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“LA VAMOS CANTANDO E RINDO...” 28 DE MAID -1939 ACAMPAMENTO DA PALHAVE ada M. P. Are Sree ty} , OBRA DAS MAES PELA EDUCACGAO NACIONAL AYere DVD Dane ant a Nr errant Nena NAO SER COBARDE... “JE REGARDE TOUJOURS EN HAUT” I uma vez éste pensamento. Se nfo for capaz de te dizer de quem é, I nem por isso o tomaras por menos belo... Nao olho para traz; ndo olho para a frente; $6 para o Alto eu olho! Marca 14 na tua vida éste destino. Aponta & tua alma de rapariga éste Norte:—os altos Cimos—e sempre os mais altos, os que toquem no azul do Céu, os que subam ainda ra 14, muito para além mesmo do azul... N&o é permitido a ninguém ser cobarde—ser mediocre, : Nunca dar a alma & cobardia da mediocridade! E' a ne; io da mocidade—a mediocridade,.. Olhar a direito, e olhar direito, jA ¢ bom. Mas saber onde moram as grandes coisas e trazet sempre nelas 0 coracéo, eis o ideal, ms ‘ As coisas sublimes, as que te devem apaixonar, a@ gue te merecem, e ‘ merecem os teus entusiasmos, os teus ardores quentes de mocidade, essas an- ‘ dam na Altura—e moram na Casa de Deus. E' gastar-te, sem nome e sem gléria; é sofrer sem alegria e sem espe- tanga; é morrer sem nunca ter sido jévem, andar a gente a ralar-se procuran- Bech cin baizo, cs olhos Mencudys ba rts 6 hee ccleas tts © pobres que ela oferece—procurar aquilo que é do alto, Maigré tout, vers le Ciel il faut lever les Yeux? E’, uma voz de poeta—mas repara bem que'é a tua —porque é afinal a de todos nés. Nao sejas entdo cobarde! fh Viss Monn tee irida, com coragtnaal| epara:—com coragem Ainda mais:—com a alma td \ Ainda mais e melhor: —com © coracéo descansado na posse Sobel Deixa os outros rastejarem... { Repara na aguia... \ \ Ve os sapos e as ris... \ \ Nao basta ser ou ter alguma coisa—-é preciso sobretudo ser alguém! As cobardes nunca fazem nada e nunca sheuans ser alguém, . As cobardes — quero dizer as de alma peqi 1 as que BN e\ medem 0 sacrificio que tém de dar a Virtude —as da confraria ‘bra. | gos cruzados—as que «deixam correry... \ \ de um Grande Ideal, a sua © seu pessimismo o seu tdlo diletantismo As cobardes—isto é, as... vemcidas. omg bathos dos rapazes, com excepeao do algi "ana rice toalha aqui... ui lindo pano ue arose wn sepaguta ers Ha de otro Trabalhoa de empreita (Algarve). Car- a’. em, ‘mas colchas de Castelo Branco © Taps scold... demoram a nossa atencdo. mu numa hédetia, pao santificante. ..» Enoadernagdes.... Livros, pas- oo . do Arraiclos, obres do raparige moa entre om tabalhos peauenos, tas eaixas calendirios.-- Poderiamos en J ' ‘ So o nosso jnteréase especial nos no do arte aplicada, que lindas coisas e Campina! Ah! Tu que fizeste qo grao ghee 0 soso Baleti ‘com « enumseracho BHESRYEES? FFF THEE chamasse ao andar superior onde,em 8 aa: eiust Reparo curs albuns. Amor da terse etido no Leu soto apodreceu. Ins, se oncontrava a eeceio da M.-F, em que nancomos, ambe de terraadistantes Z9farefou... Mas porque ndo merreu AS vale 6 consageada, ioupas de 2 aaulto j4 poderiamos dizer destas primeiras ue nunca vamos’. Um deles, do Impsrio Produz cem por um teu corardo? Besta) aban snctina- tas ootas salas quo muito adidas ionial Portus, com brazSeabordados. ——Ceypando # lados daanla,vestidon... © ‘mous om quo es miow das mulheres dum ‘As filindas da M. P. F. concorreram Outro, de eouto trabaibada, tendo na capa ,,g0¢uPando 2 lados da sala, voids. © ‘odo coped cram bela, tocando do com wma profusko de tram ‘bom, pela quantidade e a qualidade, omo 08 lavoree fomininos tem ainda hg de honra na educagio da rapariga port ‘ieaa ‘Nem todog om trabalhos pudesam ser gxpostor na Sociedade Nasional do Belas ‘Kes porque nko saborin lds ainda por {quo nem todos eorresponderiam bs exigen. Gis “dinse Selio “de Educagio Exéton {has demon apresi.os no talko do lise camila Na de Cyralho 0 fata do os nko fazer soforén: clas main dotalhedas. iulkon gua cate: ests plates uganran: “Eacatio dase . she St Betirdseney fe monte ferns ate hd : Gee pelmgeas ciestusoe hel acum, 0 ole, Nex pirofon, panos tonda: aa Uma Sears: acompanhada dates versos’ dos, interessante Em déles,-Sonhora da maran. ‘Algumas notas a correr, da nossa visita 4 Sociedade Nacional de Bolas Artes, (0 na 1 sala trabathos de Viana do Castelo, om lint, bordads a azul, encar- ado o' trac sljuns em dosadoy chu ‘am & noasa atongho, pois, apesar da ain ‘Smplicidado, ato sempre vatozon e bonito. ‘Menos aparatosos, mas mais delicados, 4m tons de azul 6 flores miudiahas, os bor dados do 8. Migusl (Acores) também sf0 them ‘dignos’ de substitur tantas banalida: des sem arte nem beleza que andam pelos jornais de lavores. 05, pases que dancam, varor de nngeren, animal ‘Quatro, com episddios de “S. Joko subi sso Troma”: on 8 Ment Sipe, a Pastorinh Roupinbo e D. {olla ia no trono 0 Menino S. Jouo! Bérson que parécom de espuma na wun beaneure incuba ‘Aaasalnon de It, quentes © fos Roupinhas bord Saino, umn cin com um co HOE eri rgd mln ha a sed aquelas que 0 ras comiamos | ake aha oon 0 regumit ém_poucas palavras ax remsbes de tanto gue vimos © sdmink ‘pinteda a0 gosto popular com ere ap A santo para ver!