DIREITO ELEITORAL BRASILEIRO
Objetivos: organizar o sistema eleitoral que
proporcione o estudo da matéria como ciência e dos
fatos e praticas vinculadas ao Direito Eleitoral;
Organizar o sistema eleitoral que vai do sistema de
dados até a diplomação dos eleitos e os consecutórios
das eleições;
Aplicar e fazer cumprir o princípio da legalidade no
processo eleitoral;
Assegurar a realização de eleições organizadas,
segura e que busque a lisura e a legitimidade dos
eleitos.
Direito Eleitoral com instrumento dos direitos político.
Os princípios:
Gerais;
Administrativo; e,
Eleitoral.
DOS PRINCÍPIOS
Gerais:
Republicano;
Democracia;
Soberania; e,
Legitimidade.
Princípios da administração pública:
Impessoalidade;
Moralidade;
Publicidade;
Legalidade.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da
pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e
da livre iniciativa; V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o
exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
 III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir
as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
Legalidade; e,
Razoabilidade.
DOS PRINCÍPIOS ELEITORAIS:
Da lisura das eleições;
Aproveitamento do voto;
Celeridade;
Da devolutividade dos recursos;
Da preclusão instantânea;
Da responsabilidade solidária entre candidato e
partido
Princípio da irrecorribilidade das decisões do TSE;
Da moralidade eleitoral; e,
Da anualidade;
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará
em vigor na data de sua publicação, não se aplicando
à eleição que ocorra até um ano da data de sua
vigência.
Art. 16 da CF é clausula pétrea, STF, ADI nº 3.685,
Direito processual e Direito material, ADI nº 354,
estabeleceu as bases e as 3.345 e 3.741 ampliou as
bases do que seja processo:
O rompimento da igualdade de participação dos
partidos políticos e dos respectivos candidatos no
processo eleitoral;
A criação da deformação que afete a normalidade das
eleições;
A introdução de fator de perturbação do pleito; ou,
A promoção de alteração motivada por propósito
casuísticos.
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
Conceito de D. Eleitoral:
Ramo do Direito Público;
Como ciência estuda o fenômeno do Estado diante da
necessidade da legitimidade dos seus agentes;
Direito Eleitoral é ramo do Direito Público que busca
organizar o processo eleitoral, estuda a complexidade
de toda organização eleitoral e busca solução para os
conflitos que envolve o sistema que tem como primado
o sufrágio e a legitimidade dos governantes.
Conceito: Direito Eleitoral é o ramo do Direito Público
(Direito Constitucional) que visa o direito ao sufrágio, a
sabe, o direito público subjetivos de natureza política
que confere ao cidadão a capacidade eleitoral ativa
(de eleger outrem – direito de votar – alistabilidade) e
capacidade eleitoral passiva (de ser eleito –
elegibilidade), bem como o direito de participar do
governo e sujeitar-se à filiação à organização
partidária e aos procedimentos criminais e cíveis
(inclusive regras de votação, apuração.) e em
especial, à preparação, regulamentação, organização
e apuração das eleições.
SISTEMA POLÍTICO
É uma organização complexa, composto de um
conjunto de situações, que deverá ser analisado de
forma integrada e que respeite a organização de todos
os elementos.
FORMA DE GOVERNO: Republicano;
SISTEMA DE GOVERNO: Presidencialismo;
O governo, sua constituição e o papel dos poderes;
Concentração de poderes;
As crises;
A democracia;
As instituições;
O parlamentarismo;
Os movimentos do “povo”;
O governo e o seu dever;
Governo, o povo e as esperanças.
O SISTEMA ELEITORAL:
Dois são os sistemas eleitorais no Brasil, o
Proporcional e o Majoritário.
O voto é direto, secreto, universal, obrigatório
Periódico e Igualitário.
