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Manual de Apoio ao Professor

AS COISAS SIMPLES DA VIDA


Uma história de vida e gostosuras

Categoria: 4 a 5 anos - Pré Escola


Gênero literário: Conto
Temas: família, amigos e escola; diversão e aventura; outros temas
ISBN: 978-85-54124-01-4
A autora: Samara Krauss

Samara Krauss, apaixonada por livros desde a infância, bem que tentou
seguir outra carreira. Estudou farmácia na USP-RP e fez pós-graduação
em Cosmetologia, mas a vontade de espalhar conhecimento e o amor aos
livros falaram mais alto. Em 2012, fundou a Editora Saber e Ler, que já
tem 40 títulos no catálogo. Samara está sempre em busca de novidades
para estimular o prazer da leitura entre as crianças. Casada, mora em
Campinas, SP, e tem uma cachorra linda chamada Nana.

O ilustrador: Juan Chavetta


Juan Chavetta é ilustrador e designer gráfico. Vive em Buenos Aires e
trabalha com literatura infantil, publicidade e peças de teatro. É colabo-
rador de jornais e revistas argentinas, publica suas ilustrações assidua-
mente em revistas voltadas ao público infantil e participa ativamente de
eventos culturais e educativos. Sua ilustração ultrapassou a fronteira dos
livros e seu traço moderno e lúdico é reconhecido internacionalmente.

A Obra e os temas
As coisas simples da vida
Indicada para crianças a partir dos quatro anos de idade, a obra é constituí-
da de uma narrativa em que a personagem principal, a própria narradora,
é uma menina que fala sobre as coisas boas da vida, buscando um diálogo
constante com o leitor ou o ouvinte. A narrativa é expressa ora na forma
de perguntas, ora na de exclamações, ora na de conclusões, o que permite
um contato agradável do leitor/ouvinte com o fluxo da espontaneidade
narrativa e possibilita a reflexão, na medida em que vai desfiando (e des-
filando) cenas do cotidiano, comuns às crianças: comer guloseimas, ler,
brincar, tomar chuva, dançar, cantar, ter um animal de estimação, dormir
com os pais, imitar os mais velhos, brincar com o irmão e ir pra escola,
tais atividades são comuns à maioria dos estudantes dessa faixa etária,

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ou perpassam seu imaginário, daí a importância da obra para leitura em
sala de aula, quando existe o objetivo de propor rotinas, necessárias para
as crianças ainda pequenas, que ingressam no mundo escolar.
A obra possibilita também um contato agradável com a palavra escrita, os
sinais de pontuação (ponto de interrogação, ponto de exclamação) e seus
efeitos na prosódia, além de imagens que despertam a curiosidade e o
interesse do estudante para a importância do brincar como característica
essencial para o desenvolvimento da criança, a convivência harmoniosa
com a família e com animais. De forma lúdica, permite ainda a aprendiza-
gem da noção de espaço, na medida em que demonstra diferentes possi-
bilidades para o uso prazeroso de variados espaços: cozinha, casa do vovô,
espaços ao ar livre e escola. A obra oferece também a aquisição da noção
de tempo ao narrar situações que acontecem durante o dia e outras que
ocorrem à noite. Finalmente, proporciona a aquisição de valores como
cuidado e afeto no meio familiar, respeito aos pais, idosos e animais de
estimação e cuidado consigo.

A obra pode contribuir significativamente para o processo de apropriação


do sistema alfabético de escrita, ao apresentar o texto como um diálogo
dirigido, utilizando sinais gráficos de pontuação e alimentando o diálo-
go consigo mesmo, num movimento de ação (ler/ouvir), reflexão (pensar

