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@ DIGESTAO ERESPIRACKO, ‘CERCA DE 400 ALVEOLOS CORRESPONDEM A UMA SUPERHCIE EFICAZ DE INTERCAMBIO DE 100-150 METROS’, O SISTEMA RESPIRATORIO E, SUBSTANCIALMENTE, A ZONA DE ‘CONTATO MAIS EXTENSA DO CORPO COM © MUNDO EXTERIOR, INCLUSIVE MAIS ESPAGOSA , 160 DO QUE A PELE. O SISTEMA RESPIRATORIO 1uase sem perceber, respiramos aproximadamente 15 vezes [por minuto (um recém-nascido respira até 70 vezes por mi- ‘nuto) ¢, em média, num dia, inspiramos e expiramos cerca de 135001 de ar: 0 objetivo é eliminar do corpo o gis carbénico, a substincia que sobra da produso de energia de todas as célulasdo corpo, substituindo-o por axigénio, que ¢ indispensével para re- alizar 0s processos celulares que permitem extrair a energia qui- mica contida nas substancias nutritivas. (Osistema respirat6rio desempenha a fungdo principal dessa importante troca gasosa, colaborando estreitamente com o sis- tema circulat6rio ™!”, que se encarrega tanto de aprender do corpo o gés carbénico, levé-lo aos pulmdes ¢ eliminé-lo para o exterior, como de distribuir a todo o corpo o oxigénio. Além dis so, gragasaalgumas estruturas especializadas das vias aéreas,de- sempenha fungbes de fonagio. AS ESTRUTURAS DO SISTEMA. RESPIRATORIO O sistema respiratorio € consttuido por um conjunto de érgios 0¢0s (boca e nariz, laringe efaringe, pulmdes)e canais (traqueia, bbronquios e bronqutolos) pelos quais o ar circula, permitindo ao ‘corpo efetuarastrocas gasosas continuas com o meio circundan- te, Divide-se em: - vias aéreas ou respiratérias, formadas pelas cavidades na- sais, pelos seios paranasais, pela boca, pela faring, pela laring, pe- la traqueiae pelas vias brénquicas(bronquiose bronquiolos) quese ramificam e espalham pelos pulm6es; todas essas estruturas tém, tum esqueleto 6ss¢0 ou cartilaginoso que garantea sua acessibilida- dee faciltaapassagem do ar. A mucosa que revestas paredes des- ses 6rgiosocos tem virias fungOes: aquece oar inspirado gracas a suaabundante vascularzacio, umidifia-o coma secregdo das glin- dulas profusamente distribufdas no seu interior efiltra-odevido & presenca de muco, a0 qual vadere» o p6 inspirado, que ¢ elimina cdo parao exterior pelo movimento continuo de células ciliadas; pulmdes: ttm um aspecto esponjoso, uma vez.que so com- ppostos de muitas cavidades pequenas (alvéolos pulmonares ou c&- Iuls respirators) as quais chega o ar inspirado através das vias pulmonares. ‘A parede dos alvéolos € muito fina, tal como a dos capilares sanguineos provenientes das artérias e das veias pulmonares que osenvolvem: isto facilitaa difusdo passiva (segundo gradientes de concentraglo) dos gases respiratorios. Os pulmoes sio 6rgios muito eisticos, capazes de se expan- diem e retrairem, estando cada um deles envolto por uma pleu- +a, uma membrana serosa dividida num folheto visceral que ade~ red superficie externa do pulmao,e um folheto parietal, que reveste asparedes da cavidadetorécica, em contato estreito coma caixa to- ricicaea face superior do diafragma. Cada pulmao esta rodeado por um espago (cavidade pleural) cheio de uma fina camada de liquide (Iiquido pleural) a uma pressio inferior a atmosférica. Além de lubrificar os folhetos pleuras facilitando os movimentos de escorrimento, garante, diretamente,a adesto entre os folhetose,indiretamente, entre ‘© pulmo, a caixatordcica eo diafragma, permitindo, assim, a transmissio dos movimentos torécicos ao pulmao. Se por qual- quer razio penetra arna cavidade pleural (pnewmotérax) a elas- ticidade