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ARQUIDIOCESE DE BELÉM

REGIÃO EPISCOPAL SÃO VICENTE DE PAULO


PARÓQUIA SANTA PAULA FRASSINETTI
PASTORAL DA CATEQUESE
Encontro 05 - Crisma de Adultos _____ / _____ / ______
Catecumenato
Tema: A TRANSMISSÃO DA REVELAÇÃO DIVINA
1. O SENHOR NOS ACOLHE
Catequista: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém.
Catequista: Peçamos ao Espírito Santo, Dom de Deus, que nos ilumine nesse
nosso encontro e que nos faça aceitar o convite de Jesus para caminharmos
com Ele, verdadeira revelação do Pai, o verdadeiro caminho para a vida plena
neste mundo.
“Oração do Espírito Santo” <Todos>
Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso
Amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus que instruíste os corações dos vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo,
fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos da
sua consolação. Por Cristo Senhor Nosso. Amém

2. LEITURA DA PALAVRA
“Canto de Aclamação” – Maria cheia de graça, virgem e mãe do Salvador, ensina-nos a
escutar a Palavra do Senhor, ensina-nos a escutar a Palavra do Senhor.

Leitor: São João, 14, 1-7


3. A TRANSMISSÃO DA REVELAÇÃO DIVINA
Catequista: Quais os três pilares da Igreja Católica?
Sagrada Escritura, Sagrada Tradição e Sagrado Magistério. Essa é a tríade que
constitui a base da fé católica, a fonte para que os fiéis sejam conscientes da sua
fé. Mas os católicos conhecem o significado desses pilares?

Ao longo da história do povo hebreu, Deus se revelou de muitas formas. Seja


falando diretamente a Abraão e mostrando-lhe a areia e as estrelas que se
comparariam à sua descendência (Gn 26), seja na sarça ardente a Moisés (Ex 3-4),
nas visões de profetas como Isaías e Jeremias, entre tantos outros fatos que
aqui poderiam ser mencionados.
Leitor: O fato é que, sempre, Deus quis manifestar-se e estar próximo de seu
povo escolhido. E na plenitude dos tempos não foi diferente – Deus quis estar
tão próximo a ponto de mandar Seu Filho único encarnado para a salvação de
toda a humanidade (Jo 3, 16). Essas manifestações divinas também podem ser
chamadas de Revelação – a forma como Deus se dá a conhecer a suas
criaturas.
Grande parte dessa revelação encontra-se nos livros que compõem a Bíblia.
Porém, ao nos aprofundarmos na fé que professamos, damo-nos conta de que
nem tudo está registrado na Sagrada Escritura. Há crenças e dogmas que nos
chegam por outro meio: pela Tradição apostólica ou pelo Magistério da Igreja
Católica.
Leitor: Isso porque Deus escolheu manifestar-se não apenas pelo texto bíblico,
mas por três vias de Revelação da Verdade divina – uma tríplice aliança que
revela ao homem um pouco dos mistérios de Deus. Assim, para a Igreja
Católica, cada via dessa trindade tem o mesmo peso e o mesmo grau de
verdade. Deus se revela por meio dos textos sagrados – aqueles que foram
escritos, selecionados e reconhecidos pelo Magistério da Igreja; também se
revela pelo próprio Magistério, cuja missão é guardar e interpretar essas
verdades da fé; e também, ainda, pela Tradição apostólica, aquilo que os
discípulos viram e ouviram do próprio Senhor e que permanece sendo contado
e ensinado (cf. CIC 95).
Catequista: A partir de agora, vamos nos deter em cada um desses três pilares
da fé católica, buscando compreender a revelação divina manifestada por meio
de cada um deles.
Catequista: CIC 74. DEUS "quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao
conhecimento da verdade" (1Tm 2,4), isto é, de Jesus Cristo1 . É preciso, pois,
que Cristo seja anunciado a todos os povos e a todos os homens, e que desta
forma a Revelação chegue até as extremidades do mundo:
Deus dispôs com suma benignidade que aquelas coisas que revelara
para a salvação de todos os povos permanecessem sempre íntegras e
fossem transmitidas a todas as gerações. (DV2 7)

