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Manual As Coisas Simples Da Vida Final
Manual As Coisas Simples Da Vida Final
Samara Krauss, apaixonada por livros desde a infância, bem que tentou
seguir outra carreira. Estudou farmácia na USP-RP e fez pós-graduação
em Cosmetologia, mas a vontade de espalhar conhecimento e o amor aos
livros falaram mais alto. Em 2012, fundou a Editora Saber e Ler, que já
tem 40 títulos no catálogo. Samara está sempre em busca de novidades
para estimular o prazer da leitura entre as crianças. Casada, mora em
Campinas, SP, e tem uma cachorra linda chamada Nana.
A Obra e os temas
As coisas simples da vida
Indicada para crianças a partir dos quatro anos de idade, a obra é constituí-
da de uma narrativa em que a personagem principal, a própria narradora,
é uma menina que fala sobre as coisas boas da vida, buscando um diálogo
constante com o leitor ou o ouvinte. A narrativa é expressa ora na forma
de perguntas, ora na de exclamações, ora na de conclusões, o que permite
um contato agradável do leitor/ouvinte com o fluxo da espontaneidade
narrativa e possibilita a reflexão, na medida em que vai desfiando (e des-
filando) cenas do cotidiano, comuns às crianças: comer guloseimas, ler,
brincar, tomar chuva, dançar, cantar, ter um animal de estimação, dormir
com os pais, imitar os mais velhos, brincar com o irmão e ir pra escola,
tais atividades são comuns à maioria dos estudantes dessa faixa etária,
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ou perpassam seu imaginário, daí a importância da obra para leitura em
sala de aula, quando existe o objetivo de propor rotinas, necessárias para
as crianças ainda pequenas, que ingressam no mundo escolar.
A obra possibilita também um contato agradável com a palavra escrita, os
sinais de pontuação (ponto de interrogação, ponto de exclamação) e seus
efeitos na prosódia, além de imagens que despertam a curiosidade e o
interesse do estudante para a importância do brincar como característica
essencial para o desenvolvimento da criança, a convivência harmoniosa
com a família e com animais. De forma lúdica, permite ainda a aprendiza-
gem da noção de espaço, na medida em que demonstra diferentes possi-
bilidades para o uso prazeroso de variados espaços: cozinha, casa do vovô,
espaços ao ar livre e escola. A obra oferece também a aquisição da noção
de tempo ao narrar situações que acontecem durante o dia e outras que
ocorrem à noite. Finalmente, proporciona a aquisição de valores como
cuidado e afeto no meio familiar, respeito aos pais, idosos e animais de
estimação e cuidado consigo.
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sobre) e ação (praticar as brincadeiras
propostas), o que contribui especial-
mente para o desenvolvimento cogni-
tivo da criança.
Nesse contexto, a leitura em voz alta
realizada pelo professor é fundamental,
pois permitirá que as crianças percebam
que é possível, por meio de processos
e mecanismos da escrita, estabelecer
e marcar diálogos interessantes, bem
como desenvolver outras formas de oralidade, com foco na dialogia. As
situações e questões enunciadas, acompanhadas da leitura de ilustrações,
estimulam o imaginário e despertam a curiosidade pelas palavras e pelas
diferentes formas de apresentar-se, a partir de preferências.
Nessa construção narrativa e lúdica, do ponto de vista temático, a obra
permite variadas reflexões e trabalhos interdisciplinares. Considerando o
tema “família, amigos e escola”, ao trazer como personagem principal uma
menina que se sente feliz com as coisas simples do mundo onde vive, o li-
vro possibilita levar as crianças ao reconhecimento das pessoas da família,
pai, mãe, avô, irmão, estimulando a convivência, o respeito e a importância
da família.
O tema “diversão e aventura” é a base de toda a história, possibilitando
aprendizagens de brincadeiras fundamentais para o desenvolvimento mo-
tor e o desenvolvimento dos sentidos na criança, além da percepção de que
o brincar pode ocorrer de forma espontânea e tende a ser acessível a todas
as crianças, independentemente do poder aquisitivo de suas famílias.
Sugestão de Atividades
A Obra e a BNCC
A temática da obra insere-se nos direitos de aprendizagem e desenvolvimen-
to, preconizados na BNCC: conviver, brincar, participar, explorar, expressar
e conhecer-se. Atende, ainda, aos campos de experiência prática pedagógi-
ca: “corpo, gestos e movimento”; “escuta, fala, pensamento e imaginação” e
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“espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”, contemplando o
desenvolvimento de competências e habilidades propostas na Base Nacional
Comum Curricular (2017), que destaca:
Corpo, gestos e movimento
Com o corpo (por meio dos sentidos, gestos, movimentos impulsivos ou
intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo,
exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem
relações, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre si,
sobre o outro, sobre o universo social e cultural, tornando-se, progres-
sivamente, conscientes dessa corporeidade. Por meio das diferentes lin-
guagens, como a música, a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de
conta, elas se comunicam e se expressam no entrelaçamento entre cor-
po, emoção e linguagem. As crianças conhecem e reconhecem as sen-
sações e funções de seu corpo e, com seus gestos e movimentos, iden-
tificam suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo, ao mesmo
tempo, a consciência sobre o que é seguro e o que pode ser um risco à
sua integridade física. Na Educação Infantil, o corpo das crianças ganha
centralidade, pois ele é o partícipe privilegiado das práticas pedagógicas
de cuidado físico, orientadas para a emancipação e a liberdade, e não
para a submissão. Assim, a instituição escolar precisa promover opor-
tunidades ricas para que as crianças possam, sempre animadas pelo
espírito lúdico e na interação com seus pares, explorar e vivenciar um
amplo repertório de movimentos, gestos, olhares, sons e mímicas com
o corpo, para descobrir variados modos de ocupação e uso do espaço
com o corpo (tais como sentar com apoio, rastejar, engatinhar, escorre-
gar, caminhar apoiando-se em berços, mesas e cordas, saltar, escalar,
equilibrar-se, correr, dar cambalhotas, alongar-se etc.).