do tecido pulmonar provoca o colapso do pulmo, cu- jo volume diminui, dando origem a perda importante da capacidade respiratéria pela incapacidade de expansio do pulmdo colapsado no lado do pneumot6rax. Scanned with CamScanner > sistema respratéri 0 adutto snmesemcs cet ra na pan a cern asa. panne Scanned with CamScanner 161 @ DIGESTAO E RESPIRACAO. ¥ 05 movimentos respetirios 1 Peagdes ene ples anu e estimulam os centros respiratérios ce- complementar de reserva: obtém-se com a inspi- r residual: & constituido pelo ar que fica dentro do pulmao depois da expiragio forcada. ‘Somando o ar corrente,o ar complementar eo ar re- sidual, obtém-se a capacidade pulmonar total (em mé dia, 6litros no homem,e 4 litros na mulher); soma do, ar corrente e do ar complementar é capacidade vital A tosseé prod por movimen- tossemelhantes, causados por une corpo estranho ou por uma pro- dugo excessiva de muco; a i tag da traqueia ou do rmguios estima oreflesoquefazcom que aglote se fee, os pundes se con- ‘raian eo arseaexpuscomforga (aceso de toss). Oboceo tom diversas rigens sees fiver rlacionado com fome ou so- 1a, €deorge cas sor produ- _zido por um tédio ou por ver outra OSisrEMA 8 tATORIO ¢39 eso bocrjan de orgem picoso- ‘matic Omesno se pasa com or 40 €0 chore, que consitem numa insiragao normal seguida de uma rajada de expiragdes curtas. O slug efruto de wma contro espasmédicn do diafgra,exti- mulada pelo nervo vago. Distendi- do iniciatmente (na imagem emt tere) 0 diafragma contrai-se de repent, provocando ao mesmo tempo a inspira orga 0 fe- chamento da glote, 163 Scanned with CamScanner BOCA E NARIZ boca e 0 nariz sto as cavidades A* vvias aéreas em contato direto .com o meio externo, Enquantoa boca ¢ utilizada ocasionalmente para res- pirar, o nariz é a via de inspiragao prefe- rencial. A entrada das cavidades nasais (duas vias paralelas, separadas por um septo 6sseo ¢ cartilaginoso) encontram- ~se as fossas nasais, cobertas de pelos (vi- brissas) que agarram as particulas de po maiores. A membrana respiratoria € caracteri- zada por um epitélio rico em células ci- iadas, intercaladas por glindulas de se- Y¥ Cavidade nasal > Vestioulo bucal Secrlo lateral esauerda Seog lateral esquerda cornet sa ed creo na parte serosa e na parte mucosa, na qual, além de reter particulas meno: res, exerce uma agao anti-infecciosa de- vido ao elevado contetido de lisozina e imunoglobulina >", Em cada uma das fossas nasais pode-se considerar quatro paredes - uma ab6ba- da, um pavimento, uma parte medial e tinea micas da gi nga sp. mare 1m. gie mils amet asl sp. searagioeteroetnia ‘eae cose eter ele pala ro ___—__ aa uma lateral, que se abre posteriormente na parte anterior da faringe com 0s come tos—e as cavidades paranasais, que de. sempenham a fungio de caixa de res. sonincia para os sons ¢ de alicerce do cranio, mais do que de respiragio. De fi. to, aliviam o peso de intimeros 0505 do conjunto facial: 0 esfenoide, o frontal, o etmoide, 0 lacrimal, o maxilar superiore 0 palatino. Dessas cavidades principais partem outras cavidades secundiriasme nores. ceil i. roi med tort tigen a0 ant oats Scanned with CamScanner FARINGE E LARINGE rata-se de canais imparese media T= do pescogo qu segue um percurso convergente. Afaringe est ligada frontalmente com ascavidades nasais(dlimitadas pelos cor- rnetos),coma boca (delimitada pelo istmo das fauces) com a laringe (através do fo- rame faringeo) ¢ com as tubas auditivas (que, através dos forames faringeos,esta- belecem a comunicagdo entre a caixa do