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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Diferenciação e exemplificação de diversos tipos e técnicas de pesquisa

Cavaco Ernesto Chume 708225651

Curso: Licenciatura em Ensino de Informática


Disciplina: Metodologias de Investigação Científica
Ano de frequência: 1º ano

Maputo, Agosto de 2022


Índice
Introdução.............................................................................................................................................. 4
Metodologia de trabalho ....................................................................................................................... 4
Objetivos ................................................................................................................................................ 4
Geral ................................................................................................................................................... 4
Específicos .......................................................................................................................................... 4
CAPITULO I: Pesquisa-ação na intervenção no PEA....................................................................... 5
CAPITULO II: Estudo de caso ............................................................................................................ 5
Técnicas de coleta e tratamento de dados no estudo de caso......................................................... 6
CAPITULO III: Técnicas de observação participante e entrevista intensiva ................................. 6
Técnicas de observação participante ............................................................................................... 6
Entrevista intensiva ........................................................................................................................... 7
CAPITULO IV: Diferença entre a pesquisa experimental e não experimental .............................. 7
Modalidades de pesquisa experimental ........................................................................................... 7
Pesquisa não experimental ............................................................................................................... 8
V: Diferença entre pesquisa bibliográfica e documental ................................................................... 8
Pesquisa bibliográfica ....................................................................................................................... 8
Pesquisa documental ......................................................................................................................... 8
Conclusão ............................................................................................................................................... 9
Referências bibliográficas................................................................................................................... 10
Classificação
Categorias Indicadores Padrões
Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspetos
Estrutura organizacionais  Introdução 0.5
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivo 1.0

Metodologia adequada ao
2.0
objeto do trabalho
Conteúdo  Articulação e domínio do
discurso académico 2.0
(expressão escrita cuidada,
Análise e coerência / coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e tamanho
Aspetos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em 4.0
citações/referências
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

Recomendações de melhoria:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Introdução
Segundo Gerhaedt e Souza (2009) o método científico compreende basicamente um conjunto
de dados iniciais e um sistema de operações ordenadas adequado para a formulação de
conclusões, de acordo com certos objetivos predeterminados.

Técnicas de coleta de dados, são as metodologias usadas para reunir os dados para uso
secundário.

Este trabalho tem como objetivo descrever algumas técnicas de pesquisa, e mostrar a sua
aplicabilidade em várias áreas, em especial na educação.

A pesquisa ação na educação é importante, na medida em que permite a coleta de informações


em tempo real, sua análise e aplicação de melhorias necessárias a curto, medio e longo prazo.
Como diz Franco (s.d.) “é preciso tempo e espaço para que professores/pesquisadores e sujeitos
da prática sejam, ao mesmo tempo, participantes e protagonistas”. (p.1) Vamos ver como
acontece e seu impacto para os envolvidos.

Falaremos também do estudo de caso que se enfoca, como a própria designação sugere, num
caso especifico, podendo ser fenómeno entre vários.

Este trabalho está organizado em cinco capítulos que contem as suas subdivisões.

Metodologia de trabalho
Para alcançar um objetivo, é preciso pensar também nos meios para alcança-lo. É nesse âmbito
que neste trabalho optou-se pelo uso de método de pesquisa bibliográfica para a sua
concretização. Feitas a leitura, análise e seleção das obras, o autor deste trabalho irá apresentar
no fim do mesmo em referencias bibliográficas, os autores que o auxiliaram na realização deste
trabalho.

Objetivos
Geral:

- Explicar a diferenciação e exemplificação de diversos tipos de pesquisa

Específicos
- Demonstrar processos de pesquisa na área de educação no âmbito dos PEA

- Identificar as técnicas do estudo de caso

- Descrever as técnicas de observação participante e entrevista intensiva


- Indicar a diferença entre pesquisa bibliográfica e documental

-Estabelecer a diferença entre a pesquisa experimental e não experimental

CAPITULO I: Pesquisa-ação na intervenção no PEA


A pesquisa ação enquadra-se na pesquisa não experimental. Segundo Artur (s.d.), neste tipo
de pesquisa, os dados são construídos sobre a realidade natural dos pesquisados, que se
relacionam com o pesquisador, com vista a autonomia e emancipação.

Segundo Manuel (s.d.) a pesquisa ação se diferencia dos outros tipos de pesquisa pela união
de teoria e prática ligado ao campo de pesquisa.

Nesse modelo o investigador e os participantes estão diretamente implicados, influenciando-se


mutuamente ao longo da pesquisa. A ação e a coleta de informação ocorrem simultaneamente.
Não há uma separação entre o pesquisador e o objeto de estudo, todos trabalham coletivamente.

A pesquisa-ação visa produzir mudanças e compreensão, sendo deste modo a combinação de


pesquisa e consultoria.

