Você está na página 1de 4

E. E. E. F.

E M SEVERIANO BENEDITO DE SOUZA


DIRETOR: ODAIR PROFESSOR: DIEGO OLIVEIRA
ALUNO (a):
Turma: 3º ano Disciplina: História ATIVIDADE COMPLEMENTAR
como um estado centralizado e forte, com um rei poderoso,
EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA que tinha o monopólio do uso da força, leis centralizadas e
forte burocracia estatal, que possibilitaram um forte
Com o retorno das atividades comerciais sistematizadas na Europa controle de estado sobre os diversos setores da sociedade,
Ocidental, graças a ocorrência das Cruzadas a partir do século XI, as viabilizando investimento para a expansão marítima.
cidades europeias tiveram um importante desenvolvimento em (Veremos isto com mais detalhes posteriormente, ainda
termos urbanísticos, como já vimos em materiais anteriores. Este neste material)
desenvolvimento favorecia as camadas mercantis das cidades, que • Possuía técnicas de navegação avançadas - durante muito
desejavam obter um crescimento comercial a partir de então. tempo, a região de Portugal se dedicava à atividades
marítimas para desenvolver sua economia, seja por conta
O comércio de especiarias foi de fundamental importância para este de dificuldades em se fazer a agricultura em solo lusitano, e
sistema que estava se criando no continente. No entanto, os por conta da proximidade do país das águas do mar, assim
europeus não dominavam as rotas comerciais de especiarias, afinal, a pesca foi por muito tempo a principal atividade
estes produtos saiam do oriente (principalmente das regiões do vale econômica nesta região. Isto desenvolveu uma experiência
do Rio Indo) e os comerciantes árabes é quem faziam a ponte marítima aos navegadores portugueses em termos de
comercial entre a Europa e as índias. técnicas de navegação.

A partir do século XII, cidades costeiras da península itálica • Possuíam recursos náuticos – devido a ocupação
desenvolveram um crescimento comercial através do mar muçulmana de cerca de mil anos na península ibérica, estes
Mediterrâneo, entrando em contato com árabes e levando as deixaram ali todas as suas técnicas e instrumentos
especiarias pra Europa continental. Este processo causou um grande conhecidos de navegação, tais como mapas, bússolas e
enriquecimento para as cidades italianas, que podiam determinar o registros técnicos que serviram aos portugueses a partir de
valor dos produtos dentro do continente europeu e passaram a então.
dominar completamente o comércio de especiarias local.
• Localização geográfica – Portugal está localizado no
Esta configuração econômica deixava os produtos com preços extremo leste do continente europeu, “de cara” para o
elevados dentro do Ocidente europeu, a tal ponto, que dois países, oceano Atlântico, portanto não foi muito dificultoso para o
concentrados na península ibérica, passaram a tentar novas formas país, conseguir dar início à sua expansão, claro que este
de se conseguir fazer um comércio com o oriente, sem depender de fator não foi determinante, mas foi importante.
intermediários, como árabes e italianos. Estes dois países foram
Portugal e Espanha, e para isto, os dois passaram a buscar uma
alternativa de caminho até as índias, diferente das que se conhecia Formação do Estado Português
até então, pelo Mediterrâneo e por territórios árabes. A alternativa
encontrada pelos dois países foi a rota do Oceano Atlântico. Como já foi dito, a península ibérica, esteve sob controle dos árabes
muçulmanos, mas esta região apresentava também alguns reinos
Mentalidade Europeia sobre o mar desconhecido cristãos, subordinados aos árabes, que eram Leão, Castela, Navarra
e Aragão.
É importante lembrarmos que, mesmo se tratando dos séculos XIV e
Estes reinos já desejavam expulsar os muçulmanos da Ibéria durante
XV, o pensamento europeu ainda é fortemente influenciado pela
muito tempo, mas não conseguiam fazer frente aos invasores. Até
igreja católica, esta tinha alguns pensamentos acerca do mundo, que
que, a partir do século XI e após o insucesso militar no oriente, os
eram considerados dogmas, por exemplo, a ideia de uma terra plana
europeus resolveram retomar a península ibérica como forma de
se fazia ainda muito presente no imaginário europeu, ideia esta, que
compensar as perdas das cruzadas. Muitos nobres da Europa central
colocava medo em marinheiros que pensassem em se afastar demais
se dirigiram para a península ibérica para ajudar os reinos cristãos
da costa do continente, com medo de cair no “abismo eterno”.
locais a se livrar dos mouros (nome pelo qual os ibéricos chamavam
os muçulmanos).
Outro pensamento presente na época, reforçado por histórias
mitológicas da antiguidade, afirmava que existiam monstros
Dentre estes nobres esteve um francês chamado Henrique de
marinhos gigantescos em direção ao oceano, quanto mais longe da
Borgonha, que ajudou o rei de Leão a se livrar dos mouros e em troca
costa fosse, que engoliriam embarcações e tripulantes.
ganhou de presente uma porção de terras do rei de Leão, chamada
de Condado Portucalense, além de se casar com a filha do rei. Seu
Este tipo de pensamento fantasioso, no entanto, não impediu que
herdeiro, D. Afonso Henriques, entra em conflito com o reino de
países europeus desenvolvessem suas empreitadas marítimas em
Castela, expande o território do condado e estabelece seu poder na
direção às índias, e, como já foi dito, Portugal e Espanha se
região ao se tornar um reino independente no século XII, nasce assim
arriscaram, primeiramente Portugal.
o país Portugal, sob a dinastia de Borgonha.

