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Assim que o sol foi se pondo no Monte Himalaia, Nepal, um jovem Buda tibetano de 14 anos de idade

disse aos seus pequenos amigos sábios de vidas passadas enquanto acendia um incenso em meio a uma
densa e bela nuvem que cobria metade do Himalaia:
- A lição de hoje será sobre politica, governo e os deveres dos governantes eleitos democraticamente ou
não para com o seu reino ou naçao, bem como com o seu povo segundo os termos do Mahanbharata e
do Ramyana. Verso I. O dever de todo governante é amar e proteger o seu povo da fome, da miseria, da
ignorancia, das enfermidades e da infelicidade. Amar é respeitar, honrar, valorizar e considerá cada ser
humano como sendo Deus ou si mesmo. Governantes que não cumprem com o seu dever não tem o
direito de permanecer no poder e nem cobrar impostos, pois os impostos são pagos para que os direitos
do povo sejam protegidos. Nenhum governante é maior ou mais importante que o seu povo ou a sua
nação. A grandeza de um governante não reside no nascimento, mas no mérito, ou seja, em estabelecer
um governo realmente democratico ao seu povo. Só existem 2 tipos de governantes. O primeiro é aquele
que só pensa no ouro e permanecer para sempre no poder. O segundo é aquele que só pensa na nação e
permanecer para sempre em nossos corações. Quando a corrupção entra na politica, esta se contamina
e quando isto acontece, um grande sofrimento é imposto injustamente ao povo. O povo não merece
sofrer, pois não é este o plano de Deus para a vida dele. Em um estado, reino ou nação em que o chefe
do executivo não toma nenhuma medida judicial séria quando homens e mulheres de baixa consciencia
estabelecem as leis, afundará vitimado por endividamento público, crise economica, falencia,
desemprego, fome, trafico de drogas, furto, roubo, prostituição, estupro, assassinato e guerra civil que
nem uma vaca no brejo. Em tal estado de desonestidade, os cidadãos exploram uns aos outros como os
peixes comem uns aos outros em nome da feroz e brutal luta pela sobrevivencia. A corrupção nos orgãos
publicos dos estados é uma maldição, mas toda maldição tem um começo e um final. A verdadeira
riqueza não é o ouro ou outros metais preciosos, mas a nobreza de carater e a sabedoria. A politica é a
arte de atender as aspirações mais elevadas de um povo. A irreligião é um poderoso instrumento de
dominação politica. A justiça é o instrumento de proteção do estado e da sociedade. O povo a razão de
ser do estado. O estado é como o pai e o povo é como o filho. O dever do pai é proteger o filho e o dever
do filho é proteger o pai, da mesma forma, o dever do estado é proteger o povo e o dever do povo é
proteger o estado. O pai deve ser generoso com o seu filho assim como o estado com o seu povo. O
povo é a origem e o centro de todo poder politico. A constituição é um conjunto de principios, de
normas e diretrizes a serem seguidas pelos militares e civis do estado. Nenhum governante, por mais
poderoso que seja, tem o direito de ceifar injustamente a vida do seu povo. O governante não deve ser
um homem temente a Deus porque todo homem temente a Deus é medroso. O governante deve ser
corajoso no cumprimento do seu dever e nunca, bem como jamais se deixar corromper, pois homens
que se corrompem não conseguiram conquistar a si mesmo, pois são governantes incompetentes cheios
de ambição, egoismo e ignorancia que é maya do budismo e o satanás dos cristãos, judeus e
muçulmanos. Homens corrompidos pela cobiça, luxuria, ira, são mais sujos e fedorentes que os
caminhões de lixo das pequenas e grandes cidades. Corrompidos e acorrentados por seus desejos não
satisfeitos, abandonam seus deveres como governantes democraticos e se tornam ditadores que para
permanecer no poder corrompe a todos com dinheiro público e aquele que recusa a aceitar tal dinheiro
sujo e furtado é julgado como criminoso e eliminado como traidor da nação e do povo. Quando o
governante se torna ladrão, o povo vira mendigo. É preferivel um bode liderando uma nação do que um
governante bem vestido e ornamentado com vários tipos de joias que não entende as leis do karma, pois
somente os cegos não conseguem entende-las bem como o proposito pelo qual escolhido para proteger
o seu povo e o seu estado. quando não há um regente ou administrador apropriado para um país,
haverá caos em todas as vilas e cidades sejam na zona urbana ou rural. Sábio é o governante que sabe
quais são as diferenças entre o corpo e o espirito, bem como entre a realidade e a ilusão. Os principais
objetivos da constituição do país é a propagação da retidão entre os cidadãos. Em um Estado sem rei, a
riqueza é insegura. Nem mesmo os fazendeiros e pastores podem dormir pacificamente com suas portas
abertas. Um país com um governante perverso, onde a desordem prevalece, é tão bom quanto uma
terra sem governo nenhum. Nenhuma alma é pacífica em um Estado sem um governante honesto. O rei
ou chefe de estado e governo é aquele que brilha, ou seja, é aquele que remove os obstáculos e prioriza
o bem está de seus cidadãos. Dentre os principais deveres de um governante estão, alimentar os
cidadãos, proteger a retidão e punir os infratores. O reino do monarca ou país do chefe de estado onde
os homens e mulheres de baixas consciencias são muito numerosos logo perecerá por completo,
