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“erm ume ow Eee ey PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE GOIAS, Psicologia da Aprendizagem aplicada & rea escolar Referéncia Bibliogréfica: Freire, P. (1997). Educaco “bancéria” e Educagio Nbertadora. Em M.H.S. Patto (Org.), introducdo @ psicologia escolar (pp. 61-79). Sao Paulo: Casa do Psicdlogo. ) Vecto LZ] ‘mos nos convencer de que estas relagdes apresentamunbeardier especial, | —--& marcante.— o-de serem relagbes fundamentalments: narradoras, 4. dissertadoras, aber ean - * Narragiio de contetidos que, poriisto: : se.oua fazer-se algo ie rer ac 1 ‘oxbuosaid ‘Sopuvonpe so sogdo ens oncissaid endo od ‘sopeundiosip'so ‘sopueonpa so Seundrostp a wt me 7) ; aS keceecececcecaeneoccocoos “OPUBOALD soursD nb sopesieu- ‘ius 0 “siuswiehttsapuodasd ‘opniuoa “en, spear Puspases pautae “TauRIweD “wautooe ona aioe + 98 "esoeg seo seu wapsane one sf ‘8 euuD> som sab seusap pispog “] a Introduedo & psleologia escolar ‘Nao 6 de estranhar, pois, que nesta visic ‘oshomens sejam vistos como seres da adaptag tomais se exercitem os educandos no ar lies so feitos; tanto menos desenvolverSo em si a consciéneia erfiice de que resultaria a sua insergo no mundo, Educagio bancéria e educagao libertadora $5 gas, a uma vida feliz... * de” assumirem a de “seres dentro.de". WAL! Oey Na verdade, porém, os chamados marginalizados, que siccos opri- midos, jamais estiveram fora de, Sempre estiveram dentre de. Dentroda cstrutura.que os transforma em “seres. para outro!-Suisolugio, pois, ‘do est em “integrar-se", em “incorporar-se”” a-estarestrutura:que:os ‘opsime, mas em transformé-la para que possam fazersse.“seres-para si" Este no pode ser, obviamente; 0 objetivo:dos-opressores Dat que a “educagtio bancéria”, que a eles serve; jamais possa-orientarse-no sentido da conscientizagéo dos educandos. 5 Na educagao de adultos, por exemplo; ndo interessa ‘esta: visio “bancéria” propor aos educandos o desvelamento’do:mundo;mas, 20 contrério, perguntar-Ihes se “Ada deu dedo ao urubu”; para depois izer-Ihes enfaticamente, que no, que “Ada dewe.dedo-® arara”. 4 em que, pensar autenticamentey:6 petigoso..O. esttanho human'smo desta concepeio “bancéria” selreduz-2-teniativa de fazer dos homens o seu contrério— o autémato,.que éanegasia de sua ontolégica vocagio de Sex Mais, seri , (© que nio percebem. 0s que exccutam:a,educagdo:"bancéria”, deliberadamente ou ndo.(porque.hé um sem-nimera.de-educadoreside >boa.vontade, que apenas nifo se sabem a servico-da:desumanizagio20 praticarem 0 “bancazismo”) é que nos préprios "depésitos”-encontrem- se as contradigSes, apenas revestidas por uma exterioridsde.que as.oou- ta. E que, cedo ou tarde, os préprias “‘depésites": podem proyocarum ‘confronto com a realidade em devenir.e despestar.os:educandos, até ‘entilo passivos, contra a sua'domesticagio”. soassna ‘A sua “domesticasio” ¢ ada realidade, da qual se Ihes fala camo algo estético, pode desperté-los coma.contradigo\de si:mesmos e da realidade. De si mesmos, a0 se descobrirem, por experiénciaexistencial, ‘emum modo de ser inconecilidvel com a sua vocagdo de humanizar-ce. Da realidade, a0 perceberem-na em suas relagSes com ela, como deveniz estes seres da busca e.se sua vocagio contoldgica ¢ humanizar-se, podem, cedo ou tarde, perceber acontradica0 fem que 2 “educagio banedria” pretende manté-los ¢ engajer-se na luta por sua libertacéo, ‘Um educador humanista, revoluciondtio, néo'hdde esperar esta Oe? OO COS09059999995909090C%, P Bkscapio banetriae edwcasio lbertadora encia © néo dent ‘dentro de mim, BR Mas, se Tsto-mde. exige dele que. ‘seja um companheiro dos. educandos, ‘emus relagSes.comesizs A. educagio, “bancéria”, em, ‘Cuja pritica se dé 8 inconciliagsio sm Seratenns ches ee compara tee ‘que seja ‘assim. Nomomentoem que