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Revista Forum 71 11.8.2023
Revista Forum 71 11.8.2023
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11.8.2023
CAMELÔS
DE JOIAS
71
/ Capa
CAMELÔS DE JOIAS
3 | PF implode organização criminosa de
Bolsonaro e militares, por Plinio Teodoro
edição #71
/ Política
13 | Silvinei Vasques: preso por ameaçar a
democracia, por Henrique Rodrigues
21 | Militares suspeitos de vazar dados
para Mauro Cid serviram Lula em 28
conteúdo |
/ Cúpula da Amazônia
38 | Declaração de Belém, por Raphael Sanz
/ Entrevista
47 | Cida Gonçalves, ministra da Mulher, por
Iara Vidal
/ Economia
58 | Reforma tributária: como avançarmos
para justiça fiscal?, por Maria Frô
/ Música
65 | O primeiro álbum do Secos &
Molhados, por Julinho Bittencourt
71 / Expediente
Foto capa: montagem
Capa
PF IMPLODE
ORGANIZAÇÃO
CRIMINOSA DE
BOLSONARO E
MILITARES
por Plínio Teodoro
N
o dia 28 de agosto de 1979, quando o
general do Exército João Baptista de
Oliveira Figueiredo sancionou a chamada
Lei da Anistia, escondendo os crimes da
ditadura militar, ele condenou o Brasil a reviver,
50 anos depois, novos dias sombrios, quando
Jair Bolsonaro (PL) foi alçado ao poder e, com
quadros das Forças Armadas, aventurou-se a
tramar um novo golpe contra a democracia.
Por covardia, Bolsonaro não deu a ordem
para que a empreitada da nova ditadura fosse
desencadeada. Preferiu fugir para os Estados
Unidos, levando com ele parte da tropa de
militares que o adulavam nos tempos de Planalto.
Na mala, levada dentro do avião presidencial
naquele fatídico dia 30 de dezembro de 2022, o
ex-presidente traficou joias recebidas em viagens
oficiais ao Oriente Médio para serem negociadas
na terra do Tio Sam bem ao estilo do garimpo
ilegal, atividade à qual já se dedicou e que
defendeu ferrenhamente durante seu governo.
No entanto, um grito ressoou dois dias depois
na Esplanada dos Ministérios durante a posse
para o terceiro mandato do governo democrático
e popular do presidente Lula: "Sem anistia!"
Na sexta-feira (11), quando a Polícia Federal
(PF), autorizada pelo ministro Alexandre de
Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
deflagrou a Operação Lucas 12:2 — do
versículo bíblico que diz que "não há nada
escondido que não venha a ser descoberto, ou
oculto que não venha a ser conhecido" —, o
eco daquele mesmo grito pôde ser ouvido.
A OrCrim de Bolsonaro
A operação revelou uma das maiores
mentiras ocultadas pela ditadura: a de que
não havia corrupção no regime militar. E tratou
a associação entre Jair Bolsonaro com o
tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de
ordens da Presidência, e o pai dele, o general
da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, como
deve ser chamada: uma OrCrim, a sigla para
organização criminosa.
Durante o governo Bolsonaro, o general ocupou
cargo federal ligado à Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos (Apex)
em Miami (EUA), onde mora e negociou as joias.
A OrCrim inclui ainda o advogado de
Bolsonaro, Frederick Wassef — o mesmo que
escondeu em seu sítio Fabrício Queiroz, o pivô
do esquema de corrupção das "rachadinhas"
do clã — e o tenente do Exército Osmar
Crivelatti, ex-coordenador administrativo
da Ajudância de Ordens da Presidência da
República, subordinado a Mauro Cid.
Segundo a investigação, o grupo criminoso
negociou as joias traficadas por Bolsonaro
nos EUA. Amigo do ex-presidente desde
que estudaram juntos na Academia Militar
das Agulhas Negras (Aman), ainda durante a
ditadura, o general Mauro Cesar — tratado
como "camelô de luxo" pela PF — concretizou
as vendas e teria dito textualmente, segundo a
PF, que "é preciso passar dinheiro a Bolsonaro”.
