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GRAMÁTICA

Crase e Acentuação

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

Sumário
Crase e Acentuação.........................................................................................................................................................3
1. Crase....................................................................................................................................................................................3
1.1. Preposição (Por Regência) + Artigo...............................................................................................................5
1.2. Preposição (Por Regência) + Pronome. ..................................................................................................... 10
1.3. Locuções Femininas..............................................................................................................................................12
1.4. Mais alguns Casos Especiais..........................................................................................................................15
1.5. Algo Muito Especial: o Paralelismo Sintático. ......................................................................................15
2. Acentuação.. ..................................................................................................................................................................17
2.1. Regras Gerais.. ..........................................................................................................................................................17
2.2. Os Acentos Diferenciais. . ..................................................................................................................................20
Questões de Concurso................................................................................................................................................23
Gabarito............................................................................................................................................................................... 72
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 73

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CRASE E ACENTUAÇÃO
Esses dois assuntos estão reunidos em um único PDF por um motivo simples: agudo, cir-
cunflexo e grave são os únicos acentos da língua portuguesa.
Hoje em dia, a FGV possui, como você já sabe, tem uma pegada muito mais textual do que
gramática; todavia, os assuntos gramaticais não deixam de aparecer em todos os editais. Isso
ocorre porque a banca insere tópicos gramaticais em questões que aparentemente parecem
ser só de texto. É preciso tomar bastante cuidado!

1. Crase
Falaremos agora sobre um dos assuntos mais aguardados – e temidos – de todo o curso:
o emprego do acento grave, também conhecido como o sinal indicativo de crase. Se fizermos
uma pesquisa entre os brasileiros sobre qual tópico da língua portuguesa oferece maior difi-
culdade, a crase ganhará com sobras! No entanto, preciso preparar o terreno um pouco antes
de aprofundarmos nossos estudos.
Primeiramente, quero te fazer entender o que significa crase. Para isso, precisaremos vol-
tar ao estudo de literatura. Você se lembra de quando aprendeu a fazer a contagem de sílabas
poéticas? Veja o verso abaixo:
“Tente entender a minha ironia”.
O trecho acima foi retirado da música Tent’entender, composta por Duca Leindecker e Hum-
berto Gessinger. Ele servirá para que eu explique a origem da crase.
Fazer a contagem de sílabas poéticas (também conhecida como escansão poética) é di-
ferente de separar as sílabas de uma palavra. Em poesia, o critério de divisão é fonético. Por
isso, quando uma palavra termina em vogal, e a próxima começa com vogal, conta-se uma
única sílaba poética. Além disso, a contagem termina na sílaba tônica da última palavra. Veja
como seria:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 ---

Ten te en ten der a mi nha i ro ni a


O verso em questão apresenta nove sílabas poéticas (chamado também de verso eneas-
sílabo). Quero que você olhe com carinho para as sílabas 2 e 7. Veja que, nelas, a vogal que
termina uma palavra e a que inicia a próxima se encontram. Isso ocorre porque, foneticamente,
os sons vocálicos se unem! Faça um teste: leia o verso em velocidade normal, como se você
estivesse fazendo uma declamação! Perceberá que os sons vocálicos destacados se fundem.
Quando as vogais que se encontram são diferentes (como na sílaba 7), chamamos de elisão.
Quando as vogais que se encontram são iguais (como na sílaba 2), chamamos de crase.

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O fenômeno da crase é, portanto, originário dos estudos poéticos. Sempre que quaisquer
duas vogais iguais se encontram, chamamos, em literatura, de crase. “Importamos” essa no-
ção para os estudos gramaticais, uma vez que algumas fusões também ocorrem fora da po-
esia. Aliás, em gramática, só consideramos a fusão do som do a. Para sinalizar essa mistura,
usamos (`), conhecido como acento grave.
Para a gramática, essa fusão é ainda mais delimitada. Só ocorre entre preposição e artigos
OU preposição e pronome, da seguinte forma:

Mas, agora, precisamos discutir um outro ponto: você sabe diferenciar as ocorrências do a?
Isso é mais que fundamental! Eu até digo mais: muitas pessoas não sabem o assunto crase por
não saberem morfologia! Isso mesmo! O PDF sobre morfologia é pré-requisito para este PDF!

EXEMPLO
Veja os seguintes exemplos.
(1) A Criança esperta sempre fala a verdade.
(2) Eu comprei uma casa parecida com a que você possui.
(3) Ela doou brinquedos a meninos carentes.

Venha comigo: em 1, os vocábulos destacados são artigos (femininos e singulares), uma


vez que acompanham os substantivos “criança” e “verdade”, respectivamente. Em 2, a palavra
destacada não pode ser artigo (por não acompanhar um substantivo), mas foi usada para
retomar e substituir o substantivo “casa” e, por isso, é classificada como pronome demons-
trativo, que poderia, inclusive, ser substituído por aquela. Em 3, o vocábulo destacado não é
artigo (pois não acompanha um substantivo feminino e singular) e nem pronome (pois não se
refere a nenhum substantivo). Neste caso, o “a” é uma exigência do verbo “doar” para introduzir
o complemento indireto (doou algo a alguém); estamos, portanto, diante de uma preposição.
Sem esse conhecimento – que é simples – você jamais será capaz de entender crase! Te-
mos um defeito: quando estamos diante de uma questão sobre crase, o nosso hábito nos faz
olhar para o acento grave, o que é um erro! O acento é uma mera consequência! O que preci-
samos saber é investigar as causas que proporcionam (ou não) a ocorrência do acento! Você
está preparado(a) para isso?
Para facilitar nosso aprendizado, dividi o estudo da crase em três casos:
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1) preposição (por regência ) + artigo; 1

2) preposição (por regência) + pronome;


3) locuções femininas.
Chegou a hora! Sei que, ao fim deste PDF, você estará pronto(a) para acertar muitas ques-
tões sobre esse assunto!

1.1. Preposição (Por Regência) + Artigo


Eu já te adianto: este é o caso mais cobrado em provas! Então, foco total!
Para saber analisar esse caso, você precisa seguir os seguintes passos:
1º) saber se algum vocábulo na oração exige a presença de uma preposição a. Esse vocá-
bulo é conhecido como termo regente ou subordinante;
2º) saber se o vocábulo ou expressão que receberá a preposição obriga, rejeita ou faculta
a presença de um artigo a ou as. Quem recebe a preposição é conhecido como termo regido
ou subordinado.
Veja comigo o esquema abaixo:

1
A preposição por regência ocorre quando um vocábulo (que pode ser um verbo, um substantivo, um adjetivo ou um advér-
bio) exige a presença de uma preposição para introduzir o seu complemento. É importante que você tenha duas informa-
ções claras:
nem toda preposição é exigida (nas locuções, por exemplo);
não só o verbo exige preposição.

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O que precisamos analisar:


1º) a forma verbal “se referiu” exige a presença da preposição a para introduzir o seu
complemento;
2º) os termos pospostos ao verbo devem ser avaliados acerca do artigo. Em outras pala-
vras, precisamos saber se eles obrigam, rejeitam ou facultam a presença do artigo.

Como saber se um termo obriga, rejeita ou faculta a presença de artigo?


Existem algumas formas para saber se um termo obriga, rejeita ou faculta o artigo. Eu, Elias,
prefiro uma: o teste do sujeito.
Como funciona: para saber se um termo obriga, rejeita ou faculta um artigo, você deve colocá-
-lo na posição de sujeito de uma outra oração. Um sujeito não pode ser preposicionado, mas
pode ser iniciado com um artigo. Basta testar.
• A atitude é fundamental. (oração aceitável)
• A atitude é fundamental. (oração aceitável)
No primeiro teste, percebemos que, gramaticalmente, o artigo é facultativo. A depender do
texto, o sentido entre essas orações pode ser diferente (sem o artigo, “atitude” apresenta sen-
tido genérico; com o artigo, sentido específico). Todavia, o importante é perceber que as duas
construções são aceitáveis.
• Atitude do político foi incorreta. (oração não aceitável)
• A atitude do político foi incorreta. (oração aceitável)
No segundo teste, percebemos que o artigo é obrigatório. Como o texto não fala de uma atitu-
de qualquer, mas da atitude do político, a presença do artigo passa a ser necessária.
• Essa atitude é maravilhosa! (oração aceitável)
• A essa atitude é maravilhosa! (oração não aceitável)
No terceiro teste, notamos que o artigo é proibido. A presença do pronome demonstrativo
“essa” repele a existência do artigo.
Entendeu como funciona? Agora, basta testar todas as possibilidades! Com o passar do tempo
(e de muito treino), você começará a memorizar as formas mais recorrentes, e esse teste ficará
praticamente automático! Mas é preciso praticar bastante!

Você realizou os testes? Com base neles, a conclusão é a seguinte:

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O resultado disso para o emprego do sinal indicativo de crase é:

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Algumas considerações importantes: em 5, 6, 8 e 12, o artigo é proibido; portanto, empre-


ga-se só a preposição. Em 4, o artigo feminino é proibido (por isso, a primeira opção é apenas
a preposição); no entanto, pode-se empregar um artigo masculino e plural, pois o substantivo
“comportamentos” apresenta essas flexões;
• tenha muito cuidado com os casos em que o artigo é facultativo. Em 1, 9 e 10, o artigo
possui exatamente a mesma grafia da preposição; logo, além de dizer que o artigo é fa-
cultativo, podemos afirmar que o acento grave também é facultativo! Entretanto, em 3 e
11, o artigo não é escrito da mesma forma que a preposição! Por conseguinte, podemos
afirmar que o artigo é facultativo nestes dois casos, mas o emprego do acento grave ou
é proibido (quando se emprega só a preposição) ou é obrigatório (quando se emprega a
preposição “a” e o artigo “as”);
• cuidado com as generalizações! Você vai ouvir dizer que os pronomes demonstrativos
e os indefinidos rejeitam o artigo, mas, em 7, há um pronome demonstrativo (“mesma”),
que obriga a presença do artigo, e, em 9, há um pronome indefinido (“outra”) que faculta
a presença do artigo! Por isso, antes de produzir generalizações, faça testes e use o
raciocínio!

001. (CESPE/MPU/2013) Inalterado desde a redemocratização, o sistema político brasileiro


está finalmente diante de uma oportunidade concreta de mudanças, principalmente em rela-
ção a aspectos que dão margem a uma série de deformações e estimulam a corrupção já a
partir do período de campanha eleitoral. Se as restrições históricas às transformações não pre-
valecerem, a Câmara dos Deputados deverá dar início ao debate sobre uma série de inovações
com chance de valerem já para as próximas eleições.
Mantém-se a correção gramatical do texto ao se substituir o trecho “a uma série” (R.4) por à
uma série, dado o caráter facultativo do emprego do sinal indicativo de crase nesse caso.

A expressão “uma série de deformações” rejeita a presença de um artigo definido feminino e


singular, uma vez que “uma” já é um artigo, só que indefinido.
Errado.

002. (CESPE/MPU/2013) Inalterado desde a redemocratização, o sistema político brasileiro


está finalmente diante de uma oportunidade concreta de mudanças, principalmente em rela-
ção a aspectos que dão margem a uma série de deformações e estimulam a corrupção já a
partir do período de campanha eleitoral. Se as restrições históricas às transformações não pre-
valecerem, a Câmara dos Deputados deverá dar início ao debate sobre uma série de inovações
com chance de valerem já para as próximas eleições.

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Na linha 6, o emprego do sinal indicativo de crase em “às transformações” justifica-se porque


o termo “restrições” exige complemento regido pela preposição a e a palavra “transformações”
está precedida de artigo definido feminino no plural.

No trecho, o substantivo “restrições” exige a presença da preposição “a” para introduzir o seu
complemento, e o substantivo “transformações”, por ser feminino e plural, admite a ocorrência
do artigo “as”.
Certo.

003. (IADES/EBSERH/2013) Em “serviços prestados às gestantes assistidas pelo SUS”, o em-


prego da crase é facultativo; já, em “qualidade da assistência à saúde”, é obrigatório.

O vocábulo “prestados” exige a presença da preposição “a” para introduzir o seu complemen-
to. Por isso, retirar o acento grave significa abrir mão da preposição e manter apenas o artigo
“as”, o que é um equívoco gramatical. Portanto, entendemos que a crase, no primeiro caso, é
obrigatória. No segundo caso, o substantivo “saúde” faculta a ocorrência do artigo “a”. Como o
artigo e a preposição apresentam a mesma grafia, é possível afirmar que o emprego do acento
grave é facultativo.
Errado.

004. (IADES/CFA/2010) Antes de pronome possessivo feminino a crase é facultativa, entre-


tanto em “Devido as suas limitações físicas” o acento grave não foi empregado, pois há apenas
a preposição.

Primeiramente, a construção “devido as suas limitações físicas” está gramaticalmente incorre-


ta. “Devido” exige a presença da preposição “a”, e “suas limitações físicas” faculta a ocorrência
do artigo definido, feminino e plural. As possíveis construções seriam devido a suas limitações
físicas (só com a preposição) ou devido às suas limitações físicas (com a preposição e o arti-
go). Empregar apenas “as” significa abrir mão da preposição e manter apenas o artigo, o que é
incorreto. De maneira semelhante, é incorreto redigir devido à suas limitações físicas, uma vez
que o emprego do acento grave indica a ocorrência de artigo a, feminino e singular, que não
concorda com o substantivo “limitações”.
Errado.

(CESPE/TC-DF/2011) O fim da Idade Média, no século XV, e o ressurgimento das cidades, no


período renascentista, representaram profundas mudanças para a sociedade da época, mas,
do ponto de vista político, assistiu-se a uma concentração ainda maior do poder nas mãos dos

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soberanos, reis absolutos, que, sob o peso de sua autoridade, unificaram os diversos feudos
e formaram vários dos Estados modernos que hoje conhecemos. Exceção a essa regra foi a
Inglaterra, onde, já em 1215, o poder do rei passou a ser um tanto limitado pelos nobres, que o
obrigaram a pedir autorização a um conselho constituído por vinte e cinco barões para aumen-
tar os impostos.

005. No trecho “Exceção a essa regra”, é opcional o emprego do sinal indicativo de crase no “a”.

O vocábulo “exceção” exige a presença da preposição “a”, mas a expressão “essa regra” rejeita
a ocorrência de artigo.
Errado.

006. (CESPE/MME/2012) As hidrelétricas garantem ao Brasil o título de maior gerador de


energia limpa do mundo, mas esse modelo, que começou a ser desenhado há mais de quaren-
ta anos, tem-se mostrado cada vez mais vulnerável às mudanças climáticas.
No trecho “tem-se mostrado cada vez mais vulnerável às mudanças”, a substituição de “às” por
a provocaria erro gramatical.

No texto original, perceba que foi empregada a preposição “a” (exigência de “vulnerável”) e o
artigo “as” (porque “mudanças” é um substantivo feminino e plural). O que a questão quer sa-
ber é se o artigo é facultativo. Veja comigo o teste do sujeito.
• Mudanças climáticas ocorreram. (oração aceitável)
• As mudanças climáticas ocorreram. (oração aceitável)
Notamos, portanto, que o emprego do artigo antes de “mudanças climáticas” é gramatical-
mente facultativo. Portanto, é correto usar tem-se mostrado cada vez mais vulnerável às mu-
danças climáticas (preposição + artigo) ou tem-se mostrado cada vez mais vulnerável a mu-
danças climáticas (só preposição).
Errado.

1.2. Preposição (Por Regência) + Pronome


Vamos voltar a um exemplo já apresentado neste PDF:

EXEMPLO
(2) Eu comprei uma casa parecida com a que você possui.

A estrutura morfológica dessa oração apresenta a seguinte característica:

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Como você pode constatar, há uma preposição “com”, exigida pelo adjetivo “parecida” e um
pronome demonstrativo substantivo “a”, usado para retomar “casa”.
Agora, o que aconteceria se trocássemos o adjetivo “parecida” por diferente?

Perceba que houve a alteração da preposição, em função da regência do adjetivo. Como a


preposição de consegue se fundir com o pronome a, formou-se “da”.
Último teste: vamos trocar “diferente” por igual!

A regência do adjetivo “igual” exige a presença da preposição a; esta, unida ao pronome,


forma “à”. Você acaba de entender o caso 2!
Por ser um pronome demonstrativo, podemos trocar o pronome por aquela. O resultado será:
• Eu comprei uma casa igual àquela que você possui.

E se trocarmos “casa” por carro?


• Eu comprei um carro igual àquele que você possui.

Esta última construção sempre gera uma dúvida: “Elias, mas pode haver crase com palavra
masculina?”

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Cuidado para não confundir os casos! No caso 1, o fenômeno da crase ocorre em função
da preposição com o artigo feminino e, por isso, não há a possibilidade de se empregar o acen-
to grave antes de palavra masculina. No caso 2, a fusão ocorre entre a preposição a e aquele
(esta palavra se inicia com o mesmo som da preposição). Agora você entende por que é im-
portante entender o que é o fenômeno da crase? Você domina a lógica do processo, e não uma
mera memorização de formas.
Há ainda também o caso de fusão da preposição a com os pronomes relativos a qual e as
quais. Mas falaremos melhor sobre isso no próximo PDF, que é quando vou te explicar detalha-
damente o que é um pronome relativo!

007. (CESPE/MI/2013) É interessante notar que, em 1750, com a assinatura do Tratado de


Madri, o Brasil já tinha uma configuração territorial bastante semelhante à de hoje.
Imediatamente antes do trecho “de hoje”, está implícita a ideia de “configuração territorial”,
pelo que se justifica o emprego do sinal indicativo de crase.

Pela construção textual, percebemos que a crase ocorre em função da fusão entre preposição
(exigida por “semelhante”) e pronome demonstrativo (que retoma “configuração territorial”).
Certo.

