MOENDA do ZERO

Primeiramente seja bem-vindo a esse e-book, que foi criado para

falar sobre o que é MOENDA, e ensinar quem está começando do
Zero, aqui você irá encontrar informações básicas do Zero mesmo,
para quem está iniciando agora, espero ajudar, e boa leitura.

Primeiramente gostaria de me apresentar, meu nome é Richard Gere,

trabalho com moenda a quase dez anos e cursando Engenharia de
Produção, atualmente sou Operador Especialista de Moenda, tenho
experiencia em COI e campo, manutenção e Triangulação de Moendas.

Criei esse E-book vendo a necessidade de vários materiais muito bons na

internet e cursos, mas não algo do zero, para pessoas que iniciaram
agora ou não teve conhecimento técnico, já começaram literalmente
com a marreta e chave.

Então sem mais delongas vamos começar.

O que é Moenda?
A moenda constitui em um conjunto de quatro rolos, sendo eles Rolos de:
Entrada, Saída, Pressão e Superior.

Sendo os dois de baixo Entrada e Saída e Superior e Pressão em cima.

Observação muito importante o rolo Superior e o único que se movimenta
tendo um deslocamento de 0 a 40 mm, e manter essa flutuação igual de
ambos os lados e de suma importância, e entre 15 a 25mm, e as pressões
segundo projeto.
Outra curiosidade é que todos os rolos têm refrigeração por água dentro
dos mancais de bronze menos a pressão.
A Moenda pode ser acionada por Motores Elétricos ou Turbinas a vapor,
na qual ainda não trabalhei.
Nas de acionamento por Motores são usualmente ligas em Redutores, que
diminuem a velocidade e aumentam a força ou Torque, e ligadas por
acoplamento ACIP que é ligada no rolo Superior, o qual por RODETES
aciona o Entrada e Saída do lado Acionado e o Pressão do lado Oposto ao
Acionamento.
Rodetes são as “engrenagens” que rodam as Moendas.

Que fica sendo lubrificados por óleo de grande

viscosidade pode ser 25000 em um reservatório chamado ENVELOPE.

1º TERNO
O primeiro terno e o mais importante pois é nele que ocorre a maior
extração de caldo, de 50% a 75% de extração.
Ele também e o que controla a moagem, pois responderá um set- point de
70% a 90%, e as esteirão anteriores irão acelerar e desacelerar para
manter esse nível.
Do segundo até o ultimo irão controlar o nível por set-point pela
aceleração do Motor.
 Partes da Moenda

HILLO :A moenda começa pelo Hillo que é um sistema de cabos de aço e

ganchos, que faz a retirada da cana do caminhão, em uma Mesa
alimentadora ou direto em uma Esteira Metálica.

MESA: A mesa e uma esteira em 45º que recebe a cana do HILLO e leva
para a Esteira Metálica.
Esteira Metálica: E responsável por levar a cana para o Preparo, onde
passará por um Tambor Nivelador, pode ter Picador ou somente
desfibrador, onde a cana será desfibrada em uma Placa Desfibradora, de
aproximadamente 10mm de espaço, com intuito de abrira as células de
açúcar e aumentar a densidade facilitando a moagem.
Após ele passará pelo Espalhador, melhorar a distribuição na Esteira de
borracha, ou desfibrada, onde terá o ELETROIMÃ que tem função retirar
todas as peças metálicas antes de ir para a MOENDA.
A cana irá para o 1º terno e será extraído maior parte do seu caldo esse
caldo irá diretamente para uma peneira e após roscas e o caldo irá para
um tanque e o bagaço retornará para o primeiro, podendo haver
mudanças em relação ao retorno do bagaço.
Após o 1º terno ira para as esteiras de Arrastes ou Intermediarias
seguindo de terno em terno recebendo nas esteiras as Embebições que é
caldo com bagaço, já na ultima esteira para o ultimo Terno será colocada
Água quente de 55 a 75 graus e com vazão de 220% a 250% fibra cana ou
segundo o processo, com intuito de melhorar a secagem e extração do
açúcar por LIXIVIAÇÃO e mandar um caldo já com alguma temperatura
para o Tratamento, os últimos ternos geralmente são os frisos de 1”e ½ e
os demais 2”, o caldo vem retornando de esteira em esteira, até chegar no
2º terno e ser levado para a Peneira, rosca e 1º terno.
Esse caldo será direcionado para o Tratamento e o Bagaço para as
caldeiras, sendo que temos que sempre ter uma POL (teor de sacarose
aparente na cana.) abaixo de 2% e Umidade abaixo de 50% “ou mudanças
por empresa”.
Temos também que observar sempre pressões dos Hidráulicos segundo
projeto e manter Flutuação do Rolo Superior, há diferentes tipos de
sistemas e importante saber usar cada um.
Acompanhar sistema de Lubrificação dos Mancais da Moenda e dos
Desfibradores, dosadores de óleo, pressão de bombas e viscosidade e
níveis de Reservatórios.
Acompanhar sistema Hidráulico, Óleo, válvulas e garrafas de Nitrogênio.
Sistema de Refrigeração: é um circuito fechado que a água fica em uma
torre de resfriamento, que possui um EXAUSTOR essa água vai para a
MOENDA, e após servida vai para um Tanque, que retornará para a torre
para ser resfriada, observar sempre a reposição, pois a percas.
O Tanque de Água de EMbebição: manter temperatura e nível admissível.
Manter uma boa limpeza de Ternos e Peneiras e gamelões evitando
bactérias.
Sempre que possível fazer checklist dos equipamentos e inversão de
bombas reservas.
Uma Boa operação no Coi com um bom sistema, informações claras e
Pops de Operação, diminuirão as paradas e falhas.
Sempre acompanhar dados da Cana, e dados de laboratórios e procurar
ter uma extração sempre maior que 95,5%.

Observações para iniciantes do ZERO:

1. Válvulas volantes, abre ante horário e fecha horário.
2. Com manoplas, se estiver correto a montagem sempre no sentido
do tubo está aberta, e ao contrario está fechada.
3. Redutor: Função diminui a velocidade e Aumenta a Força ou
Torque.
4. Distribuidor de Óleo: subindo ou descendo está lubrificando o
mancal, dependerá do tempo estipulado.
5. Bomba rodando ao contrário: possivelmente válvula de retenção
com defeito.
6. Mancal quente da moenda: Verificar água do mancal, pode passar
ao contrário, depois verificar distribuidor de óleo, nível de torre e
pressão do hidráulico, podendo adicionar mais óleo através de uma
bomba pneumática.
7. Óleo de maioria das bombas: 68 e também lubrificação Mancais de
alta rotação com Desfibrador e Picador, e sistema hidráulico.
8. 16000 Mancais de Moenda
9. 25000 Rodetes