Nas redes, o ministro da Justiça, Flávio
Dino — que teve o pai, Sálvio, preso em 1964
por ser "comunista" —, expôs a desfaçatez
de Bolsonaro e dos militares, que agiram de
forma criminosa contando com o verniz da
impunidade dos tempos da ditadura.
"HÁ MUITOS ESTUDOS QUE
MOSTRAM QUE COMPRA
E VENDA DE JOIAS É UM
CAMINHO CLÁSSICO
DE CORRUPÇÃO E
LAVAGEM DE DINHEIRO.
MUITOS VEEM COMO
UM CRIME 'SEGURO', QUE
FICARÁ ESCONDIDO PARA SEMPRE. POR
ISSO, É ESSENCIAL SEMPRE INVESTIGAR
O ASSUNTO, QUANDO HÁ INDÍCIOS DE
ILEGALIDADES", ESCREVEU O MINISTRO.
Levar em "cash"
A investigação conduzida pela Polícia
Federal, em um desdobramento do inquérito
sobre a provável falsificação de atestados
de vacinação contra a covid-19 por Mauro
Cid, revela detalhes sórdidos da atuação da
organização criminosa, que teria obtido mais
de R$ 1 milhão com a venda de presentes
dados por países do Oriente Médio ao governo
brasileiro durante as viagens de Jair Bolsonaro
à região.
Os mandados de busca e apreensão
realizados em endereços dos quatro
investigados em Brasília, São Paulo e Niterói
(RJ) devem jogar ainda mais luz ao obscuro
porão onde atuava a quadrilha.
Foto José Dias/PR
Jair Bolsonaro em uma de suas viagens à Arábia Saudita
Reflexos da ditadura
A investigação da Polícia Federal ainda revela
detalhes pitorescos e risíveis da atuação da
OrCrim, que sinalizam que Bolsonaro e seus
militares acreditavam que sairiam impunes dos
crimes em série.
Além da recompra do Rolex por um valor
acima do que foi vendido, um reflexo da foto
tirada pelo celular colocou o general Cid na
cena do crime.
Ao fotografar uma caixa com joias para
ser avaliada por lojas especializadas,
o chefe do clã Cid, que aprendeu com
Bolsonaro as técnicas de inteligência militar
na Aman, apareceu no reflexo, o que levou
os investigadores a seguirem seu rastro e o
colocou no centro das investigações.
A Operação Lucas 12:2, no entanto, é
apenas parte do que está sendo descoberto
sobre a relação criminosa de Bolsonaro com
uma parcela dos militares, que embarcaram
na aventura fascista pelo saudosismo da
ditadura militar.
No entanto, não há nada oculto que não
venha a ser conhecido — como diz o versículo
bíblico — e, diferentemente do que foi
decretado por Figueiredo em 1979, desta vez,
ao que tudo indica, não haverá anistia.w
FILMES
EP.2
Festa da Selma
O
dia ainda nem tinha raiado na quarta-
feira (9) em Florianópolis (SC) e Silvinei
Vasques, ex-diretor-geral da Polícia
Rodoviária Federal (PRF) durante o governo de
Jair Bolsonaro (PL), foi acordado com batidas
Foto Divulgação/PRF
A PRF, sob comando de Silvinei Vasques, “fiscalizou” 2.185 ônibus
na região Nordeste, onde o então candidato Lula era franco favorito
"A CONDUTA DO
INVESTIGADO, NARRADA
PELA POLÍCIA FEDERAL,
REVELA-SE ILÍCITA
E GRAVÍSSIMA POIS
SÃO APONTADOS
ELEMENTOS INDICATIVOS
DO USO IRREGULAR DA
MÁQUINA PÚBLICA COM OBJETIVO DE
INTERFERIR NO PROCESSO ELEITORAL,
VIA DIRECIONAMENTO TENDENCIOSO DE
RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS COM O
INTUITO DE DIFICULTAR O TRÂNSITO
DE ELEITORES.