—Vamos se- sic “ ‘Bondadas om tule fino, as Rau ees So ete mace em ‘brasbee das Rainhas D. Leonor, D. a 20-8 caw eee ODAS as raparigas que se hon- ram de pertenct A Mocidade Portuguesa Feminina, sx hom que esta patriética instituiglo escolhou as memérias de duas excel- sas mulheres para nelas particular. mento colher inspizagio para as suns prestantes inicativan, Porque julgo tain 3 af vole Ne et pane ‘patrons nem 4s duns grandes Raishas tho bem os colhidas para exeniplificar virtudes orientadoras do um ideal educativo de sate alan maloatintn, Nho 0, porém, ancrilego, que, nos nous momentoa de ardorosa ¢ colectiva si- plica ao Céu pola felicidade da Patria eda grei, as filiadas na Mocidade Portuguesa Feminina envolvam os nomes do D. Fiipa de Lencastro ¢ de sua bisneta, a Rainha D. Leonor, em férmulas de prece, como se evocam co de santos, medianciros entre noe- fas aspizagdes 0 a divine miseriobrdia, Por meio de qualquer compéndio do Histéria Pétria ou do biogzafias mais ou menos extensas © documen- tadas, serd facilimo, a qualquer “in- fanta” ou “vanguardista”, teavar in- ‘imo conheckmento com 4 personali- dade da fundadora das Misericérdias © com a da mi dos inclitos infantes. Nio sobeja espaco neste Boletim para arquivar 0 que alguma ignorkn- ia ouriosa encontrark na mais pobre das nossas bibliotecas. Mas também ‘mal ficaria ao porta-vor da Mocidade Portuguesa Feminina nko recordas, fas suas péginas, 08 augustos perfis daquelas euja projeccéo moral na His- téria Pétria 6 tho sugestiva o atraente que dela pode, a todo 0 momento, evolarse o mais avisado consefho, es timulo fecundo ou exemple sobre- modo encorajante. Em obediéncia a tal maneira de ver, aqui se evocs hoje, em impreciso esbdeo biogréfico, 8 portuguesissima o bela figura de D. Leonor de Lencastre. ‘Nasceu em 1458, no paco onde, em Beja, tinham moradia seus pais, o In- fante D. Fernando, inmAo de Afonso ‘YV, ¢ sua espbea, D. Beatriz, neta de D, Jodo Te filha do menos insigne de sous primeiros descendentes legitimos. Nasceu. no més de Maria, quando o rubro das papoulas abria sorrisos na aU ins rey paiaagem austera do Baixo Alentejo. ‘Aos doze anos, pouco depois de perder 0 pal, desposou seu primo, 0 principe herdeiro D. JoRo, 86 trés ‘anos mais telho, mas j& ponderado ¢ rave, j& desconfiado, j4 destoando na obste do noso iiltimo rei-cavaleiro, © irreflectido © crédulo Afonso, 0 Africano, A-pesat das convenitncias politicas ¢ familiares tecem disposto da sua vida sentimental em idade tio menineira, hd razbes para orer que D, Leonor teria sido sempre feliz. du- rante 08 seus vinte e cinco anos de casada, s6 temporais de édios © de fatalidade niko so desfizessem sdbre 0 ¢lorioso reinado do Principe Perfeito. ‘Viuva aos trinta e sete anos, D. Leonor, que, lado a lado com o g- gantesco histérico de D. Joo I, jd conbeguira patentear o mais s6- dutor conjunto de qualidades morais ¢ intelectuais, de alma © coracdéo se dedicou quési exclusivamente a obras de piedade, do benoficéncia, de pro- teceio as letras ¢ as artes, pondo em actividade, em prestante incansével movimento, seus rarissimos. ‘Dessa providencial norma de vida re- sultaram iniclativas © realizagées que para serhpre glorificaram 0 seu nomé nna boca do povo © na pe i torladores, Bem ganha fo séola de, gonerondade, do superior ceplritocristio com ampla envergadura intelectual. Antes, porém, de fixar al- guns dos seus reflexos, deduzamos, dos factos culminantes ‘da sua vida de simples mulher © de espdsa de um rei, quais o8 seus dons morais que 6 impossivel nfo reconhecer com enle- vada admiracho, ‘Viu seu. marido transformado em implacdvel perseguidor daqueles a ‘prota por intimos lagos —de seu irmfo, 0 duque de Viseu, 'e do marido de aua estre- mecida imi, a duquesa de Bragan- sa, D. Isabel, eleita para sua compa- aheira no sono eterno, que ambas ‘nas campas razas para ambas reservadas, por sua ordem, 20 canto dum claustro pequenino © silen- DE PORTUGAL cios0, no convento da Madre de Deus. Condonada pelo destino a representa: expectactloso papel de heroina de D. Leonor soube sofrer mil anglstias com tho discreta ¢ edifican- ‘te compostura que nenhum dos ges- tos de horror, das queixas sipticas que forvosamente esbogou e soltou, rompeu as paredes de um paco real sempre de tio apurada vista o de tho curiovo ouvido— para se fixar em péigina do erénica ou 86 no comenté- fio do cortesio mexeriqueiro. Quere {sto dizer que D. Leonor foi senhora, Srande scahora, num transe em que ‘muito espinhosas Ihe parcceriam as exigincias impostas por tho malbare- tado epiteto. Mulher de um rei, eou- be compreender que o prestigio da coroa softeria se A beira do soberano aparccesse, em vez de uma espésa respeitosa, uma acusadora ou tho sb- ‘mente quem ousasse verberarihe a erueca com que tudo sscrificava & sua intransigente visio politica. Mii de coracio alanceado pela in- dléria morte do filho tinico, extho em pileno desabrochar de tédas as venta- tas, muito eristimente sofreu @ mais dura provagio com que a témpera da sua £6 podia ser experimentada pelos impenetriveis designios de Deus. Quando 0 trono ficou sem herdei- 10, defendeu encarnigadamente as pre- tensdes de sou irmio D. Manuel con- tra as do