Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
E-Book Aulas Inaugurais 37º Exame - 2 Fase Direito Do Trabalho
E-Book Aulas Inaugurais 37º Exame - 2 Fase Direito Do Trabalho
Trabalho
Aula Inaugural
Prof.ª Dra. Cleize Kohls
Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
2ª FASE OAB | TRABALHO | 37º EXAME
Aulas Inaugurais
Prof.ª Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
SUMÁRIO
Time de Professores.......................................................................................03
Portal Ceisc.....................................................................................................04
Aulas do Curso...............................................................................................06
Indicações dos Professores...........................................................................08
Linha do Tempo processo do trabalho.........................................................09
Empregado | Empregados Especiais | Empregador.......................................14
Olá, tudo bem? Este material de apoio foi organizado especificadamente para a
Aula Inaugural do curso preparatório para a 2ª Fase OAB do 37º Exame. Além
disso, recomenda-se a aula seja assistida com a legislação pertinente.
TRABALHO TRABA
BALHO TRABALHO TRABALHO TRABALHO TR
TRABAL
Time de
Professores
RABALHO TRABALHO
Mestre em Direito |
Advogado e professor no
Ceisc | Disciplinas: Direito
do Trabalho | Especialista
em Direito e Processo do
Trabalho; Especialista em
Direito Constitucional |
Luiz Henrique Dutra Palestrante | Escritor |
HO TRABALHO
@prof.luiz.henrique
03
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
Portal Ceisc
2ª Fase de Direito do Trabalho
Cronogramas I Tutoriais
Nessa pasta você encontrará as
principais informações sobre
cronogramas e os Cronogramas na
versão PDF e Planner de Estudos.
Simulados I Tutoriais
Nessa pasta você encontrará as
tutoriais sobre simulados.
Ceisc indica
Itens indicados pelo Ceisc específico
da área escolhida pelo aluno.
Botão "Ajuda" na página
Principais orientações do
do curso serve para
curso: se concentrar, se
E-Books desconectar das redes
contatar o atendimento
Ceisc das 08h às 22h30
Pergunte ao professor: você sociais, seguir a sequência
Materiais I 2ª Fase de Trabalho (horário de Brasília) e
pode tirar dúvidas de conteúdo lógica do conteúdo e etc.
Nesta pasta você irá encontrar todos os materiais também para tirar dúvidas
diretamente com o professor disponíveis no curso. de conteúdo e mandar
ou com a Equipe Ceisc. recados nas aulas AO
VIVO.
Aulas e Mentorias
Aulas Regular
Nesta pasta você irá encontrar as aulas ao vivo Ícones para acesso rápido: ao painel de
do curso, que devem ser, preferencialmente, simulados, ao cronograma, ao link do
assistidas nas datas e horários agendados. Após a grupo do telegram, ao planner e
transmissão ao vivo, as aulas ficam disponíveis de também às anotações que você faz nas
forma gravada no portal. aulas ao vivo.
04
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
Disponibilizamos aos alunos aulas gravadas Interação do aluno em tempo real com a
de orientações físicas, nutricionais, saúde equipe/professores, durante a
mental e yoga; visando o bem-estar na transmissão da aula.
preparação dos estudos.
05
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
Aulas
Aulas Regular Mentoria (Ao vivo) Aulas Complementares
01. Aula Inaugural 2ª Fase Trabalho 37º Mentoria 01. Conhecendo o portal do 1. Treinamento: MS, HC, HD. Recurso extraordinário
Exame: Linha do tempo do processo do aluno e organizando os estudos em matéria trabalhista
trabalho e panorama geral de direito Mentoria 02. Marcações e Remissões da 2. Treinamento: Dissídio coletivo, ação de
material CLT cumprimento, ACP e Ação coletiva. Ação anulatória
02. Aula Inaugural 2ª Fase Trabalho 37º Mentoria 03. Estratégia de como resolver 3. Mentoria de resolução de peça
Exame: CTPS I Empregado I Empregados peças 4. Correção da Prova de Direito do Trabalho do 36º
Especiais I Empregador Mentoria 04. Estratégia de como resolver Exame de Ordem
03. Reclamação Trabalhista questões 5. Treinamento: AR, Inquérito para apuração de falta
04. Reclamação Trabalhista seu passo a Mentoria 05. Confie no seu potencial grave, ação de prestação de contas, ação monitória.
