Você está na página 1de 26

CLIQUEAQUIPARA

VIRARAPÁGINA

CADERNO DE ATIVIDADES

Letras
Disciplina: Estrutu
ra e O rg a n iz a ç ã o d a Ed u c
ç
a
ã
ç
o
ã
B
o
r a
B
s
r a
il
s
e
il
ir a
e ir a

v a li a ç ã o d a Edu c a
s d e A
Tema 06: Sistema
Caderno de Atividades
Letras

Disciplina
Estrutura e Organização da Educação Brasileira

Coordenação do Curso
Odete Aléssio Pereira
Cleudimara Sanches

Autor
Lindolfo Anderson Martelli

FICHA TÉCNICA Revisão Textual


Alexia Galvão Alves
Equipe de Gestão Editorial Giovana Valente Ferreira
Regina Cláudia Fiorin Ingrid Favoretto
João Henrique Canella Fiório Julio Camillo
Priscilla Ramos Capello Luana Mercúrio
Análise de Processos Diagramação
Juliana Cristina e Silva Célula de Inovação e Produção de Conteúdos
Flávia Lopes
Chanceler Pró-Reitor de Graduação
Ana Maria Costa de Sousa Eduardo de Oliveira Elias

Reitora Pró-Reitor de Extensão


Leocádia Aglaé Petry Leme Ivo Arcangêlo Vedrúsculo Busato

Pró-Reitor Administrativo Pró-Reitora de Pesquisa e PósGraduação


Antonio Fonseca de Carvalho Luciana Paes de Andrade

Realização:

Diretoria de Planejamento de EAD


José Manuel Moran
Barbara Campos

Diretoria de Desenvolvimento de EAD


Thais Costa de Sousa

Gerência de Design Educacional


Rodolfo Pinelli
Gabriel Araújo

Como citar esse documento:


MARTELLI, Lindolfo Anderson, Estrutura e
Organização da Educação Brasileira. Valinhos:
Anhanguera Educacional, 2014. p. 1-26.
Disponível em: <http://www.anhanguera.com>.
Acesso em: 02 jan. 2014.

© 2013 Anhanguera Educacional


Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua
portuguesa ou qualquer outro idioma.
Tema 06
Sistemas de Avaliação da Educação Brasileira

seções
S e ç õ e s
Tema 06
Sistemas de Avaliação da Educação Brasileira
Introdução ao Estudo da Disciplina

Caro(a) aluno(a).

Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Educação Escolar: Políticas,
Estrutura e Organização, dos autores José Carlos Libâneo, João Ferreira de Oliveira e
Mirza Seabra Toschi, editora Cortez, 2012, PLT 748.

Roteiro de Estudo:
Estrutura e Organização
Lindolfo Anderson Martelli
da Educação Brasileira

CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará:

• Os objetivos e as finalidades do sistema de avaliação existente no Brasil.

• As atuais políticas de avaliação da educação básica e do ensino superior.

• A aplicação de teste como forma de aferir o desempenho do aluno nos diferentes


graus de ensino.

7
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Habilidades
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Quais as formas e os programas de avaliação existentes no sistema educacional


brasileiro?

• Quais são as finalidades dos testes aplicados com os alunos nos diferentes graus de
ensino?

• O resultado dos testes aplicados pelo Sistema Nacional de Avaliação tem se revertido
para a melhoria da qualidade da educação brasileira?

LEITURAOBRIGATÓRIA
Avaliação da Educação Básica e do Ensino Superior
As pesquisas sobre avaliação no Brasil tiveram início na década de 1930 e até a
década de 1970 estavam pautadas em testes padronizados que buscavam medir as
habilidades e aptidões dos alunos, com vistas a medir a eficiência e a produtividade do
sistema de ensino. É a partir da década de 1980 que a preocupação com a avaliação passa
a privilegiar também o aspecto qualitativo e as relações de poder que envolvem o currículo,
os aspectos sociais e políticos culturais que refletem no rendimento escolar (LIBÂNEO;
OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 264-265).

