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Orçamento Público Gestão Orçamentária 2023
Orçamento Público Gestão Orçamentária 2023
ORÇAMENTO PÚBLICO E
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
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Figura 1 – Pessoa desesperada com orçamento familiar
Tomemos como exemplo nossa família, em que não podemos ter gastos
que vão além do salário líquido recebido para não precisarmos recorrer a
empréstimos bancários a fim de equilibrar o orçamento; quando isso é necessário,
sabemos que teremos que pagar juros mensais, o que aumentará ainda mais as
despesas. Portanto, é fundamental administrar as despesas para que não
ultrapassem as receitas, programando e destinando o dinheiro a atividades mais
essenciais (alimentação, saúde, vestuário, habitação e mensalidade escolar, entre
outras) e retardando para o futuro aqueles dispêndios não prioritários, mas
gostaríamos de realizar.
A mesma ideia se aplica ao orçamento do setor público. O Estado não deve
gastar mais do que arrecada porque gera desequilíbrio em toda a economia. Para
financiar sua dívida, é necessário recorrer a empréstimos, via emissão de títulos
públicos, com pagamento de juros, que vai aumentar a dívida, reduzindo as
disponibilidades de recursos para manter toda a estrutura administrativa e fazer
os investimentos necessários.
Crédito: WiP-Studio/Shutterstock.
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todos os gastos que serão realizados em determinado exercício financeiro
(durante um ano) e fazendo uma estimativa das receitas que serão arrecadadas
por meio dos impostos, taxas e contribuições. As despesas são fixadas para evitar
que o governo venha a gastar mais do que arrecada.
Governo
Crédito: desdemona72/Shutterstock.
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Veja a seguir a estrutura de pessoal:
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2.3 Poder Judiciário federal
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TEMA 3 – FUNÇÕES DO ESTADO E SUAS ATRIBUIÇÕES NA ERA
CONTEMPORÂNEA
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papel do Estado na economia, com a ideia de que o governo deveria atuar por
meio de investimentos, produção e no setor financeiro. Os investimentos públicos
gerariam emprego, renda e aumento no consumo das famílias, com efeitos
salutares na economia.
No caso do Brasil, em que a produção de bens e serviços realizada pelos
agentes de mercado não consegue atender às necessidades mais elementares
de parte expressiva da sociedade, a atuação forte do poder público tem por
objetivo oferecer condições mínimas de sobrevivência de milhares de pessoas e
contribuir para o crescimento e desenvolvimento do país.
Vejamos o caso do Bolsa-Família, programa social instituído pelo governo
federal com transferência direta de renda para famílias que vivem em situação de
pobreza e extrema pobreza para que tenham acesso a bens básicos como
alimentação, educação e saúde. Segundo dados da Caixa Econômica Federal,
que atua como seu agente operador, mais de 13,9 milhões de famílias são
atendidas em todo o Brasil, recebendo a importância de R$ 192,00 mensais, com
previsão de aumento para R$ 300,00 a ser pago a partir de novembro de 2021.
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Figura 4 – Vetor de Imagem – distribuição de dinheiro
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4.2 Função distributiva
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No início de 2020, o Brasil e o mundo foram atingidos pela pandemia da
Covid-19. Todos os mercados foram duramente abalados, com queda na
produção e fechamento do comércio, e grandes contingentes de trabalhadores
perderam seus empregos. Para atenuar os efeitos negativos sobre as famílias, o
Poder Público interveio por meio de programas sociais, como o auxílio
emergencial por quatro meses, no valor de R$ 600,00 pago para até dois membros
da mesma família, e de saques emergenciais de dinheiro com liberação de parte
dos recursos do FGTS.
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Figura 5 – Nova nota de duzentos reais brasileiros
Saiba mais
Se você deseja mais informações sobre o Plano Real, uma dica
interessante é visitar o site do Banco Central do Brasil, onde o tema é abordado.
O endereço eletrônico é: <https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/planoreal>.
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REFERÊNCIAS
_____. Constituição (1988). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 1988.
Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em:
9 set. 2021.
16
expansao-de-atuacao-e-comparacao-com-sistemas-europeus/2>. Acesso em: 2
ago. 2021.
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AULA 2
ORÇAMENTO PÚBLICO E
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
Créditos: Alexlmx/Shutterstock.
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A regulamentação dos gastos do setor público começou no século XIX,
após a vinda da família real para o Brasil. Nossa primeira constituição,
promulgada em 1824, atribuiu ao poder executivo a função de elaborar um
orçamento, submetendo-o à apreciação e aprovação da Assembleia Geral. Em
1830 foi aprovado, pela assembleia legislativa, o primeiro orçamento público do
Brasil.