passo e Treinamento Ação de exibição de documentos. Acordo
05. Contrato de Trabalho I Dano Mentoria 06. Conhecendo a prova Extrajudicial
Extrapatrimonial prático profissional da 2ª fase 6. Treinamento: Agravo de Instrumento, Embargos
06.Notificação/Audiências/Prazos/Nulidad Mentoria 07. Reta final: o que fazer na de Declaração e Recurso Adesivo
es e Defesas no processo do Trabalho última semana de estudos 7. Mentoria de resolução de questões
07. Jornada de Trabalho 8. Treinamento: Recurso de revista, Recurso de
08. Contestação seu passo a passo e Embargos no TST. Reclamação Constitucional e
Treinamento Correição Parcial
09. Remuneração 9. Recalculando Rota: Orientações de estudos e
10. Exceções e Provas técnicas de resolução de questões
11. Término do Contrato de Trabalho 10. Treinamento: Execução de títulos judiciais e
12. Sentença e Teoria Geral dos Recursos extrajudicial. IDPJ. Exceção de Incompetência.
Agravo de Petição
13. Estabilidade I FGTS I Prescrição 11. Kit Sobrevivência Processo do Trabalho
14. Recurso Ordinário seu passo a passo e 12. Kit Sobrevivência Direito do Trabalho
Treinamento 13. S.O.S I Processo do Trabalho
15. Contrarrazões seu passo a passo e 14. S.O.S I Direito do Trabalho
Treinamento/ED e AI e RR/Recurso 15. Princípios, Fontes e Aplicação da norma jurídica
Adesivo/ETST trabalhista
16. Direito Coletivo do Trabalho 16. Direito Constitucional do Trabalho
17. Liquidação de Sentença e Execução 17. Princípios e Competência I Processo do Trabalho
18. Das partes e procuradores
18. Execução/Embargos à execução seu 19. Entendendo quando tem reflexos salariais
passo a passo e Treinamento/Agravo de 20. Calculando verbas rescisórias
Petição 21. Ritos da Justiça do Trabalho
19. Bateria de questões I Direito Material 22. Sentença e Coisa Julgada
23. Teoria Geral dos Recursos
20. AR/ MS/ Inquérito/Acordo 24. Empregados Especiais
Extrajudicial/Ação de Consignação seu 25. FGT
passo a passo e Treinamento 26. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)
21. Bateria de questões I Direito Material e 27. Súmulas e OJ's que não se aplicam mais
Processual 28. Relação de Trabalho/Terceirização e
22. Treinamento de peças I Trabalhador temporário
23. Bateria de questões I Direito Processual 29. Medicina e segurança do Trabalho e Força maior
30. Princípios, Fontes e espécies de execução
24. Treinamento de peças II 31. Fazendo uma Reclamação Trabalhista 100% de
25. Principais teses das peças acordo com o espelho da FGV
26. Principais teses das questões 32. Fazendo uma Contestação 100% de acordo com
o espelho da FGV
33. Fazendo um Recurso Ordinário 100% de acordo
com o espelho da FGV
34. Liquidação: por arbitramento e por
procedimento comum
35. Conteúdos Inusitados
36. Recursos Inusitados
06
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
Aulas
Aulas Regular
Português Jurídico Provas Anteriores OAB/FGV Revisão Turbo
- Trabalho
Português Jurídico Correção do X Exame Revisão Turbo 2ª Fase Trabalho 36º
Exame OAB - Parte I
Correção do XII Exame
Revisão Turbo 2ª Fase Trabalho 36º
Correção do XVII Exame
Exame OAB - Parte II
Correção do XVIII Exame
Correção do XX Exame
Correção do XXI Exame
Correção do XXII Exame
Correção do XXIII Exame
Correção do XXIV Exame
Correção do XXVII Exame
Correção do XXVIII Exame
Correção do XXVI Exame
07
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
CLT Organizada e
demais indicações Ceisc
Cupom exclusivo para alunos no EaD
Diálogos sobre o
CLT Organizada Livro Teoria e Prática Direito do Trabalho
R$ 15 de desconto R$ 15 de desconto R$ 15 de desconto
Código: Código: Código:
CEISCJUS15 CEISCJUS15 CEISCJUS15
08
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
Reclamatória Trabalhista XII, XIV, XX, XXII, XXVII, XXX, XXXIII, XXXIV
Recurso Ordinário 2010.3, VII, IX, XV, XVI, XIX, XXI, XXIV, XXV-
POA, XXVI, XXXI, XXXV
Reclamação Trabalhista
Mandado de Segurança
Contestação
Recurso Ordinário
0 5 10 15
09
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
10
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Dra. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
Recurso
Extraordinário
F
ST
Divergência
Dec.
Ação Recurso Agravo Agravo
Ação comp.
Mandado de Rescisória origem Ordinário Instrumento Petição
T Segurança
TR Ex: AR
Destranca
recurso
Contestação Embargos à
Exceção Execução
Embargos de
Petição Reconvenção Declaração
Decisão
Inicial Defesa
Interlocutória Prova SENTENÇA
RA
VA
Audiência Audiência Decisão da
Inicial Prosseguimento Execução . . . ão ão
ão
Em regra Liquidação Execução
irrecorrível de
imediato
Reclamatória Trabalhista
Ação de Consignação em Pagamento
Inquérito para apuração de falta grave
Mandado de Segurança
11
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls re Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
Petição Inicial
Endereçamento
Autor + qualificação
Nome da peça + fundamento
Réu + qualificação
Teses: Preliminares, Mérito, Tutela Provisória, Honorários, Justiça Gratuita.
