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Questão 1

Leia este texto e observe os advérbios em destaque.

Soneca no mar

Leitora curiosa pergunta: como os golfinhos dormem sem se afogar?


 
Depois de um longo dia, nada melhor que deitar na cama e dormir tranquilo para recuperar as
energias, certo? Pois saiba que os humanos não são os únicos que precisam de descanso. Os
animais também dormem, ora!
Nossa leitora Alice Parreiras já sabia disso, e começou a pensar em como os bichos fazem para tirar
uma soneca. Aí veio a dúvida: como será que os golfinhos dormem sem se afogar?
A bióloga Renata Emin, especialista em mamíferos marinhos do Museu Paraense Emílio Goeldi,
ajudou a responder. “Os golfinhos desenvolveram um mecanismo que faz com que uma metade de
seu cérebro entre em repouso, enquanto a outra metade se mantém em alerta. Eles nunca dormem
completamente como nós, humanos”, explica.
É como se eles tirassem um cochilo leve, sem se desligar completamente do que acontece ao seu
redor. Para os golfinhos, dormir assim é uma vantagem enorme, já que eles precisam ir à superfície
para respirar de vez em quando. Além disso, estando parcialmente alertas, eles podem perceber a
aproximação de um predador e fugir a tempo.
Parece cansativo, não é? Não sei de vocês, mas eu já estou até com sono. Zzz…
 
a) Como os golfinhos dormem?
 

b) Entre os advérbios destacados no texto, copie os que indicam:


● tempo:
 
● negação:
 

● modo:

Questão 2

Leia este texto e observe os advérbios em destaque.


 
Soneca no mar

Leitora curiosa pergunta: como os golfinhos dormem sem se afogar?


 
Depois de um longo dia, nada melhor que deitar na cama e dormir tranquilo para recuperar as
energias, certo? Pois saiba que os humanos não são os únicos que precisam de descanso. Os
animais também dormem, ora!
Nossa leitora Alice Parreiras já sabia disso, e começou a pensar em como os bichos fazem para tirar
uma soneca. Aí veio a dúvida: como será que os golfinhos dormem sem se afogar?
A bióloga Renata Emin, especialista em mamíferos marinhos do Museu Paraense Emílio Goeldi,
ajudou a responder. “Os golfinhos desenvolveram um mecanismo que faz com que uma metade de
seu cérebro entre em repouso, enquanto a outra metade se mantém em alerta. Eles nunca dormem
completamente como nós, humanos”, explica.
É como se eles tirassem um cochilo leve, sem se desligar completamente do que acontece ao seu
redor. Para os golfinhos, dormir assim é uma vantagem enorme, já que eles precisam ir à superfície
para respirar de vez em quando. Além disso, estando parcialmente alertas, eles podem perceber a
aproximação de um predador e fugir a tempo.
Parece cansativo, não é? Não sei de vocês, mas eu já estou até com sono. Zzz…
 
a) Qual é a relação entre o título “Soneca no mar” e o texto?
 

b) Entre as locuções destacadas, quais se classificam em:


● tempo:
 

● lugar:

Questão 3

Leia este texto e observe as palavras em destaque.


 
Já pensou em ser piloto de verdade?

(...)
ANOTE:

1. Para ser piloto é preciso concluir o ensino médio, ter mais de 17 anos e fazer um dos seguintes
cursos:
• Curso técnico em aeroclube, que dura uns 8 meses.
• Faculdade de aviação civil, que dura 3 anos.
• Curso de aviação militar, com 4 anos de duração.
 
2. Quem termina o curso já pode pilotar, mas para trabalhar como piloto e decolar com aeronaves de
grande porte é necessário ter experiência e acumular mais de 200 horas de voo.
 
Dica: Um bom piloto deve ser fera em matemática, para fazer cálculos com rapidez, e ser craque em
inglês, pois quase todos os manuais e aparelhos de aviação são escritos nessa língua.

Ludmilla Balduino. "Já pensou em ser piloto de verdade?".


a) Que advérbio pode substituir a locução adverbial destacada no texto?

b) Releia este trecho do texto:

Um bom piloto deve ser fera em matemática (...)


 
Qual é o sentido da expressão “ser fera”?
Questão 4

Leia este texto e observe as palavras destacadas.

Como foram erguidas as pirâmides do Egito?

A construção das pirâmides botou milhares de egípcios para suar, exigiu conhecimentos avançados
de matemática e muitas pedras. Das cem pirâmides conhecidas no Egito, a maior (e mais famosa) é
a de Quéops, única das sete maravilhas antigas que resiste ao tempo. Datada de 2550 a.C., ela foi a
cereja do bolo de uma geração de faraós com aspirações arquitetônicas. Khufu (ou Quéops, seu
nome em grego), que encomendou a grande pirâmide, era filho de Snefru, que já tinha feito sua
piramidezinha. O conhecimento passou de geração em geração, e Quéfren, filho de Quéops, e
Miquerinos, o neto, completaram o trio das pirâmides de Gizé. Para botar de pé os monumentos, que
nada mais eram que tumbas luxuosas para os faraós, estima-se que 30 mil egípcios trabalharam
durante 20 anos. "Esses trabalhadores eram trocados a cada três meses. A maioria trabalhava no
corte e transporte dos blocos", diz Antonio Brancaglion Jr., egiptólogo do Museu Nacional da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além do pessoal que pegava pesado, havia
arquitetos, médicos, padeiros e cervejeiros. (...) Alguns apostam em 100 mil trabalhadores, além de
teses que atribuem a obra a ETs!

Marina Motomura. "Como foram erguidas as pirâmides do Egito?".


a) De acordo com o texto, qual era a função das pirâmides?
 

b) Das palavras destacadas no texto, quais se classificam em:


● oxítonas:

● monossílabos tônicos:

 
● paroxítonas:
 

● proparoxítonas:
 

c) Escreva as regras de acentuação das palavras que você escreveu no item anterior.

Questão 5

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.


 
Por que as cobras vivem mostrando a língua? Descubra segredos sobre elas
Saiba tudo sobre as cobras sem precisar chegar perto de nenhuma delas!

Se aparece em uma história, geralmente a cobra é malvada. Mesmo na vida real todo mundo tem um
pouco de medo desse réptil. Ele pode ser perigoso, mas é um bicho interessante, que tem
características bem curiosas e consegue viver em vários lugares do planeta.
Há cerca de 2.500 espécies de cobras no mundo e 260 tipos diferentes no Brasil. Elas podem morar
no alto das árvores, em terra ou mesmo na água. Em qualquer ambiente o corpo alongado, sem
braços nem pernas, é uma vantagem, pois permite que se movimentem quase sem fazer barulho e
entrem em esconderijos apertados.
A alimentação varia de acordo com a espécie. Algumas gostam de pequenos mamíferos, como
roedores. Outras se alimentam de minhocas e larvas de insetos. Há aquelas que preferem ovos e até
as que comem animais bem grandes, como a sucuri, que pode engolir uma capivara. Para as cobras
aquela história de ter o olho maior do que a barriga é normal. Elas atacam animais que
aparentemente não poderiam engolir, porque abrem muito a boca.
 
a) Segundo o texto, por que o corpo das cobras é uma vantagem para elas?
 

b) Releia este trecho e observe a palavra destacada:

Mesmo na vida real todo mundo tem um pouco de medo desse réptil.
 
● Por que essa palavra não foi acentuada?

Questão 6
Leia este texto e observe os verbos em destaque.
 
(...)
Conheça melhor os poderes das cobras

Cheirar com a língua?


As cobras vivem mostrando a língua porque é assim que sentem cheiros. As partículas que existem
no ar grudam nas pontinhas da língua. Essas duas pontas se encaixam em duas aberturas no céu
da boca, onde os odores são percebidos pelo animal.

Comida quente
As fossetas loreais são dois buraquinhos que, na maioria das espécies, ficam entre o olho e a narina.
Por eles, as cobras percebem calor e localizam pequenos mamíferos, que costumam ser mais
quentes do que o ambiente. É assim que elas perseguem suas caças.

Sem óculos
Mesmo com olhos grandes, elas não enxergam bem.

a) Em que tempo do modo indicativo estão os verbos destacados no texto?


(   ) Pretérito perfeito.
(   ) Pretérito imperfeito.
(   ) Presente.

b) Assinale a alternativa que explica por que esse tempo verbal foi usado.
(   ) Para expressar processos habituais, regulares, ou que possuem validade permanente.
(   ) Para indicar um fato no futuro próximo, tido como uma realização certa.
(   ) Para indicar um fato ocorrido no passado.

Questão 7

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.


 
Como foram erguidas as pirâmides do Egito?

A construção das pirâmides botou milhares de egípcios para suar, exigiu conhecimentos
avançados de matemática e muitas pedras. Das cem pirâmides conhecidas no Egito, a maior (e
mais famosa) é a de Quéops, única das sete maravilhas antigas que resiste ao tempo. Datada de
2550 a.C., ela foi a cereja do bolo de uma geração de faraós com aspirações arquitetônicas. Khufu
(ou Quéops, seu nome em grego), que encomendou a grande pirâmide, era filho de Snefru, que já
tinha feito sua piramidezinha. O conhecimento passou de geração em geração, e Quéfren, filho de
Quéops, e Miquerinos, o neto, completaram o trio das pirâmides de Gizé. Para botar de pé os
monumentos, que nada mais eram que tumbas luxuosas para os faraós, estima-se que 30 mil
egípcios trabalharam durante 20 anos. "Esses trabalhadores eram trocados a cada três meses. A
maioria trabalhava no corte e transporte dos blocos", diz Antonio Brancaglion Jr., egiptólogo do Museu
Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além do pessoal que pegava pesado,
havia arquitetos, médicos, padeiros e cervejeiros. (...) Alguns apostam em 100 mil trabalhadores, além
de teses que atribuem a obra a ETs!

 
a) Localize e copie os verbos do trecho destacado.

b) Qual desses verbos está no infinitivo?

c) Em que tempo e modo estão os outros dois verbos?

Questão 8
Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.
 
Cientistas descobrem que o solo de Marte é mais perigoso do que imaginávamos
Colonização humana no planeta pode estar sob risco – poeira marciana prejudica pulmão e tireoide
de humanos
 
Enquanto muita gente trata a chegada do homem à Marte como sonho ou utopia, tem cientista
discutindo como colocar esse plano na prática. Terminou dia 8 de maio uma conferência chamada
Humans 2 Mars, uma reunião que quer responder a uma só pergunta: o que precisamos fazer para
chegar a Marte até 2030? Desafios para transitar em Marte; entrada, descida e desembarque e poder
da superfície são alguns dos temas. E é justamente esse último que está preocupando: parece que
humanos e o solo de Marte não foram feitos um pro outro.
A poeira de Marte é feita de grãos de silicato, uma substância composta por silício e oxigênio. A longo
prazo, essa poeira tóxica pode ser uma ameaça aos humanos, principalmente porque ataca a tiroide,
glândula localizada à frente da nossa traqueia. Mesmo por detrás daquela roupa de astronauta
(conhecida pela propriedade de ser fechada hermeticamente, de isolar a pessoa de qualquer
hostilidade da atmosfera em questão) o perigo é eminente.
O robô Curiosity também detectou a presença de gipsita no solo marciano. Segundo os cientistas
essa substância, que também é conhecida como pedra de gesso ou sulfato de cálcio, não representa
um risco por si só. O problema, se pensarmos em um ser humano que está morando em Marte, é ficar
respirando ali todo dia: com o passar dos anos a gipsita vai se depositando no pulmão, diminuindo
sua capacidade exatamente como acontece com mineradores nas profundezas do bom e velho
planeta Terra.
O fato de a poeira ser extremamente fina e grudenta é o que mais preocupa os cientistas. Qualquer
tarefa que o astronauta faça pela superfície de Marte fará com que, na volta, ele inevitavelmente traga
um pouco das substâncias tóxicas grudadas em sua roupa. Uma vez dentro dos cômodos da estação,
a ameaça pode ser irreversível. A vantagem é que agora o próprio robô pode coletar uma amostra do
solo e analisar os componentes lá mesmo, garantindo que o tiro da colonização de Marte não seja
dado (tanto) no escuro.
 
João Mello. "Cientistas descobrem que o solo de Marte é mais perigoso do que imaginávamos".
Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI337611-17770,00-
CIENTISTAS+DESCOBREM+QUE+O+SOLO+DE+MARTE+E+MAIS+PERIGOSO+DO+QUE+IMAGI
NAVAMO.html>. Acesso em: 14 jun. 2013.
 
a) Qual o sentido da expressão destacada no trecho a seguir? Em que contexto ela costuma
aparecer?
 
(...) parece que humanos e o solo de Marte não foram feitos um pro outro.
 
b) Em que tempo está o verbo destacado no título da notícia?

Questão 9

Leia esta manchete e, em seguida, faça o que se pede.


 
Foguete de fusão nuclear poderia alcançar Marte em 30 dias
 
Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI335561-17770,00-
FOGUETE+DE+FUSAO+NUCLEAR+PODERIA+ALCANCAR+MARTE+EM+DIAS.html>. Acesso em:
10 jun. 2013.
 
a) Quais são os dois verbos presentes na manchete?

b) Qual verbo está no infinitivo?


 

c) Em que tempo e modo está o outro verbo?


 

 
d) Identifique na manchete uma locução adverbial de tempo.
 

Questão 10

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.