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sobre) e ação (praticar as brincadeiras
propostas), o que contribui especial-
mente para o desenvolvimento cogni-
tivo da criança.
Nesse contexto, a leitura em voz alta
realizada pelo professor é fundamental,
pois permitirá que as crianças percebam
que é possível, por meio de processos
e mecanismos da escrita, estabelecer
e marcar diálogos interessantes, bem
como desenvolver outras formas de oralidade, com foco na dialogia. As
situações e questões enunciadas, acompanhadas da leitura de ilustrações,
estimulam o imaginário e despertam a curiosidade pelas palavras e pelas
diferentes formas de apresentar-se, a partir de preferências.
Nessa construção narrativa e lúdica, do ponto de vista temático, a obra
permite variadas reflexões e trabalhos interdisciplinares. Considerando o
tema “família, amigos e escola”, ao trazer como personagem principal uma
menina que se sente feliz com as coisas simples do mundo onde vive, o li-
vro possibilita levar as crianças ao reconhecimento das pessoas da família,
pai, mãe, avô, irmão, estimulando a convivência, o respeito e a importância
da família.
O tema “diversão e aventura” é a base de toda a história, possibilitando
aprendizagens de brincadeiras fundamentais para o desenvolvimento mo-
tor e o desenvolvimento dos sentidos na criança, além da percepção de que
o brincar pode ocorrer de forma espontânea e tende a ser acessível a todas
as crianças, independentemente do poder aquisitivo de suas famílias.

Sugestão de Atividades

A Obra e a BNCC
A temática da obra insere-se nos direitos de aprendizagem e desenvolvimen-
to, preconizados na BNCC: conviver, brincar, participar, explorar, expressar
e conhecer-se. Atende, ainda, aos campos de experiência prática pedagógi-
ca: “corpo, gestos e movimento”; “escuta, fala, pensamento e imaginação” e

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“espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”, contemplando o
desenvolvimento de competências e habilidades propostas na Base Nacional
Comum Curricular (2017), que destaca:
Corpo, gestos e movimento
Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou
intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo,
exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem
relações, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre si,
sobre o outro, sobre o universo social e cultural, tornando-se, progres-
sivamente, conscientes dessa corporeidade. Por meio das diferentes lin-
guagens, como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de
conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre cor-
po, emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as sen-
sações e funções de seu corpo e, com seus gestos e movimentos, iden-
tificam suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo
tempo, a consciência sobre o que é seguro e o que pode ser um risco à
sua integridade física. Na Educação Infantil, o corpo das crianças ganha
centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado das práticas pedagógicas
de cuidado físico, orientadas para a emancipação e a liberdade, e não
para a submissão. Assim, a instituição escolar precisa promover opor-
tunidades ricas para que as crianças possam, sempre animadas pelo
espírito lúdico e na interação com seus pares, explorar e vivenciar um
amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com
o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço
com o corpo (tais como sentar com apoio, rastejar, engatinhar, escorre-
gar, caminhar apoiando-se em berços, mesas e cordas, saltar, escalar,
equilibrar-se, correr, dar cambalhotas, alongar-se etc.).

Traço, sons, cores e formas


Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas,
locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crian-
ças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas
de expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem,
colagem, fotografia etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, en-
tre outras. Com base nessas experiências, elas se expressam por várias
linguagens, criando suas próprias produções artísticas ou culturais, exer-
citando a autoria (coletiva e individual) com sons, traços, gestos, danças,
mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação
de diversos materiais e de recursos tecnológicos.
Essas experiências contribuem para que, desde muito pequenas, as cri-
anças desenvolvam senso estético e crítico, o conhecimentode si mes-
mas, dos outros e da realidade que as cerca. Portanto, a Educação Infantil
precisa promover a participação das crianças em tempos e espaços para

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a produção, manifestação e apreciação artística, de modo a favorecer o
desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pes-
soal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem, perma-
nentemente, a cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar
repertórios e interpretar suas experiências e vivências artísticas.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações


As crianças vivem inseridas em espaços e tempos de diferentes di-
mensões, em um mundo constituído de fenômenos naturais e socio-
culturais. Desde muito pequenas, elas procuram se situar em diversos
espaços (rua, bairro, cidade etc.) e tempos (dia e noite; hoje, ontem e
amanhã etc.). Demonstram também curiosidade sobre o mundo físico
(seu próprio corpo, os fenômenos atmosféricos, os animais, as plantas,
as transformações da natureza, os diferentes tipos de materiais e as pos-
sibilidades de sua manipulação etc.) e o mundo sociocultural (as relações
de parentesco e sociais entre as pessoas que conhece; como vivem e em
que trabalham essas pessoas; quais suas tradições e seus costumes; a
diversidade entre elas etc.). Além disso, nessas experiências e em muitas
outras, as crianças também se deparam, frequentemente, com conheci-
mentos matemáticos (contagem, ordenação, relações entre quantidades,
dimensões, medidas, comparação de pesos e de comprimentos, avalia-
ção de distâncias, reconhecimento de formas geométricas, conhecimento
e reconhecimento de numerais cardinais e ordinais etc.) que igualmente
aguçam a curiosidade. Portanto, a Educação Infantil precisa promover ex-
periências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular
objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar
fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e inda-
gações. Assim, a instituição escolar está criando oportunidades para que
as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural
e possam utilizá-los em seu cotidiano.

