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Belo Horizonte, 16 de abril de 2023.
ORIENTAÇÃO ASIE/VIDA ESCOLAR Nº 01/2023
Orienta as Superintendências Regionais de Ensino sobre
a instrução de processos e a exigência de legalização de
documentos escolares estrangeiros, visando à
equivalência de estudos realizados no exterior, em nível
de conclusão do Ensino Médio.
A Assessoria de Inspeção Escolar (ASIE), no uso da atribuição que lhe foi conferida pelo inciso V do artigo
50 do Decreto nº 47.758, de 19 de novembro de 2019, de padronizar diretrizes, orientações e normativas
legais para garantir o fluxo correto e regular de informações entre as escolas, os órgãos regionais e o
Órgão Central da Secretaria de Estado de Educação, considerando que esta Secretaria de Estado de
Educação orienta a análise de documentos escolares emitidos no exterior para continuidade de estudos
na Educação Básica, bem como, emite parecer de equivalência de estudos realizados em nível de
conclusão do Ensino Médio, tendo em vista as regulamentações:
Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional;
Lei Federal nº 9.474, publicada em 23/7/1997, que define mecanismos para a implementação do
Estatuto dos Refugiados de 1951 e determina outras providências;
Lei Federal nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, que altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental;
Lei Federal nº 13.415/2017, de 17 de fevereiro de 2017, que altera a Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, estabelecendo uma mudança na estrutura do ensino médio;
Lei Federal nº 13.445, publicada em 25/5/2017, que institui a Lei de Migração;
Decreto Federal nº 8.660, de 29/1/2016, que promulga a Convenção sobre a Eliminação da
Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros (“Convenção de Haia” de
5/10/1961);
Decreto Federal nº 9.199, publicado em 21/11/2017, que regulamenta a Lei nº 13.445, de 24 de
maio de 2017, que institui a Lei de Migração;
Decreto Federal nº 9.277, publicado em 6/2/2018, que dispõe sobre a identificação do solicitante
de refúgio e sobre o Documento Provisório de Registro Nacional Migratório;
Resolução do Conselho Nacional de Justiça nº 228, de 22/6/2016, que regulamenta a aplicação, no
âmbito do Poder Judiciário, da Convenção de Haia;
Resolução do Conselho Nacional de Justiça nº 247, de 15/5/2018, que revoga o artigo 20 da
Resolução do Conselho Nacional de Justiça nº 228, de 22 de junho de 2016;
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A instrução de processos, via Sistema Eletrônico de Informações (SEI), para análise e pronunciamento
sobre os estudos realizados no exterior, será mediante a apresentação de:
Histórico Escolar, comprovando seus estudos no Brasil e, caso tenha interrompido alguma
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série/ano, ficha individual com registro de parte do ano letivo cursado.
Histórico Escolar e Diploma/Certificado, se houver, dos estudos realizados no exterior, sendo que:
Caso o documento escolar seja procedente de país signatário da Convenção de Haia, deverá
constar a “Apostila” emitida pela autoridade competente do país no qual o documento é
originado.
Para consultar quais países são signatários, deve-se acessar a página eletrônica do
3 https://www.cnj.jus.br/poder-judiciario/relacoes-internacionais/apostila-da-haia/paises-
signatarios/, na qual o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mantém a lista atualizada, além dos atos
normativos, perguntas frequentes, etc.
Caso o documento escolar seja procedente de país que NÃO seja signatário da convenção de
Haia, deverá ser devidamente legalizado por autoridade consular brasileira no exterior, com
pagamento dos emolumentos.
Tradução dos documentos escolares feita por tradutor juramentado. Consultar a lista de tradutores
no site da Junta Comercial do estado de Minas Gerais: www.jucemg.mg.gov.br.
4 O Parecer CEE/MG nº 298/2020 dispensa a tradução na língua espanhola, contudo, conforme
preconiza o artigo 8º da Resolução CEE/MG nº 441/2001, havendo dificuldade de entendimento,
poderá ser solicitada a tradução.
Declaração de que realizou estudos apenas no exterior, se for o caso, quando seus documentos
estrangeiros comprovarem apenas os estudos finais da Educação Básica.
