Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Monopoli10030258 - Refrigeração
Monopoli10030258 - Refrigeração
Rio de Janeiro
Dezembro de 2019
PROPOSTA DE CLIMATIZAÇÃO EFICIENTE DOS PRÉDIOS DA
BIBLIOTECA E SETOR ADMINISTRATIVO DA DECANIA DO
CT/UFRJ
Examinado por:
Agradecimentos
À minha família tão amada, em especial aos meus pais, que me apoiaram sempre
que precisei e são a base de tudo para mim.
A minha irmã Marina, que sempre me doou seu tempo, atenção e amor quando
precisei, me incentivando para que completasse esta jornada.
A todos meus irmãos da Crisma que rezaram para que este trabalho e a graduação
fossem concluídos.
Aos meus amigos da Universidade que sempre pude contar nas horas fáceis ou
difíceis.
Aos meus amigos do trabalho que ouviram minhas dúvidas e contribuíram para que
ele fosse aperfeiçoado.
A todos que deram apoio ao início deste projeto: ao CT Eficiente que me permitiu
apresentar em reunião o protótipo antecessor ao projeto; ao Luiz Otávio, coordenador
dos Programas Ambientais CT, por todo apoio inicial a mim prestado;
Aos meus orientadores, Jorge e Douglas. Ao Jorge, por toda a paciência para me
ensinar, dedicação em ajudar e em especial acolhida quando mais precisei. Ao
Douglas por sempre me incentivar a acreditar em meu potencial e por todos os dados
e contribuições técnicas feitas para este projeto.
Ao restante da banca examinadora: professores Sérgio Sami e Gustavo da Silva,
por terem aceitado a proposta de assistirem e somarem com o projeto.
v
Dezembro/2019
December/2019
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS................................................................................................... IX
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1
3. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA................................................................................ 17
ATUAL 32
4.3. HIPÓTESES INICIAIS E CÁLCULOS DO SISTEMA ATUAL ...................................... 33
4.4. DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS PROPOSTOS ............................................................ 38
4.1.1. Sistema I ..................................................................................................... 38
4.1.2. Sistema II ................................................................................................... 39
4.1.3. Sistema III .................................................................................................. 40
4.5. ECONOMIA ESPERADA ...................................................................................... 43
4.6. ANÁLISE FINANCEIRA ...................................................................................... 45
6. CONCLUSÕES ...................................................................................................... 59
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Consumo anual de energia elétrica na UFRJ e Valores das Contas. ............... 8
Figura 2: Consumo anual de energia elétrica no CT/UFRJ e Valores das Contas. ........ 8
Figura 3: Curva de Carga no CT/UFRJ em diferentes estações do ano. ...................... 12
Figura 4: Orçamento da UFRJ ao longo dos últimos 6 anos. Fonte: PR-3 UFRJ ........ 13
Figura 5: Esquema de funcionamento de aparelho condicionador de ar (ciclo frio).
Fonte: Philco. ............................................................................................................................ 21
Figura 6: Principais tipos de aparelhos de ar condicionado. Fonte: Philco. ................. 23
Figura 7: Diferenças entre tecnologias convencional e inverter quanto à rotação do
compressor. ............................................................................................................................... 24
Figura 8: Diferenças entre tecnologias convencional e inverter quanto ao consumo de
energia elétrica. ......................................................................................................................... 24
Figura 9: Diferenças entre tecnologias convencional e inverter quanto à velocidade
para alcançar a temperatura desejada e quanto à faixa de oscilação de temperatura. Fonte:
MARANGONI et al. (2015) ..................................................................................................... 25
Figura 10: ENCE – exemplo de etiqueta para condicionadores de ar utilizada pelo
PBE. Fonte: Electrolux. ............................................................................................................ 27
Figura 11: Selo PROCEL. Fonte: PROCEL (2018) ..................................................... 28
Figura 12: Economia anual em consumo referente ao período de 2012-2017 por ações
do PROCEL. ............................................................................................................................. 29
Figura 13: Diminuição anual do consumo de energia por condicionador de ar do tipo
janela, 7500 BTU/h. ................................................................................................................. 30
Figura 14: Linha do tempo - PBE e selo PROCEL - para condicionadores de ar do tipo
split. Fonte: EPE, 2018 ............................................................................................................. 30
Figura 15: Evolução dos índices mínimos de eficiência energética. Fonte: EPE(2018)
.................................................................................................................................................. 54
x
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS
1. Introdução
Energia, água e ar são elementos essenciais para a vida na sociedade. A segurança
energética e o uso conveniente de bens e serviços provenientes dos recursos naturais são
indispensáveis para o desenvolvimento socioeconômico dos países e a manutenção dos padrões
de vida da sociedade, sobretudo nas cidades as quais posteriormente à Revolução Industrial
ocorrida em meados do século XIX, aliado ao crescimento populacional, serviram-se de forma
mais significante em diversos segmentos dos energéticos carvão, petróleo e gás
(GOLDEMBERG; LUCON, 2007; HINRICHS; KLEINBACH, 2000).
O início do século XXI foi marcado por uma revolução energética devido a três fatores:
aumento do preço do barril de petróleo, devido ao volume produzido deste recurso ter se tornado
maior que as reservas descobertas desde o ano de 1981 (em 2005, a proporção se tornou de 5
barris gastos para 1 barril encontrado); a necessidade de redução do uso de fontes fósseis de
energia, pois estas contribuem para as mudanças climáticas causadas no planeta devido ao
aumento da emissão de gases de efeito estufa (GEE) e a tensão geopolítica que envolve o
petróleo, sobretudo no Oriente médio (SACHS, 2007). Outras questões, envolvendo o uso da
energia, sejam de cunho ambiental, social, tecnológico, econômico ou político, têm se agravado,
conforme os casos citados a seguir.
No setor ambiental, é possível relacionar: a poluição urbana do ar, causada pelo uso de
combustíveis fósseis no transporte a nível local (GOLDEMBERG; VILLANUEVA, 2008); a
depleção de recursos, como é o caso do petróleo, cuja produção mundial chegará ao ápice e
logo após haverá decaimento (GELLER, 2003); o efeito estufa, responsável pelo aumento da
temperatura a nível global, causado pela queima de combustíveis fósseis (GOLDEMBERG;
VILLANUEVA, 2008) e a maior ocorrência de fenômenos de ondas de calor em países do
hemisfério norte ao longo dos últimos anos, trazendo consequências, como altas temperaturas
no verão dos Estados Unidos, com variação entre 35 ºC a 38 ºC em 2016; morte de cerca de
2.300 pessoas na Índia em 2015; 10 mil na Rússia em 2010 e 70 mil no continente europeu em
2003, a partir de disfunções causadas pelo calor de forma direta ou indireta (LOPES;
FIORAVANTI, 2017; ROBINE et al., 2008).
Quanto ao social, podemos citar alguns fatos ocorridos no Brasil: o racionamento de
energia no ano de 2001, que diminuiu em cerca de 17% o consumo nacional de energia elétrica,
a partir da conscientização da população (SCHAEFFER et al., 2003); o aumento do desconforto
2
aderência à conservação de energia pela sociedade em união com políticas que a incentivem,
diminuindo para o governo gastos em subsídios cuja finalidade seria produção de energia.
No âmbito técnico-econômico, pode-se optar tanto por um aparelho com custo inicial
baixo, porém menos eficiente energeticamente, quanto por um equipamento com custo inicial
mais elevado, todavia mais eficiente. Neste cenário, Goldemberg e Lucon (2007) dizem: “A
eficiência energética é, sem dúvida, a maneira mais efetiva de, ao mesmo tempo, reduzir os
custos e os impactos ambientais locais e globais”. O mesmo autor salienta que as medidas de
eficiência energética e uso racional da energia após 1970 resultaram em 49% de economia no
consumo de energia em relação ao que seria sem tais medidas nos países da Organização para
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) até 2005. Tolmasquim (2012) apresenta
o aumento da eficiência energética dentre as mais importantes medidas necessárias para a
sustentabilidade socioambiental com intuito da diminuição da emissão de GEE. Programas e
projetos de eficiência energética apresentam economias significativas. O PROCEL, por
exemplo, alcançou em 2017 os seguintes resultados: redução do consumo em 21,2 bilhões de
kWh, o que equivale ao consumo de 11,25 milhões de residências em um ano; redução de 6,8
milhões de kW na demanda de ponta; emissão evitada de quase 2 milhões de tCO 2, que
corresponde, anualmente, ao uso de 675 mil veículos; venda de mais de 35 milhões de
equipamentos contemplados com selo PROCEL e benefícios diversos para mais de 900 mil
alunos a partir de programas do PROCEL EDUCAÇÃO. Em suma, investimento total no
programa no valor de R$ 15,74 milhões no ano de 2017 e custo anual evitado de
aproximadamente R$ 3,793 bilhões de reais, ou seja, 241 vezes o valor total investido,
ressaltando a importância econômica de ações de eficiência energética. O PROCEL, de 1986 a
2017, alcançou um total de 128 bilhões de kWh economizados no consumo (PROCEL, 2018).
A eficiência energética aplicada aos usos finais possui grande potencial de conservação
de energia ainda não explorado totalmente, de forma que benefícios da eficiência como
diminuição de diversos custos econômicos, redução de efeitos no meio ambiente em níveis
locais e global e menor necessidade de assistências por parte do governo para produzir energia,
não alcançaram ainda níveis ótimos (GOLDEMBERG; LUCON, 2007). Dentre os usos finais
a nível mundial, de 1990 até 2016, a energia utilizada por aparelhos de ar condicionado ou
ventiladores elétricos para o processo de climatização ambiental visando conforto térmico em
edifícios mais que triplicou, tornando-se a principal responsável pelo crescimento da demanda
global por energia, destacando-se por ser o maior aumento em comparação aos outros usos
finais (IEA, 2018).
Em 2017, no Brasil, o setor de edificações foi responsável por 51% dos 526 TWh de
4
consumo final de eletricidade, divididos em setor residencial (26%), setor comercial (17%) e
poder público (8%) (EPE, 2018). Nesta classe de consumo, intitulada poder público, estão as
atividades dos poderes na esfera municipal, estadual e federal (ANEEL, 2005). Os consumos
complementares foram do setor agropecuário, energético e industrial, responsáveis por 5%, 6%
e 38% do consumo total, respectivamente (EPE, 2018). O consumo energético por climatização
no setor público cresceu em virtude da influência das condições ambientais do Brasil que sofre
aumentos locais de temperatura no contexto de mudanças climáticas em escala global e,
também, devido à norma regulamentadora NR-17 (1990), que trata sobre ergonomia e que, por
exigir condicionamento ambiental para locais de trabalho com atividades que requerem esforço
intelectual e atenção constantes, teve como consequência o aumento da venda de aparelhos de
ar condicionado para este segmento (EPE, 2018).
O Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CT/UFRJ), possui
diversos aparelhos de ar condicionado antigos, do tipo janela, e outros mais novos do tipo split,
instalados ao longo dos diversos compartimentos de seus blocos. Em dois locais pertencentes a
este prédio, a administração do CT (Decania) e a biblioteca do CT/UFRJ, foi constatado
potencial de conservação de energia, ou seja, identificação de oportunidades para possíveis
aplicações de medidas de eficiência energética, devido ao uso de aparelhos condicionadores de
ar de modelo antigo e outros de modelo novo, porém pouco eficientes. Aliado a isto, as contas
de energia elétrica da UFRJ são altas devido a diversos fatores: alto consumo pelo uso de
diversos aparelhos no horário fora de ponta; consumo elevado ao longo do dia, devido a
aparelhos de ar condicionado, sobretudo na época de verão; consumo no horário de ponta, cuja
tarifa cobrada é maior que em horário fora de ponta; pouca conscientização das pessoas sobre
o uso racional da energia; elevadas tarifas cobradas pela concessionária; incompatibilidade
entre demanda contratada e demanda registrada em algumas unidades da UFRJ e excedente de
energia reativa que é devidamente tarifada pela concessionária. Com a tendência de aumento
de temperaturas, o uso de ar-condicionado nos horários fora de ponta ou na ponta pode crescer
juntamente ao valor das contas de energia. As tarifas cobradas também sofreram revisões no
ano de 2014 para 2015. Esta revisão impactou em aumento de mais de 70% na conta de energia
da UFRJ, sem mudança de carga. Para a UFRJ, isto significou 15,2 milhões a mais em gasto
anual somente para pagamento de energia elétrica, acarretando problemas financeiros.
Associado a este fato, que ficou conhecido como “tarifaço”, 2014 e 2015 foram anos de cortes
no orçamento da Universidade, agravando a conjuntura do problema. Portanto, medidas para
economia de energia por ar-condicionado são importantes a fim de mitigar o consumo, reduzir
o valor das contas de energia e precaver a UFRJ contra possíveis aumentos de tarifas.
5
1.1. Objetivo
1.2. Metodologia
Levantamento dos valores das contas de energia elétrica do CT dos últimos anos;
Levantamento de quantidade, capacidade, e diferentes tipos de condicionadores de ar na
decania e biblioteca do CT;
Análise técnica através de comparação do sistema atual com os propostos, a partir de
metodologia para cálculo de economia no consumo apresentada pela Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL);
Análise econômico-financeira das possíveis trocas, tomando como base parâmetros
econômicos.
1.3. Relevância
1.4. Estrutura
Média do
Ano 2014 2015 2016 2017 2018
período
Consumo CT/UFRJ /
26,3% 25,8% 22,5% 22,8% 22,2% 23,9%
Consumo UFRJ
Valor faturado CT/UFRJ /
26,6% 31,0% 23,5% 21,9% 21,5% 24,9%
Valor faturado UFRJ
Segundo dados da Prefeitura da UFRJ acerca das contas de energia elétrica, a UFRJ
consumiu desde janeiro de 2014 até dezembro de 2018 cerca de 340 GWh, totalizando gastos
para pagamentos da conta de energia elétrica no valor de cerca de R$ 173 milhões. O gráfico
da Figura 1 ilustra o consumo anual ao longo do período 2014-2018 das unidades pertencentes
a UFRJ e seus valores respectivos de contas de energia elétrica:
8
35
EM MILHÕES DE R$
70
30
68 25
66 20
15
64
10
62 5
60 0
2014 2015 2016 2017 2018
ANO
10,00
18,00
CONSUMO EM GWH
EM MILHÕES DE R$
8,00
16,00
6,00
14,00
4,00
12,00
2,00
10,00 0,00
2014 2015 2016 2017 2018
ANO
Tabela 2: Comparação do consumo no horário de ponta e fora de ponta no CT/UFRJ no ano 2017
Elaboração própria a partir de Dados da Prefeitura da UFRJ e Carvalho (2012).
Consumo Consumo
Consumo Consumo
Percentual Consumo Percentual
Ano Consumo na Ponta Fora de Faturado
Ponta / Faturado Ponta /
2017 (kWh) ponta na Ponta
Consumo Fora Total (R$) Consumo
(kWh) (R$)
de Ponta Total
Jan 97.919 1.168.560 8,4% 106.052,63 567.291,86 18,7%
Fev 106.879 1.363.392 7,8% 115.695,60 609.672,65 19,0%
Tabela 3: Comparação do consumo no horário fora de ponta total do CT/UFRJ no ano 2017.
Elaboração própria a partir de Dados da Prefeitura da UFRJ.
Consumo
Consumo Percentual Consumo Consumo Percentual
Ano Fora de
Total Fora de Faturado fora Faturado Fora de Ponta
2017 Ponta
(GWh) Ponta / Total da Ponta (R$) Total (R$) / Fatura Total
(GWh)
Jan 1.266.479 1.168.560 92,3% 381.211,44 567.291,86 67,2%
Fev 1.470.271 1.363.392 92,7% 444.534,76 609.672,65 72,9%
4000
3500
Demanda Registrada (kW)
3000
2500
2000
1500
1000
500
Horário
Figura 4: Orçamento da UFRJ ao longo dos últimos 6 anos. Fonte: PR-3 UFRJ
Os valores nominais têm por base o valor do dinheiro na época, enquanto os corrigidos
levam em consideração o valor corrente do ano avaliado com os respectivos índices de correção
em vigência. Desde 2016 os valores anuais, tanto do orçamento aprovado pela LOA, quanto
efetivamente liberados, têm sofrido decréscimo. Em valores corrigidos, a diferença entre os
orçamentos de 2014 e 2019 é de 221 milhões, uma queda de 38%.
14
colocando-as em prática.
Conforme notícia veiculada no site da UFRJ (05/12/2006),
(https://ufrj.br/noticia/2015/10/22/redu-o-em-10-dos-gastos-com-energia-na-ufrj) a
concessionária local, em 2006, investiu R$ 3 milhões em projetos de refrigeração do Centro de
Ciências da Matemática e da Natureza (CCMN) e do Hospital Universitário Clementino Fraga
Filho (HUCFF) e refrigeração e iluminação da Escola de Educação Física e Desporto (EEFD)
e do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), com verbas provenientes
de programas voltados à eficiência energética, a qual obriga distribuidoras de energia elétrica a
destinarem uma parcela da receita operacional líquida para projetos com esta finalidade,
programa em vigor desde 2005.
Um plano de contingência (https://www.ct.ufrj.br/comunicacao/links/plano-de-
contingencia/view) estabelecido no CT/UFRJ em novembro de 2014, com apoio do “Programas
Ambientais do CT” e “CT Eficiente”, teve por objetivo monitorar o consumo total de energia
elétrica ao longo dos dias e limitá-lo a certos patamares, através da emissão de alertas às
unidades em caso de ultrapassagem, com atenção ao horário das 11 h às 14 h, chegando até ao
corte de carga pela decania do CT, caso preciso, a fim de evitar “apagões” no prédio todo.
Outras medidas para economia de energia deste plano de contingência foram: ajuste do
termostato de ar-condicionado em 25 ºC ou acima e desligamento dos mesmos em salas vazias;
dar preferência à iluminação natural; evitar uso de cafeteiras e micro-ondas entre 11 h e 14 h, e
em caso de uso destes aparelhos, desligar algum outro como o ar-condicionado; evitar uso de
bombas, fornos, centrífugas, prensas, estufas, motores e incubadora entre 11 h e 14 h.
Em 2015, ações de conscientização acerca do uso racional da energia com a finalidade
de diminuir o consumo e isto impactar diretamente a conta de energia elétrica se mostraram
necessárias. A UFRJ lançou, então, a campanha “Essa conta é de todos”, incentivando uma
série de medidas para conscientização sobre consumo e atenuação de gastos, com meta de
diminuir em 20% as despesas da UFRJ quanto às contas de energia elétrica, além de medidas
voltadas à modernização de subestações e uso de energia solar.
Medidas da campanha feita através de cartazes contemplavam: desligar da tomada
equipamentos em stand by, ativação do modo econômico do computador e economia de energia
entre 17h30min e 20h30min, horário de ponta definido pela Light no Rio de Janeiro, cuja
tarifação é mais alta; ajuste para 25 ºC do ar-condicionado no inverno (ou desligamento do
mesmo e opção pela abertura de janelas); desligamento do ar-condicionado e de lâmpadas em
ambientes vazios.
O Fundo Verde contribuiu para a compensação da conta de energia através de projetos
16
3. Eficiência energética
3.1. Definição
planeta e proteção ao meio ambiente; promoção do uso de tecnologias, práticas e técnicas com
alto rendimento de energia (MME, 2011). Nesse contexto, o CT/UFRJ possui potencial para
economia por meio de 8 medidas avaliadas com objetivo de redução do consumo de energia e
de emissão de CO2: gerenciamento da demanda de pico; redução de carga básica durante a noite
e finais de semana; desligamento de sistemas de iluminação durante o dia; desligamento de
sistemas de ar-condicionado em salas de aula vazias; redução do número de transformadores
conectados à rede; compensação de potência reativa; substituição de lâmpadas antigas por LED;
manutenção ou substituição de sistemas antigos de refrigeração (EBF, 2015).
Dentre tais medidas, algumas começaram a ser projetadas, enquanto outras foram
implementadas na medida do possível, ou seja: os potenciais energéticos têm sido aproveitados.
Como exemplo, o Fundo Verde financiou o Escritório de Planejamento do CT/UFRJ que fez o
estudo, elaborou o projeto e implementou a troca de lâmpadas LED nas áreas comuns do CT,
aproveitando um dos potenciais de economia avaliados. Porém, a medida que possui o maior
potencial a ser explorado é a voltada aos sistemas de refrigeração, com possíveis 900.000
kWh/ano de redução de energia e R$ 396.000,00/ano de redução em custos (EBF, 2015 com
dados fornecidos pelo Escritório de Planejamento do CT/UFRJ).
Ciente de que o ar-condicionado é o equipamento mais utilizado para climatização
artificial, a fim de se obter eficiência energética aliado à diminuição no consumo em prédios
públicos do CT, considerando instalações de pequeno porte, os aspectos deste projeto que se
mostram como primordiais para realizar uma boa medida de eficiência energética são: usar
aparelhos de ar condicionado mais eficientes, com selo PROCEL classe A e com tecnologia
inverter (ar-condicionado com inversores) (MME, 2015; WATANABE, 2017).