No texto constitucional de 1988 foram previstas disposições que remetem ao problema da


avaliação escolar. O art. 206 procura assegurar a “garantia de padrão de qualidade” para
a educação, ou seja, a qualidade passa a compor um dos princípios basilares do ensino,
suscitando questionamentos que dizem respeito à avaliação educacional. Ainda em seu
art. 209, a responsabilidade pela autorização, avaliação e comprovação da qualidade do
ensino privado é incumbência do Poder Público. Nesse sentido, a livre-iniciativa privada fica
condicionada a ofertar cursos que precisam observar determinados padrões de qualidade
exigidos pelo Ministério da Educação e Cultura. O art. 214, tratando do plano nacional

8
LEITURAOBRIGATÓRIA
de educação, indica ainda como um dos resultados pretendidos a “melhoria da qualidade
do ensino” (BRASIL, 1988). Como se pode observar, a preocupação com a “qualidade
da educação” é um dos princípios regulamentadores da constituição da Nova República
brasileira.

A avaliação educacional é, pois, uma questão que emerge do texto constitucional de 1988,
uma vez que se impõe como responsabilidade do Poder Público. Para Freitas (2004, p.
667), a partir da Constituição de 1988 são muitas as questões que colocam a avaliação em
evidência, tais como: a quem cabe torná-la efetiva, em que campo, quando, onde, quanto e
como. E ainda suscita questões que supõem definições com vistas à sua aplicação, como
a de saber em que consiste tal melhoria e tal qualidade, qualidade por que ótica, para
quem e para que, o que, quanto, como, onde e quando melhorar e de que maneira aferir tal
melhoria.

Segundo Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 263-265), a sociedade brasileira tem


acompanhado, nos últimos anos, discursos que defendem a aplicação de testes educacionais
unificados nacionalmente, com o objetivo de aferir o desempenho dos alunos nos diferentes
graus de ensino, para controlar a qualidade do ensino ministrado nas escolas brasileiras.
Para os autores, a avaliação educacional pode servir tanto para controle e regulação do
Estado sobre os resultados do desempenho de alunos nos diferentes graus de ensino,
quanto como mecanismo de reforço à lógica do mercado pautada no desempenho e nos
valores como o individualismo, a meritocracia e a competência. Essa concepção de
avaliação impede que se busque diagnosticar o desenvolvimento escolar a partir de uma
avaliação democrática e emancipatória.

Os instrumentos de avaliação educacional em curso na política brasileira


visam, especificamente, à realização de avaliação de diagnóstico – em larga
escala, por meio de testes padronizados e questionários socioeconômicos – da
qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro. (LIBÂNEO;
OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 265).

Reafirmando o dispositivo constitucional, a Lei de Diretrizes e Bases da educação, lei n.


9.394/1996, estabelece que cabe à União “assegurar processo nacional de avaliação do
rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com sistemas
de ensino, objetivando a definição de prioridades e melhorias da qualidade do ensino”
(BRASIL, 1997).

De acordo com Peroni (2003), a preocupação com a avaliação no Brasil vem da década de
1980, quando o MEC iniciou estudos sobre avaliação educacional, estimulado principalmente
9
LEITURAOBRIGATÓRIA
pelas agências internacionais. Pestana (apud PERONI, 2003, p. 110) afirma que
“o Banco Mundial não faz nenhum empréstimo se não houver um componente de
avaliação” (grifos nossos).

A autora ainda aponta que foi com o contexto do processo constituinte e com a Constituição
de 1988 que se firmou o princípio de que quanto mais democrática fosse a sociedade, mais
necessárias seriam as avaliações.

Com a aprovação da nova LDB (Lei n. 9.394/1996), a avaliação passou a ser obrigatória;
desde então, municípios e estados têm de participar do sistema nacional de avaliação.