Com o fim do regime imperial e início da república, a nova constituição,
que foi promulgada em 1891, estabeleceu como prerrogativa do congresso
nacional, anualmente, fazer o orçamento da receita e a fixação da despesa.
A Carta Magna determinou à presidência da república a função de
elaborar o orçamento federal, cabendo ao poder legislativo a responsabilidade
pela análise e aprovação. Foi criado um Tribunal de Contas para auxiliar o
Legislativo no controle dos gastos.
Com a Proclamação da República, as províncias foram transformadas em
Estados, que instituíram Constituições próprias, o que concedeu grande
autonomia a cada um e aos Municípios.
As Constituições de 1934 e 1937 não trouxeram qualquer avanço em
termos de gestão do dinheiro público, ao contrário, o Brasil viveu sob o regime
autoritário do Estado Novo. O orçamento era elaborado e decretado pelo poder
executivo.
Com a Constituição de 1946 e a volta da democracia, o congresso voltou
a participar da elaboração orçamentária e houve alguns avanços, como a
instituição dos princípios da unidade, universalidade, exclusividade e
especificação.
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No entanto, a inclusão do planejamento nas ações de Governo foi um
avanço muito importante para melhorar a destinação dos recursos, com foco nas
necessidades mais importantes da Nação.
Em 1967, conforme explica Euvaldo Marques “o decreto-lei nº 200
disciplinou e definiu o planejamento como princípio fundamental de
administração, designou competência do poder executivo a iniciativa das leis
orçamentárias e vedou ao legislativo emendar o orçamento” (p. 250).
O planejamento representa uma nova estrutura na preparação e
execução da peça orçamentária. O legislador teve o cuidado de incluí-lo como
um dispositivo legal, formalizando a sua necessidade e determinando que todas
as ações sejam implementadas seguindo um planejamento, pois isso trará maior
transparência, previsibilidade e controle nos gastos com o dinheiro dos
contribuintes.
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TEMA 2 - MODALIDADES ORÇAMENTÁRIAS
Receitas Despesas
Impostos 500.000,00 Pessoal 200.000,00
Taxas/Contribuições 60.000,00 Manutenção 370.000,00
Financiamento 100.000,00 Investimentos 90.000,00
Total 660.000,00 Total 660.000,00
Fonte: Bronislawski, 2021.
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economia, realizando obras de infraestrutura em setores vitais, como energia,
transportes, portos, e demais atividades que demandam grandes somas de
recursos. Além disso, houve incremento nas atividades consideradas naturais de
Estado, como segurança, justiça, saúde pública. Esse novo cenário, de maior
complexidade, veio a exigir um sistema orçamentário mais elaborado.
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utilizada no âmbito público, por conta dos compromissos com disposições
constitucionais que obrigam determinados gastos.” (Jornal da USP, 2018).
A constituição determina que os gastos com saúde sejam de no mínimo
15%, os gastos com educação não podem ser inferiores a 20%, logo, é difícil
adotar uma metodologia orçamentária, tendo que a cada exercício social iniciar
do zero, ou que cada gasto seja registrado como nova despesa. Vários
programas de Governo são de ação continuada e a estrutura da Administração
Pública é muito complexa, o que torna esse modelo inviável, sob todos os
aspectos.
Além disso, o fato de ter que avaliar os gastos do período seguinte sem
considerar a trajetória anterior elimina toda uma base de conhecimentos
adquiridos e acumulados, dificultando a continuidade das ações que
caracterizam muitas atividades do setor público.
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2.5 Orçamento incremental
Créditos: dizain/Shutterstock.
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Apresenta uma grande base de conhecimentos sobre finanças públicas,
fruto da evolução de todas as metodologias anteriores, de grande complexidade,
mas que tem sua aplicabilidade facilitada pela evolução das tecnologias da
comunicação e informação da era contemporânea.
Conforme citado por João Eudes Bezerra Filho, esse modelo teve a sua
implementação inicial nos Estados Unidos, no final da década de 1950, e tem
como características principais:
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3.3 Relação insumo-produto
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3.5 Gerência por objetivos
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TEMA 4 – AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS
4.1 Eficiência
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4.2 Eficácia
4.3 Efetividade
4.4 Economicidade
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Saiba mais
Saiba mais sobre esses itens na Cartilha Orçamento Brasil: funciona
melhor com você junto, disponível em: <https://www2.camara.leg.br/orcamento-
da-uniao/cidadao/entenda/cartilha/cartilha.pdf>. Acesso em: 14 out. 2021.
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Analisando sob o aspecto da eficiência, houve um certo comprometimento
quanto aos prazos de entrega das moradias, que não ocorreram dentro do tempo
estabelecido, mas com atraso de 15 tantos dias.
No quesito eficácia, os objetivos foram atingidos, pois as obras foram
realizadas e as pessoas voltaram a ter um lugar para morar.