Resolução-RE nº 09, orientação técnica voltada aos ambientes com climatização artificial de
utilização coletiva e pública, estabelecendo padrões de referência para a qualidade do ar
interior, cujo objetivo é alertar a população sobre a manutenção das condições de saúde nestes
locais. Esta orientação segue diversos parâmetros de condições internas apresentadas na antiga
NBR 6401 – Instalações Centrais de ar-condicionado para conforto – Parâmetros básicos de
projeto, cancelada e substituída pela NBR 16.401 – Instalações de ar-condicionado – Sistemas
centrais e unitários (2008) constituída de 3 partes: a 1ª que trata sobre o projeto das instalações,
a 2ª sobre parâmetros de conforto térmico e a 3ª sobre qualidade do ar interior, ambas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A Lei 13.589/2018 dispõe sobre manutenção de instalações e aparelhos que compõem
o sistema voltado à climatização interior de ambientes, através de um Plano de Manutenção,
Operação e Controle (PMOC). Este deve seguir três regulamentos técnicos: a Resolução-RE nº
09 da ANVISA, a portaria nº 3523/1998 do Ministério da Saúde e a NBR 13.971/1997 da
ABNT, e deve conter informações que identifiquem o local que dispõe de ambientes
climatizados, especificar os procedimentos elaborados e sua frequência, apresentar o que deve
ser feito em caso de dano do equipamento e de emergência, assegurando com tais medidas a
garantia ao sistema.
Além das normas, os processos adotados para serem seguidos, a fim de realizar um
projeto de eficiência energética em prédios públicos serão os seguintes: identificação e
definição dos objetivos do projeto; descrição e detalhamento; avaliação (incluindo apenas
resultado e diagnóstico de mercado); abrangência; metas e benefícios; promoção; metodologia
de cálculo das metas; itens de controle (ANEEL, 2018).
Capacidade
nominal de
Tipo Características Uso Local de Instalação
refrigeração
(BTU/h)
Janela - Mais compactos - Residencial - Janela 5.000 a
- Ambientes - Abertura da parede 30.000
pequenos
Figura 8: Diferenças entre tecnologias convencional e inverter quanto ao consumo de energia elétrica.
apresenta faixa de oscilação com amplitude de até 3º C acima ou abaixo da desejada, enquanto
na inverter esta faixa é de cerca de 0,5º C, conforme Figura 9, ratificando que a tecnologia
inverter é mais eficiente que a convencional (MARANGONI et al., 2015; RECH, 2018).
Figura 9: Diferenças entre tecnologias convencional e inverter quanto à velocidade para alcançar a temperatura
desejada e quanto à faixa de oscilação de temperatura. Fonte: MARANGONI et al. (2015)
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙 𝑊
𝐶𝑂𝑃 = [ ] (1)
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎𝑑𝑎 𝑊
● Eficiência em kW/TR
Índice usual dimensional (kW/TR) apresentado na Equação 3, é utilizado para avaliar a
eficiência de uma máquina frigorífica a partir da relação entre o trabalho de compressão em kW
e o efeito frigorífico (EF) em TR. Quanto menor o kW/TR melhor o rendimento do aparelho
(CEPEL, 2015; PROCEL, 2011).
𝑘𝑊 𝑤 𝑘𝑊
= [ ] (3)
𝑇𝑅 𝐸𝐹 𝑇𝑅
Figura 10: ENCE – exemplo de etiqueta para condicionadores de ar utilizada pelo PBE. Fonte: Electrolux.
A etiqueta contém a classificação que varia da letra A (menor consumo energético) até
a letra D ou E (maior consumo energético) de acordo com o produto a ser etiquetado, no qual a
indicação ao lado da faixa mostra sua classificação quanto à eficiência energética depois de
passar por testes e medições do INMETRO para obtenção de parâmetros que caracterizam o
produto e permitem a comparação entre eles (BAJAY et al., 2018).
Em 2009, o programa avançou com a etiquetagem de edificações e veículos (EPE,
2018b): a certificação de eficiência energética dada para edifícios comerciais, públicos e de
serviços sob encargo do PROCEL e a certificação dada para veículos automotores de
incumbência do CONPET (ALTOÉ et al., 2017). Outros produtos etiquetados, como lâmpadas,
refrigeradores, chuveiros elétricos, podem ser encontrados no site do INMETRO.
No período de 2006 a 2013, estima-se que R$ 23 bilhões foram economizados a partir
da etiquetagem de lâmpadas, enquanto foram computados R$ 6 bilhões, em economia, a partir
da etiquetagem de refrigeradores e condicionadores de ar (CEPEL, 2015). A etiquetagem, em
geral, se inicia em caráter voluntário (caso do PBE) e depois evolui para o caráter compulsório
(ou mandatório), dentre os quais até 2016, 24 famílias de produtos passaram a ter etiquetagem
compulsória, um forte obstáculo contra a introdução no mercado de equipamentos com baixa
eficiência, sejam de origem nacional ou importados (NOGUEIRA et al., 2015; BAJAY et al.,
28
2018).
Enorme desafio do Programa Brasileiro de Etiquetagem é conseguir atualizar de forma
periódica os níveis de eficiência energética, a fim de permanecer em contínuo estado de
estímulo tecnológico às edificações, veículos e produtos etiquetados. Além disso, há
dificuldades de ampliação do programa a novas famílias de produtos, como equipamentos de
uso geral em indústrias e veículos pesados para transporte de passageiros e de cargas
(LEONELLI, 2016 apud BAJAY et al., 2018).
Uma forma de promoção à etiquetagem é reduzir impostos daqueles aparelhos que
alcançarem uma meta estipulada de menor consumo energético percentual como fez o programa
Inovar-Auto criado pela Lei nº 12.715/2012 adotado na indústria de automóveis a nível
nacional, o qual, dentre outras medidas, reduziu o imposto sobre produtos industrializados (IPI)
em 1% e 2% para veículos que batessem a meta de 15,46% e 18,84% de redução no consumo,
respectivamente (BAJAY et al., 2018).
Figura 12: Economia anual em consumo referente ao período de 2012-2017 por ações do PROCEL.
Figura 13: Diminuição anual do consumo de energia por condicionador de ar do tipo janela, 7500 BTU/h.
De maneira semelhante, a Figura 14 é uma linha do tempo que marca os principais fatos
relativos ao aparelho condicionador de ar do tipo split. Observa-se que o PBE e o selo PROCEL
contribuíram para o aumento gradativo dos índices mínimos de algumas classificações a ponto
de, em 2013, a classificação E ser extinta (EPE, 2018b).
Figura 14: Linha do tempo - PBE e selo PROCEL - para condicionadores de ar do tipo split. Fonte: EPE, 2018
31
4. Desenvolvimento do projeto
A presente proposta de uma ação de eficiência energética (AEE) voltada ao uso final de
energia elétrica por ar-condicionado objetiva melhorias de desempenho do atual sistema. Esta
ação segue a metodologia de cálculo de redução do consumo e demanda na ponta apresentada
nos Procedimentos do Programa de Eficiência Energética (PROPEE) da ANEEL, programa que
ajuda a promoção do uso eficiente e racional de energia (ANEEL, 2018).
O projeto feito para a Decania e Biblioteca do CT/UFRJ analisa a economia no consumo
e da demanda de ponta comparado ao sistema de condicionamento ambiental atual a partir de
possíveis trocas dos aparelhos presentes nestes locais por modelos novos de elevado rendimento
energético, com selo PROCEL e Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE),
classificação A (ou B), e/ou com tecnologia inverter, complementado pela viabilidade
econômica das alternativas que serão propostas a seguir.
1
TIR: Taxa interna de retorno, métrica usada para análise o retorno financeiro de um projeto em
percentual
2
VPL: Valor presente líquido, traz para o presente os fluxos de caixa do investimento, descontado de
uma taxa de juros e diminuído o custo inicial do investimento
32
TIR maior que a taxa mínima de atratividade (TMA) que significa que o investimento é
economicamente atrativo. Caso contrário, o investimento não é atrativo. A TMA
adotada é de 7,5%, acima da atual taxa básica de juros SELIC que está em 6,5%.
VPL positivo, sinal de que o investidor terá ganhos financeiros econômicos.
Payback menor que 10 anos, considerando que a vida útil estimada para os sistemas de
ar condicionado é de 10 anos, não ultrapassando os 15 anos estimados nos estudos pela
ANEEL (2001) e EPE (2018).
(*) Consumo de energia com base nos resultados do ciclo normalizado pelo INMETRO, de 1 hora por dia por mês.
(**) Obtido na ENCE, é a conversão de kW = 0,293 x BTU/h. Não leva em conta o COP.
O sistema atual é composto por aparelhos do tipo janela e split. A quantidade total do
33
tipo janela é 29, enquanto split é 25, com capacidade nominal entre 12.000 e 60.000 BTU/h.
Para capacidades abaixo de 30.000 BTU/h, todos os aparelhos são do tipo janela, com etiquetas
A ou B, exceto 1 aparelho que é do tipo split (de 24.000 BTU/h). Para exatos 30.000 BTU/h,
há 14 aparelhos do tipo janela e apenas 2 do tipo split. Para capacidades acima de 30.000
BTU/h, apenas são utilizados aparelhos split, registrados com ENCE C ou D.
𝑝𝑎 . 0,293 . 𝑞𝑎
𝑃𝑎 = (4)
1000 . 𝐶𝑂𝑃𝑎
Subscrito a – atual
Pa – Potência elétrica instalada [kW]
pa – Potência de refrigeração [BTU/h]
qa – Quantidade de aparelhos
COPa – Coeficiente de performance (W/ W)
0,293 – fator de conversão BTU/h para W
𝑃𝑢𝑎 = 𝑃𝑎 . 𝑓𝑢 (5)
ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
ℎ𝑎𝐵𝑖𝑏 = 12 . 22 . 12 = 3.168 (7)
𝑎𝑛𝑜
35
Importante salientar que para os casos em que aparelhos com a mesma potência que se
enquadram em um mesmo “sistema”, porém que funcionam em ambientes diferentes, o horário
de funcionamento é obtido a partir das frações da quantidade que se encontram em cada
ambiente.
Por fim, toma-se o fator de coincidência na ponta (FCPa), o qual deve se referir aos
hábitos de uso e temperaturas no horário considerado, ou seja, posto ponta (ANEEL, 2018).
