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Transcrição Estudo de 28 de Dezembro de 2020

TEMA: VERDADE

Alguém pode dar algum palpite sobre o que é a verdade?

O contrário da verdade é a men ra?

Não sei, acho que nem sempre.

Estudante – Eu vejo a verdade como o estado em que você está, por isso que ela pode ser
muito par cular. Cada um tem a sua verdade, mas ela é tão par cular que ninguém consegue
entrar totalmente na verdade do outro. Eu entendo assim. Eles dizem muito “Viva sua
verdade, mostra a sua verdade para o mundo”, mas eu acho que existe uma lei universal. Eu
entendo a verdade muito como o estado da pessoa, estado de espírito, estado de evolução.

Instrutor – Se eu fizer uma afirma va: dois e dois são quatro. Isso é verdade?

Estudante – Eu entendo isso como um fato.

Instrutor – E esse fato é verdade?

Estudante – Depende muito, acho que tudo depende. As leis do universo se aplicam a esse
universo aqui, pode ter universo que é regido por leis diferentes.

Instrutor – É isso, pode contar nos dedos: dois mais dois, isso dá quatro?

Estudante – Depende do que a gente está contando, né? Eu acho que envolve inclusive a
questão de conhecimento, conhecimento de cada um, a experiência de cada um, porque se a
gente envolve dois mais dois e está falando de uma substância, ela pode aumentar e não ser
quatro; se ver falando de algo sico, duas bananas mais duas bananas são quatro. Então, aqui
envolve inclusive experiência e o conhecimento de cada um, né? A vivência de cada um e o
estado de cada um.

Tem gente que chega na nossa vida para somar ou subtrair. Então, eu acho que a soma e a
subtração só valem na aritmé ca mesmo, para o resto todo, depende.

Instrutor – A gente aprende no primeiro ano, na escola, que dois mais dois são quatro e a
gente assimila isso como uma verdade: Que 2 + 2 são 4. A gente aprende isso até a oitava
série, quando aprende os polinômios e os sinais posi vos e nega vos. Então, dois mais menos
dois não é igual a quatro. Quando aprendemos os polinômios, nós percebemos que dois mais
dois nem sempre são quatro, depende. No primeiro ano do Ensino Médio, aprendemos que
dependendo da temperatura e da pressão, se mudamos alguns desses dois parâmetros, dois
mais dois não vão dar quatro. Aí a gente vai estudando e aprendendo a matemá ca mais
complexa, onde dois mais dois não são quatro. À medida que a gente vai estudando, vai
ampliando esse conceito, vai percebendo que dois mais dois são igual a quatro em condições
muito restritas, porque na maioria das condições não dá quatro.

Se a gente for estudar na Sociologia, na Economia, na Polí ca, na História, a gente verá que
dois mais dois não somam quatro nunca! A gente percebe que nas organizações, quando se faz
um trabalho organizado, dois mais dois dá mais que quatro, nunca o mesmo que quatro.

Quando no trabalho organizado, no trabalho disciplinado nas organizações, uma pessoa


sozinha, por exemplo, faz um sapato por dia; duas pessoas sozinhas fazem dois sapatos por
dia. Mas, se colocarmos duas pessoas trabalhando juntas, elas fazem mais de dois sapatos por
dia. Então, dois mais dois também não somam quatro. Vai ser sempre em uma situação muito
restrita para dois mais dois serem quatro.

Aquilo que no primeiro ano até a quinta, sexta série a gente tomava como verdade absoluta, já
não é. Na oitava série já não é mais, e no final do Ensino Médio também já não é mais assim. À
medida que a gente vai estudando, vai ampliando esse conceito de que dois mais dois não vão
dar quatro, a gente vai perceber que somente numa condição muito restrita poderá ser
quatro. Então, aquela verdade que era uma verdade incontestável, não é mais assim. Vai
depender das condições, da situação, da temperatura e da pressão.

Então, aquilo que era verdade não é tão verdade.

E o que é a verdade?

Se eu pego, por exemplo, esse celular que vocês estão vendo. É o mesmo que eu estou vendo?

Sim é o mesmo celular, só que o que vocês estão vendo eu estou vendo diferente, e se eu
colocar em outro ângulo? E em outro? Então, algumas pessoas afirmarão categoricamente que
não é o mesmo objeto. Mas é sim o mesmo objeto, só que a gente vê de ângulos diferentes e,
por eu ver ângulos diferentes, eu vejo uma realidade diferente. A realidade que vocês estão
vendo é diferente da realidade que eu estou vendo, e olha que é o mesmo objeto. Se eu
mudar novamente o ângulo, o que vocês irão ver ali é muito diferente do que eu vejo aqui. E
se eu mudo novamente, é a mesma coisa e é o mesmo objeto.

Existem muitos pontos de vista diferentes e caracterizam verdades diferentes do mesmo


objeto? Sim ou não?

Sim, caracteriza verdades diferentes sobre um mesmo objeto. Então percebem que, na mesma
realidade dimensional, o mesmo objeto pode ocasionar muitas visões diferentes e, por
ocasionar visões diferentes, a pessoa pode ter muitas verdades diferentes do mesmo objeto? E
se existem várias verdades diferentes, eu posso dizer que ela traz muitas interpretações
diferentes do mesmo objeto. Então, qual é a verdade maior? Qual é a melhor interpretação?

Pergunta – Exis ria uma verdade absoluta?