Militares suspeitos
de vazar dados
para Mauro Cid
serviram Lula em
28 viagens
por Luiz Carlos Azenha
O
s três militares suspeitos de terem
vazado informações confidenciais
sobre viagens do presidente Lula ao ex-
ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-
coronel Mauro Cid, fizeram parte da preparação
de 28 viagens do petista desde janeiro de 2023.
Os dados constam do Portal da
Transparência.
As mensagens foram enviadas a Mauro
Cid quando ele estava nos Estados Unidos
acompanhando o ex-presidente Jair Bolsonaro,
que jamais reconheceu sua derrota eleitoral
para Lula. Os e-mails continham detalhes das
viagens de Lula a Pequim e Xangai, na China,
a Foz do Iguaçu e Boa Vista, no Brasil, além de
informações sobre três eventos realizados em
Brasília com a presença do presidente.
O envio das mensagens aconteceu entre
6 e 13 de março de 2023. A Polícia Federal
encontrou as mensagens na lixeira das caixas
de correio dos militares, de acordo com a
GloboNews.
Os três militares
assumiram seus postos
no Departamento de
Coordenação de Eventos,
Viagens e Cerimonial
Militar, subordinado ao
Gabinete de Segurança
Institucional, o GSI, quando o
ministro deste era o general Augusto Heleno.
Márcio Alex da Silva, militar do Exército,
assumiu o posto em 12 de janeiro de 2021 e
teve sua permanência no cargo renovada em 8
de março deste ano, quando o GSI de Lula era
comandado pelo general Gonçalves Dias.
Dione Jefferson Freire, militar da Marinha,
teve seu vínculo com o departamento iniciado
em 20 de dezembro de 2019 e renovado em
16 de junho de 2023, já sob o substituto de
Gonçalves Dias, o general da reserva Marcos
Antônio Amaro dos Santos.
Rogério Dias Souza, também da Marinha,
assumiu o cargo em 20 de abril de 2021 e teve o
término de seu vínculo em 26 de maio deste ano.
Os cargos ocupados por eles são muito
desejados por militares, por causa das diárias
de viagens.
Depoimento de
Anderson Torres arrasta
bolsonaristas para
dentro da Papuda
A CPMI está sendo devastadora para os
bolsonaristas, que estão gastando tempo e
energia numa guerra que eles já perderam.
Quanto mais se agitam, mais se afundam
por Miguel do Rosário
E
ngels, no prefácio de Luta de Classes na
França, um dos clássicos sociológicos
de Marx, ironiza a adesão da burguesia a
todo tipo de subversão, sempre que o processo
democrático não mais lhe convém, ou seja,
sempre que a classe trabalhadora, respeitando
as leis e a democracia, conquista espaços
crescentes de poder.
Diz Engels: "A ironia da
história mundial vira tudo de
cabeça para baixo. Nós,
os 'revolucionários', os
'subversivos', medramos
muito melhor sob os meios
legais do que sob os ilegais
e a sublevação. Os partidos da
ordem, como eles próprios se chamam, decaem
no estado legal criado por eles mesmos. Clamam
desesperados, valendo-se das palavras de
Odilon Barrot: la legalité nos tue, a legalidade nos
mata, ao passo que, sob essa legalidade, [nós,
os revolucionários] ganhamos músculos rijos e
faces rosadas e temos a aparência da própria vida
eterna. E se nós não formos loucos a ponto de
nos deixar levar para as ruas só para agradá-los,
acabará não lhes restando outra saída senão violar
pessoalmente essa legalidade que lhes é tão fatal."
Assistindo ao depoimento de Anderson
Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, ex-
secretário de Segurança do Distrito Federal,
lembrei-me desse texto.
Senadores e deputados bolsonaristas não
tiveram pudor de fazer elogios a um criminoso
que, em seu próprio depoimento, confessa
seu crime.
