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GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ


NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
DISCIPLINA: PRÁTICA E PESQUISA EDUCACIONAL III

ATIVIDADE V – INTERAGINDO COM A PRÁTICA


ORGANIZAÇÃO DOS DADOS EMPÍRICOS DO ESTUDO

Prezado(a) estudante,

Após a coleta de dados empíricos para o estudo, chegou o momento da sua


organização. Os dados podem ser organizados em eixos ou categorias. Essa organização
chamamos de categorização.
Na visão de Bardin (2009) a categorização é

[...] uma operação de classificação de elementos constitutivos de um


conjunto, por diferenciação e, seguidamente, por reagrupamento
segundo o gênero (analogia), com os critérios previamente definidos.
As categorias são rubricas ou classes, as quais reúnem um grupo de
elementos (unidades de registro, no caso da análise de conteúdo) sob
um título genérico, agrupamento esse efectuado em razão dos
caracteres comuns destes elementos (p. 117).

A categorização consiste na passagem de dados brutos a dados organizados,


seguindo uma ordem de agrupamento determinada por aquilo que há de comum entre
eles. Pode ser feita por analogia ou semelhança, segundo critérios previamente
estabelecidos ou definidos no processo. As categorias definidas no processo são
denominadas categorias empíricas, ou seja, são aquelas resultantes da coleta de dados na
realidade empírica.
Como estudamos, Oliveira (2010) classifica a categorização em categorias
teóricas e categorias empíricas. As categorias teóricas dizem respeito às leituras comuns
ao tema central da pesquisa que são convergentes à temática do estudo que
identificamos na Atividade II. A segunda classificação, categorias empíricas, é
específica e emerge dos dados coletados na realidade empírica.
Na fase de organização dos dados, a categorização será indutiva, tomando como
ponto de partida os dados, construindo a partir deles as categorias. A escolha da
categorização como instrumento de organização dos dados empíricos se justifica por
permitir condensar de maneira eficiente uma representação confiável dos dados brutos,
possibilitando conhecer os diferentes núcleos de sentido que constituem a comunicação
que não seria facilmente perceptível nos dados empíricos, ou seja, como meio de se
apreender os sentidos das falas dos participantes.
GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
DISCIPLINA: PRÁTICA E PESQUISA EDUCACIONAL III
Vamos exemplificar:
DADOS COLETADOS NA CATEGORIAS EMPÍRICAS
ENTREVISTA:
CONCEPÇÃO DE LEITURA PRÁTICAS DE LEITURA NA
DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
EDUCAÇÃO INFANTIL
PROFESSORA ALFA: Leitura Leitura é a forma como se Como os meus alunos são do 1°
é a forma como se interpreta um interpreta um conjunto de período e ainda não sabem
conjunto de informações informações (presentes em um decodificar a escrita, eles
(presentes em um livro, uma livro, uma notícia de jornal, observam e fazem leitura de
noticia de jornal, etc.) ou um etc.) ou um determinado imagens (...).
determinado acontecimento. É a acontecimento. É a
decodificação da língua escrita. decodificação da língua escrita.
Como os meus alunos são do 1°
período e ainda não sabem
decodificar a escrita, eles
observam e fazem leitura de
imagens (...).
PROFESSORA BETA: Leitura Leitura é o processo de Diariamente faço leitura de
é o processo de compreensão de compreensão de uma livros e conversamos sobre o
uma informação encontrada em informação encontrada em um que foi lido. (...). Incentivar os
um código. Diariamente faço código. alunos, falar sobre o que foi lido
leitura de livros e conversamos e dramatizar.
sobre o que foi lido. (...).
Incentivar os alunos, falar sobre
o que foi lido e dramatizar.

Neste exemplo, os dados da entrevista, coletados junto as duas professoras


participantes do estudo, foram organizados em duas categorias: CONCEPÇÃO DE
LEITURA DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL e PRÁTICAS DE LEITURA NA
EDUCAÇÃO INFANTIL.

PARA FAZER:
Agora, após a leitura dos seus dados empíricos coletados, construa as categorias
empíricas a partir do seu agrupamento, sempre considerando as similaridades ou
convergência das respostas. Tenha sempre como referência os seus objetivos
específicos, pois os dados empíricos coletados devem possuir uma correspondência com
os objetivos que você se propôs alcançar.

Referências:

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. 3. ed. Lisboa: Edições 70, 2009.

OLIVEIRA, Maria Marly de. Como fazer pesquisa qualitativa. 3.ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2010.

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