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MRM240 – Processos

Metalúrgicos de
Fabricação (TEORIA)

Aula PT05

•Moldes Destrutivos

Recomendação de estudo:
[1] BALDAM, R.L. et al. Fundição: processos e tecnologias correlatas,
2aed. São Paulo, Ed. Érica. 2017.
Cap.4 – Projeto de Fundição
Cap.5 – Modelação
Cap.6 – Modelagem e Macharia
231

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Classificação dos Principais
Processos de Fundição

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Moldagem e Macharia
O processo de moldagem consiste em construir o
molde em que será derramado o metal líquido.

Características de um Molde de Areia


✓ Plasticidade: resistência a esforços (extração do modelo);
✓ Consistência: reproduzir e conservar a forma da cavidade
após a extração do modelo;
✓ Refratariedade: resistir às temperaturas elevadas às quais
são submetidos;
✓ Permeabilidade: permitir a saída do ar e de gases da
cavidade do molde;
✓ Colapsibilidade: devem ser facilmente destrutíveis após a
solidificação das peças;
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Moldagem e Macharia

O molde destrutivo alcança seu


objetivo quando:

➢ O metal formou uma camada de sólido suficiente para


fornecer estabilidade dimensional;
➢ Seu material constituinte entra em colapso no mesmo
momento;
➢ Deixa a superfície da peça limpa após a desmoldagem,
ou seja, livre dos materiais constituintes do molde.

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Características gerais
da Areia de Moldagem
❖ Facilidade para confecção do Molde
❖ Comportamento inerte em relação ao metal
❖ Facilidade para desmoldagem

Três matérias primas principais


✓ Areia-base: cromita silica vítrea
silica zirconita
✓ Ligantes: argila resinas
cimento silicato de sódio
✓ Produtos de adição: carvão mineral
óxido de ferro serragem
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Características gerais 152

da Areia de Moldagem
❖ Tamanho dos Grãos: 20 m < d < 1 mm;
❖ Morfologias mais comuns:

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Moldagem em Areia Verde

- Tem o mais baixo custo dentre todos os métodos


- Facilidade de reparo dos modelos
- Equipamentos mais simples
- A areia fica com composição heterogênea
- Acabamento superficial inferior
- Maior erosão do molde com peças de maior
tamanho

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Moldagem em Areia Seca

- Indicado para peças medias e grandes para fundir


metais ferrosos e não-ferrosos
- Moldes protegidos com tintas refratárias (bons
acabamento e tolerâncias)
- Areias sintéticas e semi-sintéticas + aglomerantes
orgânicos
- Secagem em estufas entre 150oC e 300oC
- Maior resistência à erosão do metal líquido

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Moldagem em areia-cimento 155

- Uso comercial a partir dos anos 50


- Moldes de grande porte
- Ligas ferrosas
- Areia + Cimento (8 a 10%) + Água (4 a 7%)
- Não necessita da caixa de moldagem
- Elevada compactação
- Custo elevado da mistura
- Não recuperável
- Dificil desmoldagem

Ex: Moldes para lingoteiras de grande porte

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Moldagem em areia de macho

- Método precursor da fundição de precisão


- Peças mais complexas
- Pinturas com tintas especiais para machos
- Areia + Óleo de macho, óleo de linhaça (secativos)
+ Elementos orgânicos + Bentonita
- Confecção manual ou em máquinas
- Secos em estufas entre 150oC e 250oC

Ex: Carcaças de
compressores
resfriados ao ar

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Moldagem em Casca
“Shell Molding”

- Areia fina + Resina Sintética Polimeriz Termofixa (3 a 10%)


- Estufa entre 150oC e 350oC
- Moldagem de uma casca de espessura minima de 5 mm
- Acabamento excelente
- Boa precisão dimensional e resistência térmica
- Custo elevado do modelo
- Areia não recondicionável
- Peças limitadas entre 15 a 20 kg

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158
Moldagem em Casca
“Shell Molding”

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MOLDAGEM MANUAL
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo Bi-partido

Preparação do modelo (2):


verificar se há a necessidade
de reparos; checar a posição,
quantidade de caixas a usar,
necessidade de machos e
massalotes, canais, etc.
Posicionar o modelo sobre a
mesa de moldagem (1) ou
Plataforma de moldagem.

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MOLDAGEM MANUAL
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo Bi-partido

Posicionar a caixa de moldar


(3) na caixa inferior e passar
um produto separador no
modelo, usualmente talco ou
grafite.

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MOLDAGEM MANUAL
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo Bi-partido

Aplicar a areia de faceamento,


utilizando uma peneira (4),
pois desta forma desfazem-se
os torrões que poderiam
deixar defeitos superficiais na
peça fundida. Nessa fase
deve-se acomodar a areia com
as mãos sobre o modelo para
que todos os detalhes possam
ser copiados para o molde.

