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1.

DEFINIÇÃO
Crise epiléptica:
Ocorrência transitória de sinais ou sintomas decorrentes da atividade anormal
excessiva ou síncrona no cérebro.

Semiologia das crises:


– Dependerá da região cerebral que abriga essa atividade excessiva e
síncrona (ZE).
– A maior parte do córtex é silente.
– Sintomas = momento em que a atividade atinge uma área capaz de
produzir sinais e sintomas (ZS).
– A semiologia corresponde uma etapa importante do diagnóstico;

Zonza epileptogênica (ZE):


● Área necessária para gerar uma crise;
● Remoção ou desconexão completa é necessária para atingir a
liberdade de crises;
● Sua ativação pode produzir sintomas iniciais tão particulares a ponto
de indicar sua localização;
● Permite elucidar a hipótese topográfica e etiológica;
● Localizar a ZE faz parte da avaliação pré cirúrgica;

Zona. Sintomatogênica (ZS):


● Área cortical que produz sintomas quando ativada pela descarga ictal

Em geral, a ZS está próxima da ZE.


● Podem ser correspondentes;
● Diferentes ZE podem produzir crises que evoluem para ZS
semelhantes.

As crises tendem a seguir vias preferenciais;

Redes neuronais epileptogênicas:


– A evolução sequencial dos sintomas = da área de início para as áreas
de propagação da crise (redes).
– Anatomia cortical e circuitos neuronais;
– O sintoma pode dar pistas da rede neuronal ativada

Conceito de início:
– Crises focais - origem limitada a um hemisfério cerebral
– Crises generalizadas - rápido envolvimento de redes bilaterais

Prática clínica:
– Atenção aos termos usados pelos pacientes;
– Anamnese com testemunha do evento;
– Interrogar ativamente o paciente sobre sintomas conscientes
precedendo a perda de consciência;
– Conhecimento técnico para as perguntas dirigidas;
– Não julgamento
– Invista tempo na história clínica
– Quando a anamnese não é suficiente, lança-se a oportunidade de
assistir a crise: seja pelo vídeo EEG ou ao pedir o acompanhante para
filmar.

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