De acordo com Werle (2011, p. 774) um pouco antes da década de 1990 o MEC adotou
um projeto piloto de avaliação nos estados do Paraná e do Rio Grande do Norte, o Sistema
Nacional de Avaliação do Ensino Público (Saep) de 1º grau. Em 1990, iniciou o 1º ciclo Saep,
desenvolvido de forma descentralizada pelos estados e municípios. Ainda nesse período
a avaliação externa em larga escala foi assumida pelo Instituto Nacional de Pesquisas
e Estudos Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do MEC, em 1992. Nessa época,
também se iniciam as primeiras iniciativas de avaliação da educação por iniciativas das
secretarias de educação estaduais.

Atualmente, todas as etapas e os níveis de ensino sofrem avaliação padronizada, organizada


e centralizada pelo Inep. Os instrumentos de avaliação nacional implementados pelo governo
federal para a educação básica desde 1994 são: Sistema de Avaliação da Educação Básica
– Saeb (1994), Exame Nacional do Ensino Médio – Enem (1998), Exame Nacional para
Certificação de Competências de Jovens e Adultos – Encceja (2002), Prova Brasil (2005),
Provinha Brasil (2007), Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb (2007).

Na educação básica, a avaliação nacional acontece de dois em dois anos. O Saeb avalia
uma amostra de alunos matriculados nos 5o e 9o anos do ensino fundamental e no 3o ano
do ensino médio de escolas públicas e particulares, rurais e urbanas. Em razão de o cálculo
ser feito com base em dados amostrais, não há indicadores por escola ou município, apenas
por regiões e unidades da federação. A análise dos resultados obtidos pelo Saeb permite
acompanhar o desempenho dos alunos e os diversos fatores incidentes na qualidade e na
efetividade do ensino. A partir desses dados são mobilizadas ações para a correção das
distorções identificadas e o aperfeiçoamento das práticas e dos resultados apresentados
pelas escolas e pelo sistema de ensino brasileiro. Essas informações são utilizadas por
gestores e administradores da educação, pesquisadores e professores.

10
LEITURAOBRIGATÓRIA
É importante ressaltar que, a partir da edição de 2001, o Saeb passou a avaliar apenas as áreas
de língua portuguesa e matemática. Em 2013 a prova de ciências passou a ser incorporada,
em caráter experimental, ao sistema de avaliação. A prova de ciências é destinada aos
alunos do 9º ano do ensino fundamental da  Avaliação Nacional do Rendimento Escolar
(Anresc), conhecida como Prova Brasil, e do 3º do ensino médio da Avaliação Nacional da
Educação Básica (Aneb). 

Em 2005, o Saeb foi reestruturado pela Portaria Ministerial n. 931, passando a ser composto
por duas avaliações: Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) e Avaliação Nacional
do Rendimento Escolar (Anresc), conhecida como Prova Brasil. Em junho de 2013 o Saeb
também incorporou a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA).

O Saeb é uma avaliação por amostra, ou seja, nem todas as turmas e estudantes das séries
avaliadas participam da prova. A amostra de turmas e escolas sorteadas para participarem
do Saeb é representativa das redes estadual, municipal e particular no âmbito do País, das
regiões e dos estados. Dessa forma, não há resultado do Saeb por escola e por município.

A Aneb manteve os procedimentos da avaliação amostral (atendendo aos critérios estatísticos


de no mínimo dez estudantes por turma), das redes públicas e privadas, com foco na gestão
da educação básica que até então vinha sendo realizada no Saeb. A Prova Brasil (Anresc),
por sua vez, passou a avaliar de forma censitária as escolas que atendessem a critérios de
quantidade mínima de estudantes na série avaliada, permitindo gerar resultados por escola.

Entre os indicadores produzidos pelo Saeb, alguns apontaram problemas graves na eficiência
do ensino oferecido pelas redes de escolas brasileiras, como os baixos desempenhos em
leitura demonstrados pelos alunos. Entre as ações do MEC para reverter esse quadro,
houve a implantação do “Plano de Metas – Compromisso Todos pela Educação”. Uma das
diretrizes do Plano expressa a necessidade de alfabetizar as crianças até, no máximo, os
oito anos de idade, aferindo os resultados de desempenho por exame periódico específico.
Nessa perspectiva, o Plano de Desenvolvimento da Educação estabeleceu a realização da
Provinha Brasil. Em abril de 2008, foi aplicada a 1a edição dessa avaliação. Essa avaliação
acontece em duas etapas, uma no início e a outra no término do ano letivo. A aplicação em
períodos distintos possibilita aos professores e gestores educacionais a realização de um
diagnóstico mais preciso que permite conhecer o que foi agregado na aprendizagem das
crianças, em termos de habilidades de leitura dentro do período avaliado.