Pedidos e requerimentos
Valor da Causa
Fechamento
Contestação
Endereçamento
Número do processo
Réu + qualificação
Nome da peça + fundamento
Autor + qualificação
Teses: Preliminares, Prejudiciais, Mérito, Reconvenção, Honorários, Justiça Gratuita.
Pedidos
Fechamento
Recurso
Peça de Interposição
Endereçamento
Número do processo
Recorrente + qualificação
Nome da peça + fundamento
Recorrido + qualificação
Pressupostos de admissibilidade
Pedidos
Fechamento
Razões
Endereçamento
Informações preliminares
Teses: preliminares, prejudiciais, mérito.
Pedidos
Fechamento
12
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls re Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
13
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
Empregado | Empregados
Especiais | Empregador
Aula Inaugural do dia 28/02/2023
Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
@prof.luiz.henrique
ATENÇÃO:
O conteúdo da Carteira de Trabalho e previdência Social está previsto na CLT nos arts.
13 ao 58 da CLT, sendo o principal artigo o 29, conforme segue transcrição:
Art. 29 da CLT - O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar
na CTPS, em relação aos trabalhadores que admitir, a data de admissão, a
remuneração e as condições especiais, se houver, facultada a adoção de
sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem
expedidas pelo Ministério da Economia.
§ 1º As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário,
qualquer que seja sua forma de pagamento, seja ele em dinheiro ou em
utilidades, bem como a estimativa da gorjeta.
§ 2º - As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas:
a) na data-base; Art. 41 da CLT - Em todas as atividades será obrigatório para o
b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador; empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser
c) no caso de rescisão contratual; ou adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções
d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social. a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho.
§ 3º - A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo Parágrafo único - Além da qualificação civil ou profissional de cada
acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, trabalhador, deverão ser anotados todos os dados relativos à sua
de ofício, comunicar a falta de anotação ao órgão competente, para o fim de admissão no emprego, duração e efetividade do trabalho, a férias,
instaurar o processo de anotação. acidentes e demais circunstâncias que interessem à proteção do
§ 4º É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do trabalhador.
empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social.
§ 5º O descumprimento do disposto no § 4o deste artigo submeterá o
empregador ao pagamento de multa prevista no art. 52 deste Capítulo.
§ 6º A comunicação pelo trabalhador do número de inscrição no CPF ao
empregador equivale à apresentação da CTPS em meio digital, dispensado o
empregador da emissão de recibo.
§ 7º Os registros eletrônicos gerados pelo empregador nos sistemas
informatizados da CTPS em meio digital equivalem às anotações a que se refere
esta Lei.
§ 8º O trabalhador deverá ter acesso às informações da sua CTPS no prazo de
até 48 (quarenta e oito) horas a partir de sua anotação.
14
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
Art. 47-A da CLT - Na hipótese de não serem informados os dados a que se refere o
parágrafo único do art. 41 desta Consolidação, o empregador ficará sujeito à multa de
R$ 600,00 (seiscentos reais) por empregado prejudicado.
OBS: As indenizações dos art. 47 e 47-A da CLT, não são para o empregado, mas sim
para o governo, como forma de multa.
Súmulas 225 do STF - Não é absoluto o valor probatório das anotações da carteira
profissional.
EM SÍNTESE:
A prescrição não atinge pedido de anotação e retificação da CTPS para anotação da CTPS 5 dias úteis
15
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.EMPREGADO
Art. 3º da CLT - Considera-se empregada toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de
trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
ATENÇÃO!
Ter exclusividade não é requisito para configuração de vínculo. Todos os
elementos devem estar presentes de forma concomitante para configurar o
vínculo de emprego, como é o caso do policial militar que será considerado
empregado se preenchidos todos os requisitos (Súmula n. 386 do TST), in
verbis:
ATENÇÃO!