3.1. A Tradição Apostólica


Leitor: CIC 75. "Cristo Senhor, em quem se consuma a revelação do Sumo Deus,
ordenou aos Apóstolos que o Evangelho, prometido antes pelos profetas,
completado por ele e por sua própria boca promulgado, fosse por eles pregado
1
Cf. Jo 14,6
2
Constituição Dogmática - Dei Verbum
a todos os homens como fonte de toda a verdade salvífica e de toda a disciplina
de costumes, comunicando-lhes os dons divinos." (DV 7)
A PREGAÇÃO APOSTÓLICA...
Catequista: CIC 76. A transmissão do Evangelho, segundo a ordem do Senhor,
fez-se de duas maneiras:
Oralmente - "pelos apóstolos, que na pregação oral, por exemplos e
instituições, transmitiram aquelas coisas que ou receberam das palavras, da
convivência e das obras de Cristo ou aprenderam das sugestões do Espírito
Santo";
Por escrito - "como também por aqueles apóstolos e varões apostólicos
que, sob inspiração do mesmo Espírito Santo, puseram por escrito a mensagem
da salvação" (DV 7)
Leitor: CIC 77. "Para que o Evangelho sempre se conservasse inalterado e vivo
na Igreja, os apóstolos deixaram como sucessores os bispos, a eles 'transmitindo
seu próprio encargo de MAGISTÉRIO." (DV 7) Com efeito, "a pregação
apostólica, que é expressa de modo especial nos livros inspirados, devia
conservar-se por uma sucessão contínua até a consumação dos tempos". (DV 8)
Leitor: CIC 78. Esta transmissão viva, realizada no Espírito Santo, é chamada de
TRADIÇÃO enquanto distinta da Sagrada Escritura, embora intimamente ligada
a ela. Por meio da Tradição, "a Igreja, em sua doutrina, vida e culto, perpetua e
transmite a todas as gerações tudo o que ela é, tudo o que crê". "O ensinamento
dos Santos Padres testemunha a presença vivificante desta Tradição, cujas
riquezas se transfundem na praxe e na vida da Igreja crente e orante." (DV 8)
Leitor: CIC 79. Assim, a comunicação que o Pai fez de si mesmo por seu Verbo
no Espírito Santo permanece presente e atuante na Igreja: "O Deus que outrora
falou mantém um permanente diálogo com a esposa de seu dileto Filho, e o
Espírito Santo, pelo qual a voz viva do Evangelho ressoa na Igreja e através dela
no mundo, leva os crentes à verdade toda e faz habitar neles abundantemente a
palavra de Cristo" (DV 8)
II. A RELAÇÃO ENTRE A TRADIÇÃO E A SAGRADA ESCRITURA
UMA FONTE COMUM...
Catequista: CIC 80. "Elas estão entre si estreitamente unidas e comunicantes.
Pois, brotando ambas da mesma fonte divina, formam de certo modo um só
todo e tendem para o mesmo fim." (DV 8) Tanto uma como outra tornam
presente e fecundo na Igreja o mistério de Cristo, que prometeu permanecer
com os seus "todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28,20).
DUAS MODALIDADES DISTINTAS DE TRANSMISSÃO
Leitor: CIC 81. "A A Sagrada Escritura é a
palavra de Deus enquanto redigida sob a
moção do Espírito Santo". Quanto à Sagrada
Tradição, ela "transmite integralmente aos
sucessores dos apóstolos a Palavra de Deus
confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo
aos apóstolos para que, sob a luz do Espírito de
verdade, eles, por sua pregação, fielmente a
conservem, exponham e difundam".
Leitor: CIC 82. Dai resulta que a Igreja, à qual estão confiadas a transmissão e a
interpretação da Revelação, "não deriva a sua certeza a respeito de tudo o que
foi revelado somente da Sagrada Escritura. Por isso, ambas devem ser aceitas e
veneradas com igual sentimento de piedade e reverência".
TRADIÇÃO APOSTÓLICA E TRADIÇÕES ECLESIAIS