Na avaliação da efetividade, não foram cumpridos os requisitos, pois as
famílias não estão vivendo com o conforto mínimo desejado, ou equivalente às
condições que estavam habituadas devido aos problemas já relatados na
qualidade dos imóveis.
Analisando sob os aspectos estudados até o presente momento,
observamos que houve o cumprimento do princípio eficácia, com o engajamento
devido por parte do setor público, uma vez que as obras foram entregues e as
pessoas foram atendidas. Não houve o planejamento necessário para que a
relação insumo-produto cumprisse o seu objetivo, que é utilizar os insumos para
entregar um produto de boa qualidade e dentro do prazo previamente
determinado, descumprindo os princípios da eficiência e da efetividade.
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REFERÊNCIAS
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AULA 3
ORÇAMENTO PÚBLICO E
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
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Quadro 1 − Taxa anual da inflação (1988-1996)
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Créditos: gamavector / Shutterstock.
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O atual presidente Jair Messias Bolsonaro tomou posse em janeiro de
2019. Durante o seu primeiro ano de mandato, o Plano Plurianual que estava em
vigência foi implementado no governo da presidente Dilma Rousseff, que assumiu
o cargo em janeiro de 2015 e foi responsável pela elaboração do PPA que vigorou
de 2016 a 2019. Esse fato sempre irá ocorrer, pois os planos de ação do governo
precisam ser preparados, enviados ao Congresso Nacional para análise,
discussão e aprovação, retornam ao Poder Executivo para assinatura do
presidente e se transformam em lei. Todo esse trâmite demanda tempo e, no
mínimo um ano, para produzir uma peça orçamentária do melhor padrão possível.
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2.3 Trâmite legal
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• Dedicação prioritária à qualidade da educação básica e à preparação para
o mercado de trabalho.
• Ampliação da cobertura e da resolutividade da atenção básica de saúde e
fortalecimento da integração entre os serviços de saúde.
• Significa a articulação das ações relacionadas à saúde, de modo que todo
os atendimentos prestados estejam interligados, independentemente do
local onde os serviços estejam sendo prestados.
• Ênfase na geração de oportunidades e estímulos à inserção no mercado
de trabalho.
• Promoção do uso sustentável e eficiente de recursos naturais,
considerando custos e benefícios ambientais (Brasil, 2020).
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beneficiada pelas ações, e a meta estabelece, em números, aonde se pretende
chegar. Quantificar para poder avaliar os resultados.
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Trata-se de uma nova perspectiva trazida pela Constituição de 1988 no que
se refere à gestão orçamentária, pois os normativos anteriores não registraram
elementos que aproximassem os poderes Executivo e Legislativo no sentido de
buscarem um entendimento, cooperação e também responsabilidades nas
questões de alocação dos recursos. Anteriormente, a determinação das
prioridades na alocação dos recursos era feita exclusivamente pelo Executivo,
com pouca participação do Congresso Nacional, e muitas vezes nem sequer
transitava pelo Legislativo.
3.2 Periodicidade
É um normativo que deve ser elaborado a cada ano, pois servirá de base
para a preparação da Lei Orçamentária Anual (LOA). Nesse sentido, a LDO
aprovada em 2020 estabelecerá os principais parâmetros que deverão constar na
LOA aprovada no mesmo ano, que orientará todas as atividades do governo
federal em 2021 no que se refere ao orçamento público e à execução
orçamentária.
Analisando a sequência das leis orçamentárias que orientam a
administração pública do Brasil, temos os seguintes vetores: começa, em nível
estratégico, com o Plano Plurianual (PPA), de médio prazo; em seguida e em
nível tático temos a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e em nível
operacional, a Lei Orçamentária Anual (LOA), na qual estará definida toda a
execução orçamentária.
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• Estabelecer os parâmetros na aplicação dos recursos no orçamento anual,
de forma a garantir a realização das metas e objetivos traçados no Plano
Plurianual.
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e sinalizando de forma positiva ao mercado e aos investidores que desejam
investir no Brasil.
Superávit ou déficit primário = receitas não financeiras - despesas não
financeiras.
Receitas não financeiras: Toda receita em que não há recebimento de
juros (receita dos impostos, contribuições para previdência social).
Despesas não financeiras: toda despesa em que não incide pagamento
de juros (gastos com salários, manutenção das atividades estatais, transferências
a estados e municípios, incentivos fiscais).
Deve conter, ainda, um demonstrativo financeiro e atuarial dos fundos de
previdência dos servidores públicos; detalhamento da renúncia de receitas –
isenções fiscais, subsídios a conceder, anistias e o percentual das despesas
obrigatórias de caráter continuado em relação à receita corrente líquida.