5 A Declaração, com valor de verdade presumida na forma da legislação vigente, produzida pelo
estudante, esclarecendo o seu percurso escolar realizado fora do Brasil com informações sobre a
impossibilidade de apresentação dos documentos escolares comprobatórios, deve ser redigida e
assinada pelo estudante.
PARA ESTUDANTES ESTRANGEIROS
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Caso o documento escolar seja procedente de país signatário da Convenção de Haia, deverá
constar a “Apostila” emitida pela autoridade competente do país no qual o documento é
originado.
3 Para consultar quais países são signatários, deve-se acessar a página eletrônica do
https://www.cnj.jus.br/poder-judiciario/relacoes-internacionais/apostila-da-haia/paises-
signatarios/, na qual o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mantém a lista atualizada, além dos
atos normativos, perguntas frequentes, etc.
Caso o documento escolar seja procedente de país que NÃO seja signatário da convenção de
Haia, deverá ser devidamente legalizado por autoridade consular brasileira no exterior, com
pagamento dos emolumentos.
Tradução dos documentos escolares feita por tradutor juramentado. *Consultar a lista de
tradutores no site da Junta Comercial de Minas Gerais: www.jucemg.mg.gov.br.
4 O Parecer CEE/MG nº 298/2020 dispensa a tradução na língua espanhola, contudo, conforme
preconiza o artigo 8º da Resolução CEE nº 441/2001, havendo dificuldade de entendimento,
poderá ser solicitada a tradução.
Comprovante de residência no Estado de Minas Gerais (conta de luz, água, etc.). Caso o
requerente não possua comprovante em seu nome ou de seus pais, deverá apresentar declaração
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assinada pelo titular do comprovante de endereço apresentado, confirmando sua residência.
(Parecer CEE/MG nº 658, de 31/7/2014).
É considerado:
Imigrante, a pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalha ou reside e se estabelece
temporariamente ou definitivamente no Brasil;
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Optando pela autenticação dos documentos diretamente no SEI, o servidor responsável, após conferir as
peças com os originais, poderá incluí-los no sistema, seguindo os seguintes passos:
6.1. Inclusão dos Documentos:
a. Acessar o ícone “Incluir documentos” na barra de ferramentas.
b. Na tela “Gerar documento” selecionar a opção “externo”.
c. Na tela “Registrar Documento Externo” escolher o tipo de documento (exemplo: anexo) e a
data do documento;
d. Selecionar o formato “Digitalizado nesta Unidade”;
e. No “Tipo de Conferência”, selecionar “Cópia Autenticada Administrativamente”;
f. Na “Classificação por assuntos”, digitar “612.61: Análise de documentos escolares do Brasil
e/ou exterior”;
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g. “Nível de acesso”: “Restrito”, com a “Hipótese Legal”: “Informação Pessoal (Art. 31 da Lei nº
12.527/2011)”;
h. Escolher arquivo/documento a ser incluído no processo;
i. “Confirmar Dados”(o documento será anexado/inserido ao processo).
6.2. Após a inclusão do documento, realizar a autenticação do documento conforme os
procedimentos a seguir:
a. Acessar na barra de ferramentas sobre o documento inserido o ícone “Autenticar
Documento” (sexto ícone da barra de ferramentas);
b. Após acionar o ícone “Autenticar Documento”, o sistema (SEI) disponibilizará a tela
“Autenticação de Documento”;
c. Realizar a assinatura eletrônica digitando a senha de acesso ao SEI no campo “Senha” e
acionar a opção “assinar” no espaço superior à direita, na tela “Autenticação de Documento”.
d. Conferir se o selo de autenticação foi anexado junto ao documento na árvore do processo.
7. O Servidor responsável pela montagem do processo deverá observar as orientações emanadas pela
Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG) de restrição de acesso a dados pessoais
no sistema. Considerando o grande volume de dados pessoais constantes dos processos e, no
intuito de salvaguardá-los de forma adequada e responsável, os usuários devem atribuir aos
expedientes que contenham informações e dados pessoais (como número de CPF, RG, CNH e
outros) o nível de acesso restrito, classificando-os na hipótese legal “informação pessoal (art. 31
da Lei nº 12.527/2011)” que já se encontra cadastrada no SEI.