E não um crime menor, mas o pior de
todos: traição à pátria e agressão ao Estado
Democrático de Direito.
Torres apelou ao cinismo, dizendo que
a Secretaria de Segurança não tem função
"operacional", mas "apenas" de planejamento,
e que ele teria feito o seu dever de casa,
apresentando um plano de ação para proteger
a Esplanada antes de viajar a Miami. A culpa
da inação da Polícia Militar do Distrito Federal
seria da própria PMDF, que teria autonomia. A
ideia de responsabilidade política é ignorada
completamente, tanto por Anderson como por
seus defensores na Comissão Parlamentar
Mista de Inquérito (CPMI).
"N
ovo" no partido e antiquado nas ideias,
o governador de Minas Gerais, Romeu
Zema, ao que tudo indica pretende
ressuscitar a "política do café com leite", que
marcou a República Velha entre os anos de
1898 e 1930. Naquela época, como agora,
tratou-se de uma união de oligarquias: a
cafeeira, que reunia políticos de São Paulo, com
a leiteira, de Minas. O resultado da aliança seria
que os dois estados se alternassem no poder
federal, como de fato ocorreu.
Desta vez, porém, o café vem de Minas,
já que o estado se tornou o maior produtor
do país, enquanto o "leite" terá que vir do Rio
Grande do Sul – o governador de São Paulo,
Tarcísio de Freitas, é rival das pretensões
de Zema de se tornar o novo Bolsonaro e
assim chegar à Presidência da República.
O governador gaúcho, Eduardo Leite, pelo
contrário, apressou-se em defender a proposta
do colega mineiro de criar "uma frente" em
defesa dos interesses do Sul e do Sudeste.
"A gente nunca achou até hoje que os
estados do Norte e do Nordeste haviam se
unido contra os demais estados do país",
disse Leite em referência ao Consórcio
Nordeste, criado em 2019 justamente como
contraposição às políticas discriminatórias de
Jair Bolsonaro em relação aos nordestinos.
apoie.revistaforum.com.br
Foto Audiovisual/PR
Cúpula da Amazônia
Declaração
de Belém
Entenda o documento assinado pelo governo
Lula e demais países da Amazônia
por Raphael Sanz
A
Declaração de Belém foi assinada
na terça-feira (8) na capital do Pará,
ao final da Cúpula da Amazônia,
pelo governo Lula e governos dos demais
países amazônicos. O principal objetivo
do documento é fortalecer a governança
em conjunto da região, entre as nações
Foto Audiovisual/PR
Carla Zambelli militando no movimento Nas Ruas e no Femen
ENTRE OS PRINCIPAIS
PONTOS LEVANTADOS PELA
DECLARAÇÃO DE BELÉM
ESTÃO: A AMPLIAÇÃO
DOS DIREITOS HUMANOS
NA REGIÃO, SOBRETUDO
NO QUE SE REFERE À
PROMOÇÃO DOS DIREITOS
DOS POVOS INDÍGENAS
E COMUNIDADES TRADICIONAIS;
O CONSENSO DE QUE ESFORÇOS
CONJUNTOS DEVEM SER TOMADOS
PARA EVITAR O CHAMADO "PONTO DE
NÃO RETORNO" DA DEVASTAÇÃO DO
BIOMA; E O LANÇAMENTO DA CHAMADA
ALIANÇA AMAZÔNICA DE COMBATE
AO DESMATAMENTO, QUE FUNCIONARÁ
A PARTIR DE METAS NACIONAIS DE
DESMATAMENTO. NO BRASIL, A META É
ZERAR O DESMATAMENTO ATÉ 2030.
Foto Reproduçãpo
JÁ O VETO À EXTRAÇÃO
DE PETRÓLEO, TAMBÉM
APONTADO COMO
URGENTE PELA CIÊNCIA,
FOI UMA PAUTA
DEFENDIDA APENAS
POR PETRO, QUE TECE
DURAS CRÍTICAS À FALTA DE
CONCORDÂNCIA DOS DEMAIS PAÍSES, A
MAIORIA GOVERNADO POR FORÇAS
DE ESQUERDA.