16
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
1.2.1.TRABALHO DA MULHER
Art. 389 da CLT - Toda empresa é obrigada: Art. 392 da CLT - A empregada gestante tem direito à licença-
I - a prover os estabelecimentos de medidas concernentes à higienização maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do
dos métodos e locais de trabalho, tais como ventilação e iluminação e salário.
outros que se fizerem necessários à segurança e ao conforto das § 1º A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu
mulheres, a critério da autoridade competente; empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá
II - a instalar bebedouros, lavatórios, aparelhos sanitários; dispor de ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência
cadeiras ou bancos, em número suficiente, que permitam às mulheres deste.
trabalhar sem grande esgotamento físico; § 2º Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser
III - a instalar vestiários com armários individuais privativos das mulheres, aumentados de 2 (duas) semanas cada um, mediante atestado médico.
exceto os estabelecimentos comerciais, escritórios, bancos e atividades § 3º Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e
afins, em que não seja exigida a troca de roupa e outros, a critério da vinte) dias previstos neste artigo.
autoridade competente em matéria de segurança e higiene do trabalho, § 4º É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do
admitindo-se como suficientes as gavetas ou escaninhos, onde possam salário e demais direitos:
as empregadas guardar seus pertences; I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem,
IV - a fornecer, gratuitamente, a juízo da autoridade competente, os assegurada a retomada da função anteriormente exercida, logo após o
recursos de proteção individual, tais como óculos, máscaras, luvas e retorno ao trabalho;
roupas especiais, para a defesa dos olhos, do aparelho respiratório e da II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a
pele, de acordo com a natureza do trabalho. realização de, no mínimo, seis consultas médicas e demais exames
§ 1º - Os estabelecimentos em que trabalharem pelo menos 30 (trinta) complementares.
mulheres com mais de 16 (dezesseis) anos de idade terão local
apropriado onde seja permitido às empregadas guardar sob vigilância e
assistência os seus filhos no período da amamentação.
§ 2º - A exigência do § 1º poderá ser suprida por meio de creches Art. 392-A da CLT - À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial
distritais mantidas, diretamente ou mediante convênios, com outras para fins de adoção de criança será concedida licença-maternidade nos
entidades públicas ou privadas, pelas próprias empresas, em regime termos do art. 392.
comunitário, ou a cargo do SESI, do SESC, da LBA ou de entidades § 4º A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do
sindicais. termo judicial de guarda à adotante ou guardiã.
§ 5º A adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de
Art. 390 da CLT - Ao empregador é vedado empregar a mulher em licença-maternidade a apenas um dos adotantes ou guardiães
serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) empregado ou empregada.
quilos para o trabalho contínuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o
trabalho ocasional.
Parágrafo único - Não está compreendida na determinação deste artigo a Art. 392-B da CLT - Em caso de morte da genitora, é assegurado ao
remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre cônjuge ou companheiro empregado o gozo de licença por todo o
trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos. período da licença-maternidade ou pelo tempo restante a que teria
direito a mãe, exceto no caso de falecimento do filho ou de seu
abandono.
Art. 391 da CLT - Não constitui justo motivo para a rescisão do contrato
de trabalho da mulher o fato de haver contraído matrimônio ou de
encontrar-se em estado de gravidez.
Art. 392-C da CLT - Aplica-se, no que couber, o disposto no art. 392-A e
Parágrafo único - Não serão permitidos em regulamentos de qualquer
392-B ao empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de
natureza contratos coletivos ou individuais de trabalho, restrições ao
adoção.
direito da mulher ao seu emprego, por motivo de casamento ou de
gravidez.
Art. 393 da CLT - Durante o período a que se refere o art. 392, a mulher
terá direito ao salário integral e, quando variável, calculado de acordo
Art. 391-A da CLT - A confirmação do estado de gravidez advindo no com a média dos 6 (seis) últimos meses de trabalho, bem como os
curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio direitos e vantagens adquiridos, sendo-lhe ainda facultado reverter à
trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade função que anteriormente ocupava.
provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se ao
Art. 394 da CLT - Mediante atestado médico, à mulher grávida é
empregado adotante ao qual tenha sido concedida guarda provisória
facultado romper o compromisso resultante de qualquer contrato de
para fins de adoção.
trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação.
17
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
1.2.1.TRABALHO DA MULHER
Art. 396 da CLT - Para amamentar o próprio filho, até que este complete Durante o período de amamentação (até o 6 mês da criança)
6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de terá direito a dois intervalos extras de 30 minutos
trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um.
§ 1º Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá
ser dilatado, a critério da autoridade competente.
§ 2º Os horários dos descansos previstos no caput deste artigo deverão
ser definidos em acordo individual entre a mulher e o empregador.
Art. 400 da CLT - Os locais destinados à guarda dos filhos das operárias
durante o período da amamentação deverão possuir, no mínimo, um
berçário, uma saleta de amamentação, uma cozinha dietética e uma
instalação sanitária.
18
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
O trabalhador menor é aquele maior de 16 anos e menor de 18 anos. O menor não pode
exercer:
Trabalho noturno;
Trabalho insalubre;
Trabalho perigoso;
Trabalho que prejudique a frequência no colégio;
Trabalho que prejudique a sua moral.
Art. 405 da CLT - Ao menor não será permitido o trabalho:
I - nos locais e serviços perigosos ou insalubres, constantes de quadro para esse fim
aprovado pelo Diretor Geral do Departamento de Segurança e Higiene do Trabalho;
II - em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade.