A partir das informações obtidas pela avaliação, os gestores e professores têm condições
de intervir de forma mais eficaz no processo de alfabetização aumentando as chances de

11
LEITURAOBRIGATÓRIA
que todas as crianças, até os oito anos de idade, saibam ler e escrever, conforme uma das
metas previstas pelo “Plano de Metas – Compromisso Todos pela Educação”.

A Provinha Brasil é elaborada pelo Inep e distribuída pelo MEC/FNDE para todas as
secretarias de educação municipais, estaduais e do Distrito Federal. Assim, todos os anos
os alunos da rede pública de ensino, matriculados no segundo ano de escolarização, têm
oportunidade de participar do ciclo de avaliação da Provinha Brasil.

A Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) foi incorporada pelo Saeb pela Portaria
n. 482, de 7 de junho de 2013, e tem como objetivo principal submeter os alunos do 3º
ano do ensino fundamental das escolas públicas à avaliação dos níveis de alfabetização
e letramento em Língua Portuguesa, alfabetização Matemática e condições de oferta
do Ciclo de Alfabetização das redes públicas. A avaliação é direcionada para unidades
escolares e estudantes matriculados no 3º ano do ensino fundamental, fase final do Ciclo
de Alfabetização, e inscreve-se no contexto de atenção voltada à alfabetização prevista no
Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que constitui um compromisso formal
assumido pela União, estados, Distrito Federal e municípios de assegurar a alfabetização de
todas as crianças até esse nível de ensino. A Aneb e a Anresc/Prova Brasil são realizadas
bianualmente, enquanto a ANA é de realização anual.

O Saeb é composto por três avaliações externas em larga escala:

Fonte: <http://provabrasil.inep.gov.br/aneb-e-anresc>.

12
LEITURAOBRIGATÓRIA
Ainda existe uma prova específica para a certificação do Ensino Fundamental chamada de
Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). Esse
exame tem como objetivo avaliar as habilidades e competências básicas de jovens e adultos
que não tiveram oportunidade de acesso à escolaridade regular na idade apropriada. O
participante se submete a uma prova e, alcançando o mínimo de pontos exigido, obtém
a certificação de conclusão daquela etapa educacional. O exame é aplicado anualmente,
e a adesão das redes de ensino é opcional. A participação no Encceja é voluntária e
gratuita, destinada aos jovens e adultos residentes no Brasil e no exterior que não tiveram
oportunidade de concluir seus estudos em idade própria.

No Brasil, com a instituição do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir de
2009 o Encceja Nacional passou a ser realizado visando à certificação apenas do ensino
fundamental, pois a certificação do ensino médio passou a ser realizada com os resultados
do Enem.

Já o ensino médio é avaliado por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O
Enem é um exame anual, aplicado pela primeira vez em 1998, instituído pelo Inep, com
objetivo de avaliar alunos em vias de concluir ou que tenham concluído o Ensino Médio.
A prova não é obrigatória, mas existem vários motivos para fazê-la. O principal deles é
que, além de servir como autoavaliação para o aluno, o exame tem sido adotado como
critério de seleção em processos seletivos de instituições de ensino superior por meio do
Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O Sisu foi desenvolvido pelo Ministério da Educação
para selecionar os candidatos às vagas das instituições públicas de ensino superior que
utilizarão a nota do Enem como critério para seleção e distribuição de vagas no ensino
superior. Além disso, a pontuação do aluno adquirida no exame será utilizada no Programa
Universidade para Todos (Prouni).

