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det fous $021 LUIZ GONZAGA DE MELLO famnopontin Suelbice ANTROPOLOGIA CULTURAL Iniiaglo, Teoria e Temas orate ee ee — Y anom en at ones Petopatis 2002 CCoptlo VI EVOLUCIONISMO CULTURAL 1. Las Gerais do Evolucontame 2, © Evoluconismo Cultural: Representantes 3. 0 Evoludonismo Cultural: Prnepals Caracerscas 4. 0 Neo Bvoluconiame 5. © Evoluconismo Visto por Outro Angulo 1, LINHAS GERAIS DO EVOLUCIONISNO ‘Quando se fala de evoluconizme pensa-se, automatic pensar/em termos de evolugéo, Na enti Pensadores preocuparam-se com 0 problema Fhomem edo univers, do. movimento e da transformesse, Mio apenas se aventou a idela da evolugéo, mos também 8 da involugSo. Exemplo disso s80 as teoras milleetligio: S88 do Oriente — a concepgio do progresso negativo —~ ue se reportvam a uma époce de oure, No Genesis, caso mais ‘conhecido, podemos ver um exemplo dessas teoras: 0 ho: mem tera sido ctiedo com ume inteligéncle fulgurante © ‘com mutes outras prerogativas tela encontrado em 20 ‘aminho a decadéncie pelo pecado original, Seo. exemplos também os poemas épicos da India. Na Persia e nia Sumecé les também se Tlaeram presente, Eseds tories estho per Imeadas de saudosisma, Ente nds, sings hoje, ente pessoat e idede mals avancade, ¢ comim se ouvir falar de ume epoca esplendovosa e de abundéncia: «no tempo em qee 30 ‘amarraya cachorro corm Tingilgas, no der populst. AD qve tudo indica, ¢ ume hipétese endo ume efirmasio, tals tee fies saudosistastveram suas ongens em sociedades decade tes em relagdo a um momento histrico anterior, Esta hipe- tese poderla se prester muito bem uma pesquisa sobre & historia do pensomento soca. 20 ‘Ainda a_anighidade cléssica nfo fataram as teorias sobre a evelugbo «com maress ev iota ao fue ise oa epee Ene, Sa expresso de Ere M ‘&.. sustenta que 2 histéia de humanidade passa por Giclos® as cultrbe stravessam uma sure de. estgios Sucessivos, yllando a0_ponto original e recomegande 0 ciclo (escitos Indanes;”doutrina. budita; doutrin dot festoeas glegos © fdsofos romanos, especialmente Marco ‘Aurelion Nomes ligados a essas concepgses" 0 poeta ‘tego Hesiodo eo do poets e fibeofe romano Lucréc Na Idade Média note-se 9 mesmo dlapasto, De un lado © pessimisme de Santo Agostino e do outro 0 flgrofo scl 4o'século XIV, 0 érabe Ibm Khaldun com sue teotia da evo: Iugdo soci em expel. ‘Se o homem ere capaz de.acumular conhecimen- to atrevés do métode lentes, bem podera.tambem a ‘mentar o|grau de efiiéncia de’ suas aplicagies, No fundo, ‘chegara a dpoce em que todos os estudiosos pasearam a acre. ‘tar, sendo na Allitce de Bacon do passedo, ao menos nna Atitntida do futuro que 0 homem ‘estava constuindo lenta e penosamente, Entre esses crentes podem ser citados ‘Turgot, Condereet, Auguste Comte, Herbert Spencer, Hob. house ® tontor outron om se_vé, 0 evoTicionismo, embors nfo fosse esse Intenglo dos seus seguidores, tepresentow, ate certo pont, 12 manifesagio de fé dos estudiosos na capacidade do homem de fazer uma histéria cada ver mais grandioss, Gata fey 42 eres, restingle-se & capacdade do. homem fazer hstria 1, a Mate LACATOS. Scag an, 340, am nowuso ou do may uio de sus capacidade, Neste clime & ue brotou ¢ efou rates também evolvonisme no emt 440 fendmeno cultural, O mesma se. ign do evolcloismea ‘ne bologia © em outras iaipinas centiicas, Outta fator que no se deve eaquecer © que vio coo: » eo, etme ches de epee * snqueno a clini fax” progresoe faboloos, no menos expressivos cram oF resultados abides pela revolugdo industia A produdade « copecidade de pedronizagio da industria velo baratear consideravelmente 05 bens ee ‘pa presencou um eresimento. em vias frente: cress mento de_produgSo, da. populagso, dos conhecimentos, oncentrazdo demogtfis e dos horzontes. Tudo Ts = 82 do desenvolvimento urbano, autores he que 2 ale se telerem como. uma verdedeira revolugio, la tots Sucedido 4 reolugio. agricola e antecedido & propria reve glo industri. Ainda a respeto de. grande signiiag@o, do fendmeno uano olde s obsenecio. de Gian Sober que diz: ‘ bes sas maneras funcioneva come un = Multes das primeiras eidedes sut- lram em entradas importantes; novas Ideas e invengbes, Teas © cientcass, Embora nosso interes eapecicosej¢ 0 evolucioniimo cultural, nade impede que regisvemos e presenys. Go cre. tonisme "ne nttopelogia. Ov nome mais importante este ‘impo fi com cavers © de que em 1659 Pubes. Seu mais Toraxa live, A” Orig das Emp. esta obra ele expés 0 canjunto de suas idélas 2 reapelo de evolucio de todes 6s especies, Trtou da selesSo naturl me de sobrevivénca dos mais fortes « fou 0s conctos de vo efor even densa Neal ae =. Gees aes come, ein ot aia, ‘iSempentede © pinpsi pepel ne modi e Gee esto que outton agentes tenharn dele patinado igual “Rob nfo menos importnte foo nome, de Monet de Lamarck bidoge eminent, tdo com @ fundedor da teo- ‘is dv evoligho anterior «Darwin, Ue des ideas mals Coneides Ge Lamarck s.que se refere & afirmogio de SeerSs tangho ele © gor, Ent itl fl asim enunceds for de A necesidade cia 0 dea necesttro © ©. uS0 © force to suments consideraelmene, felt de, to conino, condur & atv, 20 desaparecimento 0 fra nat." verdade que estes idlas no foram aplicedas por Le. rarck wo homem, priniplmente devo aos preconcetos co mune de epoca, Contudo, mals tarde suns idéies foram am flamenteuilindas mesmo sem virem ligadas 80 seu nome. Bika observagbo temo mesto de < ‘stenglo para 0 io € im reve o evowvconisme 8 etnolo- fla utilzouse muito dae colaboracbes da anropologia, da ‘Srquecloga historia, Desnecessrio também 6 chemar ten {Bo pero 0 desenvolvimento. paralelo dos dois ramos da an- Rrpalogia: fica e a cultura. 