timpano co exterior:€ porisso que, a0.en- gplirou variandoa pressio respirat6ria,€ possivel compensar a sensagao provocada nasorelhas por alteragSes da pressio am- biental, como ao entrar num tanel em grande velocidade, ou numa imersio). :mboraa faringe estejaincompleta na regido anterior devido aos intimeros fora- ‘mes que a caracterizam, divide-se numa parte nasal (rinofaringe ou nasofaringe), ‘numa bucal (orofaringe), numa laringea (aringofaringe), numa abgbada (0 extre- ‘mo superior), numa parede anterior enu- ma posterior, em duas paredes laterais que delimitam o espago maxilofaringeo por ‘onde passam as artérias,as veias eas pri Farnge Borers aati: fests e masires. tr ovate mle vu palitno ca pinata sage cate ‘atuinge lina prevereta ‘stage tana a a aptse pogo a nowt i deo et Scanned with CamScanner DIGESTAO E RESPIRACAO Para essa ago contribuem também as, tonsilas palatinas,as linguais eas faringe- as. A laringe comega na parte anterior da faringe, por trés da lingua, e continua na traqueia. A abertura do forame faringeo deste érgio é regulada por uma cartila- gem especifica:a epiglote que, ao fechar- -se, impede a inalagao do alimento du- rantea degluticao e, conforme o espaco que deixa aberto, contribui para produ- zir sons. A laringe, além de constituir 0 meio de acesso as vias respirat6rias mais pro- fundas, 6 0 érgio responsavel pela pro- dugao de sons. Formada por intimeros ‘ossiculos cartilaginosos unidos por liga: mentos e miisculos fortes, a laringe é re- vestida por uma tinica mucosa e pode su- > Epiolote sarvanen Veta Frid ‘sites ‘¥ Lgamento art ‘calacbes da aringe oka 1. Vista ports pete 2'Veta oral 3. Vesta tral rota __ bir ou descer,ativa ou passivamente, du- rante ea fo nag, de acordo com os sinais nervosos (ou de Santorini) e cuneiformes (de Wris- berg ou de Morgagni). deglutigdo, a respiraga provenientes do sistema nervoso central »8(estimulos voluntarios) ou do perifé- rico™"® (estimulos involuntérios do nervo vago e do simpstico). Ascartilagens que formam alaringe sto: a cartilagem tire ‘idea (amaior),a cricoide (que sustenta as outras e & qual se tunem os miisculos mais im portantes), as aritenoides (que mantém em tensio as cordas vocais),a epiglote (em forma de folha oval com a parte convexa dirigida para a faringe) e as car- tilagens acess6rias corniculadas © pate nercartlaginsa afende gitca faringe © cura inerartendidea @ bc comicuado tuber cuneforme @ proga vocal © preg vesibular prea artenoepgdtca © preg gossoepiitica lat atends otra i. thon mos, haste 9.0, otecuo ‘wenice up era biqua ‘otic oti carr et. Cartage teen i, crearel. ‘mod 1 crea i, sands rogues Scanned with CamScanner A FALA Seconsiderarmos que a linguagem é um sis- tema de comunicagao, podemos afirmar que muitos animais falam. Todavia, nenhum ani- tal é, nem poderd jamais ser, capaz de conver- sarconosco, nem sequer o chimpanzé, que con- segue usar simbolosabstratos para se comunicar com os centistas que o estudam. Tudo se deve a anatomia. De ato, a laringe desempenihafungdesfundamentais de produgao desons e modulagao da caixa de ressondncia ‘que os modifica (faringe). A cavidade interna da laringe, dlimitada porcartilagens,ligamentos e misculos, tem di- ‘mensdes muito reducidas em relagao a cireun- feréncia externa. Duas saliéncias horizontais anteroposteriores, chamadas pregas (vent ‘lar ou superior vocal ow inferior) ow cor- das vocais, dvidem-na em trés segmentos: ~osegmento superior ou vestibulo, que i mita a face posterior da epiglote e interliga-se com a faringe; - 