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Pratica Juridica - 2 Peça
Pratica Juridica - 2 Peça
estabelecimento vendedor que não seria possível aceitar o pagamento financiado, em virtude de uma
negativação de seu nome junto aos cadastros restritivos de crédito pelo Banco XYZ, sediado no Rio de Janeiro.
João Paulo ficou surpreso, tendo em vista que nunca contratou com tal banco. Diante do ocorrido, João Paulo
buscou informações e verificou que a dívida, origem da negativação, era referente a um contrato de empréstimo
de R$ 10.000,00 que ele nunca celebrou, sendo, portanto, fruto de alguma fraude com seu nome. João Paulo
dirigiu-se ao banco, pedindo a imediata exclusão de seu nome do cadastro restritivo de crédito, o que foi negado
pelo Banco XYZ.
Diante desse cenário, João Paulo entra em contato com você, como advogado(a), pois pretende a retirada
imediata de seu nome dos cadastros restritivos de crédito, já que nunca contraiu a dívida apontada, além de
indenização por danos morais no equivalente a R$ 30.000,00.
EXMO (A). SR (A). DR (A). JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA CÍVEL _______ DA
COMARCA E ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Por se tratar de relação de consumo por equiparação, amparada pela Lei n. 8.078/90,
observando o disposto que o consumidor é a parte mais vulnerável na relação de
consumo, e no que concerne a matéria probatória, a legislação faculta ao magistrado
determinar a inversão do ônus da prova em favor do consumidor, conforme o art. 6º,
VIII.
Assim, cabe a ré, demonstrar provas da existência do débito, contrário ao que foi
exposto pelo autor.
Em decorrência dos fatos alegados, pode-se concluir que houve inclusão indevida do
mesmo em cadastro restritivo de crédito, ocorrendo ilícito em contrato fraudulento,
levando a dano moral in re ipsa, nos termos dos art. 14, § 1º do CDC.
Sabe-se que se esta cobrança é indevida, uma vez que não há evidências da
celebração do contrato de empréstimo, o credor é responsabilizado civilmente, sujeito
à reparação dos prejuízos causados, inclusive quanto ao dano moral.
No mesmo sentido, vem disciplinando o art. 186 e o art. 927, do Código Civil
E por fim, o mais plausível dentro desta relação de consumo, o Código de Defesa do
Consumidor a fim de reparar o dano ao consumidor, dispõe em seu art. 6º, VI, que
deve existir a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos e difusos;
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.
Observa-se que o autor preenche os requisitos necessários uma vez que existe prova
concreta do direito existir, sendo assim, para a concessão da tutela de urgência, sendo
assim, pelo também, fundado receio de dano de difícil reparação.
Diante o exposto, requer a TOTAL PROCEDÊNCIA dos pedidos iniciais, bem como:
a) A antecipação dos efeitos da tutela, com fulcro no art. 300 do NCPC, no sentido de
excluir os dados pessoais do autor dos sistemas de proteção de crédito ou outro órgão
semelhante;
27 de abril de 2023.
São Paulo/SP
Nome do Advogado
OAB/SP nº ________.