2. © EVOLUCIONISMO CULTURAL: REPRESENTANTES 2 Qe BS Sema AE fem ratio Evans Prichard quendo.obseve foges do. século passado ram liserals © ra lists ¢ crim sobretudo no progresio, ist nes ts G85 material, poiicas,socais'e floedices que se eta. vam processendo re Inglaera vitorianes, Este mesmo. autor screscenta que cindustalismo, democrecia, cnc etc, eam onecios acetéveis por sl mesmoss, Eval reals além o autor ‘quando dis @respelto da antropologia soca! modern Wi: EER oats ote #18 6 Frezer_em 1690 publicave seu princpel lvro: Golden Bough a Study In Comparative Religion. 0 que se pode der que todoe estes autores exerceram grande fascinlo na ¢po- 2: Como iustraglo diss, velose 0 testemunho de Engels fue, mesmo nfo sendo evoluionista eno sendo discipulo de Morgan, escreveu's seu respito: ‘Morgan fol 0 primeiro » ptr, com conhecimento de ‘aus, certs ordem ne. peehistéra. da humanidede. Seu ‘grupemento de fotos Near, sem divide, em vigor, en ‘Quanto dacumentor muito. mais abundantes no. cbrige- fem a modifcslos(.-) Gs eapitlos que se seguem slo, de algum modo, 2 fexecugto. de uma, herange. Kat! Mars resere-se txpon ee proprio, os resukdes das pesquises de Mor {gen tm coneado ‘com os emuifados de seu (tenho, de eta forma, 0 clreito de dizer, nossa) estudo materials: {da histéria © de fazer assim melhor compreender 0 stu eleanees.” © tesiemunho de Engels tomnase mais vlldo se se con sera que ele 80. aceltava as expli ‘nfo 2 explicagso. dade pelos evo: Iuetonists. Ana tinfia em comium algo com © evolucinsme e 0 historicsmo. ‘Com aque, tinha em comum e preocupacso geral © amy ‘om 08 wniversais da cultura. ou com 0 Fenémeno cult ‘onium todos os poves « de todor os tempas: com este, fparentemente, pouco linha em comum; no entanto, & con Yerginca al ocoria no compo. metosolagica, 0 gosto pelo Tulluraliemo, © primado de cultura ou da historia sobre os homens, Veltremos a0 aseunto quando tatarmes dos espec. {or tebrcoe de cade coments +3. EVOLUCIONISMO CULTURAL: PRINCIPAIS ‘CARACTERISTICAS Notes que 9 evalu éonitmo cultural vsava a.estudar a culture. Este fol def. * hid por Tylor coins ceste conjunte compleso que inelul €o- 1! PHS A een Fann Pine Py 6 Ey — mM ‘hecimento, censa, arte, moral, lei, costumes © vias outias aplises e hibtes edquirdos pelo homem come mera de iia secedaces, "Como se pode ver, nesta defincao 0’ obje- {0 de estudo era muito vaso e abrangia 0 fendmeno da ce ‘ura como fenémeno human Mio se tratava de manlestagho deste fendmeno nes soe des porticulses c Disiicamenie stvades, mas, 20 cont ‘i, i espe FenBmaNBLBSID Pode se afirmar que fntropologia nascente do seculo XIX era bastante ombicosa Tem raxdo Merton em dizer que <é caracteristico de’ uma ck fncia, em seus primeiros extgios ... ser 20 mesmo tempo fombiciosamente profunda em seus objetivo Tiviel noo. rej doe detalhesy. = E fel entender esta tendénc de antropaloaia naaceo. Parent ier ent nascente era mais teorica do que price, aproximava'se meis do tipo da grande teres 4 que das’ teores de medio slcance» Deacerto modo, cemes ser core'> (ia GGBRISMIY mesmo. considciando as dicisasee-e:semeliangan culuiis. ‘meno de evolusto, ou sa, elena eeRNSOgGRED presente em todas a8 populagdes conhecdas Contudoy « Torsoso iecontec cr que solic SSNEEP 00 Starces ecm: Mansionmesdes da-euuras Note se, no entanio, que exis: We cerio consenso no que diz respeto ds Tinhas gerais do pesemento telco ‘de estiglos de desenvoiv Sede presumir,portento, que les oes Gu & cult SBME ioe sag dinkmica vjrin nogGo de unidade pelqles do home’ Ue permitia que todos os povos mals eedo ou meis terde SHAMIANINETRUENLUTTE, No seria o caso, portanto. de Teun TmURGSer Cllurais ao ambiente, como. penseve 12.45 Gouge de MELO 4 Ae SLES tte A tgs 208 Montesquieu nem etibulr & propria histie (@ petiménio ‘altura 0 prinplo dessa dnkmin ou eo mene £'ceus de tcelerogto do proceso dndce de eakure “odin €desse-sonldtasouna percledade obser ee, lig Bina Se TGR ei se poder’ {ico flor aprendzagem esta presente ¢ até merce toes, ele Tyior fla de-um fener. ded pls Bomahs min We hlBsldadesD Com ya func, ‘gganrretose cultural el expe eleGReRIGGSl GEHRIG ettor que poe em leo a fora de cate, omo fendmene quase que responsive pla propia dnd ¢@GRD quando atbut eo eapeco patel Ou teenco cAREDP strstrmagto de rganzagto sol ¢ Se postr trasformaséo do equipement simbsica, Mas, tm coe, parece pono pales, por pri de todos os evluconitss @ ‘econhecimento do. pmedo, ta tengo coma noperesg els anslomnages cutie