Esse demonstrativo serve para comprovar a solidez dos recursos do fundo
de pensão, indicando que há dinheiro suficiente para pagar as aposentadorias até
que o último participante venha a faltar, sem que o tesouro nacional tenha que vir
a socorrer.
O art. 5°, inciso II, da Lei n. 10.028, de 19 de outubro de 2000, determina
que o chefe do Executivo que não anexar esse documento será multado em 30%
dos seus vencimentos recebidos durante um ano (Brasil, 2000b).
[...]
§ 5º − A lei orçamentária anual compreenderá:
I − O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos,
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II − O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta
ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III − O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades
e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. (Brasil,
1988)
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Orçamento fiscal: revisão das despesas necessárias aos três poderes da União,
todos os ministérios, Câmara dos Deputados e Senado Federal, Tribunal de
Contas, Supremo Tribunal Federal e Ministério Público. Além disso, são
registradas as transferências para estados, municípios e Distrito Federal, as
operações oficiais de crédito e a dívida pública federal. São os recursos
necessários para manter toda a administração pública federal em funcionamento.
Incluem-se também as despesas de capital, como aquisição de máquinas e
equipamentos voltados à realização de obras e empreendimentos do poder
público.
Orçamento das empresas estatais: embora algumas estatais sejam mantidas
com recursos próprios, possuindo ações negociadas na Bolsa de Valores de São
Paulo e no exterior, como a Petrobrás S.A. e o Banco do Brasil S.A., têm no
governo federal o acionista majoritário (portanto, recursos públicos) e executam
diversos programas de interesse do Estado, utilizando parte desses recursos. Por
exemplo, o Banco do Brasil atua como agente financeiro do governo federal,
prestando serviços como agente executor do Programa de Financiamento às
Exportações (Proex), cujos recursos são disponibilizados pelo tesouro nacional.
Orçamento da seguridade social: assegura aos cidadãos o direito à saúde,
previdência e assistência social. É dividido em três grupos:
• benefícios da seguridade social: pagamento para as pessoas enquadradas
no Regime Geral da Previdência Social, servidores inativos, pagamento de
abono, seguro-desemprego, Bolsa Família etc.;
• despesas de custeio e capital da saúde, assistência social e previdência;
• salários dos servidores ativos dos órgãos dessas áreas.
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4.1 Princípios orçamentários aplicados à LOA
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TEMA 5 – CASE: EMENDA PARLAMENTAR E SUA IMPORTÂNCIA NO
ATENDIMENTO DAS PRIORIDADES SOCIAIS
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No entanto, a importância desses procedimentos se dá pelo fato de que os
membros do Congresso Nacional, eleitos pelo voto direto em todos os estados da
União, representam efetivamente toda a população brasileira e têm, nas emendas
que apresentam à peça orçamentária, o direito e o dever de agir em nome de suas
regiões como forma de atuação democrática de fato, possibilitando que todos os
segmentos sociais sejam atendidos e beneficiados pela utilização do dinheiro
público. O fato de conhecerem melhor a realidade das suas regiões pode dar mais
eficiência na alocação dos recursos, num país de dimensões continentais como o
Brasil, onde o governo federal não consegue identificar as demandas mais
essenciais de cada recanto. Os projetos apresentados por parlamentares
atenderiam às prioridades dos locais que representam, contribuindo para uma
execução orçamentária mais justa.
As emendas parlamentares são recursos orçamentários que durante as
discussões e aprovação do orçamento público federal no Congresso Nacional têm
a destinação escolhida por deputados e senadores para atender às suas bases
eleitorais. Como exemplo, vejamos o caso de um deputado ou senador escolhido
por determinada região do Estado do Acre. Essa pessoa tem conhecimento mais
preciso das reais prioridades e das necessidades que mais afetam a sua base,
portanto pode incluir uma emenda parlamentar, dispositivo que prevê a destinação
de recursos visando atender necessidades mais urgentes daquela região. Trata-
se de um instrumento democrático, em que a população é ouvida e atendida em
suas demandas, contribuindo para maior eficiência na alocação dos recursos.
Vamos observar os dados registrados do site do Senado Federal, sobre
emendas parlamentares para o orçamento anual de 2021:
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 1988.
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SENADO FEDERAL. Princípio da não afetação de receitas. Brasília: Senado Federal,
[S.d.]a.
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AULA 4
ORÇAMENTO PÚBLICO E
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
São créditos que ingressam no caixa do Governo, mas não podem ser
utilizados para financiar gastos porque são de caráter transitório e não pertencem
ao erário público; portanto, não fazem parte do orçamento. Geram uma obrigação
para o Estado e precisam ser restituídas a quem de direito, quando as exigências
que deram origem forem cumpridas. Podemos citar as operações de fianças e
calções no caso de uma concorrência para realizar uma obra pública. A empresa
vencedora tem que depositar um valor em garantia, normalmente entre 5 e 10%
do valor da obra. Quando os trabalhos forem concluídos, esse dinheiro será
restituído a quem de direito, não sendo, portanto, receita pública; daí o fato de ser
transitória.