Senhor D. Jorge, filho ile Sitimo do elrei, nko por querer 0 ce ‘to em mios fraternas mas pelo ree Brito devido so que as boas normas o direito piteio estabeleciam, em t80 ‘melindrosa conjectura, quanto A or dem natural da sucesso. Foi ainda em vida de D. Joto IL que D. Leonor iniciou uma das suas ‘ais simpiticas obras: a fundagio do Hospital das Caldas da Raisha, cuja rimeira pedea se langou a terra no ia 22 de Janciro de 1485. Assentam fem puro cepirito caritativo as trée YersGes, qual delas a mais curioaa, do mébil quo levou a soberana a dose 40 povo enférmo de chadaa, timoree © “frialdades”, um hospicio onde se albergaria enquanto procurava os jé bem conhecidos beneficios das Aguas cedlidas que gebontavam no tormo da ‘ua vila de Obidos. Depois do enviuvar, tragou a Rai- bao plano da assombrosa realiza- ‘fo de ‘assistencia social que seriam 48 Misericérdias, obra tio improgna- da da mais sublime © alisiante c&- stucia oriatd que, inedlume, resistin & facia impia dos tempos mais castiga- dos pela irreligiosidade dos homens 6 das instituisdos. Nessa abencoada ini- siativa colaborou 0 seu confessor, Frei Miguel Controiras, frade tring bem popular nas ruas de Lisboa, que percorria com um burrino ajoujado ‘0 péso de géneros alimenticios ¢ cou pas que esmolava de porta em porta, para ir entregar aos indigentes, Quan. do mais nada atostasce a geandeza do alma ¢ a sublimidade doa sent ‘montos de quem tio nobremente me- recou cingir a coroa, a obra das Mic sericériias —que, iniciada em Lisboa, estendou ramos protectores a tdda a rminéria do reino—bastaria para imor- talizar 0 nome do D. Leonor de Lea: castre, que, por inspiragio divin, The eu im ‘lento, Mais tardo, querendo tor soguro refiigio na vide o na morte, funda tmoateiro da Madco de Devs, em Xa. bregas, quo, om preciosidades artst- cas ¢ reliquias incetiméveis, contém loatientes testemunhos da ‘sua pic- dade, do sou amdr a Beleza e aos quo criéla, incitando a publicagio de livros ra- 08, mostrou quio inteligentemente reconhecera alto papel eivilizador resorvado A descoberta da imprense, entio ainda recente e ainda olhada out reserves por alguna petanlpes era Em Gil Vicente, lavrante de ouro, tna obrto a6 apreciado por seu bom: ito © habilidade l, soube rir 0 génio dramitico que mo- delou a lingua pétria em aureas pé- inas literévias. Escolhendo, para o marido o filho bot amados, sepulcros magnificentos nas capelas da Batalha que ficaram imperfettas, resorvou, pata 0 sou cor po, a mais humilde das sepultuzas, ‘em campa raza, pisada por quantos nfo atentassem’ no sucinto epitafio ‘onde se lin o sou nome, mas no se afirmava estar alii ropousando da ‘mais prestante cansoira, a mais santa das rainhas que nko foram santas. ‘Sord accescentar mais algum teago biogedfico a tio belo perfil mo- Cae Files ae Si pee eae tudo “quanto disse ficaria bem sut tituldo pelas soguintes linhas: D. Leo- nor de Lencastre, rainha pelo sangue pelo excepsional conjunto de virtue dos que, em qualquer caso, a torna- tia bendita entre as mulheres do sou ‘tempo, fol uma cristh exemplar, que toubo coneiar sntinenton da aus fervorosa piedade com revelagdes do mais claro entendimento, que soube descobrie a mais doce mancira de apresentar a esmola, que soube cha- mar para o sorvigo da Fé, da Patria © de Arte, contemportneos ilustres. ndiferente’ @ recompensas tecrenas, imunizada contra o orgulho © a vai dade, dignamente eumprit o seu de- ver de rainha © de mulher, penou 0 seu calvétio de mi, faxendo por ime- recer 0 trono dos bem-aventurados, 0 tinloo onde nfo chegam inirias do ‘Tempo nem rumor de palxBes. TERESA LETAO DE natros éntido © num gesto que cra lima finiidagio mas parecia também ser umm juramento do fidelidade o de am "Mocidade” estendeu o braco ena to as bandeiras se inelinavar. Um temo de clasins dos “iusitos” fea-se ouvir no siléneio impressionan- te désse momento sagrado em \que Deus, descendo sobre 0 altar, se ofe- do Deiis'o filhos de Portugal, glorificando @Pétria na sua glorificacho « Deus? AP comunhio muitos zapazes ¢ ra patigas teceberam N. Senior en- quanto 0 e6f0 entoava efntieos etica risticos, satggminnlt 9 clibeagio do Sento iio, 0 senkior Arcebispo do receu’ mais uma vex por n6s. Evota_ptonunciou ao mierofone uma E Gane toque de clarin teve mall alocugto, fiossa alma um encanto qué nem as ebrtes dager is a de 5. PRRs omer gua Porque és86 toque de dlarins tic at om da propria almalla “Mon rapazes » filhOe (O altar, armado, numna elevacio do terreno sobranceir> a0 acampamento para.que todos oypudessem ver, es- ‘tava rodeada por bandeiras da “Mo- cidade, feminine © maseulina Em baixo, no campo onde as bar- racas pareciam enormes flores bran- cas, a multidéo dos rapazes alinhava “#0, respeitoaa. Junto A Torre do comando ageu- pavamse as raparigas. Um numeforo coral de filindas da F. captou a miss A ees sy lo imenso se tina 0 Criadore -ssado, lari topou a a os ONTINUANDO a “Recordar o «Al Mosidade, ‘6 26 ums no seu PMlubos =o eeri pena dei ae@lnereas ccacjo do Serge ¢. mn oun Ear apedar oe vestgios doy peo! enperanga. dumm Portugel-maior_pelo tnciros paasoe de M.. Fe—apubliear esforco. ¢ sacefcio de oflon on|scus doo hoje