O Enem tem como proposta e principal objetivo democratizar as oportunidades de acesso


às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a
reestruturação dos currículos do ensino médio. De acordo com a proposta apresentada
pelo MEC à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino
Superior (Andifes), as universidades devem possuir autonomia e podem optar entre quatro
possibilidades de utilização do Enem como processo seletivo:

• Como fase única, com o sistema de seleção unificada, informatizado e on-line.

• Como primeira fase.

13
LEITURAOBRIGATÓRIA
• Combinado com o vestibular da instituição.

• Como fase única para as vagas remanescentes do vestibular.

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que integra o Sistema Nacional


de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), tem o objetivo de aferir o rendimento dos
alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades
e competências. Instituído pela lei n. 10.861, de 14 de abril de 2004, e regulamentado pela
Portaria n. 2051 do Ministério da Educação (MEC), o Enade substituiu o antigo Provão
criado em 1996. O Enade é componente curricular obrigatório dos cursos de graduação,
sendo o registro de participação condição indispensável para a emissão do histórico escolar,
independentemente de o estudante ter sido selecionado ou não no processo de amostragem
do Inep.

Sobre o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, Castro (2009) destaca que,
no Brasil, o desenvolvimento de um sistema é bastante recente. Ainda segundo a autora,
até o início dos anos 1990, com a exceção do sistema de avaliação da pós-graduação sob
a responsabilidade da Capes, as políticas educacionais eram formuladas e implementadas
sem qualquer avaliação sistemática. O principal desafio das avaliações é garantir que o
uso dos resultados sirva para melhorar a sala de aula e a formação dos professores, a fim
de atingir padrões de qualidade compatíveis com as novas exigências da sociedade do
conhecimento.

Destaca-se ainda que, além das avaliações nacionais, vários estados e municípios também
organizaram sistemas locais e regionais de avaliação das aprendizagens.

14
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto?
Então:
Sites
Leia o artigo “O sistema nacional de avaliação: características, dispositivos legais e
resultados”, de Isabelle Fiorelli Silva.
Disponível em: <http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1602/1602.pdf>.
Acesso em: 02 jan. 2014.
Esse artigo apresenta as características e peculiaridades do sistema de avaliação nacional
brasileiro, refletindo sobre os dispositivos legais e técnicos na busca pela mensuração da
qualidade do ensino no país. O artigo apresenta os dados do Saeb, das taxas de aprovação
e do Ideb, além da forma de apropriação desses resultados como instrumento de legitimação
da qualidade do ensino a partir da meritocracia, resultando em competição entre unidades
de ensino.

Leia o artigo “Avaliação da Educação Básica e Ação Normativa Federal”, de Dirce Nei
Teixeira Freitas.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cp/v34n123/a08v34123.pdf>. Acesso em: 02
jan. 2014.
O artigo examina a ação normativa federal concernente à avaliação nacional da educação
básica, no Brasil, do período de 1995 a 2002, durante o Governo Fernando Henrique
Cardoso.

Leia o artigo “Sistemas de avaliação da educação no Brasil: Avanços e novos desafios”, de


Maria Helena Guimarães Castro.
Disponível em: <http://www.seade.gov.br/produtos/spp/v23n01/v23n01_01.pdf>. Acesso
em: 02 jan. 2014.

15
LINKSIMPORTANTES
Esse artigo descreve e analisa os sistemas de avaliação da Educação Básica brasileira,
focalizando concepção e metodologia, o processo de implementação e as dificuldades de
utilização dos resultados para melhorar a qualidade das escolas.

Leia o artigo de Maria Inês de Matos Coelho, intitulado “Vinte anos de avaliação da educação
básica no Brasil: aprendizagens e desafios”.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v16n59/v16n59a05.pdf>. Acesso em: 02
jan. 2014.
Esse artigo analisa como a avaliação nacional da educação escolar básica insere-se
historicamente na administração do sistema educacional brasileiro, de modo articulado à
construção científica dos fatores de qualidade, eficiência, equidade e produtividade.