008. (CESPE/MME/2013) Suas turbinas produzem entre 90 e 94-95 milhões de MWh, anual-
mente, uma oferta de energia superior à que vem conseguindo a hidrelétrica chinesa de Três
Gargantas.
Em “superior à que vem conseguindo”, o elemento “à” está acentuado em razão de sua subor-
dinação sintática à forma verbal “vem conseguindo”.

Quando a questão cita que o sinal indicativo de crase foi empregado em razão da “subordi-
nação sintática à forma verbal ‘vem conseguindo’”, ela quer dizer que “vem conseguindo” é
responsável por exigir a preposição! Todavia, a crase foi empregada porque “superior” exige a
preposição a e o pronome demonstrativo a retoma o termo “oferta”.
Errado.

1.3. Locuções Femininas


Compare comigo as seguintes construções:

EXEMPLO
(4) Ele vendeu o prazo.
(5) Ele vendeu a prazo.

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Você reconhece a diferença de sentido entre elas, certo? Em 4, entende-se que o prazo foi
vendido (o objeto da venda); em 5, “a prazo” é o modo como a venda foi feita. Em 4, o verbo
“vendeu” é transitivo direto; em 5, é intransitivo. Se levarmos em consideração a análise mor-
fossintática, sabemos que “o prazo” é objeto direto, formado por artigo + substantivo, ao passo
que “a prazo” é um adjunto adverbial de modo (sintaxe), uma locução adverbial (morfologia)
formada por preposição + substantivo.
Agora, veja a próxima oração:

EXEMPLO
(6) Ele vendeu a vista.

Eu lhe pergunto: a vista foi vendida ou diz respeito à modalidade de venda? Melhor dizendo:
o vocábulo “a” é uma preposição ou artigo? Temos uma certeza: a oração 6 está ambígua! Mas
há uma forma de resolver o problema:
• Ele vendeu a vista (“a vista” foi vendida = OD).
• Ele vendeu à vista (“à vista” é o modo de venda = locução adverbial de modo).

A inserção do acento grave é necessária para desfazer o duplo sentido – que pode ocorrer
quando o núcleo da locução for feminino. Mas concorda comigo que seria muito mais compli-
cado ter de ler a oração, analisar se há ambiguidade para decidir sobre o emprego do acento
grave? Por isso, a gramática definiu que, em casos de locuções (adjetivas, adverbiais, preposi-
tivas ou conjuntivas) com núcleo feminino, o emprego da crase é obrigatório!
Vamos ver casos em que isso ocorre:

EXEMPLO
(7) À noite, Maria ainda trabalhava.
(8) O marido preparou um jantar à luz de velas.
(9) Bolt estava à frente dos demais corredores.
(10) À medida que estudamos, aprendemos mais.

Em todos os exemplos, há locuções com núcleos femininos. Em 7, a locução adverbial “à


noite” indica quando Maria trabalhava; em 8, a locução adjetiva “à luz de velas” caracteriza o
substantivo “jantar”; em 9, a locução prepositiva “à frente dos” serve para introduzir a locução
adverbial “à frente dos demais corredores”; em 10, a locução conjuntiva “à medida que” foi
usada para indicar proporção (quanto mais se estuda, mais se aprende).
Algo merece ser destacado em todas essas construções: em nenhuma delas, há um termo
que peça a presença da preposição a. Ela simplesmente aparece para formar a locução, sem
que um termo regente a exija!

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009. (2014/IADES/SEAP-DF) Nas passagens “Eu era ligado à MPB de Caetano”, “Depois que
Renato Russo veio à redação do Correio” e “À época, a Plebe era a mais falada”, o emprego
da crase é
a) obrigatório nas três situações.
b) facultativo nas três situações.
c) obrigatório nas duas primeiras situações e facultativo na terceira.
d) obrigatório apenas na segunda situação e facultativo nas demais.
e) proibido apenas na primeira situação.

As duas primeiras orações estão ligadas ao caso 1 de crase: “ligado” exige a preposição a e
“MPB de Caetano” obriga a presença do artigo a; “veio” exige a preposição a e “redação do cor-
reio” obriga a presença do artigo a. Na última, temos um caso de locução com núcleo feminino
(por isso, o emprego da crase é obrigatório)! “À época” indica quando a Plebe era a mais falada!
Letra a.

O emprego do sinal indicativo de crase também é obrigatório em locuções que tenham “à


moda de” ou “à maneira de” implícitas! Veja comigo um exemplo:

EXEMPLO
(11) Comi um camarão à Rio de Janeiro.

A expressão “à Rio de Janeiro” é uma locução adjetiva que caracteriza o substantivo “ca-
marão”. Sei que “Rio de Janeiro” é masculino, mas temos implícita a expressão à moda do. Por
isso, a crase passa a ser obrigatória!
Veja mais um:

EXEMPLO
(12) Ele só se veste à Clodovil!

“À Clodovil” é uma locução adverbial que indica modo. “Clodovil” é um substantivo mascu-
lino, mas temos implícita a expressão a maneira de. A crase é, novamente, obrigatória!
Uma dica importante: só se tem as expressões a moda de ou a maneira de implícitas
quando, na locução, há nomes de pessoas ou lugares, pois a ideia é transmitir que algo é feito
conforme o estilo de alguém ou de alguma região. Por isso, em “comi um frango

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a passarinho”, não há crase, pois passarinho não é pessoa ou lugar. “a passarinho” é uma
locução adjetiva com núcleo masculino e dispensa o uso do artigo.

1.4. Mais alguns Casos Especiais


Quando se usa a locução “a distância”, sem qualquer especificação, a crase é rejeitada.
Situação semelhante ocorre antes da palavra “casa” e “terra” (com o sentido de terra firme).

EXEMPLO
Ele só estuda a distância.
Agora, nós vamos a casa.
Os botes chegaram a terra.

Também não se usa crase antes de pronomes de tratamento.

EXEMPLO
Ele disse a Vossa Excelência que não chegará atrasado.

O emprego do acento grave é facultativo na locução “até a”.

EXEMPLO
Ele vai até a(à) sala buscar o irmão.

1.5. Algo Muito Especial: o Paralelismo Sintático


Eu digo que esta seção é muito especial por alguns motivos:
I – vai além da crase;
II – cai em provas;
III – pode passar despercebido ao olhar de quem lê;
IV – há poucos materiais sobre o assunto.

010. (2014/IADES/SESDF) Assinale a alternativa que, em conformidade com a norma-padrão,


preenche adequadamente as lacunas do período “Nas próximas semanas, o plantão da enfer-
meira será, de quarta-feira__ domingo, das 8h___ 14h”.
a) a e às.
b) à e às.
c) a e as.
d) à e as.
e) a e a.

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Essa questão envolve paralelismo sintático. Veja que a expressão “de quarta-feira a domingo”
é única, não divisível (não há sentido usar só “de quarta-feira”, por exemplo). O paralelismo sig-
nifica dar tratamento igualitário a formas coordenadas ou correlatas. Na prática é muito mais
fácil! Se “quarta-feira” recebeu apenas preposição, “domingo” só pode receber apenas preposi-
ção; se “8h” recebeu preposição + artigo, “14h” deve receber preposição mais artigo!
Letra a.

EXEMPLO
Compare as frases abaixo.
A loja está aberta de 8h a 18h. (certo)
A loja está aberta das 8h às 18h. (certo)
A loja está aberta de 8h às 18h. (errado)
A loja está aberta das 8h a 18h. (errado)
Ele verificou o documento de ponta a ponta. (certo)
Ele verificou o documento de ponta à ponta. (errado)
Ela se perfumou dos pés à cabeça. (certo)
Ela se perfumou dos pés a cabeça. (errado)
EXEMPLO
Há ainda os casos de enumeração. Se o primeiro termo vier só com preposição, os demais
podem apresentar apenas preposição:
Ele tem acesso a cultura, educação e dignidade.
Ele tem acesso a cultura, a educação e a dignidade.
EXEMPLO
Se o primeiro vier com preposição + artigo, os depois podem apresentar preposição + artigo.
Ele tem acesso à cultura, educação e dignidade.
Ele tem acesso à cultura, à educação e à dignidade.
EXEMPLO
Exemplos do que não pode ser feito:
Ele tem acesso a cultura, à educação e à dignidade.
Ele tem acesso à cultura, a educação e a dignidade.

 Obs.: Isso vale para qualquer preposição.

Outro caso famoso em provas envolve a enumeração de substantivos e verbos. Se o pri-


meiro termo da enumeração tiver como núcleo um substantivo, os demais deverão ter como
núcleo um substantivo. Se o primeiro termo da enumeração tiver como núcleo um verbo, os
demais deverão ter como núcleo um verbo.

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Crase e Acentuação
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EXEMPLO
A doação de roupas e a entrega de alimentos são atitudes que enobrecem o homem. (certo)
Doar roupas e entregar alimentos são atitudes que enobrecem o homem. (certo)
Doar roupas e a entrega de alimentos são atitudes que enobrecem o homem. (errado)
A doação de roupas e entregar alimentos são atitudes que enobrecem o homem. (errado)

2. Acentuação
Ao contrário do que muitos pensam, a acentuação gráfica não existe para complicar a
nossa vida, mas para facilitá-la. Nossa língua tem propriedades tonais! Como diferenciar, por
exemplo, secretária de secretaria? Sabia de sabiá? E, por mais incrível que pareça, os princí-
pios de acentuação foram formulados com base em critérios lógicos e estatísticos.
A minha missão contigo é falar das regras, a fim de que você tenha bom desempenho nas
questões de provas. Então, vamos lá!

2.1. Regras Gerais


1. Toda proparoxítona é acentuada.

EXEMPLO
Lâmpada.

2. Acentuam-se as oxítonas terminadas em A, E, O e EM (seguidas ou não de S).

EXEMPLO
Pará, patês, gigolô e armazéns.

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3. Acentuam-se as paroxítonas não terminadas em A, E, O e EM (seguidas ou não de S).

EXEMPLO
Caráter, táxis, hífen, amável, ânus, tórax, tríceps, álbum.

O que é oxítona, paroxítona e proparoxítona?


São classificações das palavras quanto à tonicidade. Palavras oxítonas são aquelas que têm a
última sílaba como tônica; paroxítonas, penúltima; proparoxítonas, antepenúltima.

Obs.: Algumas observações MUITO IMPORTANTES:


 1) “hífen” só possui acento no singular. No plural – por terminar em -ens, como “arma-
zéns” – o acento é retirado. O mesmo acontece, por exemplo, com hímen e pólen;
 2) uma das polêmicas do momento envolve as paroxítonas terminadas em ditongo.
Algumas bancas as consideram parte da regra 3 (portanto, “responsável” e “necessá-
rio” pertenceriam à mesma regra); outras não comungam desse posicionamento. Isso
é horrível, uma vez que não há qualquer documento oficial que garanta essa questão.
No meu entendimento (baseado em diversas análises gramaticais), a primeira visão é
a correta. Mas a minha sugestão é que você sempre observe pelas questões o que a
banca entende;
 3) “necessário” é uma paroxítona terminada em ditongo ou uma proparoxítona? Essa
é mais uma grande polêmica em torno do assunto. O entendimento dominante em
provas de concursos públicos reza que, quando há essa dúvida (que ocorre com várias
palavras), o correto é classificar a palavra como paroxítona terminada em ditongo
(visão com a qual eu concordo). Ainda voltaremos a falar desse assunto mais tarde,
em uma outra comparação.

4. Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em A, E e O.

EXEMPLO
Lá, ré, dó.
Cuidado para não confundir com a regra 2!

5. Acentuam-se os ditongos aberto EU, EI e OI, quando aparecem em posição oxítona.

EXEMPLO
Chapéu, pastéis e corrói.

6. Acentuam-se as vogais I e U, quando ocupam a posição de segunda vogal em um hiato.

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EXEMPLO
Prejuízos, saúde.

Obs.: Observações MUITO IMPORTANTES:


 1) “céu” e “réu” encaixam-se na regra 5, mesmo sendo monossílabos (não vou entrar
aqui em outra polêmica gramatical, que discute se palavra monossílaba é também oxí-
tona);
 2) palavras como deficiência, judiciário e sabíamos possuem hiato, mas não são acen-
tuadas pela regra 6! As duas primeiras apresentam acento nas vogais E e A (e não I e U,
conforme está na regra). Na terceira, a vogal I é a primeira – e não a segunda – vogal
do hiato (conforme está na regra). Parece exagero, mas essa é a principal dúvida que
recebo há anos;
 3) nas regras 5 e 6, houve intervenção do Novo Acordo Ortográfico. Na 5, palavras
como ideia, geleia, assembleia, boia e joia perderam o acento, uma vez que os diton-
gos abertos estão em posição paroxítona (e não oxítona, conforme a nova regra). Na
6, só houve alteração quando o hiato é antecedido por ditongo. Se o hiato estiver em
posição paroxítona, há a perda do acento (como em baiuca e feiura). Se estiver em
posição oxítona, o acento é mantido (como em Piauí);
 4) quando o hiato é seguido de R, Z, M ou NH, não haverá acento. É o que acontece com
ruir, juiz, ruim e rainha. Detalhe: juízes é acentuado.

011. (CESPE/2013/ANTT) O emprego do acento gráfico em “política”, “veículo” e “público”


deve-se à mesma regra de acentuação gráfica.

A banca entendeu que “veículo” está apenas na regra do hiato, e não das proparoxítonas.
A banca errou feio! No mínimo, ela deveria admitir que as duas regras (proparoxítonas e hia-
to) incidem sobre essa palavra. Agora, se a discussão for em torno de qual regra prevalece, a
banca perde novamente! Se analisarmos uma palavra como maiúsculo, notamos que o acen-
to, mesmo após o Novo Acordo, foi mantido (e se trata de um hiato antecedido por ditongo,
como está nas observações feitas acima). E sabe por que o acento foi mantido? Porque a
palavra é proparoxítona! Entende-se, portanto, que a regra das proparoxítonas se sobrepõe à
regra do hiato.
Errado.

012. (CESPE/2013/STF) O emprego do acento gráfico em “remédios” pode ser justificado


com base em duas regras distintas de acentuação.

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A banca considerou que “remédios” é simultaneamente uma paroxítona terminada em ditongo


e proparoxítona.
Certo.

013. (CESPE/2017/TRF1) O emprego de acento na palavra “memória” pode ser justificado por
duas regras de acentuação distintas.

A banca considerou que “memória” é simultaneamente uma paroxítona terminada em ditongo


e proparoxítona.
Eu não vou nem me alongar na discussão acerca de proparoxítonas eventuais ou aparentes
(que não é resolvida por falta de um posicionamento técnico de estudiosos notáveis). O pro-
blema maior é: como a banca não admite que podem incidir duas regras sobre uma mesma
palavra na questão 11 e admite que isso ocorra na questão 12 e na 13? E isso sem qualquer
amparo na literatura de amplo acesso! A banca, nas três situações acima, agiu de maneira
arbitrária. Aliás, é muito mais simples justificar que há duas regras em “veículo” do que em
“remédios” e “memória”.
Toda essa discussão não serve apenas para quem vai fazer provas do CESPE, mas para todos
os brasileiros! Busque entender o que sua banca pensa sobre cada assunto (apesar de que
o CESPE é capaz de ter dois pensamentos diferentes sobre um mesmo tema, conforme de-
monstrado). Para os demais brasileiros: que lutemos sempre em favor de uma educação mais
científica e uniforme, a fim de que polêmicas subjetivas não possam se sobrepor à beleza do
entendimento lógico e didaticamente orientado.
Certo.

2.2. Os Acentos Diferenciais


Ainda existem, em nossa língua, casos em que um acento pode diferenciar palavras de
escrita idêntica (são os famosos acentos diferenciais). Com o Novo Acordo, alguns foram re-
tirados; outros, mantidos. No grupo dos acentos retirados, podemos citar os seguintes pares
de palavras: “para” (preposição, sempre foi sem acento) e “para” (verbo, que era com acento);
“pelo” (contração de preposição e artigo, sempre foi sem acento) e “pelo” (substantivo, que era
com acento); “pela” (contração de preposição e artigo, sempre foi sem acento) e “pela” (verbo,
que era com acento); “polo” (contração arcaica, sempre foi sem acento) e “polo” (substantivo,
que era com acento); e “pera” (contração arcaica, sempre foi sem acento” e “pera” (fruta, que
era com acento).

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Já sobre os acentos diferenciais mantidos, temos: “tem” (verbo na 3ª pessoa do singular) e


“têm” (verbo na terceira pessoa do plural); “vem” (verbo na terceira pessoa do singular) e “vêm”
(verbo na terceira pessoa do plural); “pode” (verbo no presente do indicativo) e “pôde” (verbo
no pretérito perfeito do indicativo); e “por” (preposição) e “pôr” (verbo).

 Obs.: Verbos derivados de “ter” e “vir” também mantiveram acentos diferenciais, como ocorre
em “mantém/mantêm” e “intervém/intervêm”.

Por fim, houve a retirada dos acentos das palavras paroxítonas marcadas pela repetição de
vogais. É o caso de “voo”, “enjoo”, “veem” e “creem”, por exemplo.

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O QUE CAI, ELIAS?

Sobre crase, a FGV, quando aborda, adora explorar o caso mais comum (preposição + arti-
go). Analise com cuidado principalmente o artigo! Sobre acentuação, tenha cuidado com o que
foi alterado depois do Novo Acordo!

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/PC-RJ/PERITO LEGISTA/2021) Um determinado gramático pretende corrigir al-
guns desvios no uso da norma e cita uma série de exemplos de erros comuns; o exemplo em
que a correção proposta mostra adequação é:
a) Sito à rua e não sito na rua;
b) Entrega a domicílio e não entrega em domicílio;
c) Erros que passam despercebidos e não desapercebidos;
d) Discreção é o ato de ser discreto – discrição não existe;
e) Meio-dia e meio e não meio-dia e meia.

