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2018 Guiao Tecnicas Agroecologicas de Protecao e Fertilizacao - Nampula PORT
2018 Guiao Tecnicas Agroecologicas de Protecao e Fertilizacao - Nampula PORT
Projeto ORWE
O projeto ORWE foi implementado de Janeiro 2017 a Setembro
2018 nas zonas urbanas e peri-urbanas do Distrito de Nampula, atin-
gindo cerca de 860 produtores.
Tem como objetivos de reforçar as capacidades dos produtores, au-
mentar a produção e a qualidade dos produtos e melhorar as condi-
ções de vida dos produtores.
Agradecimentos
Agradecemos todos os produtores assim como a
equipa do projeto ORWE que permitiram o bom
desenvolvimento do projeto.
Setembro 2018
Aplicação em cobertura
200 g de Bokashi/m2 entre as linhas das verduras para plantas
de compasso curto (alface, salsa, cebolinha, rúcula);
200 g de Bokashi/m2 divididos pelo número de plantas que cabem
em 1 m2 para plantas de compasso médio (pimento, tomate,
berinjela, quiabo...). Ex: em cada m²cabem 4 múdas de tomate.
Dividem-se os 200 g por 4 pés e em cada pé colocar 50 gramas
de Bokashi.
Cuidados
Pode se encontrar um mofo branco na parte superior do Bokashi,
que é natural e não significa a ineficiência do produto final;
O cheiro do Bokashi pronto é agradável (devido a fermentação);
O cheiro podre é um dos indicadores que o processo não teve
sucesso, o que provém do excesso de umidade ou da má vedação.
Neste caso, é indicado descartar o material ou realizar a
compostagem dele.
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BOKASHI - O REVITALIZADOR DE SOLO Desenvolvimento da Agricultura Urbana e Peri-Urbana em
Nampula—DAUPU-N
ORUWERYA WEKUMI—ORWE
Aeróbico Anaeróbico O projeto ORWE Nampula implementado pela ONG ESSOR tem como
objetivos de :
Colocar o material pronto Os ingredientes são Reforçar as competências
dentro dum tambor misturados dispostos em
fechado. Pode se realizar o monte com no máximo 30 técnicas e organizacionais dos
processo dentro de um cm de altura. horticultores da cintura verde
saco plástico duplo (saco Cobrir a mistura com os de Nampula;
plástico de 200 L + saco de próprios sacos dos farelos,
farinha mais reforçado por Reforçar as competências das
para que o material comece
fora). a fermentar e não organizações parceiras;
Armazenamento Vedar bem os sacos, resseque. Apoiar a constituição,
evitando que rasguem (o Deve-se revirar o canteiro formalização e gestão das
processo deve ser feito diariamente a partir do 2°
sem ar). organizações de produtores.
dia até o 7° dia, para que a
Guardar fechado durante temperatura não sube O projeto foi implementado por um
21 dias e depois pode muito (não deve periodo de 21 meses, de Janeiro 2017 até Setembro 2018, nas zonas
começar a ser aplicado no ultrapassar 50ºC).
campo. urbanas e peri-urbanas do Distrito de Nampula.
A partir do 3° dia,
normalmente, não é mais Apoiou cerca de 330 produtores na área da Formação Agrícola
necessário cobrir o Participativa (FAP) e 530 produtores no Apoio às Organizações de
canteiro do Bokashi com os Produtores (OP).
sacos dos farelos.
Foram realizadas formações, experimentações participativas,
A partir do 4° dia, deve-se monitoria, trocas de experiências, visitas de estudo.
baixar a altura para 10 cm
e revirar a cada dia para Através do projeto, ESSOR pretende contribuir para o
que o material fique seco, desenvolvimento uma agricultura mais respeitosa do meio ambiente, da
finalizando com 5 cm de saúde do produtor e do consumidor.
altura no 7° dia e estando
o material bem seco. Esse guião apresenta algumas das técnicas e práticas que foram
experimentadas junto com os produtores de Nampula para desenvolver
uma produção sustentável, que preserva o meio ambiente, a saúde e os
recursos naturais.
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A AGROECOLOGIA,NOSSO FOCO BOKASHI - O REVITALIZADOR DE SOLO
O que é agroecologia ?