Acesse o site do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira e confira os


resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica do seu estado ou município.
Disponível em: <http://ideb.inep.gov.br/>. Acesso em: 02 jan. 2014. .

Vídeos Importantes:
Acompanhe a explanação do professor Carlos Caruso Ronca (MEC, PUC/SP), no vídeo
“Sistema Nacional de Educação: qualidade e avaliação”.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=kYsbH3hii-I>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Nesse vídeo, o professor Carlos apresenta os desafios da avaliação de larga escala para a
promoção da qualidade na educação.

Acompanhe as últimas mudanças no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), no


vídeo “Mudanças no Saeb 2013 | Jornal 19 jul 2013”.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=nVJQOTa9o_s>. Acesso em: 02 jan.
2014.
O programa da revista Nova Escola apresenta a entrevista com o professor Ocimar Munhoz,
da USP, sobre as mudanças na Prova Brasil e no Saeb.

16
AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questão 1: cação. Em 2005, o Saeb foi reestruturado


pela Portaria Ministerial n. 931, de 21 de
As avaliações aplicadas atualmente nas es-
março de 2005, passando a ser composto
colas brasileiras são: Saeb, Enem e Enade.
por duas avaliações. Quais são elas?
Se o objetivos da avaliação nacional é co-
nhecer e intervir de forma mais eficiente nos a) Avaliação Nacional da Educação
problemas detectados, o que explicaria a Básica (Aneb) e o Exame Nacional para
premiação para os alunos que apresentam Certificação de Competências de Jovens
melhor rendimento durante o ano letivo? e Adultos (Encceja).

b) Avaliação Nacional da Educação


Questão 2: Básica (Aneb) e Avaliação Nacional do
O Sistema Nacional de Avaliação da Edu- Rendimento Escolar (Anresc), conhecida
cação Básica (Saeb), implantado em 1990, como Prova Brasil.
é coordenado pelo Instituto Nacional de
c) Avaliação Nacional do Rendimento
Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e
Escolar (Anresc) e Avaliação da Educação
conta com a participação e o apoio das Se-
Básica (Saeb).
cretarias Estaduais e Municipais de Edu-

17
AGORAÉASUAVEZ
d) Avaliação Nacional do Rendimento IV. Tem como objetivo avaliar as
Escolar (Anresc) e o Exame Nacional do habilidades e competências básicas
Ensino Médio (Enem). de jovens e adultos que não tiveram
oportunidade de acesso à escolaridade
regular na idade apropriada.
Questão 3:
Aplicado pela primeira vez em 1998, insti- V. Destinado aos alunos em vias de
tuído pelo MEC (Ministério da Educação e concluir o Ensino Médio ou que já o
Cultura) e pelo Inep (Instituto Nacional de tenham concluído.
Estudos e Pesquisas Educacionais), desti- Estão corretas as afirmações:
nado aos alunos em vias de concluir o En-
sino Médio ou que já o tenham concluído. a) I, III, IV e V.
O enunciado se refere a:
b) I, III e V.
a) Enad. c) I e III.
b) Saeb. d) Apenas I.
c) Prova Brasil.
Questão 5:
d) Enem.
Sobre a Prova Brasil e o Sistema Nacional
de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é
Questão 4:
correto afirmar:
O Enade substituiu o antigo Provão criado
em 1996. O Enade integra o Sistema Na- I. São avaliações para diagnóstico,
cional de Avaliação da Educação Superior em larga escala, desenvolvidas
(Sinaes). Sobre o Enade é correto afirmar: pelo Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio
I. Obrigatório. Teixeira (Inep/MEC).

II. Não obrigatório. II. São avaliações diagnósticas do nível de


alfabetização das crianças matriculadas
III. Tem o objetivo de aferir o rendimento no segundo ano de escolarização das
dos alunos dos cursos de graduação em escolas públicas brasileiras.
relação aos conteúdos programáticos,
suas habilidades e competências. III. Têm o objetivo de avaliar a qualidade
do ensino oferecido pelo sistema

18
AGORAÉASUAVEZ
educacional brasileiro a partir de é aplicado de dois em dois anos. Aponte o
testes padronizados e questionários objetivo da aplicação do Saeb.
socioeconômicos.

