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Executivos

Por Flávio Mackenzie 16 de junho de 2008

Vou contar uma historia


De homens de tradição
Prefeitos de uma cidade
Reconhecidos no torrão
Ninguém jamais esquecera
Desse ilustre. Cidadão

Tendo como exemplo


Um tal afamado João
Conhecido por pai do povo
Homem de bom coração
Honesto, honrado, viril
Um verdadeiro campeão

João Denis de Rezende


Do tipo que nunca existiu
Farmacêutico e letrado
Do jeito que nunca se vil
Prefeito de Rosário
Catete varonil

Esse homem afamado


De bobo não têm nada
Quando manda fazer
Não quer ouvir zoada
Ainda cuspia no chão
Apreçando a peonada

Esqueçamos mestre João


Falemos de alguém antes
Um tal Martinho Xavier
Um verdadeiro comandante
Para o que der e vier
Ordenou retirada constante

Acreditem caros leitores


De tudo que tenho dito
Esse tal Martinho
Explicar é preciso
Foi quem destruiu a rua
Por isso não minto

Esse tal Martinho


Não sei de que Xavier
Adversário de João
Um político qualquer
Dono do único cartório
Onde casei com a mulher
Xavier quando prefeito
Não teve consideração
Deportou toda uma rua
Em nome da educação
Da moral e bons costumes
Desprezando a razão

Sem se dar conta do clamor


Das famílias que ali vivia
João Denis dei jeito
Na desordem que existia
Ajeitou as casa do povo
Acabou com a agonia

Mas, o tempo passou


Mestre João faleceu
Um outro nome surgiu
Laércio genro seu
Jovem porém inteligente
Para prefeito venceu

É um nova tempo
Livre para voar
Com infra estrutura
Sem dar bola pro azar
O mais jovem do Brasil
O povo todo aclamar

Mudou a cara da cidade


E a fez prosperar
Buscou dinheiro aonde tinha
Fez o povo se orgulhar
Laércio prefeito
Bradavam seu nome no ar

Mas que falou pelo povo


Não teve sucessão
O nome escolhido
Pra conduzir a nação
Um fazendeiro Calazans
De estúpido coração

Uma semana depois


Do seu nome declarado
Seu filho uma surra deu
Em pobre coitado
Que teve a infeliz vontade
De pegar fruto no seu roçado

A noticia se espalhou
Por todo a cidade
As pessoas estarreceram
Com esta novidade
O filho de Calazans
Fez esta barbaridade
Espancou uma pessoa
Por um fruto no chão
O povo dei o troco
Na urna do cidadão
Perdeu Calazans e Laércio
Venceu Wagner a questão

Cara leitor um minuto


Para uma reflexão
Wagner Quintela foi vice
Do genro do saudoso João
Passoulhe uma rasteira
Na primeira ocasião

Na primeira oportunidade
Com a prefeitura em suas mãos
O prefeito se ausentou
Ele assumiu a condição
Uma festa que fez
Conquistou povão

Perdeu Laércio a prefeitura


No voto Wagner se elegeu
Muita coisa aconteceu
Com Wagner como prefeito
Atraso do salários
Todo insatisfeito

Tudo estava errado


Ninguém conseguia entender
Como alguém inteligente
Deixou isso acontecer
A cidade abandonada
Entregue ao bel prazer

Deixemos Wagner de lado


Falemos agora então
Do homem que desmaiou
Com um cheque na mão
Era tão grande a quantia
Ele quase morre no chão

Derneval Rodrigues seu nome


Um estimado professor
Decidiu ser prefeito
Quando era vereador
Tapeando todos com fe3irinha
Assim foi vencedor

Seu reinado não foi direito


Assim com o do antecessor
Fome e salários atrasados
Na verdade nada mudou
Mudou apenas o palhaço
O circo continuou

Eram tempos difíceis


Muito chora e lamentação
Muito dinheiro escorrendo
Dos cofres desta nação
Pra onde; ninguém viu
Muito menos descrição

Derneval se perdeu
A prefeitura foi mudado
Agora na capital
Do meu estimado estado
O prefeito era daqui
Mas por outros governado

Derneval foi cassado


Sem terminar seu reinado
Assumiu o vice Laércio
Pai do genro afamado
Foi posto para fora
Por força de mandado

O sol de novo sorriu


Para o pobre trabalhador
Funcionário do município
Seu dinheiro ganhou valor
Pode comprar o que quiser
Ou pagar a um doutor

O outro João o primeiro


Falecido esta em paz
Faleceu no ano da enchente
Que de desabrigar foi capaz
Elegeu o genro esperto
Um astucioso rapaz

Outra vez o genro de João


Homem corajoso afamado
Assumi a prefeitura
Para um segundo reinado
Expandiu os horizontes
Alem das cercas do Estado

Jose Laércio passos


Junior prefeito agora
Do município a frente
Passo a passo sem demora
Salários atualizados
Uma cidade de vitorias
Porem por algum tempo
Essa historia perdurou
Muito coisa aconteceu
Só que isso acabou
A policia Federal
Laércio Junior algemou

Acusado de desvio
E outras coisas mais
Um monte de gente presa
Por causa de alguns reais
Inclusive família rica
Heranças dos canaviais

Não sei bem ao certo


Quantos foram algemados
Só sei que um João conhecido
Na hora passou maus bocados
Deu febre dor de barriga
Defecou e urinou o danado

Mas Laércio Junior escapou


Todos foram libertos
Assumiram suas cadeiras
Eu cá não acho isso certo
Todos deviam estar presos
Seria o mais correto

Mas que sou para querer isso


Um simples espectador
Um amante da natureza
Simplesmente um escritor
Alguém que gosta da verdade
Seja ela qual for

Falo apenas do que sei


Lembro de todo. Isso é fato
A vinte e sete anos
Vivo empilhando prato
Imaginado com seria
Ostentar este mandato

Orgulhoso da certeza
Pre-rogada pelo tempo
Odiado por políticos
Educado em seu acento
Transmissor da verdade
Amável em todo o momento

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