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Era uma vez uma menina sem jeito. ‘Tudo no mundo que nao se faz ela fazia — assim... Puxava o cabelo dos outros, beliscava. Fugia da escola. Subia numa mangueira. e jogava mangas verdes na cabega das pessoas que passavam Nao estudava, Os pais dela viviam repetindo: — Esta menina ndo tem jeito. E sabem de uma coisa? Bla até gostava de nao ter jeito, achava graca! Com o tempo ninguém queria mais brinear com a Joaninha. Mas, um dia, veio morar na rua um menino novo, um japonesinho, 0 Sato. Ele no falava portugués. Nao sabia que Joaninha ndo tinha jeito. E quis brincar com ela. Trouxe um lindo brinquedo, uum dragao voador. E tudo que se faz. ela ndo fazia. ‘Nao tomava banho todo dia. 0} Joaninha foi logo dizendo que 0 brinquedo era horroroso, sem graca. Mas 0 Sato ndo entendia, sorria. EJoaninha continuava falando, que ele era bobo, onde ja se viu ficar rindo toa. H foi entrando em casa, Sato pensou que estava sendo convidado e entrou atras dela E Joaninha acabou brineando com © tal dragdo japonds que voava e acendia luzes. (No fim da tarde eles ja eram grandes amigos.) E, daf em diante, toda tarde eles brincavam juntos. Sato foi aprendendo a falar em portugués com a Joaninha: — Obligadinho! Obligadinho! Os outros meninos da rua também vinham brincar com os brinquedos eletronicos do japonesinho amigo da Joaninha, E assim termina a histéria da menina que nao tinha jeito Ou sera que tinha?

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