No âmbito PEA, é usada para avaliar o processo educativo, que incluem programas de ensino,
manuais escolares, bem com regulamentos do funcionamento do processo de ensino e
aprendizagem. No entanto, um professor também pode realizar uma pesquisa-ação na sua sala,
afim de perceber por exemplo a eficácia de uso de certos métodos de ensino (ou outro aspeto
do ensino), e apurar as melhorias necessárias que devem ser feitas, ou seja, após a reflexão,
haverá modificações no conhecimento que ele próprio tem sobre o seu trabalho.

A pesquisa-ação no processo educativo pode assumir o papel estratégico de empoderamento de


profissionais de educação, quais sujeitos que tem o sentimento de controle da sua vida e de suas
decisões, que lhes dão capacidades de se sentirem encorajados a mudar, rever e transformar. A
importância da pesquisa-ação no PEA é tal que, segundo Franco (s.d.) favorecem um
alargamento nas possibilidades de crítica, de engajamento e de ressignificação dos saberes.
(p.7)

CAPITULO II: Estudo de caso


De acordo com Gil (2007 cit. em Gerhardt e Souza 2009) este tipo de pesquisa é mais usado
nas ciências biomédicas e sociais. E se foca no estudo de uma entidade bem definida, que pode
ser um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou unidade social sem se
importar com a multiplicidade deles.
Como frisa Fonseca (2002, cit. em Gerhardt e Souza 2009) o estudo caso “visa conhecer em
profundidade o como e o porquê de uma determinada situação que se supõe ser única em muitos
aspetos, procurando descobrir o que há nela de mais essencial e característico.” (p. 39).

Em casos múltiplos são conduzidos vários estudos ao mesmo tempo com enfoque em vários
indivíduos, instituições, que, entretanto, estão desenvolvendo o mesmo projeto.

Técnicas de coleta e tratamento de dados no estudo de caso


No estudo de caso adotam-se as seguintes técnicas, segundo Marconi e Lakatos (2003): coleta
documental, observação, entrevista, questionário, formulário, medidas de opiniões e de
atitudes, técnicas mercadológicas, testes, sociometria, análise de conteúdo, história de vida; que
vamos descrever brevemente algumas delas.

A observação ajuda o observador a colher as provas que precisa sobre o objetivo dele, e que os
indivíduos observados eventualmente não estejam cientes disso. A observação pode ser feita
nas seguintes modalidades: observação não estruturada ou estruturada, não participante ou
participante, individual ou em equipa, e observação feita na vida real ou em laboratório.

CAPITULO III: Técnicas de observação participante e entrevista intensiva


Técnicas de observação participante
As técnicas de observação participante e entrevista intensiva, enquadram-se na pesquisa
etnográfica.

De acordo com Artur (s.d.),

“na área da educação a pesquisa etnográfica visa descrever os processos educativos, através de
aplicação de técnicas etnográficas como a observação participante, que permite uma interação
entre o pesquisador e a situação estudada; a entrevista intensiva, que aprofunda as questões e
esclarece os problemas observados e a análise de documentos, que visa contextualizar os
fenómenos e completar as informações.” (p.74)

Nesta técnica de observação, o investigador participa de certa maneira como membro da


comunidade pesquisada, com objetivo de ganhar confiança do grupo em estudo, ser
influenciado pelas características dos membros do grupo e, no entanto, assegura-los sobre a
importância da investigação. Gerhardt e Souza (2009) destacam que a “técnica de observação
participante ocorre pelo contato direto do pesquisador com o fenômeno observado. Obtém
informações sobre a realidade dos atores sociais em seus próprios contextos” (p.75)
Entrevista intensiva
A entrevista intensiva, segundo Marconi e Lakatos (2003), “é um procedimento utilizado na
investigação social, para a coleta de dados ou para ajudar no diagnostico ou no tratamento de
um problema social. (p.195)

Tem por objetivos a averiguação de fatos, determinação das opiniões sobre fatos, determinação
de sentimentos, descoberta de planos de ação, conduta atual ou do passado, motivos conscientes
para opiniões, sentimentos ou condutas.

CAPITULO IV: Diferença entre a pesquisa experimental e não experimental


Trivinos (1987 cit. em Gerhardt e Souza 2009) A pesquisa obedece um planeamento rigoroso.
As etapas de uma pesquisa iniciam com a formulação exata do problema e das hipóteses, que
delimita, as variáveis precisas e controladas que atuam no fenómeno estudado. (p. 36)

Assim, na ótica de Gerhardt e Souza (2009) a elaboração de instrumentos para a coleta de dados
deve ser submetida a testes para assegurar sua eficácia em medir aquilo que a pesquisa se propõe
a medir. Deste modo, conforme avança o mesmo autor “a pesquisa experimental pode ser feita
em ambientes próprios ou sofisticados como laboratórios, ou no campo onde deve se criar
condições de manipulação dos sujeitos nas próprias organizações, comunidades ou grupos.”