Elas são consideradas exceções e representam uma parcela muito
pequena em relação ao total que é arrecadado.
Vejamos as modalidades:
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dinheiro foi contabilizado como restos a pagar, conforme determina a Lei n.
4.320/64
São empréstimos de curto prazo que o Estado pode contratar junto aos
bancos, para atender a necessidades imediatas de caixa. Esses recursos têm que
ser restituídos aos credores até o dia 10 de dezembro do mesmo ano da
contratação. É a única modalidade de empréstimo considerado
extraorçamentário.
Outros valores que pertencem a terceiros, mas não são procurados, devem
também ser contabilizados como não orçamentários, como restituição de imposto
de renda não resgatada ou não procurada pelo beneficiário.
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Diferença entre o valor arrecadado de R$3,63 trilhões e o valor previsto de
R$3,58 trilhões = 50 bilhões de arrecadação a maior.
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TEMA 2 – RECEITAS CORRENTES
• Impostos: são pagos sem que haja qualquer obrigação por parte do poder
público em prestar algum serviço de forma direta ou específica para um
determinado grupo de pessoas. Exemplo: imposto de renda, imposto sobre
produtos industrializados. São usados para financiar serviços públicos
indivisíveis ou que irão beneficiar toda uma coletividade, sem especificar;
• Taxas: São tributos cobrados tendo em contrapartida algum serviço
específico prestado pelo agente público. Quando vamos fazer o
passaporte, temos que pagar uma taxa pelo serviço prestado pela Polícia
Federal e recebemos em troca um benefício. Uma característica importante
da taxa é a prestação de um serviço por parte do poder público de forma
divisível, entregue a uma pessoa ou grupo de pessoas ou mesmo colocado
à disposição;
• Contribuições de Melhoria: Tributos cobrados em razão de realização de
alguma obra pública e que venha a trazer melhorias ou benefícios a um
morador ou comunidade de moradores, com a valorização do imóvel.
Asfalto e pavimentação de uma rodovia financiada com dinheiro público,
permite ao Estado a cobrança de contribuição de melhoria dos proprietários
de imóveis localizados nas imediações, que valorizaram devido à execução
do projeto.
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• Contribuições Sociais: Recursos com a finalidade custear a seguridade
social, que é dividida em previdência social, assistência social e assistência
à saúde.
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2.5 Receita industrial
do total arrecadado
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vencimento, além de onerar com pagamento de juros. Toda operação de crédito
gera uma dívida para o Estado ou eleva o endividamento.
Quando o total das receitas, para um determinado ano, superam o total das
despesas, essa diferença a maior deve ser utilizada para despesas de capital, não
sendo permitida a utilização como despesa corrente, conforme determina a Lei n.
4.320/64. Por essa razão, são contabilizadas como receitas de capital.
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Além destes créditos, estão registradas as denominadas Receitas
Correntes Intraorçamentárias, que representam uma parcela muito pequena em
relação ao total arrecadado, menos de 1%.
Total arrecadado em 2020: R$35.522.438.167,00 – 0,99%
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De grande importância para confecção do orçamento público e definição
dos gastos do Governo, é fundamental para o equilíbrio das contas, evitando a
ocorrência de déficit.
Prever, com bases devidamente fundamentadas, o total de receita a ser
arrecada durante um exercício social; para esse procedimento, a legislação
estabelece alguns parâmetros a serem observados, a fim de evitar uma projeção
muito otimista e fora da realidade.
Vejamos o que determina o art. 12 da Lei de Responsabilidade Fiscal:
Com base na arrecadação dos três anos anteriores, será aplicado algum
índice de variação de preços, que reflete a inflação projetada para o período, e o
crescimento previsto para a economia do Brasil. Tais procedimentos têm o
seguinte embasamento lógico: a inflação projetada representa a perda ou a
desvalorização da moeda e os agentes econômicos farão reajuste nos preços dos
bens e serviços, que se refletirão em aumento de arrecadação. Vejamos o caso
de um litro de gasolina sendo vendida a R$ 5,00. Com inflação de 6% projetada,
haverá o repasse deste percentual, aumentando o preço para R$ 5,30. Os
impostos incidentes também aumentarão na mesma proporção.
O crescimento da economia também irá contribuir para o aumento da
arrecadação dos impostos, de vez que a base percentual de tributação sendo fixa,
incidirá sobre percentual maior da riqueza produzida.