0 segmento médio (a parte mais estrei ta), que compreende as pregas: no interior da rega ventricular encontra-se a fenda do vest- blo e dentro das pregas vocais afenda da glo- te,Aamplitude ea forma da fenda da gloteva- riam de acordo com 0 sexo do individuo e as {fases de respiragao efonagao; = 0 segmento inferior, que se prolonga até abaixo, adotando uma forma cilindrica. Docomprimento, da espessura eda tensio das cordas vocais(e, portante, da fenda da glo- 4) dependem a qualidade ea altura da vor; a jnensidade édeterminada pela pressio dacor- rente de are o timbre se deve quase exclusiva- ‘mente ds via aéreassupralaringeas:alingua, 0 alato mole ¢ os labios so essenciais para ar- ticular a linguagem, ao passo que a faringe ‘onstitui uma auténtica caixa de ressondncia ‘Ao mudar a posigao do pescogo (levantando-0 04 baixando-o), a laringe varia a amplitude da di- ‘a caixa, modificando a emissdo sonora de for- ma radical. A posigao da laringe no pescogo também inluencia a forma de respirar ede deglutir: mum ‘animal como 0 macaco ou num lactente huma- ‘no esté na part superior do pescogo ebloqueia rinofaringe, permitindo bebere respirar ao ‘mesmo tempo. No entanto, uma laringe to ele- vada educa scaixa de ressondncia faringea 40 ponto de tornar im- possivel a ala: paraar- ticular diferentes sons, © macaco usa, sobreti- do, 0s labios ea boca FARINGE E LARINGE 4 Fonagio Duras a respiaedo O, 85 cords vrais esto separa pra falar, 2 carlagns de linge movies por misculos volutes apraxia cam uma sua ou occa aincinago as conta: as ots tas séo ems por crdas em tnsio @)e8 cords pouca esicadas Demo nots bars. Miices yal : os ews ia sane “eres aaa } silage oa aoe ee ige desloca-se pr @ oats en ator ans ee iae ema ees anos, a forma de deglu- catlagem artenoide; ack is Oi sieinoce radicalmente, sendo ad- @ cricoide; @ cone eldstico; -quirida a capacidade de vo- @liig vocal. Calizar.E um processo ainda masher al pene ard fp. das estruturas laringeas e faringeas, as outras utilizado, c\ Covance pie tales aves sencial parao homem que, para falar altera-se, 0 bragos, inclusive, a frequéncia respiratoria®"; 0 gés _olha-nos fi- carbonico éexpulso a.m ritmo tao diferentedo _xamente, bal- ‘ normal que, se respirdsemas dessa forma quar do estamos calados, nos encontrariamos ra- pidamente em situagao de hiperventilagao. ‘Allém disso, quando alteramoso ritmo do dis- curso, nem sequer nos precavemtos:ninguém se scansa» de falar, ‘Mas hd mais. A linguagem articulada, como ‘anossa, é,fundamentalmente, um ato mental, ‘Se observarmos uma crianga de poucos meses ‘enquant falamos com ela, veremos que, em res- ‘posta as nossas palayras e independentemente buciae,incons- OY cientemente,mexe Qs os labios. O seu cor- po é sacudido por li- ‘geirssimos movimentos musculares coordena- dos, indicio claro da intensa atividade cerebral que alinguagem verbal requer. Asatividades cerebral, motorae verbal tam- ‘bémesta intimamenteigadasno adulto: todos ‘costumamos pressionar a lingua contra 0s den- tesao fazer algo dificil ou traduzir em palavras e descreverasagoesque estamos desen- volvendo manualmente, mesmo ‘que estejamos ts. Scanned with CamScanner __ aaa TRAQUEIA E BRONQUIOS queia, 0 duto quase vertical que se situa por baixo da laringe e se bifurca nos troncos bronquiais, é um tubo elisti- co € extensivel, fixo no ponto da bifur- cago (tnido ao centro do frénico do dia- fragma) e mével no extremo superior, que segue os movimentos de degluticao e de fonagao da laringe. A sua acessibilidade é garantida por