Pioneirismo português Posteriormente, em meados do século XIV, o reino de Portugal se


consolida após a Revolução de Avis, quando a coroa de Castela tenta
Portugal foi o primeiro a desenvolver o processo de expansão tomar o trono português, após a morte de D. Fernando último rei dos
marítima por contar com fatores que o favoreciam, tais como: Borgonha, que não teve herdeiros.

• Formação de uma monarquia centralizada – O reino de Ajudado pela burguesia e alguns nobres portugueses, D. João, mestre
Portugal foi o primeiro da história da Europa a se formar de Avis, se livrou dos castelhanos e foi coroado rei de Portugal em
1385, estabelecendo uma nova dinastia, chamada de Dinastia de Com a coroa espanhola estabelecida e os muçulmanos expulsos,
Avis. Esta dinastia, no século seguinte, foi responsável por Isabel e Fernando puderam se dedicar ao financiamento de viagens
desenvolver a expansão marítima portuguesa no século XV. ultramarinas. Ao observar o sucesso português no périplo africano, a
Espanha precisa encontrar uma alternativa própria de chegar às
Índias, que não fosse o mesmo trajeto dos portugueses. Para isto, a
Périplo Africano
coroa espanhola contrata os serviços do navegador genovês
Cristóvão Colombo.
Já estabelecido como país, Portugal passa, a partir do século XV, a
desenvolver sua empreitada rumo às índias, para isto, os lusitanos Colombo acreditava que a terra tinha formato redondo e teve que
buscam uma rota que visava fazer a circunavegação do continente convencer os reis católicos que poderia circum-navegar o planeta,
africano, o chamado Périplo Africano. No entanto, Portugal faria isso contrariando a crença da terra plana. Os reis espanhóis apostaram em
aos poucos e o processo, até conseguir chegar às índias, duraria quase Colombo que no ano de 1492 partiu em direção às índias através da
oitenta anos. cruzada pelo oceano atlântico.