002. (FGV/FUNSAÚDE-CE/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2021) “A cura está ligada ao tempo


e às vezes também às circunstâncias.”
Nessa frase há dois casos de emprego correto do acento grave indicativo da crase. Assinale a
opção que indica a frase em que esse acento está empregado incorretamente.
a) Às vezes faz bem ficar doente.
b) Cheguei à conclusão de que a única doença que eu não tinha era inchaço do joelho.
c) Nada se compreendeu em relação à doença enquanto não se reconheceu sua semelhança
com a guerra e o amor.
d) Não contesto que a medicina seja útil à alguns homens, mas digo que ela é funesta ao gê-
nero humano.
e) A melhor resposta às calúnias é o silêncio.

003. (FGV/IMBEL/CARGOS DE NÍVEL MÉDIO/REAPLICAÇÃO/2021) No texto a seguir há


dois casos de acento grave indicativo da crase:
“Pedimos desculpas às esposas americanas. ABC apresenta o futebol das segundas-fei-
ras à noite.”
Assinale a opção que indica a frase em que o acento está empregado corretamente.
a) Nas Bermudas, você está à 700 milhas de tudo que o chateia. E a apenas 90 minutos de
Nova York. (American Airlines)
b) Carta aberta à doce senhora que se perdeu tentando chegar à avenida Dakabay de metrô, na
última semana. (Departamento de Trânsito de Nova York)
c) Circe faz você tão tentadora quanto à mais bonita sobremesa. (Circe linge
d) O navio que trouxe para à América seu gosto por scotch. (Cutty Sark whisky)
e) Você não precisa ir à Paris para comprar Chanel n. 5. Mas seria melhor se fosse. (Air France)

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004. (FGV/TCE-AM/AUDITOR TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/ÁREA DE AUDITORIA


GOVERNAMENTAL/2021) A questão desta prova se relaciona a fatos da cultura popular bra-
sileira; o texto foi particularmente aproveitado para questão de compreensão e interpretação
de texto e para a verificação da competência de escrita culta em nossa língua.
Texto 4 – A Quadrilha
“A quadrilha, também conhecida como quadrilha junina, quadrilha caipira ou quadrilha matuta é
um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que acontecem, geral-
mente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil, principalmente no Nordeste.
Por isso, as apresentações de quadrilha fazem referências a cultura nordestina, por exemplo, a
caracterização do homem do campo, do caipira ou do matuto.
No entanto, a quadrilha é de origem francesa. Dessa forma, a ‘quadrille’ surgiu em Paris, no sé-
culo XVIII. Ademais, era uma dança de salão composta por quatro casais, no entanto, era uma
dança da elite europeia. Antes de chegar à França, a dança pertencia aos ingleses, onde era
conhecida como ‘contredanse’, cuja origem vinha dos camponeses no século XIII. Depois, se
difundiu por toda Europa.
Em suma, foi trazida ao Brasil, para a cidade do Rio de Janeiro durante o período da Regência,
em 1830, logo, se popularizando em todo o país.” (Segredos do Mundo, 01/04/2021. Adaptado)
No primeiro parágrafo do texto 4 há uma série de incorreções gramaticais e textuais. Em cada
opção abaixo foi corrigida uma dessas imperfeições; aquela em que foi feita uma correção
indevida é:
a) “A quadrilha, também conhecida como quadrilha junina, quadrilha caipira ou quadrilha ma-
tuta, é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras” / faltava uma
vírgula após “matuta”;
b) “...é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras, que aconte-
cem, geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil...” / não deveria
haver ponto, mas sim uma vírgula após “brasileiras”;
c) “...é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que aconte-
ce, geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil...” / a forma verbal
“acontecem” deveria estar no singular, concordando com “dança folclórica”;
d) “...é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que aconte-
cem, geralmente, nos meses de junho e julho em todas as regiões do Brasil...” / os nomes dos
meses são grafados com letra inicial minúscula;
e) “Por isso, as apresentações de quadrilha fazem referências à cultura nordestina...” / faltava
o acento grave da crase.

005. (FGV/PC-RN/AGENTE E ESCRIVÃO/2021) “É minha opinião que não se deve dizer mal de
ninguém, e ainda menos da polícia. A polícia é uma instituição necessária à ordem e à vida da
cidade.” (Machado de Assis, A Semana – 1871)

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Nesse texto, Machado emprega corretamente o acento grave indicativo da crase; a frase abai-
xo em que esse mesmo acento está empregado de forma adequada é:
a) Os clientes pagaram a compra à crédito;
b) A ordem é necessária à todo grupo social;
c) Ninguém abandonou o local à correr;
d) O motorista deu à documentação ao policial;
e) Todos os policiais saíram à mesma hora.

006. (FGV/IBGE/COORDENADOR CENSITÁRIO SUBÁREA/REAPLICAÇÃO/2020) A frase


em que o emprego do acento grave (crase) é justificado por razão diferente dos demais é:
a) Fui à casa dele na semana passada;
b) Nunca mais fui à França;
c) Entregue a encomenda à professora;
d) Não sei à qual te referes;
e) Dei esse livro à Rosângela.

007. (FGV/IBGE/COORDENADOR CENSITÁRIO SUBÁREA/REAPLICAÇÃO/2020) Um gran-


de empresário moderno declarou: “O mundo está progredindo e os recursos tornam-se mais
abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de um rei à cem anos”.
A modificação necessária para que esse texto fique correto é:
a) “está progredindo” deve ser substituído por “progrediu”;
b) “tornam-se” deve ser substituído por “ficaram”;
c) “a ir” deve ser substituído por “do que ir”;
d) “de um rei” deve ser substituído por “real”;
e) “à cem anos” deve ser substituído por “há cem anos”.

008. (FGV/TJ-CE/TÉCNICO JUDICIÁRIO-ÁREA JUDICIÁRIA/2019) “Todos aqueles que devem


deliberar sobre questões dúbias devem também manter-se imunes ao ódio e à simpatia, à ira
e ao sentimentalismo”.
Nesse pensamento de um historiador latino, ocorreu duas vezes a utilização correta do
acento grave indicativo de que houve crase; a frase abaixo em que esse mesmo acento está
equivocado é:
a) Quem perdoa uma culpa encoraja à cometer muitas outras;
b) A aspiração à glória é a última da qual se conseguem libertar os homens mais sábios;
c) Quem aspira à sumidade, raras vezes consegue passar do meio;
d) Veja o que ocorreu com muitos intelectuais, condenados à fama imortal;
e) Todos somos levados à obediência eterna a Deus.

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009. (FGV/PREFEITURA DE NITERÓI-RJ/PEDAGOGO/2018) O cartaz publicitário de um even-


to de moda no Rio de Janeiro mostrava o seguinte: VESTE-RIO A MODA AQUI É FAZER NEGÓCIO
O evento citado na questão anterior teria seu horário de funcionamento indicado de forma cor-
reta na seguinte alternativa:
a) de 12h às 20 horas;
b) das 12h a 20 horas;
c) das 12hs às 20hs;
d) das 12h às 20 horas;
e) de 12hs a 20 horas.

010. (FGV/TJ-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO-ESCREVENTE-ÁREA JUDICIÁRIA/2015) Texto 3 –


“A Lua Cheia entra em sua fase Crescente no signo de Gêmeos e vai movimentar tudo o que diz
respeito à sua vida profissional e projetos de carreira. Os próximos dias serão ótimos para dar
andamento a projetos que começaram há alguns dias ou semanas. Os resultados chegarão
rapidamente”.
O texto 3 mostra exemplos de emprego correto do “a” com acento grave indicativo da crase
– “diz respeito à sua vida profissional”. A frase abaixo em que o emprego do acento grave da
crase é corretamente empregado é:
a) o texto do horóscopo veio escrito à lápis;
b) começaram à chorar assim que leram as previsões;
c) o horóscopo dizia à cada leitora o que devia fazer;
d) o leitor estava à procura de seu destino;
e) o astrólogo previa o futuro passo à passo.

011. (FGV/TJ-AL/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2018)


TEXTO - Ressentimento e Covardia
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente ainda
da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos deste im-
portante e eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em outros meios,
seriam crimes já especificados em lei, como a da imprensa, que pune injúrias, difamações e
calúnias, bem como a violação dos direitos autorais, os plágios e outros recursos de apropria-
ção indébita.
No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde colo-
carão à disposição dos usuários e das autoridades. Como digo repetidas vezes, me valendo do
óbvio, a comunicação virtual está em sua pré-história.
Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que diz respeito aos cronis-
tas, articulistas e escritores em geral, os mais comuns são os textos atribuídos ou deformados
que circulam por aí e que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um jornal
ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um texto qualquer, ainda que em

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citação longa e sem aspas. Em caso de injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de
falsear a verdade propositadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar espaço ao con-
traditório.
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em nome da liberdade de ex-
pressão, que é mais expressão de ressentidos e covardes do que de liberdade, da verdadeira
liberdade. (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado)
“No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde
colocarão à disposição dos usuários e das autoridades”.
O acento grave indicativo da crase empregado nesse segmento é devido ao mesmo fator da
seguinte frase:
a) À noite, todos os gatos são pardos;
b) Pagar à vista é coisa rara hoje em dia;
c) Entregou o livro à aluna;
d) Saiu à procura da namorada;
e) Ficava contente à proporção que superava os obstáculos.

012. (FGV/PREFEITURA DE PAULÍIA-SP/PROFESSOR III-PORTUGUÊS/2016) Assinale a op-


ção que indica a frase em que o emprego do acento grave indicativo da crase é optativo.
a) “O estoque de militares que fizeram a Revolução de 64 está acabando por força da biologia.
Por isso, o governo vai manter os sobreviventes até à idade de Matusalém”.
b) “Os condenados à morte são contagiosos”.
c) “Se Deus realmente ajuda a quem cedo madruga, ninguém seria fuzilado, eletrocutado ou en-
forcado às cinco da manhã”.
d) “Copiar a si mesmo é mais perigoso que copiar os outros. Leva à esterilidade”.
e) “Nunca atribua à malícia o que pode ser explicado adequadamente pela estupidez”.

013. (FGV/MPE-RJ/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO-PROCESSUAL/2016)


Texto 1 – Problemas Sociais Urbanos
Brasil escola
Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da segregação urbana, fruto
da concentração de renda no espaço das cidades e da falta de planejamento público que vise
à promoção de políticas de controle ao crescimento desordenado das cidades. A especulação
imobiliária favorece o encarecimento dos locais mais próximos dos grandes centros, tornando-
-os inacessíveis à grande massa populacional. Além disso, à medida que as cidades crescem,
áreas que antes eram baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras, o que contribui para que
a grande maioria da população pobre busque por moradias em regiões ainda mais distantes.
Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de residência com os centros
comerciais e os locais onde trabalham, uma vez que a esmagadora maioria dos habitantes que
sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos salários. Incluem-se a isso as pre-

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cárias condições de transporte público e a péssima infraestrutura dessas zonas segregadas,


que às vezes não contam com saneamento básico ou asfalto e apresentam elevados índices
de violência.
A especulação imobiliária também acentua um problema cada vez maior no espaço das gran-
des, médias e até pequenas cidades: a questão dos lotes vagos. Esse problema acontece por
dois principais motivos: 1) falta de poder aquisitivo da população que possui terrenos, mas
que não possui condições de construir neles e 2) a espera pela valorização dos lotes para que
esses se tornem mais caros para uma venda posterior. Esses lotes vagos geralmente apresen-
tam problemas como o acúmulo de lixo, mato alto, e acabam tornando-se focos de doenças,
como a dengue.
PENA, Rodolfo F. Alves. “Problemas socioambientais urbanos”; Brasil Escola. Disponível em http://brasiles-
cola.uol.com.br/brasil/problemas-ambientais-sociais-decorrentes-urbanização.htm. Acesso em 14 de abril
de 2016.

No texto 1, há quatro ocorrências do acento grave indicativo da crase: “vise à promoção de


políticas de controle”(1), “tornando-os inacessíveis à grande massa populacional”(2), “Além
disso, à medida que as cidades crescem”(3) e “que às vezes não contam com saneamento
básico”(4).
Os casos de crase que correspondem à união de preposição + artigo definido são:
a) 1 e 2;
b) 1 e 4;
c) 2 e 3;
d) 3 e 4;
e) todos eles.

014. (FGV/CODEMIG/ADVOGADO SOCIETÁRIO/2015)


Texto 2
Democracia refém (José Roberto de Toledo)
Desde 2008, o ibope pergunta à população em idade de votar quão satisfeita ela está com o
funcionamento da democracia no Brasil. Os resultados nunca foram brilhantes ainda menos
se comparados com países latino-americanos como Uruguai e Argentina, mas jamais ha-
viam sido tão chocantes quanto agora. Só 15% dos brasileiros se dizem “satisfeitos” (14%) ou
“muito satisfeitos” (1%) com o jeito que o regime democrático funciona no país. (Estado de
São Paulo, 04/09/2015)
“A maior ameaça à democracia, à justiça socioeconômica e ao crescimento econômico neste
país é que predomina a ideia de controle monopolista de algumas empresas sobre a econo-
mia”. (Nelson Mandela)
Assinale o comentário adequado aos componentes da citação de Nelson Mandela sobre
democracia:

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a) o vocábulo “maior” equivale à forma superlativa do adjetivo “grande”;


b) o acento grave em “à democracia” tem seu emprego justificado por razão diferente do termo
“à justiça socioeconômica”;
c) no termo “neste país”, a forma do demonstrativo “este” é justificada pela referência ao tem-
po presente;
d) a expressão “é que” tem valor expletivo, ou seja, pode ser retirada do texto sem prejuízo da
forma ou do sentido;
e) o conector “sobre” está mal empregado, devendo ser substituído por “sob”.

015. (FGV/DPE-MT/CONTADOR/2015)
Diminuir a higiene pessoal
Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga, acumulando sujeira no corpo
e em casa, não são as melhores formas de economizar água, porque não adianta optar por
isso em troco da saúde. O ideal é economizar usando um copo com água na escovação, dimi-
nuindo a louça usada para cozinhar (levar à panela à mesa em vez de usar um refratário) e usar
água de reuso no vaso sanitário.
“levar à panela à mesa em vez de usar um refratário”
Nesse segmento do texto, sobre o emprego da crase, assinale a afirmativa correta.
a) O emprego dos acentos graves estão corretos, embora por razões distintas.
b) Só o primeiro caso de emprego da crase está correto.
c) Nenhum dos acentos graves deveria ser empregado.
d) Os empregos dos acentos estão corretos devido a motivos idênticos.
e) Só o segundo caso do emprego da crase está correto.

016. (FGV/2014/DPRJ/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM ADMINISTRAÇÃO) Há,


no texto, três ocorrências do acento grave indicativo da crase I. “...dedicadas exclusivamente
às compras e ao lazer” II. “Os xópis são civilizações à parte...” III. “...pode vê-las como ataque
(...) à civilização dos xópis”. As ocorrências em que o acento grave da crase é resultante da
junção de uma preposição solicitada por um termo anterior + artigo definido são:
a) I-II-III.
b) apenas I-II.
c) apenas I-III.
d) apenas II-III.
e) apenas II.

017. (FGV/2009/INSPETOR)
Sonhos sonhos são
Negras nuvens
Mordes meu ombro em plena turbulência

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Aeromoça nervosa pede calma


Aliso teus seios e toco
Exaltado coração
Então despes a luva para eu ler-te a mão
E não tem linhas tua palma
Sei que é sonho
Incomodado estou, num corpo estranho
Com governantes da América Latina
Notando meu olhar ardente
Em longínqua direção
Julgam todos que avisto alguma salvação
Mas não, é a ti que vejo na colina
Qual esquina dobrei às cegas
E caí no Cairo, ou Lima, ou Calcutá
Que língua é essa em que despejo pragas
E a muralha ecoa
Em Lisboa
Faz algazarra a malta em meu castelo
Pálidos economistas pedem calma
Conduzo tua lisa mão
Por uma escada espiral
E no alto da torre exibo-te o varal
Onde balança ao léu minh’alma
Em Macau, Maputo, Meca, Bogotá
Que sonho é esse de que não se sai
E em que se vai trocando as pernas
E se cai e se levanta noutro sonho
Sei que é sonho
Não porque da varanda atiro pérolas
E a legião de famintos se engalfinha
Não porque voa nosso jato
Roçando catedrais
Mas porque na verdade não me queres mais
Aliás, nunca na vida foste minha
(Chico Buarque)

No verso 15, às cegas recebe acento indicativo de crase por se tratar de expressão adver-
bial feminina.

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Assinale a alternativa em que ocorra inadequação à norma culta no tocante à presença ou à


falta do acento grave.
a) A prova será aplicada das 9h às 11h.
b) Sempre me refiro à Ipanema da minha infância.
c) Quando os tripulantes do navio chegaram a terra, todos ficaram aliviados.
d) A secretaria funcionará de segunda à sexta.
e) Ele vive à custa da esposa.