É um tipo de adubo fermentado que
É uma ciência, um movimento social e suas práticas. Possui dimensões estimula o aumento e a diversidade de
tecnológica, social, política e econômica. organismos que vivem no solo. Ou seja,
Vai além de não usar agrotóxicos, pois promove o manejo sustentável, melhora as condições de vida dos
dos recursos naturais produtivos (solo, água, plantas), valoriza as microorganismos, minhocas e outros seres
sementes tradicionais e promove uma agricultura em harmonia com a vivos no solo. Esta técnica foi inventada no
Japão (a palavra “bokashi” significa
natureza e a cultura local.
“matéria orgânica fermentada”).
É recomendado para solos empobrecidos
Uma abordagem de investigação científica que envolve o estudo
e/ou que foram muito degradados pelo uso exagerado de adubos
holístico de agroecossistemas e sistemas alimentares,
químicos e agrotóxicos.
Um conjunto de princípios e INGREDIENTES MATERIAL
práticas agricolas que reforça a
resiliência e a sustentabilidade 220 kg de farelo de trigo ou 1 lona;
dos sistemas alimentares e milho; Pá, enxada;
agrícolas, enquanto preserva a 50 L de água limpa, sem cloro; 1 balde e 1 tambor com
integridade social, 100-200 g de fermento; tampa;
500g de açúcar castanho (ou 1 saco plástico e um
Um movimento sociopolítico, que
melaço). saco de farinha vazios.
se foca na aplicação prática da
agroecologia e procura novas
formas de pensar a agricultura, Aeróbico Anaeróbico
a transformação, a distribuição Duração 7 dias 21 dias
e o consumo de alimentos, e as
suas relações com a sociedade e Mistura das Pode usar 50 a 60% de farelos de cereais (arroz, trigo,
a natureza. farelos milho), 35 a 40% de farelos de oleaginosas (soja, algodão,
amendoim, rícino)
Misturar o fermento e o açúcar castanho dentro de uma
Preparação da
Alguns exemplos de práticas/técnicas aplicadas num sistema de pro- balde com 50 L de água.
solução de O açúcar vai servir de alimento para os microorganismos
dução agroecológico : crescerem e fermentarem os farelos. O fermento vai
açúcar e fer-
mento fornecer os primeiros microorganismos para accelerar a
Biopesticidas; fermentação. Misturar bem a solução.
Biofertilizantes
Compostos e estrume curtido; Verter a solução líquida na mistura de farelos com um
Mistura da regador.
Rotação e consorciação de culturas;
solução líquida O material vai sendo revolvido para absorver o líquido,
Plantas repelentes; até obter um aspecto homogêneo.
com o farelo
Cobertura do solo; Para conferir o ponto certo da umidade, amassar uma
Sistemas agroflorestais. “bolinha” da mistura e verificar se ela está inteira,
desmanchando-se apenas quando apertada.
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CALDA DE MORINGA - O BIOACTIVADOR DE BIOPESTICIDA A BASE DE PIRI-PIRI
CRESCIMENTO
É um tipo de biofertilizante foliar que accelera O piri-piri é um insecticida contra insectos
o crescimento das culturas. A Moringa é uma como coleópteros, pulgões, gafanhotos,
árvore que cresce muito rapidamente, graças à tripes, e de nemátodos.
presença na sua seiva de uma substância
chamada hormônio de crescimento. Depois de
ser extraído da folha da Moringa, este
hormônio de crescimento pode ser aplicado em
outras culturas, e vai ajudar as plantas a
desenvolver melhor. INGREDIENTES MATERIAL
INGREDIENTES MATERIAL 200 g de piri-piri; Pilão;
16 L de água; Balde de 10-20 L;
2 kg de folhas frescas Pilão;
1 polegar de sabão. Pulverizador;
de Moringa; Balde de 10-20 L;
16 L de água; Pano fino.
Pulverizador;
5 g de sabão neutro
(sem cheiro, nem lixívia). Pano fino.
PREPARAÇÃO
PREPARAÇÃO
Colocar num pilão com ¼ de litro de água e esmagar as folhas; Pilar os 200 g de piri-piri;
Coar para recuperar o sumo das folhas; Diluir o sabão com um pouco de água quente;
O bagaço pode ser utilizado como comida para os animais (cabra, Misturar o piri-piri pilado com 16 L de água e o sabão diluido;
porco, galinha, burro), sendo rico em proteínas (10 a 14%); Deixar repousar a calda durante mais de 24 horas.
Derreter o sabão em um pouco de água quente e juntar o sabão com o
extrato de folhas.
