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Amor - o Caminho Excelente - Impacto Publicações
Amor - o Caminho Excelente - Impacto Publicações
Alexander Strauch
Dwight L. Moody, o Billy Graham do século XIX, relata seu encontro com a
doutrina do amor que mudou sua vida. Começou quando Henry Moorhouse, um
evangelista britânico de 27 anos, pregou na igreja de Moody durante uma
semana. Para surpresa de todos, Moorhouse pregou sete sermões seguidos
acerca de João 3.16. Para provar como “Deus amou o mundo de tal maneira”,
ele pregou sobre o amor de Deus desde o Gênesis até o Apocalipse. O filho de
Moody registrou a descrição de seu pai sobre o impacto da pregação de
Moorhouse:
Por seis noites ele havia pregado apenas sobre esse texto. Ao chegar a sétima
noite, ele foi para o púlpito. Todos os olhos estavam focados nele. Ele disse:
“Amados amigos, estive o dia todo à procura de um novo texto, mas não
consegui encontrar nada tão bom como esse; então voltaremos ao terceiro
capítulo de João e ao décimo sexto versículo”. Em seguida, pregou o sétimo
sermão a partir daquelas maravilhosas palavras: “Deus amou o mundo de tal
maneira”. Eu me lembro do fim desse sermão: “Meus amigos”, disse ele, “durante
uma semana inteira eu tenho tentado dizer-lhes o quanto Deus os ama, mas não
posso fazê-lo com esta pobre língua gaguejante. Se eu pudesse pedir
emprestada a escada de Jacó para subir ao céu e pedir a Gabriel, que está na
presença do Todo-Poderoso, que me diga quanto amor o Pai tem pelo mundo,
tudo o que ele poderia dizer seria: Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho
unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.”
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30/11/2022 14:00 Amor – o Caminho Excelente — Impacto Publicações
como bálsamo para minha alma. A congregação superlotada estava bebendo com
igual avidez. Posso afirmar que existe algo que atrai mais do que qualquer coisa
no mundo: o amor”.
Fiquei cheio disso [de amor]. Destilava de minhas mãos, dos meus lábios. Faça o
mesmo – uma imersão no tema do amor na Bíblia! Você ficará tão cheio dele que
tudo que tem a fazer é abrir a boca e uma inundação do Amor de Deus fluirá a
quem estiver perto de você. Não adianta tentar fazer o trabalho da igreja sem
amor. Um médico ou um advogado podem fazer um bom trabalho sem amor, mas
o trabalho de Deus não pode ser feito sem amor.
1. L. Moody não poderia estar mais biblicamente correto quando disse: “A obra
de Deus não pode ser feita sem amor”.
A seguir, examinaremos a mais famosa mensagem de amor da Bíblia (1 Co 13).
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O amor do qual Paulo fala começa com o amor pelos irmãos da família da fé.
Esse amor foi definido por Jesus Cristo quando deu um novo mandamento para
que todos os seus discípulos amassem uns aos outros “assim como” ele os havia
amado (Jo 13.34-35). Esse amor se dá no total sacrifício pessoal para o bem dos
outros. Jesus exemplificou esse novo padrão de amor lavando humildemente os
pés dos discípulos (Jo 13.4-17) e sacrificando altruisticamente sua vida na cruz
pelos outros. João expressou assim: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a
sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos [e irmãs]” (1 Jo 3.16).
Então, vamos analisar de perto essa passagem para entender melhor o que ela
diz.
Para corrigir essa distorção, Paulo consegue captar a atenção deles imaginando-
se hipoteticamente como se tivesse “o dom de línguas mais poderoso do mundo”,
sendo capaz de falar eloquentemente “as línguas dos homens e dos anjos”. Um
dom como esse teria impressionado muito os coríntios. Mas Paulo declara que
mesmo que tivesse uma experiência tão elevada por causa de dons celestiais, ele
seria como “o sino que ressoa ou como o prato que retine”, ou seja, um ruído
irritante, forte e vazio, caso não agisse com amor, como descrito em 1 Coríntios
13.4-7. Sem a graça do amor, a beleza de seu discurso miraculoso seria
distorcida.
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Paulo não está apenas dizendo que seu discurso seria um forte ruído, mas que
também seria um som oco e irritante. Ele não seria o que deveria ser, seria
seriamente deficiente em sua vida cristã e não viveria de acordo com o “caminho
mais excelente”. A razão de Paulo ser apenas um ruído vazio é que seu dom de
línguas não estaria acompanhado de amor. Ele usaria o dom de línguas para
glorificar e servir a si mesmo ao invés de servir ou edificar a igreja, que é o
objetivo do amor (1 Co 8.1).