Para a Decania, o FCP = 0, pois o horário de ponta se inicia 17h30min enquanto o expediente
encerra às 17h. Para a Biblioteca, o horário considerado para o cálculo do FCP é de 17h30min
até 19h e pode ser calculado conforme a concessionária local pela Equação 8 (LIGHT, 2014):
𝑛ℎ𝑝 . 𝑛𝑑 . 𝑛𝑚
𝐹𝐶𝑃𝑎𝐵𝑖𝑏 = (8)
792
1,5 . 22 . 12
𝐹𝐶𝑃𝑎𝐵𝑖𝑏 = = 0,5 (9)
792
𝑃𝑢𝑎 . ℎ𝑎
𝐸𝑎 = (10)
1000
Com base nas hipóteses adotadas e efetuados os cálculos, obtemos conforme a Tabela
10 o seguinte valor atualizado de consumo para o sistema atual de condicionamento ambiental:
37
SISTEMA ATUAL
Sistema Sistema Sistema Sistema Sistema Sistema Sistema Sistema Sistema
Total
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Tipo de Split Split Split Split
1 Janela Janela Janela Janela Janela
equipamento Hi-Wall Hi-Wall Hi-Wall Hi-Wall
Potência de
pa
2 refrigeração 12.000 18.000 19.000 21.000 30.000 24.000 30.000 36.000 60.000
(btu/h)
Ca
3 COP (W/W) 3,02 2,96 2,87 2,82 2,79 2,82 2,96 2,83 2,71
Qa
4 Quantidade 1 9 3 2 14 1 2 3 19 54
Potência
Pa
5 elétrica 1,16 16,04 5,83 4,36 44,10 2,49 5,94 11,20 123,15 214,3
Instalada (kW)
Potência
6 elétrica média Pua 1,07 14,75 5,36 4,01 40,57 2,02 4,81 9,07 99,75 181,4
utilizada (kW)
Funcionamento há
7 2.376 2.640 2.904 2.376 2.715 2.376 2.376 2.376 2.793
(h/ano)
FCP (fator de
FCPa
8 coincidência 0,000 0,500 0,500 0,000 0,500 0,000 0,000 0,000 0,500
na ponta)
Energia
Ea
9 Consumida 2,5 38,9 15,6 9,5 110,2 4,8 11,4 21,5 278,6 493,1
(MWh/ano)
Demanda
10 média na ponta Da 0,00 2,46 1,79 0,00 8,69 0,00 0,00 0,00 26,25 39,19
(kW)
4.4. Descrição dos sistemas propostos
Diante do sistema atual, são propostos 3 sistemas como alternativa, designados sistemas
I, II e III que apresentam maior eficiência energética. Os sistemas I e III são avaliados para 4
hipóteses possíveis de alcance na redução do consumo, por conta da tecnologia inverter
possibilitar uma gama variada de percentuais de economia.
4.1.1. Sistema I
O Sistema I proposto é voltado à máxima eficiência energética possível e máxima
redução no consumo, considerando os aparelhos de ar condicionado disponíveis no mercado e
troca de todos os aparelhos atuais. Foram selecionados para todas as capacidades em BTU/h
equipamentos com:
Os mais altos COP, em conformidade com as tabelas do INMETRO, ou seja, aparelhos
com classificação A e selo PROCEL. Todos os aparelhos são monofásicos com especificação
de até 220 V. As exceções foram os aparelhos com capacidade de 60.000 BTU/h que não
possuem no mercado modelo substitutos com classificação A, optando-se por um com COP
mais eficiente, porém de classificação B e trifásicos especificados para 220 V;
Com tecnologia inverter, considerando as hipóteses que o aparelho poderia atingir 10%,
20%, 30% e 40% de economia no consumo. Não foram encontrados aparelhos de 60.000 BTU/h
com tecnologia inverter disponíveis no mercado, portanto, no sistema I o escolhido é do tipo
convencional.
O Sistema I está descrito na Tabela 11:
39
4.1.2. Sistema II
O Sistema II proposto é voltado à máxima eficiência energética, considerando os
aparelhos de ar condicionado split disponíveis no mercado sem tecnologia inverter, pois a
tecnologia convencional costuma ter custo inicial inferior à inverter. Portanto, para todas as
capacidades foram selecionados equipamentos com:
Os mais altos COP, conforme as tabelas do INMETRO, ou seja, aparelhos com
classificação A e selo PROCEL. Todos os aparelhos são monofásicos com especificação de até
220 V, com exceção dos aparelhos com capacidade de 60.000 BTU/h, 220 V trifásico, os quais
não apresentam no mercado classificação A. O modelo mais eficiente possui apenas a
classificação B, que foi selecionado;
Com tecnologia convencional, que apresentam custo inicial mais baixo.
O Sistema II está descrito na Tabela 12:
40
SISTEMA PROPOSTO III - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A
BTU Tipo COP BTU Tipo Preço un
Quantidade COP Marca
atual atual atual proposto proposto (R$)
Split Hi Wall
1 12.000 Janela 3,02 1 12.000 3,45 Daikin R$ 1.828,00
Inverter
Split Hi Wall
2 18.000 Janela 2,96 9 18.000 3,52 Daikin R$ 2.758,00
Inverter
Split Hi Wall
3 19.000 Janela 2,87 3 18.000 3,52 Daikin R$ 2.758,00
Inverter
Split Hi Wall
4 21.000 Janela 2,82 2 21.500 3,36 Samsung R$ 2.878,50
Inverter
Split Hi Wall
5 30.000 Janela 2,79 14 30.000 3,40 Agratto R$ 3.599,00
Inverter
Split Hi Split Hi Wall
6 24.000 2,82 1 24.000 3,53 Daikin R$ 4.197,00
Wall Inverter
Split Hi Split Hi Wall
7 30.000 2,96 2 30.000 3,40 Agratto R$ 3.599,00
Wall Inverter
Split Hi Split piso teto
8 36.000 2,83 3 36.000 3,35 Carrier R$ 7.399,00
Wall Inverter
Split Hi Permanece Permanece o
9 60.000 2,71 19 2,71 - -
Wall o atual atual
𝑅𝐷𝑃𝑛
𝑅𝐷𝑃(%)𝑛 = (14)
𝐷𝑎
RDP(%)n – Redução de demanda na ponta do sistema n em percentual
RDPn – Redução de demanda na ponta do sistema n [kW]
Da – Demanda média na ponta atual [kW]
𝐸𝐸𝑛
𝐸𝐸 (%)𝑛 = (15)
𝐸𝑎
EE(%)n – Energia economizada pelo sistema n em percentual
EEn – Energia Economizada do sistema n [MWh/ano]
Ea – Energia consumida pelo sistema atual [MWh/ano]
Economia esperada
% Economia pela
RDP RDP EE EE
tecnologia
(kW) (%) (MWh) (%)
inverter
1 Sistema I 10% 12,9 32,9% 166,4 33,7%
2 Sistema I 20% 13,7 35,0% 180,2 36,5%
3 Sistema I 30% 14,5 37,0% 194,1 39,4%
4 Sistema I 40% 15,3 39,1% 207,9 42,2%
5 Sistema II - 11,8 30,1% 149,0 30,2%
6 Sistema III 10% 5,7 14,5% 90,0 18,2%
7 Sistema III 20% 6,5 16,6% 103,8 21,1%
8 Sistema III 30% 7,3 18,6% 117,6 23,9%
9 Sistema III 40% 8,1 20,7% 131,5 26,7%
45
Para cada sistema proposto (1, 2 e 3) e seus respectivos cenários de economia possível
quanto à tecnologia inverter, foi feita a análise financeira considerando a relação custo-
benefício, calculada de acordo com a metodologia do PROPEE da ANEEL (2018). Outros
indicadores financeiros como a TIR, VPL e payback também foram calculados.
Para os cálculos do Custo Evitado de Demanda (CED) e o Custo da Energia Evitada
(CEE), preliminares ao cálculo da RCB, utiliza-se um fator de carga (FC), o qual varia de acordo
com o ramo de atividade exercida, listadas no Anexo A (PEREIRA; VIEIRA, 2005). Foi
adotado o valor de 0,31 (Tabela do Anexo A, página 73) correspondente ao ramo de atividade
“instituições de ensino”. Este fator de carga influencia nas demais constantes adotadas (Anexo
A, página 74).
O método estabelecido pela ANEEL para instituições que possuem os sistemas de
bandeiras tarifárias em vigor, determina que as tarifas adotadas para horário de ponta e fora de
ponta devem ser da modalidade azul (caso de alta tensão) ou branca (em caso de baixa tensão)
para cálculos dos custos unitários evitados tanto de energia quanto de demanda (ANEEL, 2018).
Utilizaram-se as tarifas da modalidade azul referentes ao mês de agosto/2019 da distribuidora
local (Light) disponíveis no Anexo A, página 74.
Como premissa dos cálculos do fator de recuperação de capital (FRC), tomou-se a taxa
de desconto (i) como 8% em concordância com o apresentado no Plano Decenal de Expansão
de Energia 2027 (EPE, 2018).
Ainda para o cálculo do FRC é necessário estimar a vida útil dos aparelhos de sistemas
de condicionamento ambiental. No passado, esta era de 20 anos. Em 2001, um estudo sobre
vida útil de equipamentos feito pela ANEEL apontou fabricantes relatando 12 anos como o
tempo de vida do ar-condicionado, porém, na época, a ANEEL adotou o valor de 15 anos,
devido às poucas respostas obtidas das empresas consultadas. Em seus estudos, Marangoni et
al., (2015) nos traz a vida útil do aparelho novamente como 20 anos. O site WebArcondicionado
(2019) relata que os sistemas duram em geral de 10 a 15 anos. A EPE, por sua vez, adota para
suas projeções e estudos vida útil de 15 anos (EPE, 2018). Diante desta extensa faixa, foi
adotado para este trabalho a vida útil para o ar-condicionado como 15 anos e para o cálculo do
FRC o tempo de 10 anos, sendo portanto conservador.
A partir dos custos de cada equipamento, obtemos os benefícios anualizados e os custos
anualizados, e por fim a RCB.
Os investimentos são os custos totais, incluindo valores referentes à instalação dos
46
5. Resultados e discussões
5.1. Resultados
Tabela 19: Alternativas de projeto ordenados quanto à economia de energia. Elaboração própria.