A primeira conquista portuguesa se deu em 1415, quando Portugal No dia 18 de outubro do mesmo ano, Colombo e sua comitiva de 3
toma a cidade de Ceuta, no Marrocos, e estabelece uma feitoria no navios aporta. Pensando estar nas Índias, Colombo batiza os nativos
local, posteriormente, o país toma as ilhas de Cabo Verde, Açores e que encontra de índios, o que ele não sabia é que o local onde
Madeira, mais longe do continente, estabelecendo nestes locais, a aportou não se tratava das índias, mas sim de um “novo” continente.
produção de açúcar.
Colombo retorna à Espanha acreditando ter chegado às índias,
Nos anos seguintes, a coroa portuguesa financia diversas viagens aos posteriormente, porém, os espanhóis percebem que não é tratam de
entorno do continente africano, em busca de formar novas feitorias explorar estás terras. Primeiramente com Américo Vespucio, que
e alianças comerciais com reinos africanos, como o Benin, por teve a tarefa de catalogar a região e descobriu que não se tratava de
exemplo, assim o país avançava, aos poucos até o seu objetivo final, um território modesto, mas de um vasto continente, por este
que era as índias. trabalho, este continente recebe o nome em homenagem ao próprio
Vespucio e é chamado de América.
Em 1488, Portugal dá um grande passo neste objetivo, quando
consegue, com o navegador Bartolomeu Dias, cruzar o temido Cabo A Espanha ainda mantém a exploração da região nos anos seguintes
das Tormentas, local no extremo sul da África e de grande perigo para até encontrar metais preciosos nos territórios do México e do Peru e
embarcações que tentassem cruza-lo. Graças a habilidades náuticas conquista os impérios locais com os navegadores Hernan Cortez e
e conhecimento dos ventos, adquirido durante décadas de viagens ao Francisco Pizarro, no início do século XVI.
sul da costa africana, foi possível à Dias, cruzar o Cabo, que passou a
ser chamado de Cabo da Boa Esperança. A conquista da América, no entanto, não é suficiente para a Coroa
espanhola, ainda desejosa em chegar às índias, a coroa confia ao
Em 1498, com o navegador Vasco da Gama, Portugal finalmente navegador Fernão de Magalhães a tarefa de atravessar o continente
consegue chegar às índias, aportando em Calicute, por volta de maio americano e chegar, finalmente, às índias, por uma nova rota. Entre
deste ano. A partir daí, Portugal passa a dominar o comércio marítimo 1419 e 1422, a frota de Magalhães cumpre seu objetivo, embora o
com o oriente e se torna, em termos econômicos, a nação mais próprio Magalhães tenha morrido na empreitada.
poderosa do planeta, formando o que chamamos de Império
Português. Como sucesso da circunavegação da frota de Magalhães, a Espanha
passa a ser a nova rainha dos mares do mundo, pois tem o domínio
Em 1500, o navegador Pedro Álvares Cabral, que tinha como destino de todos os mares e rotas de comércio marítimos, além do domínio
levar produtor às índias e estabelecer o terreno português no local. de uma vasta fonte de ouro e prata do continente americano.
Durante a viagem, a frota de Cabral faz um desvio de rota e em 22 de
abril de 1500, aporta onde hoje conhecemos como o território da
Bahia de todos os Santos, no território que viraria a colônia do Brasil, Inglaterra, França e Holanda
posteriormente.
Os séculos XIV e XV foram de muita turbulência interna em Inglaterra