Instrutor – A verdade absoluta disso aqui na minha mão é que é um celular. Agora, eu posso
usar esse celular para que? Ele tem milhões de funções.
Então, uma pessoa que não conhece e nunca viu um celular e você está apresentando a ela um
celular, ela vai achar isso: que ele tem um milhão de funções.
Se eu falasse que serve para comunicar, é verdade? É.
Que serve para falar, é verdade? É.
Para transmi r dados, é verdade? Sim.
Que serve para transmi r imagens, é verdade? É.
Que ele tem muitas funções, é verdade? Sim.
Então qual que é a verdade maior? É um celular que tem muitas funções.

Então, se eu olho para o objeto, e esse objeto pode ser uma situação. Se eu olho para essa
situação, dependendo da forma como eu olho para essa situação, ela tem muitas
interpretações. É ou não é assim?

Dependendo da maneira como eu olho, eu posso ter muitos entendimentos de uma


determinada situação. Por exemplo, eu peguei esse mouse aqui e deixei cair. O fato desse
mouse cair eu posso interpretar de muitas formas. E qual é a forma mais adequada? Qual é a
melhor interpretação, a mais correta? Depende. Nenhum de vocês estava aqui dentro da
minha cabeça para saber qual foi a razão desse mouse cair.
Então, o que é a verdade? Dependendo do ângulo que eu olhar, eu tenho uma interpretação e,
por isso, se eu tenho uma interpretação, eu vou ter uma ação que corresponde àquela
interpretação que eu fiz. Então, qual é a verdade?

Estudante – Tem uma imagem que ilustra bem isso aqui: está vendo a foto rada de lado e de
frente? Diferentes interpretações.

Instrutor – Dependendo do ângulo, vou ter uma interpretação, pensamento e uma a tude
frente ao cidadão aí, não é?

Estudante – A verdade seria aquilo que eu acredito para mim?

Instrutor – Se verdade é aquilo que eu acredito ser, então a minha visão da situação ou de um
momento, aquilo que eu vi, eu acredito que aquilo seja a verdade.

Estudante – E como a gente vai encontrar a “verdadeira” verdade sobre uma situação, por
exemplo? Se ela existe? Eu posso estar enganada sobre a minha interpretação, posso?

Instrutor – Sim, mas não quer dizer que a sua verdade é menos verdade que a outra que a
pessoa interpretou de outro jeito. Então, como saber o que é verdade?

Dentro dos nossos conceitos de moral, roubar é correto? Não, não é. Mas se minha família
está com fome, meus filhos estão morrendo de fome e eles não comem há muito tempo, e se
eu roubar no supermercado 1 kg de bananas para levar para os meus filhos que estão
morrendo de fome, é correto?

Estudante – A meu ver con nua não sendo correto, mas é necessário, nesse caso.

Instrutor – Qual a diferença entre necessário e correto? Qual a diferença entre certo e justo?
Qual a diferença entre justo e moralmente correto?

Estudante – Acho que cai nos parâmetros individuais, que talvez eu só vou entender a questão
de um roubo de bananas a par r do momento em que eu passar por aquilo; aí eu vou ter a
noção da real necessidade daquela pessoa de ter feito esse delito, por exemplo.

Estudante – Mas a pessoa não poderia pedir em vez de roubar? Talvez o dono do
supermercado daria as bananas para ela.

Instrutor – Então entra no supermercado e pede ao dono um 1 kg de bananas para ver se ele
te dá.

Estudante – Verdade.

Instrutor – Então, a verdade depende do momento, depende da situação e depende do valor


que eu dou para a situação ou para o momento em que eu estou vivendo, ok? Como é a
verdade? Como eu vou entender o que é verdade, se aquilo que eu acredito hoje como
verdade amanhã pode não ser?
Se aquilo que eu faço hoje como certo, amanhã pode não ser? Como fazer? Como é que a
gente sai dessas contradições existenciais?

Todas as vezes que formos buscar o nosso caminho como uma possibilidade de vivenciar
aquilo que somos, a gente se aproxima daquilo que é possível entender como verdade. Eu sou
o que sou, isso é uma verdade. Essa verdade pode mudar? Não.
Agora, se eu acreditar que 2+2 = 4, essa verdade pode mudar? Pode. O que é justo hoje pode
ser justo amanhã? Pode mudar. A verdade hoje pode mudar amanhã? Pode. Então, o que eu
sou é uma verdade? É. Essa verdade pode mudar? Não. Por que essa verdade não muda?
Alguém pode responder?

(longo trecho em silêncio)

Isso, bacana, parece mesmo que essa é a resposta…

Estudante – Acho que a pergunta é complexa. Estou tentando formular a resposta para essa
pergunta. Eu acho que é porque a gente vai ser sempre aquilo que é a nossa vivência. Eu posso
pegar, como exemplo, minha realidade: há 10 anos eu comia carne e comer carne para mim
era o certo, porque eu acreditava que era certo, que eu nha que fazer o que era certo. A
par r do momento que eu ve conhecimento e a experiência de não comer carne, hoje eu
acho, a meu ver, do meu ponto de vista, que é algo incorreto, errado; mas posso mudar se
amanhã eu ver anemia e o médico falar que eu posso morrer se não comer carne.

Instrutor – Então, o que te mo vou a não comer carne? É uma crença, é um valor?

Estudante – Foi uma crença, foi um valor.

Instrutor – E se você ver de ser o que você é, você vai negar suas crenças, seus valores?

Estudante – Eu acho que as crenças e os valores fazem parte do que eu sou.

