista o capacitor em paralelo com a rede
• Zero no infinito
• Pode haver um indutor em paralelo com a rede
• Pólo na origem
• Pode haver um capacitor em paralelo com a rede
• Pólo no infinito

Tipo de Comportamento Implicações no Numerador e no Denominador


Pólo na origem e no infinito Grau do N(S) maior que do D(S)
Função par sobre função ímpar
Pólo na origem; zero no infinito Grau do N(S) menor que do D(S)
Função par sobre função ímpar
Zero na origem e no infinito Grau do N(S) menor que do D(S)
Função ímpar sobre função par
Zero na origem; pólo no infinito Grau do N(S) maior que do D(S)
Função ímpar sobre função par

Tipo de Extração Elemento Removido


Extração de pólo no infinito Y LC  S 
C ∞ =K ∞ = ∣S ∞
S
−1 0
Extração de pólo na origem L = K 0=S⋅Y LC S ∣S=0
2 2
Extração de par de pólos conjugados sobre jω. −1i S  pi
L =2⋅K i= ⋅Y LC  S ∣S =−
2 2
S pi

2⋅K
C i= 2 i
 pi

Funções de Acesso LC na Primeira e Segunda forma de Cauer


• Primeira forma de CAUER
• Extração continuada de pólos no inifinito da impedância e da admitância alternadamente.
• Divisões sucessivas do N(S) pelo D(S), “inversão” da função e nova divisão.
• Dividem-se os polinômios a partir dos termos de maior grau.
• Circuito formado por indutores série e capacitores em paralelo
• Se o primeiro elemento for um indutor série ( Z∞=∞ ) utilizar a Z(S).

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• Se o primeiro elemento for um capacitor paralelo ( Z∞=0 ) utilizar a Y(S).
• Se Z0=0 o último elemento da rede é um indutor.
• Se Z0=∞ o último elemento da rede é um capacitor
• Segunda forma de CAUER
• Extração continuada de pólo na origem da admitância e da impedância.
• Divisões sucessivas do N(S) pelo D(S), “inversão” da função e nova divisão
• Dividem-se os polinômios a partir dos termos de menor grau.
• Circuito formado por capacitores em série e indutores em paralelo
• Se o primeiro elemento for um capacitor série ( Z0=∞ ) utilizar a Z(S).
• Se o primeiro elemento for um indutor paralelo ( Z0=0 ) utilizar a Y(S).
• Se Z∞=∞ o último elemento da rede é um indutor.
• Se Z∞=0 o último elemento da rede é um capacitor.
• * Ao final da síntese pode haver um par LC em paralelo, permitindo um caminho indutivo
ou capacitivo para a função.

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Escalamentos de freqüência e impedância

Funções de Rede Escalamentos


Nome Símbolo  S Z
Freqüência : S= Impedância: 
Z=
a b
Ganho de tensão Tv  S  Tv S / a  Tv  S 
Ganho de corrente Ti  
S Ti  S / a  Ti  
S
Ganho de impedância Tz  
S Tz  S /a  b⋅Tz  S 
Ganho de admitância Ty  S  Ty S /a  b−1⋅Ty  
S
Pólos e zeros SK a⋅SK SK

Elementos Escalamentos
 S Z
Nome Simb. Freqüência : S= Impedância: 
Z=
a b
Resistência R R bR
Capacitância C C/a C/b
Indutância L L/a bL
VCVS (tensão controlada por tensão) µ µ µ
CCCS (corrente controlada por corrente) β β β
VCCS (corrente controlada por tensão) gm gm gm/b
CCVS (tensão controlada por corrente) rm rm brm
Amplificador Operacional GB / 
S aGB/S 
GB / S
FDNR D D/a2 D/b

Exemplo
• Um sistema de controle necessita implementar a função de controle apresentada abaixo.
Utilize uma estrutura de amplificador inversor (utilizando amplificadores operacionais) para
obter esta função de controle. Implemente cada uma das duas impedâncias da rede utilizando
a segunda forma de Foster.

|T(S)| [dB]
20

14

300 600 1200 [ω]


• Do gráfico se obtém a seguinte função de transferência:
2⋅⋅300⋅s2⋅⋅600⋅2⋅⋅1200
• T s=10
s2⋅⋅300⋅2⋅⋅600⋅s2⋅⋅1200
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• A função de transferência de um amplificador inversor é
vo −Zrealimentação −Z1
• T s= = =
vi Zentrada Z2
• Para a síntese basta comparar as duas funções de transferência acima, separando a função
desejada em duas parcelas que possam ser implementadas por funções de acesso.
• Primeira opção:
vo −Z1
• T s= = =−Z1⋅Y2
vi Z2
• Colocando todas as constantes da função T(s) em Z1
2⋅⋅300⋅2⋅⋅1200
• Z1s=10 =2⋅⋅6000 
2⋅⋅600
• Todos os pólos e zeros formam a Y2
s2⋅⋅600
• Y2s=
s2⋅⋅300⋅s2⋅⋅1200
1 /3 2/3 1 1
• Y2s=  = 
s2⋅⋅300 s2⋅⋅1200 3⋅s2⋅⋅900 3/2⋅s2⋅⋅1200
1 1 1 1
• Y2s=  = 
3⋅s2⋅⋅900 3/2⋅s2⋅⋅1200 ZasZbs Zc sZd s
• dois RLs série conectados em paralelo : Za=3H, Zb=2⋅π⋅900Ω, Zc=3/2H, Zd=2⋅π⋅1800Ω,

• Segunda opção:
vo −Z1 −1
• T s= = = ,
vi Z2 Y1⋅Z2
• Colocando todas as constantes da função T(s) em Z2
2⋅⋅600 1
• Z2s=10 = 
2⋅⋅300⋅2⋅⋅1200 2⋅⋅6000
• Colocando os pólos e zeros na Y1, que é o recíproco da Y2(s) calculada acima.
s2⋅⋅300⋅s2⋅⋅1200
• Y1s=
s2⋅⋅600
2⋅⋅300⋅s 1
• Y1s= s2⋅⋅600= Zc sZd s
s2⋅⋅600 Za sZbs
• um RC série em paralelo com um capacitor e um resistor: Za=1/(2π⋅300)Ω, Zb=1/2F ,
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Zc=1F , Zd=1/(2π⋅600)Ω ,

• Terceira opção:
vo −Z1 −Y2
• T s= = = , duas redes pequenas
vi Z2 Y1
• ...

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Aula 07: Redes Ladder LC terminadas
• Redes para implementação de funções de transferência numa estrutura semelhante as obtidas
com a síntese de Cauer, porém abertas na terminação, assim como apresentado na figura
abaixo:

• Podem implementar todos os tipos de filtros seletores de sinais.


• As redes LC ladder são redes de baixa sensibilidade na banda de passagem
• Existem equações para calcular diretamente os elementos da rede, se as funções de
transferência forem obtidas para filtros Butterworth e Chebyshev.
• É possível desnormalizar o filtro diretamente nos componentes.
• São fáceis de implementar e podem ser transformadas em redes ativas.
• Os zeros de função de transferência (zeros de transmissão) são realizados nos braços série ou
paralelo da ladder. Quando são finitos e fora da origem, são implementados por circuitos
ressonantes que podem ser realizados com relativa facilidade.
• Capacitor em série – zero de transmissão na origem
• Indutor em paralelo – zero de transmissão na origem
• Indutor em série – zero de transmissão no infinito
• Capacitor em paralelo – zero de transmissão no infinito
• LC paralelo em série – zero de transmissão sobre o eixo jω e fora da origem
• LC série em paralelo – zero de transmissão sobre o eixo jω e fora da origem

• As redes podem ser projetadas para possuirem terminações resistivas na fonte, na carga ou
em ambas. Redes duplamente terminadas (resistência prevista para a fonte e para a carga)
apresentam menos problemas relativos ao acoplamento com fontes de sinais, que têm
impedância de saída não nula e com cargas que absorvem potência.
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• Se a resistência da fonte é menor que a resistência prevista para a entrada da rede


adiciona-se uma resistência em série com a fonte.
• Se a resistência da fonte é maior que a resistência prevista para a entrada da rede
adiciona-se uma resistência em paralelo com a fonte.
• Se a resistência da carga é menor que a resistência prevista para a saída da rede
adiciona-se uma resistência em série com a carga.
• Se a resistência da carga é maior que a resistência prevista para a saída da rede
adiciona-se uma resistência em paralelo com a carga.
• A rede passa baixas apresenta ganho menor do que 1 para baixas freqüências, pois forma-se
um divisor resistivo entre a resistência da fonte e a resistência da carga.