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MOLDAGEM MANUAL
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo Bi-partido

Conforme são adicionadas


as camadas de areia de
enchimento, deve-se ir
socando a areia de
moldagem, inicialmente
com soquete manual.

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MOLDAGEM MANUAL
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo Bi-partido

As camadas de enchimento
afastadas do modelo podem
ser socadas com soquete
manual ou pneumático (5).

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MOLDAGEM MANUAL
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo Bi-partido

Deve-se socar areia acima do


nível da caixa de moldagem.

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165
MOLDAGEM MANUAL
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo Bi-partido

Raspa-se o excedente de areia.

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MOLDAGEM MANUAL
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo Bi-partido

Fazem-se furos para facilitar a


saída dos gases gerados
durante a vazamento do metal.

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MOLDAGEM MANUAL
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo Bi-partido

Vira-se a caixa inferior, coloca-


se a caixa superior com a
outra parte do modelo da
peça, canais e massalotes,
passa-se um pó separador e
repete-se a operação similar à
da caixa inferior.

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MOLDAGEM MANUAL
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo Bi-partido

Abre-se o molde, acertam-se


os canais de alimentação,
faz-se o funil ou bacia de
vazamento, extraem-se os
modelos e executam-se
reparos, se necessário.

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MOLDAGEM MANUAL
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo Bi-partido

Colocam-se os machos,
verifica-se se os mesmos
estão engastados, sopra-se
para retirar grãos soltos e
fecham-se as caixas.

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MOLDAGEM MANUAL
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo Bi-partido

Posiciona-se o molde no local


de vazamento e colocam-se
os pesos de lastro.

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171
MOLDAGEM MANUAL
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo Bi-partido

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172
MOLDAGEM MANUAL
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo emplacado

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173
MOLDAGEM SEMI-MECANIZADA
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo emplacado

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174
MOLDAGEM SIMULTÂNEA - DISAMATIC
Molde Destrutivo Produzido por
Modelo emplacado

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Desenvolvimento de projeto de ferramental

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Desenvolvimento de projeto de ferramental

1. Localização da Linha de Partição (LP)


de forma se possível deixar a cavidade
maior em um dos lados do molde
destrutivo.
2. Posicionamento dos ângulos de saída
em conformidade.
3. Verificação da necessidade do uso de
macho que varia com a posição da LP e
com a resistência a tração da areia de
moldagem.
4. Arredondamentos de cantos vivos
internos que visam a adequação do
projeto mecânico a reação de
solificação.
5. Compensar a contração da fase sólida
da liga utilizada, aumentado as cotas do
modelo nessa proporção.

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Desenvolvimento de projeto de ferramental
Influência da posição da moldagem
(Linha de Partição) nos Ângulos de Saída

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178
Desenvolvimento de projeto de ferramental
Tipos de Ângulos de Saída

por acréscimo por desbaste

por compensação

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Desenvolvimento de projeto de ferramental 179

Projeto do Modelo para


Moldagem Manual

Peça 1

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Desenvolvimento de projeto de ferramental 180

Projeto do Modelo para


Peça 1
Moldagem Manual
Linha de Partição

Pino Guia

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Desenvolvimento de projeto de ferramental 181

Projeto do Modelo para


Peça 1
Moldagem Manual

Adensamento
Adição de areia
de moldagem

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Desenvolvimento de projeto de ferramental 182

Projeto do Modelo para


Peça 1
Moldagem Manual

© Taylor Mac Intyer MRM240 PT05


Desenvolvimento de projeto de ferramental 183

Projeto do Modelo para


Peça 1
Moldagem Manual
Adensamento
Adição de areia
de moldagem

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184
Desenvolvimento de projeto de ferramental
Projeto do Modelo para
Peça 1
Moldagem Manual

Retirada
dos
modelos

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185
Desenvolvimento de projeto de ferramental
Projeto do Modelo para
Peça 1
Moldagem Manual

Encaminhar o molde para fundição

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186
Desenvolvimento de projeto de ferramental
Projeto do Modelo para
Peça 1
Moldagem Mecanizada

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187
Desenvolvimento de projeto de ferramental
Projeto do Modelo para
Peça 1
Moldagem Mecanizada
Compressão
Adição de areia
de moldagem

Compressão
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188
Desenvolvimento de projeto de ferramental
Projeto do Modelo para
Peça 1
Moldagem Mecanizada
Compressão
Adição de areia
de moldagem

Compressão
© Taylor Mac Intyer MRM240 PT05
189
Desenvolvimento de projeto de ferramental
Projeto do Modelo para
Peça 1
Moldagem Mecanizada

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Desenvolvimento de projeto de ferramental 190

Projeto do Modelo para


Peça 1
Moldagem Mecanizada

© Taylor Mac Intyer MRM240 PT05


Desenvolvimento de projeto de ferramental 191

Projeto do Modelo para


Peça 1
Moldagem Mecanizada

Retirada das
duas caixas de
moldagem
simultaneamente

Encaminhar o molde
para fundição

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