ocdeccn vesse a: ESP CEES PTET TS a 10 que a 5 eitruti rea A iid cos tm a cana ees penne eeettemente numa ertrtura aoe seen ‘idiogs. Algo tondamenti, port vode; et felts: dalogar sobre negasto do ister, Préprio 68, Introdugao & psicologia escolar sua fonte geradora na ‘em comunicagao, 10s homens. Esta Far que provoque o desen- volvimento do que Fromm chama de biofilia, mas o desenvolvimento de seu contrério, a necrofilia, Mieneras la vida (diz. Fromm), se ci una manera estructurada, funcioncl, el indi lo que no crece, todo lo que et mecdnico, La es lo que cuenta. El individuo necréfilo pued objeto — una flor o una persona — unicamente : Consecuencia una amenaza a su posesién es una amenaza a él mismo, si pierde la posesién, pierde el.contacto con el'mundo, (..) Ama el control y en el acto de controlar m ida 6. Brich Fromm, El corazdn del hombre, Biucagio bancéria. educagio libertadora 6 go amor & morte e no do amor A vida. E ‘A concepeio “bancéria”, que a ela serve; também 0:6,-No mo- ‘mento mesmio em que se funda num conceito mecinieo, estético, espe~ cializado da consci quando se descobrem incapazes devusar-suas facul- Este sofrimento provém “do fato de se haver-perturbado o'equi= fori humano” (Fromm). Mas, 0 no poder atuar, que'provoca 0 soffi- responde, € submeter-se a uma pessoa ou a um grupo'gie'tenha poder'e identificar-se com eles. Por esta participacao simbélica navidideioutra Pessoa, o homem tem a ilusfo de que atus, quandoy ém'realidader-180 faxmais que submeter-se aos que atuam e converter-se snirpartedeles.” Talvez possamos encontrar nos oprimidos-estetipo:tecteaiionmas ‘manifestag6es populist, Sua identificagdo-com liderestcarismstins,atra- vés de quem se possam sentir atuantes e, portantsy nowuseide sua potZhcia, bbem como a sua rebeldia, questo de sua emersto'norpricesso histérieo, esto envolvidas por este fmpeto de busca de atuagiéide'sua-potfncia:.. Para as elites dominadoras, esta rebeldie quesé: ameaga-a elas; © seu remédio em mais dominaclo — ne-repressio‘feita erm nome, inclusive, da liberdade ¢ no estabelecimento.da-ordemn'e-da-paz social, Paz: social que, no.fundo, no é outta sendo ‘a paziprivada dos.do- ‘minadores. fet i se Por isto mesmo é que podem considerar — logicamente, doiseu Ponto de vista — um absurdo “the violence of a strike by wor ‘Erich Fromm, El corazén del hombre, p, 28-29. QoRGn% B90ex' S : ~ SOSTCLO LOCO CDCR EDO O OS: Spo babi edate erndng i {can].call upon the ‘State in the same. breath to uie violence in putting dominagio, ist down the strike”, “A educaco.com desta:crftica, mantendo a in i i Conseigncis como cons do depésito de conteddos, mas a da 0 fatode E Svastelagdes com o mundo, “bance. Re JAD coditriete doe eer e Per ees {vel @ relacko S Cognoscentes, Ss Coneepedes, ums, a “bancéria”, que serve &.dominagdi ismatizedora, que serve & libertagio, toma corpo exatamente af, Enquanto a primeira. necessariamente, man’ \ém a contradiczo educador-educandos, a : Para manter a contradicgo, Ginlogicidade como esséncia da pera realizar Eismui 1 “SEE om tr nt et ct Nom Yo, ht oan Sa relia dt umn ur din Lahalloderur < (rods) Mamaur © ebade wo wares pleqe a waar F A cca & ocaban Ka arent"! 4 = gnosiolégica — afirma a dialogicidade Em verdade, ni Inirodueio & psicologia escolar que resulta um termo educador, mas educador- Educagdo bancéria ¢ educagio libertadora 3 do conhecido em outro. : x sempre um sujeito cognoscente, quet quando se prepara, quer quando se encontra dialogicamente com os educandos:- be te, cognoscivel, de que o educador bancério'se:eproptia, cle, uma propriedade sua, para sera incidence di reflexio sua ¢ dos educandos. a « 2 Deste modo, 0 educador problematizador re-faz, constantemen- ‘outros, num plano de totalidade € ndo como algo petrificado; a compres ensio resultantetende a