PERSEU, O ARGIANO

I
UMA CHUVA FECUNDA
 
Desde o seu nascimento, Perseu foi exposto a perigos. O avô dele, o rei Acrísio, tentou impedir sua
existência porque um oráculo lhe anunciara que seria morto pelo filho da filha. E olhem que o rei fez
tudo o que pôde para evitar o nascimento dessa criança maldita!
Mandou construir um quarto de bronze numa alta torre do palácio de Argos e lá encerrou a filha
Dânae. Somente sua velha babá podia vê-la para lhe levar comida. As paredes e as portas eram
intransponíveis para os homens, mas, para Zeus, aquilo era brincadeira. Ele entrou no quarto por uma
fresta do telhado, sob a forma de uma chuva de ouro. A moça o recebeu e lhe ofereceu seu amor.
Dessa união clandestina nasceu um menino. Conseguiram esconder ao rei a existência de Perseu por
algum tempo... mas, um dia, alertado pelo choro da criança, Acrísio foi até a torre.
Sua surpresa e, depois, sua fúria foram imensas! Ele se recusou a crer na fábula da intervenção
divina. Persuadido da cumplicidade da babá, ordenou que a executassem. As lágrimas da filha
impediram que o rei eliminasse o menino, mas ele o trancou com a mãe num baú de madeira e jogou
o baú no mar.

II
QUE BOA PESCARIA!
O destino se mostrou mais clemente do que Acrísio. O baú foi jogado pelas ondas no litoral da ilha de
Serifo, onde, naquela tarde, Dicte recolhia suas redes. Como estavam pesadas! Também pudera,
com aquele baú de madeira! Abriu-o imediatamente, pensando que ali encontraria um tesouro, mas,
em vez de moedas e joias, deu com uma linda moça e um bebê faminto. No mesmo instante lhes
ofereceu sua casa e sua proteção.
Um dia, Polidectes, seu irmão, que reinava na ilha, foi visitá-lo. Assim que viu Dânae, apaixonou-se
loucamente por ela. Mas Perseu, que crescera, agora tomava conta da mãe, e o rei compreendeu
que, enquanto o filho estivesse junto dela, não poderia tentar nada. Para sorte de Polidectes,
apresentou-se uma oportunidade de afastar o rapaz.
O rei organizou em seu palácio uma grande festa, para a qual convidou o filho de Dânae. Todos
prometeram ao rei presentes suntuosos. Perseu propôs lhe oferecer a cabeça de uma Górgona.
Polidectes não disse nada no momento, mas no dia seguinte foi falar com ele:
“Parece-me que ontem o ouvi me prometer um presente excepcional. Quando vou recebê-lo?”
Vítima de suas próprias palavras, Perseu teve que cumprir a promessa. Despediu-se da mãe, que o
beijou ternamente recomendando-lhe prudência, e partiu em busca da Górgona.
III
PELOS OLHOS DE UMA GÓRGONA
Esse nome causava arrepios. Designava três criaturas horrendas: Esteno, Euríale e Medusa.
Centenas de cobras infestavam suas enormes cabeças, e uma careta apavorante lhes deformava o
rosto. Duas delas eram imortais. Perseu decidiu então atacar a terceira, Medusa. No entanto, a tarefa
não era fácil: com um olhar, ela transformava qualquer um em pedra.
O rapaz foi se aconselhar com as filhas de Fórcis, que também eram feíssimas, mas, pelo menos
eram úteis. Perseu não obteve facilmente as informações que queria, porque a princípio elas se
recusaram a dá-las. Precisou empregar muita esperteza. Como as três velhas possuíam, juntas, um
só olho e um só dente, que usavam uma de cada vez, Perseu os arrancou e ameaçou atirá-los no
mar. Elas logo lhe contaram:
“É com as ninfas que você vai encontrar os instrumentos necessários à sua vitória. Elas têm sandálias
aladas que o farão correr mais depressa, um saco para pôr a cabeça da Górgona e um capacete,
oferecido por Hades, que torna invisível quem o usa. Se você se comprometer a devolver esses
objetos, elas vão lhe emprestar todos.”
Foi o que ocorreu. Além disso, de Hermes, Perseu recebeu uma foice de lâmina dura e afiada, e, de
Atena, um grande escudo de bronze polido. Assim equipado, calçou as sandálias, pegou o saco, o
capacete e a foice, e voou para o lugar onde as Górgonas descansavam.
No caminho, pôde observar os vestígios da passagem delas: homens e animais de pedra ladeavam a
estrada. De repente, uma grande concentração de estátuas chamou sua atenção. Elas formavam um
círculo em cujo centro se encontravam as Górgonas adormecidas.
Dirigiu-se pé ante pé até elas, tomando o cuidado de lhes dar as costas. Para se orientar, observava o
reflexo de seus passos no escudo. Medusa se moveu. Teria percebido a aproximação do herói?
Perseu não hesitou nem um segundo. Apertando firme o cabo da foice, lançou o braço para trás e lhe
cortou o pescoço com um golpe seco. Sem tirar os olhos do escudo, agarrou a cabeleira de serpentes
e enfiou a cabeça da Górgona no saco emprestado pelas ninfas. Produziu-se então um fato
estranhíssimo: do sangue de Medusa nasceu um cavalo alado que imediatamente saiu voando.
Perseu nem teve tempo de admirar o voo de Pégaso, porque as outras duas Górgonas acordaram.
Procuraram ao redor o responsável pelo que viram, mas Perseu, que estava invisível graças ao
capacete de Hades, já escapava correndo dali.
(...)

Claude Pouzadoux. Contos e lendas da Mitologia Grega. São Paulo: Cia das Letras, 2001. p. 205-
212.

Leia este quadro.


As personagens na narrativa mítica podem ser:
• deuses;
• semideuses;
• heróis;
• pessoas comuns.

a) Quem é a personagem principal dessa narrativa mítica?


b) Considerando o quadro, de que tipo é essa personagem? Justifique sua resposta.

Questão 11

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.

PERSEU, O ARGIANO

I
UMA CHUVA FECUNDA
Desde o seu nascimento, Perseu foi exposto a perigos. O avô dele, o rei Acrísio, tentou impedir sua
existência porque um oráculo lhe anunciara que seria morto pelo filho da filha. E olhem que o rei fez
tudo o que pôde para evitar o nascimento dessa criança maldita!
Mandou construir um quarto de bronze numa alta torre do palácio de Argos e lá encerrou a filha
Dânae. Somente sua velha babá podia vê-la para lhe levar comida. As paredes e as portas eram
intransponíveis para os homens, mas, para Zeus, aquilo era brincadeira. Ele entrou no quarto por uma
fresta do telhado, sob a forma de uma chuva de ouro. A moça o recebeu e lhe ofereceu seu amor.
Dessa união clandestina nasceu um menino. Conseguiram esconder ao rei a existência de Perseu por
algum tempo... mas, um dia, alertado pelo choro da criança, Acrísio foi até a torre.
Sua surpresa e, depois, sua fúria foram imensas! Ele se recusou a crer na fábula da intervenção
divina. Persuadido da cumplicidade da babá, ordenou que a executassem. As lágrimas da filha
impediram que o rei eliminasse o menino, mas ele o trancou com a mãe num baú de madeira e jogou
o baú no mar.
 
 
II
QUE BOA PESCARIA!
O destino se mostrou mais clemente do que Acrísio. O baú foi jogado pelas ondas no litoral da ilha de
Serifo, onde, naquela tarde, Dicte recolhia suas redes. Como estavam pesadas! Também pudera,
com aquele baú de madeira! Abriu-o imediatamente, pensando que ali encontraria um tesouro, mas,
em vez de moedas e joias, deu com uma linda moça e um bebê faminto. No mesmo instante lhes
ofereceu sua casa e sua proteção.
Um dia, Polidectes, seu irmão, que reinava na ilha, foi visitá-lo. Assim que viu Dânae, apaixonou-se
loucamente por ela. Mas Perseu, que crescera, agora tomava conta da mãe, e o rei compreendeu
que, enquanto o filho estivesse junto dela, não poderia tentar nada. Para sorte de Polidectes,
apresentou-se uma oportunidade de afastar o rapaz.
O rei organizou em seu palácio uma grande festa, para a qual convidou o filho de Dânae. Todos
prometeram ao rei presentes suntuosos. Perseu propôs lhe oferecer a cabeça de uma Górgona.
Polidectes não disse nada no momento, mas no dia seguinte foi falar com ele:
“Parece-me que ontem o ouvi me prometer um presente excepcional. Quando vou recebê-lo?”
Vítima de suas próprias palavras, Perseu teve que cumprir a promessa. Despediu-se da mãe, que o
beijou ternamente recomendando-lhe prudência, e partiu em busca da Górgona.
 
III
PELOS OLHOS DE UMA GÓRGONA
Esse nome causava arrepios. Designava três criaturas horrendas: Esteno, Euríale e Medusa.
Centenas de cobras infestavam suas enormes cabeças, e uma careta apavorante lhes deformava o
rosto. Duas delas eram imortais. Perseu decidiu então atacar a terceira, Medusa. No entanto, a tarefa
não era fácil: com um olhar, ela transformava qualquer um em pedra.
O rapaz foi se aconselhar com as filhas de Fórcis, que também eram feíssimas, mas, pelo menos
eram úteis. Perseu não obteve facilmente as informações que queria, porque a princípio elas se
recusaram a dá-las. Precisou empregar muita esperteza. Como as três velhas possuíam, juntas, um
só olho e um só dente, que usavam uma de cada vez, Perseu os arrancou e ameaçou atirá-los no
mar. Elas logo lhe contaram:
“É com as ninfas que você vai encontrar os instrumentos necessários à sua vitória. Elas têm sandálias
aladas que o farão correr mais depressa, um saco para pôr a cabeça da Górgona e um capacete,
oferecido por Hades, que torna invisível quem o usa. Se você se comprometer a devolver esses
objetos, elas vão lhe emprestar todos.”
Foi o que ocorreu. Além disso, de Hermes, Perseu recebeu uma foice de lâmina dura e afiada, e, de
Atena, um grande escudo de bronze polido. Assim equipado, calçou as sandálias, pegou o saco, o
capacete e a foice, e voou para o lugar onde as Górgonas descansavam.
No caminho, pôde observar os vestígios da passagem delas: homens e animais de pedra ladeavam a
estrada. De repente, uma grande concentração de estátuas chamou sua atenção. Elas formavam um
círculo em cujo centro se encontravam as Górgonas adormecidas.
Dirigiu-se pé ante pé até elas, tomando o cuidado de lhes dar as costas. Para se orientar, observava o
reflexo de seus passos no escudo. Medusa se moveu. Teria percebido a aproximação do herói?
Perseu não hesitou nem um segundo. Apertando firme o cabo da foice, lançou o braço para trás e lhe
cortou o pescoço com um golpe seco. Sem tirar os olhos do escudo, agarrou a cabeleira de serpentes
e enfiou a cabeça da Górgona no saco emprestado pelas ninfas. Produziu-se então um fato
estranhíssimo: do sangue de Medusa nasceu um cavalo alado que imediatamente saiu voando.
Perseu nem teve tempo de admirar o voo de Pégaso, porque as outras duas Górgonas acordaram.
Procuraram ao redor o responsável pelo que viram, mas Perseu, que estava invisível graças ao
capacete de Hades, já escapava correndo dali.
(...)
 
Claude Pouzadoux. Contos e lendas da Mitologia Grega. São Paulo: Cia das Letras, 2001. p. 205-
212.

a) Por que o rei Acrísio não queria ter netos?


 
b) O que ele fez para tentar evitar que sua filha Dânae engravidasse?
 

c) O que o rei Acrísio fez ao descobrir que tinha um neto?

Questão 12

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.


 
PERSEU, O ARGIANO

I
UMA CHUVA FECUNDA 
Desde o seu nascimento, Perseu foi exposto a perigos. O avô dele, o rei Acrísio, tentou impedir sua
existência porque um oráculo lhe anunciara que seria morto pelo filho da filha. E olhem que o rei fez
tudo o que pôde para evitar o nascimento dessa criança maldita!
Mandou construir um quarto de bronze numa alta torre do palácio de Argos e lá encerrou a filha
Dânae. Somente sua velha babá podia vê-la para lhe levar comida. As paredes e as portas eram
intransponíveis para os homens, mas, para Zeus, aquilo era brincadeira. Ele entrou no quarto por uma
fresta do telhado, sob a forma de uma chuva de ouro. A moça o recebeu e lhe ofereceu seu amor.
Dessa união clandestina nasceu um menino. Conseguiram esconder ao rei a existência de Perseu por
algum tempo... mas, um dia, alertado pelo choro da criança, Acrísio foi até a torre.
Sua surpresa e, depois, sua fúria foram imensas! Ele se recusou a crer na fábula da intervenção
divina. Persuadido da cumplicidade da babá, ordenou que a executassem. As lágrimas da filha
impediram que o rei eliminasse o menino, mas ele o trancou com a mãe num baú de madeira e jogou
o baú no mar.
 
II
QUE BOA PESCARIA!
O destino se mostrou mais clemente do que Acrísio. O baú foi jogado pelas ondas no litoral da ilha de
Serifo, onde, naquela tarde, Dicte recolhia suas redes. Como estavam pesadas! Também pudera,
com aquele baú de madeira! Abriu-o imediatamente, pensando que ali encontraria um tesouro, mas,
em vez de moedas e joias, deu com uma linda moça e um bebê faminto. No mesmo instante lhes
ofereceu sua casa e sua proteção.
Um dia, Polidectes, seu irmão, que reinava na ilha, foi visitá-lo. Assim que viu Dânae, apaixonou-se
loucamente por ela. Mas Perseu, que crescera, agora tomava conta da mãe, e o rei compreendeu
que, enquanto o filho estivesse junto dela, não poderia tentar nada. Para sorte de Polidectes,
apresentou-se uma oportunidade de afastar o rapaz.
O rei organizou em seu palácio uma grande festa, para a qual convidou o filho de Dânae. Todos
prometeram ao rei presentes suntuosos. Perseu propôs lhe oferecer a cabeça de uma Górgona.
Polidectes não disse nada no momento, mas no dia seguinte foi falar com ele:
“Parece-me que ontem o ouvi me prometer um presente excepcional. Quando vou recebê-lo?”
Vítima de suas próprias palavras, Perseu teve que cumprir a promessa. Despediu-se da mãe, que o
beijou ternamente recomendando-lhe prudência, e partiu em busca da Górgona.
 