Dian ce outs mre SGolisonisnaunpieltallnlon CN er sus scoae Be reo conven, oienaraue tie Isso conven sen gues rec de Suton fat. ‘e meno-dauliray tl como sol, cima, os Propres feos culls dos homens se, Gust pas pune Suz o probleme te funds meio ‘eyolugso, que era por ele acete comn vm anda rem fares @e-sxloms) Del o camino pelmihado pelo evolucionismo na fescoiha de tema fvolugso ou elapes io aiveto, dao plitude do seu objeto, embora tenha concorde para uma cert felts de rigor metodologico, permit, no entanto, © desenvolvimento aeelerado de ativdedes centlicas que We fam amplar © conhecimento. do. passade do homem, Exe Plo destas atvdedes €'0 progresso conseguido pele paleon- fologie © pela arqueclogia histeiea. Doutro. lado, tem un feo psicol6gico multo salutar no que se refere & sberura dds mentalidade dos Intelecuais dos cligiosos-no. stud jenliica do.homem. a: ascutura. mal especie da daa ficagho da realidade humans, ‘ser menos compromissedo com 08 dogma: 2 1) 0 far tempos Ure da 3 conente evolucionists 5 EMEBEpmais acentundss et FRR ac gue o ave imporava nio ere tanto Io falizaydeterminade povo navescal cujo chtsio ere 0 estiglo {de cultsra vivido pelo povo em questi. Dal se justfieer ¢ ios pare Ce ad sy te ere fural parece ve ferul no estudo do TNotursimente, ¢ reeomendvel prudénci no se US. de & metodeldgica e opereconel. Mao ‘igniea dl ‘deve olvidar a veréves tempo © espago no estudo ‘Ao contra, & indlpensavel a consideragto des. a5. duas vonivels na utllzgfo do conceto de tempo cul tra ‘2 O método comparative: © método comparative util. ado. pelo evolucionizmo decorrey, sem divide, de. propria ‘A crea que ee far a0 410 pretensto fra expicar 0 conhecido por aqullo que se lgnorava quase ‘ue completemente (© metodo comparativo que se afirmava préprio do. evo- luclonisme no ere coite nove, tendo. sido empregado por ‘Aristteles no. seu estudo dos sistemas polticos. © proprio método cientiico impicave necessaramente na utllzagze. de omparasio, A céncia jd no seu nascedouro.preocupavase om o problema das semelhangas e des diferengas. Ares peito do métede comparativo utilzado pelo evolvcionismo do culo XOX, escreve Perey S. Cohen: ‘Por todo 0 curso do século XIK exists umm esreito exo entre 0 emprege do metodo comparativo © & aber ager evolucorista, em particular devido & influence Creseente do darwinisma. Alguns estudioses, todavia, nfo Se limiavam a estabelecer as orgens comuns e 8 recone ‘historia naturals dos fenémenos socials, come & Feligio # famila, ou @ eveiicar elguma te 210 pelo dos estigios do desenvolvimento social e mental; Por exemplo, Tylor, como Comte, sustentava que um dos Principals objeto de comparecSo ere descobrr agullo ‘gue ele chamave de caderenclas cultural, ou coreagses Necessiries ent dois ou mals fendmenos cultures, tas ome ume regra de comportamento de parentesco © ume regra da terminologia de parenesco. fodo comparativo no esta mente com ss regres indutives da cléneia que ele tha Formadon 'Nlo importa a retratagio de Ml, posterormente. O fato 4 que o metodo comparetivo vem sendo ulllado largamente hed citnclas humenas quer pelos prmelies evolucionistas. por Durkheim ou Weber (© evolucionismo, contudo, teve © mésito de Iniciar, em- timidemente, 2 aplieagdo do método. comparativo de rmoneia correta quando passou & estudar os povos canter: Dordneos primitives para, através das observagses concretas, umentar © conhecimento do fenémeno coltral universal, Ai [a no se apicave a critea’ de que 0 evoluconiste tenieva ‘expliear © conhecido pelo desconhecido, Também @ verdade que foram poucos os sequidores do. evoluconisma que se eram ao trabalho de realzer pesquisa de campo, Talver um ‘exemplo de inciaglo deste trabalho sea aquele reslzado por Morgan junto aos Foquesss 1 te TOME, DM ada,» aun De resto, procede # observagho de Evans Pritchard quan do excreveu! ‘Vemos pois que, apeser de toda sua initéncia o- bre necessidade do empliismo no estudo des insti ‘Bes soci, os antropdlogos do seclo XIX eram apenes ‘Sm. pouco menas dialétices, terieas e dogréicos que fs Albeofos moris do século anterior. Estes se preocup am apenas em sustentar suas construgoeshipotétieas ‘om um nimero suficente de fatos concretos; eo con ‘iio, 0s Investigadores dos quals nos ocupamos, apesar de nfo o aplicarem na prétics, estavam convencios do necessidade deste span ™ Concrete ns a ate. i sstannairhs omer Sith Tae nee eee Be eee aaresersers cen ean 3 a a incipai temas de ente © ocuperam também de insthulger Jurdces e dos apectos da culture Ieteril, como foi o caso de Morgen. Em qualquer dos temas Tpeocupeqto ental eta demonsrer come cra be. ddece e ume evolugéo universal e uniinear. «A Fistorie do ‘gesero humeno, dia Morgan, € nies em sue oigem, nice fm sua experiencia e Gnien no seu progresso>.” ee 8 por cero apego. aos valores e a5 insulgces fo passado — levou of evolelonstas a iar fo elude do exético. Cunlosament, esta morc fa na tradigdo académice da antfopologia cultural. Mesmo ‘quando ‘os ‘antopdloges resolver estudar fendmenos con tempordnees, em geral, se fixam nes seus aspectos