Voto válido;
Quociente eleitoral;
Sobras ou restos no preenchimentos de vagas;
Caso de empate entre partido ou coligação –
Candidato com candidato;
Considerações sobre o sistema Bicameral Federativo:
Sistema Bicameral e Sistema Unicameral; e,
FORMA DE VOTO.
SUFRÁGIO, VOTO E ESCRUTINIO
SUFRÁGIO: deriva do latim sufragium, que equivale a
apoio, aprovação.
Sufrágio é direito público e subjetivo que assegura ao
cidadão as condições de participar no processo
político, direito de votar e ser votado.
NATUREZA DO SUFRÁGIO: direito público subjetivo
democrático, que cabe ao povo nos limites técnicos do
princípio da universalidade e da igualdade de voto e
de elegibilidade. Materializa a soberania popular.
Voto: é exercício do sufrágio, ato pelo qual o eleitor,
titular do sufrágio, o exerce.
CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA: CF, Art. 14, para
ser eleitor é necessário: 1) nacionalidade brasileira; 2)
idade mínima de 18 anos; 3) alistamento na forma da
lei; obrigatoriedade para os maiores de 18 e menores
de 70 anos.
CARACTERISTICA DO VOTO: O voto deva revestir-
se de eficácia e que, também, represente a vontade
do eleitor (sincero e autêntico).
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
Escrutínio é o modo de exercício.
ALISTAMENTO ELEITORAL
ALISTAMENTO ELEITORAL: é o momento em que a
pessoa busca a cidadania, se inscreve como eleitoral.
NATUREZA JURÍDICA: é ato puramente
administrativo e declaratório, pois, simplesmente, visa
à organização do eleitorado, para inserir o titular do
sufrágio no rol dos eleitores.
São atos instrumentais de regime
jurídico/administrativo assentando-se em razões de
certeza e segurança jurídica, tendo por escopo
assegurar á autenticidade do voto e coibir fraudes,
sujeitando-se ao o principio da legalidade.
O alistamento é a primeira fase do processo eleitoral.
O procedimento administrativo se perfaz pelo
preenchimento do requerimento do alistamento
eleitoral (RAE), na forma da resolução TSE
21.538/2003.
A idade mínima leva em consideração a data da
posse, art.11.§2º. Da Lei 9.504/97, salvo a de 18 anos.
BASE LEGAL DAS REGRAS SOBRE O
ALISTAMENTO ELEITORAL: código eleitoral art. 42
ao 81; Lei 7.444/85 e na resolução 21.538/03 do TSE.
DO ALISTAMENTO ELEITORAL: a) personalíssimo;
b) preenchido por servidor da justiça eleitoral; c) ao
eleitor é facultado a escolha da seção; d) o analfabeto
põe a impressão digital.
A inscrição eleitoral é composta de 12 algarismo,
sendo os estados representados por dois dígitos.
Documentos do alistamento, Res. nº.21 538/03.*
O brasileiro nato ou naturalizado tem direito ao
alistamento art. 15 do CE, e resolução 21.538/03,
sendo que para os alfabetizados o alistamento
eleitoral é obrigatório e deverá ocorrer até os 19 anos
de idade e 01 ano após a naturalização*
Transferência do título eleitoral na forma da resolução
TSE 21.538/03, art. 18.
Do domicílio eleitoral.*
FISCALIZAÇÃO DA INSCRIÇÃO COMO ELEITOR E
TRANSFERÊNCIA
Os partidos políticos se fazem representar na justiça
eleitoral pelos seus delegados e fiscais, sendo dois
delegados perante o TRE e até três na zona eleitoral.
Constatada a irregularidade pela fiscalização, será
comunicada ao juiz que a processará observando o
rito estabelecido nos arts. 77 ao 88 do código eleitoral.
REVISÃO DO ELEITORADO
A revisão do eleitorado tem previsão na Resolução
21.538/03.
Denúncias fundadas e sérias. Fraude com capacidade
capaz de atingir o equilíbrio dos pleitos vindouros.
Relação população votante e população de cada
unidade federativa e migração de eleitores em número
significativo.