§ 1º (Revogado pela Lei 10.097, de 2000)
§ 2º O trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de prévia
autorização do Juiz de Menores, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispensável à
Art. 404 da CLT - Ao menor de 18 (dezoito) anos é sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e se dessa ocupação não
vedado o trabalho noturno, considerado este o poderá advir prejuízo à sua formação moral.
que for executado no período compreendido § 3º Considera-se prejudicial à moralidade do menor o trabalho:
entre as 22 (vinte e duas) e as 5 (cinco) horas. a) prestado de qualquer modo, em teatros de revista, cinemas, boates, cassinos,
cabarés, dancings e estabelecimentos análogos;
b) em empresas circenses, em funções de acróbata, saltimbanco, ginasta e outras
semelhantes;
c) de produção, composição, entrega ou venda de escritos, impressos, cartazes,
desenhos, gravuras, pinturas, emblemas, imagens e quaisquer outros objetos que
possam, a juízo da autoridade competente, prejudicar sua formação moral;
d) consistente na venda, a varejo, de bebidas alcoólicas.
19
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
1.2.3. TRABALHO DO MENOR (ART. 402 AO 440 DA CLT)
20
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
De acordo com o art. 7º, Inciso XXXIII da CF, a idade mínima para o trabalhador é 16 anos,
salvo se na condição de aprendiz, que é de 14 a 24 anos.
ATENÇÃO!
As empresas não poderão ter menos de 5% de aprendizes, sob pena de pagar multa
administrativa à União, prevista no artigo 434 da CLT.
EM SÍNTESE:
21
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
Art. 428 da CLT - Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado Art. 430 da CLT - Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não
por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos
ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em
aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu formação técnico-profissional metódica, a saber:
desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e I – Escolas Técnicas de Educação;
diligência as tarefas necessárias a essa formação. II – entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao
§ 1o A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho adolescente e à educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos
e Previdência Social, matrícula e frequência do aprendiz na escola, caso não haja Direitos da Criança e do Adolescente.
concluído o ensino médio, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob III - entidades de prática desportiva das diversas modalidades filiadas ao Sistema
orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. Nacional do Desporto e aos Sistemas de Desporto dos Estados, do Distrito Federal
§ 2o Ao aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora. e dos Municípios.
§ 3o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, § 1o As entidades mencionadas neste artigo deverão contar com estrutura
exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. adequada ao desenvolvimento dos programas de aprendizagem, de forma a
§ 4o A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se manter a qualidade do processo de ensino, bem como acompanhar e avaliar os
por atividades teóricas e práticas, metodicamente organizadas em tarefas de resultados.
complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho. § 2o Aos aprendizes que concluírem os cursos de aprendizagem, com
§ 5o A idade máxima aproveitamento, será concedido certificado de qualificação profissional.
§ 6o Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de § 3o O Ministério do Trabalho fixará normas para avaliação da competência das
aprendiz com deficiência deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências entidades mencionadas nos incisos II e III deste artigo.
relacionadas com a profissionalização. § 4o As entidades mencionadas nos incisos II e III deste artigo deverão cadastrar
§ 7o Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para o cumprimento do seus cursos, turmas e aprendizes matriculados no Ministério do Trabalho.
disposto no § 1o deste artigo, a contratação do aprendiz poderá ocorrer sem a freqüência § 5o As entidades mencionadas neste artigo poderão firmar parcerias entre si
à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental. para o desenvolvimento dos programas de aprendizagem, conforme
§ 8o Para o aprendiz com deficiência com 18 (dezoito) anos ou mais, a validade do regulamento.
contrato de aprendizagem pressupõe anotação na CTPS e matrícula e frequência em
programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em
formação técnico-profissional metódica.
Art. 431 da CLT - A contratação do aprendiz poderá ser efetivada pela empresa
onde se realizará a aprendizagem ou pelas entidades mencionadas nos incisos II e
III do art. 430, caso em que não gera vínculo de emprego com a empresa tomadora
dos serviços.
Art. 429 da CLT - Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar Parágrafo único. Aos candidatos rejeitados pela seleção profissional deverá ser
e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes dada, tanto quanto possível, orientação profissional para ingresso em atividade
equivalente a cinco por cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos mais adequada às qualidades e aptidões que tiverem demonstrado.
trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação
profissional.
§ 1o-A. O limite fixado neste artigo não se aplica quando o empregador for entidade
sem fins lucrativos, que tenha por objetivo a educação profissional.
§ 1º-B Os estabelecimentos a que se refere o caput poderão destinar o equivalente a até Art. 432 da CLT - A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas
10% (dez por cento) de sua cota de aprendizes à formação técnico-profissional diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada.
metódica em áreas relacionadas a práticas de atividades desportivas, à prestação de § 1o O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os
serviços relacionados à infraestrutura, incluindo as atividades de construção, aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem
ampliação, recuperação e manutenção de instalações esportivas e à organização e computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.
promoção de eventos esportivos.