Um exemplo que podemos ter em conta é uma pesquisa experimental em agricultura. Onde o
pesquisador, querendo aferir a eficácia na produção de certa variante da semente, vai fazer
experimentos com varias e usando as mesmas condições em cada momento, ou seja, no inverno
e/ ou no verão por exemplo, experimenta as sementes com todas condições adequadas naquele
momento, e no fim observa qual trouxe melhores resultados em termos de produção.

Modalidades de pesquisa experimental


Pesquisas experimentais com dois grupos homogéneos, que é chamado de experimental e de
controle. Nesta modalidade de pesquisa, deve ser dado um estimulo ao grupo experimental, e
no fim far-se-á a comparação dos dois grupos e proceder.se com a avaliação e alterações
necessárias.

Pesquisas experimentais antes-depois com um único grupo- é definido previamente em função


de suas características e geralmente reduzido.
Pesquisa não experimental
Este tipo de pesquisa estuda as relações entre duas ou mais variáveis de certo fenómeno ou
evento, mas sem manipulá-las. Tomando em conta o exemplo anterior, o pesquisador cingir-se-
ia apenas na observação e estudo das sementes sem a manipulação de todos fatores envolvidos.

Esta é a diferença entre pesquisa experimental e não experimental, onde a experimental faz o
controlo e manipulação das variáveis com vista a descobrir os melhores resultados, num
ambiente já preparado, enquanto a pesquisa não experimental visa perceber pelo ocorrido ou
que tem ocorrido ou ainda em desenvolvimento qual vai ser o resultado sem a manipulação das
variáveis.

V: Diferença entre pesquisa bibliográfica e documental


Pesquisa bibliográfica
Fonseca (2002 cit. Gerhardt e Souza 2009) afirma que a pesquisa bibliográfica é “feita a partir
do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e
eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites”. Neste tipo de pesquisa,
podemos afirmar que o pesquisador se baseia nos trabalhos de outros pesquisadores para
desenvolver estudo que ele pretende.

Gil (2004 cit. Gerhardt e Souza 2009) avança com dois exemplos mais típicos deste tipo de
pesquisa, que são sobre as investigações sobre ideologias, ou as que se propõem a analise das
diversas posições sobre um problema.

Pesquisa documental
Este tipo de pesquisa usa os mesmos procedimentos da pesquisa experimental. “A pesquisa
documental recorre a fontes mais diversificadas e dispersas, sem tratamento analítico, tais
como: tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais, cartas, filmes,
fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de empresas, vídeos de programas de televisão”.
(Fonseca, 2002 cit. em Gerhardt e Souza 2009).
Conclusão
A pesquisa ação é usada para avaliar o processo educativo, que incluem programas de ensino,
manuais escolares, bem com regulamentos do funcionamento do processo de ensino e
aprendizagem. No entanto, um professor também pode realizar uma pesquisa-ação na sua sala,
afim de perceber por exemplo a eficácia de uso de certos métodos de ensino.

O estudo de caso se foca no estudo de uma entidade bem definida, que pode ser um programa,
uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou unidade social sem se importar com a
multiplicidade deles e visa conhecer em profundidade o como e o porquê de uma determinada
situação que se supõe ser única em muitos aspetos, procurando descobrir o que há nela de mais
essencial e característico.

As técnicas de observação participante permitem melhor descrição dos processos educativos e


melhor interação entre o pesquisador e a situação estuda.

A entrevista intensiva é usada para investigação social, na coleta de dados e diagnostico de um


problema social.

Por fim vimos a diferença entre a pesquisa experimental e não experimental, onde vimos que a
experimental se realiza num laboratório ou condições próprias preparadas que permitam a
execução de tal experiencia; e a pesquisa não experimental, dispensa o uso destas condições, e
ocorre em ambiente natural.
Referências bibliográficas
MARCONI, Marina de Andrade e LAKATOS, Eva Maria (2003), Fundamentos de -------------
----Metodologia Cientifica, 5ª edição, São Paulo, Editora Atlas S A

Metodologia de Investigação Cientifica I, Universidade Católica de Moçambique Centro de --


----Ensino à Distância, por Artur, Sérgio Daniel

FONSECA, Edson Nery. Problemas de comunicação da informação científica. São Paulo: ----
-----Thesaurus, 1975.

GIL, António Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1987, Como ---
------ elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1988

GERHADT, Tatiana Engel, e SILVEIRA, Denise Tolfo, 2009, Métodos de Pesquisa, ----------
------Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Gráfica da UFRGS

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em -----


------educação. São Paulo: Atlas, 1987

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994. Como elaborar
------projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

Instituto De Educação Á Distância, Metodologia De Investigação Científica, por MANUEL,


Vilma Tomásia da Fonseca

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