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FICHAMENTO
FICHAMENTO
FICHA DE LEITURA
ESTRUTURA ARGUMENTATIVA
do artigo selecionado
Seção II: A oralidade e a escrita são duas modalidades da língua que apresentam
diferenças e semelhanças entre si. Historicamente, a oralidade é considerada a
modalidade mais contextualizada, enquanto a escrita é mais explícita, visto que o leitor
não dispõe do contexto de produção do autor. No entanto, estudos mais recentes
mostram que a contextualização não se limita à situação física em que o enunciado é
produzido e que a explicitude não é uma propriedade exclusiva da escrita.
Tanto na fala quanto na escrita, o produtor do texto se situa em relação ao espaço,
tempo e contexto sociocognitivo. Os ouvintes/leitores utilizam pistas prosódicas,
lexicais, estilísticas, dialetais etc. presentes nos textos para interpretar as informações
textuais e contextuais. A interatividade também é uma propriedade de todo e qualquer
uso da língua e há marcas interativas tanto na fala quanto na escrita.
As diferenças entre fala e escrita se dão dentro de um continuum tipológico das práticas
sociais. As duas modalidades podem ser consideradas como modos complementares de
enunciação com interfaces amplas, o que sugere maior número de semelhanças do que
de diferenças. Consideradas no interior das práticas sociais, fala e escrita identificam
gêneros de textos, concebidos como orais ou escritos em maior ou menor grau.
Os gêneros virtuais, objeto de estudo deste texto, são exemplos de gêneros que se
constituem na interface oralidade/escrita, tornando possível que propriedades como a
simultaneidade temporal, até então exclusiva da fala, estejam presentes na prática da
escrita.
Seção III: apresenta a ideia de que os gêneros digitais podem ser utilizados como
ferramentas para novos letramentos e como um contraponto para a escola alertar os
usuários sobre a necessidade de se comportar diferentemente diante dos vários gêneros e
suportes textuais. Com o avanço tecnológico e a expansão das mídias eletrônica e
digital, outras práticas de letramento devem ser incorporadas, centradas na imagem e no
signo visual. É necessário capacitar professores e alunos na utilização de ferramentas
midiáticas, a fim de que essas sejam instrumentos de leitura e escrita. O letramento
digital propiciará aos estudantes postura mais crítica frente ao universo informacional
da rede, auxiliando na pesquisa e avaliação do material coletado, além de favorecer o
uso consciente das novas tecnologias. O trabalho com os gêneros da mídia virtual pode
dinamizar as atividades de produção textual para além dos limites estritamente
escolares.
ANÁLISE DO TEXTO
Ideias principais:
O texto trata do uso dos gêneros digitais no ensino e sua importância para a formação de
novos letramentos. O autor destaca que, embora muitas vezes se diga que os jovens não
têm o hábito da leitura e da escrita, eles passam horas navegando na internet, lendo e
escrevendo em diferentes plataformas. Nesse sentido, o autor defende que os gêneros
digitais podem ser utilizados como ferramentas para novos letramentos, capacitando os
estudantes a uma interação mais participativa no meio social.
Por fim, o autor destaca que o letramento digital propiciará aos estudantes uma postura
mais crítica frente ao universo informacional da rede, que os auxiliará na pesquisa e
avaliação do material coletado, bem como favorecerá o uso consciente das novas
tecnologias. Além disso, o trabalho com os gêneros da mídia virtual pode dinamizar as
atividades de produção textual para além dos limites estritamente escolares.
No geral, o texto destaca a importância do uso dos gêneros digitais como ferramentas
para novos letramentos e a necessidade de se adaptar as formas de ensino/aprendizagem
às novas tecnologias de informação e comunicação, para que a escola possa preparar os
alunos para lidar com um mundo em permanente transformação.