excep- lonals e, aé certo porto, exdtcos. A jostificativa do estudo fos povos eprimitvess eo aproveltamento desses ne com- WR POSE SARE 2 age» 22 rena morte pores, cm gr et opp esa Sreeconste de unoedade fate ts Taker Sn concept te ero em Opnio a tee ae Inet sem divide fol infec dos exon rem anion po aura capone de asl arn a Cee e un cue oe chao ado para casa 2c tn de power denenbeaee Quem decane hoe © Se ‘squeal onde se le de poor sehegern, babe © cn Soar Gunes sngutm, Toe cess o'meto Se ic fir no see's ripe epetele ca nes Seiparnesce) es mpecs de cakre © equipement Te sd (peony eats), » ngage soem Src\¢ nomendatn ou tqupareno ambien Cam 2 leno puro pects Stttico y determines do ed pero nico qa quendo mando pocereee tator ‘gas orgensoio nose poselomene: «tenor tmoie do equipareno simbchts aus nomena Als ie enqueue pres fl ft de cievgtes tm Shean Mio caadente fa sur vito tece sue veo Sa ‘Shae inpracto fe tetas do metsano Woe, 32 inh, et tee funconlis stan, de oa Ses iro'ASodedede ange, pubes sm 17, continua um Sinsco de clog Um outro autor que ainda hoje € citedo e tomado como Sobre outros temas das Insttugses tlgiosas foram objeto de preceupasio também de Tyler. Em suma, podemos relacionar alguns dos princi cetor Introdunidos 4 213 ‘outros. Como se ve o evoluconisme pode apresentar multss fathes no seu métode de estudo nas teorias apresentedas, 4. 0 NEO-EVOLUCIONISMO Jonismo cultural no iia marer com 0 século fremple, eo ero bisico dos que atacaram © evohiconismo que no conseguarn Aig entre evolugho cura ¢ fuss calfort or powos. Gr evalcionsts, desenvolveram Tormules que vinhemn iter gue um rego ou complexo cultie fa’ sugia deur wago’ ou comploxe cltral'Ae que 20 “esenslveu so tage ou compleso eur! Cou carina a 0 2 te para obier uma forma de pretervar 8 vida e gerantie # perpe- fungio de espécie, A tatefa da antopologia no serd apenas Constotr a seqiencia da desenvolvimento, mas especifcar os {eus Tatoes determinantes, elie White sssim formula 9 let bésice da evologéo cul: ,” bate numa tecla importanissima para a compreen- ito do evsvionismo como do difuslonismo (histori mo). O primero dé televo 90 fenémeno. da invenglo, 0 se: ‘gundo ae fendmeno da difusbo e dos contlos entre 08 poves. Kmbos, no enluita, acreditam ques compreensto do fend. freno cultures repousa sobre 0 seu certter dindmico, Os Gfusionises.pessaram a ver na explcasso evoluconste da Cult ume forte marce de apriormo, mula especulagho ‘ume mugen: ‘) Uma marca forte do difusionismo, em aera, fol « preo- cupagto de tomar or métodos de sntopologia cultural mals figoreses, mes clentiens, Isto Tevouro.® deserolver @ pes: (qise de campo com intensidade considertve, De certo modo, poder-sela dizer que este periodo ¢ 0 period, por excelenel, da etnografia, Com isso se quer por Ei tele © falo. de os antropslogos ferem partido. para a foleo de dados no campo com todo empenbo. Alguns. che foram a dizer que hava urgéneia em coletar dados e infor. ea sobre os jovos pimitvos antes que os mesmos de Saparecessern ou fossem'aingidos pela clzegso. Boo parte a w dos antropeioges entenderam que, ao menos por enquanto, ‘mais importante era coletar os dedos nio enplicat 0 fe: ‘némeno cultural. Este time poder esperar algum temps, [No momento, o importante eta coletar © méximo. de infor Iasies que pioncitsem, male tarde, elementos suficientes ‘que permilssem as elaborages tees, 3) Esta mudanga de tities levou a antropologla cult 4 desemvolver vies ténicas de pesquisa, princpalmente, ¢ ebserag80 participate, Indietamente, 0 estido ou pesquise 4e campo, junto a povos primitives, levou es antropsiogos & aprender varies idiomas entes desconhecidos, Este eto, por sua ver, velo favorecer'o ineemento de outro ame de eno. pologla cultral, a lingustien. Esta ‘marca tember vaca Facterar 0 funcionalisme de Malinowski ‘ede Redcife. Brown, ©), Em sua, a abordagem historiista na entropologla 38 acarretou ums nova interpretagto. do fendmero. ca ‘url, como fol visto, mas velo convencer seus defensores. de Necessidede de mudar 0 proprio sentide ov foco de etude, Isto teve lugar princpsimente, na escola americans, onde se passou a dar relevo 20 estado das culturas paticulres eno 4 cultura universal. Jando se procurave estudar 8 culture not suas crgens e em todas as pertes formende uma grande Gar dade comum a todos os homens; agora, ‘eleve era dads 4s cultures particlaes. Isto, sem dvds, permit, maior ae suranga nes informasées e um meior conhecimento, de fe Omens, ate agora, relegados. a um Segundo. plano, Este fato tales cxpique 0 surgimente de cuties tendencns tet Fieas ne antropologia cultural, tals como ‘0 psicoogismo: funcionaismo e 0 estrturalismo, 'A seguir, se procuraré consider principals orienta hes difustonstas, Separedamente, Uma edvertenia, comtode ‘qui se far necessira,Importa nBo esquecer que, apecer de 138 flor de um periods diusionista, no cas, inglés, sontiacs americano, no significa que durante trnia anos 16 tenhe ddominedo 0 fistoricismo. De’ modo slgum. Ne propria Ingle. terre no cessam ebruptemente os estudes evoliconstes festa escola, Herskovits resume em ucts palaas o significado dela pare a Pistia da ano: Pologla: Fol a cima « aparecer (Sto 4 uitime des scales de orentasbo historcta) no cendno.anropologic «pre mela a str, spesar de as controversies por elt engendrades terem sido ti colorosas como nema out he Maton de ntopelogis.