Desnormalização em freqüência diretamente sobre os componentes


• Se aplicarmos a desnormalização em freqüência, utilizada em filtros passa baixas
normalizados, diretamente sobre cada componente elétrico, a função de transferência do
circuito é alterada de acordo com a desnormalização realizada.
• Tabela com a desnormalização de freqüência realizada diretamente sobre os componentes.
Elementos
Transformação
R L C
PB−PB R L = L/ωp C = C/ωp
PB−PA R C = 1/(L⋅ωp) L = 1/(C⋅ωp)
PB−PF LC série LC paralelo
R L = L/B C = C/B
C = B/(ω2⋅L) L = B/(ω2⋅C)
PB−RF LC paralelo LC série
R L = (B⋅L)/(ω2) L = 1/(B⋅C)
C= 1/(B⋅L) C = (B⋅C)/(ω2)

• Exemplo: Transformar o circuito Passa Baixa RC de primeira ordem em um Passa Faixa.

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• A equação do filtro passa baixas pode ser obtida por intermédio das impedâncias de
cada componente:
1

vo
v i PB
=
R1⋅C1
S
1
R1⋅C1
=
0
S 0

• Para fazer a transformação em freqüência aplicar a desnormalização diretamente


sobre as impedâncias dos componentes.
• R1 não sofre transfomação em freqüência
• C1 é transformado de acordo com a relação de desnormalização do passa faixa:
1 S 220
• ZC= , para desnormalizar substituir 
S por

S B⋅S
1 B⋅S 1 1
Zc= = = =
•  2 2 2
C S C⋅S C⋅0 C⋅S C⋅0 C⋅S 1
 
B B⋅S 1 L⋅S
• logo o capacitor deve ser substituido por um LC paralelo cujos componentes
são: C=C/B e L=B/(ω2⋅C) – exatamente como indicado na tabela acima.

1 0
⋅S ⋅S

vo
v i PF
=
2
S
R2⋅C2
1
R2⋅C2
⋅S
1
L2⋅C2
=
Q

S 2 0⋅S 20
Q

Equações para a síntese de redes Ladder


• Parâmetros Z de quadripólos
V 1 =z11⋅I 1 z12⋅I 2

V 2 =z21⋅I 1 z22⋅I 2

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• Parâmetros Y de quadripólos
I 1 = y11⋅V 1 y 12⋅V 2

I 2 = y 21⋅V 1 y 22⋅V 2

Redes LC com terminação resistiva (R1) no lado da fonte


z21
Vo z R1
• = 21 =
V i R1z11 z
1 11
R1
V o N S NPar SNImpar S 
• = =
V i DS DPar SDImparS
• Se os zeros da função de transferência estão na origem ou sobre jω, o numerador da função
de transferência possui apenas os coeficientes dos termos de grau par ou impar, então
NImparS  NParS
V o N S DParS  V o N S DImparS
• = = ou = =
V i DS DImparS V i DS DParS 
1 1
DParS  DImparS
z21
Vo R1
• comparando com =
Vi z
1 11
R1
• Os pólos da função de transferência são os pólos da z 11. Os zeros da função de transferência
são os zeros da z21.
z11 DImparS  z 12 NImparS z11 DParS z12 NParS
• = , = ou = , =
R1 DParS R1 DPar S R1 DImparS  R1 DImparS

Redes LC com terminação resistiva (R2) no lado da carga


−y 21
V o −y21 y2
• = =
V i y 2y 22 y
1 22
y2
V o N S NPar SNImpar S 
• = =
V i DS DPar SDImparS
• Se os zeros da função de transferência estão na origem ou sobre jω, o numerador da função
de transferência possui apenas os coeficientes dos termos de grau par ou impar, então
NImparS  NParS
V o N S DParS  V o N S DImparS
• = = ou = =
V i DS DImparS V i DS DParS 
1 1
DParS  DImparS

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−y21
Vo y2
• comparando com =
Vi y
1 22
y2
• Os pólos da função de transferência são os pólos da y22. Os zeros da função de transferência
são os zeros da y21.
y 22 DImparS y21 NImparS  y 22 DParS  y21 NParS 
• = , = ou = , =
y2 DParS  y 2 DParS  y2 DImparS y 2 DImparS 

Redes LC com terminação resistiva no lado da fonte (R1) e da carga (R2)


• A impedância de entrada de um quadripolo pode ser escrita como
• Zin j =Rin j j⋅Xin  j 
• A potência fornecida ao quadripolo é

∣ ∣
2
2 V i  j 
• Pi  j  =∣I i  j ∣ ⋅Ri  j = ⋅R  j  
R1Z i  j   i

• A potência na terminação R2 é

∣ ∣
2
V  j
• Po  j = o ⋅R2
R2
• Como a rede LC não tem perdas Pin e Po são iguais.

∣ ∣
2
V o j   R 2⋅Ri
• =
V i  j  ∣R Z  j ∣2
1 i

• utilizando a relação
• 4⋅R1⋅Ri  j =∣R1−Z i  j ∣2−∣R1−Zi  j ∣2
• podemos isolar Ri e substitui-lo na equação anterior

[ ] ∣ ∣
2 2
4⋅R1 V o  j  R1−Z i  j
• ⋅ =1−
R2 V i  j  R1Z i  j

• H  j =

2
 R2 V i  j

4⋅R1 V o  j 
2
• ∣K  j ∣ =∣H  j ∣ −1
K S ⋅K −S  R1−Z i S  R1−Zi −S
• = ⋅
H S⋅H −S R1Z i S  R1Zi −S
K S  R1−Z i S 
• = que é chamada de função de reflexão, cujos zeros são os zeros
HS R1Z i S 
da K(S) e os pólos são os pólos da H(S).
1−K S/ HS
• Zi S=R1⋅
1K S/ HS
• separando K(S) e H(S) em parte par e impar temos
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E eEo
• H=
Pe
FeFo
• K=
Pe
• assim
Ee E o−Fe −Fo
• Zi S=R1⋅
Ee E oFe Fo
Eo−Fo Ee −F e

EoFo EoF o
• Zi S=R1⋅
EeFe
1
EoFo
• Utilizando parâmetros Z
z
z 11
R2
• Zi S=
z22
1
R2
• comparando as duas equações
Ee −Fe
• z11=R1⋅
EoFo
E F
• z22=R2⋅ e e
EoFo
• procedimento semelhante pode ser aplicado aos parâmetros Y resultando em
y11 y⋅R2
• Y i S=
1 y22⋅R 2
1 E eFe
• y11= ⋅
R1 EoFo
• As terminações:
• Para funções com zeros de K(S)/H(S) em ω=0 R1=R2 (todos os Butterworth,
redes Chebyshev e Cauer de ordem impar)
• Para fazer o acoplamento usar um transformador ideal ou circuitos com
indutância mútua
• Como alternativa:
2 2
∣V i  j  r∣ ∣V o  j  r ∣
• =
4⋅R1 R2



∣V i  jr∣
∣V o  j r∣
R
R2 
=2⋅ 1 =∣H j r∣

Escolher entre parâmetros Z ou Y de forma que os termos de maior grau não se cancelem
• Pode-se trabalhar com F(S) ou F(-S) (as raízes estão distribuídas em torno do eixo jω)

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Exemplo:
• Projetar um filtro Butterworth de ordem 3 e Amáx=3dB. Usar R1=R2=1
• K 2 
 =

6

6
• K S⋅K −S =

3 3
• K S=S , K −S =−S
3 2
• HS=S 2⋅S 2⋅S1
3
• K o=S
3
• H o=S 2⋅S
2
• H e =2⋅S 1
2
2⋅S 1
• z11=z 22=
2⋅S 32⋅S
• Se iniciarmos a síntese em Z retiraremos um Capacitor em Série! Então sintetizamos
1
• Y=
z11

Rede Ladder para filtro passa baixas Butterworth, utilizando fórmulas


• Resistência da fonte e resistência de carga iguais e de valor unitário.
• Projeto dos componentes desnormalizados para “ε” mas não para ωp.
• Redes de indutância mínima:
• A rede inicia com um capacitor (C1) em paralelo.
• O segundo componente é um indutor (L2) em série.
• ...
• Se a rede for par ,termina com um indutor
• Se a rede for impar, termina com um capacitor
• Cálculo dos componentes, numerados seqüencialmente (independente do tipo)


1/n
Ck =2⋅ ⋅sen ⋅
2⋅k−1
2⋅n   , para k impar (de 1 até n)

• Lk =2⋅ 1/n⋅sen ⋅ 
2⋅k−1
2⋅n  , para k par (de 2 até n)

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• Exemplo: Implementar um filtro passa baixa, Butterworth, de terceira ordem, com
freqüência de corte (atenuação de 3dB) em 1kHz.