vitimado por fome e enfermidades. Todo chefe de estado deve ser bravo, corajoso, vigilante, caridoso,
proezo, firme na luta e não fugir dos inimigos, ou seja, dos traidores do reino e de povo. O bom chefe de
estado somente deve empunhar suas armas apenas para proteger outros, sejam indivíduos, seja a
comunidade como um todo. Um rei que não exibe sua força segundo sua capacidade devido ao medo de
perder sua vida merece ser chamado de covarde e também de ladrão. O rei ou presidente, ditador ou
seja lá o que for, tem de exibir conduta apropriada em relação a seu povo para que o siga e o imite, daí a
razão pela qual é considerado como o chefe ou lider de estado. O lider deve respeitar as leis e as
pessoas, daí ser esta a premissa máxima ou objetivo principal do direito ou justiça. No cumprimento dos
seus deveres, todo rei ou presidente deve ser imparcial na execução de seus deveres, sem favoritismo
em relação a nenhum cidadão. Todo rei tem o dever moral ou ético de punir os malfeitores, mesmo que
possuam elevado status que tenham na sociedade. O rei ou presidente que é valente o bastante para
morrer no campo de batalha em um conflito que ele não iniciou tem a mesma grandeza de um asceta.
Somente o rei que protege a retidão e o povo, bem como afasta e pune os malfeitores deve ser
considerado como o chefe de estado ideal. A força dos oprimidos e desolados está no rei, ou seja, os
mais pobres e vulneráveis dependem dele para o seu bem-estar. Sem isso estão eternamente
condenados à pobreza, a lamantação e o pesar. Um governante sábio deve ter boa conduta, palavras e
ações na sua nação ou no estrangeiro. Tal governante deve preservar a virtude da veracidade em suas
relações interpessoais com os demais. O rei ou presidente possui diversos poderes, sendo que o mais
baixo é o militar, apesar da importancia que ocupa na manutenção da paz no estado e na sociedade.
Apenas duas coisas vão com o rei ou presidente para o outro mundo: seus méritos ou seus crimes contra
a humanidade. Retidão é o lema de um governante. Nada é superior a isso no mundo politico. Os
ministros, demais assessores e conselheiros também devem ser honestos no cumprimento dos seus
deveres. Caso contrário, tais governantes, ministros, assessores e conselheiros perversos destroem uma
nação inteira, bem como privam seus cidadãos dos seus direitos. Malícia é algo que jamais deve
encontrar espaço no coração de um governante. Seus sentidos e mente devem estar sempre
perfeitamente controlado. Caso consiga isto, expandir-se-a em grandeza como o oceano que é
alimentado pelas águas de mais de mil rios e milhões de nuvens. Um governante pode facilmente tornar-
se grandioso mediante duas atitudes: não se permitir falar palavras ásperas e desprezar aqueles que são
perversos e criminosos. Três coisas são essenciais para um governante: acolher cidadãos de outras
nações que buscam proteção em sua nação, desde que não seja por justa causa é claro. Um governante
jamais deve consultar os poucos sábios, os procrastinadores, os insensíveis e os lisonjeadores. Seis faltas
devem ser evitadas por um rei que deseja ser grandioso: sono excessivo, preguiça, medo, ira,
insensibilidade e procrastinação. Estes seis não devem ser renunciados: veracidade, caridade, diligência,
benevolência, perdão e paciência. O governante, deve sempre evitar fala ríspida, severidade excessiva
nas punições e desperdício de riquezas. São elementos que glorificam um governante: sabedoria,
nascimento nobre, autodomínio, aprendizado, bravura, moderação na fala, caridade apropriada e
gratidão. A veracidade é um importante atributo de um governante. Se tal governante deseja inspirar
confiança nas mentes dos seus subordinados, deve sempre ser veraz. Toda perfeição encontra seu lar em
um rei. A conduta de tal governante deve estar acima de qualquer reprovação. Autodomínio, humildade
e retidão são qualidades que têm de estar presentes em tal governante para que seja exitoso no
cumprimento dos seus deveres de proteção daqueles que os elegeram para este propósito. A conduta de
um governante deve ser franca e direta. Outro perigo para tal governante é a brandura. Ele não deve ser
excessivamente brando, ou será desconsiderado. Os cidadãos não terão respeito o bastante por ele e
suas palavras. Ele, ao mesmo tempo, deve evitar o extremo oposto, ou seja, não deve ser
excessivamente severo ou os cidadãos o temerão o que não é nada bom para a sua popularidade, pois
tal popularidade é o seu escudo sem o qual estará desprotegido. Um governante tem de conhecer a arte
de selecionar assistentes. Ele deve ter a compaixão como parte de sua composição mental, mas deve se
esquivar de uma postura excessivamente perdoadora. Estar alerta é de grande necessidade para tal
governante. Ele deve estudar seus inimigos e também seus amigos incessantemente. Destreza,
inteligência e veracidade são três atributos necessários em um governante. Residências e edificações em
geral que estejam velhas ou em ruínas devem ser renovadas caso queira uma opinião pública positiva de
seus cidadãos. Deve saber utilizar seus poderes para infligir punições e multas aos perversos. um
governante tem que ser capaz de proteger e cuidar de seus cidadãos, mas se um governante não é capaz
de oferecer tal proteção e cuidados com zelo e firmesa, deve considerado como incompetente e inapto