III
PELOS OLHOS DE UMA GÓRGONA
Esse nome causava arrepios. Designava três criaturas horrendas: Esteno, Euríale e Medusa.
Centenas de cobras infestavam suas enormes cabeças, e uma careta apavorante lhes deformava o
rosto. Duas delas eram imortais. Perseu decidiu então atacar a terceira, Medusa. No entanto, a tarefa
não era fácil: com um olhar, ela transformava qualquer um em pedra.
O rapaz foi se aconselhar com as filhas de Fórcis, que também eram feíssimas, mas, pelo menos
eram úteis. Perseu não obteve facilmente as informações que queria, porque a princípio elas se
recusaram a dá-las. Precisou empregar muita esperteza. Como as três velhas possuíam, juntas, um
só olho e um só dente, que usavam uma de cada vez, Perseu os arrancou e ameaçou atirá-los no
mar. Elas logo lhe contaram:
“É com as ninfas que você vai encontrar os instrumentos necessários à sua vitória. Elas têm sandálias
aladas que o farão correr mais depressa, um saco para pôr a cabeça da Górgona e um capacete,
oferecido por Hades, que torna invisível quem o usa. Se você se comprometer a devolver esses
objetos, elas vão lhe emprestar todos.”
Foi o que ocorreu. Além disso, de Hermes, Perseu recebeu uma foice de lâmina dura e afiada, e, de
Atena, um grande escudo de bronze polido. Assim equipado, calçou as sandálias, pegou o saco, o
capacete e a foice, e voou para o lugar onde as Górgonas descansavam.
No caminho, pôde observar os vestígios da passagem delas: homens e animais de pedra ladeavam a
estrada. De repente, uma grande concentração de estátuas chamou sua atenção. Elas formavam um
círculo em cujo centro se encontravam as Górgonas adormecidas.
Dirigiu-se pé ante pé até elas, tomando o cuidado de lhes dar as costas. Para se orientar, observava o
reflexo de seus passos no escudo. Medusa se moveu. Teria percebido a aproximação do herói?
Perseu não hesitou nem um segundo. Apertando firme o cabo da foice, lançou o braço para trás e lhe
cortou o pescoço com um golpe seco. Sem tirar os olhos do escudo, agarrou a cabeleira de serpentes
e enfiou a cabeça da Górgona no saco emprestado pelas ninfas. Produziu-se então um fato
estranhíssimo: do sangue de Medusa nasceu um cavalo alado que imediatamente saiu voando.
Perseu nem teve tempo de admirar o voo de Pégaso, porque as outras duas Górgonas acordaram.
Procuraram ao redor o responsável pelo que viram, mas Perseu, que estava invisível graças ao
capacete de Hades, já escapava correndo dali.
(...)
 
Claude Pouzadoux. Contos e lendas da Mitologia Grega. São Paulo: Cia das Letras, 2001. p. 205-
212.
 
a) O que o pescador Dicte fez ao descobrir que Dânae e Perseu estavam dentro do baú pescado em
suas redes?
 

b) O que Perseu prometeu dar de presente ao rei Polidectes?

Questão 13

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.


 
 
PERSEU, O ARGIANO

I
UMA CHUVA FECUNDA
Desde o seu nascimento, Perseu foi exposto a perigos. O avô dele, o rei Acrísio, tentou impedir sua
existência porque um oráculo lhe anunciara que seria morto pelo filho da filha. E olhem que o rei fez
tudo o que pôde para evitar o nascimento dessa criança maldita!
Mandou construir um quarto de bronze numa alta torre do palácio de Argos e lá encerrou a filha
Dânae. Somente sua velha babá podia vê-la para lhe levar comida. As paredes e as portas eram
intransponíveis para os homens, mas, para Zeus, aquilo era brincadeira. Ele entrou no quarto por uma
fresta do telhado, sob a forma de uma chuva de ouro. A moça o recebeu e lhe ofereceu seu amor.
Dessa união clandestina nasceu um menino. Conseguiram esconder ao rei a existência de Perseu por
algum tempo... mas, um dia, alertado pelo choro da criança, Acrísio foi até a torre.
Sua surpresa e, depois, sua fúria foram imensas! Ele se recusou a crer na fábula da intervenção
divina. Persuadido da cumplicidade da babá, ordenou que a executassem. As lágrimas da filha
impediram que o rei eliminasse o menino, mas ele o trancou com a mãe num baú de madeira e jogou
o baú no mar.
 
II
QUE BOA PESCARIA!

O destino se mostrou mais clemente do que Acrísio. O baú foi jogado pelas ondas no litoral da ilha de
Serifo, onde, naquela tarde, Dicte recolhia suas redes. Como estavam pesadas! Também pudera,
com aquele baú de madeira! Abriu-o imediatamente, pensando que ali encontraria um tesouro, mas,
em vez de moedas e joias, deu com uma linda moça e um bebê faminto. No mesmo instante lhes
ofereceu sua casa e sua proteção.
Um dia, Polidectes, seu irmão, que reinava na ilha, foi visitá-lo. Assim que viu Dânae, apaixonou-se
loucamente por ela. Mas Perseu, que crescera, agora tomava conta da mãe, e o rei compreendeu
que, enquanto o filho estivesse junto dela, não poderia tentar nada. Para sorte de Polidectes,
apresentou-se uma oportunidade de afastar o rapaz.
O rei organizou em seu palácio uma grande festa, para a qual convidou o filho de Dânae. Todos
prometeram ao rei presentes suntuosos. Perseu propôs lhe oferecer a cabeça de uma Górgona.
Polidectes não disse nada no momento, mas no dia seguinte foi falar com ele:
“Parece-me que ontem o ouvi me prometer um presente excepcional. Quando vou recebê-lo?”
Vítima de suas próprias palavras, Perseu teve que cumprir a promessa. Despediu-se da mãe, que o
beijou ternamente recomendando-lhe prudência, e partiu em busca da Górgona.
 
III

PELOS OLHOS DE UMA GÓRGONA

Esse nome causava arrepios. Designava três criaturas horrendas: Esteno, Euríale e Medusa.
Centenas de cobras infestavam suas enormes cabeças, e uma careta apavorante lhes deformava o
rosto. Duas delas eram imortais. Perseu decidiu então atacar a terceira, Medusa. No entanto, a tarefa
não era fácil: com um olhar, ela transformava qualquer um em pedra.
O rapaz foi se aconselhar com as filhas de Fórcis, que também eram feíssimas, mas, pelo menos
eram úteis. Perseu não obteve facilmente as informações que queria, porque a princípio elas se
recusaram a dá-las. Precisou empregar muita esperteza. Como as três velhas possuíam, juntas, um
só olho e um só dente, que usavam uma de cada vez, Perseu os arrancou e ameaçou atirá-los no
mar. Elas logo lhe contaram:
“É com as ninfas que você vai encontrar os instrumentos necessários à sua vitória. Elas têm sandálias
aladas que o farão correr mais depressa, um saco para pôr a cabeça da Górgona e um capacete,
oferecido por Hades, que torna invisível quem o usa. Se você se comprometer a devolver esses
objetos, elas vão lhe emprestar todos.”
Foi o que ocorreu. Além disso, de Hermes, Perseu recebeu uma foice de lâmina dura e afiada, e, de
Atena, um grande escudo de bronze polido. Assim equipado, calçou as sandálias, pegou o saco, o
capacete e a foice, e voou para o lugar onde as Górgonas descansavam.
No caminho, pôde observar os vestígios da passagem delas: homens e animais de pedra ladeavam a
estrada. De repente, uma grande concentração de estátuas chamou sua atenção. Elas formavam um
círculo em cujo centro se encontravam as Górgonas adormecidas.
Dirigiu-se pé ante pé até elas, tomando o cuidado de lhes dar as costas. Para se orientar, observava o
reflexo de seus passos no escudo. Medusa se moveu. Teria percebido a aproximação do herói?
Perseu não hesitou nem um segundo. Apertando firme o cabo da foice, lançou o braço para trás e lhe
cortou o pescoço com um golpe seco. Sem tirar os olhos do escudo, agarrou a cabeleira de serpentes
e enfiou a cabeça da Górgona no saco emprestado pelas ninfas. Produziu-se então um fato
estranhíssimo: do sangue de Medusa nasceu um cavalo alado que imediatamente saiu voando.
Perseu nem teve tempo de admirar o voo de Pégaso, porque as outras duas Górgonas acordaram.
Procuraram ao redor o responsável pelo que viram, mas Perseu, que estava invisível graças ao
capacete de Hades, já escapava correndo dali.
(...)
 
Claude Pouzadoux. Contos e lendas da Mitologia Grega. São Paulo: Cia das Letras, 2001. p. 205-
212.

Numere os fatos do capítulo III (“Pelos olhos de uma Górgona”) na ordem em que ocorreram.

(   ) Ao chegar à morada das Górgonas, Perseu viu uma grande concentração de estátuas que
formavam um círculo, em cujo centro elas estavam adormecidas.
(   ) As outras duas Górgonas acordaram e procuraram ao redor o assassino de Medusa. No entanto,
Perseu, que estava invisível graças ao capacete de Hades, já escapava correndo dali.
(   ) Perseu pegou com as ninfas sandálias aladas, um saco para pôr a cabeça da Górgona e um
capacete, que fora oferecido por Hades.
(   ) Perseu ameaçou jogar o olho e o dente das filhas de Fórcis ao mar se elas não o ajudassem.
(   ) O herói recebeu de Hermes uma foice de lâmina dura e afiada e, de Atena, um grande escudo de
bronze polido.
(   ) Do sangue de Medusa nasceu um cavalo alado, Pégaso, que imediatamente saiu voando.
(   ) Perseu cortou o pescoço de Medusa com um golpe seco. Em seguida, colocou a cabeça no saco.

Questão 14

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.


 
O senhor do anel
Conheça a história de Minos, Teseu e o labirinto do Minotauro

Você já ouviu falar na lenda do rei da ilha de Creta, aquele que aprisionou o Minotauro em um
labirinto? É mais ou menos assim: quando assumiu o reino de Creta, na Grécia, Minos – um nome
usado de forma genérica para reis, assim como a palavra “faraó” é usada para os soberanos do
antigo Egito – teve que brigar com seus irmãos pelo direito de governar a ilha. Ele teve a ideia de
pedir ajuda a Poseidon, deus do mar, que, confirmando que seria ele o escolhido, fez aparecer um
bonito touro branco no mar.
Minos ficou tão encantado com ele que decidiu não oferecer o animal em sacrifício aos deuses do
Olimpo, como seria esperado. As divindades, porém, ficaram tão furiosas que fizeram a esposa de
Minos se apaixonar pelo touro. Da paixão entre os dois nasceu Minotauro, cabeça de touro, corpo de
homem.

© Erin Babnik/Alamy/Glow Images


Escultura representa o Minotauro, figura mitológica que tinha corpo de homem e cabeça de touro. A
imagem está no Museu Arqueológico Nacional de Atenas, na Grécia.
 
Com medo do monstro, Minos construiu um labirinto perto do palácio de Knossos, para escondê-lo, e
assim continuou seu reinado. Mais tarde, quando os atenienses mataram seu filho Androceu numa
guerra, Minos se vingou, ordenando que, a cada ano, fossem enviados sete rapazes e sete moças de
Atenas para lutar contra o Minotauro.
© Ochkin Alexey/Shutterstock

Ruínas do Palácio de Knossos, local onde, segundo a lenda, Minos teria construído um labirinto para
esconder o Minotauro.
 
Um dia, um corajoso rapaz se ofereceu como voluntário para lutar contra o monstro. Era Teseu, filho
de Egeu, rei de Atenas. Quando o jovem chegou a Creta, Minos duvidou que Teseu fosse mesmo
quem dizia ser. E, jogando seu anel no mar, desafiou-o a recuperá-lo, para provar que estava dizendo
a verdade. Teseu voltou com o anel. Em seguida, ajudado por Ariadne, outra filha de Minos,
conseguiu entrar e sair ileso do labirinto, matando o Minotauro.
A história de Teseu não passa de lenda: até hoje, não se pode afirmar com certeza se ele existiu
mesmo. O que sabemos sobre Teseu e o Minotauro está no livro Ilíada, de Homero, que relatou a
história há cerca de 2800 anos.
Por outro lado, uma coisa é certa: o anel de Minos existiu!

© Albert Knapp/Alamy/Glow Images

Segundo a lenda, Teseu foi desafiado pelo rei Minos a recuperar um anel jogado no mar. Esse anel
foi declarado verdadeiro em 2001 e está exposto em um museu na Grécia.
 
Em 1928, um anel de ouro foi encontrado perto do Palácio de Knossos e levado imediatamente ao
Instituto de Arqueologia Grega, com a suspeita de ter pertencido a Minos. Na época, no entanto, não
houve consenso sobre a autenticidade do anel – alguns arqueólogos acharam que ele era verdadeiro,
outros acharam que era falso. O caso acabou caindo no esquecimento e o anel, perdido.
Já em 2001, o anel foi encontrado novamente pelo herdeiro de uma casa em Creta, que achou-o
colado na parede da lareira. O anel foi parar no Instituto de Arqueologia Grega mais uma vez e
finalmente declarado autêntico. Ele foi feito há simplesmente 3500 anos e hoje está exposto no
Museu Arqueológico de Heraklion, em Creta, pertinho das ruínas do Palácio de Knossos.
 
Keila Grinberg, Departamento de História, Unirio. Quando criança, gostava de visitar a Biblioteca
Nacional, colecionar jornais antigos e ouvir histórias da época de seus avós. Não deu outra: hoje é
historiadora e escreve para a coluna Máquina do tempo.
 
Keila Grinberg. "O senhor do anel". Ciência Hoje das Crianças. Disponível em:
<http://chc.cienciahoje.uol.com.br/o-senhor-do-anel>. Acesso em: 13 maio 2013.

a) Quem são as personagens principais do mito do Minotauro?


 

b) Qual dessas personagens é um herói grego?

c) Qual das personagens pode realmente ter existido? Por quê?


d) O texto pode ser dividido em duas partes: o mito e a história do anel.
A partir de que frase se inicia a história do anel?