• C1,3=2⋅11 /3⋅sen ⋅ 
2⋅k−1
2⋅3
=1 


L2=2⋅11 /3⋅sen ⋅
2⋅2−1
2⋅3
=2 

• Desnormalização em freqüência: Substituir C por C/ωp e L por L/ωp

• Para aumentar o valor dos resistores desnormalizar em impedância:


• Substituir R por 100R, L por 100L e C por C/100

Rede Ladder para filtro passa baixas Chebyshev, utilizando fórmulas


• Redes de indutância mínima:
• A rede inicia com um capacitor (C1) em paralelo.
• O segundo componente é um indutor (L2) em série.
• ...
• Se a rede for par ,termina com um indutor
• Se a rede for impar, termina com um capacitor

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• Cálculo dos componentes, numerados seqüencialmente (independentes do tipo)

=10
0,1⋅Amáx
• −1

• h=

n 1

1
 1 2


 
x= h−
1
h
4⋅sen /2⋅n
• C1=
x

• C2k−1⋅L2k=
16⋅sen ⋅
4⋅k−3
2⋅n ⋅sen 
4⋅k−1
2⋅n   
x24⋅sen 2 ⋅
2⋅k−1
n  
• C2k1⋅L2k=
16⋅sen ⋅
4⋅k−1
2⋅n ⋅sen 
4⋅k1
2⋅n  
x24⋅sen 2 ⋅
2⋅k
n  
• Para redes impares, R2 = 1
Ln
• Para redes pares, R 2= , e C n=C1
C1
• Exemplo: Implementar um filtro passa baixa, Chebyshev, de terceira ordem, com freqüência
de corte (atenuação de 3dB) em 1kHz.
• ε=1; h=1,3415; x=0,5961; C1=3,3553

• C1⋅L2=
16⋅sen ⋅
4⋅1−3
2⋅3 
⋅sen    
4⋅1−1
2⋅3
= 2,3843
0,596124⋅sen 2 ⋅
2⋅1
3  
• C3⋅L 2=
16⋅sen ⋅
4⋅1−1

2⋅3
⋅sen    
4⋅11
2⋅3
= 2,3843
0,5961 24⋅sen2 ⋅
2⋅1
3  
• C1=3,3553; L2=0,7106; C3=3,3553

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• Desnormalização em freqüência: Substituir C por C/ωp e L por L/ωp

• Para aumentar o valor dos resistores desnormalizar em impedância:


• Substituir R por 100R, L por 100L e C por C/100

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Aula 08 – Filtros Ativos

Comparação entre filtros ativos e passivos

Vantagens dos filtros ativos


• Usa R e C (capacitores práticos tem comportamento mais próximo ao teórico do que
indutores)
• Não sofrem influência dos campos eletromagnéticos gerados pelas indutâncias presentes nos
filtros passivos
• São baratos
• Podem ter ganho e raramente tem perdas como nos filtros passivos
• São fáceis de sintonizar
• Filtros de baixa freqüência podem ser obtidos com componentes de valores modestos
• São leves e pequenos
• Tem baixa impedância de saída (isto permite que sejam ligados em série).

Desvantanges dos filtros ativos


• Necessitam de alimentação
• São limitados pelas características reais dos Amp. Ops. (resposta em freqüência, saturação,
limitação de fornecer corrente, slew-rate, ganho finito, impedância de entrada finita,
resistência de saída diferente de zero, ).
• São mais sensíveis a variações nos componentes, o que resulta em maiores variações de ω e
Q (esta é uma das razões pela qual se aumentam número de elementos ativos nos filtros).
• São mais ruidosos.
• Não tem isolação galvânica.
• Podem oscilar.

Formas de realização
• Filtros ativos RC em cascata (biquads)
• Redes com 1 Amp. Op.
• Redes com vários Amp. Op.
• Redes multirealimentadas
• Redes Ladder RLC com simulação de indutores
• Redes Ladder RLC com escalamento de impedância para uso com FDNR
• Redes Ladder LC simuladas

Estratégias de projeto para filtros ativos RC em cascata


• Dividir o filtro em seções de primeira e segunda ordem
• Interligar as seções em cascata
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• Esta característica que facilita o projeto também é responsável pela maior sensibilidade
destes filtros a variações nos componentes.
• Evitar capacitores eletrolíticos, e dar preferência a capacitores de polipropileno, mica e
cerâmica)
• Não existe uma forma ótima de distribuir as seções de filtros mas podem ser adotadas
algumas regras:
• distribuir o ganho entre todas as seções
• utilizar um possível passa baixas como primeiro estágio de filtragem para eliminar as
altas freqüências e diminuir problemas com slew-rate
• colocar uma eventual seção passa altas como estágio de saída para diminuir
problemas com off-set.
• Manter a banda de passagem o mais plana possível, sempre
• Manter pólos e zeros próximos

Filtro passa baixas ativo RC de 1 ª ordem


• Função de transferência T(S):
V o s K⋅ 0
=

Vi s s 0

• Circuito ativo:

• Equacionamento:
1 1
Vos  Rf Rf⋅C Vo s R⋅C
=− ⋅ =
Vi s  Ri 1 Vi s 1
s+ s
• Rf⋅C , ou R⋅C
• Cálculo dos componentes: comparar a equação padrão do filtro com a equação do circuito.
• Escolher um valor para C
1
• Rf =
 0⋅C

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Rf
• Ri=
∣K∣
• Observe que o amplificador operacional inverte o sinal introduzindo um giro de fase de
1800.

Filtros passa altas ativo RC de 1 ª ordem


• Função de transferência T(S):
Vo s K⋅s
=

Vi s s 0

• Circuito ativo:

• Equacionamento:
Vos  Rf s Vo s s
=− ⋅ =
Vi s  Ri 1 Vi s 1
s+ s
• Ri⋅C ou R⋅C
• Cálculo dos componentes: comparar a equação padrão do filtro com a equação do circuito.
• Escolher um valor para C
1
• Ri=
 0⋅C
• Rf =Ri⋅∣K∣

Filtros de 2a ordem
• Funções de transferência:

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Vos  K⋅ω 20
=
Vi s  ω
s 2 +s⋅ 0 +ω20
• Q (passa baixas)
2
Vos  K⋅s
=
Vi s  ω
s 2 +s⋅ 0 +ω20
• Q (passa altas)
ω
K⋅s⋅ 0
Vos  Q
=
Vi s  2 ω 0
s +s⋅ +ω20
• Q (passa faixa)
2
Vos  K⋅ s +ω0
=

2

Vi s  2 ω 0
s +s⋅ +ω20
• Q (rejeita faixa)

• Para filtros PB e PA

• , onde x=10⋅logQ
• Para filtros PF e RF

ω0
Q=
• , onde ω 0 = ω1⋅ω 2 e ω 2 −ω1

Configurações de um único amplificador operacional


• Duas configurações de filtros muito utilizadas são: Ganho Infinito Realimentação Múltipla
(GIRM ou MFB) e Fonte de Tensão Controlada por Tensão (FTCT ou Salen-Key).