RECURSOS DAS DECISÕES DE ALISTAMENTO E
TRANSFERÊNCIAS
Do deferimento do alistamento ou transferência de
eleitor cabe recurso ao TER no prazo de dez dias.
O recurso será manejado pelos Partidos Políticos ou
excepcionalmente pelo Promotor. Lei 6.996/82 ou
Resolução nº 21.538/03 do TSE, art. 16 $ 1º.
Do indeferimento do alistamento eleitoral cabe
recurso no prazo de cinco dias e é competente para o
mesmo o eleitor (os Partidos Políticos e o
representante do Ministério Público, não são
legitimados).
DOS DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS
Significado: São negativo precisamente porque
consistem num conjunto de regras que negam, ao
cidadão, o direito de eleger, ou de ser eleito, ou de
exercer atividade político-partidária ou de exercer
função pública.
Conceito: àquelas determinações constitucionais que
de uma forma ou de outra, importem em privar o
cidadão do direito de participação no processo político
e nos órgãos governamentais.
Conteúdo: compõem-se, portanto, das regras que
privam o cidadão pela perda definitiva ou temporária
(suspensão), da totalidade dos direitos políticos de
votar e ser votado, bem como daquelas regras que
determinam restrições à elegibilidade do cidadão, em
certas circunstâncias.
Privação dos direitos políticos: modos de privação dos
D. políticos:
definitivamente: perda dos direitos políticos
a) cancelamento da naturalização por sentença
transitada em julgado;
b) recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou
prestação alternativa, nos termos do art. 5, VIII CF.
Temporariamente ou suspensão dos D. políticos:
a) incapacidade civil absoluta;
b) condenação criminal transitada em julgado,
enquanto durarem seus efeitos;
c) improbidade administrativa.
A competência para decidir é do juiz.
INELEGIBILIDADE: o cidadão é impedido de ser
votado.
Conceito de inelegibilidade: revela impedimento à
capacidade eleitoral passiva.
Objeto e fundamentos das inelegibilidades: é
proteger a probidade administrativa, a normalidade
para o exercício do mandato, considerada a vida
pregressa do candidato, e a normalidade e a
legitimidade das eleições contra a influência do poder
econômico ou abuso do exercício de função, cargo ou
emprego público.
Fundamento: inelegibilidade possui, fundamento ético
evidente, tornado-se ilegítimas quando estabelecidas
como fundamento político ou para assegurarem o
domínio do poder por um grupo que o venha detendo,
como ocorreu no sistema constitucional revogado.O
seu sentido ético relaciona-se com a democracia.
Efeitos da normas sobre inelegibilidades: Eficácia
plena e de aplicabilidade de imediata.
Inelegibilidades absolutas e relativas:
Absoluta: impedimento eleitoral para qualquer cago
eletivo. (Exemplo os inalistáveis ...).
Relativa: são restrições à elegibilidade para
determinados mandatos em razão de situações
especiais em que, no momento da eleição, se
encontre o cidadão. (exemplo os ocupantes de cargos
comissionados).
Desincompatibilização: é o ato pelo qual o candidato
se desvencilha da inelegibilidade a tempo de
concorrer à eleição cogitada.