§ 1o As frações de unidade, no cálculo da percentagem de que trata o caput, darão
lugar à admissão de um aprendiz.
§ 2o Os estabelecimentos de que trata o caput ofertarão vagas de aprendizes a
Art. 433 da CLT - O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou
adolescentes usuários do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase)
quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese
nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os
prevista no § 5o do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas
estabelecimentos e os gestores dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo locais.
seguintes hipóteses:
§ 3º Os estabelecimentos de que trata o caput poderão ofertar vagas de aprendizes a
I - desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, salvo para o aprendiz com
adolescentes usuários do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD
deficiência quando desprovido de recursos de acessibilidade, de tecnologias
nas condições a serem dispostas em instrumentos de cooperação celebrados entre os
assistivas e de apoio necessário ao desempenho de suas atividades;
estabelecimentos e os gestores locais responsáveis pela prevenção do uso indevido,
II – falta disciplinar grave;
atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas.
III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; ou
IV – a pedido do aprendiz.
Parágrafo único. Revogado.
§ 2o Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 desta Consolidação às hipóteses
de extinção do contrato mencionadas neste artigo.
22
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
1.2.6. TRABALHO DO DIRETOR
Não há impedimento legal para que o empregado seja eleito diretor de sociedade anônima,
conforme se depreende da leitura da Lei n. 6.404/76. Se isso ocorrer, o contrato de trabalho
ficará suspenso, com a cessação temporária da prestação de serviços subordinados, bem
como a obrigação do empregador pagar salário.
Entretanto, a Lei n. 8.036/90, art. 16, faculta às empresas equipararem seus diretores não
empregados aos demais trabalhadores para efeito de recolhimento do FGTS. O término do
mandato do diretor que não seja reconduzido possibilita a movimentação da conta vinculada
do Trabalhador respectivo.
O TST tem entendimento pacificado em relação a essa matéria, por meio da Súmula nº 269:
Art. 62 da CLT - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão,
aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os
diretores e chefes de departamento ou filial.
23
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
1.2.7. TRABALHADOR DOMÉSTICO
É aquela pessoa que presta serviço à pessoa ou família, no âmbito de sua residência, ao qual
seu serviço não gere lucros financeiros aos seus empregadores. São exemplos de
trabalhadores domésticos: o caseiro, a enfermeira (no âmbito residencial), a babá e o
motorista particular.
Caracterização:
*Para todos verem: esquema
Principais direitos:
Anotação na CTPS;
Licença maternidade de 120 dias;
Vedação de descontos com alimentação, vestuário,
Salário maternidade pago diretamente pelo INSS;
higiene ou moradia (o empregado normal pode ter
esse desconto);
Licença paternidade de 5 dias;
Salário-mínimo;
Férias de 30 dias corridos acrescidos de 1/3;
Jornada de Trabalho de 8h diárias e 44 semanais;
FGTS (art. 34 da LC nº 150);
Horas Extras com adicional de 50%;
Seguro-desemprego;
Adicional noturno;
Estabilidade da gestante;
Irredutibilidade salarial;
Benefícios previdenciários, inclusive aposentadoria;
Repouso semanal remunerado;
As férias podem ser fracionadas em até 2 períodos,
sendo um com no mínimo de 14 dias corridos,
Aviso prévio;
conforme art. 17, §2º da Lei complementar n. 150).
13º salário;
24
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
1.2.8. TRABALHADOR DOMÉSTICO
Art. 1º - Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta Art. 12 - É obrigatório o registro do horário de trabalho do empregado
serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de doméstico por qualquer meio manual, mecânico ou eletrônico, desde
finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial que idôneo.
destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta
Lei.
Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos
para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção
no 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com o Art. 13. - É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou
Decreto no 6.481, de 12 de junho de 2008. alimentação pelo período de, no mínimo, 1 (uma) hora e, no máximo, 2
(duas) horas, admitindo-se, mediante prévio acordo escrito entre
empregador e empregado, sua redução a 30 (trinta) minutos.
Art. 3º - Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja § 1º Caso o empregado resida no local de trabalho, o período de
duração não exceda 25 (vinte e cinco) horas semanais. intervalo poderá ser desmembrado em 2 (dois) períodos, desde que
§ 1º O salário a ser pago ao empregado sob regime de tempo parcial cada um deles tenha, no mínimo, 1 (uma) hora, até o limite de 4 (quatro)
será proporcional a sua jornada, em relação ao empregado que cumpre, horas ao dia.
nas mesmas funções, tempo integral. § 2º Em caso de modificação do intervalo, na forma do § 1o, é obrigatória
§ 2º A duração normal do trabalho do empregado em regime de tempo a sua anotação no registro diário de horário, vedada sua pré-anotação.
parcial poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não
excedente a 1 (uma) hora diária, mediante acordo escrito entre
empregador e empregado, aplicando-se-lhe, ainda, o disposto nos §§ 2º
e 3º do art. 2º, com o limite máximo de 6 (seis) horas diárias.