Questão 15

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.


 
O senhor do anel
Conheça a história de Minos, Teseu e o labirinto do Minotauro

Você já ouviu falar na lenda do rei da ilha de Creta, aquele que aprisionou o Minotauro em um
labirinto? É mais ou menos assim: quando assumiu o reino de Creta, na Grécia, Minos – um nome
usado de forma genérica para reis, assim como a palavra “faraó” é usada para os soberanos do
antigo Egito – teve que brigar com seus irmãos pelo direito de governar a ilha. Ele teve a ideia de
pedir ajuda a Poseidon, deus do mar, que, confirmando que seria ele o escolhido, fez aparecer um
bonito touro branco no mar.
Minos ficou tão encantado com ele que decidiu não oferecer o animal em sacrifício aos deuses do
Olimpo, como seria esperado. As divindades, porém, ficaram tão furiosas que fizeram a esposa de
Minos se apaixonar pelo touro. Da paixão entre os dois nasceu Minotauro, cabeça de touro, corpo de
homem.

© Erin Babnik/Alamy/Glow Images


Escultura representa o Minotauro, figura mitológica que tinha corpo de homem e cabeça de touro. A
imagem está no Museu Arqueológico Nacional de Atenas, na Grécia.
 
Com medo do monstro, Minos construiu um labirinto perto do palácio de Knossos, para escondê-lo, e
assim continuou seu reinado. Mais tarde, quando os atenienses mataram seu filho Androceu numa
guerra, Minos se vingou, ordenando que, a cada ano, fossem enviados sete rapazes e sete moças de
Atenas para lutar contra o Minotauro.
© Ochkin Alexey/Shutterstock

Ruínas do Palácio de Knossos, local onde, segundo a lenda, Minos teria construído um labirinto para
esconder o Minotauro.
 
Um dia, um corajoso rapaz se ofereceu como voluntário para lutar contra o monstro. Era Teseu, filho
de Egeu, rei de Atenas. Quando o jovem chegou a Creta, Minos duvidou que Teseu fosse mesmo
quem dizia ser. E, jogando seu anel no mar, desafiou-o a recuperá-lo, para provar que estava dizendo
a verdade. Teseu voltou com o anel. Em seguida, ajudado por Ariadne, outra filha de Minos,
conseguiu entrar e sair ileso do labirinto, matando o Minotauro.
A história de Teseu não passa de lenda: até hoje, não se pode afirmar com certeza se ele existiu
mesmo. O que sabemos sobre Teseu e o Minotauro está no livro Ilíada, de Homero, que relatou a
história há cerca de 2800 anos.
Por outro lado, uma coisa é certa: o anel de Minos existiu!

© Albert Knapp/Alamy/Glow Images

Segundo a lenda, Teseu foi desafiado pelo rei Minos a recuperar um anel jogado no mar. Esse anel
foi declarado verdadeiro em 2001 e está exposto em um museu na Grécia.
 
Em 1928, um anel de ouro foi encontrado perto do Palácio de Knossos e levado imediatamente ao
Instituto de Arqueologia Grega, com a suspeita de ter pertencido a Minos. Na época, no entanto, não
houve consenso sobre a autenticidade do anel – alguns arqueólogos acharam que ele era verdadeiro,
outros acharam que era falso. O caso acabou caindo no esquecimento e o anel, perdido.
Já em 2001, o anel foi encontrado novamente pelo herdeiro de uma casa em Creta, que achou-o
colado na parede da lareira. O anel foi parar no Instituto de Arqueologia Grega mais uma vez e
finalmente declarado autêntico. Ele foi feito há simplesmente 3500 anos e hoje está exposto no
Museu Arqueológico de Heraklion, em Creta, pertinho das ruínas do Palácio de Knossos.
 
Keila Grinberg, Departamento de História, Unirio. Quando criança, gostava de visitar a Biblioteca
Nacional, colecionar jornais antigos e ouvir histórias da época de seus avós. Não deu outra: hoje é
historiadora e escreve para a coluna Máquina do tempo.
 
Keila Grinberg. "O senhor do anel". Ciência Hoje das Crianças. Disponível em:
<http://chc.cienciahoje.uol.com.br/o-senhor-do-anel>. Acesso em: 13 maio 2013.
 
a) Por que os deuses castigaram Minos?
 

b) Qual foi o castigo que ele recebeu?


 
c) Um objeto do mito teve sua existência comprovada. Que objeto é esse?

Questão 16

Leia este texto.


 
Se eu fosse Sherlock Holmes
 
Os romances de Conan Doyle me deram o desejo de empreender alguma façanha no gênero das de
Sherlock Holmes. Pareceu-me que deles se concluía que tudo estava em prestar atenção aos fatos
mínimos. Destes, por uma série de raciocínios lógicos, era sempre possível subir até o autor do crime.
Uma noite, fui convidado por Madame Guimarães para uma pequena reunião familiar. Em geral, o que
ela chamava de “pequenas reuniões” eram reuniões de 20 a 30 pessoas, da melhor sociedade.
Dançava-se, ouvia-se boa música e quase sempre se exibia algum “número” curioso: artistas de
teatro, de music hall ou de circo, que contratava para esse fim.
Em certo momento, quando Madame estava cercada por uma boa roda, apareceu Sinhazinha Ramos.
Sinhazinha era sobrinha de Madame Guimarães; casara-se pouco antes com um médico de grande
clínica. Vindo só, todos lhe perguntaram:
– Como vai seu marido?
– Tem trabalhado por toda a noite, com uma cliente.
– É admirável como os médicos casados têm sempre clientes noturnas...
– Má-lingua! – replicou ela. – Ele sempre as teve.
Outra senhora, Madame Caldas, acudiu:
– Os maridos, quando querem passar a noite fora de casa, acham sempre pretextos.
O Dr. Caldas não gostou da afirmação da mulher. O embaraço dele se dissipou, porque Madame
Guimarães perguntou à sobrinha:
– Onde deixaste tua capa?
– No meu automóvel. Não quis ter a chateação de subir.
A casa era de dois andares e Madame Guimarães, nos dias de festas, tomava a si arrumar capas e
chapéus femininos no seu quarto:
– Serviço de vestiário é exclusivamente comigo. Não quero confusões.
Fechado esse parêntesis, a conversa voltou ao ponto em que estava. Nisto, uma das senhoras
presentes veio despedir-se de Madame Guimarães. Precisava de seu chapéu. A dona da casa, que,
para evitar trocas e desarrumações, era a única a penetrar no quarto que transformara em vestiário,
levantou-se e subiu para ir buscar o chapéu da visita que desejava partir.
Não se demorou muito tempo. Voltou com a fisionomia transtornada:
– Roubaram-me. Roubaram o meu anel de brilhantes...
Todos se reuniram em torno dela. Como era? Como não era? Não havia, aliás, nenhuma senhora que
não o conhecesse: um anel com três grandes brilhantes de um certo mau gosto espetaculoso, mas
que valia de sessenta a oitenta contos.
Sherlock Holmes gritou dentro de mim: “Mostra o teu talento, rapaz!”.
Sugeri logo que ninguém entrasse no quarto. Ninguém! Era preciso que a polícia pudesse tomar as
marcas digitais que por acaso houvesse na mesa de cabeceira de Madame Guimarães. Porque era lá
que tinha estado a joia.
Saltei ao telefone, toquei para o delegado Alves Calado, que se achava de serviço nessa noite, e
preveni-o do que havia, recomendando-lhe que trouxesse alguém, perito em datiloscopia.
Subi, então, com todo o grupo para fecharmos a porta à chave. Antes de se fechar, era, porém,
necessário que Madame Guimarães tirasse as capas que estavam no seu leito. Todos ficaram no
corredor, mirando, comentando. Eu fui o único que entrei, mas com um cuidado extremo, um cuidado
um tanto cômico de não tocar em coisa alguma. Como olhasse para o teto e o assoalho, uma das
senhoras me perguntou se estava jogando “o carneirinho-carneirão, olhai para o céu, olhai para o
chão”.
Retiradas as capas, o zum-zum das conversas continuava. Ninguém tinha entrado no quarto fatídico.
Todos o diziam e repetiam.
Foi no meio dessas conversas que Sherlock Holmes cresceu dentro de mim. Anunciei:
– Já sei quem furtou o anel.
De todos os lados surgiam exclamações. Algumas pessoas se limitavam a interjeições: “Ah!”, “Oh!”.
Outras pessoas perguntavam quem tinha sido.
Sherlock Holmes disse o que ia fazer, indicando um gabinete próximo:
– Eu vou para aquele gabinete. Cada uma das senhoras aqui presentes fecha-se ali em minha
companhia por cinco minutos.
Houve uma certa hesitação. Algumas diziam estar acima de qualquer suspeita, outras que não se
submetiam a nenhum inquérito policial. Venceu, porém, o partido das que diziam “quem não deve não
teme”. Eu esperava, paciente. Por fim, quando vi que todas estavam resolvidas, lembrei que seria
melhor quem fosse saindo despedir-se e partir.
E a cerimônia começou. Cada uma das senhoras esteve trancada comigo justamente os cinco
minutos que eu marcara.
Quando a última partiu, saiu do gabinete, achei à porta, ansiosa, Madame Guimarães:
– Venha comigo – disse-lhe eu.
Aproximei-me do telefone, chamei o Alves Calado e disse-lhe que não precisava mais tomar
providência alguma, porque o anel fora achado.
Voltando-me para Madame Guimarães entreguei-o então. Ela estava tão nervosa que me abraçou e
até beijou freneticamente. Quando, porém, quis saber quem fora a ladra, não me arrancou nem uma
palavra.
No gabinete, ao ver Sinhazinha Ramos entrar, tínhamos tido, mais ou menos, a seguinte conversa:
– Eu não vou deitar verdes para colher maduros, não vou armar cilada alguma. Sei que foi a senhora
que tirou a joia de sua tia.
Ela ficou lívida. Podia ser medo. Podia ser cólera. Mas respondeu firmemente:
– Insolente! É assim que o senhor está fazendo com todas, para descobrir a culpada?
– Está enganada. Com as outras converso apenas, conto-lhes anedotas. Com a senhora, não; exijo
que me entregue o anel.
Mostrei-lhe o relógio para que visse que o tempo estava passando.
– Note – disse eu – que tenho uma prova, posso fazer ver a todos.
Ela se traiu, pedindo:
– Dê sua palavra de honra que tem essa prova!
Dei. Mas o meu sorriso lhe mostrou que ela, sem dar por isso, confessara indiretamente o fato.
– E já agora – acrescentei – dou-lhe também a minha palavra de honra que nunca ninguém saberá
por mim o que fez.
Ela tirou a joia do seio, deu-me e perguntou:
– Qual é a prova?
– Esta – disse-lhe eu apontando para uma esplêndida rosa-chá que ela trazia. – É a única pessoa,
esta noite, que tem aqui uma rosa amarela. Quando foi ao quarto de sua tia, teve a infelicidade de
deixar cair duas pétalas dela. Estão junto da mesa de cabeceira.
Abri a porta. Sinhazinha compôs magicamente, imediatamente, o mais encantador, o mais natural dos
sorrisos e saiu dizendo:
– Se este Sherlock fez com todas o mesmo que fez comigo, vai ser um fiasco absoluto.
Quando sinhazinha chegara, subira logo. Graças à intimidade que tinha na casa, onde vivera até a
data do casamento, podia fazer isso naturalmente. Ia só para deixar a sua capa dentro de um armário.
Mas, à procura de um alfinete, abriu a mesinha de cabeceira, viu o anel, sentiu a tentação de roubá-lo
e assim fez. Lembrou-se de que tinha de ir para a Europa daí a um mês. Lá venderia a joia. Desceu
então novamente com a capa e mandou pô-la no automóvel. E como ninguém a tinha visto subir,
pôde afirmar que não fora ao andar superior.
Eu estraguei tudo.
Mas a mulherzinha se vingou: a todos insinuou que provavelmente o ladrão tinha sido eu mesmo, e,
vendo o caso descoberto antes da minha retirada, armara aquela encenação para atribuir a outrem o
meu crime.
O que sei é que Madame Guimarães, que sempre me convidava para as suas recepções, não me
convidou para a de ontem... Terá talvez sido a primeira a acreditar na sobrinha.
 
Medeiros e Albuquerque. Se eu fosse Sherlock Holmes. In: Para gostar de ler – v. 12: histórias de
detetive. São Paulo: Ática, 2011. p. 37-43. (Adaptado.)
 
 
Glossário
Perito em datiloscopia: profissional especialista em coletar, analisar identificar impressões digitais.
 
Agora, responda às questões.
 
a) Em que lugar e ocasião se passa a história?

 
b) Qual é o crime apresentado no conto?

 
c) Quem é a vítima desse crime?

 
d) Quem são os suspeitos do crime?
Questão 17

Leia este texto.