Instrutor – Exatamente isso. Eu sou o que eu sou e, o que eu sou, eu vou ser sempre: Ser.

Estudante – Bonito ou feio, eu sou.

Instrutor – Por a gente sempre ser, os valores podem mudar, as aquisições podem mudar, as
interpretações vão mudar, mas o que eu sou… eu vou ser sempre o que eu sou. Então, o que
tem na essência do “eu sou” que não muda?

Aquilo que eu sou não muda.

O que Eu sou? Eu não sou esse corpo sico, eu não sou o que eu penso, eu não sou o que eu
sinto, eu não sou nada que me caracteriza como eu sou hoje. Aquilo que me caracteriza, o que
eu sou é aquilo que me faz ser o que eu sou.

O que me faz ser o que eu sou? A Essência, a minha essência é que me acompanha onde eu for
e toda minha exterioridade da minha essência vai mudar, mas o que é a minha essência eu não
perco. A minha Essência agora é minha Mônada. Então tudo muda, toda história muda, tudo
muda, mas a minha essência é aquilo que eu sou.

O que é, então, a verdade? A verdade vai mudando de acordo com as minhas perspec vas de
existência. Então, a verdade muda, mas se eu olhar a verdade a par r da minha essência, eu
vou encontrar também com a verdade que não muda.

Estudante – Nossa! Está complexo.

Estudante 2 – Eu acho que também está complicado.

Estudante 3 – Eu nem sei quem eu sou mais.


Instrutor – Gente, muito simples, observem, Quando Jesus falava “Eu sou o caminho, a
verdade e a vida!”, o que ele queria dizer? O que ele queria dizer com o caminho?

Estudante – A busca da vida espiritual, né?

Instrutor – O caminho que liga um ponto ao outro. Ele fala que é um caminho, ele vai ligar um
ponto ao outro. Onde queremos chegar? Na essência – Deus. Então, como é que Jesus fala
que Ele é o caminho? Qual é o caminho que Ele ensinou? O caminho via o conhecimento
espiritual, a verdade espiritual, o caminho de encontrar os planos superiores, espirituais.
Caminho é isso, é isso que nós viemos fazendo aqui: seguindo o caminho que o próprio
Instrutor nos ensinou;

E quando Ele fala que Ele é a verdade? O que Ele estava querendo dizer com a verdade?
Lembra que exis a uma passagem na Bíblia de uma pessoa que estava conversando com Deus
e Lhe perguntou: “Quem é você?” Ele respondeu assim: “Aquieta-te, escuta, e saiba que Eu
sou.” Lembram dessa passagem aí? Então, quando o Senhor fala assim, ou seja: silencia,
acalma e busca sua essência, na sua essência você verá que Eu existo na sua essência: Deus e
sua essência, a Mônada. Então, a verdade é a possibilidade da gente vivenciar aquilo que se é
na essência. Olha que coisa mais simples! Até as crianças sabem disso. E quando Jesus fala
assim: “Eu sou o caminho, a verdade, a essência e a vida”. o que Ele quer dizer com vida? Vida
significa a existência em todas as formas de se exis r. A vida que existe em todas as formas de
existência. Lembram que no outro dia mesmo a gente estava conversando sobre a presença de
Deus em todas as formas de vida? Tudo que existe visível, invisível, dimensional ou
adimensional, nesta dimensão ou em qualquer outra dimensão, existe porque existe a forma
que dá vida a tudo isso e, a vida que dá vida a tudo isso, a gente chama de Deus, porque a
gente não tem outro nome para dar. Talvez, mais à frente, a gente consiga dar um outro nome
para isso que a gente chama de Deus. Então, vida é a existência em todas as formas de vida ou
vida em todas as formas de existência. E aí Jesus estava dizendo isso:

Eu sou caminho, ou seja, o processo espiritual,

A verdade, ou seja, a essência espiritual e

A vida, ou seja, a realidade em todas as formas existentes.

Descomplicou agora?

Estudante – Mais ou menos.

Quem anotou me manda pois vou ler umas 30 vezes para poder entender melhor.

Instrutor– Então, a gente precisa estar junto com Jesus para poder recitar uma oração ao Pai
Nosso para fazer a mesma oração que Jesus fez. Lembra disso? Depois fala que eu que tenho
cabeça ruim… Então, a gente precisa estar lá junto com Jesus para saber? Quando eu falo para
algumas pessoas que está escrito lá na Bíblia que Jesus falou, eu reforço para vocês que Ele
não falou isso. É a interpretação de alguém para colocar essa frase ali como Jesus nha dito e
que não disse.

Como eu sei disso? Basta trilhar o caminho espiritual que ali, no caminho espiritual, as
verdades vão se apresentando para gente, à medida que a gente vai caminhando. Então, eu
preciso falar com as pessoas para saber? Não, porque Ele falava das mesmas coisas que nós
estamos falando, que nós estamos estudando.
No depoimento que a colega deu no final da reunião, da experiência dela de como ela está
vivenciando essas verdades, fica claro agora para todo mundo como é à medida que ela está
caminhando no processo espiritual (que vem sendo apresentado para o Grupo) como essas
verdades vão aparecendo para consciência dela. Então, ela falou de várias experiências e como
estavam impactando a sua vida, porque ela estava descobrindo o que é esta vida. Que é uma
realidade que fica dentro dela e que agora está tendo acesso a essa realidade que é ela mesma
e estava escondida. Muito embora todo mundo saiba disto intelectualmente, ainda não desceu
para uma realidade na vida de cada um. E agora está começando a aparecer na vida desta
pessoa e ela está testemunhando as verdades acontecendo em sua vida.