Art. 22. O empregador doméstico depositará a importância de 3,2% (três
inteiros e dois décimos por cento) sobre a remuneração devida, no mês
Art. 10 - É facultado às partes, mediante acordo escrito entre essas,
anterior, a cada empregado, destinada ao pagamento da indenização
estabelecer horário de trabalho de 12 (doze) horas seguidas por 36 (trinta
compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por culpa do
e seis) horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os
empregador, não se aplicando ao empregado doméstico o disposto nos
intervalos para repouso e alimentação.
§§ 1o a 3o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990.
§ 1º A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput
§ 1º Nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, de término
deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal
do contrato de trabalho por prazo determinado, de aposentadoria e de
remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados
falecimento do empregado doméstico, os valores previstos no caput
compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno,
serão movimentados pelo empregador.
quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 da
§ 2º Na hipótese de culpa recíproca, metade dos valores previstos no
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº
caput será movimentada pelo empregado, enquanto a outra metade será
5.452, de 1o de maio de 1943, e o art. 9o da Lei no 605, de 5 de janeiro
movimentada pelo empregador.
de 1949.
§ 3º Os valores previstos no caput serão depositados na conta vinculada
do empregado, em variação distinta daquela em que se encontrarem os
valores oriundos dos depósitos de que trata o inciso IV do art. 34 desta
Art. 11 - Em relação ao empregado responsável por acompanhar o Lei, e somente poderão ser movimentados por ocasião da rescisão
empregador prestando serviços em viagem, serão consideradas apenas contratual.
as horas efetivamente trabalhadas no período, podendo ser § 4º À importância monetária de que trata o caput, aplicam-se as
compensadas as horas extraordinárias em outro dia, observado o art. 2o. disposições da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, e da Lei no 8.844,
§ 1º O acompanhamento do empregador pelo empregado em viagem de 20 de janeiro de 1994, inclusive quanto a sujeição passiva e
será condicionado à prévia existência de acordo escrito entre as partes. equiparações, prazo de recolhimento, administração, fiscalização,
§ 2º A remuneração-hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25% lançamento, consulta, cobrança, garantias, processo administrativo de
(vinte e cinco por cento) superior ao valor do salário-hora normal. determinação e exigência de créditos tributários federais.
§ 3º O disposto no § 2o deste artigo poderá ser, mediante acordo,
convertido em acréscimo no banco de horas, a ser utilizado a critério do
empregado.
25
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
1.2.9. EMPREGADO RURAL
O empregado rural com a CF/88 passou a ter equiparação de direito com os empregados
urbanos, inclusive no que se refere a prescrição.
Peculiaridades:
Intervalo Intrajornada: Será dado de acordo com os usos e costumes da região, não sendo,
porém inferior a uma hora no caso de jornada superior a 6 horas diárias.
Trabalho noturno: Trabalho noturno do empregado rural difere nos seguintes quesitos do
trabalhador urbano:
*Para todos verem: esquema
26
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
1.2.10. ADVOGADO (LEI Nº 8.906/94)
Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado, quando prestar serviço para
empresas, não poderá exceder a duração diária de 8 (oito) horas contínuas e a de 40
(quarenta) horas semanais. (Redação dada pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 1º Para efeitos deste artigo, considera-se como período de trabalho o tempo em que o
advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu
escritório ou em atividades externas, sendo-lhe reembolsadas as despesas feitas com
transporte, hospedagem e alimentação.
§ 2º As horas trabalhadas que excederem a jornada normal são remuneradas por um adicional
não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo contrato escrito.
§ 3º As horas trabalhadas no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do dia
seguinte são remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento.
Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os
honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados.
Parágrafo único. Os honorários de sucumbência, percebidos por advogado empregado de
sociedade de advogados são partilhados entre ele e a empregadora, na forma estabelecida em
acordo.
27
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
1.2.11. OUTRAS ESPÉCIES DE RELAÇÃO DE TRABALHO
1.2.11.1. ESTÁGIO
28
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
1.2.8. OUTRAS ESPÉCIES DE RELAÇÃO DE TRABALHO
1.2.11.1. ESTÁGIO
Requisitos de Validade:
O estágio não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, desde que observados os
seguintes requisitos:
Principais Obrigações:
Reserva de 10% das vagas de estágio para estudantes portadores de necessidades especiais;
29
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
1.2.8. OUTRAS ESPÉCIES DE RELAÇÃO DE TRABALHO
Trata-se de contrato formal efetivado por instrumento escrito, denominado pela lei de termo
de adesão, entre a entidade e o prestador de serviço voluntário, com o registro do objeto e as
condições de seu exercício. A entidade que se beneficia do serviço voluntário fica obrigada a
ressarcir o trabalhador pelas despesas necessárias à sua consecução, desde que haja
comprovação do desembolso respectivo. (CAIRO Jr., 2015, p. 169).