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Biquad - FTCT (Sallen Key) Biquad - MFB
• Note que no desenho das topologias MFB e Sallen-Key estão representadas as impedâncias
de cada configuração. A medida que as impedâncias são trocadas por resistências ou
capacitores a função do filtro muda.
• Alterações no ganho das funções de transferência podem ser realizados com um divisor de
tensão na entrada do filtro (desde que mantenha a impedância de entrada inalterada) ou
utilizando um divisor de tensão na saída do operacional e usando este divisor para
realimentar o filtro. No primeiro caso se obtém uma redução do ganho, no segundo um
aumento. Estas técnicas não alteram os outros parâmetros da função de transferência.

Passa baixas Sallen-Key


• Circuito:

• Função de transferência:
m
Vos  R1⋅C4⋅C3⋅R2
=


Vi s 
s 2 +s⋅
[ 1

1

m−1

1
R1⋅C4 R2⋅C4 R2⋅C3 R1⋅R2⋅C3⋅C4 ]
• Função de transferência geral do filtro passa baixas de segunda ordem:

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Vos  K⋅ω 20
=
Vi s  ω
s 2 +s⋅ 0 +ω20
• Q
• Comparando as duas equações podemos verificar como cada componente afeta os valores de
K, Q e T0. Uma solução para ajustar os componentes é:
• C3 = C4 = C, e R1 = R2 = Rx
1
Rx=

ω 0⋅C

• Q ≥ 0,5
1
m= 3−
• Q

• m=∣K∣
• Uma das soluções de mínima sensibilidade para a maioria dos componentes é:
• m=K=1
• R1=R2=1
2Q
• C4=
0
1
• C3=
2 0 Q
• Para esta solução, entretanto, a diferença entre os capacitores é proporcional a Q2:
• Outra solução muito conhecida e com um bom comprometimento entre sensibilidade e
facilidade no ajuste dos componentes é a solução de Saraga:
• C3=1
• C4= 3Q
1
• R2=
3 0
1
• R1=
Q 0
4
• m=K=
3
• OBS.: Para qualquer uma das soluções podem ser realizados escalamentos de impedância.
Para isto basta multiplicar os resistores e dividir os capacitores simultaneamente por um
fator “b”.

Passa baixas MFB


• Circuito:

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• Função de transferência:
1
Vos  R1⋅R3⋅C2⋅C5
=−


Vi s 
s2 +s⋅
[1

1

1

1
R1⋅C2 R3⋅C2 R4⋅C2 R3⋅R4⋅C2⋅C5 ]
• Função de transferência geral do filtro passa baixas de segunda ordem:
Vos  K⋅ω 20
=
Vi s  ω
s 2 +s⋅ 0 +ω20
• Q
• Comparando as duas equações podemos verificar como cada componente afeta os valores de
K, Q e T0. Uma solução para ajustar os componentes é:
• Fazer
• C2 = C
• C5 = X @C2


R4=
1
2⋅Q⋅ 0⋅C [
⋅ 1± 1−
4⋅Q2⋅∣K∣1 
X ]
R4
R1 =
• ∣K∣
1
R3=

ω 20⋅R4⋅C2⋅C5

• Bom para KQ>100 e ganho de malha aberta dos amp. op. > 80dB

Passa altas Sallen-Key


• Circuito:

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• Função de transferência:
Vos  s 2⋅m
=


Vi s 
s 2 +s⋅
[ 1

1

m−1

1
R3⋅C2 R3⋅C1 R4⋅C1 R4⋅R3⋅C1⋅C2 ]
• Função de transferência geral do filtro passa altas de segunda ordem:
Vos  K⋅s 2
=
Vi s  ω
s 2 +s⋅ 0 +ω20
• Q
• Comparando as duas equações podemos verificar como cada componente afeta os valores de
K, Q e T0. Uma solução para ajustar os componentes é:
• Fazer C1 = C2 = C, e R3 = R4 = Rx
1
Rx=

ω 0⋅C

1
m= 3−
• Q , para Q ≥ 0,5

• m=∣K∣
• As soluções alternativas, propostas para o filtro passa baixas Sallen-Key, podem ser
utilizadas e o filtro pode ser desnormalizado diretamente nos componentes.
• Substituir Resistores por Capacitores de valor 1/R  0
• Substituir Capacitores por Resistores de valor 1/C 0

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Passa altas MFB
• Circuito:

• Função de transferência:
C1
s 2⋅
Vos  C4
=−


Vi s  2
s +s⋅
1
[

1

C1

1
C4⋅R5 C3⋅R5 C3⋅C4⋅R5 C3⋅C4⋅R2⋅R5 ]
• Função de transferência geral do filtro passa altas de segunda ordem:
2
Vos  K⋅s
=
Vi s  ω
s 2 +s⋅ 0 +ω20
• Q
• Comparando as duas equações podemos verificar como cada componente afeta os valores de
K, Q e T0. Uma solução para ajustar os componentes é:
• Fazer C1 = C3 = C
C1
C 4=
• ∣K∣
Q
R5= ⋅2⋅∣K∣1

ω 0⋅C

1
R 2=

 0⋅Q⋅C⋅2⋅∣K∣1 

• Bom para KQ>100 e ganho de malha aberta dos amp. op. > 80dB

Passa faixa
• Estes filtros são bons para uso com Q<10. A escolha dos componentes fica muito sensível e
o projeto torna-se crítico para Q elevados. A configuração MFB apresenta resultados
melhores para este tipo de filtro já que os filtros Sallen-Key tem sérias restrições de sintonia
e freqüência.

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Passa Faixa Sallen-Key
• Circuito:

• Função de transferência:
m
s⋅
Vos  R1⋅C5
=


Vi s  2
s +s⋅
1
[
1

1

m−1

R1+R4
]
R1⋅C5 R3⋅C2 R3⋅C5 R4⋅C5 R1⋅R3⋅R4⋅C2⋅C5

• Função de transferência geral do filtro passa faixa de segunda ordem:


ω
K⋅s⋅ 0
Vos  Q
=
Vi s  2 ω 0
s +s⋅ +ω20
• Q
• Comparando as duas equações podemos verificar como cada componente afeta os valores de
K, Q e T0. Uma solução para ajustar os componentes é:
• Fazer C2 = C5 = C
• R1 = R3 = R4 = Rx

Rx= 2

ω 0⋅C

m= 4−
2
• Q

Q≥
2
• 3


K=
m
R1⋅C5
=0⋅ 2⋅2− 
1
Q 

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Passa faixas MFB
• Circuito:

• Função de transferência:
1
s⋅
Vos  R1⋅C4
=−


Vi s 
s2 +s⋅
1
[
1

1
C4⋅R5 C3⋅R5 C3⋅C4⋅R1⋅R5 ]
• Função de transferência geral do filtro passa faixa de segunda ordem:
ω
K⋅s⋅ 0
Vos  Q
=
Vi s  2 ω 0
s +s⋅ +ω20
• Q
• Comparando as duas equações podemos verificar como cada componente afeta os valores de
K, Q e T0. Uma solução para ajustar os componentes é:
• Fazer C3 = C4 = C
Q
R1=

∣K∣⋅ 0⋅C

2⋅Q
R5=

ω 0⋅C

• K=−2⋅Q⋅ 0

Rejeita faixa (ou Notch)


• O filtro rejeita faixa também é chamado de “notch” pois muitas vezes é utilizado para
eliminar uma determinada freqüência ou uma faixa de freqüências muito estreita. Isto é
muito utilizado para reduzir a interferência de sinais de 60 Hz em instrumentos de precisão.