 
A morte no envelope
 
A descoberta do envenenamento da esposa, “ignorante, insensível e gorda criatura”, fez o marido,
Sílvio Cardenacci, dar com os costados na Penitenciária, obrigando-o a substituir seu avental de
médico por uma espécie de pijama de zuarte.
Outro presidiário, um jovem advogado, falsificara o testamento de abastado cliente para impedir que a
herança passasse às mãos da viúva, indigna de recebê-la, segundo afirmava, porque traía o marido…
Acrescendo-se a essa espantosa fidelidade profissional um estelionato contra determinado banco,
encontram-se as razões por que Armando Sinval usava, diariamente, o mesmo pijama azulado.
O mundo dos criminosos também é pequeno. Embora procurasse disfarçar, Sinval perturbou-se
quando Cardenacci entrou, acompanhado do vice-diretor do presídio.
– O Conselho Penitenciário permitiu a convivência de dois sentenciados na mesma cela. Vocês
ficarão juntos. Ambos são formados por curso superior, o que facilitará a vida comum e auxiliará o
trabalho de recuperação. Cardenacci teve ótimo comportamento no estágio e, por isso, a Diretoria
atendeu ao seu pedido: prestará serviços como enfermeiro categorizado. Você, Sinval, continuará na
secretaria. Felicidades na nova vida de casal…
Os dois homens sorriram, mas Sinval, artificioso, como se obedecesse a pedido de fotógrafo.
Cardenacci levou o saco de roupas para o canto da cela. O outro sentou-se à beira da cama.
Enfrentavam com receio o início do diálogo, porém, dentro em pouco, as palavras foram escapando,
soltas e preguiçosas; depois começaram a agrupar-se com mais ligeireza e, quando conquistavam o
vaivém de conversa, a campainha estridulou “silêncio”. Cardenacci abafou um “boa noite”.
Se as palavras de Sinval pareceram filtradas por uma tela de cuidados, os pensamentos, ao contrário,
desabalavam, impulsionados pela memória. Tinham provindo os óbices verbais da desarmonia entre
o que falava e o que pensava. Livre, agora, do encargo oral, ordenou as ideias, como jogador arruma
as cartas no início do jogo.
Cardenacci não o reconhecera. Recordou-se de todos os pormenores da consulta. Que tarde horrível!
Descrevera ao médico a sensibilidade retardada da epiderme, a dormência das pernas. Mostrara-lhe
as manchas escuras. Depois de demorado exame, o médico fizera correr sobre a pele uma pena de
ave na pesquisa de índices sensíveis. A reação da vacina feita no antebraço não acusara vermelhidão
em torno do ponto injetado. Embora fosse necessário, ainda, um exame do muco nasal, o médico,
desajeitado, cedera às instâncias de Sinval, anunciando: lepra. Saiu aturdido do inferno branco que
era o consultório de Cardenacci. Andou pelas ruas, mais desertas com a noite, julgando ver nos
olhares dos raros transeuntes a aversão provocada por um leproso. Cada problema de sua vida, um
aperto de angústia. Repeliu o beijo dos filhos. (...) Insônia nas noites imensas. Rondou-lhe o espírito a
ideia de suicídio, logo afugentada, porém, pela antevisão da família na miséria.
Outro plano acampou no seu cérebro. A ameaça do nenhum espólio fertilizou o projeto de uma
apropriação indébita. Foi então que cometera as primeiras falcatruas, a princípio bem-sucedidas. As
pequenas vantagens embolsadas, porém, não lhe apaziguaram o desespero. Coube a um velho
amigo, tornado confidente, sugerir novo médico, novos exames. Apático, Sinval deixou o companheiro
dirigir-lhe os passos, e, ao fim de dois dias, encheu-se de vida e de sorrisos: vacina negativa, exames
negativos! Cardenacci errara o diagnóstico.
Sinval nunca meditara sobre certos aspectos de seu caso criminal; o encontro com Cardenacci,
entretanto, ressuscitou a memória de antigas emoções. Recordou-se de que cometera o primeiro
delito — germe de todos os outros — porque se supunha um leproso. Racionalizando, passou a ver
em Cardenacci o responsável pelas soluções criminosas que adotara. Quando a exaustão lhe abateu
as pálpebras, perseverava ainda em fortificar-se com as lembranças.
Passaram-se calmas semanas, mas um dia Cardenacci foi encontrado morto na cela: envenenado
com Veronal. Suicidara-se o médico. Havia furtado o tóxico do laboratório, ingerindo-o na cela, antes
da chegada de seu companheiro. Suicidara-se o médico, na aparência, por considerar insuficiente,
como acontece a outros, a condenação imposta pela sociedade…
Que Sinval se entristecesse com o acontecimento era compreensível; mas os diretores da
Penitenciária não entendiam seu estranho comportamento: prestou informações no inquérito sob forte
crise emocional; tornou-se agitado, nervoso; procurava a solidão, evitando falar no caso.
Intrigado com isso, o diretor chamou ao presídio o velho Leite, delegado de polícia, conhecido pelos
seus excepcionais dotes de criminalista.
Atravessando o último pórtico da Penitenciária, o delegado levantou os olhos e leu a inscrição no alto:
“Aqui, o trabalho, a disciplina e a bondade resgatam a falta cometida e reconduzem o homem à
comunhão social”. A frase era mais escorreita, concisa, elegante do que verdadeira. Pensou nos
reincidentes, nos crimes cometidos dentro dos próprios presídios, na ideia obsessiva de fuga,
inquietando a mente de cada sentenciado… Teria prolongado a divagação, se não lhe aparecesse a
figura do diretor, o abraço derramado, a poltrona de couro macio. Logo, a pressurosidade das
palavras:
– Tenho um caso interessantíssimo. Só você poderá resolvê-lo. Nunca esquecerei a ajuda que você
me deu na descoberta do crime do refeitório. Além de tudo, investigar e descobrir são sua função e
seu prazer.
Narrou a morte de Cardenacci com pormenores, informando ter descoberto as causas do suicídio: o
médico recebia, com frequência, cartas de uma moça que se assinava “Neusa”, e de um amigo
“Álvaro”. Deduzira, pela correspondência, ter-se Cardenacci apaixonado por uma jovem da alta
sociedade, com quem pretendia casar-se, quando conseguisse eliminar a esposa. Neusa
comprometera-se demais na aventura e queixava-se, nas cartas, de sua situação.
Dizia amá-lo e ser capaz de aguardar o livramento condicional, ou mesmo o cumprimento da pena…
mas vivia temerosa do escândalo iminente. Álvaro, o amigo, acompanhava a vida de Neusa.
Exasperara-se a moça com os problemas psicológicos e familiares que lhe atormentavam a
existência, e, numa tarde, seu corpo foi achado na praia. No dia em que recebeu essa notícia, numa
carta de Álvaro, Cardenacci matou-se.
– O que não se entende em toda essa história, meu caro Leite, é a reação de Sinval. Tornou-se
inquieto, excitado, deficiente no trabalho. Come pouquíssimo, emagreceu demais. Foi surpreendido
pelo guarda da noite a chorar convulsamente. Irrita-se quando alguém fala no suicídio.
Não comenta o fato, não diz uma palavra. Não conseguimos estabelecer relação alguma entre
Cardenacci e Sinval.
Nem tampouco houve entre eles o menor incidente. Sentimos, porém, que há qualquer coisa. A
reação de Sinval é anormal e desnorteante.
– Não há pista nenhuma?
– Nenhuma.
– Então, se há qualquer coisa, está escondida na cabeça do homem. Se ele se acha abatido, como
você me disse, poderei aplicar um velho truque que me tem ajudado em situações semelhantes.
Vamos tentar o golpe. Você me apresentará a Sinval como o delegado de polícia encarregado do
inquérito sobre o suicídio. Eu farei o resto.
Tilintou a campainha, o guarda entrou e recebeu a ordem. Voltou acompanhado de Armando Sinval.
Pálido, o olhar baço, arrastando as pernas, desinteressado de tudo. Acertou-se, e um certo viço
revestiu os olhos, quando soube quem era o seu interlocutor. O delegado falou com energia e
decisão:
– Armando Sinval: comunico-lhe que procedi a investigações sobre o suicídio de Cardenacci.
Descobri tudo. Espero, agora, suas explicações. Vamos.
Sinval recuou, como se alguém o tivesse empurrado. Uma pausa silenciosa. O presidiário respirou
fundo e depois respondeu mansamente:
– Nunca pensei que a coisa chegasse a esse extremo. Os senhores, naturalmente, desejam saber a
causa, já que descobriram tudo. Eu me intoxiquei com a lembrança dos dias mais horrorosos da
minha vida. Tudo por culpa de Cardenacci.
Contou, então, o erro de diagnóstico, os padecimentos durante o período em que se considerava um
leproso, os seus delitos. Concluiu.
– A presença de Cardenacci despertou em mim o desejo de vingança. Passei a acreditar que estava
encarcerado por culpa dele. Então, eu… O resto os senhores já sabem. Entreolharam-se os dois
homens. Não sabiam de nada. Que ocultaria a mente do sentenciado? Que papel teria
desempenhado na morte de Cardenacci? Do velho Leite partiu a isca novamente:
– Como conseguiu você fazer o que fez?
– Naturalmente os senhores compreenderão que me era fácil executar o serviço. Além de minha
habilidade, meu cargo na secretaria ajudou bastante, é claro.
E o homem calou-se de novo. Continuava a ronda do mistério. Se não estivesse tão prostrado, e por
isso sem perspicácia, Sinval teria notado a ansiedade do diretor. O delegado mantinha-se firme e
natural. O condenado perguntou:
– Estou dispensado?
O velho Leite lançou o último arpão:
– Ainda não, Sinval. Necessitamos de sua confissão completa. Embora o assunto já esteja
esclarecido, você é obrigado a relatar tudo quanto fez. Isso é necessário para apurarmos se há
cúmplices no caso.
– Não, senhor, de modo algum. Fiz tudo sozinho. Na secretaria, ao receber as cartas, eu separava as
que eram dirigidas a Cardenacci por Neusa e Álvaro. Durante o dia, eu as substituía por outras, por
mim falsificadas. Colocava as falsas no expediente da distribuição e inutilizava as verdadeiras.
Inventei o suicídio de Neusa. Nunca pensei que Cardenacci se matasse. Eu queria, apenas, que ele
sofresse alguns dias como eu sofri…
 
Luiz Lopes Coelho. Ninguém morre duas vezes: histórias do detetive Leite. São Paulo: Editora Unesp;
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2012. p. 49-55.
 
Glossário
dar com os costados: ir a algum lugar
zuarte: tecido de algodão, geralmente azul ou preto.
óbice: aquilo que impede; empecilho.
lepra: doença que afeta principalmente a pele e os nervos, causando lesões, falta de sensibilidade,
entre outros sintomas; hanseníase.
espólio: bens deixados por uma pessoa que morre; herança.
apropriação indébita: ato de pegar para si um bem de uma pessoa sem a autorização dela.
Veronal: marca de um antigo calmante e sonífero muito forte.
arpão: instrumento usado para pescar.
 
Agora, responda às questões a seguir.
 
a) Em que lugar se passa a história?

 
b) Que crime acontece?

 
c) Por que Sinval começa a levantar suspeitas?
 

Questão 18

Leia este texto.


 
Cientistas escolhem 12 asteroides candidatos a serem rebocados para perto da Terra
 
No último ano, planos de exploração de asteroides voltaram à moda, com duas empresas anunciando
interesse em minerar esses objetos e a Nasa [agência espacial norte-americana] estudando rebocar
um deles até a Lua. Ninguém havia apontado ainda quais asteroides explorar, mas um trio de
cientistas mostra agora quais são os melhores candidatos.
"Quando comecei meu doutorado, há um ano e meio, nada disso tinha sido anunciado ainda e todo
mundo dizia que eu era louco", disse à Folha Daniel Yárnoz, engenheiro espacial que acaba de
publicar um estudo apontando 12 asteroides fáceis de manipular.
Junto com dois colegas no Laboratório de Conceitos Espaciais Avançados, de Glasgow (Escócia),
Yárnoz vasculhou uma base de dados da Nasa que já registrou mais de 10 mil asteroides com órbitas
perto da Terra.
A agência espacial americana vem catalogando esses asteroides mais para monitorar o risco de eles
colidirem com nosso planeta e causarem algum estrago. O cientista espanhol, porém, procurava
corpos celestes com outras características.
A ideia era achar asteroides com órbitas mais ou menos emparelhadas com a Terra e que fossem
leves o bastante para poderem ser trazidos até perto do planeta. Não foi uma tarefa fácil, porque não
havia uma maneira automatizada de fazer essa busca.
Yárnoz, então, desenvolveu um método de triagem que encontrou os 12 bólidos espaciais
mencionados em sua pesquisa. São todos asteroides entre 2 e 60 metros de diâmetro. Para trazê-los
à vizinhança da Terra, seria necessário um impulso de menos de 500 metros por segundo em suas
trajetórias, um número considerado razoável pelos cientistas.
"Tecnologias existentes podem ser adaptadas para trazer à vizinhança da Terra objetos pequenos, de
2 a 30 metros de diâmetro, para exploração científica e uso de recursos", escrevem os cientistas em
estudo na revista Celestial Mechanics and Dynamical Astronomy.
Uma missão dessas, segundo Yárnoz, custaria algo na casa dos bilhões de dólares e levaria de 3,5 a
7 anos só na trajetória de volta (o estudo não calculou ainda a ida). Um foguete francês, Ariane 5,
seria capaz de levar a espaçonave de 6 toneladas necessária para o serviço.
A melhor oportunidade para uma missão como essas, dizem os cientistas, será em fevereiro de 2021,
quando um asteroide com cerca de 5 metros passará numa órbita extremamente similar à da Terra. É
possível que esse, ou algum dos outros 11 objetos apontados por Yárnoz, seja escolhido para a
missão da Nasa que propõe colocar um asteroide na órbita da Lua.
Um asteroide interessante para mineração, porém, teria de ser bem maior, pois o custo de enviar uma
espaçonave para rebocá-lo não pode comprometer o lucro.
A ideia de trazer um objeto desses para perto da Terra, porém, é sedutora por motivos científicos,
pois em geral eles são corpos cosmicamente antigos e podem revelar coisas interessantes sobre as
origens do Sistema Solar. Além disso, astronautas nunca puseram os pés num asteroide, e a água e
os outros recursos que eles contêm podem vir a ser aproveitados no futuro em viagens espaciais
longas.
 
Rafael Garcia. "Cientistas escolhem 12 asteroides candidatos a serem rebocados para perto da
Terra". Folha de S.Paulo. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/08/1326068-cientistas-
escolhem-12-asteroides-candidatos-a-serem-rebocados-para-perto-da-terra.shtml>. Acesso em: 7 jan.
2014.
 
Agora, responda às questões a seguir.
 
a) Qual foi a pesquisa desenvolvida pelo cientista Daniel Yárnoz?

 
b) Que método ele utilizou para desenvolver sua pesquisa?

Questão 19

Leia este texto.


