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RESENHA CRÍTICA GET-109

VÍDEOS SOBRE CRIAÇÃO MASSAL


DE INSETOS

HEITOR GARCIA SILVA ALVES 201910713


ELICARLOS FREITAS CARNEIRO 201910758

LAVRAS-MG
JUNHO – 2023
Na década de 80, a criação massal de insetos no controle biológico era
predominantemente realizada em laboratórios especializados. As instalações eram mais
limitadas e o processo exigia cuidadosa manutenção das condições ambientais para
garantir a reprodução e o desenvolvimento dos insetos em larga escala. O controle dos
fatores de temperatura, umidade e alimentação dos insetos era crucial para o sucesso da
criação massal, e assim atingir o objetivo do controle biológico, que é restabelecer o
equilíbrio entre praga e inimigo natural. Além disso, os métodos de produção e liberação
dos insetos eram mais tradicionais. Os insetos eram geralmente liberados manualmente em
áreas específicas, com o objetivo de estabelecer uma população benéfica capaz de
suprimir as pragas. Isso exigia um conhecimento detalhado da biologia e do
comportamento dos insetos-alvo, bem como das condições ambientais ideais para sua
proliferação.

O manejo daquela época também mudou muito para o que vemos atualmente,
como por exemplo, o uso do sal de cozinha para diminuir a dosagem dos produtos
químicos visando o controle dos percevejos, o que não é mais usado nos dias de hoje.
Outro ponto, é o fato de naquela época o percevejo barriga-verde (Dichelopis furcatus) ser
considerado uma praga secundária, com menos atenção, o que não ocorre atualmente, já
que atualmente é considerado uma praga principal, além disso, na década de 80 o
percevejo-verde (Nesara viridula), era considerado a principal praga da cultura da soja, e
atualmente o Percevejo-marrom (Euchistus heros) é o mais problemático. Por fim,
acreditamos que a principal mudança do manejo para os dias de hoje, é que sempre
prioriza-se o manejo preventivo, para que não ocorra a presença da praga, não sendo
necessário esperar ela atingir um certo nível para se iniciar o controle, além disso, naquela
época o controle biológico só era recomendado em grandes áreas, e hoje vemos que o
mesmo é usado praticamente em todas as propriedades produtoras de soja, independente
do tamanho.

Dessa forma, com os avanços tecnológicos e científicos ao longo das últimas


décadas, a criação massal de insetos no controle biológico evoluiu consideravelmente. As
instalações de criação massal foram aprimoradas, incorporando automação e tecnologias
avançadas de monitoramento e controle de ambientes. Isso permitiu aumentar a eficiência
e a capacidade de produção em larga escala. Além disso, as técnicas de liberação dos
insetos também evoluíram. Atualmente, são utilizados métodos mais sofisticados, como a
liberação aérea por meio de drones ou a liberação terrestre com o auxílio de veículos
equipados. Essas abordagens permitem uma distribuição mais eficiente e precisa dos
insetos benéficos, cobrindo áreas maiores e alcançando locais de difícil acesso.

Outra grande mudança ocorreu no desenvolvimento de novas espécies de insetos


benéficos, como por exemplo o uso da Anagasta sp. ou Ephestia sp, no lugar da Sitotroga
cerealella, que era usado no vídeo, para a produção do Trichogramma, devido a
facilidades no momento da criação, como o substrato utilizado . Dessa forma, através de
técnicas de melhoramento genético e seleção, cientistas conseguiram aprimorar
características desejáveis, como maior resistência a condições adversas, maior capacidade
de reprodução e maior efetividade na predação das pragas-alvo. Essas melhorias têm
contribuído para aumentar a eficácia do controle biológico por meio da criação massal de
insetos.

Em resumo, a criação massal de insetos no controle biológico evoluiu desde a


década de 80 até a atualidade, incorporando avanços tecnológicos, métodos de liberação
mais sofisticados e o desenvolvimento de novas cepas de insetos benéficos. Essas
transformações têm contribuído para tornar o controle biológico mais eficiente,
sustentável e adaptado às demandas atuais de manejo integrado de pragas. Entretanto,
deve-se valorizar muito a pesquisa daquela época, pois a base das técnicas da criação
massal atual é proveniente da década de 80, com a adição das melhorias citadas acima
para a consolidação do controle biológico nos dias de hoje.

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