* ‘Seu fundador fol o Inglés Grafton Eliot Smith que, de Inicio, no passava de um enatomiste especieizedo no" eile 2 cebros, Tendo ido ao Egitoestudar © cerebro de mies, éntrou em contato com os fesqucios de antiga cultura ep: . Nuitos foram os seguidores de Franz Boss Ente outos sem ser cados Alfed Kroeber, Clark Waser, P Radi & epi Ruth Benedict, Margoeth Mead tantos cues ist no gnitica que estes tantos outros dpulos de Bees fem elgcsemeste seve esnaments, em cles se fenciarem. ‘Ao contra cada um enveredou port car eterna, sem contude. despresar © nicco, dos nai. ‘entes do teste. Asim, alguns enveredarar pels dom ‘os ds linge, outros penetaram nos esludos de calture © personaidade e male estos, no dominio a antopslegia Site dae formas. . Clk Wiser, por exemple, notabiizow-se por seus es todos sobre areas cultura. Reste Spo de estudo o enfoque Bincpal ee o estado ds relagses enre'0 melo e's cule Matos foram os pesqusedores que ream uso deste expe dlente metodologco pare, dgamos, mapeamento da cre onecidss so as brea culate do continents aicane de: lnitadas por Hershowts © Hombly. 0. chemado metcdo de lack Wiser teve também muita importance no Bras, Pot sina, se se finer uma visto retorpeciva dos ests, eto. poligicas no nosso Pas, se podersveiiear que: deminam 2 rotadamente os estos de acutragio, 0s de relages sm {ls Digno de nota a disbo do Brel em iess cltrais Indigenas reatzadss por Eduardo Galo. ‘reeber, por sud vem cou conPectdo por sus monogr fia The Super Organic (i817), onde afta” que co cla "tener gene aie compo segunda sat propria lel,formando asi uma espec de eronga super ganic pesivel de ser extudadaseparadermente oe ia dior que'sio seus ponsldores © inciadoresr = ‘st, de um lad, Kroeber pode parecer ter dado pouce mesmo ndo scontecey @ Front Boas, coma observa Hers owt sobretudo, para Boas e 0s que com ele con: cordavar, de miaima Importineia que’ os fetores psieo Telcos erm que se apoiava 0 empréstimo no deixessem e ester @ todo. momento presentes. Isto, diem, dever sea ferer mesmo quando estes propries ftores nko se Dudessem estudar, como ocorre nos povor agrafos, que ‘lo deixaram regstor hstoricosy.” Nua tentative de svalaso desta esa, muitos etiam o cater denetvo de que te Tevesin a pone de Wane formor'a einloga em‘einografi, © af con eve os sep doree desta esa se embers na pesmlson e cage farce ter sue espicagbo mim presepegie exagered Por Sccumenar tudo qos ors posse sabe be post pat vos ones que ests ves” desparecer. ao cota com wPeviagao. Tom so Cus Pie cm dena se {fet no sino de stopaaga no Biel's ha su apleglo Sor" problemas naconse, Exe mutor cea duramente ete SSaraismo que fx, nr Esndos Uniden Yong no Bree So sone binarem de etopSoger os Tox exter comunade 6 profesor Con Pio tou 2 cies ue itech de Rosier que vem cade «segs Grande numero de estudos de comunidede, que se situndtem em ceta €poea em grande es Tepresen- mia oportunidade, orgada por jovens dipomades, de ssa, ‘no campo’, por uma prova de foge, que thes pet i ERS. a ritisse, de alguma forma, yer experiéncias iguals Bque- Tis que teveslam de cera Tegende helen oF sus pro- fessor, antopblogos de. geragbes passedas, que faram Femosos estudando.povor exttces em lugares dstantes como do ere pessvel s todos estes pérgradoados fontr caravanes © expedigSes pare fem @ uma ihe do Pectico Sol ou 20 Interior de uma flores tropical, to: Imovom um ter de sure eam estas os hein tes de ume pequena cidade visi ‘como se fossem pri- Init, E oe mals velhor que dei rerassem, dos rela: {Gros desta “enopologa de verano, 0 que sca Fosse postive pera compreender © =. “eultum’s." Emibore concordemos com © professor Coste Pinto, ha: vemos de ser menos durot com a antopologia. O probleme Tals stro no. tanto 9 snacronismo da antropolgia © or ingen tet dos probemas moderns: mas 0 prble Ine afeto 20 caso presente diz respelto, principalmente, 8 an Tropslogia académica de nossas universidades. Neste sentido, i otice deve ating, praticamente, todas. as disciplines. mi- Tatas cio can eis no apne. Nowa bones no tem campo de estiglo e, por veres, 0 proprio Gunso nBo. os prepare para desempenho de uma profi Sho. O fato achrete um conjunto de problemas que provo- am um descompasto muito grende entre os problemes es {udados nas universdedes os problemas reais. As pesqusas nfo encontrar tim apoio fnanceiro «por iso se véem ne Contingéncia de transformaremse em simples simulacro de pevgulse destitida: do carter pritico e utltirio. No couse Espanta, portato, que & fala de fnancomento e de uma Utliagto. mais efeta dos conhecimentos académicos eos problemas nacional, = vnversiéede brasileira, notadamente fos depertamentos de _céncias humanas, tenha se toad Upenas repetdere dos trabsthos estudos scedémicos reall Zedos noe paises ricor «© de tredifo cents. Como dise- nos, © problema nfo & da antropologia nem de. nenhurm Glencia, em: particular, © sim, da. propria unversidade. Este precisa juntar & ue tarefa. de transmitir conhecimento. ume Cutre terete, fundamental: produsrcléncs, conhecimentos Pera tanto € imprescindivel promover pesqusas. SO. assim 2s ser possvel ume atualizagio, uma adaptasio € uma cons: ‘ruglo ientfica para as nosses necesidades ‘Com relagSo. #0 probleme de s escole americana terse tomade uma ‘antropologla descitve, haa, consderar © se- ‘guinte. Primeiro, parece vido 0 intento dos estudiosos da pace de coletar 0. miximo de documentagfo, mesmo. em forma predominanterente deserve; fina berm melhor @ ‘cleter moterie!