uma sucesso de anéis car- tilagineos, chamados anéis da traqueia, intercalados com ligamentos anelares que se unem, na parte de trés, a parede mem- branosa da traqueia. Esta divide-se em cer- vical, que compreende os primeiros 5-6 anéis da traqueia e contém os ganglios lin- fiticos (linfonodos) pré-traqueais ™™, toricica, que contém os ginglios linfono- dos traqueais, Aalturada4.e 5 vértebras tordcicas, a traqueia divide-se em dois troncos, um com uma inclinagao aproximada de 20° e ‘outro com uma inclinagao de 40-50%: sio, respectivamente, o brnquio direito € 0 bronquio esquerdo. Com uma estrutura caracteristica de anéis cartilagineos and Joga a da traqueia, tem diametros dife- rentes:o do primeiro tem uns 15 mm eo segundo, cerca de 11 mm. E essa a raza0 pela qual o pulmao direito ocupa maises- paco do que o esquerdo e tem mais cap, cidade respirat6ria. O comprimento tam, bém é diferente: antes de se bifurcar, bronquio direito mede 2m eo esquerd, 5 em. Depois da primeira bifurcagio,o; bronquios ramificam-se formando uma drvore que, na sua maior parte, estécontida nos pulmdes: 0 ramos «secundérios» sig denominados bronquios segmentares¢ adotam o nome da regido do pulmao na qual se encontram. Os bronquios so re- vestidos por uma mucosa rica em glin dulas mucfparas células ciliadas que pro- duzem uma corrente continua de muco até exterior. Os miisculos involuntirios que os envolvem estdo sob o controle do plexo pulmonar™"*e do vago. > Traqueiae brongquios Vista frontal ‘atage teeta ig ceatreace catagem cide carters toques cara da raquein bra rina rerio to sp. ‘ngs segment apical etn Too mes {rnguo septa tsa ant. ‘wc do oto tae, proemintca inges 1g creragied gamers eer ames sda ‘tral pia ea. ‘8 pumorar ea. Tings sepmentar at euro ‘rtnai sepmentar aa at miso raqeas Scanned with CamScanner OS PULMOES eles se produzem as trocas gaso sas entre are sangue:a estrutura particular destes Srgios, repletos decavidadesaltamente vascularizadas,es- ti relacionada precisamente com essa funcio. O pulmao direito, mais volumo- s0,divide-se em trés lobos e 0 esquerdo, «em dois, ambos estio alojados na caixa to- ricica, separados por um espago com- preendido entre o esterno ea coluna ver- tebral (chamado mediastino), no qual se encontram 0 cora¢o,o timo, a traqueia, 0s bronquios, 0 es6fago € 0s vasos san- guineos maiores (como a aorta). Cada pulmao esta envolvido pela pleura, uma ‘membrana serosa formada por dois folhe- tos (o visceral, que adere d superficie do pulmao, € 0 parietal, que esté em contato coma superficie interna da caixa tordcica) que delimitam a cavidade pleural, em cu- jo intetior se produz uma pressio negati- va que determina dilatagao dos pulmoes durante a respiragio™'®. Em cada pulmao distinguem-se: -uma base, ou face diafragmdtica, in- clinada para baixo e para tris, de forma se- milunar e céneava, que se molda a conve- xidade do diafragmas -1uma face lateral ou costoventral, con- vvexa e com numerosas marcas costais; “TRAQUEIA E BRONQUIOS - OS PULMOES = uma face medial ou mediastinica, ‘concava e vertical, compreendida entre a margem anterior ea posterior, que apre- senta uma zona deprimida chamada hi- 1b, por onde os nervos eos bréng netram no pulmao ¢ os vasos sanguineos saem dele. No hilo encontram-se também alguns linfonodos (chamados hilares)™'”. A frente e debaixo do hilo esté a superfi- cie deprimida da fossa cardiaca, mais pro- nunciada no pulmao esquerdo. Perto da ‘margem posterior estdo impressas as mar- casdos grandes vasosa veia ézigos,aaor- ta, a veia