% Economia pela
RDP RDP EE EE
tecnologia
(kW) (%) (MWh) (%)
inverter
1 Sistema I 40% 15,3 39,1% 207,9 42,2%
2 Sistema I 30% 14,5 37,0% 194,1 39,4%
3 Sistema I 20% 13,7 35,0% 180,2 36,5%
4 Sistema I 10% 12,9 32,9% 166,4 33,7%
5 Sistema II - 11,8 30,1% 149,0 30,2%
6 Sistema III 40% 8,1 20,7% 131,5 26,7%
7 Sistema III 30% 7,3 18,6% 117,6 23,9%
8 Sistema III 20% 6,5 16,6% 103,8 21,1%
9 Sistema III 10% 5,7 14,5% 90,0 18,2%
A economia total mais acentuada do sistema I se deve ao fato de que, nesta proposta, os
equipamentos de 60.000 BTU/h atuais são trocados pelo mais eficiente do mercado que, mesmo
sem possuir tecnologia inverter e apresentar selo B, é cerca de 27% mais econômico que o
atual. Como o número de aparelhos de 60.000 BTU/h é elevado (19 ao total), grande parcela da
49
economia no consumo é causado por eles. A troca destes aparelhos quase dobra o valor da
energia economizada, chegando de 54% (para 10% de economia pelo inverter) a 63% (para
40% de economia pelo inverter) quando comparado a manter os atuais.
Tabela 20: Indicadores econômicos das alternativas viáveis do projeto ordenadas pela RCB. Elaboração própria.
%
Economia
no Sistema pela RCB TIR VPL Investimento Benefícios
tecnologia
inverter
1 Sistema III 40% 0,581 36,00% R$ 384.185,45 R$ 156.523,00 R$ 52.183,26
2 Sistema III 30% 0,649 32,23% R$ 327.285,41 R$ 156.523,00 R$ 46.691,89
3 Sistema I 40% 0,716 28,46% R$ 542.652,44 R$ 313.140,00 R$ 82.591,72
4 Sistema III 20% 0,735 28,40% R$ 270.385,38 R$ 156.523,00 R$ 41.200,52
5 Sistema I 30% 0,766 26,51% R$ 485.752,41 R$ 313.140,00 R$ 77.100,35
6 Sistema I 20% 0,824 24,53% R$ 428.852,37 R$ 313.140,00 R$ 71.608,98
7 Sistema III 10% 0,847 24,46% R$ 213.485,34 R$ 156.523,00 R$ 35.709,15
8 Sistema I 10% 0,891 22,51% R$ 371.952,33 R$ 313.140,00 R$ 66.117,61
9 Sistema II - 0,932 21,92% R$ 368.908,36 R$ 287.388,00 R$ 59.228,85
Entre as alternativas viáveis, pode-se afirmar que a troca de todos os aparelhos atuais
pelos propostos no sistema I, detentores dos mais altos coeficientes de eficiência energética e
com maior custo inicial, apenas terá retorno, conforme os critérios estabelecidos, em caso da
tecnologia inverter garantir pelo menos 24% (RCB igual a 0,7998 neste caso) de economia no
consumo dos aparelhos que a possuem. Ou seja, as propagandas difundidas pelos fabricantes,
de fato, têm de ser verdadeiras para se alcançar a redução de consumo e os benefícios anuais
almejados. O estudo de Rech (2018) encontrou 21% para a economia de energia média pela
substituição de equipamentos com rotação fixa por variável na região bioclimática em que está
o Rio de Janeiro, um pouco abaixo do necessário para o sistema I.
O sistema II composto por aparelhos com alto COP e com tecnologia convencional,
considerando troca de todos os aparelhos, não é viável economicamente quanto à RCB.
O sistema III composto por aparelhos com os mais altos COP, considerando troca
parcial, possui menor custo inicial. Este será viável economicamente quanto à RCB conforme
os aparelhos com tecnologia inverter obtiverem economias de no mínimo 14% acima da
tecnologia convencional (RCB igual a 0,7983 neste caso), em outras palavras, novamente os
fabricantes terão de garantir que a propaganda veiculada é verídica.
Tabela 21: Indicadores econômicos das alternativas viáveis do projeto ordenadas pelo payback descontado
considerando manutenção. Elaboração própria.
Payback > 10
Tabela 22: Indicadores econômicos das alternativas viáveis do projeto ordenadas pelo VPL. Elaboração própria.
Indicadores econômicos
% Economia
no Sistema pela tecnologia RCB TIR VPL Investimento Benefícios
inverter
1 Sistema I 40% 0,716 28,46% R$ 542.652,44 R$ 313.140,00 R$ 82.591,72
2 Sistema I 30% 0,766 26,51% R$ 485.752,41 R$ 313.140,00 R$ 77.100,35
3 Sistema III 40% 0,581 36,00% R$ 384.185,45 R$ 156.523,00 R$ 52.183,26
investimento inicial no sistema I, todavia, é duas vezes maior que o do sistema III.
5.2. Discussões
Ao longo da elaboração deste projeto, alguns pontos interessantes para discussão foram
levantados. Dentre eles, os de destaque estão nesta seção.
Para muitos aparelhos de mesma capacidade o COP é semelhante com ou sem inverter.
Este fato ocorre devido à metodologia de ensaio em laboratório do INMETRO que adota
padrões de curto ciclo de trabalho (1 h/dia/mês) e aplicação do método de carga total (conforme
preconiza a ISO 5151 (Non-ducted air conditioners and heat pumps - Testing and rating for
performance). A economia pela tecnologia inverter se torna evidente em períodos mais longos
de operação, no qual trabalha com carga parcial (RECH, 2018; VARGAS; MESTRIA, 2015).
Desta forma, este método não retrata bem a realidade (PESSOA; GHISI, 2015). A seasonal
energy efficiency ratio (SEER) é um método melhor que o atual para a análise de desempenho,
especialmente de aparelhos do tipo inverter (PEREIRA; LAMBERTS; GHISI, 2013).
A SEER é uma forma de medida difundida pelo mundo e aplicada em países como
Coreia, China, Japão, Estados Unidos e diversos da Europa, cuja metodologia leva em
consideração os diferentes períodos do ano (característica sazonal), clima local, tipo de
edificação, comportamento do usuário e cargas parciais dos equipamentos, além do consumo
pelo modo standby (PESSOA; GUISI, 2015). A fim de retratar melhor as diferenças de
desempenho dos aparelhos de ar condicionado nas variadas zonas bioclimáticas brasileiras e
sobretudo quanto à tecnologia empregada, outra forma seria utilizar o coeficiente de eficiência
integrado (ICEE), proposto por um estudo de Soares (2018), cuja metodologia agrega aspectos
climatológicos do local de operação do aparelho, diferentes fatores de carga e temperatura
externa.
Em 2013 houve a publicação da norma técnica internacional ISO 16358-1 (Air-cooled
air conditioners and air-to-air heat pumps - Testing and calculating methods for seasonal
performance factors - Part 1: Cooling seasonal performance factor), que deriva do objetivo
internacional de estabelecimento de uma métrica de eficiência que retrate os benefícios em
economia de consumo de energia do ar-condicionado com velocidade variável. Esta publicação
contém conteúdo técnico e metodológico para uma nova métrica de cálculo da eficiência e do
consumo anual (com base em bins de temperatura) e já está sendo discutida a fim de internalizar
a métrica sazonal para o cálculo da eficiência (OUVIDORIA DO INMETRO, 2019).
2019).
Após a última revisão definida pela Portaria Interministerial MME/MCT/MDIC nº 2 de
31 de julho de 2018 e feita pelo Comitê Gestor de Indicadores de Eficiência Energética
(CGIEE), haveria eliminação das classes C e D da ENCE até 2020, permanecendo os aparelhos
que atualmente entram para as classes A e B devido ao seu COP elevado (EPE, 2018b).
Elevar os índices mínimos de eficiência energética beneficia o mercado nacional e seus
equipamentos quanto à eficiência energética (PEREIRA; LAMBERTS; GHISI, 2013).
Comparado a outros países como Vietnã, Paquistão, China, Arábia Saudita, que aplicam o
mesmo tipo de método de plena carga para avaliação dos coeficientes de performance de ar-
condicionado, o Brasil possui mais baixos padrões mínimos para o aparelho tipo split, que
poderiam ser mais elevados. A Figura 15 retrata a linhagem temporal da evolução dos índices
mínimos no Brasil para equipamentos de ar condicionado dos tipos janela e split (GOMES;
COSTA; JANNUZZI, 2019; PEREIRA; LAMBERTS; GHISI, 2013).
Figura 15: Evolução dos índices mínimos de eficiência energética. Fonte: EPE(2018)
encontraria aparelhos com maior eficiência energética e o adquiria, pois muitos dentre os menos
eficientes sairiam do mercado por conta de não alcançarem o mínimo necessário em eficiência
enquanto os que ficassem iriam trazer maiores benefícios.
quando instaladas em circuitos antigos que apresentam perdas acima do normal esperado. Além
disso, torna-se fundamental avaliar previamente o local de troca do aparelho, sobretudo se o
antigo for do tipo janela, pois a estrutura do prédio pode necessitar antes de manutenção e
recuperação em níveis mais robustos.
As distribuidoras são obrigadas pela lei nº 9.991 de 24 de julho de 2000 a destinar 0,5%
da sua receita operacional líquida para programas de eficiência energética (PEE) no uso final
da energia.
Neste contexto, ocorre pelo menos uma vez por ano as chamadas públicas de projetos
feitas pelas distribuidoras através da publicação de um edital para recebimento de projetos de
eficiência energética por parte de empresas de serviço de energia (ESCOs), consumidores,
fabricantes, comerciantes entre outros, cujos critérios técnico-econômicos de seleção dos
projetos são pré-definidos pela ANEEL (ANEEL, 2018).
A participação neste tipo de chamadas públicas visando a modernização da antiga
instalação, sobretudo neste tempo em que a UFRJ não possui verbas próprias suficientes para
arcar com possíveis trocas de aparelhos antigos, torna-se opção interessante de linha de
financiamento.
o “selo CT inverter” ou em cartaz separado caso se queira colocar mais informação no mesmo.
A proposta seria ele também ser fixado nos ambientes em que houve instalação de algum
equipamento com tecnologia inverter.
Outra medida proposta é a aplicação de treinamentos através de palestras, cuja
finalidade seria contribuir para a conscientização da importância do uso racional de energia,
ajudando assim na manutenção dos benefícios a partir dos sistemas trocados, de maneira que
as pessoas mudem a sua forma de uso do ar-condicionado não somente na Universidade, mas
também em casa.
6. Conclusões
Este projeto de eficiência energética voltado à climatização da Biblioteca e setor
administrativo (Decania) do CT/UFRJ propôs a troca dos aparelhos antigos (tipo janela e split
hi wall convencional) por aparelhos novos e eficientes energeticamente, com selo PROCEL e
ENCE com classificação A, em alguns casos B e dotados de tecnologia inverter sempre que
possível.