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Identificados o que originou o tributo, o valor correspondente e quem é o
devedor da obrigação, procede-se ao lançamento da receita. Caso o recolhimento
não ocorra dentro do prazo previsto, haverá notificação para o cumprimento da
obrigação e, na sequência, a cobrança via judicial e demais penalidades previstas
na Lei.
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Figura 4 – Sucess privatization
O Brasil era apontado como um dos países que detinha maior número de
empresas Estatais no mundo, atuando em vários segmentos de mercado.
Tendo iniciado o processo de industrialização de forma tardia, em
comparação com muitas Nações do mundo ocidental, a participação do setor
público foi fundamental para transformar uma economia agrícola num mercado
industrial mais dinâmico, complexo e mais rico. A criação de empresas estatais foi
uma necessidade imposta pela realidade brasileira, para sair do atraso e ingressar
num processo de industrialização crescente.
Embora a contribuição para as mudanças fora importante, a proliferação
desordenada e sem critérios dessas organizações geraram um efeito negativo de
grandes proporções, aumentando além da conta o número de empresas, de
funcionários, onerando os cofres públicos e causando um acúmulo de dívidas que
trouxeram grandes problemas para o erário público, com destaque para os anos
de 1980 até 1995.
A partir de 1995, com o início do plano real, teve início um amplo programa
de venda de empresas do Governo, transferindo o controle para a iniciativa
privada, que estava mais capitalizada e poderia investir os recursos necessários
para transformá-las em empresas eficientes e eficazes, aumentando a
produtividade e gerando mais impostos para o Governo.
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Os leilões de privatização renderam bons dividendos para o Tesouro, pois
muitas empresas foram vendidas com ágio sobre o preço inicial de venda, gerando
recursos acima dos valores programados.
Nesse sentido, observa-se que o Setor Público foi amplamente beneficiado:
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REFERÊNCIAS
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AULA 5
ORÇAMENTO PÚBLICO E
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
Com base na figura acima, vamos fazer uma parábola com o que ocorre
com os gastos do Governo. Imaginemos que o dedo indicador do lado esquerdo
seja o dia primeiro de determinado exercício fiscal e o indicador do lado direito
seja o dia 31 de dezembro do mesmo ano. O indivíduo que está atravessando a
corda seria o responsável pela gestão de todos os recursos do setor público,
buscando a todo instante manter o equilíbrio para não cair. A corda é muito fina e
bem esticada, não permitindo muitas manobras.
A execução do orçamento público guarda muitas semelhanças com a
figura, pois a travessia tem que ser completada sem qualquer queda, para não
correr o risco de ser enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal e sofrer as
punições previstas.
Vejamos a definição que consta do portal da transparência do Governo
Federal: “Despesa pública é a aplicação do dinheiro arrecadado por meio de
impostos ou outras fontes para custear os serviços públicos prestados à
sociedade ou para a realização de investimentos”.
Ou seja, são todos os gastos realizados pelo Estado para garantir o bom
funcionamento dos Órgãos que compõem a Administração Pública e atender às
necessidades do País e da sociedade.
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Importante destacar que toda despesa do setor público somente pode ser
realizada se estiver incluída na Lei Orçamentária Anual.
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dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento e
manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade.
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Os gastos com pagamento de pessoal inativos e pensionistas também são
contabilizados como despesas correntes, conforme Portaria STN/SOF 163/2001.
São gastos que não ocorrem com certa frequência, mas no médio e longo
prazo. Destinam-se à aquisição de algum bem de capital ou investimentos na
construção de obras que irão gerar benefícios futuros, como a construção de um
aeroporto ou uma rodovia.
Estão divididas em três modalidades: Despesas de investimentos,
Inversões financeiras e Transferências de capital.
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2.2.1 Investimentos
Recursos que o Governo Federal transfere para outra entidade pública para
serem utilizados em investimentos de capital, como a transferência de recursos
do Orçamento da União para um Estado construir um posto de saúde, ou uma
escola.
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anuais/orcamento-2015-2/arquivos%20portarias-sof/portaria-interm-
163_2001_atualizada_2015_02set2015.pdf/>.
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É o estágio mais importante no que se refere à despesa pública, pois
garante o pagamento e assegura o direito ao credor de receber os valores
contratados.
O servidor público que autoriza a ordem de empenho é comissionado como
Ordenador de Despesas e assume total responsabilidade civil e penal pelo ato
praticado.
Conforme dispõe a Lei n. 4.320/64, no art. 61, “para cada empenho será
extraído um documento denominado ‘nota de empenho’ que indicará o nome do
credor, a representação e a importância da despesa bem como a dedução desta
do saldo da dotação própria”.