tomnarsecrescentemente crftica, por isto, cada vez mais desalienada. be: ¢ a 1c provoca novas compreensijes denndwos'desafi- ‘que engaja. ‘A educagao como pritica da liberdade, ao contrério daquela que : PUAGr coWwds.nn SPOS runganere (KC) Dee eos wo es semen 99302393 OOS GCOS S57299095099935950 = CCL ECHSSSOCOCE LS OD OOS G i cee. sae ghd domineso, implica neg8e20 do homem abstato, isolado, Solto, destigado-do. eesi ‘sles dos amang NS RS Jomo com cn a ate pope: por sr at a OR, ta 7s ‘Atendéncia,entio, do educador-educando come dos educandos- ‘sducadores 6 estabelecer uma forna autdatica te Pensar e atuar. Pensar- Penaai Mesmos © ao mundo, simultaneamente, vent “dicotomizar este pensar da acto, | j i f g ; g RATT $y 17, See Pil Sects hombre y as eatae ‘Buenos Ai 1 3 ee ee 9g ‘Londres, ‘Collier Books, 31.4, 1969, p. 103-105, ‘Yoeagao, como seres que (tansformagio criadora, Perey r reer ree 2 Introdueao a psicologiaexcolar minam por desconh. problematizadora Desta maneira, a ca io se re-faz constantemente na praxis, Para ser tem que esta) de em que os homens possamn iO € dendncia nfo'sio, porém, ppolavras vazias, mas compromisso histérico, Educagio bancér'2. educago libertadora 7 nostilgica de querer voltar, mas um modo de melhor-conhecer 0 que std sendo, para melhor construir o futuro, Daf que se.identifique como ‘movimento permanente em que se acham inscritos-osihomens;, como sures ques abem incoeluto: movimento que éhisttico-qpetem 9 seu ponto de partida, 0 seu sujeito, Mas, como no hé homens sem mundo, sem realidade,.o movimento parte das relag6es homens-mundo. Daf que este pot uo de partie esta instaura como situagio violenta. Néo importa os meiosusados parajesta proibigio. Fazé-los objetos € aliené-los de suas: decisbe aus 380 transferidas.a outro ou a outros. é 3 soca. G06952690990909999599 : i rt é le, constatével 7 parecer aos homens como t io coho freio 20 ato de by r roses do.Ser Mais, pontm, nfo pode realizar-se no isola- 7 trees dary ndtvidualismo, mars na comunhto,re solidariedade dos exis. i tires, daf que sea imposefvel, Gerse nas elagdesantagénicay entre osne sores eoprimidos... : | _Ninguém pode ser, antent s ‘ 20. > z t D i e 3 } t 4 > 5 ) UNIVERSIDADE CATOLICA DE GOLAS logia da Aprendizagem aplicada &area escolar —; Referéncia Bibliogréfica: Libaneo, J.C. (1992). Democratizag3o da escola piblica - A : ~ pedagogia critico-social dos contetidos. S30 Paulo: Edges. jetco-; Leyla cptlo i Tendéndas pegs va pit Fextis (BT parte dos proféstores; provavelmante 2 malaria, basela figBes pedagdgicas que’wiraram senso corium, ‘Gua passage pela escola ou transmitidas pelos intretanto,” essa “prética xcontém pressupostos cs Maipres culdados eri ‘que procuram, Deve-se Sallentar; ainda,‘que'os:conte(dos dos cursos de + pubicado antatioments na Revita da ANDE. n 6, 1962. Repubioedo ack com algunas atergées. EERIE EELSELELES999999999999099999905. atl caminho cultural em diresio a0 saber é 9 Mesmo para todos os alunos, desde que se esforcem, Assim, os mence capazes deve lutar para superar suas dificuldades e conquist 305 mais capazes, 7 (Caso no consigam, devem procurar ‘mais profissionalizante, t Sortefdas de ensino - Sto os conhecimentos © valores. sociais i verdes, Palas geractes adutas © repascadios aq aluno como qerandes-As matérias de estudo visam prepara s alan Para a vida, sd0 Geterminadas pela socedade e ordena islaco. Os contetidos Sto separados da experiencia do aluno ¢ ‘a ? Belo valor intelectual, raxdo pela qual a pedago, Soro intelectualistae,&s vazes, como enciclopédica, Mzalos - Baselase na exposicSo verbal da matéa e/ou demonstracio, i Tanto 2 exposicio quanto a andlse séo fetas ele Erofessor, observadcs —_Manifestages na prética scolar - A pedagogia liberal tradicionel é viva e : (Gefivigdo do trabalho, _atuante em noses ceca descricao apresentada aqul incluem-se as i soceeke psthresentario —escolas religonas ou loin gue sdotam uma orlentacdo ciesieo. : oclagdo (combina humanista ow uma ‘so humano-cientifica, sendo que esta se cduescisn tt 8° modelo de escola predominante em noes historia educacional. 