cava superior e a veia braquio- cefilica esquerdas ~ 0 dpice, constituido por toda a parte redonda do pulmao, situada acima da mar- ‘gem superior da 2. costelasa direita,o 4pi- > Traquea pulmées ta ont, elomertos smabrions spertias > Puimes outros ‘elementos do trax Visa ota aparte anterior da cai torcica foi suprimi, onc traqioctico per mastic vensp ess nooe rau sbdtaca peu, ance de Scanned with CamScanner DIGESTAO E RESPIRACAO ce curva para frente e para o meio; a es- querda, distingue-se uma pequena poryi0 do 6rgao. Assinalado pela marca da arté- ria subclavia, o 4pice esta em ligacio com aartéria intercostal suprema e com amem- brana interna; na parte posterior, estabe- lece contato com o ginglio cervical infe- rior do simpitico™"", A superficie de cada pulmao é atraves- sada por fissuras que vio até o hilo e deli- mitam 0s lobos. No pulmao direito as fis- suras sio duas: a obliqua, que vai até a base cruzando 0 6rgio obliquamente de cima para baixo, ea horizontal, que se separa da primeira ao nivel da 6.* costelae atravessa a face lateral horizontalmente, chegando ao hilo em direcao obliqua para cima. No pulmao esquerdo, a tnica fissura existente ésemelhantea obliqua do pulmio direit. Cada lobo do bronquio principal éatra~ vessado por um ramo do tronco bronquial, chamado bronquio de primeira ordem. Os lobos também se dividem em reas, chamadas zonas ou segmentos pul- ‘monares, de forma piramidal, com a base para fora eo 4pice para o hilo. Cada lobo es- ‘4 estruturado ao redor de um brénquio segmentar (zonal ou de segunda ordem) ¢ de uma artéria segmentar eédrenado por uma veia perissegmentar. ‘Cada segmento compreende centenas delobulos pulmonares,visiveis inclusive no exterior, delimitados por finas linhas poligonais de conjuntivo pigmentado ¢ providos de bronquios lobulares (1 mm de diametro). No interior do lébulo, ca~ da bronquio ramifica-se em bronquios intralobulares (0,3 mm), ramificados, por sua vez, em 10-15 bronqutolos terminais ‘ou minimos que culminam numa vesicu- la pulmonar. Em cada vesicula, o bronquiolo ter- minal dé origem a dois bronquiolos res- piratdrios ow alveolares que, ao longo de seu percurso, apresentam algumas pregas hemisféricas chamadas alvéolos pulmo- nares. Estes se tornam cada vez mais nu- merosos a medida que se avanca em di- regio ao extremo distal do bronquiolo, e terminam se dividindo em dois a dez dutos alveolares. ‘A sua parede é formada por uma su- cessio de alvéolos que terminam em um alvéolo. Essa parte terminal das vias res- {¥ Vesicula pulmonar extras e Scanned with CamScanner As TROCAS GASOSAS “Asuperfice alveolar itil para as trocas gasosas equivale a cerca de 40 vezes a superficie exter- ‘nado nosso corpo: al ocorre uma passagem con nua de gases (interessam-nos os respirat6rios: oariginio, O:,€ 0 gas carbénico, CO. que se quem as mesmas regras que todos os gases, in ‘luindo os contaminantes) dos liquids fisiols gicos (como o sangue, 0 interior das células ¢ 0 ‘muco) para o ar e vice-versa. Em geral, a pas- sagem de um gés através de wma membrana de- ipende tanto da permeabilidade desta como da press parcial do gés sobre um ou sobre o outro Jado da membrana. A permeabilidade das duas membranas (0epitéio alveolar eo endotéio ca pilar) que eparam o sangue do ar que chega ao alvéolo €0 suficiente para ndo representar um {fator que limitea difusdo dos gases. Assim, todas ‘estrocas sto reguladas pelas diferentes pressdes pparciais dos gases exercidas, em cada momen 1, sobre um ou sobre o outro lado das mem- branas