Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TCC - Bionda 3 - Junto
TCC - Bionda 3 - Junto
CDD: 332.024
Bibliotecário/a: Gabriela de Oliveira Gobbi CRB6-ES nº 825
BIONDA VERVLOET HERZOG
Por fim, sou grata a todos os alunos do curso de Bacharelado em Administração por
terem colaborado com as pesquisas.
.
RESUMO
A educação financeira tem ganhado cada vez mais importância diante os órgãos
governamentais, universidades e institutos de pesquisa, a partir da compreensão do
tema os indivíduos são capazes de tomarem decisões mais assertivas sobre onde
direcionar o seu dinheiro. Pensando nisso, o presente estudo visa contribuir para a
literatura e identificar o índice de educação financeira dos discentes dos cursos de
bacharelado em administração em uma instituição pública de nível superior de Santa
Maria de Jetibá - ES. A partir de uma pesquisa de campo, por meio da aplicação de
um questionário, foi possível mensurar o nível de alfabetização financeira dos
estudantes. Dentre os resultados, constatou-se que, apesar de terem algum
conhecimento de finanças, os discentes ainda apresentam índice baixo de
alfabetização financeira, o que indica necessidade de aperfeiçoamento e ações de
intervenção para auxílio dos mesmos. Importante ressaltar que os alunos em
períodos mais avançados apresentam conhecimento mais elevado do assunto.
1
ABSTRACT
Financial education has gained more and more importance before government
agencies, universities and research institutes, from the understanding of the subject
individuals are able to make more assertive decisions about where to direct their
money. With that in mind, the present study aims to contribute to the literature and
identify the financial education index of students of bachelor's degree courses in
administration at a higher education institution in Santa Maria de Jetibá - ES. From a
field research, through the application of a questionnaire, it was possible to measure
the financial literacy level of the students. Among the results, it was found that,
despite having some knowledge of finance, the students still have a low level of
financial literacy, which indicates a need for improvement and intervention actions to
help them. It is important to emphasize that students in more advanced periods have
greater knowledge of the subject.
2
SUMÁRIO
RESUMO 1
ABSTRACT 2
1. INTRODUÇÃO 5
1.1 Considerações iniciais 5
1.2 Problema e sua importância 6
1.3 Objetivos 7
1.4.1 Objetivo Geral 7
1.3.2 Objetivos específicos 7
2. REFERENCIAL TEÓRICO 8
2.1 Educação Financeira 8
2.2 Alfabetização Financeira 9
2.3 Finanças pessoais 10
2.4 Planejamento Financeiro 11
3. METODOLOGIA 12
3.1 Primeira etapa: elaboração e aplicação de questionário para obtenção de dados
previstos na literatura 12
3.2 Segunda etapa: análise descritiva e de correlação dos dados obtidos das entrevistas 14
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 16
4.1 Caracterização dos discentes 16
4.2 Conhecimento financeiro 20
4.3 Atitude financeira 23
4.4 Comportamento financeiro 24
4.5 Índice da alfabetização financeira 24
4.6 Fatores socioeconômicos 25
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 28
REFERÊNCIAS 29
ANEXOS
31
3
LISTA DE FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
4
1. INTRODUÇÃO
1.1 Considerações iniciais
5
Apesar de o tema sobre finanças pessoais e endividamento estar presente
em discussões do dia a dia, segundo Braido (2014), uma parcela considerável da
população ainda não detém um conhecimento suficiente sobre a temática e acaba
comprometendo sua renda com dívidas e não será um indivíduo bem sucedido.
Ademais, um importante aspecto relacionado à alfabetização financeira é a
identificação da relação com variáveis demográficas e socioeconômicas.
Logo, refletir sobre educação e alfabetização financeira e promover debates,
de maneira a auxiliar e conduzir a sociedade numa direção mais consciente quanto
ao uso do dinheiro e suas responsabilidades, constitui fator essencial para uma
dinâmica socioeconômica saudável e efetiva.
1.3 Objetivos
Especificamente, pretende-se:
a) Obter o índice de alfabetização financeira (IAF) dos discentes;
b) Avaliar a percepção de educação financeira dos discentes;
c) Comparar o grau de compreensão de educação financeira dos discentes, de
acordo com fatores socioeconômicos.
7
2. REFERENCIAL TEÓRICO
8
adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim, podem
contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e
sociedades responsáveis, comprometidos com o futuro". (OCDE, 2005)
9
indivíduos, sendo compreendido como a capacidade de gerir a renda (NIDAR e
BESTARI, 2012). Logo, para uma pessoa ser financeiramente alfabetizada, segundo
Huston (2010), ela precisa demonstrar conhecimentos e habilidades para ter uma
excelente tomada de decisão no mundo financeiro que toda população vive.