2. Tendéncla liberal renovada progressivista }orizacdo visa disciplinar » mente e former Papel da escola - : individuals 20 meio a Relacionamento professor-aluna - Predomina 2 a roncade do professor retratar,o quanto po a She eve atitude receptive dos alunos e “impede rusiquer comunisagfo mecankimos de adaptagio, roy 7 fora Hes No decorrer do aula’. © professor treconiteey Conteiido na Integraso. dessas. formes’ os forma de verdade a ser absorvidsy antenna indla, a dscptina imposta integrate se an Por mela d So melo mas eficaz para assegurara atengdo'e osiléncio, mesmo tempo, os interesses : cabe suprir as experiéncias Pressupostos de aprendizagem - A ideia de que © ’ t i } \ ’ ? j € trabalho de C. Freinet, que tem sido muito estudado entre nés, existindo inclusive algumas escolas aplicando’seu método.? Entre os estudiosos e divulgadores da tendéncia libertéria pode-se citar Mauricio Tragtemberg, apesar da ténica de seus trabalhos ‘niio ser propriamente pedagdgica, mas de critica das institulg®es em favor de um projeto autogestiondrio, Em termos Propriamente pedagégicos, inclusive com propostas efetivas de agdo escolar, citamos Miguel Gonzales Arroyo. 3, Tendéncia progressista “critico-social dos contetidos" Papel da escola - A difusio de contetidos é a tarefa primer contetidos abstratos, mas vivos, concratos e, pi Indissocigvels das realidades socials. A valorizagSo da escola como instrumento de apropriagdo do saber & o melhor servico que se Presta aos interesses populares, j4 que a‘ prépria escola pode contribuir para Se a escola é parte integrante do todo social, agir dentro dela & também agir no rumo da transformago da sociedade. Se o que define uma pedagogia critica é a consciéncla de seus condicionantes histérico-soclais, 2 funcdo da pedagogia “dos contedidos* ¢ dar um passo a frente no papel transformador da escola, mas a partir das condigBes existentés. “Assim, 2 condi¢do para que a escola sirva aos interesses populares é garantir a todos um bom ensino, isto é, a apropriago dos contetidos escolares bésicos que tenham ressonancia na vida” dos alunos, Entendida esse sentido, a educagio é "uma atividade mediadora no selo da pratica social global", ou seja, uma das mediagées pela qual o aluno, pela intervengo do professor e por sua prdpria participagio * ct, a ease respeto,G SNYDERS, para onde vio a pedagogiae ndo-etivau? ativa, passa de‘ uma experiéncia fragmentada (sincrética), a uma visio sin unificada.* Em sintese, a atuacdo da escola consiste na preparacio do aluno para o mundo adulto e suas contradigées, fomecendo the um instrumental, por meio da aquisi¢éo de contetidos e da socializacSo, Para uma participa¢do organizada e ativa na democratizaggo da sociedade. mente confusa e mais organizada e Contetidos de ensino - Sio os contedidos culturais universais que se constituiram em dominios de conhecimento relativamente aut6nomos, incorporades pela humanidade, mas Embora se aceite que os contetidos so realidades exteriores a0 aluno, que devem ser assimilados e nao simplesmente rei wentados, eles ndo 80 fachados e refratérios as realidades sociais, NEo basta que os ontetidos sejam apenas ensinados, ainda que bem ensinados; 6 Preciso que se liguem, de forma Indissocidvel, & sua significacso humana e social, Essa maneira de conceber os contadidos do saber no estabelece oposicso entre cultura erudita e cultura populer, ou esponténea, mas uma relagio de continuidade em que, Progressivamente, se passa da experiéncia imediata e

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