ATENÇÃO!
O trabalho voluntário é admitido em entidades privadas, desde que não
possuem fins lucrativos e tenham objetivos cívicos, culturais,
educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive
mutualidade.
30
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
1.2.8. OUTRAS ESPÉCIES DE RELAÇÃO DE TRABALHO
A prestação de serviços autônomos é aquela que é executada por conta e risco da pessoa do
trabalhador, ou simplesmente trabalho por conta própria. Representa uma das espécies do
gênero relação de trabalho lato sensu, da qual faz parte, também, as relações derivadas do
contrato de empreitada, do contrato de representação comercial, da prestação de serviços dos
profissionais liberais, como advogados, médicos, dentistas, engenheiros, arquitetos, desde que
não haja subordinação. (CAIRO Jr., 2015, p. 148)
Para Sérgio Pinto Martins (2005, P. 186), trabalhador autônomo é “a pessoa física que presta
serviços habitualmente por conta própria a uma ou mais de uma pessoa, assumindo os riscos de
sua atividade econômica”.
EM SÍNTESE:
31
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
1.2.8. OUTRAS ESPÉCIES DE RELAÇÃO DE TRABALHO
EXEMPLO:
32
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.2.EMPREGADOS ESPECIAIS
1.2.8. OUTRAS ESPÉCIES DE RELAÇÃO DE TRABALHO
Trabalhador avulso é aquele que presta serviços para terceiros, por intermédio de uma terceira
pessoa.
O art. 7º, XXXIV da CF, garante “igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
empregatício permanente e o trabalhador avulso”.
De acordo com os arts. 643, § 3º da CLT e 652, V da CLT, a Justiça do Trabalho é competente
para julgar as ações dos trabalhadores avulsos.
33
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.3.EMPREGADOR
ATENÇÃO!
34
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.3. EMPREGADOR
Como já visto, o empregador, dentro da relação de emprego, é a pessoa que remunera e dirige
a prestação de serviço do obreiro, assumindo, assim, os riscos do negócio.
Poder de Organização:
O empregador tem todo o direito de organizar seu empreendimento, decorrente até
mesmo do direito de propriedade. Estabelecerá o empregador qual a atividade que
será desenvolvida: agrícola, comercial, industrial, de serviços etc.., diante a livre
iniciativa. A estrutura jurídica também será determinada pelo empregador, que
estabelecerá ser o melhor o desenvolvimento de suas atividades mediante sociedade
limitada, por ações etc. Dentro do poder de regulamentação está a possibilidade de
o empregador regulamentar o trabalho, elaborando regulamento da empresa.
(MARTINS, 2016, p. 334)
Poder de Controle:
O empregador tem o direito de fiscalizar e controlar as atividades de seus
empregados. O controle é sobre o trabalho e não sobre a pessoa do trabalhador.
(MARTINS, 2016, p. 334). Martins (2016, p. 334-335), destaca algumas situações
sobre o poder de controle:
35
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.3. EMPREGADOR
1.3.1. DOS PODERES DO EMPREGADOR
36
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.3. EMPREGADOR
Poder de Disciplinar:
37
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.3. EMPREGADOR
1.3.2. GRUPO ECONÔMICO
Art. 2º da CLT:
§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a
direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando,
mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo
econômico, serão responsáveis solidariamente pelas
obrigações decorrentes da relação de emprego.
§ 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de
sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a
demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de
interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.
38
2ª Fase 37º Exame de Ordem
Aula Inaugural Trabalho | Prof. Ma. Cleize Kohls e Prof. Me. Luiz Henrique Dutra
1.3. EMPREGADOR
1.3.4. ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA JURÍDICA DO EMPREGADOR
A alteração jurídica da empresa não altera o contrato de trabalho que já está em vigor.
Art. 10 da CLT - Qualquer alteração na estrutura Art. 448 da CLT - A mudança na propriedade ou na
jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos
por seus empregados. de trabalho dos respectivos empregados.
ATENÇÃO!
A doutrina tem citado como principais características do empregador a
DESPERSONALIZAÇÃO ou IMPESSOALIDADE, que possibilita a alteração
subjetiva no polo empresarial sem que importe extinção contratual; e a
ALTERIDADE, por meio da qual todos os riscos de empreendimento são
suportados pelo empregador (CAIRO Jr., 2015, p. 362)
39