IV. Os testes são aplicados na quarta Questão 8:


e oitava séries (quinto e nono anos)
do ensino fundamental e na terceira Instituído pela Lei n. 10.861, de 14 de abril
série do ensino médio. Os estudantes de 2004, e regulamentado pela Portaria n.
respondem a itens (questões) de língua 2051 do Ministério da Educação (MEC), o
portuguesa, com foco em leitura, e Enade substituiu o antigo Provão criado em
matemática, com foco na resolução de 1996. Qual o objetivo do Enade?
problemas.

V. O MEC e as secretarias estaduais e Questão 9:


municipais de educação podem definir
Qual a importância da Provinha Brasil para
ações voltadas ao aprimoramento da
o “Plano de Metas – Compromisso Todos
qualidade da educação no país e à
pela Educação”?
redução das desigualdades existentes.
Estão corretas as afirmações:
Questão 10:
a) I, II, III e IV.
Explique de que forma a Provinha Brasil
b) I, II e IV. pode contribuir para melhorar a qualidade
da alfabetização e do letramento inicial ofe-
c) II, III e IV.
recido às crianças?
d) I, III, IV e V.

Questão 6:
Existe uma diferença entre avaliar e medir.
Qual a diferença entre esses dois tipos de
avaliação?

Questão 7:
O Sistema Nacional de Avaliação da Edu-
cação Básica (Saeb), implantado em 1990,

19
FINALIZANDO
Neste tema, você aprendeu mais sobre o sistema de avaliação da educação brasileira.
Além disso, compreendeu quais são os objetivos e as finalidades das seguintes avaliações
nacionais: o Saeb (no Ensino Fundamental), o Enem (no Ensino Médio), o Encceja (Exame
Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos) e o Enade (no Ensino
Superior). Vale lembrar que um dos maiores desafios do sistema de avaliação nacional
é reverter seus dados em estratégias para melhorar a sala de aula e a formação dos
professores.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar
seu Desafio Profissional e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

REFERÊNCIAS
AVALIAÇÃO NACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO (ANA) : documento básico.
Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira, 2013. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_basica/saeb/2013/
livreto_ANA_online.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.

BRASIL. Constituição de 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília:


Senado Federal/Centro Gráfico, 1988.

______. Lei n. 9.394/1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília:


MEC, 1997.

CASTRO, Maria Helena Guimarães de. Sistemas de avaliação da educação no Brasil


avanços e novos desafios. São Paulo Perspec., São Paulo, v. 23, n. 1, p. 5-18, jan./jun.
2009. Disponível em: <http://www.seade.gov.br/produtos/spp/v23n01/v23n01_01.pdf>.
Acesso em: 5 out. 2012.
20
REFERÊNCIAS
COELHO, Maria Inês de Matos. Vinte anos de avaliação da educação básica no Bra-
sil: aprendizagens e desafios. Ensaio: Aval. Pol. Públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 16, n.
59, p. 229-258, abr./jun. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v16n59/
v16n59a05.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014

FREITAS, Dirce Nei Teixeira de. Avaliação da Educação Básica e Ação Normativa Fe-
deral. Cadernos de Pesquisa, v. 34, n. 123, p. 663-689, set./dez. 2004. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/cp/v34n123/a08v34123.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014

INCLUSÃO DE CIÊNCIAS NO SAEB: documento básico. Brasília: Instituto Nacional


de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, agosto de 2013. Disponível em:
<http://download.inep.gov.br/educacao_basica/prova_brasil_saeb/menu_do_professor/
matrizes_de_referencia/livreto_saeb_ciencias.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.

LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação
Escolar: políticas, estrutura e organização. 10. ed. rev. ampl. São Paulo: Cortez, 2012.

PERONI, Vera. Política educacional e papel do Estado no Brasil dos anos 1990. São Pau-
lo: Xamã, 2003.

