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Imagens Prática de Especial
Imagens Prática de Especial
Brônquios e bronquíolos .
Bronquite: refere-se à inflamação dos grandes brônquios. As causas incluem agentes virais,
bacterianos, micóticos, parasitários, gases tóxicos e corpos estranhos. Podem ser do tipo catarral,
mucopurulento, purulento, fibrinopurulento ou fibrinoso
Macroscopicamente, o principal achado é o excesso de muco ou exsudato mucopurulento
preenchendo a árvore brônquica
Pulmões .
Melanose: condição na qual ocorre acúmulo de pigmento endógeno (melanina). Tal alteração se
deve à migração errática de melanócitos. Macroscopicamente, observam-se manchas marrom
escuras ou pretas disseminadas pelo parênquima pulmonar.
Edema pulmonar: acúmulo de líquido nos alvéolos pulmonares, proveniente dos vasos
sanguíneos. O fluido de edema que se acumula no alvéolo se mistura ao surfactante alveolar, e,
em consequência dos movimentos respiratórios, ocorre formação de espuma, o que compromete
ainda mais as trocas gasosas nos alvéolos, por impedir a entrada do ar inspirado no interior dos
alvéolos.
Macroscopicamente, caracteriza-se por pulmões mais pesados do que o normal e que não
se colapsam quando o tórax é aberto. A superfície pleural é lisa e brilhante, os pulmões são
hipocrepitantes, e flui líquido da superfície de corte do parênquima pulmonar.
Broncopneumonia,
caracterizada por áreas
de consolidação de
coloração vermelho
escura e distribuição
cranioventral.
Pneumonia lobar: tem início na junção bronquíolo alveolar, geralmente afeta as porções
cranioventral. A diferença entre a broncopneumonia é que a evolução da pneumonia lobar é
mais rápida e o processo é mais extenso. Classificada em superaguda e aguda.
Macroscopicamente, a pneumonia lobar é caracterizada por áreas de consolidação
cranioventral, envolvendo difusamente os lobos, em geral a totalidade de um ou mais lobos,
que se apresentam de coloração ou uniforme, com espessamento da pleura e alargamento
dos septos interlobulares, devido à exsudação de fibrina e ao edema. É comum a presença
de áreas de necrose.
Pneumonia intersticial: processo tem início nos septos alveolares. A via de infecção é
hematógena. Macroscopicamente, a pneumonia intersticial se caracteriza por áreas de
consolidação difusas por todo o pulmão, principalmente nas porções dorsocaudal. Diferente
da broncopneumonia e da pneumonia lobar a localização é cranioventral.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Coração .
Persistência do ducto arterioso: comunicação entre a aorta e a artéria pulmonar permanece
aberta, ocasionando um desvio de sangue do lado esquerdo para o direito.
Cardiomiopatia dilatada: caracterizada pela dilatação das quatro câmaras cardíacas (átrios e
ventrículos). Nesses casos, há diminuição da capacidade contrátil do miocárdio e aumento do
volume diastólico final. A cardiomiopatia dilatada felina tem sido associada à deficiência de taurina.
Macroscopicamente, o coração perde o formato cônico normal e se apresenta globoso, em
decorrência da dilatação biventricular. As paredes ventriculares são delgadas e flácidas, e ocorrem
aumento das câmaras ventriculares e achatamento dos músculos papilares.
FÍGADO
Degeneração hidrópica .
Degeneração lipídica .
Icterícia .
Pode ser pré-hepática, hepática e pós-hepática. Sempre será uma alteração sistêmica, visível em
vários tecidos de várias regiões do organismo animal.
Fisiológico: a hemácia é quebrada fora do vaso sanguíneo e libera a bilirrubina. As células
do sistema fagocítico mononuclear são responsáveis por fagocitar e remover do baço, fígado
e medula óssea. Essa bilirrubina, ainda não conjugada, chamada de bilirrubina indireta, é
liberada no sangue e circula ligada a albumina. Nos hepatócitos a bilirrubina é conjugada
com ácido glicurônico, virando bilirrubina direta, ou bilirrubina conjugada pode voltar para a
circulação e ir para a urina, fezes, dando a cor destes, enquanto uma parte vai para a
circulação para ser reaproveitada por meio da circulação entero-hepática.
Patológico: Essa bilirrubina pode não estar sendo produzida em uma quantidade maior que
a capacidade de conjugação do organismo, pode não estar sendo conjugada, ou pode não
estar sendo liberada depois da conjugação normal. Cada uma dessa possibilidades causa
acúmulo de bilirrubina no sangue e, consequentemente, deposição nos tecidos,
caracterizando um tipo de icterícia. Quando a bilirrubina está aumentada na circulação,
temos um quadro de bilirrubinemia, já quando esta se deposita nos tecidos, é chamada de
icterícia. Pode ser uma icterícia bem intensa e ser facilmente visualizada em todos os
tecidos, mas pode ser discreta e ser visualizada somente pela aorta com mais precisão.