018. (FGV/2008/SF/ANALISTA LEGISLATIVO – ÁREA ADMINISTRAÇÃO)


Terra, território e diversidade cultural
O voto do ministro Carlos Ayres Britto sobre a reserva Raposa/Serra do Sol evidencia a oportu-
nidade de deixarmos para trás os resquícios de uma mentalidade colonial e termos um avanço
histórico, rumo a uma política contemporânea que contemple o diálogo produtivo entre as
diversas etnias e culturas que compõem um país de dimensões continentais como o Brasil. O
voto deixa claro, ainda, que o respeito ao espírito e à letra da Constituição de 1988 é o caminho.
O relator trouxe à luz o direito inalienável e imprescritível dos índios de viver nas terras que
tradicionalmente ocupam e de acordo com suas próprias culturas. Trouxe, também, o valor de
sua contribuição na formação da nacionalidade brasileira.
O ministro mostrou que a afirmação das culturas dos primeiros enriquece a vida de todos nós.
Basta lembrar o quanto sua relação positiva com a natureza tem ajudado na existência da
floresta e da megadiversidade brasileira como um todo. Quem convive com eles sabe que os
indígenas cooperam com as Forças Armadas para proteger a floresta de usos ilegais e ajudam
no monitoramento das fronteiras.
Dois pontos, entre vários outros relevantes abordados pelo voto do ministro, merecem desta-
que por suas implicações para a cultura brasileira. Em primeiro lugar, a distinção entre terra
e território, que expressa a maneira sofisticada e inovadora por meio da qual a Constituição
de 1988 solucionou juridicamente a relação entre as sociedades indígenas e o ambiente em
que vivem.
É sabido que a terra não pertence aos índios; antes, são eles que pertencem à terra. Por isso
mesmo, a Carta Magna, reconhecendo a anterioridade dessa relação ao regime de proprieda-
de, concedeu-lhes o usufruto das terras que ocupam, atribuiu o pertencimento delas à União
e conferiu ao Estado o dever de zelar pela sua integridade. A Constituição de 1988 selou a
convivência harmoniosa entre duas culturas, uma que reconhece e outra que não reconhece a
apropriação da terra pelos homens.
O segundo ponto refere-se à relação entre terra e cultura, que concerne à continuidade do ter-
ritório ou sua fragmentação em ilhas. Quem conhece a questão indígena no Brasil sabe que o
rompimento da integridade territorial implica a morte do modo de vida e, portanto, da cultura e
do modo de ser do índio.

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Se, em séculos passados, acreditou-se que os índios eram um arcaísmo, não é mais possível
nem tolerável sustentar tal ponto de vista no século 21. Não só porque no mundo todo cresce
a convicção da importância dos povos tradicionais para o futuro da humanidade, precisamente
em virtude de sua relação específica com a terra e a natureza, mas também porque a socieda-
de do conhecimento, acelerada construção, não pode prescindir da diversidade cultural para
seu próprio desenvolvimento.
Na era da globalização, da cibernetização dos conhecimentos, das informações e dos saberes,
não faz mais sentido opor o tradicional ao moderno, como se este último fosse melhor e mais
avançado que o primeiro. Com efeito, proliferam na cultura contemporânea, de modo cada vez
mais intenso, os exemplos de processos, procedimentos e produtos que recombinam o moder-
no e o tradicional em novas configurações.
Se a China e a Índia hoje surgem no cenário internacional de modo surpreendente, é porque
sabem articular inovadoramente a cultura ocidental moderna com seus antiqüíssimos modos
de pensar e agir, demonstrando que o desenvolvimento não se dá mais em termos lineares e
que o futuro não se desenha desprezando e recalcando o passado.
Por isso, o Brasil - cuja singularidade se caracteriza tanto por sua megadiversidade biológica
quanto por sua grande sociodiversidade e rica diversidade cultural -, precisa urgentemente
reavaliar esse patrimônio. Temos trabalhado com os povos indígenas no Ministério da Cultura
e promovido a diversidade cultural como valor e expressão de uma democracia mais plena,
em que cenas como a defesa da advogada indígena Joênia Batista de Carvalho Wapichna se
tornem mais que exceções históricas.
A soberania não se constrói com fantasmas nem paranóias, mas com a atualização de nossas
forças e nossos potenciais. O ministro Ayres Britto tem razão ao sublinhar que não precisamos
de outro instrumento jurídico além da Constituição de 1988.
(Juca Ferreira e Sérgio Mamberti. Folha de São Paulo, 9 de setembro de 2008)

“É sabido que a terra não pertence aos índios; antes, são eles que pertencem à terra.” (L.28-29)
No período acima, utilizou-se corretamente o acento indicativo de crase antes da palavra terra.
Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido.
a) Voltarei à terra natal.
b) A sonda espacial retornará em breve à Terra.
c) Quando chegamos à terra, ainda sentíamos em nosso corpo o balanço do mar.
d) Eu me referia à terra dos meus antepassados.
e) Havendo descuido, a areia será misturada à terra.

019. (FGV/2002/PRODAM/TÉCNICO – ÁREA SEGURANÇA DO TRABALHO) Assinale a única


alternativa que apresenta construção correta quanto à ocorrência de crase:
a) À muito tempo estivemos com a Maria, que nos solicitou a planilha de custos à ser elabora-
da por nós.
b) Desde à semana passada, João está à espera desse documento.
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c) A reunião foi marcada para as 14h00 de sexta-feira e contará com a presença dos acionis-
tas, a partir das 15h00.
d) Às vezes, os compromissos marcados para à tarde de sexta-feira são difíceis de serem
cumpridos.

020. (FGV/2002/TÉCNICO – ÁREA SOM) A alternativa que apresenta incorreção em relação


ao uso do sinal indicativo da crase é:
a) Não assisto mais à jogos do Brasil.
b) Fez uma excursão à Cidade Santa.
c) O avião chegou às onze horas.
d) Ofereceu flores à amiga.

021. (FGV/2014/CÂMARA MUNICIPAL DO RECIFE-PE/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO LEGIS-


LATIVO) “Isso se dá graças à tecnologia da informação”; nesse caso, o acento grave indicativo
da crase representa:
a) a união de dois artigos definidos;
b) a junção de duas preposições;
c) a combinação de um artigo e um pronome demonstrativo;
d) a união de uma preposição com um artigo definido;
e) a combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo.

022. (FGV/2014/PREFEITURA DE OSASCO – SP/AGENTE DE TRÂNSITO)


Texto associado
“Análise nas Despesas, mensalmente analise todas as despesas dando ênfase àquelas com
maior oscilação no período”.
Nesse segmento, a utilização do acento grave no demonstrativo “aquelas” representa:
a) um erro de regência, pois não há necessidade do acento;
b) um erro de acentuação gráfica, já que não há regra que o justifique;
c) uma junção do artigo definido A com a primeira vogal de “aquelas”;
d) uma junção da preposição A com a primeira vogal de “aquelas”;
e) uma junção do demonstrativo A com a primeira vogal de “aquelas”.

023. (FGV/2014/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA – PB/AGENTE EDUCACIONAL) No texto,


observamos três ocorrências do emprego do acento grave indicativo da crase:
I – “...mandavam um moleque à farmácia...”
II – “...que eram associados ao ódio e à improdutividade...”
III – “...associados (...) ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã”.
Nesses casos, ocorre a junção da preposição “a” + artigo definido “a”. Os termos dessas frases
que exigem a presença da preposição “a” são, respectivamente,

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a) moleque / associados / comportamento.


b) mandavam / associados / associados.
c) mandavam / ódio / antissocial.
d) moleque / ódio / comportamento
e) moleque / associados / comportamento.

024. (FGV/2013/AL-MT/PROFESSOR – LÍNGUA PORTUGUESA) A seguir estão quatro ocor-


rências do acento grave indicativo da crase.
I – “O hábito de frequentar sebos remonta à minha juventude...”
II – “Segunda-feira, às sete da manhã,...”
III – “...eis-me em frente à loja do sebo...”.
IV – “...ruas próximas à Praça Tiradentes”.

Assinale a alternativa que indica as ocorrências desse acento que seguem exatamente o mes-
mo princípio de uso.
a) I e II
b) II e III
c) III e IV
d) I e IV
e) II e IV

025. (FGV/2013/AL-MA/CONSULTOR LEGISLATIVO)


“...é submeter-se, por três anos, à aplicação de medidas ‘socioeducativas’;...o caso remete à bar-
bárie de que foi vítima...”; “...distinguir entre o certo e o errado à luz das regras sociais”.
Com relação ao emprego do acento grave indicativo da crase nessas três frases, é correto
afirmar que
a) as três ocorrências exemplificam o mesmo emprego do acento grave
b) as duas primeiras ocorrências exemplificam um caso de acento grave diferente do da última
ocorrência.
c) as duas últimas ocorrências exemplificam um caso de acento grave diferente do da primeira
ocorrência.
d) as três ocorrências do emprego do acento grave indicativo da crase exemplificam casos
distintos.
e) a primeira e a terceira ocorrência exemplificam o mesmo caso de emprego do acento grave
indicativo da crase.

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026. (FGV/2011/SEFAZ-RJ/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO – PROVA 1)


Texto associado
Ratifica-se, assim, o conceito de que a conscientização tributária pode representar um ponto
de partida para a formação cidadã como uma das formas eficazes de atender às demandas
sociais, com maior controle sobre a coisa pública. (L.49-53)
No período acima, empregou-se corretamente o acento grave para indicar o fenômeno da crase.
Assinale a alternativa em que o acento grave tenha sido empregado corretamente.
a) Em visita ao Rio, fomos à Copacabana da Bossa Nova.
b) Esta prova vai de 13h às 18h.
c) Finalmente fiquei face à face com a tão esperada prova.
d) Os candidatos somente podem deixar o local de prova à partir das 15h.
e) Pedimos um bife à cavalo.

027. (FGV/2010/DETRAN-RN/ASSESSOR TÉCNICO – ADMINISTRAÇÃO DE REDE) Assina-


le a alternativa em que está correto o uso do acento indicativo de crase:
a) O autor se comparou à alguém que tem boa memória.
b) Ele se referiu às pessoas de boa memória.
c) As pessoas aludem à uma causa específica.
d) Ele passou a ser entendido à partir de suas reflexões sobre a memória.
e) Os livros foram entregues à ele.

028. (FGV/2010/DETRAN-RN/PROGRAMADOR) No 2º§, em “ofereceram à equipe chilena de


salvamento,...”, o emprego do acento grave:
a) É justificado pela regência de “ofereceram” e pela presença de artigo definido feminino antes
de “equipe”.
b) É considerado facultativo por estar diante de substantivo coletivo.
c) Tem a mesma função em: “Eu não ia perder tempo com quem ganhou muito dinheiro à custa
de mentiras”.
d) Antecede uma locução adverbial que expressa uma circunstância.
e) Não se manteria caso “ofereceram” fosse substituído por “deram”.

029. (FGV/2010/PC-AP/DELEGADO DE POLÍCIA) O acento indicativo de crase foi correta-


mente empregado apenas em:
a) o cidadão não atende à apelos sem fundamento.
b) no artigo, o autor citou à necessária reforma do Estado.
c) convencemos à todos da necessidade de um pacto social.
d) o debatedor não se rendeu àqueles discursos demagógicos.
e) os governantes dispuseram-se à colaborar.

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030. (FGV/2010/FIOCRUZ/TECNOLOGISTA EM SAÚDE – EDUCAÇÃO PROFISSIONAL –


SAÚDE DO IDOSO) Assinale a alternativa em que o emprego do acento grave indicativo da
crase está incorreto.
a) “da mais inconsequente opção pessoal às mais sérias decisões do governo”.
b) “...e se cruzam a cada instante e às vezes se chocam”.
c) “...para que alguém possa chegar, sempre, às melhores decisões”;
d) “...não se sujeitando à interferências ou pressões externas”.
e) “É o caminho que levará à formação de cidadãos conscientes”.

031. (FGV/2010/BADESC/ANALISTA DE SISTEMAS) Na frase “é ingênuo creditar a postura


brasileira apenas à ausência de educação adequada” foi corretamente empregado o acento
indicativo de crase.
Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está corretamente empregado.
a) O memorando refere-se à documentos enviados na semana passada.
b) Dirijo-me à Vossa Senhoria para solicitar uma audiência urgente.
c) Prefiro montar uma equipe de novatos à trabalhar com pessoas já desestimuladas.
d) O antropólogo falará apenas àquele aluno cujo nome consta na lista.
e) Quanto à meus funcionários, afirmo que têm horário flexível e são responsáveis.

032. (FGV/2010/SEAD-AP/AUDITOR DA RECEITA DO ESTADO) Ao substituir a expressão


sublinhada no fragmento “se reduz à crítica que não busca alterar a realidade”, assinale a alter-
nativa em que o acento indicativo de crase deve ser empregado.
a) se reduz a mesma crítica.
b) se reduz a certa crítica.
c) se reduz a qualquer crítica.
d) se reduz a alguma crítica.
e) se reduz a toda crítica.

033. (FGV/2010/SEAD-AP/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) Assinale a alternativa que com-


pleta corretamente as lacunas do fragmento a seguir:
O texto refere-se ______ teses antropológicas, cujos temas interessam ______ todos que se dis-
puserem ______ investigar a história do jeitinho brasileiro.
a) as - à - à.
b) às - a - à.
c) às - a - a.
d) as - à - a.
e) às - à - a.

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034. (FGV/2009/MEC/ANALISTA DE SISTEMAS) “O movimento altermundialista deverá tam-


bém responder à nova situação mundial nascida da crise escancarada da fase neoliberal da
globalização capitalista.” (L.14-17)
No trecho acima, empregou-se corretamente o acento grave indicativo de crase. Assinale a
alternativa em que isso não tenha ocorrido.
a) Eles visaram à premiação no concurso.
b) Sempre nos referimos à Florianópolis dos açorianos.
c) Nossos cursos vão de 8h às 18h.
d) A solução foi sair à francesa.
e) Fizemos uma longa visita à casa nova dos nossos amigos.

035. (FGV/2008/SENADO FEDERAL/OPERADOR DE TV) “’É um atentado às liberdades consti-


tucionais!’”(L.3-4)
Na frase acima, utilizou-se corretamente o acento grave para indicar a crase. Assinale a alter-
nativa em que isso não tenha ocorrido.
a) O evento vai da segunda à sexta.
b) Fomos à Bahia.
c) Ela sempre sai às pressas.
d) Sempre pedimos filé à Osvaldo Aranha.
e) Nós nos enfrentamos cara à cara.

036. (FGV/AUXILIAR DE EDUCADOR-CUIDADOR/PREFEITURA DE SALVADOR/2017)


TEXTO 1
Diz a lenda que, na Bahia, em meados da década de 60 do século passado, havia um menino
que, além de muito levado, era também muito mentiroso, e que, certo dia, após aprontar muito
na sala de aula, foi colocado de castigo no porão da escola por sua professora.
Depois de certo tempo, o menino começou a gritar desesperadamente que havia uma cobra
com ele, mas, como ele era muito mentiroso, ninguém levou a sério. Dizem que seria uma enor-
me sucuri, que devorou o garoto depois de matá-lo por esmagamento; há versões que dizem
até que, quando a professora entrou no porão, ainda pôde ver o pé do menino desaparecendo
na boca da cobra.
A partir dessa trágica data, o fantasma do menino passou a assombrar os porões de diver-
sas escolas.
A palavra década tem acento gráfico pela mesma razão que o vocábulo
a) após.
b) trágica.
c) além.
d) ninguém.
e) matá-lo.

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037. (FGV/AUXILIAR DE EDUCADOR-CUIDADOR/PREFEITURA DE SALVADOR/2017) A pa-


lavra “sucuri” não leva acento em sua sílaba tônica.
Assinale a opção que apresenta outra palavra que não recebe acento pela mesma regra.
a) Lua
b) Marejado
c) Caju
d) Ideia
e) Rochedo

038. (FGV/ESPECIALISTA LEGISLATIVO-REGISTRO DE DEBATES/ALERJ/2017) Com rela-


ção aos ditongos ÉI/ÓI, o Novo Acordo Ortográfico retirou o acento gráfico do seguinte par
de palavras:
a) destróier/caracóis;
b) jibóia/odisséia;
c) méier/alcalóide;
d) constrói/colméia;
e) pastéis/ovóide.

039. (FGV/ESPECIALISTA LEGISLATIVO-REGISTRO DE DEBATES/ALERJ/2017) Os vocá-


bulos cuja acentuação gráfica pode ser justificada simultaneamente por duas regras são:
a) herói/papéis;
b) econômico/histórico;
c) pátria/tênue;
d) gás/três;
e) têm/vêm.

040. (FGV/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/ALERJ/2017)


Texto 1 – Preâmbulo
O cristianismo impregna, com maior ou menor evidência, a vida cotidiana, os valores e as op-
ções estéticas até mesmo dos que o ignoram. Ele contribui para o desenho da paisagem dos
campos e das cidades. Às vezes, ganha destaque no noticiário. Contudo, os conhecimentos
necessários à interpretação dessa presença se apagam com rapidez. Com isso, a incompre-
ensão aumenta.
Admirar o monte Saint-Michel e os monumentos de Roma, de Praga ou de Belém, deleitar-se
com a música de Bach ou de Messiaen, contemplar os quadros de Rembrandt, apreciar verda-
deiramente certas obras de Stendhal ou de Victor Hugo implica poder decifrar as referências
cristãs que constituem a beleza desses lugares e dessas obras-primas. Entender os debates
mais recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque de culturas

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também supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da sua doutri-


na, das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao mundo.
Foi nessa perspectiva que nos dirigimos a eminentes especialistas. Propusemos a eles que
pusessem seu saber à disposição dos leitores de um vasto público culto. Isso, sem o peso da
erudição, sem o emprego de um vocabulário excessivamente especializado, sem eventuais
alusões a um suposto conhecimento prévio, que não tem mais uma existência real, e, claro,
sem intenção de proselitismo. (História do Cristianismo, org. Alain Corbin. São Paulo: Martins
Fontes. 2009. p. XIII).
Texto 2 – Comunicação Política na Suíça
Os cidadãos suíços são convocados a se pronunciar periodicamente, de quatro a cinco vezes
por ano aproximadamente, sobre um total de quinze temas da atualidade política. Além de
cada uma dessas votações populares, os cidadãos são convidados a dar suas opiniões (votan-
do simplesmente sim ou não) sobre três ou quatro problemas de interesse nacional, aos quais
se acrescentam alguns tópicos especiais dos cantões e das comunas. Esse sistema repousa
sobre a iniciativa popular e sobre o referendum, que permitem a uma minoria, respectivamente
100.000 cidadãos, no caso da iniciativa popular, e 50.000, no caso do referendum, obrigar o
conjunto do país a se interessar sobre o que a preocupa. (Argumentação, Hermès. Paris: CNRS
Edições. 2011, p. 58)
Entre as palavras abaixo, retiradas dos textos 1 e 2, aquela que só existe com acento gráfico é:
a) história;
b) evidência;
c) até;
d) país;
e) humanitárias.

