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Programas de busca, smartphone, aplicativos, rede social: as recentes tecnologias

digitais penetraram com impacto nossa vida diária. Entretanto, não como apenas
instrumentos externos a serem usados para simplificar a comunicação e a relação com
o mundo: elas, na verdade, desenharam um espaço antropológico novo que está mudando
o nosso modo de pensar, de conhecer a realidade e de manter relações humanas./nA
revolução digital influencia de alguma forma nossa fé? Será que não se deveria
começar a refletir sobre como o Cristianismo deva ser pensado e falado neste novo
cenário humano? Talvez seja hora de se considerar a possibilidade de uma
"ciberteologia" entendida como uma inteligência da fé (intellectus fidei) nos tempo
da rede. Não se trata, porém, de simplesmente procurar na rede novos instrumentos
para a evangelização ou fazer uma reflexão sociológica a respeito da religiosidade
na internet. Ao contrário - e aqui está a novidade pioneira deste livro -, trata-se
de encontrar os pontos de contato e de interação produtiva entre a rede e o
pensamento cristão. A lógica da rede, com suas poderosas metáforas, proporciona
ocasiões inéditas para nossa capacidade de falar de comunhão, dom, transcendência.
E, por sua vez, o pensamento teológico pode ajudar o homem na rede a encontrar
novos caminhos em sua trajetória para Deus./nÉ um território ainda inexplorado que
o autor aborda com um indiscutível background teológico e grande competência
técnica, principalmente com o espírito de confiança na capacidade do Cristianismo e
da Igreja de estarem presentes onde o homem desenvolve sua capacidade de
conhecimento e relacionamento. A rede é um contexto em que a fé é chamada a se
exprimir não por causa de uma mera "vontade de presença", mas uma conaturalidade do
Cristianismo com a vida do ser humano. O desafio, portanto, não está em como "usar"
bem a rede, mas como "viver" bem nos tempos da rede.

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