Gente, com pouco mais de 30 minutos nós resolvemos todo o desenvolvimento da inteligência
humana nesses úl mos 5.000 anos, desde os gregos an gos até os novos filósofos. Agora, o
que a gente está dizendo é para ter essa compreensão de nós mesmos, ou seja, ir andando no
caminho e, à medida que eu ando, eu vou amadurecendo e, à medida que eu amadureço, as
verdades espirituais vão aparecendo e eu vou conhecendo as verdades à medida que eu
caminho.

Então, quando Jesus fala “Eu sou o caminho e a verdade”, essa verdade vai se fazendo em
nossa vida à medida que a gente amadurece; amadurece no caminho espiritual. E como é que
a gente amadurece no caminho espiritual? Coloque em prá ca todo ensinamento que você
recebe. Lembra que eu disse algum tempo atrás que a vida espiritual não é para qualquer um,
lembra? A vida espiritual não é para quem quer. A vida espiritual não é para quem busca vida
espiritual. A Vida espiritual é dada somente às pessoas adultas. Pessoas adultas são pessoas
maduras. Pessoas maduras são pessoas que experimentaram o caminho espiritual e, à medida
que forem experimentando essas verdades da vida espiritual, da vida universal, da vida
cósmica, da vida galác ca, da vida interdimensional, elas vão amadurecendo. Não aparece de
uma vez, não aparece de repente, vai acontecendo à medida que elas vão amadurecendo.
Assim, a vida espiritual é só para pessoas adultas, maduras, prontas. A gente vai caminhando
e, à medida que vai caminhando, vai acontecendo isso.

Voltemos ao depoimento daquela colega. Um dia nós também vamos poder escrever e vai ser
colocado no texto, vai ser colocado para todo mundo. Vocês vão poder fazer uma análise mais
profunda do que ela estava dizendo e dessas verdades que estão aparecendo para ela. Essas
verdades, não tem uma dimensão sica e nem uma dimensão astral, nem mental. Ela dizia
exatamente o que todos vocês ouviram trilhões de vezes, mas só se torna verdade quando
você amadurece e aquilo se faz na sua consciência. E o que ela estava dizendo é uma verdade
que é atemporal, existe desde sempre antes da Terra exis r e depois que a Terra deixar de
exis r. A Terra! Esse planeta nosso.

Por isso, quando Jesus ensinava, Ele falava assim: “As minhas palavras não passarão. O céu e
a terra passará, mas as minhas verdades não passarão.”
Por que Ele podia afirmar isso com categoria? Porque Ele estava dizendo das verdades
atemporais. De uma certa forma, o depoimento da colega é o mesmo que Jesus falava: “As
minhas palavras não passarão”, porque isso que ela viveu já exis a antes e vai exis r depois.
Isso que é entrar para uma vida espiritual.

A Espiritualidade age assim desse jeito. Isto é a verdade. Por isso, nas suas palavras, Jesus
testemunhava a vida espiritual, falava sobre a verdade e ensinava sobre a vida. A vida que é!
Não é a vida existente só no Planeta, é a vida galác ca, a vida cósmica, a vida estelar, a vida
desta dimensão, desse universo dimensional e de outros universos.

É a mesma verdade de Mateus (Capítulo 24, versículos 34 e 35) escrita aqui: “Com toda a
certeza eu vos afirmo que não passará esta geração até que todos esses eventos se realizem.
O céu e Terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão, só Deus sabe o dia e a hora
exatos”. Então, Ele estava dizendo da universalidade que é a vida. A verdade é esse processo
interior em que um instrutor vivia e os mestres que passavam aqui viviam.

Yogananda, quando ele falava da Mãe Divina, era como se es vesse em êxtase e todo mundo
que estava no auditório e ouvia o mestre falando sobre a mãe Divina, também ficava meio
assim, por quê? Porque Ele conseguia acessar aquela dimensão atemporal da Mãe Divina que
é uma imagem de Deus. Não existe a imagem de Deus masculino, nem a imagem de Deus
feminino; então a gente chama de Deus pai e Deus mãe. Isso é a verdade. Olha como é! Claro
assim? Então, quando a gente fala do caminho espiritual, o Senhor havia dito para ele:
“Aquieta-te, escuta e saiba que Eu sou.”

Então o que vem a ser essa universalidade da existência?


No caminho espiritual, a gente vai falar: Aquieta, silencia, acalma, acalma no silêncio do seu
coração. Quando seu coração fica pacífico, sereno e você vai começando a encontrar as
verdades, as verdades vão se manifestando à sua consciência. Como é que essas verdades vão
se manifestando? Todo esse ensinamento que é passado para vocês vai sendo compreendido.
Que a verdade se dá daquela forma que o ensinamento vai sendo passado. Aquilo se torna
realidade e não só uma conjectura mental ou uma perspec va filosófica. É real.
Todos podem perguntar para a colega que deu aquele depoimento inicial se é verdade e ela
vai dizer: É real! Por mais imponderável, abstrato que for para todo mundo. Mas na
consciência dela, hoje, isso é real. Hoje ela não tem dúvida, hoje não existe mais perspec va
intelectual, filosófica que vai rá-la da essência dessa verdade.

Claro assim para todos? Tem alguma dúvida ainda?