041. (FGV/PROFESSOR-LÍNGUA PORTUGUESA/SEE-PE/2016) Em uma prova de Português,


uma das questões solicitava a separação silábica da palavra importância e o gabarito seguido
pela professora era o de que a palavra deveria ser separada da seguinte forma: im-por-tân-cia.
Assinale a opção que indica o comentário correto sobre a questão.
a) O gabarito está incorreto, porque se trata de uma palavra com hiato.
b) O gabarito está correto, já que essa é a única separação silábica possível.
c) O gabarito está correto, mas incompleto, pois outra separação é possível.
d) O gabarito está incorreto, pois a acentuação mostra que se trata de proparoxítono.
e) O gabarito está correto, pois se trata de um ditongo crescente e não de um hiato.

042. (FGV/GUARDA MUNICIPAL/PREFEITURA DE PAULÍNIA/2015)


Texto 2
Em um país que bateu o recorde histórico de homicídios em 2012, discutir soluções para a
segurança pública parece vital. Naquele ano, mais de 55 mil pessoas morreram – uma média

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de 154 mortes por dia. Os dados são do Mapa da Violência, que tem como base o Sistema de
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
O estudo do Instituto Avante Brasil constatou, ainda, que a taxa de homicídios também alcan-
çou o patamar mais elevado, com 29 casos por 100 mil habitantes. O índice considerado “não
epidêmico” pela Organização Mundial da Saúde, da ONU, é de 10 mortes para cada grupo de
100 mil habitantes.
Para efeito de comparação, a média de mortes no Iraque na última década, país que está em
guerra, foi de 550 mil. No mesmo período, o Brasil registrou a mesma quantidade de mortes.
Segundo o Relatório Global sobre Homicídios da ONU, em 2012, o país, que representa 3% da
população mundial, registrou 10% dos homicídios ocorridos em todo o mundo.
Diante desse cenário, o Plenário da Câmara dos Deputados se transformou em comissão geral
para ouvir deputados, policiais, juízes, promotores, secretários de Segurança de vários estados
e outras entidades, que apontaram as saídas para diminuir a criminalidade no Brasil.
(Rádio Câmara, julho de 2015)

As duas palavras do texto 2 que recebem acento gráfico por razões diferentes são:
a) homicídio/média;
b) país/juízes;
c) histórico/pública;
d) secretários/relatório;
e) está/é.

043. (FGV/TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA/TJ-RJ/2014)


TEXTO 3
QUANTO FALTA PARA O DESASTRE?
Verão de 2015. As filas para pegar água se espalham por vários bairros. Famílias carregam
baldes e aguardam a chegada dos caminhões-pipa. Nos canos e nas torneiras, nem uma gota.
O rodízio no abastecimento força lugares com grandes aglomerações, como shopping centers
e faculdades, a fechar. As chuvas abundantes da estação não vieram, as obras em andamento
tardarão a ter efeito e o desperdício continuou alto. Por isso, São Paulo e várias cidades vizi-
nhas, que formam a maior região metropolitana do país, entram na mais grave crise de falta
d’água da história. (Época, 16/06/2014)
A correção na acentuação gráfica faz parte do cuidado com a norma culta na redação de um
texto; a opção que apresenta um vocábulo do texto 3 que é acentuado graficamente por razão
distinta das demais é:
a) famílias;
b) país;
c) rodízio;
d) água;
e) desperdício.
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Crase e Acentuação
Elias Santana

044. (FGV/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CÂMARA MUNICIPAL DO RECIFE-PE/2014)


Texto – 11 de setembro: repercussões
A partir do 11 de setembro, os norte-americanos concluíram que sua vida havia se transforma-
do definitivamente. O ambiente de paz não existe mais. Os dirigentes anunciam que a guerra
ao terrorismo irá se estender por muitos anos e que uma grave ameaça paira sobre os Estados
Unidos, pois os terroristas podem atacar de muitas maneiras e empregar métodos bastante
variados, inclusive armas químicas e biológicas. A sensação tranquilizante de invulnerabili-
dade dá lugar a uma fragilidade aterradora e um medo paranoico toma conta da população.
Assiste-se a uma corrida atrás de máscaras de gás, as pessoas têm medo de se aventurar no
centro da cidade, temem que a água e o ar estejam contaminados por substâncias químicas,
tóxicas e demonstram profundo receio de andar de avião.
(História do Século XX, Serge Bernstein)

A palavra abaixo cuja acentuação gráfica está corretamente justificada é:


a) concluíram – hiato em que a segunda vogal é I, sozinha na sílaba;
b) irá – monossílabo tônico terminado em A;
c) métodos – palavra paroxítona terminada em S;
d) dá – acento diferencial da combinação de preposição mais artigo (da);
e) gás – oxítona terminada em A, seguido ou não de S.

045. (FGV/AGENTE DE TRÂNSITO/PREFEITURA DE OSASCO/2014)


PARA REDUZIR RISCOS É PRECISO TER CONTROLE
Para reduzir riscos dentro das empresas e diminuir possíveis problemas com as fiscalizações,
as Micro e Pequenas Empresas devem implementar controle de suas atividades administrati-
vas e financeiras, as mais rígidas possíveis:
Organize sua empresa, um nível de organização deve ser mantido dentro da empresa, isso
implica em definição clara de cada função e tarefas executadas, controle de estoque e caixa
com boletins e relatórios diários e prestações de contas por parte dos responsáveis por esses
setores, regras;
Controle das senhas, todas as senhas devem ser trocadas no mínimo a cada três meses;
Segregar funções, quem controla as contas a pagar ou receber não pode ser responsável por
pagamentos /recebimentos;
Conferência de Saldos, os saldos bancários e de caixa devem ser conferidos e conciliados
diariamente;
Motivação, checar periodicamente o índice de satisfação de seus funcionários;
Conferência de estoque, efetuar contagem do estoque periodicamente analisando possíveis
divergências;
Análise nas Despesas, mensalmente analise todas as despesas dando ênfase àquelas com
maior oscilação no período;

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Crase e Acentuação
Elias Santana

Análise das Compras, realize comparações entre os valores dos produtos adquiridos, pelo se-
tor de compras, com o valor de mercado, verificando a coerência;
Confira periodicamente como estão as Certidões Negativas perante os principais órgãos fisca-
lizadores, esse procedimento evita surpresa;
Os pagamentos das Guias de recolhimento de impostos, taxas e contribuições devem ser fei-
tas pela própria empresa, nunca deixe para serem pagos pelos responsáveis pela contabilida-
de, essa é uma atribuição da empresa.
A palavra abaixo cujo acento pode deixar de existir porque existe a mesma palavra sem acento é:
a) possíveis;
b) conferência;
c) diários;
d) órgãos;
e) ênfase.

046. (FGV/PROFESSOR-EDUCAÇÃO ESPECIAL/SEDUC-AM/2014)

Assinale a opção que apresenta três exemplos adequados da mudança proposta no Novo
Acordo Ortográfico, mencionada na tirinha acima.
a) Ideia – plateia – paranoico.
b) Colmeia – herói – apoia.
c) Boleia – ateia – languidez.
d) Fiéis – anzóis – ureia.
e) Faróis – joia – jiboia.

047. (FGV/PROFESSOR-LÍNGUA PORTUGUESA/SEDUC-AM/2014)


Considerando-se os vocábulos a seguir, assinale a opção em que as três palavras recebem
acento gráfico obrigatoriamente.
a) biquinis/ate/hieroglifo.
b) por/ama-la/chapeu.
c) numero/vangloria/perpetua.

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Crase e Acentuação
Elias Santana

d) historia/magoa/credito.
e) teme-la/heroi/destroier.

048. (FGV/AGENTE DE DEFESA CIVIL/PREFEITURA DE OSASCO-SP/2014)


Os problemas do trânsito no mundo
Marisa Diniz
Atualmente o maior desafio das grandes cidades ao redor do planeta é o trânsito. O crescimen-
to desnorteado das cidades, o mau planejamento, a falta de investimentos em infraestrutura e
transporte público vêm colaborando para o aumento da circulação de veículos, e consequente-
mente tem agravado o problema de congestionamento nos grandes centros urbanos.
Em algumas cidades o horário do rush é sempre incerto, pois o volume de veículos é sempre
elevado em todos os horários. Algumas soluções para o problema seria o investimento em
meios de transportes alternativos, mas que muitas vezes são deixados de lado por falta de
recursos necessários ou projetos defasados.
A bicicleta, apesar de ser o meio de transporte mais viável aos grandes centros urbanos, nem
sempre acaba sendo o melhor e mais eficiente. Cidades onde não há investimentos em ci-
clovias, sinalizações propícias, educação de trânsito e falta de segurança acabam sendo um
perigo e não uma solução.
A solução mais rápida a ser tomada é investir em transporte público de qualidade com várias
opções a fim de diminuir o volume de veículos nas principais vias de acesso aos centros. In-
vestimentos estes que poriam fim aos congestionamentos em horários de grande fluxo de
veículos e que proporcionariam um atrativo aos usuários de veículos.
As duas palavras do texto que são acentuadas pela mesma regra de acentuação gráfica são:
a) horário/viável;
b) trânsito/é;
c) público/rápido;
d) vêm/propícia;
e) há/veículos.

049. (FGV/PROFESSOR-LÍNGUA PORTUGUESA/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA-PB/2014)


Os monossílabos em Língua Portuguesa são classificados em átonos e tônicos. Assinale a
alternativa em que o elemento sublinhado é considerado um monossílabo átono.
a) Quem dá que tem, a pedir vem.
b) Mais vale quem Deus ajuda do que quem cedo madruga.
c) Nem tudo que reluz é ouro.
d) Mais vale um cachorro amigo que um amigo cachorro.
e) Casa de ferreiro, espeto de pau.

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Crase e Acentuação
Elias Santana

050. (FGV/PROFESSOR-LÍNGUA PORTUGUESA/AL-MT/2013)


Os sebos
Outro dia resolvi peregrinar por alguns sebos do Centro da cidade. Há quanto tempo! O hábito
de frequentar sebos remonta à minha juventude, quando ingressei na universidade. O Jornal
do Commercio publicava, aos domingos, em pequenos anúncios, relações de livros e revistas,
que tinham sido adquiridos por eles. Segunda-feira, às sete da manhã, eis-me em frente à loja
do sebo que me interessava. A casa, daquelas bem antigas, só abria às oito, mas, uma hora
antes, se formava, na calçada, uma pequena fila de bibliófilos. Abria muito cedo sim, porque o
dono sabia da ansiedade daqueles madrugadores. Situava-se numa daquelas ruas próximas
à Praça Tiradentes. Se eu chegasse em segundo lugar, corria o risco sério de o primeiro da
fila querer exatamente a obra que eu tanto sonhava ter em minha biblioteca, que acolhia os
primeiros livros. Frustração, por que passei algumas vezes, horrível. Um dia de lamentações
pela perda. Já era quase minha, afinal! A aflição em querer adivinhar qual obra interessava ao
meu possível concorrente era muito forte. Que vontade de perguntar logo que ele declinasse
o nome do autor cobiçado. Era um jovem, e meus companheiros de expectativa, bem mais
velhos. A época, outra, também impunha respeito aos mais velhos. Muitos livros importantes,
para aquele tempo, foram sendo adquiridos assim pelo estudante de Letras.
(Carlos Eduardo Falcão Uchoa)

A forma “frequentar” mostra a modificação do último acordo ortográfico quanto ao emprego


do trema, ou seja, a sua extinção. Tal modificação:
a) provoca modificações de pronúncia em alguns vocábulos.
b) faz com que apareçam novos dígrafos na língua.
c) transforma a semivogal U em letra muda.
d) acaba com a existência de muitos ditongos.
e) traz alterações apenas ao aspecto gráfico das palavras.

051. (FGV/SECRETÁRIA/AL-MT/2013)
O real poder da ciência
Desde que se conhece por gente, a espécie humana busca explicações para o mundo ao seu
redor. Durante boa parte dessa história, elas foram simplistas - bastava atribuir ao incompre-
endido a mão invisível de um criador supremo, e tudo estava resolvido.
O advento da ciência mudou esse cenário. Os fenômenos naturais passaram a ser tratados
como tais, e os mistérios do cosmo começaram a ser revelados por meio da razão e da lin-
guagem universal da matemática. Como seria de se esperar, as respostas que a ciência traz
sobre a vida, o Universo e tudo mais são bem mais intrincadas que as dadas outrora pelos
caminhos da fé. Para serem compreendidas, elas dependem da alfabetização científica, e por
essa razão até hoje há muitos que preferem repudiá-las, em favor de uma visão puramente
mística do mundo.

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Crase e Acentuação
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Convenhamos: não é mais possível hoje a qualquer pessoa educada repudiar a evolução das
espécies pela seleção natural ou as transformações do Universo desde um estado muito quen-
te, denso e compactado, quase 14 bilhões de anos atrás. Para alguns, até hoje, aceitar es-
ses fatos equivale a uma agressão ao pensamento religioso. Nada poderia estar mais longe
da verdade.
A ciência é, indisputavelmente, o melhor instrumento para a compreensão do Universo. É a
única forma de conhecimento que fornece o poder da previsibilidade e da intervenção sobre
as forças da natureza. Apesar disso, ela não é onipotente. Ao usar a ciência para estudar a
natureza, o ser humano acaba chegando a mistérios de outra ordem, cuja explicação com toda
probabilidade está fora do alcance do método científico. Ou seja: ao explorar cientificamente o
mundo, nós aprofundamos nossa relação com o desconhecido, em vez de destruí-la.
(SUPERINTERESSANTE, edição 324-A)

A palavra abaixo que é escrita obrigatoriamente com acento por não existir uma palavra cor-
respondente sem acento é:
a) história
b) nós
c) científico
d) até
e) única

052. (FGV/ASSISTENTE SOCIAL/AL-MT/2013)


Fora de foco
Deve-se ao desenvolvimento de remédios e terapias, a partir de experimentos científicos em
laboratórios com o uso de animais, parcela considerável do exponencial aumento da expec-
tativa e da qualidade de vida em todo o mundo. É extensa a lista de doenças que, tidas como
incuráveis até o início do século passado e que levavam à morte prematura ou provocavam
sequelas irreversíveis, hoje podem ser combatidas com quase absoluta perspectiva de cura.
Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima de diversos tipos de moléstias para as quais a
medicina ainda não encontrou lenitivos, a descoberta em alta escala de novos medicamentos,
particularmente no último século, legou à Humanidade doses substanciais de fármacos, de tal
forma que se tornou impensável viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias.
A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças
que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa
de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos.
Usá-los ou não é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas grande par-
te daqueles que combatem o emprego de cobaias em laboratórios em algum momento já se
beneficiou da prescrição de medicamentos que não teriam sido desenvolvidos sem os experi-
mentos nas salas de pesquisa.

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É inegável que a opção pelo emprego de animais no desenvolvimento de fármacos implica uma
discussão ética. Mas a questão não é se o homem deve ou não recorrer a cobaias; cientistas
de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais avançadas
que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir totalmente
dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em laborató-
rio toda a complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em relação à escala
do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de pesquisas
artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o pressuposto
da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.
(O Globo, 21/11/2013)

Assinale a alternativa que indica a palavra que só pode ser empregada com acento gráfico.
a) Científico.
b) É.
c) Até.
d) Físico.
e) Vítima.

053. (FGV/TÉCNICO EM INFORMÁTICA/AL-MT/2013)


Texto
Portas fechadas
A história oferece uma certeza: não tem passaporte para o futuro econômico e social o país
que não for capaz de fazer parte do mundo da inovação. Para ingressar neste mundo, o país
deve abrir pelo menos cinco portas. A primeira é ter universidades e institutos de pesquisas,
públicos e privados, com padrões internacionais, convivendo com o setor produtivo em um
robusto Sistema Nacional do Conhecimento e da Inovação, interagindo com os qualificados
centros científicos e tecnológicos do mundo.
A segunda envolve as empresas. Não entra no mundo da inovação o país cujos empresários se
limitem a produzir apenas o que é inventado fora, porque têm aversão a investimentos em pes-
quisas e desenvolvimento ou porque o setor público despreza a inovação ao não vincular seus
financiamentos à criatividade da empresa. Para entrar no mundo da inovação é necessário que
os incentivos fiscais e financeiros exijam contrapartida criativa das empresas beneficiadas.
A terceira porta trata da estabilidade institucional. Não é possível o país ser inovador se pro-
fessores e pesquisadores são obrigados a parar por falta de recursos ou salários ou se leis
instáveis mudam constantemente as regras de funcionamento dos centros de pesquisa. Da
mesma forma, não há como um país ser inovador se seus empresários não souberem quais
leis nortearão o funcionamento da economia, a política fiscal, o grau de abertura comercial e
de intervenção estatal.