O conhecimento sem amor infla o ego e engana a mente. Pode levar à soberba
intelectual e a uma atitude escarnecedora e zombadora das opiniões dos outros,
a um espírito de desprezo por aqueles que possuem menor conhecimento e a
uma maneira degradante de lidar com as pessoas que discordam.
Assim, Paulo afirma que mesmo que tivesse um conhecimento muito amplo, sem
o amor seria “nada”, um zero espiritual. Ele insiste que um profeta, um erudito ou
um professor sem amor não conseguem conduzir as pessoas à semelhança de
Cristo. Apenas por meio do amor, o conhecimento pode ser usado de acordo com
a “maneira mais excelente” para proteger e edificar a igreja (Ef 4.11-16).
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matar o gigante filisteu Golias (1 Sm 17.32). Mas mesmo com um dom espiritual
tão poderoso, se o amor não estivesse presente, o dom se tornaria apenas um
meio para glorificar a si mesmo ao invés de servir aos outros.
Não admira que Paulo declare tão enfaticamente que um dom, mesmo tão
poderoso, sem amor não vale “nada”. Paulo fala disso com seriedade. Sem amor,
ele sabia que seria espiritualmente infrutífero e não uma potência espiritual.
Sem amor, o líder cristão estará no caminho errado da vida cristã. Mas, quando a
fé é combinada com o amor, o corpo de Cristo é edificado e avança no caminho
régio, o “caminho mais excelente” do amor.
Sem amor, dar todo o dinheiro aos pobres não tem sentido
O sacrifício pessoal pode ser feito por um interesse egoísta, como ilustrado por
Ananias e Safira no livro de Atos. Esse casal vendeu seus bens e deu dinheiro
aos apóstolos para distribuir aos pobres (At 5.1-11). No entanto, fizeram isso sem
amor. Eles não estavam realmente preocupados com as necessidades dos
pobres, mas consigo mesmos. Eles não amavam a Deus ou ao próximo. Assim
como os fariseus trombeteiros que Jesus condenou durante o Sermão da
Montanha (Mt 6.1-5), Ananias e Safira realizaram a caridade para aumentar seu
prestígio pessoal aos olhos da igreja. Eles deram para receber o louvor das
pessoas. Seu amor era hipócrita (Rm 12.9). Deram aos pobres, mas sem o
verdadeiro poder interior da motivação pelo amor, de modo que sua doação não
lhes rendeu benefício algum. Apesar de terem dado dinheiro aos pobres, eles
estavam espiritualmente sem crédito, e Deus rejeitou sua contribuição.
Paulo diz, portanto, que ainda que desse tudo que possuía aos pobres, sem o
amor seria improdutivo, inútil, desprezível e sem valor eterno. Mesmo depois de
tal sacrifício, seria um homem espiritualmente vazio. Não estaria servindo
humildemente aos outros, mas a si mesmo.
Finalmente, Paulo se imagina como o maior herói da fé. Num ato supremo de
sacrifício pessoal, ele entrega seu corpo às dolorosas chamas do martírio por
Cristo. Tal sacrifício certamente inspiraria outros crentes à fidelidade, a uma maior
dedicação e coragem. Ele daria um poderoso testemunho do Evangelho aos não
crentes. Mas Paulo nos adverte que mesmo o sofrimento e o martírio por Cristo
podem ser realizados por razões impróprias.
Algumas pessoas têm muito orgulho em sofrer por sua fé. Para outros, vale a
pena morrer para ser lembrado como um herói da fé. Nos primeiros anos do
cristianismo, ser um mártir tornou-se, às vezes, um meio de alcançar grande
fama. Um historiador comentou: “Rapidamente ficou claro para todos os cristãos
que havia grande fama e honra no martírio”. Reconhecendo o potencial que
existia para isso, Paulo considera necessário dizer que oferecer a vida sem amor
é um sacrifício sem valor, um show religioso vazio, uma performance oca. Porém,
quando é motivado pelo bem-estar dos outros e pela glória de Cristo, o martírio
se torna o sacrifício máximo de amor.
Somente quando o martírio é resultado do amor por Deus e pelos outros é que
constitui o “caminho mais excelente”.
Sem amor, nossos dons mais extraordinários e nossas mais altas realizações
são, em última análise, infrutíferas para a igreja e para Deus. No pensamento de
Paulo, nada tem valor espiritual duradouro, a menos que provenha do amor.
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