APLICAÇÃO
APLICAÇÃO
Diluir o extrato de folhas com água, com a proporção 1:32 (0,5 litro
de extrato de folhas é misturado com 16 litros de água); Filtrar a calda com um pano fino;
A pulverização deve ser feita o mesmo dia; Agitar a calda;
Pulverizar todas as plantas, com uma média de 25 ml por planta (1 L Pulverizar a calda de preferência nas horas mais frescas do dia. (1
de calda dá para pulverizar 40 pés de plantas). pulverizador de 16 L para 160 m²);
Parar a aplicação 2 semanas antes da colheita para evitar que
Quando pulverizar? fique odor sobre os frutos;
Aplicar a calda 7 em 7 dias como preventivo.
1a pulverização: 10 dias depois da germinação das plantas;
2a pulverização: 30 dias antes do início da floração;
3a pulverização: quando as sementes / frutos aparecem;
4a pulverização: durante a fase de maduração dos frutos.
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BIOPESTICIDA A BASE DE MARGOSA ESTRUME CURTIDO
O Ním ou Margosa (Azadirachta indica) é
uma árvore que se encontra em muitos
O estrume fresco , quando colocado dire-
países tropicais, incluindo Moçambique.
tamente no chão, vai aquecer ao decom-
Esta árvore é muito útil, tanto na medicina
por, o que pode queimar as plantas.
humana como para combater pragas. A
Contem também sementes das palhas con-
margosa, serve de repelente e insecticida
sumidas pelo animal, que vão germinar uma
contra muitos insetos, inclusive a lagarta
vez que o estrume estar enterrado no
mineira, besouros, percevejos, pulgões, a
terreno. Pode conter também micróbios e
mosca branca, cochonilhas, moscas,
doenças que poderão atacar as plantas.
gafanhotos, nemátodos, grilos e baratas.
Graças ao processo de curtição, o es-
FORMA DE ACÇÃO DO NÍM trume vai decompor antes de ser colocado
Os biopesticidas com base no Ním geralmente não matam directamente na parcela: este processo vai permitir destruir as sementes, os
as pragas, mas perturbam o seu ciclo de vida, podendo: micróbios e doenças presentes no estrume inicial, tornar os nutrientes
ter um efeito repulsivo (os adultos não conseguem pôr os ovos nas
mais disponiveis para as plantas e evitar que o estrume as queime.
plantas);
provocar esterilidade e impedir a postura de ovos;
INGREDIENTES MATERIAL
bloquear o desenvolvimento e o crescimento dos insectos;
reduzir o apetito dos insectos, que acabam por morrer de fome. Estrume de galinha, vaca…; Catana, pá, enxada;
A grande vantagem dos biopesticidas com base no Ním é que não Palha, capim; Baldes;
deixam resí-duos tóxicos na planta, nem nos solos. O Ním não é tóxico Folhas de árvore; (acácia, Regador;
para o homem. mangueira, moringa); Sacos;
PREPARAÇÃO Agua.
Pau.
MATERIAL Escolher um sítio na sombra ou sob um abrigo;
INGREDIENTES
Pilão; Cavar uma fossa (tamanha vai depender da quantidade de
1 kg de folhas de margosa; estrume);
Balde 10-20L;
16 L de água; Cortar em pedaços e colocar na fossa alternativamente o estrume
Pulverizador;
1 polegar de sabão. Pano fino. e a palha, em camadas de 20 a 30 cm;
Regar cada camada (sem encharcar) antes de colocar a seguinte;
Pilar as folhas de Margosa; Cobrir a fossa com capim, sacos, lona;
Diluir o sabão com um pouco de água quente; Regar uma vez por semana;
Misturar as folhas piladas com 16 L de água e o sabão diluido; Virar 15 em 15 dias;
Deixar reposar a calda durante 24 horas; Medir a temperatura com um pau ou o dedo;
O estrume está pronto para usar quando não aquece mais.
APLICAÇÃO
Filtrar a calda com um pano fino; APLICAÇÃO
Agitar a calda; Nas hortícolas : 25 a 30 kg de estrume para um canteiro de 10 m2
Pulverizar a mistura (1 pulverizador de 16 L para 160 m²); para enterrar;
Pulverizar uma vez por semana; No viveiro : 3 a 5 kg para enterrar / m2 de canteiro.
Aplicar a mistura 15 em 15 dias como preventivo.
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BIOFERTILIZANTE LÍQUIDO (anaeróbico) BIOPESTICIDA A BASE DE CINZA
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