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Crase e Acentuação
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Uma quarta e decisiva porta para o mundo da inovação é a educação básica de qualidade
máxima e equivalente para todas as crianças e jovens. Cada criança que não aprende idiomas,
regras básicas das ciências e da matemática é um capital inovador interrompido.
Mas a mais necessária porta para o mundo da inovação é a vontade nacional de dar um salto
para ingressar no seleto conjunto de países inovadores. O Brasil não parece ter a vontade para
fazer hoje os sacrifícios necessários para entrar em um mundo inovador, daqui a 20 ou 30 anos.
Nossa mentalidade imediatista e obscurantista não olha a longo prazo, nem dá valor aos pro-
dutos da inteligência, mantendo fechadas as portas que nos separam do mundo da inovação.
(Cristovam Buarque)

Assinale a alternativa em que o vocábulo indicado só pode ser grafado com acento gráfico.
a) História
b) Econômico
c) País
d) Têm
e) É

054. (FGV/AGENTE ADMINISTRATIVO/SUDENE-PE/2013)


Por que é tão difícil entender?
A crise que o país atravessa desde a eclosão dos primeiros protestos contra o aumento das
passagens de ônibus têm três componentes articulados:
– A sociedade quer transporte, saúde e educação de qualidade, pois ela paga caro por isso,
por meio de impostos, e não recebe em troca serviços públicos à altura. Simples assim. A so-
ciedade não pediu nas ruas reforma política, nem plebiscito para eliminar suplente de senador.
– A sociedade quer o fim da impunidade, pois está cansada de ver corruptos soltos debo-
chando de quem é honesto, mesmo depois de condenados. Acrescentar o adjetivo hediondo à
corrupção de pouco adianta se deputados e ministros continuam usando aviões da FAB para
passear e se criminosos estão soltos, alguns até ocupando cargos de liderança ou participan-
do de comissões no Congresso.
– A sociedade quer estabilidade econômica: para a percepção do cidadão comum, os 20 cen-
tavos pesaram como mais um sinal de que a economia está saindo do controle. A percepção
do aumento da inflação é crescente em todas as classes sociais; em última análise, este será
o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo, já que não há discurso ou propaganda
que camufle a corrosão do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente
incorporadas à economia formal.
Esses problemas não são de agora, nem responsabilidade exclusiva dos últimos governos.
Mas o que se espera de quem está no poder é que compreenda que a melhor maneira de re-
conquistar o apoio perdido é dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas
(e não às questões que ninguém fez).
(Adaptado. Luciano Trigo, O Globo, 11-7-2013)

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

As alternativas a seguir apresentam palavras do texto acentuadas pela mesma regra de acen-
tuação, à exceção de uma. Assinale-a
a) será/está.
b) ônibus/últimos.
c) três/há.
d) política/econômica.
e) médio/saúde.

055. (FGV/ECONOMISTA/SUDENE-PE/2013)
Alternativa
Envelhecer é chato, mas consolemo-nos: a alternativa é pior. Ninguém que eu conheça morreu
e voltou para contar como é estar morto, mas o consenso geral é que existir é muito melhor
do que não existir. Há dúvidas, claro. Muitos acreditam que com a morte se vai desta vida para
outra melhor, inclusive mais barata, além de eterna. Só descobriremos quando chegarmos lá.
Enquanto isso vamos envelhecendo com a dignidade possível, sem nenhuma vontade de ex-
perimentar a alternativa.
Mas há casos em que a alternativa para as coisas como estão é conhecida. Já passamos pela
alternativa e sabemos muito bem como ela é. Por exemplo: a alternativa de um país sem polí-
ticos, ou com políticos cerceados por um poder mais alto e armado.Tivemos vinte anos desta
alternativa e quem tem saudade dela precisa ser constantemente lembrado de como foi. Não
havia corrupção? Havia, sim, não havia era investigação pra valer. Havia prepotência, havia
censura à imprensa, havia a Presidência passando de general para general sem consulta po-
pular, repressão criminosa à divergência, uma política econômica subserviente a um “milagre”
econômico enganador. Quem viveu naquele tempo lembra que as ordens do dia nos quartéis
eram lidas e divulgadas como éditos papais para orientar os fiéis sobre o “pensamento militar”,
que decidia nossas vidas.
Ao contrário da morte, de uma ditadura se volta, preferencialmente com uma lição aprendida.
E, para garantir-se que a alternativa não se repita, é preciso cuidar para não desmoralizar de-
mais a política e os políticos, que seja. Melhor uma democracia imperfeita do que uma ordem
falsa, mas incontestável. Da próxima vez que desesperar dos nossos políticos, portanto, e que
alguma notícia de Brasília lhe enojar, ou você concluir que o país estaria melhor sem esses
dirigentes e representantes que só representam seus interesses, e seus bolsos, respire fundo
e pense na alternativa.
Sequer pensar que a alternativa seria preferível – como tem gente pensando – equivale a um
suicídio cívico. Para mudar isso aí, prefira a vida - e o voto.
(Adaptado. Veríssimo, O Globo, 30/6/2013)

A palavra édito é proparoxítona, como as duas escritas sem qualquer acento gráfico, proposi-
talmente, na seguinte alternativa:

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a) Interim - perito
b) decano - exegese
c) prototipo - democracia
d) gratuito - tropico
e) antitese – séquito

056. (FGV/ADVOGADO/INEA-RJ/2013)
Texto I
Só falta a política de redução de riscos
Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres no Brasil,
como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas, mais de 6 milhões tiveram
de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram algum agravo ou doença e quase 3,5 mil
morreram imediatamente após os mesmos. Desastres como o de Petrópolis, que resultaram
em dezenas de óbitos, não existem em um vácuo. Se por um lado exigem a presença de amea-
ças naturais, como chuvas fortes, por outro não se realizam sem condições de vulnerabilidade,
constituídas através dos processos sociais relacionados à dinâmica do desenvolvimento eco-
nômico e da proteção social e ambiental. Isto significa que os debates em torno do desastre
devem ir além das cobranças que ano após ano ficam restritas à Defesa Civil.
A redução de riscos de desastres deve hoje constituir o cerne da política brasileira para os
desastres. Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o durante os riscos e
situações de desastres, o que avançamos bem, mas também e principalmente para o antes e
o depois dos mesmos.
Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série de iniciativas
importantes ocorreu. Criou-se o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Na-
turais, a Força-Tarefa de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou-
-se o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão
concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas integradas
para redução de riscos.
Dados do IBGE revelam que apenas 1,2% dos municípios possuíam plano municipal de redu-
ção de riscos em 2011. Nos municípios maiores, com mais de 500 mil habitantes, que não
ultrapassam quatro dezenas, este percentual superava 50%. De modo inverso, nos municípios
menores, com menos de 20 mil habitantes, em torno de quatro mil, este percentual era de 3,3%.
É uma situação bastante preocupante relacionada aos municípios de grande porte e drástica
nos municípios de pequeno porte.
Há necessidade urgente de se investir em políticas integradas. E que ofereçam suporte aos
municípios de menor porte. Na outra ponta, políticas de recuperação e reconstrução após de-
sastres deveriam permitir o retorno à normalidade da vida “cotidiana”, não prolongando os
efeitos dos desastres, como temos visto.
(Carlos Machado - O Globo, 01/04/2013)

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Assinale a alternativa que indica os vocábulos do texto que não são acentuados pela mesma
regra de acentuação gráfica.
a) após/só
b) Petrópolis/óbitos
c) possuíam/constituídas
d) através/também
e) vácuo/municípios

057. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PA/2011)


Financiamento de campanhas eleitorais: aspectos éticos
Além dos aspectos legais, as empresas que
decidirem participar do processo eleitoral devem
buscar procedimentos éticos na tomada de
decisões relacionadas ao financiamento de
5 candidatos e partidos políticos.
Tradicionalmente, os controladores das
empresas são os responsáveis pela decisão de
como os recursos devem ser distribuídos entre
candidatos e partidos. Os sócios e colaboradores
10 dificilmente são consultados, e muitas vezes o
apoio reflete mais as posições pessoais dos
controladores do que os valores e princípios das
empresas.
A consulta aos sócios e colaboradores
15 sobre candidatos e partidos que a empresa deve
apoiar não implica, necessariamente, transformar a
decisão desse apoio em algo coletivo. O simples
fato de consultá-los ajuda a criar um ambiente
socialmente responsável nas empresas. É certo que
20 a separação dos valores e princípios pessoais dos
controladores dos valores e princípios das
empresas e, mais ainda, a transformação dessa
dissociação em um novo critério para a tomada de
decisões sobre aspectos tão sensíveis como o apoio
25 a determinado partido ou candidato ainda é uma
atitude difícil para grande parte dos empresários.
Também é certo, por outro lado, que, ao
aumentarem a transparência do processo de

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tomada de decisões, as empresas adquirem o


30 respeito das pessoas e comunidades que são
impactadas por suas atividades e são gratificadas
com o reconhecimento e engajamento dos seus
colaboradores e a preferência dos consumidores,
em consonância com o conceito de
35 responsabilidade social, o qual, é sempre bom
lembrar, está se tornando cada vez mais fator de
sucesso empresarial e abrindo novas perspectivas
para a construção de um mundo economicamente
mais próspero e socialmente mais justo.
40 Outra iniciativa que pode ter grande
impacto junto aos colaboradores, parceiros e sócios
das empresas é a promoção de debates sobre o
processo eleitoral e o funcionamento e atribuições
das instâncias de poder em jogo nas eleições
45 (Presidência da República, Senado, Câmara Federal
e Assembleias Legislativas). As empresas podem
convidar candidatos, cientistas políticos, jornalistas
e administradores públicos para a discussão de
ideias, propostas e conceitos. Também podem
50 incentivar debates políticos dentro da empresa,
bem como trazer matérias sobre o tema em
publicações internas. É importante desmistificar
a ideia de que política é uma sujeira só e sem
utilidade. Essa é uma forma de contribuir para
55 aumentar a consciência política e a qualidade do
voto dentro de toda a cadeia produtiva, entre os
parceiros e colaboradores. Esse procedimento
ajuda a criar na sociedade ambiente ético e
transparente, acentuando a democracia nas
60 relações sociais e políticas.
Além de consultar sócios, parceiros e
colaboradores e de realizar debates, as empresas
podem também promover campanhas de
esclarecimento junto a seus colaboradores. Um
65 conceito útil para ser adotado é o do voto consciente.
Infelizmente, ainda hoje assistimos no

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

Brasil a fenômenos que há muito deveriam ter sido


excluídos da vida política nacional, como a compra
70 de votos e a atitude de diversos candidatos,
durante as campanhas eleitorais, de “doar” cestas
básicas e toda a sorte de brindes em troca da
promessa de voto dos eleitores. O conceito de voto
consciente é justamente o contraponto dessas
75 práticas, visando estabelecer critérios racionais que
façam do voto um instrumento de cidadania. Voto
consciente é aquele em que o cidadão pesquisa o
passado dos candidatos, avalia suas histórias de
vida e analisa se as promessas e programas
80 eleitorais são coerentes com as práticas dos
candidatos e de seus partidos.
(Instituto Ethos. A Responsabilidade Social das Empresas no Processo Eleitoral. Disponível em: <www.ethos.org.
br>. Com adaptações.)

Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que distribuídos (L.8).
a) sócio
b) sofrê-lo
c) lúcidos
d) constituí
e) órfãos

058. (FGV/ADVOGADO/CODESP-SP/2010)
Perda de Oportunidades no Trabalho
As empresas vinculadas ao setor de
petróleo no Brasil treinaram e formaram mais de
80 mil profissionais desde 2007, em um programa
de qualificação que abrange do nível básico a
5 cursos de pós-graduação. Mesmo assim, não
conseguiram atender a toda a demanda de pessoal
qualificado identificada pelo setor. A exemplo do
petróleo, vários outros ramos de atividade
industrial, da construção ou de serviços têm se
10 envolvido diretamente na formação e treinamento
de profissionais que não estão disponíveis no
mercado.
Nem por isso os índices de desemprego se ‘

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

tornaram irrelevantes no país. Há muitas pessoas


15 que permanecem sem ocupação por serem
inabilitadas às vagas e aos cargos que o mercado
oferece. São numerosas oportunidades perdidas
que se multiplicarão, se a economia brasileira
continuar com seu impulso de crescimento – e a
20 qualidade da educação continuar baixa. Afinal, a
dificuldade de se formar e qualificar profissionais
na velocidade que o mercado hoje demanda se
deve, em grande parte, a deficiências do sistema de
ensino brasileiro.
25 Um enorme contingente de jovens deixa as
escolas ainda com falta de capacidade de aprender.
O ensino técnico profissionalizante, com honrosas
exceções, passou anos sem sintonia com o mundo
real. A escassez de profissionais qualificados vem
30 forçando uma transformação nesse sistema de
ensino, e algumas iniciativas inovadoras começam
a apresentar resultados, o que pode motivar a
reprodução dessa experiência pelo país inteiro. No
caso do Estado do Rio, merecem atenção os
35 chamados Centros de Vocação Tecnológica, mais
voltados para jovens da região metropolitana.
Esses centros se diferem do ensino técnico
convencional porque ministram cursos de curta
duração (de dois meses a um ano, essencialmente)
40 e buscam atender a demandas específicas de
grupos de empresas localizadas em suas
proximidades. Os planos das autoridades
responsáveis por esses centros são de ampliar o
número de vagas para 54 mil alunos ainda este
45 ano.
O ensino técnico profissionalizante de fato
precisa hoje correr contra o relógio, pois, se
persistir a falta de pessoal qualificado, as
oportunidades acabam definitivamente perdidas
50 pela desistência dos potenciais empregadores.
Mas, simultaneamente a essa premência de

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

curto prazo, espera-se que a cadeia de ensino no


país, da pré-escola à universidade, acelere ou
implante programas que possibilitem um
55 substancial salto de qualidade. Educadores já
contam com ferramentas pedagógicas e
tecnológicas que facilitam essa aceleração. O
ensino a distância, mais acessível graças às
telecomunicações e aos recursos da informática,
60 pode romper barreiras que antes impediam a
universalização de um sistema educacional de boa
qualidade.
O aproveitamento das oportunidades que
estão surgindo é valioso porque, além da realização
65 pessoal na vida profissional, é um atalho para
melhora dos níveis de renda e de bem-estar de
fatias cada vez maiores da população brasileira.
Ao lado dos indicadores macroeconômicos,
precisamos acompanhar os referentes ao sistema
70 de ensino em geral, e, especificamente, os relativos
ao ensino profissionalizante. Sem melhorar a
educação pública, milhões continuarão prisioneiros
do assistencialismo, e as empresas, desassistidas.
(O Globo, 28/04/2010)

Assinale a palavra que tenha sido acentuada por regra DISTINTA das demais.
a) relógio (L.47)
b) deficiências (L.23)
c) distância (L.58)
d) nível (L.4)
e) níveis (L.66)

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Crase e Acentuação
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059. (FGV/AGENTE ADMINISTRATIVO/CAERN/2010)

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Crase e Acentuação
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Assinale a palavra que NÃO tenha sido acentuada pela mesma regra que as demais.
a) até (L.73)
b) está (L.44)

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Crase e Acentuação
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c) País (L.35)
d) biogás (L.55)
e) contará (L.60)

060. (FGV/ANALISTA DE SISTEMAS/MEC/2009)


O Fórum Social Mundial e a crise da globalização
O Fórum Social Mundial (FSM) de Belém abre um novo ciclo
do movimento altermundialista. O FSM acontecerá na
Amazônia, no coração da questão ecológica planetária, e deverá
colocar a grande questão sobre as contradições entre a crise
5 ecológica e a crise social. Será marcado ainda pelo novo
movimento social a favor da cidadania na América Latina, pela
aliança dos povos indígenas, das mulheres, dos operários, dos
camponeses e dos sem-terra, da economia social e solidária.
Esse movimento cívico construiu novas relações entre o
10 social e o político que desembocaram nos novos regimes e
renovaram a compreensão do imperativo democrático.
Ele modificou a evolução do continente, mostrando a
importância das grandes regiões na globalização e diante da
crise de hegemonia dos Estados Unidos. O movimento
15 altermundialista deverá também responder à nova situação
mundial nascida da crise escancarada da fase neoliberal da
globalização capitalista.
O movimento altermundialista em seus diferentes
significados é portador de uma nova esperança nascida da
20 recusa da fatalidade. É esse o sentido da afirmação “um outro
mundo é possível”. Não vivemos nem “o fim da História” nem “o
choque de civilizações”.
A estratégia desse movimento se organiza em torno da
convergência dos movimentos sociais e pela cidadania que
25 enfatizam a solidariedade, as liberdades e a paz. No espaço do
FSM, eles comparam suas lutas, práticas, reflexões e propostas.
E constroem também uma nova cultura política, fundada na
diversidade, nas atividades autogeridas, na partilha, na
“horizontalidade” em vez da hierarquia.
30 Ao longo dos fóruns, uma orientação estratégica se
consolidou: a do acesso aos direitos fundamentais para todos.
Trata-se da construção de uma alternativa à lógica dominante,

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ao ajustamento de todas as sociedades ao mercado mundial por


meio da regulação pelo mercado mundial de capitais.
35 À evidência imposta, que presume que a única forma
aceitável de organização de uma sociedade é a regulação pelo
mercado, podemos opor a proposta de organizar as sociedades
e o mundo a partir do acesso para todos aos direitos
fundamentais. Essa orientação comum ganha sentido com a
40 convergência dos movimentos e se traduz por uma nova cultura
da transformação que se lê na evolução de cada um dos
movimentos.
Os debates em curso no movimento enfatizam a questão
estratégica. Ela põe em relevo o problema do poder, que remete
45 ao debate sobre o Estado, e atravessa a questão dos partidos e
do modelo de transformação social, assim como dos caminhos
do desenvolvimento.
O movimento altermundialista não se resume aos Fóruns
Sociais, mas o processo dos fóruns ocupa de fato uma posição
50 especial.
O movimento altermundialista não deixa de expandir e de se
aprofundar. Com a expansão geográfica, social, temática, viu
sua força aumentar consideravelmente em menos de dez anos.
No entanto, nada está ganho, mesmo que a crise em muitos
55 aspectos confirme várias de suas análises e justifique seu
chamado à resistência.
O movimento altermundialista é histórico e prolonga e
renova os três movimentos históricos precedentes: o da
descolonização – o altermundialismo modificou em
60 profundidade as representações norte-sul em proveito de um
projeto mundial comum; o das lutas operárias – desse ponto de
vista, está comprometido com a mudança rumo a um
movimento social e pela cidadania mundial; e o das lutas pela
democracia a partir dos anos 1960-1970 – é um movimento pela
65 renovação do imperativo democrático após a implosão dos
Estados soviéticos em 1989 e as regressões representadas
pelas ideologias e doutrinas de segurança/militaristas/
disciplinares/paranóicas. A descolonização, as lutas sociais, o
imperativo democrático e as liberdades constituem a cultura de
70 referência histórica do movimento altermundialista.