elgumasTotogeafidas co. fhon, mi, sapazos © capargas tom Spemoregen do 28 de Maiode 1098, lugnrs diferentes naguela tnd de 2 que as fliadaa da MB, 28 de Mao cada i xtra o epereye eo be cepeece aaschacds a0 pon 2 Gas cometas e dos tambores © aa re- ipitigue eeguidto com on lla oto. eeko a bait «uo ol GEE po ula tesla last Cagtapesee 20 sy os mais na sombre, Mastodon ua pars sorcn unadtiaaciea tania! (Sef aay 28:de Malo—Dosfile na Avenida da Liberdade As filiadas da MP. F, néo se in- ‘eorporaram no dosfile, assisticam em talhdes reservados & passagem dos 8 mil rapazes que entre aclamagées des- coram-n Avenida, Mas quem, mais do que elas, teria sentido a alegria 6” © entusiasmo dessa hora em quo “a ‘Mocidade passou,jja vibrar nos mes- 0 mos soptimentos que faziam bater 0 ofr A’ tarde. Clube —No campo de Jookey Uma tarde linda, em die,o sol e a falegeia brincavam no ax. Dezonas © ezenas de milhares de pessoas aglo- avameao polo campo fora, th low que quési nio poderiam ‘mas ali estavam, sc ths pe porque 0 corado as tinka ali resas. Na tribuna presidencial encontrava- Bsc @ sexthor Presidente da Repiblica, Presidente do Consetho © todo)o Go: 0 ie tival comesou com a chegada dos prides da M, f. Ancim quo ent aterraram, surgizam as filiadas da Mi. P. F. Tevando a frnte at suas De on, forme ¢ engrandeca Portugal. ia. Host Seahor 29 deMalo— Missa pe geampa- mento da M. P. a 8,30 da ghabha clebs alesse passagem, dias noseas rapa- ‘gas pode avaliar 0 que foro entutan o an alasingion qe ‘As filiadas spresentaramse com prio, mas ao mesmo. te uma simplicidade, uma Aistinglo, que a sua passage de ter imponéneia, foi beleza ¢ nio um desfile “miilitar’ Os mais dificeis de contentatnio Thes regatearam louvores: nada havia ue dizer senio bem! ‘A apresentacio da M. P. P= ée vida © disereta—nio foi uma exibi ‘Ho, foi apenas wim sorriso das rape- rigns que publicamentevicram aficmar com a sua presenga que a Pétria pode com elas! Ey assim “a Mocidade Portugiléss Feminina passou...” ligeira e graciosa’ © deixando atrés’ do sium sasto hue ‘minoso, como, uma dessas estrelas ea dentes que a) nossa especanca acom panba, Depois de terem desfilado em cons tinéncia por deante da)itrib: dencial foram sentar-se nis que lhes estavam reservadas, donde Assistiram 4 lindissima festa que fol a tarde de 29 de Maio, no Jockey. M. J. HA anos um jomal sito sobre a mais bela ps escanso depois dum ano de a doce recompensa do nosso es As férias sio um legitimo q o algeia para qoom cums ff mais pesada duma tapariga © § Aue mais de Tonge so comera falem Hi modelos au, loans oct eho sles ART ee pala oko distintoe tuma pedia ci pontados a dedo. por exemplo, uma fi- a MEF. apresentando-se tum fata do banho ou ge baile se, essa rapatiga ele oa ede eae a'qtio portenco, estd a preju- dicé-la. Eo nome da “Mocidade” tem de sor dignifieado por tdas as suas filindas. E preciso que as raparigas da “Mo- cidade” sejam capazes de reagir con- tra a imoralidade de certos ambientes © costumes dizendo para si-mosmas: “Porque sou da “Mocidade” néo pos 0 fazer nada que me fique mal”. E a questo vestudrio é das mais importantes. Sobretudo nas priias a incorrec¢do do vestudtio chega a ser or vezes indecente. Porque nfo hio-de as raparigas da “Mocidade”, em ver de se deixarem arrastar pelo mal, ter a coragem de resistir a certas modas em oposigio com 08 principios de moralidade que thes tém sido inculeados? Uma 66 pouco conseguitia, talven; mas sio tantas! E niio 6 apenas na intimidade dos seus “centros” que as filiadas devem estar unidas. Onde ‘quer que seja que se encontrem, 0 emblema que trazem ao peito deve aproximé-las com amizade thn obeh gacho de exercor ia umas 96 pas outras, 0, tédas juntas, no © que nds descjarnos & que sejam Jur no mundo! Thea pedimos que so afastem endo as mais virtuo- sas ‘as mais atraentes © simpitioas. Diss nde eejamen ¢ goe ax cw patigas da “ ” sejam no seu exterior um modélo e na sua atitude ‘um exemplo. ‘Nio as queremos embiocadas, es eupuloaas nem tists, Queremos ape thas que sejam rapatigas sis de corpo ¢ alma, gostando de parccor bem © de se divertir, mas sem esquecerem que sho cristis © portuguesas: 6 isto que a “Mocidade” Ihes pede. A grande imperateiz Masia Teresa da Austria, que teve uma vida exem- plarissima ‘numa época ¢ numa desmoralizada, costumava dizer: “Sou a primeira do meu reino, tenho de ser «primeira em tudo”, ‘Também vés, caparigas da “Mocl dade”, sois_ as’ primeiras em Portu- gal! Mas nko baste ter 0 primeiro lu- Bar: & preciso ser, pessoalmente, a primeiza em tudo! (MARIA JOANA MENDES LEAL TRABALHOS ve MAOS CASAQUINHO DIREITO As mangas so feitas com agulhas um pouco mais finas do que 0 corpo. Modo de fazer 0 trabatho: Comeca-se por baixo ¢ trabalhando stuma s6 parte até ds cavas. Deitamse 132 m, Trabalhar em liga (sempre a direito) ao alto 54 vol- tas. Formar as cavas. Trabalhar 27 m. (uma parte da frente) rematar 5 m. (primeira cava). Trabalhar 48 m. (Costas) rematar 6 m. primeira cava (segunda cava). Tra- balhar 27 m. (segunda parte da frente). Trabalhar cada parte separadamente, Em cada uma das partes da fren- te continuar a borda a direito. Simultaneamente do lado da cava