Toda despesa somente por ser realizada mediante a emissão da Nota de
Empenho. Esse procedimento bloqueia o valor empenhado do saldo disponível
na subconta da unidade gestora, tornando-o indisponível para outra finalidade
qualquer e garantindo os recursos para o fornecedor ou prestador de serviços.
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na floresta amazônica, num valor total de R$ 500 milhões. Para realização da
obra, o Estado abre um processo de licitação e contrata a empresa que
apresentou o menor preço, observado também o quesito qualidade. Com base do
orçamento vencedor, o Órgão responsável emite a ordem de empenho ou tantas
quantas forem necessárias para o pagamento total do projeto. Respeitando o
cronograma de realização da obra, as despesas empenhadas vão sendo
liquidadas e pagas.
Muito importante: As somas das ordens de empenho não podem
ultrapassar o valor total que foi empenhado.
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4.1 Normativos aplicáveis às finanças públicas
Vejamos qual foi a RCL da União, nos 12 meses, entre maio de 2020 e abril
de 2021:
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DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA
ORÇAMENTO FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL
MAIO DE 2020 A ABRIL DE 2021–TOTAL
ACUMULADO R$ Milhares
Para uma análise detalhada mês a mês, entre maio de 2020 e abril de 2021,
convido você a acessar o sítio eletrônico do Tesouro Nacional Transparente,
disponível em: <https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/serie-
historica-da-receita-corrente-liquida-rcl/2019/11>.
Assim, as despesas totais da União com pagamento de pessoal não
poderão ultrapassar o valor de: R$ 763.023.604 X 50% = R$ 381.511.802 bilhões.
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4.3 Sanções impostas no caso de descumprimento da Lei de
Responsabilidade Fiscal
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TEMA 5 – CASE – PUNIÇÃO APLICADA POR DESRESPEITO À LEI DE
RESPONSABILIDADE FISCAL E À CONSTITUIÇÃO
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Em nossa história recente, ocorreram duas situações em que o servidor
público número 1 do País foi destituído do cargo por tomar decisões que foram
contra a Lei.
Desde a nossa redemocratização, em 1985, o Congresso Nacional votou
pelo impedimento de dois Presidentes da República, fato desagradável para
imagem e percepção da nossa Nação perante o mundo.
Em 31 de agosto de 2016, a então Presidente da República Dilma Roussef
enfrentou um processo de impedimento, conduzido de acordo com a Lei pela
Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, que decidiram pelo seu
afastamento do cargo ou a perda do mandato de presidente.
O motivo da destituição foi por não ter respeitado o art. 167 da Constituição
Federal e o art. 36 da Lei de Responsabilidade Fiscal, constituindo crime de
responsabilidade fiscal.
Vejamos o parecer que consta do portal do Senado Federal Entenda os
motivos que embasaram o processo de Impeachment contra Dilma Rousseff –
Rádio Senado
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REFERÊNCIAS
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AULA 6
ORÇAMENTO PÚBLICO E
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
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Atualmente, outras instituições financeiras também podem participar das
operações, como a Caixa Econômica Federal e outros bancos, desde que
autorizados pelo Ministério da Economia.
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Sendo Conta Única, como é possível tantas entidades diferentes
identificarem os recursos que cada uma tem direito de utilizar?
Todo o fluxo de dinheiro do Governo passou a ser centralizado em conta
única, sendo que cada Unidade Gestora ou Órgão dispõe suas dotações
orçamentárias devidamente individualizadas, mas agrupadas em conta única,
dentro da qual existem as subcontas com codificações específicas para cada
Unidade Gestora que integra o Orçamento. O Superior Tribunal de Justiça tem
uma subconta individualizada. O mesmo ocorre com a Universidade Federal do
Paraná, e assim são efetuados os registros do dinheiro que cada entidade poderá
utilizar, dentro das prioridades previstas no Orçamento. Na medida em que as
ações de Governo vão ocorrendo, a Secretaria de Planejamento disponibiliza
novos recursos nas contas.
Todo esse processo permite maior controle sobre o fluxo de caixa,
gerenciamento de todas as retiradas de dinheiro com registro de onde foi aplicado
e o nome do servidor público responsável pelo lançamento.
Onde está localizada e quem é o responsável pela administração da Conta
Única?
A denominada Conta Única do Tesouro Nacional é centralizada no Banco
Central do Brasil em Brasília DF, sob a responsabilidade da Secretaria do Tesouro
Nacional, instituição criada em 1986 para gerenciar toda a arrecadação Federal e
controlar os gastos, exercendo a função de Caixa do Governo Federal.
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Conta Única é efetuada por meio desse sistema, que registra os documentos que
possibilitam sua utilização.
Créditos: AlexLMX/Shutterstock.