Rejeita faixa Sallen-Key (modificado – com rede duplo T)


• Circuito:

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• A escolha dos componentes pode ser feita da seguinte maneira:


• C1=C2=C, R1=R2=R
• C4=2C, R5=R/2
1
•  0=
R⋅C
1
• Q= , Q>=0,25
4−2⋅m
• K=m , m<2

Rejeita faixa MFB (modificado )


• Circuito:

• Observe que o circuito rejeita faixa MFB funciona como se fosse “1 - PF” MFB. O projeto
pode ser feito com as seguintes relações:

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• C3=C4 , Rb=R5 , ˙
Ra=2 R1
R5
• K=
R52⋅R1
1
•  0=
C⋅ R1⋅R5

• Q=

1 R5
2 R1

Filtro Friend Biquad


• Circuito:

• Função de transferência:
2
Vo s K⋅m⋅s c⋅sd
• =
Vi s s 2a⋅sb
• Para projetar, utilizando a solução de Fleischer, definimos as seguintes relações:
4⋅A0⋅  R , C 2⋅Q−
• = ⋅ e =
 0  A ⋅ 0
⋅Q
• onde: A0@" é o produto ganho faixa (GB) do amplificador operacional, FR,C é o desvio
padrão para os componentes passivos (tolerância), FA0," é o desvio padrão para o GB.
• A escolha dos componentes é realizada como segue:
• C1=C2=1
RA
• =
RB
2⋅
• Raux1=
−aa 8⋅⋅b
2

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2
m2⋅d⋅R aux1−c⋅R aux1
• K1=
1
1⋅m−K3
Raux3=
• d
R aux1⋅b⋅ −m
b  
, onde K3 é uma constante, qualquer, entre 0 e 1.

Raux3
• R2=
Raux1⋅Raux3⋅b
Raux1
• R4=
K1
R4⋅Raux1
• R5=
R4−R aux1
Raux3
• R6=
K3
R6⋅Raux3
• R7=
R6−R aux3
RA
• RC=
m
RC⋅RA
• RD=
RC−RA
• Considerações de projeto:
• K3 deve ser escolhido para que Raux3, não seja negativo. Quanto mais próximo de
zero ou de 1 menor a sensibilidade do circuito.
• Para implementar K maior que 1 é necessário utilizar a técnica de aumento de ganho
apresentada acima.
• Se d<b e m=1 o projeto resulta em Raux3=0. Para evitar esta situação dividir o
numerador por uma constante próximo de 1 (1,1, por exemplo). Isto resolve o
problema sem alterar os parâmetros Q e T0. O ganho deve ser corrigido pela técnica
vista anteriormente.
• Se K1>1, multiplicar o numerador por uma constante para fazer K1=1. Compensar
esta alteração modificando o valor de K. Corrigir o ganho final pelas técnicas
apresentadas anteriormente.
• Se m=0 e d=0, K1 é negativo. Multiplicar o numerador por -1 para evitar que K1 seja
negativo. Esta operação não altera o módulo da função de transferência.
• Estas regras de síntese não servem para implementar zeros muito afastados do eixo
jT, entretanto este não é o caso da maioria dos filtros seletores de sinais.
• Apesar da complexidade de projeto esta estrutura é vantajosa quando o fator de qualidade Q
é alto.

Exemplo 1
• Para o circuito da figura abaixo mostre como:
• 1) Reduzir a metade o ganho da configuração;

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• 2) Dobrar o ganho da configuração.
• *Utilize apenas componentes passivos. Não altere os parâmetros ω0 e Q.
• *Mostre as equações que você utilizaria para estas alterações.

• Para diminuir o ganho da configuração é possivel substituir o capacitor C1 por um divisor de


tensão (um C1' na mesma posição que C1 e um C1'' em paralelo com R2). A capacitância
equivalente deve ser igual a C1.
• Para aumentar o ganho é possível ligar a saída do amplificador operacional em um divisor
resistivo. Do centro deste divisor resistivo faz-se a conexão para C4 e R5. A saída do
operacional torna-se a saída do filtro. Se os resistores dividem a tensão por dois, então a
tensão na saída do operacional será duas vezes maior para manter a realimentação no mesmo
nível.

Exempo 2
• Com o circuito
passa baixas abaixo, implemente a função de transferência
7439,494
T  s= 2 2 2 2
s 5693,96 s7439,49  s 13745,95 s7439,49 
• Use componentes com valores práticos (não precisam apresentar valores comerciais)

C3=1,
C4=3⋅Q ,
1
R2= ,
30
1
R1= ,
Q 0
4
m=K=
3

• ,
• A forma geral da função de transferência de um passa baixas de segunda ordem é:
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20
T  s=

2 0 2
s  s 0
Q
• Então a função de transferência pode ser decomposta em:
7439,49 2 7439,492
• T  s= 2 2
⋅ 2 2
s 5693,96 s7439,49 s 13745,95 s7439,49
• Podemos implementar este filtro com dois circuitos passa baixas de segunda ordem ligados
em cascata.
• Na primeira seção
• K=1, ω0=7439,49 e Q=1,3065
• Então, aplicando as fórmulas para os cálculos dos compontentes temos
• C3=1
• C4=2,263
• R2=7,76⋅10-5
• R1=1,0288⋅10-4
• m=K=1,3333
• Para obter componentes com valores práticos podemos desnormalizar este Sallen Key
dividindo todos os capacitores por um fator α e multiplicando todos os resistores pelo
mesmo fator. Os resistores da realimentação (“R” e “R(m-1)”) não precisam ser escalonados
pois não influenciam em ω0 nem em Q. Devemos respeitar, apenas, a relação entre eles, que
determina o ganho da configuração.
• Fazendo α=108
• C3=10nF
• C4=22nF
• R2=7,7kΩ
• R1=10,2kΩ
• K=1,33333
• R=10kΩ
• R(m-1)=3,3kΩ
• Para obter um ganho unitário podemos usar um divisor resistivo no lugar de R1.

• R11//R12 = R1
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• R12/(R11+R12) = m-1
• Então
• R11= m⋅R1 = 13,6kΩ
• R12=(R1⋅R11) / (R11-R1)=40,8kΩ
• Na segunda parcela temos
• K=1, ω0=7439,49 e Q=0,541
• Então, aplicando as fórmulas para os cálculos dos compontentes temos
• C3=1
• C4=0,937
• R2=7,76⋅10-5
• R1=2,4846⋅10-4
• m=K=1,333333
• Fazendo α=108
• C3=10nF
• C4=9nF
• R2=7,7kΩ
• R1=24kΩ
• R=10kΩ
• R(m-1)=3,3kΩ
• Para obter ganho unitário, podemos usar um novo divisor resistivo.
• Então, R11= m@R1 = 32kΩ
• R12=(R1⋅R11) / (R11-R1)=96kΩ

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Topologias com mais de um amplificador operacional

Filtros “variáveis de estado”


• Vantagens
• Estes filtros são indicados para alto Q (10<Q<500)
• Os operacionais não precisam ter ganho muito elevado
• São bons para uso em altas freqüências
• A sintonia (freqüência de corte) pode ser controlada por tensão
• São fáceis de controlar o ganho, Q, e freqüência de corte.
• São mais estáveis do que os filtros FCTC e GIRM
• Desvantagem
• Utiliza, no mínimo, três operacionais.
• São mais sensíveis a ruído, e podem oscilar.
• São mais ruidosos.
• Tem consumo maior.
• Podem oscilar com mais facilidade.

Diagrama em blocos e equacionamento


• O desenho básico do filtro de variáveis de estado esta representado no diagrama em blocos
abaixo. O mesmo circuito, pode ser um passa altas, um passa baixa, ou um passa faixa,
dependendo apenas de onde é retirado o sinal de saída do filtro.

• Equacionamento da saída passa altas:


A⋅VPa B⋅VPa
VPa=Vi− − 2

s s
2
VPa s
= 2

Vi s +A⋅s+B

• Equacionamento da saída passa faixa:


Vi A⋅VPf B⋅VPf
VPf=− − − 2

s s s

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VPf s
= 2

Vi s +A⋅s+B

• Equacionamento da saída passa baixas:


2
• VPb⋅s =Vi−B⋅VPb−A⋅s⋅VPb
VPb 1
= 2

Vi s +A⋅s+B

• Circuito:

• Para o projeto utiliza-se as seguintes relações:


• R1 = R2
• C1 = C2


ω 0=
 K3
R1⋅R2⋅C1⋅C2


Q=
1 +K3 
1 +K4 K3⋅R1⋅C1

R2⋅C2
K4⋅ 1 +K3 
KPb=
• K3⋅ 1+K4 

K4⋅1+K3 
KPa=
• 1 +K4

• KPf=−K4
• Uma escolha comum para os ganhos é fazer K3=1.
• Se as três saídas originais do filtro forem somadas de forma apropriada, para produzir uma
saída Vo, pode-se obter, neste ponto, qualquer função de transferência de segundo grau.