INELEGIBILIDADE
São inelegíveis:
I - para qualquer cargo:
a) os inalistáveis e os analfabetos;
b) os membros do Congresso Nacional, das
Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa e das
Câmaras Municipais, que hajam perdido os
respectivos mandatos por infringência do disposto nos
incisos I e II do art. 55 da Constituição Federal, dos
dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das
Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos
Municípios e do Distrito Federal,
para as eleições que se realizarem durante o período
remanescente do mandato para o qual foram eleitos e
nos oito anos subseqüentes ao término da legislatura;
c) o Governador e o Vice-Governador de Estado e do
Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que
perderem seus cargos eletivos por infringência a
dispositivo da Constituição Estadual, da Lei Orgânica
do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município,
para as eleições que se realizarem durante o período
remanescente e nos 8 (oito) anos subsequentes ao
término do mandato para o qual tenham sido eleitos; 
d) os que tenham contra sua pessoa representação
julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão
transitada em julgado ou proferida por órgão
colegiado, em processo de apuração de abuso do
poder econômico ou político, para a eleição na qual
concorrem ou tenham sido diplomados, bem como
para as que se realizarem nos 8 (oito) anos
seguintes;  
e) os que forem condenados, em decisão transitada
em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado,
desde a condenação até o transcurso do prazo de 8
(oito) anos após o cumprimento da pena, pelos
crimes:  
1. contra a economia popular, a fé pública, a
administração pública e o patrimônio público;  
2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o
mercado de capitais e os previstos na lei que regula a
falência; 
3. contra o meio ambiente e a saúde pública; 
4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa
de liberdade; 
5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver
condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o k) o Presidente da República, o Governador de Estado
exercício de função pública;  e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do
Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da
6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e Câmara Legislativa, das Câmaras Municipais, que
valores;   renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento
de representação ou petição capaz de autorizar a
7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, abertura de processo por infringência a dispositivo da
tortura, terrorismo e hediondos;   Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei
Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do
8. de redução à condição análoga à de escravo;   Município, para as eleições que se realizarem durante
o período remanescente do mandato para o qual
9. contra a vida e a dignidade sexual; e   foram eleitos e nos 8 (oito) anos subsequentes ao
término d legislatura; 
10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou
bando;  l) os que forem condenados à suspensão dos direitos
políticos, em decisão transitada em julgado ou
f) os que forem declarados indignos do oficialato, ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso
com ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos;   de improbidade administrativa que importe lesão ao
patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a
g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso
cargos ou funções públicas rejeitadas por do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da
irregularidade insanável que configure ato doloso de pena;
improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível
do órgão competente, salvo se esta houver sido m) os que forem excluídos do exercício da profissão,
suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as por decisão sancionatória do órgão profissional
eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos competente, em decorrência de infração ético-
seguintes, contados a partir da data da decisão, profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato
aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da houver sido anulado ou suspenso pelo Poder
Constituição Federal, a todos os ordenadores de Judiciário; 
despesa, sem exclusão de mandatários que houverem
agido nessa condição; n) os que forem condenados, em decisão transitada
em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado,
h) os detentores de cargo na administração pública em razão de terem desfeito ou simulado desfazer
direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si vínculo conjugal ou de união estável para evitar
ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou caracterização de inelegibilidade, pelo prazo de 8
político, que forem condenados em decisão transitada (oito) anos após a decisão que reconhecer a fraude; 
em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado,
para a eleição na qual concorrem ou tenham sido o) os que forem demitidos do serviço público em
diplomados, bem como para as que se realizarem nos decorrência de processo administrativo ou judicial,
8 (oito) anos seguintes;  pelo prazo de 8 (oito) anos, contado da decisão, salvo
se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder
i) os que, em estabelecimentos de crédito, Judiciário;  
financiamento ou seguro, que tenham sido ou estejam
sendo objeto de processo de liquidação judicial ou p) a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas
extrajudicial, hajam exercido, nos 12 (doze) meses responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais
anteriores à respectiva decretação, cargo ou função por decisão transitada em julgado ou proferida por
de direção, administração ou representação, enquanto órgão colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8
não forem exonerados de qualquer responsabilidade; (oito) anos após a decisão, observando-se o
procedimento previsto no art. 22;  
j) os que forem condenados, em decisão transitada em
julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça q) os magistrados e os membros do Ministério Público
Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de que forem aposentados compulsoriamente por decisão
sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de sancionatória, que tenham perdido o cargo por
recursos de campanha ou por conduta vedada aos sentença ou que tenham pedido exoneração ou
agentes públicos em campanhas eleitorais que aposentadoria voluntária na pendência de processo
impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos; 
prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição;