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O que são finanças corporativas?

As finanças corporativas estão ligadas aos estudos realizados sobre as decisões


ligadas ao dinheiro de um negócio, o que, basicamente, envolve tudo que é decidido
dentro do empreendimento, não importa a área.
O conceito é embasado no princípio de maximização do valor de uma empresa. Por
meio das finanças corporativas, serão decididas questões como os investimentos a
serem realizados, a necessidade de financiamento de projetos por terceiros, o
correto estabelecimento dos dividendos, pagamentos de contas, separação de gastos
fixos e variáveis, entre outras ações.

A importância do controle das finanças


Ao controlar as finanças, a empresa tem consciência sobre a sua real situação
financeira. Ou seja, sabe exatamente quanto tem em caixa, os valores que podem ser
investidos, entre outras variáveis.
Ter esse tipo de administração de recursos também é importante para os estudos
da viabilidade de projetos, a necessidade de fontes de crédito, estabelecimento de
estratégias para captar a confiança de credores, além da promoção do uso eficaz e
racional dos recursos disponíveis.
Enfim, conhecer os pormenores financeiros ajuda no processo de sinergia entre os
setores. Assim, a organização tem controle sobre as necessidades financeiras de
cada um, alocando os recursos de acordo com as demandas.

Como as finanças corporativas são trabalhadas?


Como foi visto até aqui, as finanças são muito mais do que uma conceitualização que
envolve o pagamento de contas e investimentos. Dada a explicação do tópico
anterior, agora, é preciso saber como trabalhá-las corretamente como um serviço.
Vale lembrar que uma empresa de produtos e uma de serviços se diferenciam em
alguns pontos. Um deles é na abrangência de sua atuação. Por exemplo, um negócio
de serviços atua de maneira mais local. Dessa maneira, os empreendedores
precisam atentar para a realidade econômica local, como formação de preços.
Assim, as dicas serão úteis e ajudarão você a trabalhar com maior consistência nos
diferentes tipos de negócio. Confira!

Análise de rentabilidade
Saber qual é a viabilidade econômica e financeira de um negócio ajuda a delimitar o
valor cobrado pelo produto ou serviço, equilibrando as finanças, a fim de entender
se o retorno sobre o investimento será algo positivo. Com isso,
os empreendedores conseguem eliminar aqueles serviços ou produtos que não são
vantajosos para a empresa, ou até mesmo reformulá-los para que se tornem mais
atraentes para os consumidores.
Para que essa análise seja eficaz, é preciso atentar a alguns passos, como:
• projeção de vendas para cada um dos serviços oferecidos;
• projeção de custos, despesas e investimentos;
• projeção de fluxo de caixa mensal.

Após as projeções de custos e vendas, o que ajuda na obtenção do fluxo de caixa,


entra uma nova fase do processo: a análise de indicadores, que colabora com
o processo de definição da viabilidade dos serviços oferecidos.
Entre eles, está a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), que representa o retorno
mínimo esperado do investimento em um projeto, por exemplo. Para isso, leva em
consideração variáveis como o capital disponível e a margem de lucro esperada.
Outro indicador é o payback, referente ao tempo que o projeto levará para ser pago.
Por exemplo, se foram investidos R$ 200 mil no negócio e, mensalmente, ele tem um
retorno de R$ 20 mil, o payback será de 10 meses.

Gestão de ativos e passivos


A gestão de ativos e passivos também faz parte do dia a dia das empresas, e é
importante que você esteja atento quando for oferecer esse serviço em seu portfólio.
Os ativos são os bens em posse da organização, como caixa, estoque e valores a
receber. Podemos defini-los como os valores que poderão ser investidos e gerar
fluxo de caixa.
Enquanto isso, os passivos são as dívidas, ou seja, valores que precisam pagar ao
longo do tempo. A administração desses bens prevê o uso de ferramentas que
ajudem o investidor (empreendedor) a tomar decisões, criando a consciência sobre
os riscos, o que aumenta as chances de sucesso.
Para isso, é utilizada a técnica de Asset Liability Management (ALM), que auxilia no
gerenciamento de riscos, evitando que haja a desintegração dos ativos e passivos.
Ela permitirá ao empreendedor variar seu portfólio de investimentos, por exemplo.
O trabalho da sua parte será administrar como isso será feito, visando à
rentabilidade máxima e considerando variáveis. Algumas dessas são os fundos de
pensão e também investimentos de acordo com as instituições financeiras.