rematar & primeira volta de intervalo duas ve- zes 2m. uma vez 1 m. Trabalhar a dircito sobre as 22 sm. restantes até que 0 trabalho tenha 88 voltas ao alto (céres’ de 18 em. Rematar as m.c terminar a segunda parte da frente da mesma maneiza. Apanhar as m. dei- xadas para as costas. Rematar de cada lado para as ca- ‘vas a primeira vez 2 m., segunda vez 1m. Sobre as 40 m. restantes trabalhar ao alto 18 cm. Rematar as m. ‘As mangas: sio feitas s6 duma pega, ombreiras © costas tudo junto em ponto de elastico, (1'm. do direito foutra do avéeso). Comeca-se por baixo. Deitar 64 m. trabalbar 12 cm. ao alto. Depois rematar de cada lado 4 primeica volta de intervalo quatro vezes 2 m., 3 my uma vez 11 m, Sobre as m. restantes trabalhar para fazer as ombreiras 5 om. em linha direita, Rematar uma das extremidades (borda da frente) 11m. Trabalhar ‘ainda 5 cm, nas m. restantes, encaixe das costas. Rematar. Fazer a segunda manga igual em sentido inverso. Coser ‘asmangas. Contornar a costura com uma volta de crochet. SAPATINHOS Comecar pela sola, deitar 50 m. Fazer 8 voltas em ponto de liga, aumentando 1m. ao principio © ao fi da 24 0 44 volta. Trabalhar mais 8 voltas. A partir desta altura trabaihar da maneica seguinte: 1.* volta trabelbar 23 m., 2m. juntas, 4 m., 2 m. juntas, 23 m. 28 volta trabalhar 22 m., 2m. juntas, 4 m., 2m. jun tas, 22 m. etc., até que fiquem na adulha s6 54m. ‘Nesta altura fazer 1 volta lisa. Na volta a seguir fazer 2 m. juntas, 1 Inca, etc., até ao fim da agulha. Depois trabalhar 20 voltas de m. de elastico dobrado (2 m. para © direito, 2 para avéaso) © rematar. Coser 08 sapatinhos © enfiar uma fita nos abertos. COMBINAGAO -CALCA Comesase por baixo da parte da frente. Deitar 70 sm. Fazer 3 em, ém ponto cléstico dobraclo (2 ao direito 2 ao avésso) © 15 em. de ponto de liga (sempre ao di- reito). Trabalhar 7 om. em ponto eléstico dobrado. Con- tinwar 0 ponto de liga. Juntar a cada extremidade para fs mangas 1 vez 5 m. ¢ na volta seduinto 15. Trabalhar 6 om. a direito, Rematar as 24 malhas do meio. Traba- Thar um lado. Trabalhar 2 em. a direito. Juntar do lado do decote para as costas 1 vex 12 m. Trabalhar 6 cm. fem ponto de liga. Rematar do lado da manga 1 vez 15 € 1 ver 5 m, Trabalhar 7 cm. em ponto elistico dobra- do, Deixar as m, Fazer a segunda metade do mesmo modo. Juntar as duas metades na agulha, Trabalhar 15 cm. em ponto de liga © 8 cm. em ponto de eldstico do- brado, Rematar,—As bordas. Apanhar 28 m. ao fundo da manga. ‘Teabalher 5 cm. om onto elistico dobrado © tematar. Apanhar 10 m. ao meio das 50 m. da parte da frente. Trabalhar 12 voltas em ponto’de liga. Rema- tar. Fazer 0 mesino na parte de traz. Coser dos Iados apanhando tédas as m. de cada lado da pena com- Preendendo os lados do meio. Trabalhar 12 voltas em. Ponto de liga. Forrar o meio com fita para pregar 4 bo- es. Do outro lado fazer as presilhas, Fechar a aber tura das costas com fita. Va ERA UMA VEZ... i if fe era filha de gente ima: og pais tinham vivido muito tempo no Brasil e, gracas ao trabalho honesto do pai, a fortuna ti- ha-so desenvolvido imenso. Voltaram paca Portugal ¢ resolve- tam viver em Lisboa onde compraram tum palnedte no Bairro Azul. ‘Mas, infelizmento, nunca se sentia contente aquela pobre menina! Os pais adoravam-na; e tudo o que a pequena desejava surgia como por encanto ‘Mas a pequena punca fazi © seu contentamento; e passa gumas horas, ou mesmo antes, ja de- Sejava outra coisa, Um dia veiu vi- ver para a casa ao lado uma fami- Tia simpética com quem comesaram a manter boas relagdes; © como havia duas pequenitas pela idade de Car- minho, combinaram-se tardes de ale- are brincadeira durar al. —Quem me dera ter uma boneea como a tua—suspirou Guidinha, a mais velha, pegando numa das lindas de Maria do Carmo. a MENINA indatidfeita —Entio 0 teu pai nio te dé uma? —respondeu Maria do Carmo. =O. pai néo 6 rico—interveiu Nazareth —e acha que as bonecas custam muito dinheiro. —E isso que tem?—tornou Ma ria do Carmo—o dinheizo fexse para fe comprarem coisas — concluiu. ara que queres tu tantas f- thas? —continuow Nazareth. —Eu nem jé faco caso delas; tudo me aborrece ! iG —E’ porque tens tudo! E assim nunca esperas por nada— disse. Gui- dinha—E. se tu, de vex em quando, fizesses um monte das coisas que te aborrecem ¢ as fosses levar —Aonde?!!—preguntou Maria do Carmo, interessada —Avscasasde gente pobre onde hi meninas da nossa idade — lembrou Nazareth if ‘Que divertido! Vamos! Vamos! —gritou Maria do Carmo, correndo para o quarto das brincadeiras. Mas nessa altura apareoou a crenda das juenas para as buscar © nada mais Fevsombinow. Contudo, a idéa. genc- rosa de Guldinba ia ger- minando no espftito insa- tisfeito de Maria do Car- mo; ¢ & noite, quando a i beijéla na cama, ela preguntow —O sabe onde ha casas de’ meninas po- bres que nio tém brinque- dos nenhuns, nem bonecos, nem nada? ‘A. mii, espantada, res- pondeu: —Infelizmente nao 6 di ffeil encontréclas. Mas tu nada tens com isso, Carmi ho; para ti hacde sempre hhaver as bonecas ¢ os brin- quedos. que quizeres. E ‘agora dorme, meu amor, do’ Carmo nada respondeu; Mas téda a noi te cismou. .. Na manha se- Tre) ON LIEN E