_e documento bem, sem teotze, do. que feoriat em profusto sem nenhum dado ou fato 2 milo. Se undo, © fato mesmo de muitos estudiosos se langarem. & cleta ‘de dados culturaislevou-os » apresentilos de mene ‘Selematca: Ito permit, 0 tempo encaregos se de prover, ique a escola de Boas foase antes de tudo uma antropologla Heuristic, estimolante sugestve. Novos estudes dentro da ‘ntropologla surgiram em decorrénc deste aff em coetar Informagaes sobre cultures diferentes, Forem novos temas, ovas abordagens, novas fronelas que surgiram. Mesmo nfo sendo nosso ropésto tratar das vias ori centagter teorieas menores dentro. da antropologia, Nea regis lrado, a. seguir, o que esctevemos sobie © configuracions- ‘mo, em 1973." 5. CONFIGURACIONISMO ‘Tratamos do configuraconisme, aqul, porque ele repre- senta, sob certo aspecio, um prolongamento do proprio is- toretsme ou difusionisme americana, Prolongamento porque representa uma abordagem também de cultures particulars, fade uma delas vista, na expressho de Franz Boss, «como ‘oma unidade singular e coma um probleme indiidusl.™ ‘Mesmo © enfoque tpico de configuracionismo jé exist no histriisme de Boas, embore no com tanto resi. Na Introdugie ao live de Ruth Benedict, Boas diz textuslmente: «Hos devemos entender 0 indviduo como vivendo ‘em sua cultra; cultura como vvide pelos indviuos ( interesse por estes problemas sbcorpsleologicos nfo € ‘de modo algum oposto & abordagem histories.” BE RE RE ee 26 © que tk diferenciar 9 abordagem historeta da cultura Adaquele sdotada pelo funconalismo e pelo estruturalismo 80 , cxatamente, a preocupegio de estudar cultures particular ‘es como um todo, mes, prneipelmente, 6 medo ou 8 metodo ‘dese estado, © storclemo defende ¥ necesidede de. ume econstugho histérea da cultura para bem compreendtin. Ao ‘contri, © funcionelism eo esttulualismo acham dlspen- Sve! esta teconstruglo e afirma ser possvel 0 conhecimento fe dade cultura traves de me enive de sua stuaglo pre- fente, © conliguracionlemo tentow encontrar explleagbo pare 2 indvidualdade ‘ov especifiidede das cultures paricuares Tanto Ruth Benedict como a Sepit um fato despertouthes a atengio: um mesmo trago cuturl tomedo por emprestimo por duss cultures distntas pode sofrertransformasées neste Fenameno de adosto. Sepir, inslmente, ocupou'se do estudo da lingusgem. este le descobria que cade lingua possul ume mane Ser uma Yormeinisgrade ou ume. heblidede carecteistca ig the permite expressarcertas casas melor do que outres. Segundo’ ele, » culture tambem forme um todo com uma configureséo.inconsciente que, gefalmente, no. & comuni ‘cede § mente. Esta configuragdo cortesponde & um erranjo fue the proprio Ihe fomece ume maneiatpiea de ser, ‘explctamente — uma. per ‘Sapir achave bom o principio metodogico de que a cul: ture é um stodo superorgénico» impessoal Porem, como ob- semou Keesings sc... este ponte de vista tome-se um obstdcuo sério 1 longo prazo a0. estudo mais dindmico. de ‘génese © esenvoWwimento. das configuresces culturais. motivo fque as configuragées cutreis “nso podem ser reli ticamente sepsradss das organizagces de Idlas e seni> mentor que consttuem ¢ Individvo. A chemeda cultura {de um ropa, como € geramente tratads pelo antro- pologo, € ezeencalmente wma ste sistemBlica” de. pe Grges de comportemento que ‘podem ser lustrades na ‘conduta mesma de todes ou de maloria dos Indviduos fem cause. Mas 0. Tocus real” desses ‘processos que, {quando abstrldos. em uma totalidade, constituem ume Culture’ néo esth ne “continudade tedrce de seres hu oI manos conhecida por sociedade’, pois o termo ‘toclede: ‘cle proprio me construgio ‘cultural ‘A representante do configurcionisme mais conhecida talverseje Ruth Benedict que fol também dlsipula de Boa ‘como Sapir. De certo modo of configurscionlsia no despre: am a cufura, Apengs reconhecem os Individuos como su- Jellos'e objets de cultora, Desta forma, a5 caracterstias dos Individuos deveriam ser Idéntcas Se carecteisticas da cult aque pertencem. Assim como, ne indvidue, no exstem se: paradamente principles religiosos, econdmicos, palitices, jv Fidleos ete, mas ume resullante, uma configuragso de todos © principio, também, na cultura, existe um todo harmonio: 50, uma configuragéo, um eqénias, um estilo de ser que diige conforma 0. comportamenta de todos os membros desta cultura, Benedict tomou de empréstimo os conceltos psleo- Teaicos