Na esfera acadêmica, em um estudo realizado nos EUA, por Chen e Volpe
(1998) é destacado a extrema importância dos estudantes aprimorarem o seu
conhecimento financeiro, porque a falta desse conhecimento deixa-os propensos a
cometer erros nas situações do dia a dia, afetando assim, as futuras tomadas de
decisões assertivas.
Gitman (2012, p. 03) afirma que o termo fianças pode ser definido como “ a
arte e a ciência de administrar o dinheiro”. Todos os indivíduos ganham, gastam e
investem algum recurso financeiro e o termo finanças se refere ao processo de
circulação do dinheiro entre as pessoas. Assim, saber gerir esse processo pode
beneficiar os indivíduos com uma maior segurança na hora de tomar algumas
decisões.
De acordo com Cherobim e Espejo (2011), finanças pessoais é:
“a ciência que estuda a aplicação de conceitos financeiros nas decisões
financeiras de uma pessoa ou família. Em finanças pessoais são
considerados os eventos financeiros de cada indivíduo, bem como sua
fase de vida para auxiliar no planejamento financeiro.” (CHEROBIM e
ESPEJO, p. 11, 2011)
Não obstante ao supracitado, Cerbasi (2005) alega que finanças pessoais é ter o
controle do que se pode gastar para viver bem o presente sem comprometer os dias
futuros, mesmo que isso gere o atraso de um sonho. Já Serasa (2011), afirma que o
planejamento financeiro pessoal significa controlar a vida financeira, a fim de que
seja possível ter reservas financeiras para eventualidades durante a rotina das
pessoas. Além disso, segundo o autor, é necessário o planejamento para se
construir um patrimônio que garanta reservas suficientes como requisitos de uma
vida tranquila e confortável.
No mesmo sentido, conforme explanam Leal e Melo (2008), se os indivíduos
possuírem um ótimo planejamento financeiro, é possível que eles analisem e
gerenciem seus gastos e investimentos de maneira que melhore ou até evite os
problemas financeiros. Podendo se inferir que, a falta de informação, falta de
10
planejamento financeiro e até a falta do controle das finanças pessoais são
elementos que influenciam a vida financeira dos indivíduos.
Ainda, na perspectiva de analisar a educação e alfabetização financeira, bem
como o nível de entendimento sobre finanças pessoais dentro das instituições
públicas, Silva (2018) elaborou e aplicou um questionário, onde obteve resultados e
observou que os fatores socioeconômicos influenciam o nível de alfabetização
financeira. Concluiu, por exemplo, que os discentes do gênero masculino possuíam
um melhor desempenho no IAF do que as do gênero feminino. O trabalho do autor
supracitado serve, inclusive, de referência para a metodologia e estratégia empírica
da atual pesquisa.
11
3. METODOLOGIA
1
As perguntas do questionário estão no anexo deste trabalho.
13
3.2 Segunda etapa: análise descritiva e de correlação dos dados obtidos das
entrevistas
14
escala Likert varia de acordo com a alternativa relacionada. O Quadro 01 detalha os
grupos e pontuações.
Muito importante: 1
Importante: 1
Atitudes Todas questões Não sei: 0
Pouco importante: 0
Nada importante: 0
Sempre: 1
Quase sempre: 1
Comportamento Todas questões Às vezes: 0
Quase nunca: 0
Nunca: 0
Fonte: elaboração própria com base no trabalho de Silva (2018).
15
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Essa seção apresenta os resultados obtidos através da pesquisa, que foi realizada
na instituição pública e na instituição privada de faculdades de Administração de
Santa Maria de Jetibá - ES. Ficou divida em seis partes: caracterização dos
discentes; conhecimento financeiro; atitudes financeiras; comportamento; índice de
alfabetização financeira; e fatores socioeconômicos.
16
FIGURA 2 - Gráfico da faixa etária dos discentes
Fonte: elaboração própria com base nos resultados da pesquisa.
17
FIGURA 3 - Gráfico referente à experiência profissional
Fonte: elaboração própria com base nos resultados da pesquisa.
Segundo a Figura 3 é possível verificar que existe uma divisão entre os anos
de experiência profissional. Porém, é infere-se que, a maioria dos estudantes, cerca
de 80,4%, possuem mais de 1 ano de experiência. E que 19,6% possuem mais de 4
anos trabalhados. Visto que o curso de graduação é ofertado no turno noturno,
entende-se que os estudantes trabalham ao longo do dia.
Em seguida, visando complementar essa pergunta, foi questionado ao
discente qual a principal fonte de rendimento, que pode ser apurado na Figura 4.