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a produção, manifestação e apreciação artística, de modo a favorecer o
desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da expressão pes-
soal das crianças, permitindo que se apropriem e reconfigurem, perma-
nentemente, a cultura e potencializem suas singularidades, ao ampliar
repertórios e interpretar suas experiências e vivências artísticas.
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De olho na
comhistória
a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre os tex-
tos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela lei-
tura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mun-
do. Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis
etc. propicia a familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários,
a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da
escrita e as formas corretas de manipulação de livros. Nesse convívio com
textos escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita que
se revelam, inicialmente, em rabiscos e garatujas e, à medida que vão
conhecendo letras, em escritas espontâneas, não convencionais, mas
já indicativas da compreensão da escrita como sistema de representação
da língua. (BNCC, 2017, p 38-40)
De olho
tos, sensações e emoções, tanto nas situações do cotidiano quanto
em brincadeiras, dança, teatro, música.
na B NCC 2 - Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brinca-
deiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre
outras possibilidades.
3 - Criar movimentos, gestos,olhares e mímicas em brincadeiras, jogos
e atividades artísticas, como dança, teatro e música.
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De olho na história
4 - Adotar hábitos de autocuidado relacionados a higiene, alimentação, conforto e aparência.
5 - Coordenar suas habilidades manuais no atendimento adequado a seus interesses e ne-
cessidades em situações diversas.
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De olho nadas
visualização história
ilustrações, pode encaminhar as crianças para a temática do
reconhecimento das diferentes formas de expressão, modos de se pentear,
de dormir.
De olho na história
b) Estrutura da história
O propósito principal da história é mostrar para as crianças a existência de
diversas brincadeiras que utilizam poucos recursos, de baixíssimo ou nenhum
custo, e que proporcionam muito prazer e alegria. Nessa atividade, um obje-
tivo possível é levar as crianças a apreender a ordem narrativa e a auxiliar no
reconhecimento de termos conhecidos, observando a grafia das palavras e
a sequência de cenas rotineiras, passíveis de serem contadas, inclusive, em
diferentes sequências.
Um segundo objetivo da atividade é fazer com que os alunos percebam as di-
ferentes marcas de leitura e entonação sugeridas ou definidas pelos diferen-
tes pontos: de interrogação, de exclamação, final, reticências...
Para isso, em qualquer uma das propostas, a sala pode ser organizada em
trios ou pequenos grupos. Cada um receberá uma parte da história. Faça uma
segunda leitura, lendo pausadamente cada trecho até que o grupo consiga
identificar sua parte. Explore as palavras e os sinais de pontuação que eles
reconheçam ou identifiquem, anotando-as na lousa, preferencialmente den-
tro de seus contextos frasais. Na sequência, vocês podem trocar as palavras
ou os sinais de pontuação de lugar, observando as diferenças na leitura e na
história, como um todo.
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Por exemplo:
A frase “E ler, então.... é meu passatempo predileto!” pode ser escrita (e de-
pois lida) com interrogação no final: “E ler, então... é meu passatempo pre-
dileto?”, para que os alunos levantem hipóteses sobre as alterações.
Enquanto cada trio identifica a parte da história recebida, anote na lousa a
ordem dos grupos para ajudá-los no decorrer das próximas atividades.
c) Reler a história
O objetivo dessa atividade é permitir que as crianças captem trechos da
narrativa. Para isso, nos mesmos trios ou grupos organizados anterior-
mente, peça a cada um que reveja sua parte da história, considerando a
ordem dos grupos identificada na atividade antecedente.
A finalidade não é que os estudantes reconheçam todas as palavras, mas
que recontem a parte da história, apoiando-se, inclusive na ilustração e
nas palavras reconhecidas. As crianças que já estejam mais apropriadas do
sistema alfabético de escrita podem ficar responsáveis pela leitura de uma
frase, compartilhando com aquelas que ainda não se apropriaram do siste-
ma alfabético.
Outra possibilidade é convidar as crianças a ler junto com o professor, de
modo que a leitura seja intercalada frase a frase, ou a frase lida pelo pro-
fessor seja repetida pelo aluno, dependendo da etapa de desenvolvimento
da turma. Nesse processo, o professor pode reproduzir na lousa algumas
frases, para demarcar com o dedo a leitura das palavras.
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O convite à leitura visa estimular as crianças a perceber as regularidades
da narrativa, além de assumirem o papel de leitor. A troca entre os turnos
também favorece a escuta atenta à leitura do outro, seja do professor ou do
colega.
na B NCC
Apresentar autonomia nas práticas de higiene, alimentação,vestir-se e
no cuidado com seu bem-estar, valorizando o próprio corpo.
Utilizar o corpo intencionalmente (com criatividade, controle e ade-
quação) como instrumento de interação com o outro e com o meio.
Coordenar suas habilidades manuais.
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Após o término da leitura, pode ser produtivo retomar o livro para aprofundar
conhecimentos sobre outros temas que aparecem na história, como por exemplo
a vida em família, a convivência com outras gerações, a importância da leitura
e das brincadeiras na infância. Pode-se fazer uma enquete com as crianças, le-
vantando dados sobre a rotina de cada uma.
ALÉM DISSO, VOCÊ PODE ORGANIZAR UM FESTIVAL DE BRINCADEIRAS
JUNTO COM AS CRIANÇAS, USANDO AS PROPOSTAS LIVRO.
VAMOS APRENDER A FAZER ISSO?
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