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 S 2 +βS+θ
Gs = 2
• AS +BS+C
RF K PA 2 RF w R K
 S [1  0 K PF ]S+ F PB w20
E0 RA R A // R B Q RB
=
EI w
S 2 0 S+w 20
• Q
• O numerador vale ⋅s2⋅s
• De onde pode se calcular diretamente as parcelas ", $ e 2.
2RF K 4
=

R A 1 +K 4 

RF
21 K
R A // R B 4
β =

1 +K 4 RC

2R F K 4
θ= 2 2

R B 1 +K 4 R C

• Para a síntese de filtros elípticos ou rejeita faixas temos:


2
⋅S +θ
G s = , β=0

AS 2 +B S +C

2R F K 4
R A=

 1 +K 4 

2R F K 4
RB= 2 2

θ 1 +K 4 R C

• Implementação com multiplicadores

2⋅K4
KPa=KPb=
• 1 +K4
Ec
ω 0=
• 10⋅R⋅C

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1 +K4
Q=
• 2

Redes Multirealimentadas
• Utilizam como base as redes Ladder passivas.
• Substituem os componentes da rede original por circuitos ativos.
• Aproveitam as características de baixa sensibilidade das redes Ladder.

Rede com simulação de indutores – uso de gyrator (“girador” de fase)


• Conversor generalizado de impedância, GIC, ou gyrator
• Um capacitor, conectado ao gyrator produz uma impedância similar a de um indutor.

C4⋅R1⋅R3⋅R5
• Zins= ⋅s
R2
• Para um projeto otimizado, com relação ao Q do indutor,
• Usar R2=R3 e  c⋅R5⋅C4=1
• O gyrator apresentam a impedância de um indutor com um dos terminais ligados ao terra.
Para simular um indutor sem terminais ligados ao terra (“flutuante”) é necessário espelhar o
circuito acima.
• Esta característica faz com que este “componente” seja utilizado na substituição de indutores
de redes ladder LC passa altas, o que não impede seu uso em qualquer outra topologia.
• Existem outros circuitos com um e dois Amp. Ops. e alguns outros com transistores.
Normalmente o desempenho destes circuitos é pior. Uma destas alternativa é o gyrator de
Riordan, apresentado na figura abaixo.

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C1⋅R1⋅R2⋅R4
• Zins= ⋅s
R3

FDNR – Frequency Dependent Negative Resistance


• O mesmo circuito do gyrator de Antoniou pode ser utilizado para produzir uma resistência
negativa, chamada de FDNR. Este método é chamado de transformação de Bruton.

R3 1 1
• Zin= ⋅ 2=
C1⋅C5⋅R2⋅R4 s D⋅s 2
2 2
• *Se s= j  então s =− , o que confere ao circuito o comportamento de uma
resistência negativa.
• Para um projeto otimizado, com relação ao Q do FNDR,
• Usar R2=R3 e  c⋅R4⋅C5=1
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• Para o uso deste componente em redes Ladder basta fazer um escalamento de impedância de
1/s
• Indutores sL L
• Resistores RR/ s
• Capacitores 1/sC1 /s 2 D
• Este escalamento transforma os indutores em resistores, os resistores em capacitores e os
capacitores em FNDR.
• Está transformação é particularmente interessante para transformar redes Ladder passa
baixas.
• A transformação de R1 (da rede Ladder) pode levar a um capacitor em série com a
rede. Na teoria o zero na origem, criado por este apacitor, seria cancelado pelo
restante do circuito. Como os componentes não são ideais, pode haver um erro em
freqüências muito baixas.

Redes Ladder LC simuladas (redes Ladder Ativas)


• Utiliza-se uma técnica chamada leap-frog
• Fundamentalmente utiliza-se integradores, somadores e circuitos de segunda ordem
• Escrever equações de malhas e nós utilizando sempre variáveis de estado
1
• Vc=
C⋅S
1
• Il=
L⋅S
• Exemplo:

• V1=
1 R
[
⋅ ⋅Vin – V1– R⋅I L1
S⋅R⋅C1 R1 ]
• repare que as correntes estão multiplicadas por R e toda a expressão está dividida por
R.
R
• R⋅I L1=V2 '= ⋅V1 – Vo
S⋅L

• Vo=
1
S⋅R⋅C2 [ R
⋅ R⋅I L1 – ⋅Vo
R2 ]

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Vin V2 V1
• V1= – –
S⋅Rin⋅C1 S⋅R2⋅C1 S⋅R1⋅C1

• V1=
1 R
[
⋅ ⋅Vin – V1– R⋅I L1 =
S⋅R⋅C1 R1
Vin

V2'
]−
V1
S⋅R1⋅C1 S⋅R⋅C1 S⋅R1⋅C1

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Aula 09 - Amplificadores transistorizados
• Circuitos com transistores TBJ e FET apresentam capacitâncias internas e externas ao
transistor.
• Estas capacitâncias produzirão uma resposta do tipo passa faixa ou passa baixas para os
amplificadores transistorizados.
100

-3dB

10

1.0

1 00m

10m
1.0Hz 10Hz 100Hz 1.0KHz 10KHz 100KHz 1.0MHz 10MHz 100MHz
V(vo)/ V(vi)
Frequency

Faixa de Passagem

• Como as singularidades de altas freqüências estão muito afastadas das singularidades de


baixas freqüências elas não influenciam uma na outra.
• As capacitâncias de acoplamento e desacoplamento não funcionam como um curto circuito
em baixas freqüências e são resposáveis pela redução do ganho nesta faixa de freqüências.
• Na faixa plana da resposta em freqüência dos amplificadores transistorizados todas as
capacitâncias tem efeitos desprezíveis e podem ser desconsideradas (médias freqüências)
• Nas altas freqüências, as capacitâncias parasitas dos transistores curto circuitam os terminais
dos transistores reduzindo o seu ganho nesta faixa de freqüências.
• Desta forma é possível analisar a resposta em freqüência de amplificadores em três faixas
independentes de freqüências: Baixas, Médias e Altas.
• Podem existir muitas singularidades em baixas e altas freqüências o que torna a análise da
resposta em freqüência muito complexa. Para facilitar os cálculos utiliza-se a técnica de
pólos dominantes:
• Em baixas freqüências quem determina a freqüência de corte inferior é o maior pólo,
principalmente se ele estiver muito afastado dos demais. Caso contrário vale:
 L= p1 p2...−2⋅ z1 – 2⋅ z2 −...
2 2 2 2

• Em altas freqüências quem determina a freqüência de corte superior é o menor pólo,


principalmente se ele estiver muito afastado dos demais. Caso contrário vale:
•  H =1/ 1/ 2p11/ 2p2...−2/2z1 –2/2z2−...

Capacitâncias Internas do TBJ


• Uma junção PN exibe efeitos de armazenamento de cargas que podem ser modeladas como
capacitâncias.
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• Capacitância de difusão (Cde)
• Quando o transistor está operando na região ativa ou saturação, cargas devidas aos
portadores minoritários são armazenados na base. Como Capacitância é uma relação
entre Carga e Tensão, surge ai, a chamada capacitância de difusão.
I
• Cde= F⋅ C
VT
• Capacitância da junção base-emissor (Cje)
• Capacitância da camada de depleção da junção base emissor.
• C je≈2⋅C je0 , onde Cje0 é a Cje para tensão zero.
• Capacitância da junção coletor-base (Cµ)
• No modo ativo a junção coletor-base trabalha reversamente polarizada o que lhe
confere uma capacitância de depleção.
C0
C=

 
m
• V , onde “Voc” é a tensão interna da junção (tipicamente 0,75) e
1 CB
V OC
“m” é o coeficiente de graduação da junção (tipicamente entre 0,2 e 0,5)

Modelo de altas freqüências para o TBJ (modelo π−híbrido)

• rx: resistência de espalhamento da base


• rπ: resistência de entrada
• rµ: resistência de realimentação
• ro: resistência de saída
• gm: transcondutância direta
q⋅∣I C−I CBO∣ 11600⋅∣I C∣
• gm= ≈
K⋅T T
• gm≈39⋅∣I C∣ então, a 250C
• Como, normalmente, os fabricantes fornecem valores para os parâmetros h, podemos
converter estes parâmetros utilizando-se as seguintes relações.
hfe
• r≈
gm