Estudante – Várias, nem eu sei qual. São tantas…

A cabeça não para; pensa, pensa e dá outro nó; e vai pensando até chegar, mas está
pensando…

Instrutor –Então, preste atenção! Esse é o caminho que você fez até agora. Existe outro
caminho que está sendo apresentado para você. Não é pensar. É deixar de pensar e deixar que
você seja permeado, invadido, molhado por essa energia.

Estudante – Sim, eu estou tentando, mas acho que eu nunca pensei tanto na minha vida. Estou
pensando, tentando deixar ir…

Estudante 2 (a colega do depoimento) – Vou falar da minha vivência mais um pouquinho.


Tenho falado muito isso para o grupo aqui. Eu também era muito mental, muito
estranhamente mental. Diversas vezes eu ve embates com o nosso Instrutor, a ponto da
gente brigar porque eu queria entender e ele falando a verdade. Eu ficava, às vezes, horas no
telefone com ele ques onando, não fazia sen do e eu ficava ali perdida e me desgastava. Não
estou falando que é o caso, estou falando do meu processo, dando meu testemunho. E fiquei
muito tempo assim, foi no mínimo um ano de embate com ele. E, de repente, eu resolvi parar
de querer entender, porque quanto mais eu tentava entender com meu mental, mais
embolava tudo e eu não entendia nada e me desgastava, saia da conversa e parecia que eu
nha tomado uma surra. Tinha dor de cabeça, parecia que nha muito oxigênio nela e eu
ficava com a cabeça como se vesse com um capacete. Então, e um dia, eu dei um basta e
pensei: “a par r de hoje, eu não quero entender mais nada, eu não faço mais nada, porque eu
acho que saturei”. Eu ve na verdade uma mudança de postura e passei a simplesmente
escutar. Escutava e escutava e sabia que uma hora eu ia entender. Também não fazia esforço
para entender, con nuava vivendo minha vida. Aí par cipava de mais uma reunião e escutava,
lia livros e escutava. Só fazia isso, sério mesmo, foi literalmente isso. Eu parei de fazer esforço
e comecei só a tentar me abrir para escutar, escutar e escutar, e estar o mais presente
possível. O que aconteceu? Eu percebi que quando a gente entra nesse mental de querer
entender, a gente não está com os dois ouvidos e a porta da alma escutando, porque a gente
está muito presa no campo mental, tentando que aquilo, de alguma forma, faça sen do no
nosso campo mental, mas não é ali que vai fazer sen do, é no interno. Não é do nosso sico,
não é da mente sica que vai para o duplo etérico, que vai para lá e que acessa a alma. O
processo é o contrário. Então, se a gente fica presa aqui na matéria, a gente não entende, a
gente não sai daqui, a gente não se abre, não se coloca aberta para que o canal de lá para cá, a
alma, possa encontrar o nosso canal aberto para que essa verdade possa descer e se revelar
para nós. Porque o processo é de lá para cá, não daqui para lá; só que a gente é criada desde
pequena, desde a escola e toda educação que a gente recebe, quer entender daqui e chegar
lá; e é o contrário. Quando a gente percebe isso é que a gente vê que é maravilhoso, que a
gente não precisa se esforçar, não precisa se perder nesse caminho, se desgastar, brigar. Não
precisa de nada disso… É só Escutar. E aí não precisa entender nada porque aí você silencia a
mente, se abre de verdade, você vai con nuar vivendo a vida e, quando você menos percebe,
você recebe as verdades, elas descem como bloco, dizia um amigo. Mas como assim, verdade
vai descer como bloco? De repente, de uns dois meses - mais ou menos - para cá, começou
acontecer comigo e eu comecei a entender que é isso mesmo, porque de lá para cá desce e é
na sua vida co diana, na hora que você consegue se aquietar, se acalmar, se ligar na sua
essência, às vezes, em um minuto, num banho ou numa conversa com uma pessoa, você
admirando alguma coisa da Criação Divina, e aí você se abre e tudo que foi sendo trabalhado
internamente, você nem tendo consciência, mas está acontecendo nos planos internos; e aí,
de repente, quando você tá preparado, isso vai chegando, vai caminhando e finalmente chega
até os planos mais materiais e, de repente, você entende. Você não sabe como, nem porquê,
simplesmente entende, isso é sen do. Aquilo é o que era assim e a dúvida desaparece e te dá
a calma, você se acalma, sente paz e tranquilidade porque simplesmente entendeu. Não sei se
me fiz clara, mas tentei ser clara sobre o que eu estou vivendo. Estou achando isso muito
mágico, é muito maravilhoso.

Estudante – Eu sou assim, eu sou assim, eu deixo fluir. Nosso instrutor já me conhece há muito
tempo e sabe que eu deixo me levar. Eu acho que tudo vem mudando de uns tempos para cá,
desde que eu voltei, eu me pego nesse ques onamento, preocupada. Mas eu não estou
conseguindo meditar, não estou conseguindo fazer isso nesse momento que eu estou vivendo
agora. Mas eu sempre fui assim, eu não sou mental, mas estou me pegando assim.

Instrutor – Então, como é que você faz para se livrar disso?

Estudante – Uai, como diz o mineiro, estou tentando me aquietar. Não sei, me ajude!