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Representa um avanço significativo para administrar o Orçamento do
Brasil, fazendo o acompanhamento e o controle financeiro, patrimonial e da
execução do orçamento do Governo Federal, tudo isso dentro dos padrões de
eficiência e eficácia, que possibilitam a melhor utilização possível do dinheiro
disponibilizado pela Legislação Orçamentária. Todos os dados estão
centralizados em Brasília, e são disponíveis, via online, para todas as entidades
do Governo Federal em todo o Brasil e também no Exterior.
Foi implantado no ano de 1987 com o objetivo de administrar os recursos
patrimoniais, contábeis e orçamentários no âmbito da União – seja para o Poder
Legislativo, Executivo, Judiciário, do Ministério Público ou qualquer outra entidade
do Governo Federal.
É um sistema contábil que registra e processa todas as receitas e todas a
despesas que movimentam a Conta Única do Tesouro Nacional, fazendo a
contabilidade da Administração Pública Federal, via online e em tempo real. Assim
que tem início a execução do orçamento, o Siafi entra em operação e a Secretaria
do Tesouro faz um acompanhamento diário de todas as movimentações dos
recursos transacionados.
E como funciona esse sistema na prática?
Após a aprovação da Lei Orçamentária pelo Congresso e a emissão da
Medida Provisória pelo Executivo, as operações orçamentárias estarão
autorizadas. A Secretaria de Orçamento Federal emite uma Nota de Dotação –
ND – que registra, mensalmente, os créditos a que tem direito cada entidade de
Governo, conforme previsto no Orçamento.
Nesse sentido, quando um órgão necessita comprar um produto ou
contratar algum serviço, após a tomada de preços ou realização da concorrência
pública, é feito o registro da operação no Siafi, que emite uma nota de empenho
– NE, com uma cópia destinada ao credor.
Após a entrega do produto ou realização da obra, registra a informação no
sistema, que emitirá a nota de lançamento/liquidação e a ordem bancária – OB,
debitando os recursos da Conta Única, para pagamento ao beneficiário.
Todos esses lançamentos são efetuados em tempo real e os dados ficam
registrados, o que facilita o acompanhamento e o controle pela secretaria do
tesouro e os responsáveis em cada departamento, além de disponibilizar as
informações para os órgãos públicos externos, encarregados de fazerem a
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auditoria e a fiscalização de todos os procedimentos que envolveram dinheiro
público, durante o ano.
Além da Administração Federal, o sistema é disponibilizado para todas as
administrações estaduais e municipais, mediante a assinatura de um convênio
com a gestora do sistema, a Secretaria do Tesouro Nacional, facilitando o
recebimento dos recursos e transferências do Orçamento Federal a que tem
direito legal. A transferências das cotas referentes ao Fundo de Participação de
Estados e Municípios, efetuadas pelo Governo Federal, são realizadas via
Sistema Integrado, com rapidez e transparência.
Dessa forma, quando uma empresa recolhe o FGTS dos seus funcionários,
preenche GFIP ou guia para o fundo de garantia, ou um DARF para recolhimento
de imposto de renda, efetua o pagamento em banco autorizado e o dinheiro é
creditado na Conta Única, mas separando os créditos de acordo o código da
receita, o que é Imposto de Renda Pessoa Física credita em subconta específica
e assim sucessivamente com todas as receitas.
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Quadro 2 – Documentos para Realização da Despesa
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que facilita a identificação de qualquer tentativa de práticas desleais ou em
desacordo com a legislação.
Vejamos alguns tipos de fiscalização, utilizando registros disponibilizados
pelo sistema:
Cada receita tem um registro contábil próprio, de acordo com a fonte, e toda
despesa tem seu registro de acordo com o que determina a Lei Orçamentária
Anual.
Serve para verificar se todos os gastos realizados estão dentro da
programação financeira e relacionados com os elementos previstos na execução
do orçamento, se os desembolsos efetuados estão de acordo com os orçamentos
aprovados e se foram cumpridas todas as etapas para a liberação dos créditos.
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TEMA 4 – CONTROLE EXTERNO DA EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO
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4.2 Controle social
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O modelo implementado com a criação do Sistema Integrado de
Administração Financeira e Orçamentária e a Conta Única do Tesouro colocou a
Nação em destaque no mundo, com elogios de vários países e recomendações
de utilização realizados pelo Fundo Monetário Internacional – FMI, instituição
multilateral de crédito, reconhecido pela rigidez e dureza na questão de controle
e gastos de governos.
Em alguns países, a questão orçamentária é tão relevante, que recebe
muitos destaques na imprensa, sendo objeto de análise e discussão nas
universidades e maios acadêmicos. Vejamos o que escreve o ex-Ministro da
Fazenda do Brasil, Maílson da Nóbrega (2005, p. 281-282):
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REFERÊNCIAS
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