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• rx≈hie−r 
r
• r≈
hre
1
• ro≈
hoe−gm⋅hre
• Para transformar o quadripólo π no quadripólo h basta aplicar as regras de obtenção dos
parâmetros h.
• hie=rxr  / /r ≈rxr 
r r
• hre= ≈
r r r 
gm⋅r −1
• hfe= ≈gm⋅r 
r r
gm⋅r ⋅ror 
• hoe≈
r ⋅ro
• OBS.: Se, ao invés de rB estivermos utilizando hie, a fonte de corrente gm⋅v  se
transforma na fonte de corrente hfe⋅ib .
• Normalmente, no modelo h, os valores de hoe e hre são muito pequenos e costumam ser
desprezados. No modelo π, isto significa que rµ e ro são muito grandes e podem ser
desconsiderados
• Para encontrar o valor das capacitâncias Cπ e Cµ podemos adotar o seguinte procedimento:
• Os manuais dos fabricantes de transistor fornecem o valor da capacitância entre base
e coletor, designada por Cob. Cob é medida para um determinado valor de VCB, com
IE=0. Este valor pode ser utilizado como uma boa aproximação para Cµ.
• A freqüência de transição (fT) é aquela onde o ganho do transistor em emissor
comum, com coletor e emissor curto circuitado, torna-se unitário. Esta freqüência
pode ser utilizada para estimar Cπ.
• Para calcular fT: equacionar hfe do modelo π-híbrido, com rµ=0, considerando
gm≫⋅C 
• I C=gm−s⋅C ⋅V 
• V =I b⋅r / /C / /C
Ic gm – s⋅C 
• hfe= =
I b 1/ rs⋅CC
gm⋅r 
• hfe≈
1s⋅CC⋅r 
1
• T =gm⋅r ⋅
CC⋅r
gm
• f T=
2⋅⋅C C 
• Este modelo é válido sempre que for respeitada a seguinte relação

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2⋅⋅f⋅C f
• ≈ ≪1
3⋅gm 3⋅f T
• assim, podemos dizer que o modelo é válido se trabalharmos com freqüências
• f ≤0,3⋅f T
• com este equacionamento obtemos Cµ + Cπ

Capacitâncias internas do MOSFET

• Efeito capacitivo da porta com o canal (Cgc) e da sobreposição da porta sobre fonte de dreno
(Cov)
• Capacitâncias de depleção (Cjdb e Cjsb)

Modelo de altas freqüências para o MOSFET (modelo π−híbrido)

• Csb: capacitância fonte-substrato (corpo – Body)


• Cdb: capacitância dreno-substrato (corpo – Body)
• Quando a fonte e o corpo estão conectados, situação comum, Cdb se transforma em
Cds: capacitância dreno-fonte.
• Cgd: capacitância porta-dreno
• Cds: capacitância dreno-fonte
• rgd: resistência porta-dreno

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• rgs: resistência porta-fonte
• ro: resistência de dreno
• gm: transcondutância direta
• As resistências “rgs” e “rgd” representam a resistência de uma junção inversamente
polarizada, e por isso assumem valores muito elevados. No modelo são freqüentemente
desprezadas.
• Para cálculos manuais, normalmente considera-se que o substrato e a fonte estejam
conectados e que a capacitância “Cdb” seja de valor desprezível.
vds
• ro≈ , com “vgs” fixo
id
• Se desconsiderarmos “ro” temos
• id≈gm⋅vgs
id
• gm≈
vgs

• gm≈
−2⋅I DSS
VP  
V
⋅ 1− GS
VP
, ou do gráfico de polarização

 ID
• gm≈
 V GS
• Nos manuais dos FETs, entretanto, é comum o uso de parâmetros y
• yis = j⋅⋅CgdCgs
• yrs =− j⋅⋅Cgd
• y fs =gm− j⋅⋅Cgd
1
• yo s=  j⋅⋅Cgd
ro
• Como os parâmetros Y são admitâncias, elas podem ser separadas em condutâncias
(g) e suscetâncias (b). Assim:
• yis =g is j⋅bis
• yrs =g rs j⋅brs
• y fs =g fs j⋅b f
• yo s=go s j⋅bos
• assim:
• gis =0, bis =⋅CgdCgs
• grs =0, brs =−⋅Cgd
• g fs =gm , b fs=−⋅Cgd
1
• go s= , bo s=⋅Cgd
ro
• Exercício: Calcular a freqüência fT onde o ganho de corrente para a configuração fonte
comum é unitário, com dreno e fonte curto circuitados. Considere que
⋅Cgd⋅V gs ≪gm⋅V gs .
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Constantes de tempo de curto circuito e de circuito aberto
• A análise da função de transferência completa de um circuito transistorizado pode ser muito
complexa.
• Um TBJ em emissor comum pode apresentar:
• 2 capacitores de acoplamento para a fonte e a carga
• 1 capacitor de desacoplamento para o emissor
• 2 capacitores internos.
• Aproximadamente 5 pólos!
• Calcular a resposta em freqüência para amplificadores de múltiplos estágios pode ser
inviável.
• Uma boa alternativa para análise e projeto da resposta em freqüência de amplificadores
transistorizados utiliza a função de transferência aproximada de primeira ordem.
• Esta alternativa produz ótimos resultados quando os pólos são reais (normalmente
amplificadores com pouca ou nenhuma realimentação).
• Para pólos complexos utiliza-se uma aproximação de segunda ordem para a função de
transferência (Jacob Millman e Arvin Grabel, “Microelectrónica”, volume II, Mc Graw Hill,
Portugal, 1991).
• A análise fica muito mais complexa e nem sempre tem uma relação custo benefício boa. As
vezes é melhor projetar e analisar com o uso de um simulador.
• O uso de uma aproximação de primeira ordem para a função de transferência leva a duas
análises conhecidas por: constantes de tempo de curto circuito e circuito aberto,
apresentadas a seguir.
• A grande vantagem da técnica é fornecer ao projetista informações sobre quais são as
capacitâncias e resistências que mais influenciam na resposta em freqüência do circuito.

Resposta em baixas freqüências


n n −1
S d1⋅S ... S
• FL S= n n−1

S e1⋅S ... Se1
• Onde os coeficientes “d” e “e” estão relacionados às freqüências dos zeros e dos pólos
respectivamente.
• Pode-se mostrar que
• e1= p1  p2... pn ou
1
• e1=∑ , onde “Ris” é a resistência vista dos terminais do capacitor Ci,
i Ci⋅Ris

quando este capacitor é retirado do circuito e todos os outros capacitores de baixas


freqüências são curto circuitados.
1
•  L≈∑
i Ci⋅Ris
• Para o projeto dos capacitores:
• Escolher valores para os capacitores tais que
•  L= 2p12p2... , ou
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• Escolher a menor resistência “Ris” para formar um pólo dominante em  L
L
• Escolher os outros capacitores para produzir pólos em
10

Resposta para altas freqüências


2 n
1a1⋅Sa 2⋅S ...an⋅S 1
• FH S= ≈
2
1b1⋅Sb 2⋅S ...bn⋅S n
1b1⋅S
• Onde os coeficientes “a” e “b” estão relacionados às freqüências dos zeros e dos pólos
respectivamente.
• Pode-se mostrar que
1 1 1
• b1=  ... ou
 p1  p2  pn
n
• b1=∑ C i⋅R io  , onde “Rio” é a resistência vista dos terminais do capacitor Ci,
i=1
quando este e todos os outros capacitores de alta freqüência são retirados do circuito.
1
H ≈

∑ Ci⋅Rio
i

• Teorema de Miller
• A capacitância de realimentação Cµ (TBJ) ou Cgd (MOSFET) tem um valor pequeno
e portanto, a corrente que passa por ela é pequena. Assim, algumas vezes, é possível
simplificar os cálculos das constantes de tempo utilizando o teorema de Miller.
V2
• Seja uma admitância unindo dois nós 1 e 2 e a relação de ganho de tensão K= ,
V1
então um circuito equivalente possui duas admitâncias conectadas dos nós 1 e 2 para
o terra.
• Y 1=Y 1 – K
• Y 2=Y 1 –1/ K
• Aplicando ao TBJ, por exemplo, Cµ se transformaria em
• C1=C1 – K
• C2=C1 – 1/ K

Exemplo 1
• Transforme o circuito da figura abaixo em um amplificador emissor comum com ganho de
médias freqüências aproximadamente constante entre 200Hz e 20Khz. Considere que deve
ser aplicada uma carga de 2KS na saída deste estágio. Considere que a impedância da fonte
de entrada é 100S.