essa, uma boa beirda cheia de sim. plicidade, logo exclamou, rindo com gbsto: Se a menina quer jé saber dum casebre onde ha uma eatrefa de mit das, é dar uns passos além, a umas terras de Pal jo Carmo, admirada, jornou a oreada—E’ 0 iio, 6 0 fato... Queria la ir contigo, Maria de ‘e Maria do Carmo levantou ‘se da cama e correu para o quarto do bank. ‘Se a mfisinha der licenga, é j4, —A mii, sem saber do que corrett ao seu encontro, de olhos brie Ihantes e faces edradas, o seu espanto foi grande ao ouvir as frases vibran- tes de Maria do Carmo. Mai, 6 indi! Eu ndo sabia que havia. meninas assim! Nao. tinham tomado o leite da manhi, nio thes tinham dado pio com manteiga! e dormem As duas ¢ duas num eolchio velho! E nio tém sabio para se la- var, nem Agua quente para o banho, nem boneeas para brincar, nem —Mas que gealhada 6 esta, Carmi- nho?!—interrompeu 0 pai, que en- 0, eu explico 0 que &. Sé hoje é que eu vi meninas pobresinhas; ¢ acho tio exquisito que elas nio te- ham uma quantidade de coisas que feu tenho! Gostava de Ihes levar esta tarde 0 pio, 0 leite, as bonecas, os livros © pai, que era um homem bom, embora tivesse sido mau educador até ali, ficou um momento, a pensar. Depois, sentou-se & mesa, cheyou a sia fithe adorada, ¢ disse-the —Meu amor, acabas de me fazer yer uma coisa em que eu nao tinha pensado ainda. Eu trazia hoje uma boa noticia para casa: 6 que acabo de go- thar, inesperadamente, mais uma cen- tena de contos. Tencionava aplicé-los na compra duima casa que esté para vender ino meio duma pequena quinta “Entio 0 paisinko nfo responde a0 que eu Ihe disse ? — interveiu Maria do Carmo, desconsolada. = Vai, Carminho, levar 0 que qui zeres as pobrerinhas: 6a cata que ou vou comprar sera « Casa para as criangas pobres, onde nunca nada Thes faltaza! ‘Maria do Carmo, radiante, saltou U sou um eho esperto; nio hi disso a menor divida. E como levo a vida a observar 9 aue ‘se passa em volta de mim, na alegre asa em que vivo (no meio duma fa- tmilia adorével) resolvi escrever as ‘minkas “Memérias” : isto 6, ditélas Tadrando duma maneira tho expressi ya que a minha dona pequenina, a Mim, entende sempre perfitames fo que eu quero dizer. E 6 ela que re folveu escrever as minhas Memérias Tusita como é, melhor que ninguém sabe o que interessa as colegas Lusitas! E eu, assim, tenho a consolacio de me saber compreendido. Quando entrei pela primeira vez fem casa dos meus donos 6 simpati- zei com éle, a falar a verdade | ‘A mulher déle tentou afagarme, puxoume para o seu colo, eorreu a Jo meu pélo branco, mas io sou muito dado (como certés cfesitos que lambem toda a gente) fiz-me de manto de séda... Os petizes andaram a correr de volta de ‘mim como pardais—mas também no « hes dei confianca, Com a avé é que embirrei logo! Era uma senhora baixinha, de gran- des olhos de vidro acavalados em ci- ‘ma dum grande nariz © eu senti logo que ela no apreciava os meus gra- ciosos pulos, as minhas lambidelas, (05 meus gritos estridentes ao se} sme do antigo dono. Mas como sou bem educado nunca manifestei osten- Sivamente os meus sentimentos Aquie- Ia senhora. Eu sei que niio préprio de quem tem raga, e conserva 0 culto dos ante- passados como eu, escutar as conver 885; mas realmente havia necessidade ‘20 pescoro do. pai. K enquanto nko ficou tdda instalada a Casa das Crian $25 pobres, no moio duma quintazi nha alegre e chein de sol, Maria do Carmo nio descancou! Quiz ela mes- mma coser os guardanapos de atar, embainkar 9s grossos panos de cosi- tha... Depois, quiz ser ela, no dia da inauguracio, a arrumar as ca- deiras nos seus lugares, 08 ban quinhos de costuca, tude! Néo se Aesereve o que foi, entio, a alegria Gaquela festa. Mas, se entre as deze- tas de eriangas pobres que de ora Avante ali teriam 0 pio, o fato, 0 en- Sino, a limpeza, reinava um entusias ‘0 quo fazia ber & alma, que dizer da Felicidade de Maria do Carmo? Nunca fais soube 0 que era aborrecimen: to. E potcebeu, entio, que a maior lcgsia cdete mundo estd numa coisa simples: — Dar alegria aos outros ! a MEMORIAS rin LULU branc (0) de interyir no que se dizia, tanto me indignavam as enormidades que ouvia! Uma delas foi a combinagio que fizeram (66 08 pais, é claro) de me mio deixar entrar na casa de jantar—e porqué, poderio dizer-me? No sei eu porventura lamber os pratos muito. melhor do que éles? Nao trinco eu os ossinhos com mais energia? Para mim nem é preciso toda aquela complicacto das toalhas de mesa (sempre a encherem-se de n6- doas) dos pratos variados e dos guar- danapos para limpar a gordura da boca. Para que Ihes serve a lingua centio ? Sé para dizerem mal dos c&es, é claro. Se"soubessem servirse dela como rnés, quanto trabalko poupavam creados ¢ as lavadeiras... Se os falassem até poderiam ter influ nna raga humana! ‘A’ mania do autoritariamo é que 6 deveras insuportivel nos donos dos cies; ¢ todos a tém, infelizmente! Esté um pobre animal enroscado agradavelmente, meio adormecido, pensando em bélos saborosos, em os- ‘sos suculentos, estremece de repente: i! venha cé!