e França, ambas passaram, no século XIV, pela Guerra dos cem anos
Formação e Expansão da Espanha
entre si, seguida por uma guerra civil na Inglaterra, no século XV
(Guerra das duas rosas) e por guerras religiosas e civis na França no
Enquanto Portugal, no século XV, já estava estabelecido como século XVI.
monarquia e tinha iniciado seu périplo pela África, os reinos ao seu
entorno ainda passavam pelo processo de Reconquista, tentando Estas turbulências internas causaram nestes países um atraso no
expulsar os muçulmanos da Península Ibérica. processo de expansão marítima e viram Portugal e Espanha largarem
e se estabelecerem na frente na corrida pelos mares, mas a partir da
A separação entre diferentes reinos dificultava uma empreitada segunda metade do século XVI estes países já estavam disponíveis
contra os mouros, pois não apresentava uma organização militar para dar início as suas expansões.
coesa, isto muda em 1469, quando a rainha de Castela Isabel I e o rei
Fernando I de Aragão se unem em matrimônio e forma um reino Por conta das expansões de Portugal e Espanha, boa parte dos mares
único chamado de Espanha. Unificada, a coroa espanhola, pode obter do mundo estavam nas mãos destes dois países, que também
recursos suficientes para lutar contra os muçulmanos com sucesso e dominavam colônias ao redor do mundo. Coube a Inglaterra e França,
se estabeleceu de vez como um poder monárquico. portanto, pegar regiões deixadas de lado pelos países ibéricos. Assim,
a Inglaterra se dedicou a ocupar regiões na América do Norte e
Central estabelecendo colônias na região de Virgínia e Plymouth, com ATIVIDADES
produção direcionada a extração de algodão.
1 - A expansão marítima e comercial empreendida pelos
Pela Inglaterra se destacaram os exploradores Walter Raleigh, Francis portugueses nos séculos XV e XVI está ligada:
Drake John Cabot e James Cook, com descoberta de terras e viagens
exploratórias. No século XVII, a coroa inglesa investe nos atos de a) aos interesses mercantis voltados para as "especiarias" do Oriente,
pirataria e de navegação, quando derrota espanhóis e holandeses responsáveis inclusive, pela não exploração do ouro e do marfim
respectivamente. africanos encontrados ainda no século XV;
b) à tradição marítima lusitana, direcionada para o "mar Oceano"
A França investe a sua expansão em direção a colônias na América (Atlântico) em busca de ilhas fabulosas e grandes tesouros;
Central e duas colônias na América do Sul, na região do Brasil, c) à existência de planos meticulosos traçados pelos sábios da Escola
formando a França Equinocial e a França Antártica, respectivamente de Sagres, que previam poder alcançar o Oriente navegando para o
no Maranhão e Rio de Janeiro, com colônias de huguenotes. Ocidente;
Posteriormente foram expulsos pelos portugueses. Fundaram d) a diversas casualidades que, aliadas aos conhecimentos
também a colônia de Luisiania e Quebec na América do Norte. geográficos muçulmanos, permitiram avançar sempre para o Sul e
assim, atingir as Índias;
Os holandeses conseguiram sua independência frente a Espanha no e) ao caráter sistemático que assumiu a empresa mercantil,
século XVI e a partir daí estabeleceram sua expansão marítima em explorando o litoral africano, mas sempre em busca da "passagem"
direção ao Caribe, mas a principal empreitada holandesa foi o que levaria às Índias.