para exercer tal cargo. Governantes cujos cidadãos são levados por ladrões para fora de seu reino
enquanto gritam por socorro e ele e seus servos apenas olham sem nada fazer é um governante morto,
e não vivente. O dever mais elevado de um governante é proteger seus cidadãos, haja vista que tal
governante que desfruta das recompensas tem a obrigação de cumprir esse dever. O rei deve proteger
seus cidadãos assim como uma mulher grávida protege e nutre o feto em seu ventre. Em outras palavras,
assim como uma mulher grávida sacrifica seus interesses pessoais pela causa da criança em seu ventre, o
rei deve ser capaz de renunciar seus próprios interesses a fim de atender às necessidades dos cidadãos.
Da mesma maneira que um pai ajuda seu filho a superar uma crise, o governante deve fazer o mesmo
em relação ao seu povo. Se um governante é excessivamente gentil, o povo o desobedece. E se ele é
autoritário, o povo o teme. Por conseguinte, de acordo com a situação, ele deve ser autoritário ou gentil.
Manter felizes os cidadãos nesta Terra é o código de retidão de um verdadeiro governante. Os fracos e
oprimidos, os cegos, os surdos, os aleijados, os órfãos, os idosos, as viúvas, os doentes e os aflitos devem
receber alimento, vestes, medicamentos, abrigo e demais necessidades. O governante tem que
considerar que seu principal dever é servir seus cidadãos como uma mãe responsavel e amorosa serve a
criança em seu ventre. Alguma mãe pensará em gratificar-se enquanto seu filho está em seu ventre?
Todos os pensamentos dela estarão voltados para a criança e para o bem-estar da mesma. Da mesma
forma, o governante deve subordinar todos os seus desejos e vontades e buscar atender aqueles de seus
cidadãos. O bem-estar deles deve ser seu único interesse. O melhor governante é aquele cujos cidadãos
vivam em liberdade e alegria como se estivessem na casa do próprio pai. A paz estará com eles, bem
como a satisfação. Assim, não haverá qualquer revolta, perversidade, ambição, desonestidade, inveja e
tantos crimes como nas sociedades atuais. O âmago do dever de um governante é a proteção de seus
cidadãos e a felicidade deles. Não se trata de algo fácil. Para garantir a felicidade de seu povo, ele deve
recorrer a diversos métodos, dentre os quais inclue-se a cobrança mensal de impostos. Uma das funções
primárias de um governante é supervisionar e planejar o desenvolvimento das terras na sua nação, e um
dos meios que ele usa para isso é a cobrança de impostos. Contudo, tem que arrecadar impostos de
maneira sistemática e com a devida consideração por seus cidadãos. Assim como uma abelha suga o
néctar das flores sem machucá-las, o rei deve obter o dinheiro de seus cidadãos sem afligi-los. Assim
como uma abelha suga o néctar das flores delicadamente, sem danificar a planta, o rei deve obter
dinheiro através de impostos cobrados de seus cidadãos sem fazer-lhes mal. Quem ordenha uma vaca
não o faz até que as tetas fiquem vazias, senão que tem o cuidado de garantir de que sobre leite para o
bezerro. Similarmente, o rei deve arrecadar impostos do povo depois de considerar cuidadosamente se
terão o suficiente para se manterem. Como um sanguessuga, o rei deve obter dinheiro da nação
gentilmente através da cobrança de impostos. Uma tigresa ergue seus filhotes com seus dentes, porém
não os machuca. Similarmente, um rei deve cobrar impostos de seus cidadãos sem causar-lhes aflição. É
deveras insensato o governante que, apesar de cobrar um sexto da renda de seus cidadãos, não cuida
deles assim como cuida de seus filhos. É dito que o rei que, sem proteger seus cidadãos, recolhe um
sexto da renda deles na forma de impostos toma para si os pecados do povo. O governante deve se
tornar um jardineiro, e não um fabricador de carvão. O jardineiro cuida das plantas a fim de receber
delas flores e frutas. Similarmente, o governante deve conduzir seus cidadãos à prosperidade e, então,
obter um quarto da renda deles na forma de impostos. Quem comercia carvão, no entanto, desarraiga a
árvore e carboniza a mesma por completo. O rei não deve desarraigar seus cidadãos, roubando-lhes por
completo suas riquezas. Assim como alguém que corta os úberes de uma vaca com a esperança de obter
leite jamais o consegue, um Estado em que os impostos são cobrados inapropriadamente, assim
atormentando os cidadãos, não prospera. O ponto é que é dever do rei apoiar e cuidar das necessidades
mundanas e espirituais dos ascetas e estudiosos das instituições de ensino. Isso amplia o prestígio do
rei. O rei deve tratá-los com absoluto respeito uma vez que se destinam a auxiliar na preservação da
religião e do equilíbrio social, através do que toda a sociedade pode operar em harmonia e continuar
com o desenvolvimento espiritual que permite que todos fiquem contentes e sejam felizes. Portanto, o
governante tem que adotar a atitude de que ele é servo e não senhor dos cidadãos. Um governo
desonesto deve temer que os cidadãos cedo ou tarde se revoltem contra seu líder. Que valor há para os
cidadãos pagar altos impostos para um líder perverso que não os está governando devidamente e não é
capaz de protegê-los quer na esfera militar, quer econômica, quer educacional etc.? O líder recebe um
salário a partir dos impostos cobrados apenas quando pode desempenhar seu papel da maneira devida.