—Levanta-se 0 pobre Lit, obedece ao chamamento na espe ranga vaga dumarecompensa;mas qual! —Li, chegue aqui! Li, deite-se! E’ um verdadeiro martirio! Enquanto a Mimi néo se deita, te- ho vida rogalada; ela 6 tao meig nha! E’ realmente muito minha amiga, bem o sinto! Pelo dia adiante tenho uns soni hos deliciosos na posigéo querida da minha familia—costas. no chio, pa- tas bem abertas, focinho para 0 ar Que delicia! Estou receiando tornarme vaidoso; 6 tio freqiiente eu ouvir dizer em vol ta de mim—que pélo tio beanco! Quo pelinha tio rosada! Que olhos tao vivos! Realmente nio admira se tal suceder, Para ciimulo da minha toleima che- gou hé pouco um jornal francés com © meu préprio retrato na capa! (¢ eu tenho a certeza disso porque ouvi 0 dono dizer dona: olha, flhinha, © retrato de Lil Que jd me conhecessem em Fran- a admirowme deveras. Mas com as mil invengSes que hé agora, quem sabe se me fotografaram a disténcia, sem eu perceber?... ‘Quando estamos na Quinta, vivo sempre rodeado de petizada—nio s6 © rancho de casa, (e sho seis ao todo) mas uma tropa de saloiositos pobres, que moram numa casa brance dentro da quinta. sos ors me Um pedido de Sua Santidade as LUSITAS Sabem, queridas amiguinkas, qual o pedido que vos faz 0 San- to Padre? Poderia Sua Santi- dade dar-vos uma ordem, sim- plesmente; e com que gosto, de- certo, a quererieis cumprir. , orem, un pedido: e nenhuma usita, catélica e conscienciosa, deixard deo atender. E’ que re- zeis, bem do coracdo, todos os diag, uma oragio pela PAZ DO MUNDO! Pedi a Jesus, pedi a Nossa Senhora que seja a voasa intermediaria junto de Jesus, pedi com toda @ vossa alma de creanga, e a Paz reinaré, enfim, ndo 86 na nossa Patria, mas em todo 0 mundo. ABELHINHAS Por absoluta falta de espago nio pode a Abelha Mestra falar desta vex. CHARADAS Que pena tenho—(1 silaba) Daguela creatura— (2 silabas) Sem satide! 1e abafo de luxo—(2 © 2) fajo dlém na Outra Banda! (A solucho vers na pagina 10) Senate ae AUDA ey eMart monies cat SERS ay Se eer eee ee ener aoe incertae Perera tor nenTice nee tine bolismo clevado, ligado com o Santo ue a I ane ne aera cra Perce ome ae Temes cet Perc rnes a Oo irene er eee eI eae Errante Sonar nde! Porque ser q f festa de 5. Joio é uma festa de lux ¢ de alegeia? dom fogueiras na noite de rose erent neg 6 tao queride do povo ? Nem o anor cei eeare neta one emcee me ie ETT ae inteligéncia das coisas de {6 © seguiam com maior Ci Ran RL cs ie eae ec peranga ou de triunfo. © nascimento de S. Joio 6 uma festa de errata mmc Bere a ce ran nT que Joie & cle proprio uma luz que yeiu “A testemunho da luz, para que todos aereditassem!" Retreat Poe tee cn arene ee error Nn Ca ae sneer S ven Mee nee esas Tu Secret Beacon NC n incondiar 0 e6u; pelos vales el tC eane are ec aeriseY tarot erent tae ea eter erst prrerni Do Oriente 0 Ocidente, na noite de S. Joao as treyas tornavam-se luninosas. As fosuciras le tinham vor como os Anjos de Belém ekcoren ment ewer eerie Breer nr entry ae oer cartes eatery S. Joio vem de muito Ic Pc Roca nto Wr oc eS occ ORO Oe cca tne net iter ee ara rr eae ase pa arte langava fogo a uma das eran ry Oe cir ree ceria a Tec Scere ety Crue e ean enn encontrar tee dia; © © povo, inflamando fachos nas labaredas da fogucira, espalhaya-se pelo campo, acendendo Pitre ak ernceterears Ronen , apareciam luzes por A terra saiidava o nascimento do Pereursor Rarer ancy orem wren da festa do Natal: cra o despontar da este Tn err ccea ort Patera a eM Tan Per Pree te corte Eee nena erent rat Seams ie) Ser errant eerie pees ticos... aleachofras,.. Alegria Fontana Neto aer Neat [itera ae Ineo NCO ta a CO Cir rarer eer aeccrcretn CaerCUn ss enna crs oN ae red LAK A HABITACAO AREJAMENTO DA CASA E% <0 sol nasea pari todos», infelizmente nem tOdas as casas so soalhelras. Maa, A falta de sol, podemos, ao, menos, deixar engi oar ter sempre «nose chan beta asada A fospiragio, a transpiragho, o lume, as luzes, 08 mais cheltos,o fume, gy vlan © are tomnas-no ime io pana o nossos pulimdes. PMGirefie nian casa 8 Tenover o ar dentro dela; isto & substituir por ar puro 0 ar que perdeu os elementos ne €essArios para a nossa respiragho e se easregou de cle mentoe novivos, ‘QUANDO DEVEMOS AREJAR A NOSSA CASA? Pelo menos de mana, durante as limpezas da casa ¢ sempre que abanionarmos tim compartimento que tenha fenado ocupado durante multo tempo. ou por multas pes: Sous porque. tese ar tornouae quan isfeapiravel’ pela __pereeittagem de-gnidrido carbanico que conte, Ee 0 ar Que respiramos & viciado, nao now thega sou puimbee 0 Gulgtale suflslene, o"postanto 0 sangue, que nie fea hem purificndo, nfo pols levar ao corpo a finya e' vida 2 age nee) oO pene o melhor é conservarmos abertas aa janciae do compartinento em que nos encon: ramon. Nto devemos ter médo do ar, O urd vida e aadde! A falta: de bom ar é'o siotiva de muitae doengas ¢ om ev- Peclal de tubereulose. osm dou podem ter ma cnan grande todos podem abrir as janclas © procurar viver higiénlca: mente, E um grande ro o costume que algumas pessoas Nome’ por cauen do irio'e fo vero por cass G6 calor! Se cree: Be cee wcities lo incandescente.produz o daldo de carbono-que vicla each rae mode, COMO FAZER 0 AREJAMENTO Sette chen Staats as eer ats Pn matic. ots ceatperate str ta ras ercnd ve Staviapel tec neate ihe rei ew RECEITAS pz COSINHA S nowsae recetas podem ser exccutadas com conflan A porque sto tidak Ja expertanentatan a DOCES DE NOZES 200m enon psn ose Spends 4 claras? 