alveolares. Ooxicénio Na atmosfera, em ‘condtigdes normais (pressao e tempe- ratura ambien: te), a pressao parcial do oxi- ginio (pO) é de 21,2 kPa. ‘Mas, ao entrar nos pulmoes, «ja respira- do», mais po- bre em oxigé- iia: a pO; desce para 13,5 kPa, sangue que cireula nos capilares pulmonares é venoso ¢, em média, a pO, é de 5,3 kPa, En- quanto essa diferenga de pressao perdura,cria- se um fluxo de oxigénio que, do ar do alvéolo, > Tors gamas ‘ere alos pironares x feoen x pote om; por on 0; ‘reo em CO; ‘anaue sane woroso__ ano % Pa KPa pa WPo Oss 212 42195 53133 CO; ___004 008 35, 52 Bi 83) th, 702800. 3 Tea Toa 708 > tran sean ou 10000 101,24 1000 95,1 _—67,8_ 050 (05 PULMOES ‘ Relacos anatmicas cert pulmo o ceri. Em an osangue veroso vere 0 sang passa em so- Iugto para o sangue, A duragao da inspiracao permite, geral- ‘mente, trocas suficientes para elevara pO; san- _guinea quase ao nivel registrado no alvélo: 13,3 KPa (sangue arterial recém-oxigenado). Gis cARBONICO ‘Na atmosfera, em condigdes normais (1 atm ¢ 37 °C), a pressdo parcial do gas carbinico (pCO;) é de 0,04 kPa, Ao entrar nos pulmdes, esse ar mistura-se como ar sid respirado», mais rico em gas carbonico:a pCO. sobe, aproxima- damente, para 5,2 kPa Osangue que circula nos capilares pulmonares é venosoe, em média a pCO, éde 6,1 kPa, En- ‘quanto se mantém essa diferena de pressdo, cria-se um fluxo de gds carbonico que, da so- lugao sanguinea, passa para o ar do alvéolo, A duragao da inspiragao permite, normalmente, ‘trocas suficientes pana reduzir a pCO> sanguinea ‘quase ao nivel registrado no alvéolo: 5,3 KPa Scanned with CamScanner DIGESTAO E RESPIRACAO pirat6rias recebe o nome de infuundibulo ‘ou saco alveolar. No ponto de unio deca- da alvéolo,a parede dos bronquiolos é en- volvida por tratos musculares que for mam uma espécie de bainha reguladora do fluxo de ar que entra e se movem por impulsos involuntarios procedentes dos plexos pulmonares anterior e posterior do ago e dos nervos toracolombares*!"* do simpatico: como os bronquios, os nervos, ‘05 vasos sanguineos ¢ os vasos linfiticos também se ramificam até os alvéolos. A CIRCULAGAO PULMONAR EA CIRCULAGAO BRONQUIAL Os dois ramos da artéria pulmonar, por ‘exemplo, entram nos pulmées ao nivel do hilo , seguindo a ramificagao dos brén- quios, dividem-se até se transformarem ‘em arteriolas alveolares. A densa rede de ca- pilares por elas formada atravessa a parede dos alvéolos, confluindo nas vénulas que percorrem os septos interlobarese reunin: do-se em ramos venosos. Estes, seguindo a trajet6ria dos bronquios (geralmente, pelo lado oposto as artérias), constituem as duas veias pulmonares que, ao sairem pelo hilo, confluem no atrio esquerdo do coragio™", No entanto, os vasos sanguineos que entram nos pulmoes constituem dois sis- temas distintos: um funcional (pequena circulagao), que acabamos de descrever € permite a troca gasosa entre sangue e ar,€ outro nutritive (grande circu- lagao), que trans- oquia arte nteapmentria etoge sical ra acl arte tersapmertiia ‘amo apa ong 8 pulraar Scanned with CamScanner porta substncias nutritivas as estruturas celulares dos pulmoes e dos bronquios. E formado peas artérias bronquicas que par- tem da aorta e se ramificam pela parede dos bronquios em duas redes capilares (uma profunda, para musculos e glindulas, ¢ uma superficial, para a mucosa). As arte- riolas, por sua vez, confluem até constituir 1s veias bronquicas, que saem pelo hilo € ‘desembocam nas veias ézigos e hemitzigos. [Nao obstante, os dois sistemas circulat6- ris pulmonares nao sio totalmente inde- pendentes: algumas veias bronquicas de- sembocam nas veias pulmonares ¢ alguns ramos das artérias pulmonares estao uni- dos aos das artérias bronquicas por meio de pequenos ramos transversais, por ve- zestambém ligados is veias bronquicas. Por tiltimo, o sangue que circula pelos capilares alveolares pode ocorrer pelas vé- nulas bronquicas e pelas pulmonares. 