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• Qualquer componente que se inclua neste circuito irá alterar o ganho de médias freqüências.
Se as resistências de fonte e carga forem inserida no circuito elas alteram a polarização do
transistor. Para evitar esta alteração na polarização podemos interligar carga e fonte
utilizando acoplamento capacitivo. Desta forma estaremos interferindo minimamente no
circuito.
• A polarização fica definida pelo circuito acima.
V1⋅R4
−0,6
R3R4

R1
ib= =19 A
hfe
• E o modelo de baixas freqüências é:


−3
26⋅10 
• hie=
ib
• hie=1368 
• hie=rxr 
• rx=149
• r=1219 
• ReqCS =RSR4 / / R3 / /[RRxR1⋅hfe1]=3717 
• ReqCL=RLR2=4000 

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1 1
•  L=  =1256 
ReqCS⋅CS ReqCL⋅CL 
• Para que cada capacitor crie um pólo na freqüência de corte temos
1
• CS= , CS=214nF
ReqCS⋅ L 
1
• CL= , CL=200nF
ReqCL⋅ L 
• Como os dois influenciam igualmente no pólo, podemos usar, por exemplo, dois capacitores
de 0.4:F
• É de se imaginar que a freqüência de corte deste estágio deve estar em alguns Mhz. Para
cortar em 20KHz, podemos colocar um capacitor curto circuitando o transistor, em paralelo
com Cµ ou Cπ. Para facilitar o cálculo, e observando o modelo de pequenos sinais, podemos
inserir um capacitor que curto circuite o coletor do transistor. Isto pode ser feito com um
capacitor em paralelo com R2.
1
• H = =0,1256 Mrad /s
ReqCx⋅Cx
1
• Cx= =7,9 nF
ReqCx⋅H 
• Se desejarmos conferir este resultado, podemos calcular o modelo de altas freqüências.

• onde
hfe
• gm= =82mS
r
• Redesenhando o circuito para calcular a resistência nos terminais de Cπ (Cµ aberto)

• ReqC =r //RY , onde RY representa toda a resistência equivalente que está em paralelo
com r

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• Transformando a fonte de corrente em paralelo com R1 em uma fonte de tensão em série
com R1 chegamos a
V  Rs 'R1
• RY= =
ix 1R1⋅gm
• onde Rs'=rxRS / / R3 / / R4
• Redesenhando o circuito para calcular a resistência nos terminais de Cµ (Cπ aberto)

• ,
• onde
• Rs'=rxRS / / R3 / / R4
• Rc=R2 / / RL
• R e=R1
• Resolvendo por malhas, termos
vi gm⋅r ⋅Rs⋅ReRcRs⋅r Re
• =ReqC=Rc
ii r RsRegm⋅r ⋅Re
• então
1
• H =
Reqc⋅CReqc ⋅C

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Exemplo 2
• Para o circuito abaixo, projete os capacitores para freqüências de corte (Ganho = -3dB) em
20Hz e 20KHz. Adicione os componentes que achar necessário.

Exemplo 3
• Encontre as equações para a estimativa da freqüência de corte superior e inferior do
amplificador abaixo (cascata de emissor comum). Utilize a técnica das constantes de tempo.
Utilize “//” para indicar o paralelo de resistências e facilitar a solução do problema.
• Desconsidere hre, hoe, rµ, e rx.
• Refazer o problema utilizando o teorema de Miller (o capacitor da entrada é (1+gmRL’)Cμ,
o capacitor da saída é (gmRL/ 1+gmRL )Cμ)

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Freqüência de Corte Superior:

fazendo
• Rin1 = Rs // R1 // R2 // rπ1
• RL1 = RC1 // R3 // R4 // rπ2
• Rin2 = RL1
• RL2 = RC2 // RL

• Cálculo das resistências equivalentes para os capacitores C


• ReqC  1=Rin1
• ReqC  2=Rin2
• Cálculo das resistências equivalentes para os capacitores C
• Redesenhando o circuito

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• v=Rin⋅i in
• vin =i in RinRL'gm⋅Rin⋅RL' 
• ReqC =Rin⋅1gm⋅RL' RL '
• ReqC  1=Rin1⋅1gm⋅RL1RL1
• ReqC  2=Rin2⋅1gm⋅RL2RL2
1
• f h=
2⋅pi⋅ReqC 1⋅C 1ReqC 1⋅C 12⋅pi⋅ReqC 2⋅C2ReqC  2⋅C 2
• Observação: Note que quando ligamos dois amplificadores em cascata o ganho aumenta
com o produto dos ganhos e a freqüência diminui com o inverso da soma dos inversos das
freqüências. Isto significa que a relação Ganho-Faixa aumenta. Esta é uma das razões pela
qual vale a pena dividir o ganho ao longo da cadeia de amplificação.

Exemplo 4
• Encontre as equações para a estimativa da freqüência de corte superior e inferior do
amplificador CASCODE mostrado abaixo. Utilize a técnica das constantes de tempo. Utilize
“//” para indicar o paralelo de resistências e facilitar a solução do problema.
• Desconsidere hre, hoe, rµ, e rx.
• Refazer o problema utilizando o teorema de Miller (o capacitor da entrada é (1+gmRL’)Cμ,
o capacitor da saída é (gmRL/ 1+gmRL )Cμ)

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• Análise de Altas Freqüências

• Onde RSeq = RS // R2 // R3, e RL' = RL // RC

• Cálculo das resistências equivalentes para os capacitores C


• ReqC  1=r 1 / /RSeq
• ReqC  2 é um pouco mais complicado. É necessário redesenhar o circuito.

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• Resolvendo pelo primeiro circuito redesenhado com fonte de corrente em paralelo com Rpi:
• iin=gm⋅r 2⋅i1i1 , onde i1 é a corrente em r 2
vin
• i1=
r
vin vin
• iin=gm⋅r 2⋅ 
r 2 r 2
vin
• iin= ⋅1gm⋅r 2
r 2
vin r 2
• =
iin 1gm⋅r 2
• Resolvendo pelo segundo circuito redesenhado com fonte de tensão em série com Rpi:
• vin=r 2⋅iin – gm⋅vin⋅r  2
• vin⋅1gm⋅r 2=r 2⋅iin
vin r 2
• =
iin 1gm⋅r 2
r 2 r 2
• ReqC  2= =
1gm⋅r 2 1hfe
• Cálculo das resistências equivalentes para os capacitores C
• Idêntica a calculada para o circuito com dois transistores em emissor comum.
• ReqC =Rin⋅1gm⋅RoutRout
• Para o primeiro transistor Rout=ReqC  2 , e Rin=RSeq / /r 1
• Para o segundo transistor Rout=RL' , e Rin=ReqC  2
1
• f h=
2⋅pi⋅ReqC 1⋅C 1ReqC 1⋅C 12⋅pi⋅ReqC 2⋅C2ReqC  2⋅C 2
• Observação: Note que o amplificador CASCODE é formado por um transistor em emissor
comum em cascata com outro transistor em base comum. O circuito base comum apresenta
uma baixa impedância de entrada. Esta impedância diminui o ganho do primeiro estágio. O
ganho de tensão do segundo estágio compensa esta diminuição. O ganho total da
configuração é semelhante a de um amplificador em emissor comum com a mesma carga. A
vantagem desta configuração é o aumento da faixa de passagem para um mesmo ganho. A
diminuição de ganho do emissor comum diminui o efeito Miller sobre C do primeiro
estágio.

Teoria de Redes – Apostila: Prof. Alexandre Visintainer Pino 98 de 98

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