Como medir a saúde financeira do negócio?


O controle financeiro empresarial é imprescindível, como pudemos ver até aqui.
Logo, é preciso aprender a medir a saúde financeira do negócio. No tópico anterior,
até mencionamos os indicadores de desempenho. A seguir, mostraremos mais
alguns que podem ter um impacto significativo nas finanças, sendo essenciais para
o seu trabalho.

Faturamento
O faturamento é o resultado da soma das vendas realizadas pelas empresas em
determinado período, tanto de produtos quanto de serviços. Ele pode (e deve) ser
feito mensalmente e anualmente.
Esse aspecto ajuda a ter um panorama sobre o desempenho financeiro do
empreendimento. Vale lembrar que é preciso considerar não só o faturamento
bruto, como também o líquido. Enquanto o primeiro leva em conta todo o montante
recebido, o segundo, por sua vez, considera o total recebido menos os impostos
pagos em cada venda.
Recebimentos
É preciso destacar que recebimento e faturamento não são a mesma coisa. Imagine
que a empresa está vendendo uma grande quantidade de produtos, mas pode não
ter recebimentos proporcionais. Isso se dá quando a opção de parcelamento e
vendas a prazo é mais comum.
O recebimento precisa estar próximo do faturamento — esse é o ideal. Por isso, é
importante medir o índice de recebimentos, a fim de avaliar se
há inadimplência alta, as principais causas, bem como o estabelecimento
de estratégias para fazer as cobranças. No último caso, como o serviço é oferecido
por você, é importante estar atento aos tipos de ações ideais para os diferentes
negócios.

Custos fixos e variáveis


Os custos podem ser classificados de diferentes maneiras, como você já deve saber.
Para medir a saúde financeira de uma empresa, um dos primeiros passos ao qual
você deve ter atenção é o custo fixo. Esse tipo de despesa não muda, mesmo que a
produção aumente ou diminua, e está ligado diretamente à manutenção estrutural
e operacional do negócio, como aluguel, serviços de segurança e limpeza, entre
outros.

Apesar da mudança constante, o conhecimento sobre os custos variáveis é


igualmente importante. Eles variam de acordo com o aumento ou diminuição da
produção. No caso de empresas de serviços, elas dependem da demanda por eles,
abrangendo desde a matéria-prima, energia elétrica até as comissões por vendas
realizadas.
Ambos são essenciais para elaborar o planejamento financeiro, principalmente, no
que diz respeito às políticas de descontos, como redução de preço final cobrado do
cliente, além de serem cruciais para manter um registro de contas e categorizá-las,
o que contribui para o processo de sustentabilidade do empreendimento.

Índice de endividamento
Outro indicador que ajuda na verificação da saúde financeira de uma empresa é o
seu índice de endividamento. Esse parâmetro deve ser utilizado na identificação da
proporção de ativos da empresa que foram financiados por recursos de terceiros.
Em outras palavras, aquelas dívidas que precisam ser liquidadas pelo negócio no
futuro.
É fundamental que seja feito o acompanhamento desse índice quando a empresa
começa a contrair dívidas de financiamento. Entender sobre a evolução desse
montante ajudará a garantir que as contas estejam sob controle.
O cálculo é simples: o total de capital oriundo de terceiros (passivos de curto e longo
prazos) é somado, e o número obtido é dividido pelo total de ativos em posse da
empresa. Vale lembrar que um índice de endividamento insatisfatório não significa
que o empreendimento não é sustentável e nem o contrário, sendo preciso
considerar outras variáveis nesse cálculo.
Ponto de equilíbrio
O chamado Break Even Point ou ponto de equilíbrio financeiro (PEF) é um ponto
que diz respeito à paridade financeira de receitas totais e despesas em um período
determinado. Esse indicador permite um cálculo sobre o faturamento mínimo
mensal necessário para um negócio cobrir os gastos. Portanto, esse valor serve tanto
para gastos fixos quanto variáveis, além de quanto é necessário para começar a
lucrar.
Para avaliá-lo, é necessário considerar as atividades desenvolvidas e o setor de
atuação do empreendimento. Por meio dele, também será possível definir as
necessidades de um capital de giro maior, mas também a possibilidade de
investimento dos recursos que sobram, para evitar paradas de caixa.

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