Escuta, fala, pensamento e imaginação


Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as
crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cul-
tura oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas,
nas descrições, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo
e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui
ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social.
Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura es-
crita: ao ouvir e acompanhar a leitura de textos, ao observar os muitos
textos que circulam no contexto familiar, comunitário e escolar, ela vai
construindo sua concepção de língua escrita, reconhecendo diferentes
usos sociais da escrita, dos gêneros, suportes e portadores. Na Edu-
cação Infantil, a imersão na cultura escrita deve partir do que as crianças
conhecem e das curiosidades que deixam transparecer. As experiências

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De olho na
comhistória
a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre os tex-
tos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela lei-
tura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mun-
do. Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis
etc. propicia a familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários,
a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da
escrita e as formas corretas de manipulação de livros. Nesse convívio com
textos escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita que
se revelam, inicialmente, em rabiscos e garatujas e, à medida que vão
conhecendo letras, em escritas espontâneas, não convencionais, mas
já indicativas da compreensão da escrita como sistema de representação
da língua. (BNCC, 2017, p 38-40)

As propostas de atividades aqui enumeradas visam ao desenvolvimento da


prática pedagógica com foco nos objetivos de aprendizagem, propostos pela
BNCC para crianças pequenas de quatro anos a cinco anos e onze meses. A
BNCC (2017, p.43-50), expõe que “o tratamento das práticas leitoras com-
preende objetivos de aprendizagem, inter-relacionados às práticas de uso
e reflexão, com vistas a alcançar sínteses de aprendizagens” (BNCC, 2017,
p.52-53).
Assim, cada atividade foi organizada a partir de tais inter-relações, con-
forme se indica em toda a proposta.

Planejando Atividade de Leitura

Ponto de partida: objetivos de aprendizagem


É fundamental que o professor tenha clareza dos objetivos a serem atingi-
dos no trabalho com leitura para crianças na faixa etária de quatro a cinco
anos e onze meses.

Veja alguns objetivos propostos:


1 - Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimen-

De olho
tos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto
em brincadeiras, dança, teatro, música.
na B NCC 2 - Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brinca-
deiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre
outras possibilidades.
3 - Criar movimentos, gestos,olhares e mímicas em brincadeiras, jogos
e atividades artísticas, como dança, teatro e música.

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De olho na história
4 - Adotar hábitos de autocuidado relacionados a higiene, alimentação, conforto e aparência.
5 - Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e ne-
cessidades em situações diversas.

Iniciando a atividade leitora


Por ser uma atividade coletiva, é importante organizar a sala de aula de modo
que todos os estudantes possam visualizar o livro.
Antes de iniciar a leitura, é importante apresentar o livro às crianças e pro-
mover algumas atividades com leitura de ilustrações e de algumas infor-
mações paratextuais, como capa e quarta capa, conforme se sugere a seguir:

1. Mostrar a capa para os alunos e perguntar que personagem eles visualizam.


2. Perguntar à turma se há outros elementos além dessa personagem (espera-se
que os alunos identifiquem um doce, semelhante a um brigadeiro).
3. Ler o título do livro e os nomes da autora e do ilustrador.
4. Ler para as crianças as informações da quarta capa. Levantar hipóteses, com
eles, sobre por que as atividades descritas seriam “simples” e por que seriam “as me-
lhores coisas da vida”. Anotar as respostas que surgirem no grupo.
5. Resgatar o conhecimento prévio do grupo a respeito das histórias e vivências
de leitura de histórias e/ou brincadeiras, questionando as crianças de quais elas se
recordam.
6. Incentivar, a partir desse conhecimento prévio, a caracterização da narradora,
uma menina comum, como ela é e como se sente em relação ao mundo.
7. Percorrer aleatoriamente ilustrações do livro, de modo que as crianças visua-
lizem e antecipem mais algumas características que diferenciam ou aproximem a
menina/narradora das demais personagens.
8. Comparar o jeito de ser da menina/narradora com o jeito de ser das crianças da
sala e/ou de pessoas com as quais elas convivem. Na sequência, solicitar às crianças
que narrem suas brincadeiras preferidas, de quais elas mais gostam.
9. Perguntar se as crianças conhecem as brincadeiras mencionadas na quarta capa.
Apresentar-lhes as desconhecidas, se possível.
10. Debater com as crianças sobre a importância de organizar uma rotina completa,
com hora de comer, de brincar, de ler, de ir para a escola, de dormir etc.