Leitor: CIC 83 A Tradição da qual aqui falamos é a que vem dos apóstolos e
transmite o que estes receberam do ensinamento e do exemplo de Jesus e o
que receberam por meio do Espírito Santo Com efeito, a primeira geração de
cristãos ainda não dispunha de um Novo Testamento escrito, e o próprio Novo
Testamento atesta o processo da Tradição viva.
III. A INTERPRETAÇÃO DO DEPÓSITO DA FÉ
O DEPÓSITO DA FÉ CONFIADO À TOTALIDADE DA IGREJA
Catequista: CIC 84 "O patrimônio sagrado" da fé ("depositum fidei"), contido na
Sagrada Tradição e na Sagrada Escritura, foi confiado pelos apóstolos à
totalidade da Igreja.
O MAGISTÉRIO DA IGREJA
Catequista CIC 85. "O ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus
escrita ou transmitida foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja
autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo"3 , isto é, foi confiado aos bispos
em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma.
Leitor CIC 86. "Todavia, tal Magistério não está acima da Palavra de Deus, mas
a serviço dela, não ensinando senão o que foi transmitido, no sentido de que,
por mandato divino, com a assistência do Espírito Santo, piamente ausculta
aquela palavra, santamente a guarda e fielmente a expõe, e deste único
depósito de fé tira o que nos propõe para ser crido como divinamente
revelado4."
Catequista CIC 87. Os fiéis, lembrando-se da palavra de Cristo a seus apóstolos:
"Quem vos ouve a mim ouve" (Lc 10,16), recebem com docilidade os
ensinamentos e as diretrizes que seus Pastores lhes dão sob diferentes formas.
OS DOGMAS DA FÉ
Leitor CIC 88 O Magistério da Igreja empenha plenamente a autoridade que
recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando, utilizando uma forma
que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé, propõe verdades
contidas na Revelação divina ou verdades que com estas têm uma conexão
necessária.
Leitor CIC 89 Há uma conexão orgânica entre nossa vida espiritual e os dogmas.
Os dogmas são luzes no caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro.
Na verdade, se nossa vida for reta, nossa inteligência e nosso coração estarão
abertos para acolher a luz dos dogmas da fé.
Catequista CIC 95 "Fica, portanto, claro que segundo o sapientíssimo plano
divino, a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja estão de
tal modo entrelaçados e unidos que um não tem consistência sem os outros, e
que juntos, cada qual a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo,
contribuem eficazmente para a salvação das almas."

3
DV 10
4
idem
4. ORAÇÃO FINAL
Animador: Rezemos juntos: Pai-Nosso, 3 Ave-Maria, Gloria ao Pai.

Obs.: Não se esqueçam de rezarem todas as noites o Ato de Contrição.


Ato de Contrição
Meu Deus, eu me arrependo de todo o coração de todos os meus pecados e
os detesto, porque pecando não só mereci as penas que justamente
estabeleceste, mas principalmente, porque Vos ofendi a Vós, Sumo Bem e
digno de ser amado sobre todas as coisas.
Por isso proponho firmemente, com a ajuda da Vossa Graça, não mais
pecar e fugir das ocasiões próximas de pecar. Amém.
Lucas 22, 31Simão, Simão, eis que Satanás já recebeu autorização para vos
peneirar como trigo! 32Eu, entretanto, roguei por ti, para que a tua fé não se
esgote; tu pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos!” 33Mas Pedro
replicou: “Senhor! Estou pronto a ir contigo, tanto para a prisão quanto para a
morte”. …

"31.“Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como o
trigo; 32.mas eu roguei por ti, para que a tua confiança não desfaleça; e tu, por
tua vez, confirma os teus irmãos.”*" São Lucas, 22 -31-32
(*) "Por tua vez: outra tradução – quando tu te tiveres convertido."

São João, 14, 1-7

"1.“Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus, crede também em mim.


2.Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fora assim, e eu vos teria dito;
pois vou preparar-vos um lugar.3.Depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei
e vos tomarei comigo, para que, onde eu estou, também vós estejais.
4.E vós conheceis o caminho para ir aonde vou.”
5.Disse-lhe Tomé: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos
conhecer o caminho?”.
6.Jesus lhe respondeu: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao
Pai senão por mim. 7.Se me conhecêsseis, também certamente conheceríeis
meu Pai; desde agora já o conheceis, pois o tendes visto”."São João, 14, 1-7

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