Pela Figura 4 nota-se que a maior parte dos estudantes, 86,3% tem o
trabalho como a principal fonte de renda. Além disso, 9,8% tem uma renda através
de mesada, 2%recebem através de bolsa e auxílio e 2% não possui renda.
Complementando a análise do perfil socioeconômico dos estudantes, temos
na questão evidenciada na Figura 5 a avaliação do valor mensal que cada estudante
18
recebe, pois a renda também é um instrumento que pode influenciar no nível de
alfabetização financeira, conforme previsto na literatura já discutida no referencial
teórico deste trabalho.
19
4.2 Conhecimento financeiro
20
Essa questão evidenciada na Figura 8 teve o intuito de descobrir se caso a
renda do consumidor e os preços dobrasse durante um ano, como seria o poder de
compra dos indivíduos. 84,4% dos discentes acertaram a questão, marcando a
opção “exatamente o mesmo que hoje”.
Houve no questionário uma questão sobre fundo de investimento, onde o
número de respostas “não sei” foi o maior dentre todas as questões, isso está
explícito na Figura 9.
21
FIGURA 10 - conhecimento dos discentes sobre taxa de juros
Fonte: elaboração própria com base nos resultados da pesquisa.
Assim como observado por Silva (2018), grande parte dos estudantes se
confundiram e tiveram dificuldade na hora de realizarem cálculos que envolvessem
retornos com base na taxa de juros. Contudo, a parcela dos estudantes de períodos
mais avançados, respondeu de forma correta.
Já a Figura 11 mostra a visão dos discentes sobre os ativos que eles acham
mais rentáveis ou que trazem maior retorno dentro dos seus conhecimentos de
finanças.
22
4.3 Atitude financeira
Nesta seção, são demonstrados os dados obtidos através da terceira parte do
questionário, que verifica a atitude financeira dos discentes. Contém quatro questões
de escala Likert, onde o grau de importância varia de 0 “nada importante” a 5 “muito
importante”. Os resultados encontrados na pesquisa, demonstram que as opções
mais utilizadas são “importante” e “ muito importante”. Isso indica um nível
considerado alto de IAF das atitudes financeiras. A Figura 12 apresenta esses dados
das quatro questões.
23
4.4 Comportamento financeiro
25
Podemos perceber que na primeira correlação evidenciada na Tabela 1, que
faz análise de gênero e o número de acertos, devido ao número de mulheres ser
maior do que ao número de respondentes do gênero masculino, nota-se a
possibilidade de ter mais mulheres acertando as questões do que os homens. Isso
vai de encontro ao resultado dos estudos como o de Silva (2018), onde indivíduos
do gênero masculino tiveram mais acertos nas questões desse tipo.
A segunda correlação está relacionada à faixa etária dos estudantes com o
número de acertos. É possível verificar que o índice de correlação é de 68%, o que
significa que quanto maior for a faixa etária do estudante maior tende a ser a
quantidade de acertos e, consequentemente, seu conhecimento financeiro. Isso se
alinha à terceira correlação, que analisa o número de respostas corretas com o
período cursado. Normalmente indivíduos que estão nos períodos finais da
faculdade possuem um grau mais elevado de IAF do que aqueles que estão no
início, como observado em autores como: Chen e Volpe (1998); Peng et al (2007);
Lusardi e Mitchell (2014); Kiliyanni e Sivaraman (2016); Potrich, Vieira e Kirch
(2016); e Silva (2018). De acordo com o resultado das correlações da Tabela 1, foi
possível perceber um índice de correlação de 67% entre discentes finalistas (6° e 8°
períodos) e o número de acertos das questões contra 33% dos demais períodos
para com o número de acertos. Vale destacar que os períodos finalistas já tiveram
contato com disciplinas de finanças, matemática financeira, contabilidade e
economia, o que pode contribuir com esse resultado.
A quarta correlação exibe um índice de 77% de interferência em relação à
experiência profissional com o número de acertos. Estudantes com mais de 02 anos
de experiência profissional tendem a acertar mais questões em relação aos
discentes com menos experiência. Essa correlação também foi observada em
estudos passados como o de Chen e Volpe (1998), cuja conclusão é de que
pessoas com mais tempo de experiência profissional passam por vivências
financeiras, adquirindo, assim, mais conhecimentos. Essa experiência, segundo os
autores, colabora na análise de informações complexas e fornece embasamento
para a tomada de decisão.
A quinta correlação diz respeito à principal fonte de renda dos discentes, onde
o trabalho tem uma interferência de 54% nos acertos das questões. E por fim, a
sexta correlação é da quantidade de salários mínimos em relação às questões
acertadas, em que se verificou a existência de 51% de correlação entre esses dois
26
fatores. Importante ressaltar que essa quantidade de um salário mínimo se justifica
por serem estudantes de graduação e muitos, ainda, não terem um emprego fixo.