Essa preparação para a leitura possibilita que as crianças antecipem, por


exemplo, que a história a ser lida difere de outras conhecidas. Já a compara-
ção entre o estilo de vida da menina/narradora e o dos alunos, durante a

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De olho nadas
visualização história
ilustrações, pode encaminhar as crianças para a temática do
reconhecimento das diferentes formas de expressão, modos de se pentear,
de dormir.

De olho na história

a) Leitura em voz alta


Durante a primeira leitura, é fundamental destacar o ritmo da leitura em
uma leitura sem interrupções. A cada página, pode-se aproximar o livro das
crianças para que elas observem, agora na sequência proposta, as ilustrações
e possam relacioná-las com o título da obra, “As coisas simples da vida”.
Após essa primeira leitura, é importante dar um espaço para que as crianças
apresentem as suas percepções sobre a história, destacando de que mais gos-
taram. Pode-se aproveitar o momento para retomar algumas hipóteses le-
vantadas inicialmente sobre as diferentes brincadeiras propostas pela meni-
na/narradora, com outras crianças e outras histórias.

b) Estrutura da história
O propósito principal da história é mostrar para as crianças a existência de
diversas brincadeiras que utilizam poucos recursos, de baixíssimo ou nenhum
custo, e que proporcionam muito prazer e alegria. Nessa atividade, um obje-
tivo possível é levar as crianças a apreender a ordem narrativa e a auxiliar no
reconhecimento de termos conhecidos, observando a grafia das palavras e
a sequência de cenas rotineiras, passíveis de serem contadas, inclusive, em
diferentes sequências.
Um segundo objetivo da atividade é fazer com que os alunos percebam as di-
ferentes marcas de leitura e entonação sugeridas ou definidas pelos diferen-
tes pontos: de interrogação, de exclamação, final, reticências...
Para isso, em qualquer uma das propostas, a sala pode ser organizada em
trios ou pequenos grupos. Cada um receberá uma parte da história. Faça uma
segunda leitura, lendo pausadamente cada trecho até que o grupo consiga
identificar sua parte. Explore as palavras e os sinais de pontuação que eles
reconheçam ou identifiquem, anotando-as na lousa, preferencialmente den-
tro de seus contextos frasais. Na sequência, vocês podem trocar as palavras
ou os sinais de pontuação de lugar, observando as diferenças na leitura e na
história, como um todo.

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Por exemplo:
A frase “E ler, então.... é meu passatempo predileto!” pode ser escrita (e de-
pois lida) com interrogação no final: “E ler, então... é meu passatempo pre-
dileto?”, para que os alunos levantem hipóteses sobre as alterações.
Enquanto cada trio identifica a parte da história recebida, anote na lousa a
ordem dos grupos para ajudá-los no decorrer das próximas atividades.

c) Reler a história
O objetivo dessa atividade é permitir que as crianças captem trechos da
narrativa. Para isso, nos mesmos trios ou grupos organizados anterior-
mente, peça a cada um que reveja sua parte da história, considerando a
ordem dos grupos identificada na atividade antecedente.
A finalidade não é que os estudantes reconheçam todas as palavras, mas
que recontem a parte da história, apoiando-se, inclusive na ilustração e
nas palavras reconhecidas. As crianças que já estejam mais apropriadas do
sistema alfabético de escrita podem ficar responsáveis pela leitura de uma
frase, compartilhando com aquelas que ainda não se apropriaram do siste-
ma alfabético.
Outra possibilidade é convidar as crianças a ler junto com o professor, de
modo que a leitura seja intercalada frase a frase, ou a frase lida pelo pro-
fessor seja repetida pelo aluno, dependendo da etapa de desenvolvimento
da turma. Nesse processo, o professor pode reproduzir na lousa algumas
frases, para demarcar com o dedo a leitura das palavras.