De outro modo, os impostos cobrados para determinados propósitos são desperdiçados. O tesouro de
um governante tem por fim a proteção do exército, de seus cidadãos e da retidão. Se é usado para esses
fins, revelar-se-á benéfico. Por outro lado, se o tesouro é desperdiçado, isso se revelará desastroso. Se o
governante utilizar o tesouro real para sua esposa e para seus filhos e para satisfazer seus próprios
desejos sensuais, o mesmo lhe trará infelicidade e tal monarca renascerá como um ser humano de favela
que criou para corrigir seus erros e aprender a não roubar mais. O governante tem que usar sua renda
pessoal para todos os seus interesses pessoais, sem jamais divergir alguma conta ou finança de sua
administração para fins inapropriados. Não apenas ele acumulará o mau karma que o levará para uma
nova vida na miséria, mas é frequente que sua própria vida – privada e política, junto do futuro de seus
cidadãos e de seu país será condenada no devido tempo. O governante deve se lembrar de que seu
tesouro deve estar sempre cheio. A supervisão do trabalho de todos os seus oficiais deve ser feita pelo
próprio governante. Ele jamais deve confiar cegamente nos guardiões da cidade ou do forte. Na
proteção dos cidadãos contra obstáculos, superintender a segurança do país é certamente uma
preocupação primária que deve ser tida em conta pelo governante. Aconselha-se, portanto: Ó rei,
obviamente não encontrarás escrito no rosto de alguém se ele é um inimigo ou um aliado. Aquele que
nos faz experienciar tormentos é quem entendemos como inimigo. Ainda que fracos, aqueles que são
cautelosos não são derrotados pelo inimigo. Em contraste, alguém poderoso que não é vigilante em
relação ao inimigo é aniquilado até mesmo por um inimigo fraco. Mesmo se um inimigo é fraco, quando
sua força cresce, nem mesmo um homem poderoso é capaz de ignorá-lo. Mesmo se alguém é poderoso,
não deve considerar inferior um inimigo que seja fraco, pois mesmo uma chama pequena é suficiente
para queimar, e mesmo uma minúscula quantidade de veneno é o bastante para ceifar a vida. Neste
mundo, não há nada mais perigoso do que estar inadvertido. Toda riqueza abandona tal indivíduo
descuidado, em consequência do que tem de experienciar grandes catástrofes. Uma vez que um inimigo
tenha sido reconhecido, há maneiras específicas de lidar com ele, segundo a sua posição. É apropriado
amigar-se com um inimigo reconciliando-se com ele com um falso ar de amizade, mas se deve temê-lo
constantemente, assim como se teme uma cobra dentro de casa. Deve-se falar com um inimigo
brandamente, mas, interiormente, deve-se ter uma postura insensível. Deve-se falar com um sorriso, e a
verdadeira natureza jamais deve ser revelada através de um ato rude. Alguém tolo o bastante para
menosprezar um inimigo em ascensão será completamente aniquilado por ele, assim como faz uma
doença em seu estágio terminal. O indivíduo não deve deixar que o inimigo se dê conta de suas
fraquezas. Em contrapartida, deve certamente buscar as fraquezas do inimigo. Assim como uma
tartaruga mantém todas as partes de seu corpo escondidas sob o casco, o rei deve manter todas as
estratégias da nação em segredo e deve ser cuidadoso quanto às suas fraquezas. Quem confia em um
inimigo e dorme pacificamente após estabelecer trégua com o mesmo é como um homem que dorme
no topo de uma árvore e acorda apenas após sua queda. Assim como uma dívida continua crescendo
mesmo se apenas uma fração dela não foi paga, se a vida de seus inimigos forem poupadas, então,
porque foram insultados, eles, no futuro, gerarão grande terror, tal qual uma doença negligenciada que
mais tarde se torna formidável. O rei deve primeiramente conquistar sua própria mente, após o que se
torna mais fácil conquistar seu inimigo. Como alguém que não domina a própria mente poderá aniquilar
seus inimigos? Espera-se que o rei tenha autocontrole sobre sua mente e sobre seus sentidos se ele
pretende controlar seus inimigos e cidadãos. Ele tem que se elevar acima da influência dos seis defeitos,
a saber, desejo, ira, cobiça, orgulho e avidez por fama e felicidade. De outro modo, tanto o rei quanto
seu reino estarão condenados. Vemos com frequência governantes que exibem fraquezas voltadas a
mulheres, bebidas, jogos ou caçadas e outros vícios provenientes de desejos, bem como outros
desequilíbrios baseados em crítica, apropriação indevida de dinheiro, crueldade excessiva nas punições
etc., tudo o que se origina de ira e orgulho em excesso e conduz a uma queda ou desastre. Assim, tem
que evitar essas questões e fraquezas a fim de reinar prazerosamente sobre seus cidadãos. Nesta era
decaida, os governantes em qualquer parte do mundo não conseguem liderar apropriadamente em
razão de que estão cheios de fraquezas pessoais e não são capazes de controlar a própria mente e os
sentidos. Foco é fundamental ao líder, que não deve se distrair com os sentidos ou ter a tendência a
conferir privilégios a grupos políticos devido a estar atraído pelo dinheiro que oferecem. Quando os
sentidos de um governante estão controlados, o Estado pode prosperar sob todos os aspectos e, como
resultado, enriquecer. Quando o governante não é capaz de controlar seus sentidos, os cidadãos sofrem
as consequências de ter um líder muito facilmente influenciável e propenso à distração – o resultado
disso é falta de justiça e falta de liderança imparcial. Assim, o próprio governo se torna uma casa de
corruptos e ladrões. Quando o líder se torna ladrão, os cidadãos se tornam mendigos. O que segue
também explica que qualquer resposta de um governante a um inimigo ou a alguém no mundo que deve
ser detido tem que ser dada após um plano perfeitamente elaborado, e não por uma reação meramente
baseada em emoções, o que frequentemente tem por motivação a impulsividade e o orgulho em vez de
sabedoria e objetividade. Homens grandiosos não expressam hostilidade de imediato contra aqueles que
os insultam. Não obstante, exibem sua bravura gradualmente, no devido tempo. Em outras palavras,
fazem um plano para lidar com isso posteriormente de uma maneira mais eficaz. O exército, é claro, é o
principal agente pelo qual o rei lida com os inimigos. Aqui estão algumas declarações pertinentes a como
o exército deve ser guiado, não necessariamente pelo próprio rei, mas por líderes militares sagazes. Uma
organização militar funciona melhor se é bem guiada. O exército é cego e ignorante. Diante disso, líderes
sagazes devem guiá-lo apropriadamente. Soldados cheios de entusiasmo para a batalha é o primeiro
sinal de vitória. Muito embora houvesse conflitos entre tribos e reinos, princípios estritos eram seguidos
nos tempos védicos, como os princípios de que a guerra era travada apenas em áreas específicas, os
guerreiros paravam as batalhas à noite e retomavam apenas na manhã seguinte depois que um búzio
houvesse sido tocado por ambos os lados. Nenhum civil era incentivado a batalhar, e mulheres e crianças
jamais eram atacadas. Pessoas ocupadas em atividades de fazenda e comércio, artesãos, manufatureiros
e outros em profissões similares não eram forçados a se dedicar a campanhas militares. Não-
combatentes jamais eram mortos, e habitações diferentes de fortes jamais eram atacadas. Os civis
jamais eram saqueados, tampouco se violava a castidade das mulheres ou se tocava nos sacerdotes,
templos e vacas. O poder do governo deve ser supervisionado e monitorado por diferentes pessoas ou
organizações uma vez que, se apenas uma pessoa ou classe o controla, será criado um monopólio que
gera medo e suspeita no povo em geral. Além disso, um governante jamais se destina a tomar decisões
unilaterais sem conselho, haja vista que isso conduz à tirania e à ditadura. Um governante jamais deve
tomar decisões por si mesmo sem antes consultar o conselho de muitos outros. A política de um
governante jamais deve ser publicada antes de ser implementada. O governante deve ser proficiente na
arte de escolher homens honestos para a ocupação de ofícios importantes. Aquele que julga a força do
inimigo em comparação com a de sua própria nação, que contempla com inteligência o estado atual,
crescimento e destruição de seu exército e do exército do inimigo e sugere as medidas necessárias para
o bem-estar de seu mestre pode ser verdadeiramente chamado de ministro. Os legisladores devem ser
homens que são modestos, autocontrolados, verazes e sinceros. Devem também ter a coragem de falar
o que é apropriado. Os ministros de guerra devem ser aqueles que estão sempre ao lado do governante
e devem ser muito corajosos. Devem ser eruditos e afáveis no tocante a defeitos do governante. Um
cortesão deve sempre ser honrado pelo governante. Deve ser um homem que tem sempre no coração
os interesses do governante. Jamais deve abandonar o governante, independente de quais sejam as
circunstâncias. Os oficiais do exército devem ser conterrâneos do governante, possuidores de sabedoria,
grande aprendizado, beleza física e de caráter. Devem ser de excelente comportamento e devem ser
devotados ao governante. Venenos e armas matam apenas uma pessoa por vez, mas alguma
discrepância nos planos de um governante torna-se a causa da destruição de todos os cidadãos e da
nação em que vivem. Assim como os pavões mantêm-se em silêncio no outono, o governante deve
sempre manter em segredo suas políticas. O principal caminho para a vitória de um governante é o
aconselhamento sigiloso. Um governante deve ouvir as intenções das pessoas honestas e desonestase,
bem como saber de seus atos, tanto dentro quanto fora de sua nação. Com isso não se intenta a violação
dos direitos do povo, mas se trata apenas de uma medida para que o governante compreenda como as
coisas estão funcionando entre seus dependentes. Compreendendo as intenções dos cidadãos, o
governante pode propor planos apropriados para que seus legisladores os levem ao conselho.O rei
observa seus cidadãos através de seus espiões. É dito que os espiões são o suporte de um Estado, e que
o conselho secreto é sua força. O governante deve compreender as características de um sábio e de um
tolo. Isso também tem um efeito sobre o caráter de tal governante. Um governante sábio, deve aspirar
às coisas e ideais superiores da vida. Os atributos de semelhante governante são o autoconhecimento, a
aplicação, a paciência e a constância na virtude. Nem ira, júbilo, orgulho, falsa modéstia ou vaidade pode
distraí-lo de seu propósito. Suas ações são feitas sempre com o pensamento de que deve servir a ambos
os mundos. O desejo não macula suas ações. Atos honestos deleitam-no, e ele ama o que é bom. Ele não
é afetado nem por honrarias nem por menosprezo. Como um lago no curso do rio amazonas, é ele
calmo, tranquilo e livre de agitações. As qualidades de um tolo são igualmente fáceis de serem
enumeradas. A escritura é um livro fechado para ele. É vaidoso e convencido e, quando quer algo, jamais
hesitará em recorrer a meios injustos. É propenso a desejar o que não é de seu direito desejar. Aqueles
que são poderosos despertam-lhe inveja. Definitivamente é necessário haver um governante para, em
qualquer posição, assumir uma postura severa contra os criminosos. Criminosos e malfeitores são uma
fonte primária de medo e perturbação para a vida de cidadãos honestos. Assim, é preciso lidar com eles
firmemente. Entretanto, o governante também precisa ter um caráter sólido, ou não terá a disposição
mental em que será capaz de afrontar tais criminosos com o rigor exigido. Eis porque, desde o começo,
deve-se escolher um governante apropriado para o trono e não alguém incompetente. Depois de punido
ou perdoado, o ladrão fica livre do roubo. Se o governante, porém, não o pune, toma para si a culpa do
roubo. Se alguém que agiu de maneira iníqua é morto, seu ato inapropriado não é contabilizado. Não há
nenhum pecado em matar um inimigo aterrorizante. Aquele que tem que proteger seus cidadãos não
deve hesitar se, algumas vezes, veja-se compelido a ser um pouco cruel ou a realizar ações ligeiramente
erradas a fim de protegê-los. Sem punição dos traidores da nação, os cidadãos teriam se extinguido.
Assim como um grande peixe na água engole os pequenos, homens poderosos teriam destruído os
fracos. É somente a punição que disciplina todos os cidadãos e protege a todos. A lei permanece
vigilante até mesmo quando todos estão dormindo. Eis porque os eruditos opinam que são as punições
o que mantém o estado. Todos se mantêm sob controle por temor à punição. Um indivíduo basicamente
puro é muito raramente encontrado. É o medo de ser punido que faz alguém agir apropriadamente e
cumprir as obrigações que lhe são atribuídas. As punições a que são submetidos os ofensores devem ser
proporcionais à ofensa. O governante arrogante em cuja nação pessoas inocentes são atormentadas por
malfeitores perde sua fama, sua longevidade, sua fortuna e um local meritório após a morte.
Indubitavelmente, o governante que não cumpre seus deveres para com seus cidadãos regularmente
tem uma vida futura garantida na miséria e ignorancia por destino, um local destituído de ar. O
governante que protege recebe de todo cidadão um sexto de seus méritos espirituais. Um governante
que protege os seres criados de acordo com a lei sagrada e golpeia aqueles merecedores de punições
corporais é como se oferecesse diariamente sacrifícios em que são dadas cem mil joias. O rei que não
confere proteção, apesar de receber sua cota de afeição, impostos, taxas, reverências, presentes diários
e multas renascerá nas favelas que deixou como legado. Um governante que não confere proteção,
apesar de receber um sexto da produção, toma para si toda impureza de todo o seu povo. Tem por certo
que semelhante governantes renascerá nas favelas e moorerá de fome e enfermidades para corrigir os
erros que cometeu em sua vida passada. Os cidadãos rejeitam um governante cuja administração seja
defeituosa. Ninguém, nem mesmo seus amigos e parentes, resgatam um governante que procede com
crueldade, que paga pouco a seus ministros e outros homens, comporta-se arrogantemente, é
presunçoso e que prejudica pessoas em segredo em tempos de calamidade. Mesmo se alguém que
atormenta seres vivos e é deveras cruel e criminoso se torna mestre de todas as três regiões, ele não
permanece no poder por muito tempo. O governante que não organiza uma rede de espiões [para ter
notícias do reino] ou que não propicia aos cidadãos oportunidades de expressarem a ele suas queixas e
que é controlado por outros é rejeitado pelo povo assim como elefantes abandonam um rio ao verem
lama na água. Um governante apegado aos vícios decorrentes do amor ao prazer perde sua riqueza e sua
virtude, ao passo que aquele dado aos vícios nascidos da ira perde até mesmo sua vida. Caçar, jogar,
dormir de dia, censurar excessivamente, apego em qualquer grau a sexo ilícito, bebedeira, afeição
desordenada por dança, canto e música, e viagens inúteis são os dez vícios nascidos do amor ao prazer.
Contar histórias exageradas, violência, traição, inveja, caluniar, difamação, injusta confiscação de bens,
insultos e ataque são os oito vícios produzidos pela ira. A ganância, a qual todos os sábios dizem ser a
raiz de ambos os conjuntos de vícios, conquista cuidadosamente. Bebedeira, jogar dados e caçada –
estes tres devem ser entendidos como os mais perniciosos no conjunto de vícios que surgem do amor ao
prazer. Causar ferimentos corpóreos, insultar e privar dos bens – estes quatro devem ser entendidos
como os mais perniciosos no conjunto de vícios produzidos pela ira. Muitas civilizações no planeta que
se orgulham de serem avançadas não são civilizações genuínas. Isso significa que não são tão civilizadas
quanto pensam. Uma sociedade verdadeiramente civilizada terá como sua base e fundação o amor, a
compaixão, a cooperação, a sabedoria e a liberdade, e não mera superioridade tecnológica, econômica
ou militar para dominar os fracos. A sociedade tem que selecionar um líder de verdade, e não
meramente eleger “o menos ruim” entre os candidatos. Contudo, é preciso saber o que é um verdadeiro
líder. Um líder de verdade tem também que ser conhecedor das verdades espirituais universais.
Semelhante líder, então, poderá fazer programas que têm como fundação o que é universalmente
aplicável a todos. Deste modo, o líder deve se valer de uma filosofia completa para suas convicções
políticas. De outro modo, um líder imperfeito não será capaz de criar uma ideologia que seja aceitável a
todos, senão que continuará especulando sobre o que talvez funcione e continuará sugerindo ideias não
experimentadas, falsas e que seguem desorientando. Isso se dá enquanto os verdadeiros objetivos são
ocultados, os quais, em geral, consistem em enganar as pessoas de modo que trabalhem duro para
pagar impostos elevados que não serão utilizados para beneficiar verdadeiramente as pessoas e o
planeta. Se o líder é tolo, o governo é o paraíso de um tolo. Se o líder é ladrão, os cidadãos se tornam
indigentes. Um líder tem que ser ético e forte a fim de subjugar apropriadamente as perturbações. Antes
que um líder possa afetar o mundo, tem que cuidar dos assuntos locais, em seu próprio domínio. Tem
primeiramente que refrear quaisquer sofrimentos experimentados por seus próprios cidadãos. Eles o
estão apoiando, são os impostos deles que ele está administrando. Diante disso, devem ser os primeiros
a receber as recompensas da liderança apropriada e dos fundos governamentais. A primeira medida,
portanto, é que todos os ladrões, estupradores, sequestradores, assassinos e violadores da lei em geral
sejam detidos e presos. Isso ajudará a criar uma situação de paz para todos os cidadãos honestos. Além
disso, os programas que beneficiam as pessoas, como garantir oportunidades de emprego e proteger os
recursos naturais e o meio ambiente, devem ser estabelecidos a fim de que as pessoas não percam as
esperanças em relação ao futuro. Criminosos e sujeitos desonestos na sociedade abundam em virtude
de líderes covardes e impotentes. Se tais líderes não sabem exercer sua posição devidamente, os