Tipos de icterícia: Icterícia pré-hepática, ou por hemólise - ocorre quando há hemólise
excessiva com muita produção de bilirrubina não conjugada, sobrepondo a capacidade do
fígado de conjugar a bilirrubina. Isso pode ser predisposto por um fígado lesado ou
comprometido, assim como a quebra excessiva de hemácias causa um quadro de anemia,
ou próximo, que causa hipóxia tecidual acentuada, assim como causa hipóxia centrolobular
(lóbulos hepáticos não são supridos), causando necrose centrolobular e predispondo a
icterícia pré-hepática. Essa é a forma mais comum de manifestação da icterícia. Icterícia
Hepática - é causada devido a redução da tomada, conjugação ou secreção da bilirrubina
pelo hepatócito, sendo consequência unicamente de lesão hepática difusa grave, aguda ou
crônica, diferentemente da pré-hepática que ocorre por hemólise excessiva. Icterícia
Pós-hepática, ou por retardamento do fluxo da bile - pode ocorrer por obstrução dos ductos
biliares extra
Cirrose .
Processo difuso caracterizado por fibrose e conversão da arquitetura normal do fígado em
lóbulos estruturalmente anormais. Macroscopicamente, o fígado intensamente diminuído de
volume, superfície irregular, consistência firme e com hidroperitônio. É caracterizada pela
substituição do tecido do parênquima hepático por tecido conjuntivo fibroso, o que sugere que seja
uma alteração crônica. É a principal causa de diminuição de fígado, principalmente quando tem
hidroperitônio. Quando o animal tem um fígado com cirrose, que provoca insuficiência hepática, é
muito comum icterícia, mas pode não ocorrer.
Principais alterações decorrentes: Hemorragia por diminuição da produção dos fatores de
coagulação; Edema cavitário por diminuição da produção de albumina, principalmente
hidroperitônio (principal) e anasarca; Anemia porque alguns fatores que estimulam a medula
óssea também são produzidos no fígado; Icterícia hepática. Como tem substituição do
tecido, se esta acontecer ao longo dos ductos que ligam o fígado a bile, o animal tem
icterícia hepática e pós-hepática ao mesmo tempo;
Exemplo da aula: Nódulo com centro necrótico hemorrágico extremamente sugestivo de linfoma,
que pode ser difuso pelo fígado ou possuir poucos nódulos. Os nódulos eram bem delimitados,
mas não são suficientes para dizer que é benigno. A grande quantidade e distribuição dos nódulos
são sugestivos de malignidade. Os nódulos eram múltiplos e com tamanhos irregulares, o que é
sugestivo de disseminação hematógena. O pâncreas também possui nódulos assim como no
omento, principalmente. A localização era próxima a localização do linfonodo e um deles estava
rompido, sendo desconfiado pela professora como linfonodo, dando sugestão para que o início da
alteração fosse no baço. Houve ruptura de um nódulo que foi indicativo de que o animal morreu a
partir dessa ruptura e ainda foi desconfiado de que era linfonodo. Linfoma esplênico é o segundo
mais comum em tecido linfóide e serviu como base para a hipótese diagnóstica post-mortem. Tirou
a possibilidade de início do fígado pela diferença entre os nódulos no fígado. pâncreas também
apresentava alteração.
SISTEMA DIGESTÓRIO
Esofagites .
Spirocerca lupi, em cães, provoca esofagites granulomatosas. Os granulomas localizamse na
submucosa e comunicam-se com o lúmen esofágico por um pequeno orifício. No centro dos
granulomas, há nematoides espirurídeos adultos em meio a material necrótico
Timpanismo .
É a distensão dos pré-estômagos por acúmulo excessivo de gases, devido à sua não eliminação,
decorrente de falha na eructação. Em condições normais, qualquer quantidade de gás produzida
nos pré-estômagos é eliminada na eructação. O processo da eructação, nos ruminantes,
compreende cinco estádios ou fases:
● Estádio de separação, quando as bolhas gasosas formadas durante a fermentação ruminal
normal atravessam a ingesta e se coalescem com o gás livre do saco dorsal
● Estádio de deslocamento, em que, por uma contração do rúmen, o gás livre é deslocado
para a frente e para baixo, em direção à cárdia
● Estádio de transferência, quando a cárdia se abre e o gás passa para o esôfago
● Estádio esofágico, em que, por uma contração retrógrada do esôfago, o gás é empurrado
para a faringe
● Estádio faringopulmonar, no qual, pela abertura do esfíncter nasofaringiano, o gás passa aos
pulmões, onde parte é absorvida e parte é exalada na expiração.