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O convite à leitura visa estimular as crianças a perceber as regularidades
da narrativa, além de assumirem o papel de leitor. A troca entre os turnos
também favorece a escuta atenta à leitura do outro, seja do professor ou do
colega.

Ponto de chegada: um festival


Nessa fase da atividade, o professor deve verificar se os estudantes atingiram as
sínteses de aprendizagem, de acordo com os objetivos propostos.

Corpo, gestos e movimento


Reconhecer a importância de ações e situações do cotidianoque con-
tribuem para o cuidado de sua saúde e a manutenção de ambientes
De olho saudáveis.

na B NCC
Apresentar autonomia nas práticas de higiene, alimentação,vestir-se e
no cuidado com seu bem-estar, valorizando o próprio corpo.
Utilizar o corpo intencionalmente (com criatividade, controle e ade-
quação) como instrumento de interação com o outro e com o meio.
Coordenar suas habilidades manuais.

Traços, sons, cores e formas


Expressar-se por meio das artes visuais, utilizando diferentes materiais.
Relacionar-se com o outro empregando gestos, palavras, brincadeiras, jogos, imitações, ob-
servações e expressão corporal.

Escuta, fala, pensamento e imaginação


Expressar ideias, desejos e sentimentos em distintas situações de interação, por diferentes
meios.
Argumentar e relatar fatos oralmente, em sequência temporal e causal, organizando e ade-
quando sua fala ao contexto em que é produzida.
Ouvir, compreender, contar, recontar e criar narrativas.
Conhecer diferentes gêneros e portadores textuais, demonstrando compreensão da função
social da escrita e reconhecendo a leitura como fonte de prazer e informação.

Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações


Identificar, nomear adequadamente e comparar as propriedades dos objetos, estabelecendo
relações entre eles.
Interagir com o meio ambiente e com fenômenos naturais ou artificiais, demonstrando curiosi-
dade e cuidado com relação a eles.
Utilizar unidades de medida (dia e noite; dias, semanas, meses e ano) e noções de tempo
(presente, passado e futuro; antes, agora e depois), para responder a necessidades e questões
do cotidiano.
Identificar e registrar quantidades por meio de diferentes formas de representação (conta-
gens, desenhos, símbolos, escrita de números, organização de gráficos básicos etc.).
(BNCC, 2007, p. 52-53)

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Após o término da leitura, pode ser produtivo retomar o livro para aprofundar
conhecimentos sobre outros temas que aparecem na história, como por exemplo
a vida em família, a convivência com outras gerações, a importância da leitura
e das brincadeiras na infância. Pode-se fazer uma enquete com as crianças, le-
vantando dados sobre a rotina de cada uma.
ALÉM DISSO, VOCÊ PODE ORGANIZAR UM FESTIVAL DE BRINCADEIRAS
JUNTO COM AS CRIANÇAS, USANDO AS PROPOSTAS LIVRO.
VAMOS APRENDER A FAZER ISSO?

Nesse momento, pode ser realizado o reconto oral da história, resgatando e


destacando o tema “brincadeiras”. Você precisará de um espaço fora da sala de
aula, como o pátio ou uma quadra, se houver. Na impossibilidade desses espaços,
é possível negociar com a prefeitura o fechamento temporário da rua da escola,
para aplicação de atividades pedagógicas. É possível, nesse caso, envolver a co-
munidade, para dar mais significado à atividade.
Em uma roda, peça que as crianças escolham seus pares para o festival e elejam
uma brincadeira por dia (ou por seção do espaço): jogo de amarelinha, de pular
corda, queimada, empinar pipa, etc. Tome cuidado para que não haja discrimi-
nação ou competição, pois trata-se de promover a ludicidade e a cooperação en-
tre as crianças.
Ao final do torneio, convide a todos para a “festa do brigadeiro”, tema que apa-
rece na capa e também no início da história. A festa do brigadeiro pode ser prece-
dida por uma aula de culinária utilizando-se a cozinha da escola.
Autora: Kátia Nelsina Pereira Chiaradia

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