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Direito Tributário
Direito Tributário
CRFB
Dir. Adm
Dir. Financeiro
Derivadas Originárias
TRIBUTOS MULTAS
- COMPULSÓRIA: marca maior do tributo – dever jurídico de entregar (dar) dinheiro aos
cofres públicos – não por vontade própria/convencional (obligatio ex voluntate), mas
da vontade da lei (obligatio ex lege).
- Ser compulsório, para fins do disposto do art. 3º do CTN, não quer dizer
simplesmente “ser obrigatório”, até mesmo porque, em princípio, toda
prestação jurídica é obrigatória.
- TIPOLOGIA TRIBUTÁRIA:
1. IMPOSTO: Art. 16, do CTN. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte; Única espécie de tributo não-vinculado existente em nosso ordenamento
jurídico;
- É um tributo relacionado com a pessoa do contribuinte (relação fática relativa ao
contribuinte)
- O pressuposto de fato eleito como Hipótese de Incidência será fato de natureza
econômica (revelador da capacidade contributiva)
- Caráter não-vinculado (Desvinculada de uma atividade estatal específica relativa ao
contribuinte - ausência de contraprestação estatal)
- Proibição legal à vinculação de imposto – Princípio da não-afetação dos impostos (Art.
167, inc IV, da CRFB/88);
- Conhecido como “Tributo sem causa determinante ou sem causa”;
- Fato Gerador in abstracto: Na maioria dos casos é identificada pela regra-matriz
constitucional (ITBI – que tributa a transmissão; IPTU e IPVA – que tributa a propriedade;
ICMS – que tributa a circulação de mercadoria etc). Pela análise da hipótese de
incidência já se pode ter uma boa noção de que é o contribuinte: aquele de promove a
ação do verbo (Prestar serviço – ISS; Importar – II; etc)
o VALOR DO IMPOSTO:
◦ O valor do imposto deve ter uma relação com a capacidade contributiva do
contribuinte (Art. 146, §1º., da CRFB/88);
◦ A hipótese de incidência deve ser uma situação que possui um potencial
econômico;
◦ O fato tributável é o evento e a base de cálculo é a grandeza que dimensiona
numericamente esse evento;
CF: Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa
ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado
o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
- VINCULADO a uma despesa: Toda receita deve ser aplicada à despesa que serviu de
fundamento de validade de sua instituição
Caso o contribuinte tenha pago o tributo
AÇÃO DE REPETIÇÃO DE e consiga comprovar que a arrecadação
INDÉBITO não foi aplicada para cobrir a despesa
que lhe serviu de causa determinante
5. CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
- PARAFISCALIDADE
•Art. 100, do CTN. São normas complementares das leis, dos tratados e das
convenções internacionais e dos decretos:
•I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
•II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a
que a lei atribua eficácia normativa;
NORMAS •III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
COMPLEMENTARES •IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios.
◦ Impossibilidade de delegação
ASPECTO ASPECTO
MATERIAL FORMAL
LEI COMPLEMENTAR
- Disposições no CTN
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de
penalidade à infração dos dispositivos interpretados;
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
Art. 5º, XL, CF/88
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou
A lei penal não
omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de
retroagirá, salvo
pagamento de tributo;
para beneficiar o
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao
réu
tempo da sua prática.
PRINCÍPIOS MATERIAIS DELIMITADORES DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Art. 151, I, CF – É VEDADO À UNIÃO: instituir tributo que não seja uniforme em todo o
território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao DF ou
a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais
destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as
diferentes regiões do país.
Art. 152, CF – É vedado aos Estados, ao DF e aos Municípios estabelecer diferença tributária
entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
Art. 173, §2º, CF – As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão
gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
Art. 145, §1º, CF – Sempre que possível*, os impostos terão caráter pessoal e serão
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar,
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.
* a expressão “sempre que possível” não importa mero conselho – somente quando for totalmente
impossível poderão ser a capacidade contributiva e a pessoalidade relegadas a segundo plano.
Princípio da Progressividade e Proporcionalidade: a progressividade é um método de
aplicação da capacidade contributiva, através da elevação gradual das alíquotas
incidentes sobre a base de cálculo do tributo à medida que esta se amplia.
Proporcionalidade: riquezas maiores geram tributos maiores – alíquota fixa – base
de cálculo variável.
Progressividade: significa que o imposto deve ser cobrado por alíquotas maiores na
medida em que se alarga a base de cálculo – quanto mais elevado é o valor da base
de cálculo, mais elevada é alíquota
- Aqueles que tiraram melhor proveito do tecido social contribuem, numa análise
progressiva, em maior quantia.
No caso do IR
Quanto maior a base de cálculo, maior a renda (que é a sua base imponível)
Maior a capacidade contributiva (presunção) maior a alíquota aplicável
maior o valor do tributo
Art. 153 - Compete à União instituir impostos sobre: III – Renda e proventos de
qualquer natureza;
§2º - O imposto previsto no III:
I – será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da
progressividade, na forma da lei;
IPTU - CF:
ITBI: “Súmula 656 STF - É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas
para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor
venal do imóvel.”
ITR - CF:
“Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
VI - propriedade territorial rural;
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a
manutenção de propriedades improdutivas”
IPVA:
“Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
III - propriedade de veículos automotores.
§ 6º O imposto previsto no inciso III:
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização.”
Princípio da Seletividade: Por força deste princípio deve haver aplicação de alíquotas
menos onerosas aos produtos de primeira necessidade, e pode haver tributação mais
gravosa para produtos supérfluos, tais como cigarros e bebidas.
- ICMS – IPI – leva em consideração a essencialidade do produto
Poderá ser Deve ser
seletivo seletivo
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA: são limitações ao poder de tributar e, por essa razão, seriam
irrevogáveis e admitiriam interpretação extensiva, porquanto elencam pessoas, bens
e/ou situações (ou operações) que o ente tributante, detentor da competência
tributária, está proibido de envolver no aspecto material ou subjetivo/pessoal da norma
impositiva-fiscal.
- Seria equivalente a uma “não-competência tributária”, ou seja, a uma
proibição de legislar em assuntos fiscais protegidos constitucionalmente da
tributação;