Tanto a fonte de renda quanto o valor de remuneração explicam os níveis de
alfabetização financeira, o que confirma a literatura revisitada neste trabalho.
27
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
28
REFERÊNCIAS
Lusardi, A., & Mitchell, O. S. (2011). Financial literacy and retirement planning in
the United States. Journal of Pension Economics and Finance10(4), 509-525.
29
KILIYANNI, Abdul Latheef; SIVARAMAN, Sunitha. The perception-reality gap in
financial literacy: Evidence from the most literate state in India. International
Review of Economics Education, v. 23, p. 47-64, 2016.
30
ANEXOS
A) Feminino
B) Masculino
C) Outros
A) 18 - 22 anos
B) 23 - 29 anos
C) 30 - 39 anos
D) 40 ou mais
A) Solteiro
B) Casado
C) Viúvo
D) Divorciado / Separado
A) Pública
B) Privada
A) 1° período
B) 2° período
C) 3° período
D) 4° período
E) 5° período
F) 6° período
G) 7° período
H) 8° período
A) Nenhum
B) Menos de 1 ano
31
C) Entre 1 a 2 anos
D) Entre 2 a 4 anos
E) Mais do que 4 anos
A) Trabalho
B) Bolsa / Auxílio
C) Mesada
D) Não possuo renda
E) Outros
A) Sem rendimento
B) Até 1 salário mínimo
C) Entre 1 e 2 S. M.
D) Entre 2 e 4 S. M.
E) Acima de 4 S. M.
A) Muito Pouco
B) Pouco
C) Razoável
D) Bom
E) Muito Bom
32
Anexo 2 - Questionário (PARTE 2)
10- Você compra um produto cujo preço é de R$ 10.000,00. Para pagar este produto, são
oferecidas duas opções:
II) Fazer um empréstimo a uma taxa de juros de 20% ao ano, e pagar daqui um ano.
A) Opção I
B) Opção II
C) Ambas são exatamente iguais
D) Não sei
11- Se você investir hoje R$ 100,00 a uma taxa de 4% ao ano, o seu saldo dentro do
período de um ano será:
12- Se em 2023 o seu salário dobrar e os preços ao consumidor também dobrar, qual será o
seu poder de compra ?
A) Falsa
B) Verdadeira
C) Não sei
14- Ana e Pedro têm a mesma idade. Aos 25 anos, Pedro começou a aplicar R$ 1.000,00
por ano, enquanto Ana não poupava nada. Aos 50 anos, Ana percebeu que precisava de
dinheiro para sua aposentadoria e começou a aplicar R$ 2.000,00 por ano, enquanto Pedro
continuou aplicando seus R$ 1.000,00 por ano. Agora eles têm 75 anos. Quem tem mais
dinheiro para sua aposentadoria, se ambos fizeram o mesmo tipo de investimento?
33
A) Eles teriam o mesmo valor, já que na prática pouparam os mesmos valores
B) Ana, porque poupou mais a cada ano
C) Pedro, porque seu dinheiro rendeu por mais tempo a juros compostos
D) Não sei
15- Considerando-se um longo período de tempo (ex.: 10 anos), qual ativo, normalmente,
oferece maior retorno?
A) Conta Poupança
B) Ações
C) Títulos públicos
D) Não sei
34
Anexo 3 - Questionário (PARTE 3)
Classifique os itens abaixo de acordo com a seguinte escala relativa ao nível de importância
que lhes atribui:
I - Nada importante II - Pouco importante III- Não sei IV- Importante V- Muito Importante
I - Nada importante II - Pouco importante III- Não sei IV- Importante V- Muito Importante
I - Nada importante II - Pouco importante III- Não sei IV- Importante V- Muito Importante
I - Nada importante II - Pouco importante III- Não sei IV- Importante V- Muito Importante
35
Anexo 4 - Questionário (PARTE 4)
20- Faço uma reserva de dinheiro que recebo mensalmente para uma necessidade futura
I) Nunca. (II) Quase nunca (III) Às vezes (IV) Quase sempre (V) Sempre
I) Nunca. (II) Quase nunca (III) Às vezes (IV) Quase sempre (V) Sempre
22- Guardo dinheiro regularmente para atingir objetivos financeiros de longo prazo como,
por exemplo, educação de meus filhos, aquisição de um imóvel, aposentadoria.
I) Nunca. (II) Quase nunca (III) Às vezes (IV) Quase sempre (V) Sempre
(I) Nunca. (II) Quase nunca (III) Às vezes (IV) Quase sempre (V) Sempre
(I) Nunca. (II) Quase nunca (III) Às vezes (IV) Quase sempre (V) Sempre
36