 
Além da Via Láctea: conheça as galáxias diferentes da nossa
Existem quatro formatos de galáxias no universo; veja quais são
 
Elas são como um grande aglomerado cheio de estrelas, gás e poeira. A Terra, por exemplo, está na
galáxia Via Láctea.
Mas nem todas são parecidas com a nossa: há quatro tipos diferentes de formatos de galáxias,
segundo a Nasa (agência espacial norte-americana). A forma depende da região do espaço onde elas
nasceram, dos encontros que tiveram com outros corpos, da rotação dos astros e até da atração entre
eles. Olha só:
 
Espirais
É o formato da Via Láctea: as estrelas se distribuem num disco fino, com braços que parecem formar
uma espiral. A maioria das galáxias brilhantes conhecidas são assim. Esse tipo normalmente surge
em ambientes com poucas galáxias – e ganha forma de disco porque está girando em torno de si.
 
Elípticas
Nelas, as estrelas se distribuem numa esfera, como se formassem uma grande bola. Essa esfera
pode ser um pouco achatada, fazendo a bola parecer amassada. Uma galáxia ganha esse formato
por ter nascido em uma região com muitos corpos celestes ou por ter se trombado com outra galáxia,
por exemplo.
 
Lenticulares
Esse tipo mistura características de espirais e elípticas – aí, os corpos podem se reunir em uma
esfera e também terem um disco fino. Uma galáxia dessas pode ter sido uma espiral que perdeu o
gás e ficou sem braços espirais.
 
Irregulares
São as que não se encaixam nos outros tipos e não têm formas definidas – cada uma é diferente de
outra. Normalmente, esse tipo de galáxia tem uma grande quantidade de estrelas que acabaram de
nascer e é a minoria das galáxias de que se tem notícia. O formato vem das colisões ou passagens
muito próximas de uma galáxia por outra.
 
CONSULTORIA: GASTÃO LIMA NETO (ASTRÔNOMO DO INSTITUTO DE ASTRONOMIA E
CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS DA USP).
 
Débora Zanelato. Além da Via Láctea: conheça as galáxias diferentes da nossa. Recreio On-line.
Disponível em: <www.recreio.com.br/licao-de-casa/alem-da-via-lactea-conheca-as-galaxias-diferente-
da-nossa>. Acesso em: 18 ago. 2013.
 
Agora, responda às questões.
 
a) Segundo o texto, o que é uma galáxia?
 
b) O que determina o formato de uma galáxia?

 
c) Quais são os tipos de galáxia conhecidos pelos cientistas?

Questão 20

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.


 
O senhor do anel

Conheça a história de Minos, Teseu e o labirinto do Minotauro

Você já ouviu falar na lenda do rei da ilha de Creta, aquele que aprisionou o Minotauro em um
labirinto? É mais ou menos assim: quando assumiu o reino de Creta, na Grécia, Minos – um nome
usado de forma genérica para reis, assim como a palavra “faraó” é usada para os soberanos do
antigo Egito – teve que brigar com seus irmãos pelo direito de governar a ilha. Ele teve a ideia de
pedir ajuda a Poseidon, deus do mar, que, confirmando que seria ele o escolhido, fez aparecer um
bonito touro branco no mar.
Minos ficou tão encantado com ele que decidiu não oferecer o animal em sacrifício aos deuses do
Olimpo, como seria esperado. As divindades, porém, ficaram tão furiosas que fizeram a esposa de
Minos se apaixonar pelo touro. Da paixão entre os dois nasceu Minotauro, cabeça de touro, corpo de
homem.

© Erin Babnik/Alamy/Glow Images


Escultura representa o Minotauro, figura mitológica que tinha corpo de homem e cabeça de touro. A
imagem está no Museu Arqueológico Nacional de Atenas, na Grécia.
 
Com medo do monstro, Minos construiu um labirinto perto do palácio de Knossos, para escondê-lo, e
assim continuou seu reinado. Mais tarde, quando os atenienses mataram seu filho Androceu numa
guerra, Minos se vingou, ordenando que, a cada ano, fossem enviados sete rapazes e sete moças de
Atenas para lutar contra o Minotauro.
© Ochkin Alexey/Shutterstock

Ruínas do Palácio de Knossos, local onde, segundo a lenda, Minos teria construído um labirinto para
esconder o Minotauro.
 
Um dia, um corajoso rapaz se ofereceu como voluntário para lutar contra o monstro. Era Teseu, filho
de Egeu, rei de Atenas. Quando o jovem chegou a Creta, Minos duvidou que Teseu fosse mesmo
quem dizia ser. E, jogando seu anel no mar, desafiou-o a recuperá-lo, para provar que estava dizendo
a verdade. Teseu voltou com o anel. Em seguida, ajudado por Ariadne, outra filha de Minos,
conseguiu entrar e sair ileso do labirinto, matando o Minotauro.
A história de Teseu não passa de lenda: até hoje, não se pode afirmar com certeza se ele existiu
mesmo. O que sabemos sobre Teseu e o Minotauro está no livro Ilíada, de Homero, que relatou a
história há cerca de 2800 anos.
Por outro lado, uma coisa é certa: o anel de Minos existiu!

© Albert Knapp/Alamy/Glow Images

Segundo a lenda, Teseu foi desafiado pelo rei Minos a recuperar um anel jogado no mar. Esse anel
foi declarado verdadeiro em 2001 e está exposto em um museu na Grécia.
 
Em 1928, um anel de ouro foi encontrado perto do Palácio de Knossos e levado imediatamente ao
Instituto de Arqueologia Grega, com a suspeita de ter pertencido a Minos. Na época, no entanto, não
houve consenso sobre a autenticidade do anel – alguns arqueólogos acharam que ele era verdadeiro,
outros acharam que era falso. O caso acabou caindo no esquecimento e o anel, perdido.
Já em 2001, o anel foi encontrado novamente pelo herdeiro de uma casa em Creta, que achou-o
colado na parede da lareira. O anel foi parar no Instituto de Arqueologia Grega mais uma vez e
finalmente declarado autêntico. Ele foi feito há simplesmente 3500 anos e hoje está exposto no
Museu Arqueológico de Heraklion, em Creta, pertinho das ruínas do Palácio de Knossos.
 
Keila Grinberg, Departamento de História, Unirio. Quando criança, gostava de visitar a Biblioteca
Nacional, colecionar jornais antigos e ouvir histórias da época de seus avós. Não deu outra: hoje é
historiadora e escreve para a coluna Máquina do tempo.
 
Keila Grinberg. "O senhor do anel". Ciência Hoje das Crianças. Disponível em:
<http://chc.cienciahoje.uol.com.br/o-senhor-do-anel>. Acesso em: 13 maio 2013.
 
Releia os dois últimos parágrafos do texto. Eles indicam que as informações apresentadas são dados
reais.

Agora responda:
a) Qual instituição investigou o anel encontrado?
 
b) Onde foi feita a investigação?
 

c) O que foi investigado?

Questão 21

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.


 
A Xícara e o Bule: um apólogo

Após o café da tarde, sobre a mesa da varanda, a Xícara disse para o velho Bule:
– Ah... eu sou a mais bela peça da copa!
A qual respondeu o Bule:
– Tu? Ora essa!
– Sim! Sou a mais bela peça, e a mais importante também! – retrucou a Xícara indignada.
– É mesmo? – perguntou o Bule, com ironia.
– Podes rir, bule velho! – disse a Xícara, fechando a cara.
– Ora, não me leve a mal. Tu sabes que eu gosto muito de ti – disse amigavelmente o Bule cheio de
chá.
Mas dona Xícara, ignorando o senhor Bule, continuou a discorrer amorosamente sobre as suas
qualidades admiráveis:
– Pois então. É a mim que os senhores levam à boca, todos os dias, e me cobrem de beijos enquanto
bebem o chá. Sou feita de porcelana delicada, com belas florzinhas pintadas de dourado, que
refletem a luz e brilham como num sonho. Não é qualquer um da casa que pode me tocar.
O Bule, muito sensato, tentou transmitir uma lição:
– Mas, minha amiga, o que realmente importa é o nosso destino. O que disseste sobre tuas florzinhas
é somente vaidade, mas ir à boca dos senhores é o teu dever. E sou eu que fervo a água e preparo o
chá no meu interior, o qual é servido por ti. Tal é o meu destino. Tu percebes que nós dois, juntos,
temos um sentido na vida?
Dona Xícara riu-se, e disse com desprezo:
– Oh, sim! Então não sou diferente dos copos de vidro grosseiro que as crianças usam para beber?
Escuta, filósofo, serei franca contigo: tu tens inveja...
– Inveja? – perguntou o Bule.
– Sim! – respondeu a Xícara – pois eu estou sempre cheirosa e doce, e tu tens cheiro de bule velho e
borra de chá. Lavam-me cuidadosamente, e guardam-me no armário de vidro, junto com as louças
finas e os cristais, para embelezar a casa; enquanto tu és lavado com palha de aço e te escondem
dentro da pia, para que não te vejam. Sou estimada, e quanto mais velha eu me torno, mais valiosa
fico. E tu? És velho, manchado, cheio de amassadinhos, e és feito de metal ordinário...
O Bule ia responder alguma coisa, porém desistiu. Como poderia argumentar com uma xícara vaidosa
e cabeçuda?
Nesse momento o gato da casa, inesperadamente, pulou em cima da mesa da varanda tentando
caçar um besouro. O gato foi tão rápido e desastrado que nem escutou os gritos do senhor Bule e da
dona Xícara:
– Cuidado!
Mas era tarde demais, e os dois caíram no chão. O velho Bule, que tinha uma base pesada, caiu e
rodou como um pião, ficando em pé quando parou. E a bela Xícara, pobrezinha, espatifou-se nas
lajes da varanda.
Uma lágrima de chá deslizou suavemente pela fronte do senhor Bule, enquanto observava a pequena
luz de vida que aos poucos desaparecia dos caquinhos de porcelana.
– Minha amiga – disse o Bule, entristecido – escarneceste dos meus amassadinhos. Pois são as
marcas da experiência, dos muitos tombos que levei na vida...
E a Xícara, definhando, respondeu num fio de voz:
– Sem essa, convencido! Se não fosse eu, tu não terias a oportunidade de ficar aí, fazendo pose de
sábio!...

Eduardo Cândido. A Xícara e o Bule: um apólogo. Disponível em:


<www.bdtd.ufu.br/tde_arquivos/18/TDE-2006-09-27T073136Z-357/Publico/MBArantesDISSPRT.pdf>.
Acesso em: 23 maio 2013.
 
Os diálogos são a principal característica do apólogo.

a) Que personagens estão dialogando nesse apólogo?


 

b) Sobre o que elas estão conversando?

Questão 22

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.


 
A Xícara e o Bule: um apólogo

Após o café da tarde, sobre a mesa da varanda, a Xícara disse para o velho Bule:
– Ah... eu sou a mais bela peça da copa!
A qual respondeu o Bule:
– Tu? Ora essa!
– Sim! Sou a mais bela peça, e a mais importante também! – retrucou a Xícara indignada.
– É mesmo? – perguntou o Bule, com ironia.
— Podes rir, bule velho! – disse a Xícara, fechando a cara.
– Ora, não me leve a mal. Tu sabes que eu gosto muito de ti – disse amigavelmente o Bule cheio de
chá.
Mas dona Xícara, ignorando o senhor Bule, continuou a discorrer amorosamente sobre as suas
qualidades admiráveis:
– Pois então. É a mim que os senhores levam à boca, todos os dias, e me cobrem de beijos enquanto
bebem o chá. Sou feita de porcelana delicada, com belas florzinhas pintadas de dourado, que
refletem a luz e brilham como num sonho. Não é qualquer um da casa que pode me tocar.
O Bule, muito sensato, tentou transmitir uma lição:
– Mas, minha amiga, o que realmente importa é o nosso destino. O que disseste sobre tuas florzinhas
é somente vaidade, mas ir à boca dos senhores é o teu dever. E sou eu que fervo a água e preparo o
chá no meu interior, o qual é servido por ti. Tal é o meu destino. Tu percebes que nós dois, juntos,
temos um sentido na vida?
Dona Xícara riu-se, e disse com desprezo:
– Oh, sim! Então não sou diferente dos copos de vidro grosseiro que as crianças usam para beber?
Escuta, filósofo, serei franca contigo: tu tens inveja...
– Inveja? – perguntou o Bule.
– Sim! – respondeu a Xícara – pois eu estou sempre cheirosa e doce, e tu tens cheiro de bule velho e
borra de chá. Lavam-me cuidadosamente, e guardam-me no armário de vidro, junto com as louças
finas e os cristais, para embelezar a casa; enquanto tu és lavado com palha de aço e te escondem
dentro da pia, para que não te vejam. Sou estimada, e quanto mais velha eu me torno, mais valiosa
fico. E tu? És velho, manchado, cheio de amassadinhos, e és feito de metal ordinário...
O Bule ia responder alguma coisa, porém desistiu. Como poderia argumentar com uma xícara vaidosa
e cabeçuda?
Nesse momento o gato da casa, inesperadamente, pulou em cima da mesa da varanda tentando
caçar um besouro. O gato foi tão rápido e desastrado que nem escutou os gritos do senhor Bule e da
dona Xícara:
– Cuidado!
Mas era tarde demais, e os dois caíram no chão. O velho Bule, que tinha uma base pesada, caiu e
rodou como um pião, ficando em pé quando parou. E a bela Xícara, pobrezinha, espatifou-se nas
lajes da varanda.
Uma lágrima de chá deslizou suavemente pela fronte do senhor Bule, enquanto observava a pequena
luz de vida que aos poucos desaparecia dos caquinhos de porcelana.
– Minha amiga – disse o Bule, entristecido – escarneceste dos meus amassadinhos. Pois são as
marcas da experiência, dos muitos tombos que levei na vida...
E a Xícara, definhando, respondeu num fio de voz:
– Sem essa, convencido! Se não fosse eu, tu não terias a oportunidade de ficar aí, fazendo pose de
sábio!...
 