Instrutor – Então, a nossa irmã falou uma coisa bem interessante. Lembram quando a gente
falou que o sico não acessa o astral, é o astral que acessa o sico? Algumas pessoas que
fazem o movimento, fazem uma ponte, muito poucas a ngem uma parte do astral, porque é o
astral que acessa o sico. O mental que acessa o astral. Do mental, não se acessa o plano da
alma. Então, para acessar a alma, você tem que deixar o mental e o sico, tudo para trás.
Aquilo que você é. E o que você é? _ Filho de Deus buscando encontrar Deus! E quando você
quer acessar a presença Mãe Divina, você diz: “Mãe, estou aqui, olha para mim”. Então é Ela
quem chega.

Daquela vez passada, quando estávamos conversando sobre a Mãe Divina, a energia que
chegou para o grupo foi a energia da Mãe Divina para o grupo todo! Imagina!! O Grupo está se
encontrando online, cada um está na sua casa fisicamente, mas energe camente,
espiritualmente, estamos todos unidos e todos unidos em um ponto comum da energia
espiritual. A Mãe chegou para todo mundo, a energia espiritual chegou para todo mundo e
todos sen ram, de uma forma mais intensa ou mais suave, mas todos sen ram de alguma
forma. Então, é só isso: clama e aguarda. Aquilo que a nossa irmã falou: “Deixa de querer
entender, clama e aguarda. Quando você menos espera, acontece.”

Já dei um exemplo para vocês antes: sempre nha lido que para você fazer viagem astral,
projeção astral, você tem que fazer em casa. Você adormece e se projeta fisicamente,
energe camente no seu astral. Eu sempre estudei que, para você fazer projeção mental, você
tem que estar também aquietado porque se projeta mentalmente. É o que eu sempre estudei,
mas o que eu passo para vocês é fruto daquilo que eu pra quei, aquilo que eu experimentei,
aquilo que eu fiz, aquilo que eu observei e verifiquei que é daquele jeito mesmo. Então, é
conhecimento de primeira mão; ninguém me falou. É o que eu vi, eu sei e testemunho. Bom,
do plano da viagem de projeção mental, eu nunca nha feito. Então, como eu estudei que
nha que ficar relaxado, ou deitado, ou recostado em poltronas para assegurar que você não
vai cair, caso se mexa. Eu pensei que se perde a consciência também, mas não é bem assim.
Um dia, uma amiga minha me ligou, eu estava bem no centro da cidade e minha amiga me
ligou e falou: “meu filho de 4 anos está assim, está sen ndo assim, sen ndo assado” e aí, o
que eu fiz?

Eu falei para ela me aguardar que eu estava indo lá. Atravessando as ruas movimentadas do
centro da cidade eu fiz a projeção mental, fui na casa dela e verifiquei que a criança,
extremamente sensível, estava encostada na televisão, exatamente na cabeceira da cama dela.
Claro que ele ia sen r muita dor de cabeça, que ele ia sen r muito mal estar! Ele é uma pessoa
sensível. Aí só falei com ela para mudar a cama dele de lugar. Pronto. Ela mudou e cessou o
mal estar do menino. Já nha levado no médico, estava tomando remédio e nada mudava.
Olha que coisa simples! Então, não tem que ficar deitado nem perder a consciência, isso não é
verdade. Eu estava andando, estava atravessando as ruas movimentadas do centro da cidade e
em projeção mental. Claro que eu não estava perfeitamente consciente, então eu nha que
prestar atenção para atravessar as ruas e, ao mesmo tempo, não perder o foco de onde eu
estava. Isso que são as verdades, verdade de primeira mão que você vai experimentando.

Como é a verdade de primeira mão? Quando você vivência.

Não acreditem no que eu falo, testem e pronto. Façam experiências e vejam se isso é verdade.
Se não for exatamente como eu estou falando para vocês, então a gente vai sentar e vai
conversar; mas faça a sua experiência, tenha você a sua experiência. O seu caminho espiritual
só depende da sua experiência, não é a quan dade de informação intelectual que você
recebeu. A evolução espiritual se dá pela sua experiência e somente pela sua experiência e
nada mais. Não adianta você ler milhões de livros que vai te fazer evoluir. Nada, nenhuma
coisa dessa vai te fazer evoluir. É igual você ler uma biblioteca inteira sobre natação e você não
sabe nadar e nunca nadou, nunca entrou na piscina e você vai ler 500 mil livros sobre natação,
depois chega na piscina e pula. Em que direção você vai nadar? Com todo o seu conhecimento,
você só vai nadar para o fundo, você não vai nadar na horizontal. Para eu aprender a nadar, é
experiência, é fazer, fazer, e fazer durante muito tempo. Para adquirir vida espiritual, é igual
nadar: é fazer, fazer, fazer até você adquirir suas próprias experiências.

Está claro assim para todos?

Se você está passando por alguma dificuldade, coloque em prá ca tudo aquilo que você
aprendeu. Faça, faça valer tudo que você aprendeu. Se teve dificuldade de fazer? Tudo bem,
pode ligar. Liga para o grupo, pode me ligar, não tem problema eu vou ajudar, mas coloque em
prá ca. Eu ajudo todas as vezes e quantas vezes se fizer necessário, desde que eu perceba que
existe sinceridade em você na busca do aprendizado, mas faça a experiência, faça! Não tenha
medo de fazer, faça para que você possa romper com a sua dificuldade, com as dificuldades
que você tem. Se você está vivendo alguma dificuldade, é porque essa alguma dificuldade faz
parte do seu processo cármico. E o carma só existe com um só obje vo: ajudar você a
despertar para vida espiritual. Se você já está desperto para vida espiritual, esse carma não
tem mais sen do de exis r. Então, ele se ex ngue por si só, à medida que você trilha o
caminho espiritual, está certo?
Se você está vivendo alguma dificuldade hoje é porque você precisa de colocar em prá ca
aquilo que você aprendeu. O que é, como é que eu sei o que eu preciso de fazer?
Fique diante da sua dificuldade e veja: O que é que precisa que eu faça?
O que aquela situação está exigindo de mim?
Se você não consegue entender isso aí, você conversa com seu amigo, conversa com o pessoal
do grupo ou pode me ligar para a gente poder entender junto. Você entendeu o que a situação
está pedindo?