300 gre, de deatcar, i final Al oe te ends pe ee oa a eae jo oy des ers arate al atte ele seed cee a ten ae ns atin ena a dng ic tne Gee cee ta 2 serene eta a ae ace eee ace harcore eo ia le tata ne ah ence ae ri ee eee etc ae Sac tee fei ates docinhos ado bontios & matto bons. Quando tive pearl e PUDIM DE MORANGOS Batem-se bem 9 claras ei castelo; depols junta-te-the 2 chavenas de assiicar e contiaua-se @ baler como se fosee para suapiros, Delta-se numa forma, de untada com manteiga, Vai aoforno em egtando bem cosido, 0 que 86 ¢ com, facildade,"votta-ve adbre um pra jurante 0 fenipo em que 0 puidtas ramese 08 morangos da segulnte the on pos; partem-se aoe boca ‘uliidos, Delta-ve um poucd de aasiear ‘Parte-so 0 pudim com tina face @ parte de < ‘ Partidos @ o co ‘ay enfeltacne0 pa nil de rue be fa fintehas ee) “a VAcaba de $8 intros, — Be Co Four actin naa eg alae ce ete cape ete Bees ee perce pe 2 ore a irs hoe lem ence eee Sige aang in pee eae ee ee i ea eres Deranes Rae i Be ss vaste dace Fe Pre ins cen cores ogra er in rd Bacar siecah meer Bee as eee dears etmlen mentee pees steer ae mete Secs | hantemente pela vida, para ganhar 0 Piodecatatia Beton verla que ¢ multo mator a qlegela que ventirdo ao faser 140 n= fire ced, do que abortectmento co eset Pratigtenos também desportos, tata coms: a natagdo, patinageln e ou tron, qus ado neseandtlon pata o nosso encntotoimento finico para @ nose dinteaogdo. Vefam bem, sempre com ator dectncle qi lecxigit-« neorporada eM Ba que todas ‘ldo. etladas peincipatinente dene fir. Mas a feria edo td0 Grandes 1 Porque ndo havemos nde RESPOSTAS de dtvldir 0 tempo, de modo a poder- ‘mon aprovsitcto melhor potnioets Ga nonea exintenclas. £. ndo 0 nabene o aproveitar consententemente, nao collehemoe, go cabo de algum tempo, O frato que jd devia ter amadurecito, Portia eoleg, fat por toads @ ot tin. Vammon tOdas” aeranjar 0 Hoseo horariosinho de «Pérlas Gran: eas, Cada wina de née ficto-d como imation tte ntrinclulnd in Ovdencanao. Até nas proprias horas de feereia ‘podemon givin. conhect Inentoo, dem estar com a preoot do eatiddo,s.— tim loro que net Sobre descriyden de terran, de viag de intel conterea rao mualguer pessoa cullay de fa img fl Into norte de ‘now eapittio, “Abantdonemon ae leitur eros de sdgua com ag dam tanio am mata od {een a conversa, teses ioe aurgem as nossas peices Sempre por 10008 of disclose. 94 frown exh tal jue, Wiada que ee preza Seus deqjfea de rapariga, decatudan= tere de bepazncerio no tempo de Feria jmpele be ng va Pe ees Raparigas da MPF como have. ir 0 noano tr [ites “Shabaram aa liden excole. re para o campo ot para & Palas qantan cesta, chelas de act Mes dr none ie da oidade gue rnon parece 0 t endo hae audi tdealizar wshas ferkan els © pails do tga weal? a campo? Comecemon 0 dia Wom psselo cedinho. Gnegatemos a casa om bom apetive ara o almoeaie Etepostsdo pal comelie ensinan- thor qualquer coisa a. Fetfo ato, va- fsznecrr sem lac fest, lembrando- rosea companhelras sworte ide poderem sain finan. Nao apetece ler? rmbremd-nOs que temoe 10 08 trabathon boni- ‘pouhamo-tos ern ig apetecer mexer, comecam on utero» fem) « devafar-non “aBrineadeira... Entdo, rapart- indo ssjamoa velias antes dete Bifuido desconsolemios on manos com Gelerna frase: «Nido me maceds Flea ‘querem Jogar dn encondidas? Blea Guerem jogar 9 «gritos? Vamos ao rilo com entustasino, Passacve a tare Gee & hora do jatar vom a male 0 tie oe? On. metidon todow despentec fon, muivan oesen com an satta etfan, mas mulfo natnfetion. Now, am ae fas mais velhas, parce que havemos de delsar a mai it por ondem naw col ioe, pentedlon, mudarcthes 0 bibe, ‘ter’ Se mao tenon manon samon até ‘Sasa dos quinteiros, converaemou com Stes, enathemo-thes alguma cots tt fom gettinho para oa ndo melindrac, fratemon bem o8 fithon delea, (reams {que soja muito felon & matcreadon Proctemon incntir ca ‘deta dle Deve Raquelaw clmitan racen mas boas ¢ ‘nemon-thenoeaesiamo deaite don mals para que entea aprovetten tame bem. etto isto chegareimoe a noite Dcontenter dio nowso dia. Na prata que havemos de fazer? wrombe de passaro dia feltas lagar- ‘stendidas ao sol? Nao! apetece “Eecalhamos sm loro bonito, Inee zo ot divertido (como consetho de im da jtzo, ¢ claro?) Apetece eax Tombtemo:noe soa pobresinkon dbathemon para sles, Nao apetece yr nadia? Pots bem, olhemoa para wo lindo mar de Bortupa «pre mon emt colaae graniden ¢ bonttan = cjtamenos paea car we vol? vamos chelas de alegria (bem exc stom a preoeipasdo constant er bem fe qudlquer manelra? cima boa palaore que se diz, tim ger= big, aie be prowts ef.) ido dard gastos Dewts ® 0 n08 menmnan! ‘Rentiminco: preenchamon 0 tempo do forlan a montear a todos que somnoe raparigas. chelas de nonho.e de ideal Gite hdvemoe de. realizar pelo. noaso Ucforgo.de raparigas criathee Porta guesas Maria Leonor de Cabédo Garcia Tas Ne Came Nv 3- Aine orca Safatenider (conga) ‘Solugié das Charadas: Daente ¢ Caparieg We 4

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