Eduardo Cândido. A Xícara e o Bule: um apólogo. Disponível em:


<www.bdtd.ufu.br/tde_arquivos/18/TDE-2006-09-27T073136Z-357/Publico/MBArantesDISSPRT.pdf>.
Acesso em: 23 maio 2013.
 
a) Por que a Xícara se considera mais importante que o Bule? Responda usando um trecho do texto.
 
b) E por que o Bule se considera mais importante do que a Xícara? Responda usando um trecho do
texto.
 

c) Quem acaba vencendo a discussão? Por quê?

Questão 23

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.

A Xícara e o Bule: um apólogo

Após o café da tarde, sobre a mesa da varanda, a Xícara disse para o velho Bule:
– Ah... eu sou a mais bela peça da copa!
A qual respondeu o Bule:
– Tu? Ora essa!
– Sim! Sou a mais bela peça, e a mais importante também! – retrucou a Xícara indignada.
– É mesmo? – perguntou o Bule, com ironia.
– Podes rir, bule velho! – disse a Xícara, fechando a cara.
– Ora, não me leve a mal. Tu sabes que eu gosto muito de ti – disse amigavelmente o Bule cheio de
chá.
Mas dona Xícara, ignorando o senhor Bule, continuou a discorrer amorosamente sobre as suas
qualidades admiráveis:
– Pois então. É a mim que os senhores levam à boca, todos os dias, e me cobrem de beijos enquanto
bebem o chá. Sou feita de porcelana delicada, com belas florzinhas pintadas de dourado, que
refletem a luz e brilham como num sonho. Não é qualquer um da casa que pode me tocar.
O Bule, muito sensato, tentou transmitir uma lição:
– Mas, minha amiga, o que realmente importa é o nosso destino. O que disseste sobre tuas florzinhas
é somente vaidade, mas ir à boca dos senhores é o teu dever. E sou eu que fervo a água e preparo o
chá no meu interior, o qual é servido por ti. Tal é o meu destino. Tu percebes que nós dois, juntos,
temos um sentido na vida?
Dona Xícara riu-se, e disse com desprezo:
– Oh, sim! Então não sou diferente dos copos de vidro grosseiro que as crianças usam para beber?
Escuta, filósofo, serei franca contigo: tu tens inveja...
– Inveja? – perguntou o Bule.
– Sim! – respondeu a Xícara – pois eu estou sempre cheirosa e doce, e tu tens cheiro de bule velho e
borra de chá. Lavam-me cuidadosamente, e guardam-me no armário de vidro, junto com as louças
finas e os cristais, para embelezar a casa; enquanto tu és lavado com palha de aço e te escondem
dentro da pia, para que não te vejam. Sou estimada, e quanto mais velha eu me torno, mais valiosa
fico. E tu? És velho, manchado, cheio de amassadinhos, e és feito de metal ordinário...
O Bule ia responder alguma coisa, porém desistiu. Como poderia argumentar com uma xícara vaidosa
e cabeçuda?
Nesse momento o gato da casa, inesperadamente, pulou em cima da mesa da varanda tentando
caçar um besouro. O gato foi tão rápido e desastrado que nem escutou os gritos do senhor Bule e da
dona Xícara:
– Cuidado!
Mas era tarde demais, e os dois caíram no chão. O velho Bule, que tinha uma base pesada, caiu e
rodou como um pião, ficando em pé quando parou. E a bela Xícara, pobrezinha, espatifou-se nas
lajes da varanda.
Uma lágrima de chá deslizou suavemente pela fronte do senhor Bule, enquanto observava a pequena
luz de vida que aos poucos desaparecia dos caquinhos de porcelana.
– Minha amiga – disse o Bule, entristecido – escarneceste dos meus amassadinhos. Pois são as
marcas da experiência, dos muitos tombos que levei na vida...
E a Xícara, definhando, respondeu num fio de voz:
– Sem essa, convencido! Se não fosse eu, tu não terias a oportunidade de ficar aí, fazendo pose de
sábio!...
 

Eduardo Cândido. A Xícara e o Bule: um apólogo. Disponível em:


<www.bdtd.ufu.br/tde_arquivos/18/TDE-2006-09-27T073136Z-357/Publico/MBArantesDISSPRT.pdf>.
Acesso em: 23 maio 2013.
 
O que é possível concluir quanto ao ensinamento moral desse apólogo?
a) A Xícara, mesmo no fim da vida, é mais importante que o Bule.
b) O Bule é mais importante que a Xícara.
c) Todos têm um papel importante na sociedade.
Questão 24

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.


 
Assembleia na carpintaria
 
Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembleia. Foi uma reunião de ferramentas
para acertar suas diferenças.
Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A
causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando.
O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava
muitas voltas para conseguir algo.
Diante do ataque, o parafuso concordou, mas, por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era
muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.
A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro, que sempre media segundo a sua
medida, como se fora o único perfeito. Nesse momento, entrou o carpinteiro, juntou o material e
iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.
Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.
Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão. Foi então que o serrote
tomou a palavra e disse:
“Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades,
com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em
nossos pontos fortes.”
A assembleia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para
limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.
Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela
oportunidade de trabalhar juntos.
Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar. Quando uma pessoa busca
defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa; ao contrário, quando se busca com
sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.
 
Disponível em: <www.bdtd.ufu.br/tde_arquivos/18/TDE-2006-09-27T073136Z-357/Publico/
MBArantesDISSPRT.pdf>. Acesso em: 23 maio 2013.
 
Escreva os argumentos utilizados pelas personagens para minimizar seus defeitos:
a) Martelo
 

b) Parafuso
 
c) Lixa

Questão 25

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.

Assembleia na carpintaria
 
Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembleia. Foi uma reunião de ferramentas
para acertar suas diferenças.
Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A
causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando.
O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava
muitas voltas para conseguir algo.
Diante do ataque, o parafuso concordou, mas, por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era
muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.
A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro, que sempre media segundo a sua
medida, como se fora o único perfeito. Nesse momento, entrou o carpinteiro, juntou o material e
iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.
Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.
Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão. Foi então que o serrote
tomou a palavra e disse:
“Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades,
com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em
nossos pontos fortes.”
A assembleia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para
limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.
Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela
oportunidade de trabalhar juntos.
Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar. Quando uma pessoa busca
defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa; ao contrário, quando se busca com
sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem as melhores conquistas humanas.

Disponível em: <www.bdtd.ufu.br/tde_arquivos/18/TDE-2006-09-27T073136Z-357/Publico/


MBArantesDISSPRT.pdf>. Acesso em: 23 maio 2013.
 
a) Qual das personagens da assembleia não reagiu apresentando argumentos?
 
b) Que lição o serrote deu a todas as ferramentas e também ao leitor?
 

Questão 26

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.

Crianças obesas e sedentárias


 
A obesidade infantil é uma doença de consequências graves que se instala em múltiplos órgãos.
Excesso de gordura corpórea na infância é causa de diabetes, hipertensão, elevação dos níveis de
colesterol e triglicérides, tendência à coagulação acelerada do sangue, alterações na parede interna
dos vasos e maior produção de insulina. (...) Além da genética, fatores pré-natais, como a obesidade
materna e o excesso de alimentos consumidos durante a gravidez, aumentam o risco de obesidade
do filho. Do mesmo modo, fatores ambientais predispõem ao ganho de peso excessivo depois do
nascimento.
Dois estudos demonstraram que bebês amamentados com mamadeira correm mais risco de
desenvolver obesidade no futuro. A explicação pode estar relacionada à existência de algum
componente protetor presente apenas no leite materno, à preferência pelo paladar ou à interferência
de mecanismos psicológicos no centro de saciedade do bebê.
O índice de massa corpórea (peso dividido pela altura ao quadrado) diminui do nascimento até os
cinco ou seis anos de idade, para depois aumentar gradualmente até a adolescência. Quando fatores
ambientais, como falta de atividade física e dietas de alto conteúdo calórico, provocam aumento de
peso que subverte essa regra geral, surge predisposição à obesidade na vida adulta.
A falta de atividade física da criança urbana de hoje é considerada pelos especialistas uma das
principais causas da epidemia de obesidade infantil que se dissemina em diversos países, inclusive
no nosso. Um trabalho realizado na Cidade do México mostrou que o risco de obesidade caiu 10%
para cada hora de atividade física de intensidade moderada ou forte praticada diariamente pela
criança. Estudo semelhante conduzido na Carolina do Sul chegou à mesma conclusão: crianças mais
ativas são mais magras do que aquelas que se movimentam pouco.
O número de horas que a criança passa diante da TV, entretida com programas infantis ou
videogames, está diretamente ligado ao aumento de peso. O trabalho realizado na Cidade do México
encontrou um aumento de 12% no risco de desenvolver obesidade para cada hora por dia na frente
da TV. Os autores concluíram que a TV aumenta o risco de obesidade não só por desviar a criança
das atividades físicas, mas por induzir à ingestão de alimentos altamente calóricos.
Pesquisadores americanos e ingleses contaram o número de comerciais na televisão que anunciam
doces, balas, chocolates, refrigerantes, biscoitos e outros alimentos de conteúdo energético alto e
chegaram à conclusão de que, nos seus países, cada criança fica exposta a dez desses comerciais
por hora. Outro trabalho comprovou que crianças de três a cinco anos submetidas a esse bombardeio
diário dos anunciantes costumam escolher as guloseimas apregoadas na TV, quando são oferecidas
como opção frutas e outros alimentos saudáveis.
(...)
A prevenção à obesidade é de extrema importância para o desenvolvimento da criança. Chegar à vida
adulta com excesso de gordura no corpo, além de aumentar o risco de várias doenças, dá início a
uma batalha sem fim contra a balança. Uma afirmação de consenso dos National Institutes of Health,
dos Estados Unidos, ilustra como pode ser inglória essa luta: “Adultos que participam de programas
de emagrecimento podem esperar uma perda de apenas 10% do peso corpóreo, no máximo. Cerca
de 50% dessa perda são repostos em um ano, e, virtualmente, todo o resto é recuperado em cinco
anos”.
 

Drauzio Varella. "Crianças obesas e sedentárias". Disponível em:


<http://drauziovarella.com.br/crianca-2/criancas-obesas-e-sedentarias>. Acesso em: 28 maio 2013.
 
a) Qual é a ideia principal que o autor defende no texto?
 

b) Grife no texto dois argumentos utilizados pelo autor para reforçar a ideia defendida.

Questão 27

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.

Crianças obesas e sedentárias


 
A obesidade infantil é uma doença de consequências graves que se instala em múltiplos órgãos.
Excesso de gordura corpórea na infância é causa de diabetes, hipertensão, elevação dos níveis de
colesterol e triglicérides, tendência à coagulação acelerada do sangue, alterações na parede interna
dos vasos e maior produção de insulina. (...) Além da genética, fatores pré-natais, como a obesidade
materna e o excesso de alimentos consumidos durante a gravidez, aumentam o risco de obesidade
do filho. Do mesmo modo, fatores ambientais predispõem ao ganho de peso excessivo depois do
nascimento.
Dois estudos demonstraram que bebês amamentados com mamadeira correm mais risco de
desenvolver obesidade no futuro. A explicação pode estar relacionada à existência de algum
componente protetor presente apenas no leite materno, à preferência pelo paladar ou à interferência
de mecanismos psicológicos no centro de saciedade do bebê.
O índice de massa corpórea (peso dividido pela altura ao quadrado) diminui do nascimento até os
cinco ou seis anos de idade, para depois aumentar gradualmente até a adolescência. Quando fatores
ambientais, como falta de atividade física e dietas de alto conteúdo calórico, provocam aumento de
peso que subverte essa regra geral, surge predisposição à obesidade na vida adulta.
A falta de atividade física da criança urbana de hoje é considerada pelos especialistas uma das
principais causas da epidemia de obesidade infantil que se dissemina em diversos países, inclusive
no nosso. Um trabalho realizado na Cidade do México mostrou que o risco de obesidade caiu 10%
para cada hora de atividade física de intensidade moderada ou forte praticada diariamente pela
criança. Estudo semelhante conduzido na Carolina do Sul chegou à mesma conclusão: crianças mais
ativas são mais magras do que aquelas que se movimentam pouco.
O número de horas que a criança passa diante da TV, entretida com programas infantis ou
videogames, está diretamente ligado ao aumento de peso. O trabalho realizado na Cidade do México
encontrou um aumento de 12% no risco de desenvolver obesidade para cada hora por dia na frente
da TV. Os autores concluíram que a TV aumenta o risco de obesidade não só por desviar a criança
das atividades físicas, mas por induzir à ingestão de alimentos altamente calóricos.
Pesquisadores americanos e ingleses contaram o número de comerciais na televisão que anunciam
doces, balas, chocolates, refrigerantes, biscoitos e outros alimentos de conteúdo energético alto e
chegaram à conclusão de que, nos seus países, cada criança fica exposta a dez desses comerciais
por hora. Outro trabalho comprovou que crianças de três a cinco anos submetidas a esse bombardeio
diário dos anunciantes costumam escolher as guloseimas apregoadas na TV, quando são oferecidas
como opção frutas e outros alimentos saudáveis.
(...)
A prevenção à obesidade é de extrema importância para o desenvolvimento da criança. Chegar à vida
adulta com excesso de gordura no corpo, além de aumentar o risco de várias doenças, dá início a
uma batalha sem fim contra a balança. Uma afirmação de consenso dos National Institutes of Health,
dos Estados Unidos, ilustra como pode ser inglória essa luta: “Adultos que participam de programas
de emagrecimento podem esperar uma perda de apenas 10% do peso corpóreo, no máximo. Cerca
de 50% dessa perda são repostos em um ano, e, virtualmente, todo o resto é recuperado em cinco
anos”.

Drauzio Varella. Crianças obesas e sedentárias. Disponível em: <http://drauziovarella.com.br/crianca-


2/criancas-obesas-e-sedentarias>. Acesso em: 28 maio 2013.
 