Primeiro: é você não se ligar emocionalmente naquilo que está acontecendo, a primeira coisa
é se desligar emocionalmente. Isso pode estar acontecendo com seu filho, com sua esposa,
com o marido, o irmão e o, com quem você tenha uma ligação afe va. A primeira coisa é
desligar emocionalmente daquilo que está passando com aquela pessoa, porque aquela
pessoa precisa passar pela experiência dela e, o que ela está passando, é a experiência dela. Se
está passando perto de você, é porque você precisa aprender a se desligar emocionalmente
daquela pessoa, para que você possa enxergar a situação de uma forma mais clara e não
misturado com as suas emoções. Permita que o outro viva a experiência que ele precisa viver
e, se você entende isso, você vai poder ajudá-lo muito mais, fazendo com que ele possa
compreender qual a verdade que precisa entender por trás da experiência que ele precisa
aprender. Essa é a maior ajuda que a gente pode dar para as pessoas que estão vivendo
alguma experiência. Mesmo se você ver de interferir e ajudar aquela pessoa a sair daquela
situação, a maior ajuda que você pode dar é no pós-venda. Depois da venda do produto, cabe
a você ensiná-la que ela precisa trilhar um caminho espiritual para não cair naquela cilada de
novo. Porque se ela não pega o caminho espiritual, vai cair na mesma cilada novamente
porque não aprendeu.

Qual é o ensinamento do Mestre diante de todos os milagres que Ele fazia? Ele falava uma
coisa básica: “A sua fé te salvou”, ou seja, Ele incen vava a pessoa a ter sua própria fé, a
crença e a certeza da vida espiritual. Ele falava assim: “A Tua Fé Te Salvou”, que é a mesma
coisa. Ou Ele falava uma terceira coisa, como para a mulher adúltera: “Se ninguém te julgou,
eu também não vou te julgar”. Então, qual a recomendação dele? “Vai e não peques mais”,
ou seja, pare de fazer as mesmas coisas para você não cair nos mesmos lugares; segue outro
caminho para chegar em outro lugar. Você andando no mesmo caminho, sempre chega no
mesmo lugar. “Vai e não peques mais” significa isso, segue outro caminho e, como Ele, aquela
lição era carregada de muito amor, de muita fraternidade. Ali, ela entende que o outro
caminho é o caminho do amor, da fraternidade, da solidariedade e vai trilhar outro caminho.
Esta é a maior ajuda que a gente pode dar e não o fato em si de ajudar a pessoa sair daquela
dificuldade local, pontual.

Claro assim para todos?

Estudante: Está claro e aí pensei que é também uma orientação para o Grupo Social, vale para
as nossas ações sociais, muito interessante. O que eu ia falar nem era sobre isso, era, na
verdade, sobre o que falou de clamar. É só clamar! E aí ficou claro para mim quando esse meu
movimento começou. Eu lembrei do dia em que eu estava vivendo uma experiência, que para
mim era di cil, não estava sabendo lidar com ela e, eu estava cheia de ques onamentos,
estava em sofrimento mesmo com aquela situação. Aí, foi ali que o movimento começou,
agora ficou bem claro para mim que foi realmente ali. Eu subi antes da minha sustentação e eu
fiz exatamente isso que você falou: eu clamei por Cristo em lágrimas, eu estava totalmente em
prantos, eu ajoelhei e clamei com muita vontade, com muita força e pedi que Ele viesse, me
acolhesse, que Ele me mostrasse o caminho dele. Eu lembro muito bem eu falando, queria que
Ele me mostrasse o caminho, pegada por pegada, que onde Ele colocasse os pés eu colocaria e
que eu seguiria firme e forte sem pestanejar, queria ser a sua serva, entregar a minha vida a
Ele e foi muito forte, porque imediatamente meu clamor foi atendido. Ele veio. Eu acho que eu
já contei isso para algumas pessoas porque foi muito lindo o que eu vivi. Porque Ele veio e Ele
me acolheu, sen aquela energia e Ele não veio sozinho, veio Ele e veio Maria Madalena que
se mostrou para mim já hoje, com uma nova roupagem, como Mestre e eu me sen muito
acolhida, muito acolhida e, nesse momento, eu sen que alguma coisa fez um c lá dentro,
alguma cura aconteceu em mim. E foi a par r daí que comecei esse movimento, inclusive
comecei até ter essas pequenas revelações, e também depois entendi a minha própria origem.
Percebi e falei com o nosso instrutor que eu fazia parte da falange de Maria Madalena. Sabe,
tudo isso foi se revelando assim para mim, isso me trouxe um acalento, uma paz que vem me
acompanhando e for ficando, vem me trabalhando muito internamente e, aos poucos, eu vou
tendo consciência de alguma coisa e segue vindo. Mas sempre, de lá para cá, sem eu fazer
nenhum esforço. Eles, de alguma forma, vão trabalhando internamente e isso vai se revelando.
É isso, então realmente clama porque é escutado. Às vezes demora, pode demorar, mas
muitas vezes também é na hora e essa é a minha experiência, de que eu clamei com muita
força e eu fui atendida, e foi na hora, não um segundo depois não; foi exatamente na hora.