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O movimento altermundialista se vê diante da crise da


globalização capitalista em sua fase neoliberal. Essa crise não é
uma surpresa para o movimento; ela estava prevista e era
anunciada há muito tempo.
75 Três grandes questões determinam a evolução da situação
em escala mundial e marcam os diferentes níveis de
transformação social (mundial, por região, nacional e local): a
crise ecológica mundial, que se tornou patente, a crise do
neoliberalismo e a crise geopolítica com o fim da hegemonia
80 dos Estados Unidos.
A crise de hegemonia norte-americana aprofunda-se
rapidamente. A evolução das grandes regiões se diferencia: as
respostas de cada uma à crise de hegemonia norte-americana
são muito diferentes. A luta contra a pretensa guerra entre
85 civilizações e contra a tão real guerra sem-fim constitui uma das
prioridades do movimento altermundialista.
A fase neoliberal parece ofegante. A nova crise financeira é
particularmente grave. Não é a primeira crise financeira deste
período (outras ocorreram no México, Brasil, Argentina etc.) nem
90 é suficiente para sozinha caracterizar o esgotamento do
neoliberalismo.
A consequência das diferentes crises é mais singular. A crise
financeira aumenta as incertezas a respeito dos rearranjos
monetários. A crise imobiliária nos Estados Unidos revela o
95 papel que o superendividamento exerce, bem como suas
limitações como motor do crescimento. A crise energética e a
climática revelam os limites do ecossistema planetário. A crise
alimentar, de gravidade excepcional, pode pôr em xeque os
equilíbrios mais fundamentais.
100 O aprofundamento das desigualdades e das discriminações,
em cada sociedade e entre os países, atinge um nível crítico e
repercute na intensificação dos conflitos e das guerras e na
crise de valores.
(...)
(Gustave Massiah, Le Monde Diplomatique Brasil, janeiro de 2009)

Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra


distinta das demais.
a) Amazônia (L.3)
b) planetária (L.3)
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c) resistência (L.56)
d) níveis (L.76)
e) países (L.101)

061. (FGV/CONSULTOR DE ORÇAMENTO/SENADO FEDERAL/2008)

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Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra distinta das demais.
a) consciência (L.50)
b) juízos (L.11)
c) pretório (L.6)
d) episódios (L.56)
e) importância (L.17)

062. (FGV/ANALISTA DE RELAÇÕES PÚBLICAS/SENADO FEDERAL/2008)

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Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra distinta das demais.
a) previdência (L.37)
b) diária (L.69)
c) idéia (L.10)
d) declínio (L.3)
e) óbvia (L.33)

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063. (FGV/ANALISTA DE SISTEMAS/SENADO FEDERAL/2008)

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Crase e Acentuação
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A palavra êxito (L.62) recebeu acento por se tratar de proparoxítona. Nas alternativas a seguir,
em que todas as palavras estão propositalmente grafadas sem acento, uma naturalmente não
receberia acento por não se tratar de proparoxítona. Assinale-a.
a) interim.
b) rubrica.
c) recondito.
d) arquetipo.
e) lugubre.

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064. (FGV/ADVOGADO/SENADO FEDERAL/2008)

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Assinale a alternativa em que a palavra indicada tenha sido acentuada por regra distinta
das demais.
a) instituídas (L.4)
b) transparência (L.14)
c) remuneratório (L.6)
d) Judiciário (L.2)
e) Ministério (L.88)
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065. (FGV/TÉCNICO LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO/SENADO FEDERAL/2008)


Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que
saúde (L.9)
a) indústria (L.13)
b) licitatória (L.66)
c) aí (L.89)
d) até (L.2)
e) têm (L.80)

066. (FGV/PROFESSOR-LÍNGUA PORTUGUESA/AL-MT/2013)


Ser autor
O processo de iniciação à escrita deve ser cercado de alguns cuidados. Talvez o principal seja
o de estimular a criança a assumir a autoria dos seus primeiros textos. Uma fase prévia de re-
produção é inevitável. Experiências pedagógicas mostram o entusiasmo da meninada, ao ver,
no papel, seus primeiros desenhos gráficos a falarem de alguma coisa. Outras experiências já
provam que tal entusiasmo vai arrefecendo a partir da terceira série. O que parece acontecer,
pelo que andei lendo (as palavras são minhas), é que os alunos vão sendo freados em seus in-
tentos comunicativos. Como? Por um lado, surgem os ditongos, os hiatos, os tritongos (e a se-
mivogal!), listas de aumentativos e de diminutivos de menos ou nenhuma valia, de superlativos
eruditos (amaríssimo, dulcíssimo, macérrimo, que tal?), enfim, muita memorização, para nada,
de palavras isoladas, fora de um contexto, como costumam dizer os estudiosos da linguagem.
Boas puxadas de orelha levei, porque, ao decorar certos verbos considerados irregulares, não
tinha guardado a forma caibo! Um amigo me contou que, ao escrever uma carta, vacilou no
plural de anão e apelou para esta inusitada expressão: “um anão e outro anão”! Por outro lado,
nasce cedo para os estudantes a cultura do erro, que marca ainda o ensino e que impregna a
nossa sociedade, sem que ela se dê conta do processo.
(Carlos Eduardo Falcão Uchoa)

Prévia, inevitável, experiências, pedagógicas, dê são algumas das palavras acentuadas grafi-
camente no texto. Considerando tais palavras, as regras de acentuação que justificam seus
acentos gráficos são
a) duas
b) três.
c) quatro.
d) cinco.
e) uma.

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067. (FGV/ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA/2017)


TEXTO 1 - REFEIÇÃO EM FAMÍLIA
Rosely Sayão
Os meios de comunicação, devidamente apoiados por informações científicas, dizem que ali-
mentação é uma questão de saúde. Programas de TV ensinam a comer bem para manter o
corpo magro e saudável, livros oferecem cardápios de populações com alto índice de longevi-
dade, alimentos ganham adjetivos como “funcionais”. Temos dietas para cardíacos, para hiper-
tensos, para gestantes, para obesos, para idosos.
Cada vez menos a família se reúne em torno da mesa para compartilhar a refeição e se encon-
trar, trocar ideias, saber uns dos outros. Será falta de tempo? Talvez as pessoas tenham esco-
lhido outras prioridades: numa pesquisa recente sobre as refeições, 69% dos entrevistados no
Brasil relataram o hábito de assistir à TV enquanto se alimentam.
[....]
O horário das refeições é o melhor pretexto para reunir a família porque ocorre com regularida-
de e de modo informal. E, nessa hora, os pais podem expressar e atualizar seus afetos pelos
filhos de modo mais natural.
(adaptado)

As duas palavras do texto 1 que são acentuadas graficamente em função da mesma regra são:
a) científicas/reúne;
b) saúde/hábito;
c) saudável/índice;
d) cardíacos/será;
e) família/cardápios.

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GABARITO
1. c 37. c
2. d 38. b
3. b 39. c
4. c 40. e
5. e 41. c
6. d 42. e
7. e 43. b
8. a 44. a
9. d 45. b
10. d 46. a
11. d 47. e
12. a 48. c
13. a 49. d
14. a 50. e
15. e 51. e
16. c 52. d
17. d 53. b
18. c 54. e
19. c 55. e
20. a 56. a
21. d 57. d
22. d 58. d
23. b 59. c
24. d 60. e
25. b 61. b
26. a 62. c
27. b 63. b
28. a 64. a
29. d 65. c
30. d 66. c
31. d 67. e
32. a
33. c
34. c
35. e
36. b

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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/PC-RJ/PERITO LEGISTA/2021) Um determinado gramático pretende corrigir al-
guns desvios no uso da norma e cita uma série de exemplos de erros comuns; o exemplo em
que a correção proposta mostra adequação é:
a) Sito à rua e não sito na rua;
b) Entrega a domicílio e não entrega em domicílio;
c) Erros que passam despercebidos e não desapercebidos;
d) Discreção é o ato de ser discreto – discrição não existe;
e) Meio-dia e meio e não meio-dia e meia.

a) Errada. Sito é sinônimo de situado. O correto é sito na rua. A preposição correta para sito e
situado é em, e não a.
b) Errada. O correto é entrega em domicílio. Lembre-se que entregas são feitas em alguns luga-
res a alguém. Exemplo: João entregou o lanche na casa de Maria. Por outro lado, seria preciso
usar a preposição se a construção fosse: João entregou o lanche à Maria.
c) Certa. Despercebidos e desapercebidos são parônimos, ou seja, vocábulos parecidos, mas
diferentes no significado. Despercebido significa não notado, aquilo não se viu; desapercebido
significa desprevenido, despreparado. Portanto, no item, o correto é “erros que passam des-
percebidos”.

A FGV já cobrou outras vezes questões com este mesmo exemplo de parônimo (despercebidos
e desapercebidos).
d) Errada. Não há registro da palavra discreção na língua portuguesa. Discrição, sim, é o ato de
ser discreto.
CUIDADO!
Não confunda com descrição, que é o ato de descrever algo, seja oralmente ou por escrito.
e) Errada. O correto é meio-dia e meia, fazendo referência ao horário 12h30. Em resumo, meio-
-dia é metade do dia; meia é metade da hora. A mesma ideia vale para meia-noite e meia.
Letra c.

002. (FGV/FUNSAÚDE-CE/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2021) “A cura está ligada ao tempo


e às vezes também às circunstâncias.”
Nessa frase há dois casos de emprego correto do acento grave indicativo da crase. Assinale a
opção que indica a frase em que esse acento está empregado incorretamente.
a) Às vezes faz bem ficar doente.
b) Cheguei à conclusão de que a única doença que eu não tinha era inchaço do joelho.

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Crase e Acentuação
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c) Nada se compreendeu em relação à doença enquanto não se reconheceu sua semelhança


com a guerra e o amor.
d) Não contesto que a medicina seja útil à alguns homens, mas digo que ela é funesta ao gê-
nero humano.
e) A melhor resposta às calúnias é o silêncio.

a) Certa. Às vezes é uma locução adverbial de tempo com núcleo feminino.


b) Certa. Chegar é um verbo transitivo indireto e pede preposição (chegar a algum lugar). Con-
clusão é substantivo feminino que está precedido de artigo definido feminino.
c) Certa. A locução em relação a já traz uma preposição. Quando a locução for seguida de
uma palavra feminina determinada pelo artigo definido, haverá crase. Foi o que aconteceu no
exemplo com a doença.
d) Errada. Não se utiliza crase antes de pronomes indefinidos que não admitem artigo. Lembre-
-se que, em regra, crase é a fusão entre a preposição a e o artigo definido a; logo, se o pronome
não admite artigo definido, não há crase.
e) Certa. Conforme regência nominal, resposta exige a preposição a. No caso do item, temos
a preposição seguida de um substantivo feminino determinando pelo artigo definido feminino
e no plural.
Para complementar, há duas maneiras de escrever a frase:
“A melhor resposta às calúnias é o silêncio” ou “A melhor resposta a calúnias é o silêncio”.
Estaria errado se o item colocasse da seguinte forma: “A melhor resposta à calúnias é o
silêncio”.
Letra d.

003. (FGV/IMBEL/CARGOS DE NÍVEL MÉDIO/REAPLICAÇÃO/2021) No texto a seguir há


dois casos de acento grave indicativo da crase:
“Pedimos desculpas às esposas americanas. ABC apresenta o futebol das segundas-fei-
ras à noite.”
Assinale a opção que indica a frase em que o acento está empregado corretamente.
a) Nas Bermudas, você está à 700 milhas de tudo que o chateia. E a apenas 90 minutos de
Nova York. (American Airlines)
b) Carta aberta à doce senhora que se perdeu tentando chegar à avenida Dakabay de metrô, na
última semana. (Departamento de Trânsito de Nova York)
c) Circe faz você tão tentadora quanto à mais bonita sobremesa. (Circe linge
d) O navio que trouxe para à América seu gosto por scotch. (Cutty Sark whisky)
e) Você não precisa ir à Paris para comprar Chanel n. 5. Mas seria melhor se fosse. (Air France)

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Crase e Acentuação
Elias Santana

a) Errada. Em regra, não se usa crase antes de numerais.


b) Certa. De acordo com a regência nominal, a expressão carta aberta exige preposição. Con-
forme exemplos do “Dicionário Prático de Regência Nominal” (Celso Pedro Luft), temos: “carta
aberta para os (ou aos) amigos”
c) Errada. Não há preposição na frase. Temos uma construção comparativa: “tão...quanto”,
na qual inexiste preposição. Usando um exemplo masculino, a visualização fica mais fácil:
“João é tão charmoso quanto o astro de cinema”. Percebe-se que não preposição, mas ape-
nas o artigo.
d) Errada. Já há uma preposição na frase (para). Logo, não faria sentido colocar “o navio que
trouxe para a + a América”.
e) Errada. Aqui, vale o macete conhecido: vai a, volta de.
Letra b.

004. (FGV/TCE-AM/AUDITOR TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO/ÁREA DE AUDITORIA


GOVERNAMENTAL/2021) A questão desta prova se relaciona a fatos da cultura popular bra-
sileira; o texto foi particularmente aproveitado para questão de compreensão e interpretação
de texto e para a verificação da competência de escrita culta em nossa língua.
Texto 4 – A Quadrilha
“A quadrilha, também conhecida como quadrilha junina, quadrilha caipira ou quadrilha matuta é
um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que acontecem, geral-
mente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil, principalmente no Nordeste.
Por isso, as apresentações de quadrilha fazem referências a cultura nordestina, por exemplo, a
caracterização do homem do campo, do caipira ou do matuto.
No entanto, a quadrilha é de origem francesa. Dessa forma, a ‘quadrille’ surgiu em Paris, no sé-
culo XVIII. Ademais, era uma dança de salão composta por quatro casais, no entanto, era uma
dança da elite europeia. Antes de chegar à França, a dança pertencia aos ingleses, onde era
conhecida como ‘contredanse’, cuja origem vinha dos camponeses no século XIII. Depois, se
difundiu por toda Europa.
Em suma, foi trazida ao Brasil, para a cidade do Rio de Janeiro durante o período da Regência,
em 1830, logo, se popularizando em todo o país.” (Segredos do Mundo, 01/04/2021. Adaptado)
No primeiro parágrafo do texto 4 há uma série de incorreções gramaticais e textuais. Em cada
opção abaixo foi corrigida uma dessas imperfeições; aquela em que foi feita uma correção
indevida é:
a) “A quadrilha, também conhecida como quadrilha junina, quadrilha caipira ou quadrilha ma-
tuta, é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras” / faltava uma
vírgula após “matuta”;

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Crase e Acentuação
Elias Santana

b) “...é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras, que aconte-
cem, geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil...” / não deveria
haver ponto, mas sim uma vírgula após “brasileiras”;
c) “...é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que aconte-
ce, geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil...” / a forma verbal
“acontecem” deveria estar no singular, concordando com “dança folclórica”;
d) “...é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras. Que aconte-
cem, geralmente, nos meses de junho e julho em todas as regiões do Brasil...” / os nomes dos
meses são grafados com letra inicial minúscula;
e) “Por isso, as apresentações de quadrilha fazem referências à cultura nordestina...” / faltava
o acento grave da crase.

a) Certa. O trecho “também conhecida como quadrilha junina, quadrilha caipira ou quadrilha
matuta” é um aposto explicativo do substantivo quadrilha.
b) Certa. A vírgula marca o início de uma oração subordinada adjetiva explicativa.
c) Errada. Primeiro: não deveria haver ponto antes do que, mas sim vírgula. Dessa for-
ma, teríamos:
“é um estilo de dança folclórica coletiva típica das festas juninas brasileiras, que acontecem,
geralmente, nos meses de Junho e Julho em todas as regiões do Brasil...”
O que exerce papel de pronome relativo; na frase, ele está substituindo festas juninas. Portanto,
“as festas juninas acontecem”. O verbo deve permanecer na terceira pessoa do plural.
d) Certa. Nomes de meses são grafados com a inicial minúscula.
e) Certa. Quem faz referência faz referência a alguma coisa; portanto, a expressão “fazer refe-
rência” é regida por preposição.
Letra c.

005. (FGV/PC-RN/AGENTE E ESCRIVÃO/2021) “É minha opinião que não se deve dizer mal de
ninguém, e ainda menos da polícia. A polícia é uma instituição necessária à ordem e à vida da
cidade.” (Machado de Assis, A Semana – 1871)
Nesse texto, Machado emprega corretamente o acento grave indicativo da crase; a frase abai-
xo em que esse mesmo acento está empregado de forma adequada é:
a) Os clientes pagaram a compra à crédito;
b) A ordem é necessária à todo grupo social;
c) Ninguém abandonou o local à correr;
d) O motorista deu à documentação ao policial;
e) Todos os policiais saíram à mesma hora.

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Crase e Acentuação
Elias Santana

a) Errada. Não há crase na expressão compra a crédito, pois crédito é uma palavra masculina.
b) Errada. Não há crase. Todos é uma palavra é um pronome indefinido e masculino.
c) Errada. Não se usa crase antes de verbos.
d) Errada. Na frase, o a é um artigo. Existe preposição na frase no trecho “ao policial”.
Análise:
Sujeito: o motorista
VTDI: deu
OD: a documentação
OI: ao policial
e) Certa. “à mesma hora” é uma locução com núcleo feminino, sendo a crase obrigatória.
Letra e.

006. (FGV/IBGE/COORDENADOR CENSITÁRIO SUBÁREA/REAPLICAÇÃO/2020) A frase


em que o emprego do acento grave (crase) é justificado por razão diferente dos demais é:
a) Fui à casa dele na semana passada;
b) Nunca mais fui à França;
c) Entregue a encomenda à professora;
d) Não sei à qual te referes;
e) Dei esse livro à Rosângela.

a) Errada. Preposição a exigida pelo verbo ir + a (artigo definido) casa


b) Errada. Preposição a exigida pelo verbo ir + a (artigo definido) França
c) Errada. Preposição a exigida pelo verbo entregar + a (artigo definido) professora
d) Certa. Preposição + artigo a acompanhando pronome relativo sem antecedente
O que torna a questão difícil é que o substantivo não aparece na frase da letra d. Mas, ao ob-
servar o exemplo a seguir, é possível perceber melhor a situação: “as provas às quais me refiro
foram difíceis”.
e) Errada. Preposição a exigida pelo verbo dar + a (artigo definido) Rosângela. Vale destacar
que a crase, neste caso, é facultativa.
Letra d.

