Você está na página 1de 5

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA

SHEYLLA RAQUEL DINIZ CAVALCANTE AGUIAR

HELICOBACTER PYLORI

TERESINA
2022
SHEYLLA RAQUEL DINIZ CAVALCANTE AGUIAR

HELICOBACTER PYLORI

Trabalho apresentado à disciplina de


Tecnologia de Informação e Comunicação
como requisito parcial para obtenção de nota
em Sistemas Orgânicos Integrados IV.

Orientadora: Profa. Dra. Juliana Macêdo Magalhães

TERESINA
2022
1. Resenha sobre as diretrizes atuais referentes ao tratamento da Infecção
pelo Helicobacter pylori.
A infecção pelo Helicobacter pylori (HP) é uma das infecções mais comuns, com
prevalência de 50% da população mundial. Pode causar muitas patologias como: gastrite
crônica, úlcera péptica, dispepsia e neoplasias gástricas, como o linfoma MALT e o
adenocarcinoma.
Conforme preconizado pela diretriz, a escolha de um tratamento para H. pylori deve
levar em consideração exposição anterior a antibióticos que deve ser questionado pelo
médico, essa informação ajuda na tomada de decisão. O tratamento consiste em:
→ Primeira linha: terapia tripla de claritromicina (para pacientes sem história
prévia de exposição a macrolídeos e que residem em áreas com baixa resistência à
claritromicina). Na maioria dos casos o tratamento de primeira linha compreende bismuto
quádruplo ou terapia concomitante com inibidores da bomba de prótons (IBP), claritromicina,
amoxcilina e metronidazol.
→ Na falha da primeira linha falha, um regime de salvamento deve evitar os
antibióticos que foram previamente utilizados. Em pacientes que receberam tratamento de 1ª
linha com claritromicina, os regimes de levofloxacino ou terapêutica quádrupla de bismuto
são opções preferenciais. Para aqueles que receberam terapia quíntupla de bismuto em 1°
linha, a recomendação é de esquemas com claritromicina ou levofloxacino. As doses e
duração são detalhadas na diretriz.
O IV Consenso Brasileiro de Infecção pelo H. pylori na parte de terapêutica,
determinou que:
→ O aumento do tempo de duração do esquema tríplice anti H. pylori
convencional (IBP + Amoxicilina + Claritromicina) de 7 para 14 dias. Com orientação de
interrupção do IBP por duas semanas antes de se realizar exames para diagnóstico de infecção
pelo H. pylori foi mantida, com a ressalva de que o IBP pode ser substituído por antiácidos,
sucralfato e bloqueadores dos receptores H2 da histamina nesse período, o que é muito útil no
caso de pacientes sintomáticos.
→ O tratamento de erradicação da bactéria em casos de anemia megaloblástica
de etiologia não detectada, é importante pois a infecção causa a diminuição da absorção de
vitamina B12.
→ Os pacientes com úlcera péptica e sangramentos, devem ser testados se
infectados e tratados caso positivo.
→ Os pacientes que farão uso de AINES, mesmo AAS em doses baixas e
prolongadas, devem ser testados para H. pylori, em casos positivos, devem receber tratamento
de erradicação e mesmo assim sempre receber gastroproteção com IBP em dose de
manutenção, durante o tratamento com AINES.
→ A claritromicina e as fluoroquinolonas ainda são a base do H. pylori no Brasil.
Contudo, os nitroimidazólicos também devem ser prescritos em períodos específicos (a
terapia de erradicação tem duração de 14 dias).
→ Não são utilizados inibidores da bomba de prótons para cicatrizar úlcera
péptica e nem duodenal, devendo ser utilizados após a terapia de erradicação.
→ Tripla combinação (pyloripac): amoxicilina + claritromicina + IBP (geralmente
lansoprazol) → 14 dias, ou quádrupla com bismuto por 10 a 14 dias.
→ Quando há falha na tripla ou quádrupla, utiliza-se a tripla com levofloxacina
por 10 a 14 dias ou quádrupla com bismuto por 10 a 14 dias também.
→ Em caso de alergia a amoxilina deve ser usado: IBP 2 vezes ao dia +
laritromicina 500mg 2 vezes ao dia + levofloxacina 500mg 1 vez ao dia por 14 dias, ou IBP 2
vezes ao dia + doxiciclina 100mg 2 vezes ao dia ou Tetraciclina 500mg 4 vezes ao dia +
metronidazol 500mg 3 vezes ao dia + bismuto 240 mg 2 vezes ao dia por 14 dias.

2. Relação teórico prática


O assunto abordado em TIC’s essa semana tem relação com a APG da semana que
aborda os tipos de gastrite (aguda e crônica), além disso estudamos para APG a relação da H.
pylore com o estômago e gastrite pois tem grande prevalência na população esse tipo de
infecção e o médico/ estudante de medicina deve estar atento aos sintomas e atualizações
quanto ao tratamento para essa enfermidade devido à recorrência de casos para devido
controle e tratamento da doença a fim de evitar complicações.
REFERÊNCIAS
COELHO, Luiz Gonzaga Vaz et al. IV CONFERÊNCIA DE CONSENSO BRASILEIRA SOBRE
INFECÇÃO POR HELICOBACTER PYLORI. Arquivos de gastroenterologia vol.55, 2 (2018): 97-
121. doi:10.1590/S00042803.2018000000-20.

MATTOS, Luiz A. G. J. Quarto Consenso brasileiro sobre infecção por H. pylori. AGRJ. Junho,
2019. Disponível em: https://socgastro.org.br/novo/2019/06/quarto-consenso-brasileiro-sobreinfeccao-
por-h-pylori-3/. Acesso em: agosto de 2022.

CHEY, William D MD, FACG1; Leontiadis, Grigorios I MD, PhD2; Howden, Colin W MD, FACG3;
Moss, Steven F MD, FACG4 ACG Clinical Guideline: Treatment of Helicobacter pylori Infection.
American Journal of Gastroenterology: February 2017 - Volume 112 - Issue 2 - p 212-239. doi:
10.1038/ajg.2016.563.

Você também pode gostar