08 ALVEOLOS: A parede alveolar constitui a barreira en- tre oar eo sangue. E formada por: epitelio alveolar, constituido por pneu- mécitos de 1° e 2°tipos e por macréfagos. Em particular, os pneumécitos de 2° tipo apresentam microvilosidades dirigidas pa- raaluzdoalvéolo e produzem lipoprot nas de agao tensoativa que sto segregadas ese estratificam na superficie interna do alvéolo, Os macréfagos *!"" alveolares, dotados de movimentos ameboides, contram-se nos septos intra-alveola- res, no epitélio ou livres, na (0S PULMOES luzalveolar: desempenham fungoes de de- fesaelimpeza (contém grinulos fagocita- dos, geralmente de carvio); - ldmina basal do epitélio alveolar; - lamina basal do endotélio capilar; - endotélio do capilar sanguineo. Oscapilares sto muito finos: tem uma luzde 5a 6mm, pela qual pode passar um Xinico globulo vermelho. O endotélio que ‘os delimita & continuo e nao possi poros rem aberturas;0 estroma pericapilar é mi- rnimo, sendo constitufdo por fibras elésti- case de colageno, assim como por células conjuntivas. Em alguns pontos, as laminas basais estdo fundidas e, em outros, estio separadas por fibras ou células conjunti- vas: espessura total da parede alveolar po- devariar de 0,2 0,7 mm. icq samen ant being dbo spe. ‘am cal (up) dob i beta segment sip ram apis) pote etersegrenina ram basal pst. rng sepmentar ost. ramobaca at ‘rngul sepmertar tas at “ Pulmio esquerdo Principals vasos sanguieose elementos anatimcos, Scanned with CamScanner %* A DENTIGAO mendese odenigio 0 Brn estireme nascinento ego? dene emporio die dete) no eb Ose de inet come pore dae raat qn oe os 0 gem det Fc aigfenptret pre Leng ad abel Wie. 4 aides detec el Polar ve toscana fetngueo aparecmepe top Br poe vr Quo eg sonia vgn anente bec Peceliecmopgeda deur rf Cesidaefrenica de order @ ete pple o culty ret fra i ied e ng, em eo mo bene pn corer. Com foyer Nisin ye sa mlageg tonbin selfs ison esirtomasch Sina cg poh hs antes de onpere pina dente. Por volta dos 18 meses, em S espag Buc dspontvel. Os demtes ‘média,jdnascram todos os den” permahentes ocupam olagar dos tesde ite dents delete: De fata raz des- ‘A dentgao um process nor. tes tltimos 6 reabsovida lenta- Imal. Por iso, at alteragses ow mente pela preside exerida pelos doencasocrridas durant exe pe-_germes dos dents permanentes riodo devem seratribuidas ou) corespondentes ao psso que aco= frascausase, portato, investiga roa enfaquece€ i Geralmente, as ‘ssoacontee quahdoo novo dente Posteriormente,atéo 5°06 comesaa surgi j ‘anode vida, surge, em vrias i ss, uma novadentisao que subs- situ os demtes de eit. No inte- rior dos oss das arcadas dos rmasilares de una erianga desa ‘dade se poder: observa, além dis 20 dentes de lets, os gerrct dos 20dentespermanentes gues substitwiao ¢ 05 de eto novos dents que nto 2 rela coms 0: de eter s4905pr-molares (Ie 2+) osmalares(Iee2). Esse proceso, ue leva dim ‘plantagaa na bcs de um ieer® celevado de dentes de maiores de menses, et gado ao deserve vimento do erinio ® a0 conse- pentecrescimeno progrssivo do oa Scanned with CamScanner

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