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Jamyle
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A ansiedade nem sempre é negativa, apesar de ela ter essa fama. Ela é, sim,
um sentimento incômodo, um medo de que algo aconteça no futuro. Contudo,
isso também é o que nos move.
Parece contraditório, mas olha só: imagine que você tem uma apresentação
importante para fazer na próxima semana. Se você estiver super confiante e
acreditando que sabe tudo, é bem provável que acabe deixando o trabalho de
elaborar suas falas e slides apenas alguns dias antes.
Por outro lado, se você tem receio de que algo dê errado, a chance de fazer
esse trabalho mais cedo e conferir algumas vezes, corrigir erros e garantir que
tudo está perfeito é muito maior, concorda?
É aí que a ansiedade é boa. Ela é o medo que temos do futuro, mas um medo
saudável que nos motiva. Assim como o medo de nos queimarmos, por
exemplo, faz com que tomemos mais cuidado ao mexer no fogão.
Mas isso acontece com quem tem algum transtorno de ansiedade ou quem
está começando a desenvolver a doença. Essas pessoas sentem esses estados
internos e sentimentos negativos com frequência, sem motivo aparente e sem
uma causa que pode ser “resolvida”.
Pessoas saudáveis têm crises de ansiedade brandas. Por pior que elas possam
parecer na hora, a crise é funcional. Em outras palavras, mesmo com a
ansiedade a pessoa consegue trabalhar, estudar, fazer exercícios e até dormir.
Além disso, as crises brandas têm sintomas como uma leve dor de cabeça,
pequena taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), um pouco de suor
frio, alguns pensamentos negativos, respiração um pouco pesada e uma
dificuldade para dormir.
Com o tempo, esses pequenos sintomas vão ficando mais intensos e difíceis de
controlar. Gradativamente aquela ansiedade vai tomando conta da vida da
pessoa. As crises se tornam mais frequentes, intensas e generalizadas.
Quanto mais tempo alguém vive com crises de ansiedade, mais forte fica a
doença e mais difícil é o tratamento. E o pior: a ansiedade pode chegar a um
nível que a pessoa nem mesmo quer se tratar, por não acreditar que consiga
melhorar.
De modo geral, posso dizer que atividade física regular, boa alimentação e uma
rotina saudável, com horários para trabalho e para lazer, são grandes aliados
desse processo de tratamento. Não é que ao fazer essas coisas a ansiedade
sumirá, mas todas essas atividades contribuem para que o tratamento seja
mais eficiente e mais rápido.
Agora, falando do tratamento propriamente dito. Existem aqui dois caminhos.
O primeiro é o tratamento psiquiátrico, com medicação, em conjunto com a
psicoterapia, feita por um psicólogo competente.
Esse método é indicado para pessoas que estão em estado de ansiedade tão
grave que não conseguem nem mesmo sair de casa, mesmo tentando, e
precisam de um auxílio químico (medicamento) para que seja possível começar
o tratamento com o psicólogo.
O psicólogo faz isso usando várias técnicas e estratégias. Ele ajuda a pessoa a
construir uma nova rotina, a controlar os ataques de ansiedade, ter uma vida
mais saudável, reconhecer os gatilhos que a têm deixado mal e aprender a
lidar com seus estados internos (medo, ansiedade, insegurança etc.).
Além disso, alguns psicólogos, como eu, oferecem o atendimento online. Que é
um modo mais fácil, prático e seguro para tratar a ansiedade sem sair de casa.
A vantagem do atendimento online é que o psicólogo pode conhecer sua
rotina de perto e até criar estratégias de acordo com o que sua casa permite
fazer.
ansiedade
Po r
Jo hn W. Ba rnhi l l
, MD , Ne w Yo r k -P r e sby te r i an Ho sp i tal
Av al ia d o c li ni ca m e n te a b r 2 02 0
Etiologia
Sinais e sintomas
Diagnóstico
Tratamento
Hipertireoidismo
Feocromocitoma
Insuficiência cardíaca
Arritmias
Asma
DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica)
Vários fármacos podem causar ansiedade. Corticoides, cocaína,
anfetaminas e cafeína podem causar diretamente ansiedade,
enquanto a síndrome de abstinência de álcool , de sedativos e de
algumas drogas ilícitas também pode causar ansiedade.
Sinais e sintomas dos transtornos de ansiedade
A ansiedade pode surgir subitamente, como no pânico, ou
gradualmente ao longo de vários minutos, horas ou dias. A
ansiedade pode durar desde poucos segundos até anos, embora a
duração prolongada seja mais característica dos transtornos de
ansiedade. A ansiedade varia de crises pouco perceptíveis até o
pânico intenso. A capacidade de tolerar certo nível de ansiedade
varia de pessoa para pessoa.
Os transtornos de ansiedade podem ser tão perturbadores e
incapacitantes que podem resultar em depressão.
Alternativamente, um transtorno de ansiedade e um transtorno
depressivo podem coexistir ou a depressão pode se desenvolver
primeiro, com sinais e sintomas de transtorno de ansiedade
ocorrendo posteriormente.
Diagnóstico dos transtornos de ansiedade
Exclusão de outras causas
Avaliação da gravidade