A metodologia utilizada levou em conta o levantamento das contas de energia elétrica
do CT/UFRJ dos últimos anos e de dados pertinentes aos aparelhos de ar condicionado na
Decania e Biblioteca como capacidade, quantidade e local. Posteriormente foi realizada uma
análise técnico-econômica a partir de estimativas de consumo exposto no PROPEE da ANEEL
aliado a indicadores financeiros.
As principais dificuldades encontradas ao longo deste projeto foram: a não
correspondência entre os coeficientes de eficiência energética apresentados em tabelas do
Inmetro e a realidade de economia que aparelhos com tecnologia inverter podem trazer; a falta
de correspondência entre os modelos à venda apresentados pelo Inmetro e os encontrados no
mercado efetivamente; a estimativa de parâmetros ligados ao consumo que correspondessem à
realidade para a modelagem.
Em contrapartida, a rápida contribuição do Planejamento do CT/UFRJ e da própria
UFRJ em fornecer suas contas de energia elétrica, seus dados já organizados de levantamento
dos aparelhos da Decania e Biblioteca, curvas de carga do CT/UFRJ permitiu verificar desde o
início a necessidade de projetos deste gênero.
Ao final deste projeto chegou-se ao objetivo de propor uma solução eficiente
energeticamente para um local do CT/UFRJ a fim de estimular a conscientização quanto ao
consumo, sua necessidade, o quão viável financeiramente é, além de levar em conta novas
alternativas tecnológicas que poderiam se perpetuar no CT/UFRJ.
O projeto propôs três sistemas diferentes para substituição do atual. Tecnicamente pode-
se concluir que todas as propostas trazem benefícios energéticos, pois proporcionam menor
consumo, superior ao critério do mínimo de 10% de redução, com destaque para o sistema 1
(troca de todos os aparelhos) cuja economia é equivalente a 166,4 MWh/ano podendo chegar
até 207,9 MWh/ano, de acordo com os cenários de rendimento mínimo ou máximo
considerados para os aparelhos inverter e reduzindo o consumo em 33,7% e 42,2%,
respectivamente, comparados ao sistema atual.
60
No âmbito financeiro, a taxa interna de retorno ficou bem acima da taxa mínima de
atratividade (7,5%), variando entre 21,92% e 36,00% de acordo com cada proposta. O valor
presente líquido foi positivo, mostrando a viabilidade de cada alternativa do projeto quanto a
estes parâmetros. Porém, a relação custo-benefício e o tempo de retorno (payback) foram
decisivos para a aderência maior a duas propostas.
As RCB menores que 0,8 foram dos sistemas I e III. Para o sistema I, a tecnologia
inverter deveria trazer no mínimo 30% de economia enquanto para o sistema III, 20% de
economia, fatos assegurados pelos fabricantes em comparação ao sistema split convencional.
Ao considerar o pior caso de payback que é o descontado e com manutenção, apenas as
alternativas I e III alcançam o objetivo de não ser maior que 10 anos, com o inverter alcançando
ao menos 30% e 40% de economia, respectivamente. Sem considerar os custos de manutenção,
o sistema I apresenta viabilidade a partir de 30% de economia pelo inverter e o sistema III a
partir de 20% de economia.
O presente projeto de engenharia instiga a comunidade acadêmica a ter um olhar de
maior consciência para o consumo desenfreado de energia, a fim de estimular a importância de
economizar para preservar. Embora seja um projeto pequeno, se aplicado e replicado em escalas
maiores, contribui significativamente para a redução de custos local nas contas, mas também
para os benefícios de alívio na geração de energia e preservação de recursos naturais os quais
seriam usados com finalidade de gerar energia e conforto para as pessoas no CT/UFRJ.
Como alternativas para o sistema atual de climatização da Biblioteca e Decania do
CT/UFRJ propõe-se então duas soluções: que sejam trocados todos os aparelhos por mais
eficientes energeticamente, com selo PROCEL e classificação A na ENCE, além de tecnologia
inverter sempre que possível , o que compõe o sistema I; que aconteça uma troca parcial dos
aparelhos, mantendo os aparelhos de 60.000 BTU/h, por aparelhos com selo PROCEL e
classificação A na ENCE e tecnologia inverter quanto possível, alternativa que compõe o
sistema III. O sistema II, com substituição por aparelhos com tecnologia convencional, não é
recomendável.
% Economia pela
RDP RDP EE EE
tecnologia
(kW) (%) (MWh) (%)
inverter
1 Sistema I 40% 15,3 39,1% 207,9 42,2%
2 Sistema I 30% 14,5 37,0% 194,1 39,4%
3 Sistema III 40% 8,1 20,7% 131,5 26,7%
61
Indicadores econômicos
% Economia Payback
no Sistema pela tecnologia RCB TIR Investimento Benefícios descontado
inverter (anos)
1 Sistema I 40% 0,716 28,46% R$ 313.140,00 R$ 82.591,72 6,4
2 Sistema I 30% 0,766 26,51% R$ 313.140,00 R$ 77.100,35 7,3
3 Sistema III 40% 0,581 36,00% R$ 156.523,00 R$ 52.183,26 7,1
Por fim, diante dos altos custos para projetos deste tipo, recorrer a chamadas públicas é
uma interessante opção. Outra alternativa é trocar apenas quando o aparelho anterior sofrer uma
avaria grande, que o inviabilize de ser utilizado. Embora a troca fosse gradual e o impacto fosse
menor (por conta de existirem uma gama de aparelhos não eficientes), ainda assim estes
impactos positivos existiriam.
Por fim, seguem as propostas para possíveis projetos futuros:
Medição de linha de base que deve acontecer antes das trocas. Linha de base é um
modelo matemático do consumo dos aparelhos que seriam trocados, correlacionando a
temperatura e o consumo dos aparelhos de ar condicionado.
Medições para determinação da economia em energia e financeira posteriormente às
possíveis trocas.
Mapeamento dos aparelhos climatizadores de ar instalados em todo o CT/UFRJ.
Ampliação de projetos com viés de eficiência energética voltada à climatização, como
análises de ventilação natural aliado a sistemas artificiais para outros ambientes do CT/UFRJ,
como repartições e blocos, até cobrir o prédio inteiro.
Análise do impacto nas contas de energia elétrica a partir da troca de aparelhos do tipo
janela antigos por split inverter no prédio do CT/UFRJ.
Análise do impacto nas contas de energia elétrica a partir de novos projetos de geração
fotovoltaica no CT/UFRJ.
62
Referências Bibliográficas
ALTOÉ, Leandra et al. Políticas públicas de incentivo à eficiência energética. Estudos
Avançados, v. 31, n. 89, p. 285-297, 2017.
ANEEL. Estudo de Vida Útil Econômica e Taxa de Depreciação - Considerações sobre as
Alterações Propostas – Escola Federal de Engenharia de Itajubá – CERNE – Centro de Estudos
em Recursos Naturais e Energia, 2001.
______. Procedimentos do Programa de Eficiência Energética – PROPEE. 2018. Disponível
em http://www.light.com.br/Repositorio/Eficiencia-
Energetica/PROPEE%20V2%20(2018).pdf. Acesso em 06 out. 2019.
______. Procedimentos do Programa de Eficiência Energética – PROPEE. Outras Ações
Integrantes de Projeto, 2 revisão, 2018.
______. Histórico de acionamento das bandeiras tarifárias até março/2015. 2015. Disponível
em https://www.aneel.gov.br/bandeiras-tarifarias. Acesso em 13 out. 2019.
______. Relatório do acionamento das bandeiras tarifárias. Disponível em:
https://www.aneel.gov.br/documents/656877/18689040/Relat%C3%B3rio+do+Acionamento
+das+Bandeiras+Tarif%C3%A1rias-06_19/d975c1f0-6530-a0ac-31cc-edd06070aa56. Acesso
em 13 out. 2019.
_______. ANEEL define Revisão Tarifária Extraordinária de distribuidoras. 2015. Disponível
em:
https://www.aneel.gov.br/home?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_
mode=view&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_returnToFull
PageURL=%2F&_101_assetEntryId=14502555&_101_type=content&_101_groupId=656877
&_101_urlTitle=aneel-define-revisao-tarifaria-extraordinaria-de-
distribuidoras&inheritRedirect=true. Acesso em 28 set. 2019.
________. Aprovado reajuste tarifário da Light (RJ). 2018. Disponível em:
https://www.aneel.gov.br/sala-de-imprensa-exibicao-2/-
/asset_publisher/zXQREz8EVlZ6/content/aprovado-reajuste-tarifario-da-light-rj-
/656877?inheritRedirect=false. Acesso em 28 set.2019.
_________. Tarifas de fornecimento de energia elétrica /Agência Nacional de Energia Elétrica.
Brasília , 2005.
BAJAY, Sérgio et al. Geração distribuída e eficiência energética: reflexões para o setor elétrico de hoje
e do futuro. Campinas: Iei (international Energy Initiative), 2018.
CARVALHO, T.P. Um estudo de caso sobre tarifação de energia elétrica visando sua utilização
racional no Centro de Tecnologia da UFRJ. 50f. , dez, 2012.
64
CASTRO, N.; BRANDÃO, R.; HUBNER, N.; DANTAS, G.; ROSENTAL, R. A Formação do
preço da energia elétrica: Experiências internacionais e o modelo brasileiro. Grupos de estudos
do setor elétrico UFRJ- GESEL. Texto de Discussão do Setor Elétrico, TDSE, nº 62, 2014.
GOLDEMBERG, J.; VILLANUEVA, L.D., Energia, Meio Ambiente & Desenvolvimento. 2a.
ed., Edusp, São Paulo, 2008.
IEA. The Future of Cooling Opportunities for energy-efficient air conditioning. OECD/IEA,
2018.
65
LIMA, E.; MAX, M.; LOUREIRO, R. Informativo energia-2016 Fundo Verde UFRJ. Relatório
de atividades. Programa de energia. Rio de Janeiro, 2016.
LOPES, R.J.; FIORAVANTI, C. Ondas de calor: Mais intensas, longas e frequentes. Pesquisa
FAPESP. Edição 262, São Paulo, 2017.
MAGNO, A.B.; MELO, K. Risco de fechar: UFRJ está sem dinheiro para o ‘básico’. Ad UFRJ,
n.1094, Rio de Janeiro, 2019.
MARANGONI, F.. TELLINI, T., MORENO, R.P.R; FERREIRA, S.O. KONOPATZKI, E.A.
Comparativo econômico entre condicionadores de ar com tecnologias convencional e inverter.
Xxxv Encontro Nacional De Engenharia De Produção Perspectivas Globais para a Engenharia
de Produção, Fortaleza, 2015.
PEREIRA, C.D.; LAMBERTS, R.; GHISI, E. Nota técnica referente aos níveis mínimos de
eficiência energética de condicionadores de ar no Brasil. Centro Brasileiro de eficiência
energética em edificações, UFSC, Florianópolis, 2013.