investimento em Companhias de Comércio a Companhia das Índias
Ocidentais e Orientais. 2 - Foi fator relevante para o pioneirismo português na expansão
marítima e comercial europeia dos séculos XV e XVI:
Estas companhias atuaram de forma intensa no comércio de
especiarias no oriente e nas lavouras de açúcar no Brasil e Caribe, a) a precoce centralização política, somada à existência de um grupo
chegando a invadir o território do nordeste colonial brasileiro no mercantil interessado na expansão e à presença de técnicos e sábios,
século XVII e formando-vos poderosa colônia por 30 anos, com inclusive estrangeiros;
Maurício de Nassau. Posteriormente, uma aliança entre portugueses b) a posição geográfica de Portugal – na entrada do Mediterrâneo,
e colonos expulsaram holandeses da região trazendo resultados voltado para o Atlântico e próximo do Norte da África –, sem a qual,
impactantes para a economia do Brasil colonial. todas as demais vantagens seriam nulas;
c) o poder da nobreza portuguesa, inibindo a influência retrógrada da
Consequências Igreja Católica, que combatia os avanços científicos e tecnológicos
como intervenções pecaminosas nos domínios de Deus;
d) a descentralização político-administrativa do Estado português,
Com a expansão realizada pelos países europeus, houve uma
possibilitando a contribuição de cada setor público e social na
ampliação da influência europeia no planeta, subjugando regiões da
organização estratégica da expansão marítima;
África, América e Ásia, que viraram polos de produção de produtor
e) o interesse do clero português na expansão do cristianismo, que
primários para servir ao mercado europeu. Assim, o eixo econômico
fez da Igreja Católica o principal financiador das conquistas, embora
europeu foi deslocado para o Atlântico. Assim, houve um processo de
exigisse, em contrapartida, a presença constante da cruz.
decadência das cidades italianas, que perderam seu protagonismo no
comércio de especiarias com o oriente.
3 – (Mackenzie) "As grandes mudanças que se verificam na arte
náutica durante a segunda metade do século XV levam a crer na
O Mercantilismo ganhou protagonismo nas relações econômicas
possibilidade de chegar-se, contornando o continente africano, às
europeias, com medidas como protecionismo, balança comercial
terras do Oriente. Não se pode afirmar, contudo, que a ambição de
favorável e metalismo, além do pacto colonial, que foi a principal
atingir por via marítima esses países de fábula presidissem as
relação entre colônias e suas metrópoles.
navegações do período henriquino, animada por objetivos
estritamente mercantis. (...) Com a expedição de Antão Gonçalves,
Assim, os estados absolutistas modernos foram fortalecidos e se
inicia-se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...) Da mesma
estabeleceram como forte poder central dos reis. A igreja católica
viagem procede o primeiro ouro em pó, ainda que escasso,
teve um respiro, pois após perda de fiéis na Europa por conta das
resgatado naquelas partes. O marfim, cujo comércio se achava até
Reformas Religiosas, o colonialismo favoreceu a expansão da fé
então em mãos de mercadores árabes, começam a transportá-lo os
católica no “novo mundo”.
barcos lusitanos, por volta de 1447." (Sérgio Buarque de Holanda,
Etapas dos descobrimentos portugueses.)