SILVA, Isabelle Fiorelli Silva. O sistema nacional de avaliação: características, dispositivos


legais e resultados. Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 21, n. 47, p. 427-448, set./dez. 2010.
Disponível em: <http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1602/1602.pdf>.
Acesso em: 02 jan. 2014.

WERLE, Flávia. O. C. Políticas de avaliação em larga escala na educação básica: do con-


trole de resultados à intervenção nos processos de operacionalização do ensino. Ensaio:
Aval. Pol. Públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 19, n. 73, p. 769-792, out./dez. 2011. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v19n73/03.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.

21
GLOSSÁRIO
Basilares: básico, que tem origem na base, fundamental.

Banco Mundial: é uma instituição financeira internacional que fornece empréstimos para
países em desenvolvimento em programas de capital. O Banco é composto por duas
instituições: Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e Associação
Internacional de Desenvolvimento (AID).

Enade: Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – é uma prova escrita, aplicada
anualmente, usada para avaliação dos cursos de Ensino Superior brasileiros. A aplicação
da prova é de responsabilidade do Inep, uma entidade federal vinculada ao Ministério da
Educação (MEC).

Enem: Exame Nacional do Ensino Médio – é uma prova realizada pelo Ministério da
Educação do Brasil. Ela é utilizada para avaliar a qualidade do Ensino Médio no país e seu
resultado serve para acesso ao Ensino Superior em universidades públicas brasileiras por
meio do SiSU (Sistema de Seleção Unificada).

Inep: o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) é


uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC). Seu objetivo é promover
estudos, pesquisas e avaliações periódicas sobre o sistema educacional brasileiro, com o
objetivo de subsidiar a formulação e a implementação de políticas públicas para a área
educacional.

Meritocracia: predominância dos que possuem méritos (numa


sociedade, numa organização, num grupo, num trabalho ou ofício
etc.); predomínio das pessoas que são mais competentes e eficientes.
Modo de seleção cujos preceitos se baseiam nos méritos pessoais daqueles que participam.
Método que consiste na atribuição de recompensa aos que possuem méritos.

22
GLOSSÁRIO
Saeb: o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é um conjunto de
sistemas de avaliação do ensino brasileiro, desenvolvido e gerenciado pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, autarquia do Ministério da Educação
(MEC).

GABARITO
Questão 1

Resposta: Deve-se refletir sobre a avaliação como um processo e não como aferição de
resultados objetivos. Muitas escolas buscam premiar os alunos com melhor desempenho
a partir de uma lógica que privilegia valores como o individualismo, a meritocracia e a
competência em detrimento da avaliação formativa e emancipatória.

Questão 2

Resposta: Alternativa B.

Questão 3

Resposta: Alternativa D.

Questão 4

Resposta: Alternativa C.

Questão 5

Resposta: Alternativa D.

Questão 6

Resposta: A medição é realizada por meio de conceitos e notas. Já a avaliação engloba


todo o contexto educativo, e não só o aluno em si.

23
GABARITO
Questão 7

Resposta: Permite acompanhar o desempenho dos alunos e dos diversos fatores incidentes
na qualidade e na efetividade do ensino ministrado nas escolas, possibilitando a definição
de ações voltadas para a correção das distorções identificadas e o aperfeiçoamento das
práticas e dos resultados apresentados pelas escolas e pelo sistema de ensino brasileiro.

Questão 8

Resposta: O objetivo do Enade é aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação
em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.

Questão 9

Resposta: A Provinha Brasil permite que os professores e gestores educacionais verifiquem


se as crianças adquiriram habilidades de leitura dentro do ciclo de alfabetização, a fim
de atingir o “Plano de Metas – Compromisso Todos pela Educação”, que expressa a
necessidade de alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, aferindo os
resultados de desempenho por exame periódico específico.

Questão 10

Resposta: A partir das informações obtidas pela avaliação, os professores têm condições de
verificar as habilidades e deficiências dos estudantes e interferir positivamente no processo
de alfabetização, para que todas as crianças saibam ler e escrever até os oito anos de
idade, uma das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

24

Você também pode gostar