de Nietsche e Spengler para clssfcar as culturas fem dos tpos principals: upo apolineo e tipo dionsiaco. O Primelvo coresponderia Squeles cultures extroverdas: «acen: fuando formas externes de comportamento, rituslistes, con- Formists, destonfiadas do indiviualismo, evitando excessos, rmastendo comedimento...s; jé os cultures don intensamente individual Individue do que pelo grupos. ‘Como observa Jacobs, «la (Benedict) fala de uma con: figuraplo come um padrdo cultutl, um termo infli: poraue le ndo express Iteralmente 9 que la tem em mentes.” Noe Seus estudos, Ruth Benedict utizou conceltos como padroes ultras, orentagces da cltura, objelives e moles estas femocionais ¢ inteectuals da culture, ete. Quer estuda Ruth Benedict pode perceber, perfelamente, que ela nso se res. tinge a um extremisia incompatvel com 0 proprio método ‘entice. Ela aceita a orlentagso bossians, mas acrescents Ihe elementos novos. Ate certo ponto, ela aceta também ee. Imentos do fanconsismo (a Interrelagio de elementos cul tural), embora clique Malinowski por néo ter dedo © me: Feeido enfoque ae todo cultural, HF SSeS Tada 6 238 capitulo Vi FUNCIONALISMO. 1. Consderagbes Gerais 2. 0 Funclonalismo de Mallnowski 2.1 Pressupostos ¢ Fundamentos Teotla Malinowekiona 2.2.0 Estudo das Instuigtes 3. 0 Fundonalismo de Radeife Brown 1. CONSIDERAGOES GERAIS © funcionlismo encontrou seu apoges » partir de 1930, “nas ele velo num crescendo desde os anos Ge 1914, ane em ue Bronsiaw Malinowski seus entados nas has Tro band, Tao festejedo fol este autor ne Inglaterra, que seus scipulos © consideraram como o iniciador ou 0 ccrador de lume disciplina eeadémica intevamente noves, a anttopao is soci, Um ponto marcante do funcionalismo fol haver imprimi- do ao estudo da antropoiogi una nova ovientagso. Ate ent, tanto o evelucionismo como oe difusionismos preocuparsns¢ om as ongens, com os jvoblemas das trnaformagges socio Cuiturais: Malinowski e ccpots, RadclffeBrown, prescoparem. se em cstudar e expicar © funcionamento. da culture num ‘momento dade. Ae funcionalismo no intetessava explcar © presente pelo passado. Talver Ihe interessasse. mais expat © passado pelo presente. Convém observa que tel olentago Inovedora do funcicnaismo no visha signfcar uma abjura so radial as ditames do veho evolucionismo. inglés. tho tigoroso © rentente. O proprio Malinowski, so mesme tempo fm que ecredtava que Sus escola tnhe im cariter comple mentar com relagfo 20 trabalho do evolucionlemo, sentiase, nno fundo, um evolucionsta, Eo que se infee do que ele ‘Minha Indiferenga pelo passedo e sus reconstul ‘glo nfo ¢, portanto, uma questio de pretrt, por ess ‘ize 0 passado sempre ser slraente pare 0’ entiquéro, €¢ todo antropélogo ¢ um antquirio... eu, pelo menos, certamene A minha indferenge por cstos pos de fevolucionsmo ¢ ume questde de metodo.” Um outto posto matcante deite escola ¢ a vis sstemice uttizada ‘ne “ansize de cults, Guer dizer, esta orientayao procurou explicar a manera de ser de cade cultura buscando §s razbes.ndo. mais nas origens” (na natureza) nem ne his {ovia (na diusdo eulturl), mes na logics do sistema ssumido pela cultura ery ‘exame. Ou seja, 08 funeionslites, mesmo Ibo desprezando os subsidios da histéie © do conecimento 4s potencialidades humanas, acredtavam set possivel co ‘ahecer uma culture sem estodarihe a histira, No dizer de Robertson Os antecedentes das orlentages em sociologia so lustrados com um ditedo de Vollaite. segundo 0 qual se ‘Deus no exstise, 05 homens devesam Invent&lo 0 aue quer dizer, completa Robertson, que Voltere concebia ‘renga em Deus como funcionsimente indispenstvel pt ‘© homem. Com este exemple, pode-se sent, melt ov ‘menos, o significado de Tungio'. Os antecedents do funy lonalisme esto ligados &s tendéncias organist. da 0: les (Come, Spencer, Dutkhelm, ete) a socedade e a culture 380 Wests como um todo cujas partes esto latimamente In. ferigadas, w exemple do orgenismo bilégico e seus rer 5. Ndo existem Segios dspensivels no or- Sgenismo. Todos eles tém ume fungio s desempenhat Sento do orgeniemos." Um outro ponto a merecer rece ne fs escola fol 0 foto fo esta mara nfo the & particular € ex: ‘dusiva, porquanto escola americans, como fo vita, tart: bem’ as notabilzou por esta pratce, Contudo tatendo'se de escolas europdias, pode-se dizer que fol o funcionlismo que Inals sobressalu neste particular. Tembém € verdade que fo: Malinowski quem meis desenvolveu est tipo de atuagio den tro da anttopolgie europtia. Alls, fol ele que fez escola ac 4 tiie dobar RUSTE ina 4 apg tn a car um procedimento académico cldssico ne formasio dos lntropdlogos. Depois de Malinowski, fleou Sendo comumy, ¢ {antes desejessem enveredor na carrera scademice da an- fopologi, inka junto eos poves primitives, numa espécie de estaglo. So ops este batsman €. que © profissionsl se Senlia animado penetier no magiteie, A propia comun. ede cents Inglesa engin este us. "AS lina gerals do funeionalismo, 8 bem da verdade, no provim dos seus dois representantes méximos, Malinowski ¢ adele Brown. Ao contri, sta. corente de pensomento antropolégico teve ume WadigSo.quase secular Soot raies sito ligedas aos nomes de Spencer, Durkhelm e, de modo (eral, @ tradigbo Francesa. Alguns ‘chegam 8 falsr de ume xplcasso sociologea vo se refer a0 funclonalisma naan ltopoiogia. No entant, como ressalts muito bem Lucy Mal, ‘Malinowski Introduzu em seu sreebouso fesrico elementos Pscolégieos. Assim expressase el <0 trabalho dos socislogos franceses influenciow os dois ‘principals antropélogos Ingleses do. século Xk, Ma lnowski e RedciffeBrown, cujas teoras eso Integradas no corpo de pensamento de entropalogi contemperanea ‘que s8o milhor tTatadas no. contexto. dos problemas tunis. As teoriae de Malinowsk! apoiavamse’ mals ne Pleologla do que a5 de Radelffe Bros, para quetn @ Eonceto de esrutura social era mais fundamental acom ppenhavam muito de pero as pegedas de Durkheim Note-te que o funcionaismo na antropologiainglse a sumiu'a aura de ume revolugfo. scadémen, NSo #6. pode Subestimar o vigor desta escola, contudo, seu sucetso deveu =, em porte, 8 personaidades de seus dois princpsis men tores, Malinowski" RedelffeBrown, Tanto. um camo cult festevam longe de serem madestos ¢ humides. Ambos fom ‘aidosos e tiham conseléneia da importancia de nove orien taglo que propunhem velha etnografiainglese, Para se {ef ums idea’ desses' dois personagens, vejese © ue. dit Kuper corprais tal como espirar, dormir, repousar, nutivse, excrelar e reprodu Este & ponto de paride wtiizado pelo autor. O prépro. conceito de cultura val apolarse no conceit de natureve hu mana. Ou soja, existe ume stuaglo concrete. dada, equela fem que os homens pettencem a ma espace animal, como tal, portadores de necessidades bislagices a setem satsatas, 0 ‘determinismo de que fala ele € 0 que se prende 00 fl Inetorquiels de que 85 cultures poderdo.essumir formes ‘nals variadas, mas deverso, neceSseriamente, ser aptar esa tsfareressas necessdades basica, biologcas: Este fate ¢ sg nificativo pare a compreenséo do fendmeno culture, Veje-se ‘0 que entende Malinowsk! pelo fendmeno da cultura, O avtor comese por mostrar que © fenémeno da culture & to todo Integral consttuido. por implementos e bens de consumo, por tes constituclonals pera 0 varios agrupamentos soci, por ldias © oficios humenos, por crengase costumes Ate ai, ado como se disse desde a delinigSo descritva de Tylor. Delemos Malinowski mesmo explear © que ele entende pelo terme. 0s seres humanos s8o uma espécie animal: Estio sujelios a" condigees ‘elementares:que.tém de. ser stem fides. de modo. que of Indivduos possam_sabrevivers & Tage onan e's tpanimos ecole mats fos em condigses' de funclonamento, Ademnels com sus bogagem de aitefetos © sua capscidede pare product ios f apreciésbs, © hamnem cium ambiente secundaria Nada de novo fol alto ake egora, defisctes semelhen tes de cultura tm sido prferdae e aperelgoodas: Tre Femos, todavia, uma ou duas conchisies ediciones, ae a Em primero lugar, € claro que 2 satisfagio des ne- cessidades orgdnicas ou basicas do homem da rasa & lum eonjunto minim de condigses impostas a cade cut ture, Os problemas apresentados pelas necersidedes nut ts, repiodtivas higitnicas do homem devem ser 1e- solvides, Eles s8o soluclonsdor pela constrayso. de. um ‘novo ambiente, secundéro. ou orifical Este ambiente, {que nd é mais nem menos do_que a cultura: propre ‘mente dita, tem de” ser_permanentemente.teprodeside, ‘mantiéo e administado. Iso ctia o que pods set des: tito, no sentido mals amplo de expresso, como um row padsdo de vide, que depende do nivel cultural da comunidade, do ambiente e de efciencia do grupo, Um pedro cultural, contudo, significa que noves neceside des se impGem e novos imperatives ou determinantes 80 Inculeados 20, comportemento humane. A tradi cule tural, € caro, tem de ser tanamiida de cada, geragto para’ e gerasio seguinte. Os métodos © mecanismos de ‘ardter eductcional dever exist em toda cultura. A oF. dem @ & lel tem. de ser mantias, uma vex que 8 coope: ragdo ¢ a esséncla de toda realiagho cultural. Er toda coinunidade devem enstiedlsposigbes pare a sangto de * costumes, dts e leis. © substrata da cultura tem de ser Fenovedo e manido em condigbes de funcionaimento, Por Jato algumas formas de organizagSo econémice #80 Ine ‘ispensiveis, mesmo nes culturas mais primitives," Tods a teorla malinowsklana repousa nesses dois concel- tos: naturera hurvana e cultura, espécie de dois mundos cone jugados, onde fice dic, por vezes,distingule 0 que € neureza humana eo que € cultura, ‘de-um mundo basco ¢ primério que sucedido por um outfo munda secundério ou ‘derivado. Ambos cram condigSes de sobrevivncie « epresen tam também ameagis 8 sobrevvéncia humane. De cero modo, 2 cultura, que 4 um mundo afifical criado pelo ho- meme pare'o homer, € também uma extensto, do mundo natural, Com tudo Isso do quer dizer que Malinowski en. tends, que 2 antropologia devesse ocupar-se do estudo da he tureza bumens @; por extensdo, também da cultura, Isto no. Ele fot um daqueles que achava ser Indispensivel delimiter 1 tee MALMO Ot — on

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