Assinale a alternativa que melhor resume o conteúdo do trecho


acima:

a) A descoberta do continente americano por espanhóis, e depois,


por portugueses, revela o grande anseio dos navegadores ibéricos por
chegar às riquezas do Oriente através de uma rota pelo Ocidente.
b) Os portugueses logo abandonaram as viagens de descoberta para
o Oriente através do Atlântico, visto que lhes bastavam as riquezas
alcançadas na África, ou seja, ouro, marfim e escravos.
c) Embora a descoberta de uma rota africana para o Oriente fosse outubro de 1492, chegou às Antilhas, na América Central, convencido
para os portugueses, algo cada vez mais realizável em razão dos de que alcançara as Índias. Por muitos anos, os europeus
avanços técnicos, foi a exploração comercial da costa africana o que, denominaram Índias as terras da América: pensavam tratar-se de
de fato, impulsionou as viagens do período. uma continuação da Ásia.
d) As navegações portuguesas, à época de D. Henrique, eram A percepção de que Colombo descobrira um novo continente só veio
motivadas, acima de tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; no início do século XVI, com base em estudos do cartógrafo Américo
secundariamente, contudo, dedicavam-se os portugueses ao Vespúcio, cujo nome serviu para batizar as novas terras: América.
comércio de escravos, ouro e marfim, sobretudo na costa africana. TEXTO 2:
e) Durante o período henriquino, os grandes aperfeiçoamentos
técnicos na arte náutica permitiram aos portugueses chegar ao A Viagem de Colombo
Oriente contornando o continente africano.
“Apresentou-se imediatamente à rainha, que começou por
4 – (USS) "Sem dúvida, a atração para o mar foi incentivada pela lhe dizer “talvez”, depois “não” e finalmente “sim” [...] Já com a
posição geográfica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa autorização dela, Colombo dirigiu-se ao porto de Palos. Corria então
da África. Dada a tecnologia da época, era importante contar com maio de 1492.
correntes marítimas favoráveis, e elas começavam exatamente nos A gente de Palos tinha recebido ordens para arranjar a
portos portugueses... Mas há outros fatores da história portuguesa Colombo duas caravelas de 50 toneladas cada uma, o tipo de
tão ou mais importantes." embarcação preferida pelos portugueses nas suas explorações.
Assinale a alternativa que apresenta outros fatores da participação A frota de colombo passou a ser de três unidades quando ele
portuguesa na expansão marítima e comercial europeia, além da alugou um barco mercante, de origem galega, de 100 toneladas, a
posição geográfica: nau Santa Maria, que estava por acaso ancorada no porto de Palos.
Dez semanas mais tarde aparelhadas as embarcações, Colombo
a) O apoio da Igreja Católica, desde a aclamação do primeiro rei de conduzia Santa Maria e mais duas caravelas, a Pinta e Niña, para fora
Portugal, já visava tanto à expansão econômica quanto à religiosa, do porto, rumo às Canárias, que seria seu ponto de partida. Daí largou
que a expansão marítima iria concretizar. a 6 de setembro, e a 9 tinha chegado a última das ilhas: a longa
b) Para o grupo mercantil, a expansão marítima era comercial e viagem que, pode dizer-se, o consagraria ou o destruiria havia
aumentava os negócios, superando a crise do século. Para o Estado, começado. ”
trazia maiores rendas; para a nobreza, cargos e pensões; para a Igreja
Católica, maior cristianização dos "povos bárbaros". McEVEDY, Colin. Atlas histórico-geográfico universal. Lisboa: Difel, 1987.p.77
c) O pioneirismo português deve-se mais ao atraso dos seus rivais,
envolvidos em disputas dinásticas, do que a fatores próprios do 5 - Que fatores econômicos e políticos da Espanha influenciaram a
processo histórico, econômico, político e social de Portugal. rainha a dizer “sim” a Colombo?
d) Desde o seu início, a expansão marítima, embora contasse com o ________________________________________________________
apoio entusiasmado do grupo mercantil, recebeu o combate dos ________________________________________________________
proprietários agrícolas, para quem os dispêndios com o comércio ________________________________________________________
eram perdulários. ________________________________________________________
e) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução de Avis, a burguesia ________________________________________________________
manteve a independência de Portugal, centralizou o poder e impôs ________________________________________________________
ao Estado o seu interesse específico na expansão.
6 – Explique as últimas frases do texto: “a longa viagem que, pode
Leia os Textos a seguir e faça as atividades: dizer-se, o consagraria ou destruiria havia começado”.
________________________________________________________
TEXTO 1: ________________________________________________________
________________________________________________________
As navegações Espanholas ________________________________________________________
________________________________________________________
Motivada pelos mesmos interesses dos portugueses, a ________________________________________________________
Espanha também passou a buscar novas rotas marítimas, dando início
a uma verdadeira “corrida ultramarina”. 7 – Por que os Espanhóis não encontraram o caminho das Índias?
As Guerras de reconquista possibilitaram aos espanhóis, como ________________________________________________________
acontecera com os portugueses, constituírem uma monarquia ________________________________________________________
centralizada. No entanto, foi só com o casamento de Fernando II, do ________________________________________________________
reino de Aragão, com Isabel, de Castela, em 1469, que se acelerou o ________________________________________________________
processo espanhol de centralização política. Os chamados reis ________________________________________________________
católicos esforçaram-se para organizar um Estado unificado e forte ________________________________________________________
que vencesse os muçulmanos.
Com a intenção de se antecipar aos portugueses na descoberta
de uma nova rota comercial para as Índias, a Coroa espanhola
patrocinou a viagem do genovês Cristóvão Colombo e iniciou seu
processo expansionista.
O navegador genovês defendia que a Terra era redonda
(quando muitos ainda acreditavam que ela era plana), e, portanto,
seria possível chegar às Índias através o oceano Atlântico. A 12 de

Você também pode gostar