1. como é uma inflamação os linfonodos mesentéricos vão estar drenando a inflamação quando for
infeccioso, e pelo aumento do estímulo antigênico tem proliferação de linfócitos que causam
aumento de linfonodo, sendo um dos pontos a serem avaliados para identificar enterite. 2. Quando
é agudo, há hiperemia ou hemorragia em serosa. Pode haver edema de mesentério, que é mais
comum em suínos por E.coli. 3. Edema de parede evidenciado pela evidenciação da separação
entre mucosa e serosa, indicando que é aguda. Se for crônica também há espessamento, mas vai
ser rígido, pálido (sem alteração circulatória) 4. Alteração de conteúdo: sanguinolento, fibrinoso,
purulento, catarral... 5. Mucosa: irregular, desmanchando na mão...
Diarreia .
A diarreia é o aumento da quantidade de líquido das fezes, que pode ser classificada em:
SECRETÓRIA - Quando tem excesso de secreção pelas células das criptas, causada pelo
aumento de íons osmoticamente ativos no conteúdo das fezes. Nesse caso a alteração pé
funcional (de função); MALABSORTIVA - quando tem diminuição da capacidade de absorção das
células absortivas. Ocorre quando tem diminuição no número dessas células, como por exemplo
em casos de linfoma, que é quando as células absortivas do ápice da vilosidade são substuídas ou
invadidas por linfócitos. Perda crônica de células absortivas - atrofia de vilosidade que diminui o
número de células absortivas e tem menos absorção aumentando a quantidade de líquidos nas
fezes. Pode ser associada a infecção por rotavírus e causar enterite crônica. EFUSIVA - a mucosa
do intestino serve como barreira física para controle osmótico, já que há diferença osmótica entre o
sangue a o conteúdo do intestino, e que impede a saída excessiva de líquido do vaso para o lúmen
do intestino. Se tiver perda dessa mucosa ou aumento da permeabilidade dessa mucosa, a diarreia
vai ser mal absortiva - ENTERITE NECRÓTICA.
Úlceras gástricas .
As úlceras gástricas ocorrem por desequilíbrio entre os efeitos líticos do ácido clorídrico e da
pepsina e a habilidade da mucosa de se manter íntegra. A hipersecreção de ácido ou a falha na
integridade da mucosa são consideradas fatores patogenéticos gerais.
Secreção basal anormalmente alta, dada a expansão da massa de células parietais, em resposta
ao efeito trófico da gastrina
● Gastrinomas (neoplasias do pâncreas secretoras de gastrina) Aumento dos níveis de
histamina, associado a mastocitomas (tumores cutâneos) ou mastocitose (infiltração de
mastócitos na pele e nas vísceras). Entre os fatores relacionados com a diminuição da
resistência da mucosa, citamse:
● Agentes antiinflamatórios não esteroides (ácido acetilsalicílico, indometacina, fenilbutazona
etc.) que bloqueiam a ação das ciclooxigenases (COX), impedindo, assim, a síntese das
prostaglandinas. Entre estas últimas, a prostaglandina E2 tem efeito protetor sobre a
mucosa gástrica, pois estimula a produção de bicarbonato, aumenta a síntese de mucina e
promove vasodilatação. No caso do ácido acetilsalicílico, por ser lipossolúvel, lesiona
também a membrana celular, possibilitando a difusão do ácido clorídrico
● Refluxo duodenal, que, por conter substâncias lipossolúveis (sais biliares, alcoóis e
lisolecitina), lesiona a membrana lipoproteica da célula, tornando a mucosa permeável ao
ácido
● Glicocorticoides e estresse, que apresentam uma ação combinada sobre a mucosa e a
secreção ácida. Os glicocorticoides promovem o decréscimo da renovação do epitélio e a
diminuição da disponibilidade de ácido araquidônico para a síntese de prostaglandinas, além
de estimularem a produção de gastrina, que, por sua vez, estimula a secreção ácida
● Redução do afluxo sanguíneo por isquemia da mucosa, o que leva a menor secreção de
bicarbonato, favorecendo a difusão ácida, além de lesionar as células superficiais. As
causas de isquemia não estão bem estabelecidas, mas acreditase que seja o resultado da
redução da concentração de prostaglandinas, provocando hipotensão focal ou sistêmica.
Ulcerações recentes da mucosa gástrica (agudas) geralmente estão associadas à hemorragia
(Figura 3.46), enquanto as úlceras mais antigas (crônicas) têm sua base e suas bordas revestidas
de tecido de granulação e sua superfície revestida por fina camada de tecido necrótico. Há
metaplasia mucosa e hiperplasia das glândulas ao redor da úlcera (Figura 3.47). Com o tempo e
em condições favoráveis, os tecidos adjacentes projetamse sobre as bordas da úlcera e
preenchem o defeito da mucosa.