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Foto Valter Campanato/Agência Brasil
Entrevista
Cida Gonçalves
"Misoginia é a raiz de
todas as violências
e desigualdades"
por Iara Vidal
A
ministra da Mulher, Aparecida Gonçalves,
mais conhecida como Cida Gonçalves,
concedeu uma entrevista exclusiva
à Fórum sobre como tem sido o desafio de
recalcular a rota das políticas públicas voltadas
para mulheres para minimizar os retrocessos
que foram causados durante a gestão de Jair
Bolsonaro e começar a avançar.
Ela ressalta a necessidade de enfrentar a
misoginia, que ela classifica como "a raiz de
todas essas violências e desigualdades". No
papel de ministra das Mulheres, Cida tem
dialogado e costurado acordos com o setor
privado para esse enfrentamento. Ela anuncia
que vai lançar a Marcha contra a Misoginia este
mês para selar essas parcerias.
Confira a entrevista.
Reforma tributária
Como avançarmos
para justiça fiscal?
Sem uma grande campanha das centrais
sindicais e dos movimentos sociais de
convencimento de que ricos têm de pagar
impostos não combateremos a desigualdade
por Maria Frô
O
Brasil tem um dos sistemas tributários
mais injustos do mundo, no qual os
pobres pagam proporcionalmente muito
mais que os ricos. Em países desenvolvidos da
Europa ou nos Estados Unidos a carga é mais
distribuída entre ricos e menos entre os pobres.
O que ocorre no Brasil é que a balança de
impostos pende para a classe trabalhadora.
Nosso sistema tributário é regressivo porque a
maior carga de impostos é sobre o consumo
e, consequentemente, o pobre acaba pagando
proporcionalmente mais que o rico.
Câmara
aprova reforma
tributária
Música
O primeiro álbum
do Secos &
Molhados
por Julinho Bittencourt
Há 50 anos, o primeiro álbum de Ney
Matogrosso e sua banda enfureceu a ditadura
e encantou a juventude como símbolo de
enfrentamento e libertação
N
este mês de agosto, o álbum “Secos
& Molhados” (da banda homônima)
– aquele em que estão na capa suas
cabeças expostas um uma mesa repleta de
produtos – completa 50 anos de lançamento.
É muito difícil tentar traduzir aos mais jovens a
explosão que foi aquilo. Ou as explosões, pois
elas vinham de todos os lados.
Vinham das legiões de jovens que se
apaixonaram incondicionalmente por aquele
grupo repleto de mistério, irreconhecivelmente
maquiados, andróginos, com um som moderno,
bonito, cheio de poemas consagrados
lindamente musicados, guitarras elétricas e até
mesmo sintetizadores, uma absoluta novidade
para a época.
Vinham explosões dos caretas e de alguns
pais, que abominavam o rebolado visceral,
extremamente hábil e coreografado do cantor
Ney Matogrosso, além, é claro, de sua doce e
Fotos Reprodução
A formação clássica do Secos & Molhados com Ney Matogrosso,
João Ricardo e Gérson Conrad
Foto Reprodução
gravação do segundo disco, que, apesar de
também ser excelente, não teve o mesmo
sucesso do primeiro.
Ney sobreviveu ao Secos & Molhados, que
nunca mais conseguiu sucesso. O cantor, ao
contrário, mantém até hoje uma profícua carreira,
repleta de ousadias, reviravoltas e novidades.
A despeito de tudo o que aconteceu depois,
o álbum “Secos & Molhados”, de 1973, é um
dos marcos da nossa vida brasileira. Um disco
que será sempre festejado por tudo o que
representou em um momento de enfrentamento
no país. Mas, principalmente, pela excelente e
inovadora música feita de futuro.w
REVISTA
Diretor de Redação
_ Renato Rovai
Editora executiva
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