criminosos se valem da situação para aterrorizar os cidadãos de bem. Entretanto, quando os líderes são
poderosos o bastante para deter toda sorte de infratores em qualquer parte da nação, não serão capazes
de crescer tais ameaças. Quando os indivíduos perversos são punidos de maneira exemplar e imediata, a
boa sorte reina. Os crimes decaem, os custos para imposição da lei decrescem. Ademais, os cidadãos em
geral não precisam viver com medo. Isso afetará a confiança que têm no governo e a maneira como
contribuem com o país. Em contraste, quando as leis protegem os criminosos e tornam os cidadãos
honestos incapazes de se defender, ou quando a imposição da lei é lenta e ineficaz, os ladrões se tornam
proeminentes na sociedade em virtude de um governo inapto. Semelhante governo logo se torna um
local perigoso para se viver. Infortúnios, destarte, certamente decorrerão. Assim, a prioridade de um
líder é sua terra e os cidadãos da mesma. Apenas depois que sua própria área está segura e nela tenham
sido estabelecidos firmemente programas de bem-estar deve haver algum arranjo para grandes gastos
ou expedições militares fora da defesa da própria jurisdição, além das próprias fronteiras, e somente se
tais ações militares não comprometam desnecessariamente a economia. Uma vez que os problemas
locais tenham sido solucionados e corrigidos, os líderes e o povo terão uma base mais forte para tentar
ajudar em desafios e dificuldades em outras partes do mundo. Se um governante ou governo é efetivo
em refrear a criminalidade em seu país, manter os cidadãos livres das perturbações de homens de
negócios enganadores, políticos corruptos, terroristas, ladrões etc., ele poderá, por revelar-se como tão
forte líder, cobrar impostos mais facilmente, pois mais cidadãos serão honestos e dispostos a pagar.
Todavia, se um líder ou governo não é capaz de proteger os cidadãos de ladrões em público ou de
abusos no governo, tal líder ineficaz não deve pensar que tem o direito de continuar cobrando pesados
impostos de seus cidadãos, ou mesmo o direito de continuar em sua posição. Se o líder é ineficiente e
permite que criminosos ocupem sua jurisdição, recairá sobre ele parte das reações pelos atos malfazejos
que são conduzidos dentro de seu regime, e seu futuro nesta vida e na próxima será muito trevoso.
Assim, um governante ruim perpetua a degradação de toda a nação. Ainda pior é a situação em que os
próprios ladrões são eleitos para o governo. Tais enganadores, então, tirando proveito de sua situação
ou posição, desfrutam da vida assenhoreando-se dos elevados impostos pagos pelos cidadãos. Ou,
então, dedicam-se a intrigas políticas ou financeiras que resultarão em grande lucro em seus bolsos a
custo dos contribuintes. A consequência disso é que as pessoas se tornam mais desonestas ao tentarem
esconder sua renda, sabendo que os cobradores de impostos servem políticos corruptos. Então,
conforme essa mentalidade criminosa se difunde, partindo dos políticos, todo o país se torna cada mais
corrupto. As hierarquias e os regimes que operam de acordo com métodos egoístas que são, em
verdade, viciosos e injustos, especialmente em relação às pessoas honestas, não podem ir adiante. A
força última da Verdade no mundo os verá cair cedo ou tarde. Temos que trazer à tona o poder da
transformação, não pela força ou pela manipulação, mas por nos opormos ao que não é certo através de
preocupação genuína e amor espiritual. Todavia, não é o bastante que líderes tentem propiciar a paz por
meio de dominação militar e força. É preciso que haja fundos que apoiarão projetos educacionais que
difundirão o conhecimento espiritual genuíno. Tal conhecimento pode invocar uma verdadeira mudança
de consciência na humanidade em grande escala. Isso não significa simplesmente propagar uma religião
em particular, mas propagar a informação espiritual que possa ser aplicada por todos e em todo lugar
independente de afiliações religiosas. Providenciando os meios para uma mudança genuína de
consciência, e um crescimento em percepção de nossa unidade espiritual, pode haver paz através de
escolha deliberada da sociedade em vez de mero temor da força militar. Pode haver harmonia através de
crescimento intelectual e espiritual. De outra maneira, paz verdadeira não será possível, senão que
haverá apenas paz forçada, haja vista que a causa por trás da desunião e dos problemas persiste,
aguardando por uma oportunidade para os conflitos recomeçarem. Naturalmente, pode haver
momentos em que a força militar seja insubstituível para colocar fim a um conflito desnecessário ou para
subjugar os criminosos, mas jamais será um meio para a paz duradoura. Um governante deve ser o
representante da moralidade perfeita. Deve exibir uma conduta exemplar em suas ações, ordens e fala.
Assim como é absolutamente benéfico para a sociedade em geral trabalhar para o avanço espiritual,
também é benefício para um governante trabalhar de maneiras que aprimorem seu próprio
desenvolvimento espiritual. Ele deve buscar soluções para que todos tenham as mesmas oportunidades
para fazer isso. Isso é verdadeira liderança.

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