_______. Resultados PROCEL 2018. Ano base 217. Rio de Janeiro, 2018.
ROBINE, JM; CHEUNG, SLK; LE ROY, S. Death toll exceeded 70 000 in Europe during the
summer of 2003. C R Biol. n.331, p.171-178, 2008.
SACHS, I. A revolução energética do século XXI. Estudos avançados, n.21, v.59, 2007.
SCHAEFFER, R., COHEN, C., ALMEIDA, M., ACHÃO, C., CIMA, F. Energia e pobreza:
problemas de desenvolvimento energético e grupos sociais marginais em áreas rurais e urbanas
do Brasil. Relatório Técnico preparado para División de Recursos Naturales e Infraestructura –
CEPAL, Santiago do Chile, Chile, 77 pp, 2003.
_____. Nota sobre o orçamento da UFRJ. Assessoria de Imprensa do Gabinete do Reitor. 2018.
Disponível em: https://ufrj.br/noticia/2018/09/04/nota-sobre-orcamento-da-ufrj. Acesso em 05
out. 2019.
_____. Contas Públicas- Orçamento 2018. Assessoria de Imprensa do Gabinete do Reitor. 2019.
Disponível em: https://ufrj.br/noticia/2019/08/06/nota-sobre-situacao-orcamentaria-da-ufrj.
Acesso em 07 out 2019.
_____. Pró Reitoria de finanças divulga relatório detalhado sobre orçamento. Assessoria de
Imprensa do Gabinete do Reitor. 2019. Disponível em: https://ufrj.br/noticia/2019/05/10/pro-
reitoria-de-financas-divulga-relatorio-detalhado-sobre-orcamento. Acesso em 07 out. 2019.
_____. Plano de contingência para energia elétrica no CT. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em:
https://www.ct.ufrj.br/comunicacao/news/reducao-de-energia-necessaria-no-ct. Acesso em 18
out. 2019.
______. Redução de 10% dos gastos com energia na UFRJ. Rio de Janeiro, 2006. Acesso em
18 out.2019.
VARELA, W.D.; PEREIRA, L.R. Análise das patologias das edificações da cidade
universitária da ufrj. PATORREB, Rio de Janeiro, 2019. Disponível em:
http://www.nppg.org.br/patorreb/files/artigos/80630.pdf Acesso em 05 out. 2019.
VICH, F.M.; MANSOR, M.T.C. Energia, meio ambiente e economia: o Brasil no contexto
mundial. Quim. Nova, v. 32, n. 3, p.757-767, 2009.
WATANABE, E. Por um consumo consciente de energia elétrica. Rio Pesquisa, ano9, n.7, Rio
de Janeiro, 2017.
______________________. Entenda o que é COP e EER, e saiba como calcular. Julhp, 2015.
Disponível em: https://www.webarcondicionado.com.br/entenda-o-que-e-cop-e-eer-e-saiba-
como-calcular. Acesso em 03 out. 2019.
69
Horários de Horários de
funcionamento por funcionamento por
dia - Decania dia - Biblioteca
dias 22 dias 22
meses 12 meses 12
SISTEMA ATUAL
Sistema Sistema Sistema Sistema Sistema Sistema Sistema Sistema Sistema
Total
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Tipo de Split Split Split Split
1 Janela Janela Janela Janela Janela
equipamento Hi-Wall Hi-Wall Hi-Wall Hi-Wall
Potência de
pa
2 refrigeração 12.000 18.000 19.000 21.000 30.000 24.000 30.000 36.000 60.000
(btu/h)
Ca
3 COP (W/W) 3,02 2,96 2,87 2,82 2,79 2,82 2,96 2,83 2,71
Qa
4 Quantidade 1 9 3 2 14 1 2 3 19 54
Potência
Pa
5 elétrica 1,16 16,04 5,83 4,36 44,10 2,49 5,94 11,20 123,15 214,3
Instalada (kW)
Potência
6 elétrica média Pua 1,07 14,75 5,36 4,01 40,57 2,02 4,81 9,07 99,75 181,4
utilizada (kW)
Funcionamento há
7 2.376 2.640 2.904 2.376 2.715 2.376 2.376 2.376 2.793
(h/ano)
FCP (fator de
FCPa
8 coincidência 0,000 0,500 0,500 0,000 0,500 0,000 0,000 0,000 0,500
na ponta)
Energia
Ea
9 Consumida 2,5 38,9 15,6 9,5 110,2 4,8 11,4 21,5 278,6 493,1
(MWh/ano)
Demanda
10 média na ponta Da 0,00 2,46 1,79 0,00 8,69 0,00 0,00 0,00 26,25 39,19
(kW)
71
*Consumo
Potência de
BTU de energia
No Local Ambiente Fabricante Tipo refrigeração
instalado em
(kW)
kWh/mês
1 Decania Sala 1 - Secretaria YORK Split 24.000 7,03 52,3
2 Decania Gabinete do Decano YORK Split 30.000 8,79 64,7
3 Decania Sala 2 - Coord. Pessoas SPRINGER Janela 19.000 5,57 40,8
4 Decania Sala 4 - SGI SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2
5 Decania Sala 6 - Licitações e Compras SPRINGER Janela 18.000 5,27 35,7
6 Decania Sala 14 - Reprografia MIDEA Split 30.000 8,79 64,7
7 Decania Sala 12 - EPLAN/CT ELECTROLUX Split 36.000 10,55 78,6
8 Decania Sala 8 - PR4 SPRINGER Janela 18.000 5,27 35,7
9 Decania Copa SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2
10 Decania Sala 10 - Finaceiro e Patrimônio SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2
11 Decania Administração ELGIN Split 60.000 17,58
12 Decania Administração SPRINGER Janela 21.000 6,15 45,8
Auditório - Sala controle ou
13 Decania SPRINGER Janela 21.000 6,15 45,8
Camarim
14 Decania Seção de ensino SPRINGER Janela 18.000 5,27 35,7
15 Decania Seção de ensino SPRINGER Janela 18.000 5,27 35,7
16 Decania Protocolo SPRINGER Janela 18.000 5,27 35,7
17 Decania Manutenção SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2
18 Decania Manutenção SPRINGER Janela 19.000 5,57 40,8
19 Decania Almoxarifado SPRINGER Janela 30.000 8,79 66,2
20 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9
21 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9
22 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9
23 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9
24 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9
25 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9
26 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9
27 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9
28 B.C Biblioteca Central ELGIN Split 60.000 17,58 130,9
72
Custos de demanda (tarifa azul) Ramo: instituição de ensino Tarifa de energia azul
31% 32,45 17,50 0,25 0,2732 0,1912 0,3517 0,2483 125,44 440,48 269,42
*FC = Fator de carga que muda de acordo com o ramo de atividade (BEZERRA, 2008) e influi em LP, LE1, LE2, LE3, LE4 que são parâmetros conforme
tabela ANEEL (2018). Foi escolhido o FC para instituição de ensino que equivale a 0,31
**C1 e C2 conforme a metodologia da ANEEL (2018) são custos de demanda que devem ser escolhidos para modalidade
azul da distribuidora
***TUSD, TEPbdv, TEFPbdv devem ter por base a tarifa de energia azul da distribuidora (RJ Light, agosto/2019), conforme metodologia da ANEEL
(2018),
RDP
CED (R$/kW CP CFP EE
(kW LEP LEFP CEE (R$/MWh)
ano) (R$/MWh) (R$/MWh) (MWh/ano)
ano)
8% 10 0,1490
*Adotado 15 anos de vida útil para sistemas de ar condicionado, nem o atual 20 (MARANGONI et al., 2015) nem abaixo 12. Ver ANEEL (2001) que
fala 12 e 15 e WEBarcondicionado
Tarifas Verde - A4
Demanda Consumo
(Ponta) (FP)
R$/kW R$/MWh
32,45 394,86
Taxa de crescimento da
tarifa a.a.