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13.2. Na expedição do Histórico Escolar, estampar o percurso dos estudantes de acordo com as
especificações de cada realidade:
a. Documentos escolares estrangeiros apresentados com a devida legalização (Apostila de Haia
ou Visto Consular), escriturar para cada série/ano correspondente os nomes das escolas do exterior,
localidade e país, ano letivo, anulando os campos do aproveitamento, carga horária e faltas, registrando
nas observações “Aproveitamento de estudos realizados no exterior. Lei Federal 9.394/96”. Neste caso,
anexar o documento escolar do exterior.
b. Documentos escolares estrangeiros sem a devida legalização (Apostila de Haia ou Visto
Consular), tendo o estudante a comprovação da condição de refúgio ou apresentação do protocolo de
pedido de regularização da condição de refúgio, registrar, conforme o percurso escolar apresentado, para
cada série/ano correspondente o nome da escola do exterior, localidade e país, ano letivo, inutilizando os
campos do aproveitamento, carga horária e faltas, registrando nas observações: “Aproveitamento de
estudos realizados no exterior. Lei Federal nº 9.394/1996 e Lei Federal nº 9.474/1997”. Neste caso,
anexar o documento escolar do exterior.
c. Estudante sem documento escolar (esgotadas todas as possibilidades de busca) será
classificado por meio de avaliação em todos componentes curriculares para inserção no ano de
escolaridade adequado, considerando a idade e o grau de desenvolvimento, a escrituração iniciará na
série anterior ao ano em que foi posicionado, registrando o nome da escola, município e estado onde
ocorreu a classificação, ano da avaliação, apondo um asterisco no campo onde está escrito
aproveitamento (*) e, na frente, registrar as notas obtidas em cada componente na avaliação
(classificação) e nas observações será repetido o asterisco (*) e registrado “Classificação conforme a
alínea c, inciso II do artigo 24 da Lei Federal nº 9.394/1996.”
d. Matrícula amparada no Parecer CEE/MG nº 388, de 26 de maio de 2003, deve constar o
registro do aproveitamento, da carga horária e as faltas horas (a partir da matrícula). No campo das
observações registrar “classificação conforme incisos I e VI do artigo 24 da Lei Federal nº 9.394/1996”.
13.3. Para as escolas da rede estadual e municipal sem sistema próprio, verificar o disposto na
Orientação ASIE nº 4, de 1/11/2021, que trata da matrícula de estudantes na condição de migrantes,
refugiados, apátridas e solicitantes de refúgio.
13.4. Caso sejam maiores de idade, poderão submeter-se aos exames ofertados para certificação ou
realizar estudos na Educação de Jovens e Adultos.
14. Nas situações de solicitação de revalidação dos diplomas de cursos técnicos legalmente emitidos
por instituições educacionais estrangeiras, a SRE poderá orientar o solicitante a fazer contato com a
unidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFMG) ou Centro Federal de Educação
Tecnológica (CEFET) mais próximo. Caso não seja acolhido na rede federal de ensino, encaminhar o caso
para análise desta ASIE.
15. O estudante que não portar documento pessoal de comprovação de permanência legal no Brasil
será orientado a dirigir-se à Polícia Federal para regularizar sua situação.
16. Para fins de continuidade de estudos no exterior, quando solicitado, cabe ao Inspetor Escolar
proceder à verificação da autenticidade do documento escolar brasileiro, apor o carimbo da
Superintendência Regional de Ensino com o nome da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais
por extenso, bem como sua assinatura pessoal e seu carimbo indicativo de que é autoridade supervisora
responsável no âmbito do seu sistema de ensino, a fim de garantir sua acreditação e validade. Na
situação de escola extinta, deverá estampar o nome da divisão ou diretoria responsável pela emissão dos
documentos escolares de escolas extintas.
Atenciosamente,
Paulo Leandro de Carvalho
Assessor Central de Inspeção Escolar
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Gustavo Lopes Pedroso
Subsecretário de Articulação Educacional
Documento assinado eletronicamente por Paulo Leandro de Carvalho, Assessor, em 16/04/2023, às
18:06, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222,
de 26 de julho de 2017.
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