Instrutor – Ok. Alguma pergunta, alguma colocação? Estão muito silenciosos.

Estudante – Eu estava aqui só ouvindo porque eu estava pensando se a forma que eu estava
agindo era correta, porque eu estou vivendo uma experiência com uma filha com Covid aqui
dentro de casa; e ela sabia de todos os riscos, ela trabalha no Hospital, no plantão. Eu avisei,
pedi cuidado, então eu não tenho outra alterna va no momento e também não deixaria de
cuidar dela. Só eu estou entrando no quarto, sou eu que estou lavando as vasilhas, mas ela
está fechada no quar nho dela e vai ficar até passar os quatorze dias, porque ela precisa
aprender que nós somos uma comunidade, todo mundo tem que cuidar de todo mundo. Ela
não cuidou nem dela e nem de ninguém. Eu vou cuidar, mas ela vai ficar lá. Claro que meu
coração dói, mas as pessoas têm que aprender alguma coisa na vida. Chegou a hora dela
aprender e eu vou cuidar, não deixo ninguém entrar, tomo conta, eu tenho fé. A gente está de
pron dão e sei que não estou errada. Só tenho a agradecer!
Estudante – O que eu vejo é que essa entrega é necessária mesmo. A gente entra muito nesse
barulho de querer achar as nossas verdades, e quando o grupo começa a falar assim desse
silêncio, dessa entrega, eu acho que é isso mesmo que a gente precisa fazer: se entregar,
confiar. Se sabemos que o caminho é esse, a gente já aprendeu, não é? Fazer essa entrega
mesmo, sem ruídos. A gente ques ona muito, pergunta muito, jus fica muito, se cobra muito.
Acho que, talvez, é aprender a fazer essa entrega aí mesmo, tem força maior aí para nos
ajudar, já está nos ajudando, não é? A grande dificuldade é fazer essa entrega inteira, sem ficar
se ques onando muito.

Estudante – Eu penso que tem que ter essa entrega, mas você tem que ter o momento de
tomar a decisão. A par r da hora que você decide, nada mais o ra do foco. Eu mesma estava
passando por certas coisas e simplesmente eu decidi a minha vida e disse: Não, agora vai ser
assim e pronto. Eu não voltei atrás, eu não olho para trás. An gamente eu plantava a
semen nha, aí toda hora eu ia lá na terra para ver se ela estava brotando. Hoje não, desde o
dia que eu decidi eu plantei, deixei ela lá e facilitou demais. Eu já não tenho costume de
ques onar, tudo para mim se faz e está acontecendo é porque tem que ser; só sei que eu
decidi e que foi mais fácil. Mas até chegar a esta decisão, eu penei um pouco; eu pensava
muito, mas é só tomar a decisão, pelo menos para mim está sendo.

Instrutor – Então, tudo é uma questão de decisão mesmo, acho que a nossa irmã começou a
perceber bem isso. Tudo é uma questão de decisão. Eu decido a minha vida; eu decido se eu
me entrego ou não à vida espiritual, eu decido ou não a caminhar. Então, esta é a primeira
coisa que a gente vai fazer, é isso que ela fez, tomar a decisão de resolver, de não ser ví ma da
situação, mas de resolver. Esse é primeiro passo, agora o segundo passo é o que a nossa outra
irmã estava dizendo sobre decidir fazer a entrega espiritual para vida espiritual. E aí tudo que
ver que acontecer na sua vida vai acontecer. Esse processo é da caminhada espiritual, porque
esse processo de carma, você já começa a vencer quando você decide, e termina de vencer
quando você volta o caminhar da vida para o caminho espiritual. Nessa caminhada espiritual,
você vai aprendendo, conseguindo, ganhando e as coisas vão se revelando para você.

O Grupo está conseguindo entender bem o processo como é: Uma coisa é decidir como a
nossa irmã fez, a segunda coisa é decidir que não é ví ma, é decidir que você não está ali por
acaso, é decidir que você está ali e, que o fato de você estar ali, é resultado das suas próprias
ações desta vida, ou de outras vidas.

O começo da cura é você primeiro perceber e aceitar que você está doente, é o primeiro passo
da cura. O segundo passo da cura é você decidir a não ser mais ví ma. Não só não aceitar mais
do jeito que é a coisa, e sim que você pode mudar a situação. Esse é o segundo passo e o
terceiro passo é fazer isso que já foi dito: fazer a sua entrega espiritual. A par r desse
momento que você se jogar na vida espiritual, as coisas vão acontecendo e, a única coisa que
você vai precisar fazer, é apenas desejar estar na vida espiritual, apenas desejar encontrar
consigo mesmo, apenas permi r que sua alma se manifeste na sua consciência. O caminho é
leve, o fardo é suave e você consegue fazer essa caminhada amorosamente, de forma
confiante, alegre, interiormente alegre e distribuindo tudo aquilo que você receber da vida
espiritual.

Gente, isso tudo que se chama a verdade. Esse é processo imutável da Verdade. E para que
serve? Serve para os planetas mais desenvolvidos, claro que em outro nível, mas o processo é
o mesmo; serve para qualquer outro planeta, de qualquer galáxia, de qualquer universo.

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