Últimos 5
4,494%
anos
Últimos 15
2,356%
anos
Adotado: 2,356%
78
Sistema proposto I: troca de todos os aparelhos por split inverter (sempre que possível) + selo PROCEL A (sempre que possível)
Custo anual
Custo total
manutenção
R$ 313.140,00 R$ 21.315,00
81
Custo total
Custo
Custo de cada equipamento em
total
equipamentos
CEN1 CEN2 CEN3 CEN4 CEN5 CEN6 CEN7 CEN8 CEN9 CET CT
R$
R$ 2.591 R$ 31.937 R$ 10.646 R$ 7.589 R$ 64.085 R$ 5.113 R$ 9.155 R$ 25.409 R$ 156.617 R$ 251.459
313.140
Qp1
4 Quantidade 1 9 3 2 14 1 2 3 19
Potência
Pp1
5 elétrica 1,02 13,48 4,49 3,75 36,19 1,99 5,17 9,45 103,41 179,0
Instalada (kW)
Potência
6 elétrica média Pup1 0,64 8,50 2,83 2,36 22,80 1,26 3,26 5,95 72,39 120,0
utilizada (kW)
Funcionamento hp
7 1 2.376 2.640 2.904 2.376 2.715 2.376 2.376 2.376 2.793
(h/ano)
FCP (fator de
FCPp1
8 coincidência 0,000 0,500 0,500 0,000 0,500 0,000 0,000 0,000 0,500
na ponta)
Taxa de economia
10%
considerando inverter
RDP CED
EE CEE
(kW (R$/kW
(MWh/ano) (R$/MWh)
ano) ano)
Relação Custo-Benefício
BAT CAT
RCB
(R$/ano) (R$/ano)
Análise econômica
considerando custos de
manutenção
Taxa 7,50%
VPL R$ 371.952,33
TIR 22,51%
104.553,56 56.769,64
R$ -R$
9 R$ 81.533,65 R$ 42.526,61
164.772,21 35.558,04
R$ -R$
10 R$ 83.454,59 R$ 40.491,66
226.911,80 16.381,38
R$
11 R$ 85.420,78 R$ 38.554,09 R$ 857,71
291.017,57
R$
12 R$ 87.433,29 R$ 36.709,23 R$ 16.251,93
357.135,86
R$
13 R$ 89.493,22 R$ 34.952,65 R$ 29.889,58
425.314,08
R$
14 R$ 91.601,68 R$ 33.280,12 R$ 41.854,70
495.600,75
R$
15 R$ 93.759,81 R$ 31.687,63 R$ 52.227,33
568.045,57
Taxa de economia
20%
considerando inverter
RDP CED
EE CEE
(kW (R$/kW
(MWh/ano) (R$/MWh)
ano) ano)
Relação Custo-Benefício
BAT CAT
RCB
(R$/ano) (R$/ano)
Análise econômica
considerando custos de
manutenção
Taxa 7,50%
VPL R$ 428.852,37
TIR 24,53%
Taxa de economia
30% 0,70
considerando inverter
RDP CED
EE CEE
(kW (R$/kW
(MWh/ano) (R$/MWh)
ano) ano)
Relação Custo-Benefício
BAT CAT
RCB
(R$/ano) (R$/ano)
Análise econômica
considerando custos de
manutenção
Taxa 7,50%
VPL R$ 485.752,41
TIR 26,51%
87
Taxa de economia
40% 0,60
considerando inverter
RDP CED
EE CEE
(kW (R$/kW
(MWh/ano) (R$/MWh)
ano) ano)
Relação Custo-Benefício
BAT CAT
RCB
(R$/ano) (R$/ano)
Análise econômica
considerando custos de
manutenção
Taxa 7,50%
VPL R$ 542.652,44
TIR 28,46%
251.114,99
R$
9 R$ 101.848,87 R$ 53.122,69 R$ 81.403,61
331.648,87
R$ R$
10 R$ 104.248,43 R$ 50.580,71
414.582,30 110.669,31
R$ R$
11 R$ 106.704,53 R$ 48.160,36
499.971,83 137.514,67
R$ R$
12 R$ 109.218,49 R$ 45.855,83
587.875,32 162.055,51
R$ R$
13 R$ 111.791,67 R$ 43.661,58
678.351,99 184.402,08
R$ R$
14 R$ 114.425,49 R$ 41.572,32
771.462,48 204.659,40
R$ R$
15 R$ 117.121,35 R$ 39.583,04
867.268,83 222.927,44
90
Sistema proposto II: troca de todos os aparelhos por split convencional + selo PROCEL A (sempre que possível)
8 36.000 Split piso teto R$ 4.973,00 R$ 14.919,00 R$ 1.224,50 R$ 3.673,50 R$ 475,00 R$ 1.425,00 R$ 18.592,50
9 60.000 Split piso teto R$ 6.698,00 R$ 127.262,00 R$ 1.545,00 R$ 29.355,00 R$ 475,00 R$ 9.025,00 R$ 156.617,00
Custo anual
Custo total
manutenção
R$ 287.388,00 R$ 21.315,00
92
Custo total
Custo
Custo de cada equipamento em
total
equipamentos
CEN1 CEN2 CEN3 CEN4 CEN5 CEN6 CEN7 CEN8 CEN9 CET CT
R$
R$ 2.099 R$ 24.521 R$ 8.174 R$ 5.700 R$ 59.885 R$ 3.246 R$ 8.555 R$ 18.593 R$ 156.617 R$ 225.707
287.388
Qp1
4 Quantidade 1 9 3 2 14 1 2 3 19
Potência
Pp1
5 elétrica 1,06 13,84 4,61 3,08 37,63 2,03 5,38 9,77 103,41 180,8
Instalada (kW)
Potência
6 elétrica média Pup1 0,74 9,69 3,23 2,15 26,34 1,42 3,76 6,84 72,39 126,6
utilizada (kW)
Funcionamento hp1
7 2.376 2.640 2.904 2.376 2.715 2.376 2.376 2.376 2.793
(h/ano)
FCP (fator de
FCPp1
8 coincidência 0,000 0,500 0,500 0,000 0,500 0,000 0,000 0,000 0,500
na ponta)
RDP CED
EE CEE
(kW (R$/kW
(MWh/ano) (R$/MWh)
ano) ano)
Relação Custo-Benefício
BAT CAT
RCB
(R$/ano) (R$/ano)
Análise econômica
considerando custos de
manutenção
Taxa 7,50%
VPL R$ 326.324,90
TIR 21,92%
Sistema proposto III: troca parcial de aparelhos por split inverter + selo PROCEL A
SISTEMA PROPOSTO III - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A
BTU BTU Tipo
Tipo atual Marca CEE Classificação Tensão (V) Quantidade
atual proposto proposto
1 12.000 Janela 12.000 Split Inverter Daikin 3,45 A 220 - 1o 1
2 18.000 Janela 18.000 Split Inverter Daikin 3,52 A 220 - 1o 9
3 19.000 Janela 18.000 Split Inverter Daikin 3,52 A 220 - 1o 3
4 21.000 Janela 21.500 Split Inverter Samsung 3,36 A 220 - 1o 2
5 30.000 Janela 30.000 Split Inverter Agratto 3,40 A 220 - 1o 14
Split Hi
6 24.000 24.000 Split Inverter Daikin 3,53 A 220 - 1o 1
Wall
Split Hi
7 30.000 30.000 Split Inverter Agratto 3,40 A 220 - 1o 2
Wall
Split Hi Split piso
8 36.000 36.000 Carrier 3,35 A 220 - 1o 3
Wall teto Inverter
Split Hi Não
9 60.000 Não troca - 2,71 - - 19
Wall troca
SISTEMA PROPOSTO III - Máxima eficiência com Split Inverter + Selo PROCEL A
BTU Tipo Preço un Custos dos Instalação Custos das Manutenção Custos das Custos totais
proposto proposto (R$) equipamentos (un.) instalações (un.) manutenções anuais
1 12.000 Split Inverter R$ 1.828,00 R$ 1.828,00 R$ 762,50 R$ 762,50 R$ 325,00 R$ 325,00 R$ 2.590,50
2 18.000 Split Inverter R$ 2.758,00 R$ 24.822,00 R$ 790,50 R$ 7.114,50 R$ 340,00 R$ 3.060,00 R$ 31.936,50
96
3 18.000 Split Inverter R$ 2.758,00 R$ 8.274,00 R$ 790,50 R$ 2.371,50 R$ 340,00 R$ 1.020,00 R$ 10.645,50
4 21.500 Split Inverter R$ 2.878,50 R$ 5.757,00 R$ 916,00 R$ 1.832,00 R$ 340,00 R$ 680,00 R$ 7.589,00
5 30.000 Split Inverter R$ 3.599,00 R$ 50.386,00 R$ 978,50 R$ 13.699,00 R$ 340,00 R$ 4.760,00 R$ 64.085,00
6 24.000 Split Inverter R$ 4.197,00 R$ 4.197,00 R$ 916,00 R$ 916,00 R$ 340,00 R$ 340,00 R$ 5.113,00
7 30.000 Split Inverter R$ 3.599,00 R$ 7.198,00 R$ 978,50 R$ 1.957,00 R$ 340,00 R$ 680,00 R$ 9.155,00
Split piso teto
8 36.000 R$ 7.245,00 R$ 21.735,00 R$ 1.224,50 R$ 3.673,50 R$ 475,00 R$ 1.425,00 R$ 25.408,50
Inverter
Não
9 Não troca R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 475,00 R$ 9.025,00 R$ 0,00
troca
Total em Total em
Total em instalações:
equipamentos: manutenções:
R$ 124.197,00 R$ 32.326,00 R$ 21.315,00
Custo anual
Custo total
manutenção
R$ 156.523,00 R$ 21.315,00
Custo total
Custo
Custo de cada equipamento em
total
equipamentos
CEN1 CEN2 CEN3 CEN4 CEN5 CEN6 CEN7 CEN8 CEN9 CET CT
R$
R$ 2.591 R$ 31.937 R$ 10.646 R$ 7.589 R$ 64.085 R$ 5.113 R$ 9.155 R$ 25.409 R$ 0 R$ 124.197
156.523
97
Qp1
4 Quantidade 1 9 3 2 14 1 2 3 19
Potência
Pp1
5 elétrica 1,02 13,48 4,49 3,75 36,19 1,99 5,17 9,45 123,25 198,81
Instalada (kW)
Potência
6 elétrica média Pup1 0,64 8,50 2,83 2,36 22,80 1,26 3,26 5,95 99,75 147,35
utilizada (kW)
Funcionamento hp1
7 2.376 2.640 2.904 2.376 2.715 2.376 2.376 2.376 2.793
(h/ano)
FCP (fator de
FCPp1
8 coincidência 0,000 0,500 0,500 0,000 0,500 0,000 0,000 0,000 0,500
na ponta)
Taxa de economia
10%
considerando inverter
RDP CED
EE CEE
(kW (R$/kW
(MWh/ano) (R$/MWh)
ano) ano)
Relação Custo-Benefício
BAT CAT
RCB
(R$/ano) (R$/ano)
Análise econômica
considerando custos de
manutenção
Taxa 7,50%
VPL R$ 213.485,34
TIR 24,46%
51.780,30 103.312,61
-R$ -R$
7 R$ 42.031,29 R$ 25.334,56
31.064,01 99.293,04
-R$
8 R$ 43.021,54 -R$ 9.357,47 R$ 24.122,28
96.485,77
-R$
9 R$ 44.035,13 R$ 13.362,67 R$ 22.968,00
94.832,77
-R$
10 R$ 45.072,60 R$ 37.120,27 R$ 21.868,95
94.278,82
-R$
11 R$ 46.134,51 R$ 61.939,78 R$ 20.822,50
94.771,32
-R$
12 R$ 47.221,44 R$ 87.846,22 R$ 19.826,12
96.260,20
R$ -R$
13 R$ 48.333,98 R$ 18.877,41
114.865,19 98.697,79
R$ -R$
14 R$ 49.472,73 R$ 17.974,11
143.022,92 102.038,68
R$ -R$
15 R$ 50.638,30 R$ 17.114,03
172.346,22 106.239,66
Taxa de economia
20%
considerando inverter
RDP CED
EE CEE
(kW (R$/kW
(MWh/ano) (R$/MWh)
ano) ano)
Relação Custo-Benefício
BAT CAT
RCB
(R$/ano) (R$/ano)
Análise econômica
considerando custos de
manutenção
Taxa 7,50%
VPL R$ 270.385,38
TIR 28,40%
Taxa de economia
30%
considerando inverter
RDP CED
EE CEE
(kW (R$/kW
(MWh/ano) (R$/MWh)
ano) ano)
Relação Custo-Benefício
BAT CAT
RCB
(R$/ano) (R$/ano)
Análise econômica
considerarndo custos de
manutenção
Taxa 7,50%
VPL R$ 327.285,41
TIR 32,23%
Taxa de economia
40%
considerando inverter
RDP CED
EE CEE
(kW (R$/kW
(MWh/ano) (R$/MWh)
ano) ano)
Relação Custo-Benefício
BAT CAT
RCB
(R$/ano) (R$/ano)
Análise econômica
considerarndo custos de
manutenção
Taxa 7,50%
VPL R$ 384.185,45
TIR 36,00%