Identifique as partes do artigo de opinião acima. Escreva introdução, argumento ou conclusão nos
quadrinhos.

 
Pesquisadores americanos e ingleses contaram o
número de comerciais na televisão que anunciam doces,
  balas, chocolates, refrigerantes, biscoitos e outros
 
→ alimentos de conteúdo energético alto e chegaram à
conclusão de que, nos seus países, cada criança fica
exposta a dez desses comerciais por hora.
                                                              → A prevenção à obesidade é de extrema importância para
     o desenvolvimento da criança. Chegar à vida adulta com
excesso de gordura no corpo, além de aumentar o risco
de várias doenças, dá início a uma batalha sem fim
contra a balança. Uma afirmação de consenso dos
National Institutes of Health, dos Estados Unidos, ilustra
como pode ser inglória essa luta: “Adultos que
participam de programas de emagrecimento podem
esperar uma perda de apenas 10% do peso corpóreo,
no máximo. Cerca de 50% dessa perda são repostos em
um ano, e, virtualmente, todo o resto é recuperado em
cinco anos”.
A obesidade infantil é uma doença de consequências
graves que se instala em múltiplos órgãos. Excesso de
gordura corpórea na infância é causa de diabetes,
hipertensão, elevação dos níveis de colesterol e
triglicérides, tendência à coagulação acelerada do
sangue, alterações na parede interna dos vasos e maior
  →
produção de insulina. (...). Além da genética, fatores pré-
natais, como a obesidade materna e o excesso de
alimentos consumidos durante a gravidez, aumentam o
risco de obesidade do filho. Do mesmo modo, fatores
ambientais predispõem ao ganho de peso excessivo
depois do nascimento.
 
 

Questão 28

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.

Crianças e videogames

É fato: crianças gostam de videogames. E por que não gostariam, quando muitos de nós, adultos,
também curtimos essa diversão? 
Vivemos em um mundo tecnológico, de computadores, televisões e videogames; de jogos eletrônicos
e muitos, muitos botões. Diante disso, torna-se impossível privar a criança dessas diversões. Como
saber, porém, o que é saudável? Como colocar limites? 
Quando falamos de jogos eletrônicos e crianças, existe uma enorme polêmica. Os estudos realizados
não são claros e, se alguns contraindicam essa diversão, outros ressaltam as vantagens para o
desenvolvimento do raciocínio. Bom senso torna-se, então, a principal arma dos pais. 
Escolher bem os jogos aos quais a criança terá acesso é o primeiro passo. No geral, as embalagens
vêm com a indicação de idade, que leva em conta o conteúdo dos jogos, o grau de dificuldade e as
capacidades e habilidades de cada faixa etária, evitando-se o risco de gerar frustrações na criança.
Os jogos policiais, de luta e de guerra são a sensação, em especial entre os meninos. Através deles,
a criança extravasa sua própria agressividade e a assimila, junto com a violência existente em nosso
mundo. Fica o lembrete, porém, para mais uma vez atentar-se às indicações etárias, pois parte destes
jogos tem conteúdo bastante realista, nem sempre próprio para qualquer idade.
Controle o tempo que a criança passa em frente ao videogame, se necessário com regras e acordos
preestabelecidos. Embora, muitas vezes, seja prático deixar a criança jogando por horas enquanto se
cuida de outros afazeres importantes, vale lembrar que crianças precisam de atividades físicas, de
brincadeiras com outras crianças, de jogos e brinquedos que estimulem seu raciocínio, coordenação,
emoção e sociabilização de maneiras diferentes.
(...)

Renata Peixoto. Psicóloga, com experiência em Educação Infantil. Disponível


em: <www.guiadasemana.com.br/filhos/noticia/criancas-e-videogames>. Acesso em: 10 jun. 2013.
 
a) Segundo o texto, há algumas vantagens em jogar videogame. Quais são elas?
 

b) Em que situações os videogames seriam prejudiciais?

Questão 29

Leia este texto e, em seguida, faça o que se pede.

Crianças e videogames

É fato: crianças gostam de videogames. E por que não gostariam, quando muitos de nós, adultos,
também curtimos essa diversão? 
Vivemos em um mundo tecnológico, de computadores, televisões e videogames; de jogos eletrônicos
e muitos, muitos botões. Diante disso, torna-se impossível privar a criança dessas diversões. Como
saber, porém, o que é saudável? Como colocar limites? 
Quando falamos de jogos eletrônicos e crianças, existe uma enorme polêmica. Os estudos realizados
não são claros e, se alguns contraindicam essa diversão, outros ressaltam as vantagens para o
desenvolvimento do raciocínio. Bom senso torna-se, então, a principal arma dos pais. 
Escolher bem os jogos aos quais a criança terá acesso é o primeiro passo. No geral, as embalagens
vêm com a indicação de idade, que leva em conta o conteúdo dos jogos, o grau de dificuldade e as
capacidades e habilidades de cada faixa etária, evitando-se o risco de gerar frustrações na criança.
Os jogos policiais, de luta e de guerra são a sensação, em especial entre os meninos. Através deles,
a criança extravasa sua própria agressividade e a assimila, junto com a violência existente em nosso
mundo. Fica o lembrete, porém, para mais uma vez atentar-se às indicações etárias, pois parte destes
jogos tem conteúdo bastante realista, nem sempre próprio para qualquer idade.
Controle o tempo que a criança passa em frente ao videogame, se necessário com regras e acordos
preestabelecidos. Embora, muitas vezes, seja prático deixar a criança jogando por horas enquanto se
cuida de outros afazeres importantes, vale lembrar que crianças precisam de atividades físicas, de
brincadeiras com outras crianças, de jogos e brinquedos que estimulem seu raciocínio, coordenação,
emoção e sociabilização de maneiras diferentes.
(...)

Renata Peixoto. Psicóloga, com experiência em Educação Infantil. Disponível em:


<www.guiadasemana.com.br/filhos/noticia/criancas-e-videogames>. Acesso em: 10 jun. 2013.
 
 
O que a psicóloga Renata Peixoto recomenda aos pais sobre videogames?
(   ) Deixar a criança jogar o tempo que quiser para resolver sua agressividade.
(   ) Mesclar videogames com outros tipos de brincadeiras.
(   ) Comprar videogames adequados à faixa etária das crianças.
(   ) Apresentar videogames com conteúdo realista.

Questão 30

Leia esta anedota.


 
Um homem montou um restaurante e anunciou que faria o prato que o freguês quisesse.
Aí veio o chato:
― Quero um sanduíche de filé de elefante.
― Um só?
― É. Só um.
― Não vai ser possível.
― Por quê?
― Porque hoje a padaria não entregou o pão de sanduíche.
 
Ziraldo. As últimas anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Melhoramentos, 1988. p. 46.
 
Agora, faça o que se pede a seguir.
 
a) O que provoca humor na anedota?

b) Quantas frases há no diálogo entre o freguês e o dono do restaurante?


c) Sublinhe na anedota as frases nominais.

Questão 31

Leia esta anedota.


 
Um homem montou um restaurante e anunciou que faria o prato que o freguês quisesse.
Aí veio o chato:
― Quero um sanduíche de filé de elefante.
― Um só?
― É. Só um.
― Não vai ser possível.
― Por quê?
― Porque hoje a padaria não entregou o pão de sanduíche.
 
Ziraldo. As últimas anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Melhoramentos, 1988. p. 46.
 
Identifique nestas frases retiradas da anedota as preposições e as palavras que elas estão ligando.
 
a) Quero um sanduíche de filé de elefante.

b) Porque hoje a padaria não entregou o pão de sanduíche.

Questão 32

Leia esta anedota.


 
Um homem montou um restaurante e anunciou que faria o prato que o freguês quisesse.
Aí veio o chato:
― Quero um sanduíche de filé de elefante.
― Um só?
― É. Só um.
― Não vai ser possível.
― Por quê?
― Porque hoje a padaria não entregou o pão de sanduíche.
 
Ziraldo. As últimas anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Melhoramentos, 1988. p. 46.
 
Identifique as conjunções que estão unindo estas orações destacadas:
 
Um homem montou um restaurante e anunciou que faria o prato que o freguês quisesse.

Questão 33

Leia este trecho de um texto sobre ecologia.


 
Veja como os animais e as plantas dependem uns dos outros para viver
As plantas absorvem a luz solar e produzem oxigênio, folhas, flores e sementes.
Aves comem sementes. E insetos também.
As aves fazem cocô.
Dentro das fezes das aves, às vezes se encontram sementes, que caem na terra e brotam.
(...)
 
Ruth Rocha. Almanaque Ruth Rocha. São Paulo: Salamandra, 2011. p. 68.
 
Agora, faça o que se pede a seguir.
 
a) De acordo com o texto, qual a relação entre plantas e animais?

b) Identifique, no trecho a seguir, uma frase nominal e duas orações.


 
Aves comem sementes. E insetos também.
As aves fazem cocô.
 
 

Questão 34

Leia este trecho de um texto sobre ecologia.


 
Veja como os animais e as plantas dependem uns dos outros para viver
As plantas absorvem a luz solar e produzem oxigênio, folhas flores e sementes.
Aves comem sementes. E insetos também.
As aves fazem cocô.
Dentro das fezes das aves, às vezes se encontram sementes, que caem na terra e brotam.
(...)
 
Ruth Rocha. Almanaque Ruth Rocha. São Paulo: Salamandra, 2011. p. 68.
 
Identifique o sujeito e o predicado nas orações a seguir.
 
a) As plantas absorvem a luz solar.

b) Aves comem sementes.

 
c) As aves fazem cocô.

 
d) Sementes caem na terra.
 

Questão 35

Leia este texto.


 
Por que meninos usam roupa azul e meninas, rosa?
 
Até o século XIX, as roupas infantis geralmente eram brancas, afinal poderiam ser usadas por todos
os filhos da família e resistiam a diversas lavagens. E as roupas eram poucas e caras. Mesmo o corte
costumava ser unissex, meninos e meninas de até quatro anos usavam vestidos, cabelos compridos e
sapatos do estilo boneca.
Nos Estados Unidos, era costume a associação de rosa para meninos e azul para meninas. Dizia-se
que a cor rosa era mais forte e a azul, delicada. Por volta da 2 a Guerra Mundial, a moda de usar as
cores para marcar diferença entre meninos e meninas pegou e, curiosamente, se inverteu. O
interessante é que adotamos um costume dos norte-americanos que nos custa mais caro. Afinal, se
em uma família o primeiro filho é menino, compra-se enxoval azul, e, se nasce uma menina depois, lá
se vão os pais gastar com enxoval rosa.
(...)
 
Clarice Reichstul. "Por que meninos usam roupa azul e meninas, rosa?" Folha de S.Paulo. Folhinha.
Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/folhinha/1094761-por-que-meninos-usam-roupa-azul-e-
meninas-rosa.shtml>. Acesso em: 2 jan. 2014.
 
Indique que circunstância os advérbios destacados expressam.

Questão 36

Leia este texto. Em seguida, faça o que se pede.


 
Garoto briga com a própria sombra em novo livro infantil
 
Jack tem uma amiga inseparável: sua sombra.
Ela é divertida, companheira, mas abusada — se mete nas brincadeiras e põe Jack em saias justas.
Cansado das intervenções de sua "sombra mágica", ele pede que ela vá embora. E, como um
milagre, a sombra some.
Mas os dias passaram, e Jack percebeu que faltava algo. Chorou. Mas ela demorou para voltar.
E, quando apareceu, ele se sentiu o menino mais sortudo do mundo... ou não?
 
A incrível sombra de Jack
AUTOR Tom Percival (tradução Mila Dezan)
EDITORA Caramelo
PREÇO R$ 38,00
INDICAÇÃO a partir de 3 anos
 
 
Deise de Oliveira. "Garoto briga com a própria sombra em novo livro infantil". Folha de S.Paulo.
Folhinha. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/folhinha/2013/08/1327562-garoto-briga-com-a-
propria-sombra-em-novo-livro-infantil.shtml>. Acesso em: 2 jan. 2014.
 
Agora, faça o que se pede a seguir.
 
a) Qual a intenção do texto lido?

b) Preencha o quadro com palavras acentuadas do texto, conforme indicado.

 
Monossílabas Paroxítonas Proparoxítonas 
 
   

   
 
c) Justifique a acentuação das palavras paroxítonas encontradas no texto.

Questão 37

Leia este texto.


 
A vida do gigante
 
Há muitos e muitos anos, num reino à beira do mar, muito longe daqui, viviam um rei e uma rainha
que tinham três filhas e um filho caçula. Os irmãos eram muito amigos, cresceram brincando juntos e
continuaram sempre muito ligados.
(...)
 
Ana Maria Machado. Histórias à brasileira. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2010. p. 23.
 
Agora, faça o que se pede a seguir.
 
a) Copie do texto dois advérbios e indique as circunstâncias que expressam.

b) Copie do texto uma locução adverbial de lugar.

Questão 38

Leia este trecho de um conto.


 
As sete corujas
 
Há muitos anos, em sua casa que ficava no meio de uma floresta, sete bruxas resolveram dar uma
festa. Prepararam tortas, pães e doces, e depois se reuniram na sala para inventar as piores mentiras
que pudessem. Quando a festa estava no auge, um estranho bateu à porta (...).
 
Heloísa Prieto. La vem história. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2010. p. 64.
 
Copie do texto as palavras que indicam:
 
a) união da preposição "em" com o artigo "a".

b) união da preposição "em" com o artigo "o".


 

c) união da preposição "a" com o artigo "a".

Questão 39

Leia esta manchete de jornal. Em seguida, faça o que se pede.


 
Sucesso nos anos 1990, Chiquititas volta à TV mais colorida, mas com mesmos dramas
 
Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/folhinha/2013/07/1313606-sucesso-nos-anos-1990-
chiquititas-volta-a-tv-mais-colorida-mas-com-mesmos-dramas.shtml>. Acesso em: 2 jan. 2014.
 
Explique por que foi colocado o sinal indicativo de crase em “volta à TV”.

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