007. (FGV/IBGE/COORDENADOR CENSITÁRIO SUBÁREA/REAPLICAÇÃO/2020) Um gran-


de empresário moderno declarou: “O mundo está progredindo e os recursos tornam-se mais
abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de um rei à cem anos”.
A modificação necessária para que esse texto fique correto é:

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Crase e Acentuação
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a) “está progredindo” deve ser substituído por “progrediu”;


b) “tornam-se” deve ser substituído por “ficaram”;
c) “a ir” deve ser substituído por “do que ir”;
d) “de um rei” deve ser substituído por “real”;
e) “à cem anos” deve ser substituído por “há cem anos”.

No texto, cem anos está no sentido de tempo decorrido, caso em que se usa o verbo haver. O
a é usado quando se tem um tempo futuro ou uma distância.
Exemplos:
• Daqui a oito meses, acontecerá a Copa do Mundo.
• A escola fica a 200 metros do posto de gasolina.
Nos exemplos acima, o a é preposição.
Letra e.

008. (FGV/TJ-CE/TÉCNICO JUDICIÁRIO-ÁREA JUDICIÁRIA/2019) “Todos aqueles que devem


deliberar sobre questões dúbias devem também manter-se imunes ao ódio e à simpatia, à ira
e ao sentimentalismo”.
Nesse pensamento de um historiador latino, ocorreu duas vezes a utilização correta do
acento grave indicativo de que houve crase; a frase abaixo em que esse mesmo acento está
equivocado é:
a) Quem perdoa uma culpa encoraja à cometer muitas outras;
b) A aspiração à glória é a última da qual se conseguem libertar os homens mais sábios;
c) Quem aspira à sumidade, raras vezes consegue passar do meio;
d) Veja o que ocorreu com muitos intelectuais, condenados à fama imortal;
e) Todos somos levados à obediência eterna a Deus.

a) Errada. O verbo encorajar pede a preposição; no entanto, não há artigo a antes do verbo co-
meter. Lembre-se: não há crase antes de verbos.
b) Certa. Aspiração no sentido de almejar/desejar é transitivo indireto e exige preposição
c) Certa. Aspirar no sentido de almejar/desejar é transitivo indireto e exige preposição
d) Certa. O verbo condenar pede preposição.
e) Certa. O verbo levar exige preposição.
Letra a.

009. (FGV/PREFEITURA DE NITERÓI-RJ/PEDAGOGO/2018) O cartaz publicitário de um even-


to de moda no Rio de Janeiro mostrava o seguinte: VESTE-RIO A MODA AQUI É FAZER NEGÓCIO
O evento citado na questão anterior teria seu horário de funcionamento indicado de forma cor-
reta na seguinte alternativa:

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Crase e Acentuação
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a) de 12h às 20 horas;
b) das 12h a 20 horas;
c) das 12hs às 20hs;
d) das 12h às 20 horas;
e) de 12hs a 20 horas.

A crase ocorre porque as horas são determinadas.


Outro ponto importante na questão era conhecer a abreviação de horas. A forma correta é h
(minúsculo). A forma hs é errada.
Letra d.

010. (FGV/TJ-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO-ESCREVENTE-ÁREA JUDICIÁRIA/2015) Texto 3 –


“A Lua Cheia entra em sua fase Crescente no signo de Gêmeos e vai movimentar tudo o que diz
respeito à sua vida profissional e projetos de carreira. Os próximos dias serão ótimos para dar
andamento a projetos que começaram há alguns dias ou semanas. Os resultados chegarão
rapidamente”.
O texto 3 mostra exemplos de emprego correto do “a” com acento grave indicativo da crase
– “diz respeito à sua vida profissional”. A frase abaixo em que o emprego do acento grave da
crase é corretamente empregado é:
a) o texto do horóscopo veio escrito à lápis;
b) começaram à chorar assim que leram as previsões;
c) o horóscopo dizia à cada leitora o que devia fazer;
d) o leitor estava à procura de seu destino;
e) o astrólogo previa o futuro passo à passo.

a) Errada. Lápis é uma palavra masculina. Não há crase.


b) Errada. Não há crases antes de verbo.
c) Errada. Não se usa crase antes de pronome indefinido.
d) Certa. “À procura de” é uma locução feminina.
e) Errada. Não há crase entre palavras repetidas.
Letra d.

011. (FGV/TJ-AL/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2018)


TEXTO - Ressentimento e Covardia
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os usos da internet, que se ressente
ainda da falta de uma legislação específica que coíba não somente os usos mas os abusos
deste importante e eficaz veículo de comunicação. A maioria dos abusos, se praticados em

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Crase e Acentuação
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outros meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da imprensa, que pune injúrias,
difamações e calúnias, bem como a violação dos direitos autorais, os plágios e outros recur-
sos de apropriação indébita.
No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde colo-
carão à disposição dos usuários e das autoridades. Como digo repetidas vezes, me valendo do
óbvio, a comunicação virtual está em sua pré-história.
Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na internet, no que diz respeito aos cronis-
tas, articulistas e escritores em geral, os mais comuns são os textos atribuídos ou deformados
que circulam por aí e que não podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um jornal
ou revista é processado se publicar sem autorização do autor um texto qualquer, ainda que em
citação longa e sem aspas. Em caso de injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de
falsear a verdade propositadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar espaço ao con-
traditório.
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do cão em nome da liberdade de ex-
pressão, que é mais expressão de ressentidos e covardes do que de liberdade, da verdadeira
liberdade. (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado)
“No fundo, é um problema técnico que os avanços da informática mais cedo ou mais tarde
colocarão à disposição dos usuários e das autoridades”.
O acento grave indicativo da crase empregado nesse segmento é devido ao mesmo fator da
seguinte frase:
a) À noite, todos os gatos são pardos;
b) Pagar à vista é coisa rara hoje em dia;
c) Entregou o livro à aluna;
d) Saiu à procura da namorada;
e) Ficava contente à proporção que superava os obstáculos.

À disposição de: locução prepositiva


a) Errada. À noite: locução adverbial
b) Errada. À vista: locução adverbial
c) Errada. A crase se justifica pela regência do verbo entregar + artigo a.
d) Certa. À procura da: locução prepositiva
e) Errada. À proporção que: locução conjuntiva
Letra d.

012. (FGV/PREFEITURA DE PAULÍIA-SP/PROFESSOR III-PORTUGUÊS/2016) Assinale a op-


ção que indica a frase em que o emprego do acento grave indicativo da crase é optativo.
a) “O estoque de militares que fizeram a Revolução de 64 está acabando por força da biologia.
Por isso, o governo vai manter os sobreviventes até à idade de Matusalém”.

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Crase e Acentuação
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b) “Os condenados à morte são contagiosos”.


c) “Se Deus realmente ajuda a quem cedo madruga, ninguém seria fuzilado, eletrocutado ou en-
forcado às cinco da manhã”.
d) “Copiar a si mesmo é mais perigoso que copiar os outros. Leva à esterilidade”.
e) “Nunca atribua à malícia o que pode ser explicado adequadamente pela estupidez”.

a) Diante da posição até, a crase é facultativa.


b) Condenados exige preposição.
c) Ao indicar as horas, deve-se usar crase.
d) O verbo levar pede preposição.
e) Atribuir exige preposição.
Letra a.

013. (FGV/MPE-RJ/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO-PROCESSUAL/2016)


Texto 1 – Problemas Sociais Urbanos
Brasil escola
Dentre os problemas sociais urbanos, merece destaque a questão da segregação urbana, fruto
da concentração de renda no espaço das cidades e da falta de planejamento público que vise
à promoção de políticas de controle ao crescimento desordenado das cidades. A especulação
imobiliária favorece o encarecimento dos locais mais próximos dos grandes centros, tornando-
-os inacessíveis à grande massa populacional. Além disso, à medida que as cidades crescem,
áreas que antes eram baratas e de fácil acesso tornam-se mais caras, o que contribui para que
a grande maioria da população pobre busque por moradias em regiões ainda mais distantes.
Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias dos locais de residência com os centros
comerciais e os locais onde trabalham, uma vez que a esmagadora maioria dos habitantes que
sofrem com esse processo são trabalhadores com baixos salários. Incluem-se a isso as pre-
cárias condições de transporte público e a péssima infraestrutura dessas zonas segregadas,
que às vezes não contam com saneamento básico ou asfalto e apresentam elevados índices
de violência.
A especulação imobiliária também acentua um problema cada vez maior no espaço das gran-
des, médias e até pequenas cidades: a questão dos lotes vagos. Esse problema acontece por
dois principais motivos: 1) falta de poder aquisitivo da população que possui terrenos, mas
que não possui condições de construir neles e 2) a espera pela valorização dos lotes para que
esses se tornem mais caros para uma venda posterior. Esses lotes vagos geralmente apresen-
tam problemas como o acúmulo de lixo, mato alto, e acabam tornando-se focos de doenças,
como a dengue.
PENA, Rodolfo F. Alves. “Problemas socioambientais urbanos”; Brasil Escola. Disponível em http://brasilescola.
uol.com.br/brasil/problemas-ambientais-sociais-decorrentes-urbanização.htm. Acesso em 14 de abril de 2016.

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Crase e Acentuação
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No texto 1, há quatro ocorrências do acento grave indicativo da crase: “vise à promoção de


políticas de controle”(1), “tornando-os inacessíveis à grande massa populacional”(2), “Além
disso, à medida que as cidades crescem”(3) e “que às vezes não contam com saneamento
básico”(4).
Os casos de crase que correspondem à união de preposição + artigo definido são:
a) 1 e 2;
b) 1 e 4;
c) 2 e 3;
d) 3 e 4;
e) todos eles.

“vise à promoção de políticas de controle”(1): preposição + artigo


“tornando-os inacessíveis à grande massa populacional”(2): preposição + artigo
“Além disso, à medida que as cidades crescem”(3): à medida que é locução conjuntiva
“que às vezes não contam com saneamento básico”(4): às vezes é locução adverbial
Letra a.

014. (FGV/CODEMIG/ADVOGADO SOCIETÁRIO/2015)


Texto 2
Democracia refém (José Roberto de Toledo)
Desde 2008, o ibope pergunta à população em idade de votar quão satisfeita ela está com o
funcionamento da democracia no Brasil. Os resultados nunca foram brilhantes ainda menos
se comparados com países latino-americanos como Uruguai e Argentina, mas jamais ha-
viam sido tão chocantes quanto agora. Só 15% dos brasileiros se dizem “satisfeitos” (14%) ou
“muito satisfeitos” (1%) com o jeito que o regime democrático funciona no país. (Estado de
São Paulo, 04/09/2015)
“A maior ameaça à democracia, à justiça socioeconômica e ao crescimento econômico neste
país é que predomina a ideia de controle monopolista de algumas empresas sobre a econo-
mia”. (Nelson Mandela)
Assinale o comentário adequado aos componentes da citação de Nelson Mandela sobre
democracia:
a) o vocábulo “maior” equivale à forma superlativa do adjetivo “grande”;
b) o acento grave em “à democracia” tem seu emprego justificado por razão diferente do ter-
mo “à justiça socioeconômica”;
c) no termo “neste país”, a forma do demonstrativo “este” é justificada pela referência ao tem-
po presente;
d) a expressão “é que” tem valor expletivo, ou seja, pode ser retirada do texto sem prejuízo da
forma ou do sentido;
e) o conector “sobre” está mal empregado, devendo ser substituído por “sob”.

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a) Certa. O vocábulo “maior” equivale à forma superlativa do adjetivo “grande”;


b) Errada. O motivo é o mesmo: ameaça pede a preposição e os dois nomes possuem artigo
feminino definido antecedente.
c) Errada. A referência é espacial. Neste país faz referência ao Brasil.
d) Errada. O que é uma conjunção integrante e introduz uma oração subordinada substantiva
predicativa.
e) Errada. As empresas estão em uma posição superior em relação à economia; por isso, o
sobre está correto.
Letra a.

015. (FGV/DPE-MT/CONTADOR/2015)
Diminuir a higiene pessoal
Deixar de escovar os dentes, de lavar a louça ou de dar descarga, acumulando sujeira no corpo
e em casa, não são as melhores formas de economizar água, porque não adianta optar por
isso em troco da saúde. O ideal é economizar usando um copo com água na escovação, dimi-
nuindo a louça usada para cozinhar (levar à panela à mesa em vez de usar um refratário) e usar
água de reuso no vaso sanitário.
“levar à panela à mesa em vez de usar um refratário”
Nesse segmento do texto, sobre o emprego da crase, assinale a afirmativa correta.
a) O emprego dos acentos graves estão corretos, embora por razões distintas.
b) Só o primeiro caso de emprego da crase está correto.
c) Nenhum dos acentos graves deveria ser empregado.
d) Os empregos dos acentos estão corretos devido a motivos idênticos.
e) Só o segundo caso do emprego da crase está correto.

O verbo levar é VTDI.


“levar à panela à mesa em vez de usar um refratário”
Análise:
Levar: VTDI
a panela: OD
à mesa: OI
Portanto, o correto seria: “levar a panela à mesa em vez de usar um refratário”
Letra e.

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016. (FGV/2014/DPRJ/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM ADMINISTRAÇÃO) Há,


no texto, três ocorrências do acento grave indicativo da crase I. “...dedicadas exclusivamente
às compras e ao lazer” II. “Os xópis são civilizações à parte...” III. “...pode vê-las como ataque
(...) à civilização dos xópis”. As ocorrências em que o acento grave da crase é resultante da
junção de uma preposição solicitada por um termo anterior + artigo definido são:
a) I-II-III.
b) apenas I-II.
c) apenas I-III.
d) apenas II-III.
e) apenas II.

Essa questão sim foi bem formulada (acredito que o examinador queria o mesmo para a ques-
tão 1). Em I, a preposição é exigida por “dedicadas”; em III, por “ataque”. Em II, a crase foi em-
pregada por se tratar de locução feminina.
Letra c.

017. (FGV/2009/INSPETOR)
Sonhos sonhos são
Negras nuvens
Mordes meu ombro em plena turbulência
Aeromoça nervosa pede calma
Aliso teus seios e toco
Exaltado coração
Então despes a luva para eu ler-te a mão
E não tem linhas tua palma
Sei que é sonho
Incomodado estou, num corpo estranho
Com governantes da América Latina
Notando meu olhar ardente
Em longínqua direção
Julgam todos que avisto alguma salvação
Mas não, é a ti que vejo na colina
Qual esquina dobrei às cegas
E caí no Cairo, ou Lima, ou Calcutá
Que língua é essa em que despejo pragas
E a muralha ecoa
Em Lisboa
Faz algazarra a malta em meu castelo

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Crase e Acentuação
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Pálidos economistas pedem calma


Conduzo tua lisa mão
Por uma escada espiral
E no alto da torre exibo-te o varal
Onde balança ao léu minh’alma
Em Macau, Maputo, Meca, Bogotá
Que sonho é esse de que não se sai
E em que se vai trocando as pernas
E se cai e se levanta noutro sonho
Sei que é sonho
Não porque da varanda atiro pérolas
E a legião de famintos se engalfinha
Não porque voa nosso jato
Roçando catedrais
Mas porque na verdade não me queres mais
Aliás, nunca na vida foste minha
(Chico Buarque)

No verso 15, às cegas recebe acento indicativo de crase por se tratar de expressão adver-
bial feminina.
Assinale a alternativa em que ocorra inadequação à norma culta no tocante à presença ou à
falta do acento grave.
a) A prova será aplicada das 9h às 11h.
b) Sempre me refiro à Ipanema da minha infância.
c) Quando os tripulantes do navio chegaram a terra, todos ficaram aliviados.
d) A secretaria funcionará de segunda à sexta.
e) Ele vive à custa da esposa.

O erro é de paralelismo. Antes de “segunda”, empregou-se apenas a preposição “de”. Por isso,
antes de “sexta”, o correto é empregar apenas a preposição “a”.
Letra d.

018. (FGV/2008/SF/ANALISTA LEGISLATIVO – ÁREA ADMINISTRAÇÃO)


Terra, território e diversidade cultural
O voto do ministro Carlos Ayres Britto sobre a reserva Raposa/Serra do Sol evidencia a oportu-
nidade de deixarmos para trás os resquícios de uma mentalidade colonial e termos um avanço
histórico, rumo a uma política contemporânea que contemple o diálogo produtivo entre as
diversas etnias e culturas que compõem um país de dimensões continentais como o Brasil. O
voto deixa claro, ainda, que o respeito ao espírito e à letra da Constituição de 1988 é o caminho.

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Crase e Acentuação
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O relator trouxe à luz o direito inalienável e imprescritível dos índios de viver nas terras que
tradicionalmente ocupam e de acordo com suas próprias culturas. Trouxe, também, o valor de
sua contribuição na formação da nacionalidade brasileira.
O ministro mostrou que a afirmação das culturas dos primeiros enriquece a vida de todos nós.
Basta lembrar o quanto sua relação positiva com a natureza tem ajudado na existência da
floresta e da megadiversidade brasileira como um todo. Quem convive com eles sabe que os
indígenas cooperam com as Forças Armadas para proteger a floresta de usos ilegais e ajudam
no monitoramento das fronteiras.
Dois pontos, entre vários outros relevantes abordados pelo voto do ministro, merecem desta-
que por suas implicações para a cultura brasileira. Em primeiro lugar, a distinção entre terra
e território, que expressa a maneira sofisticada e inovadora por meio da qual a Constituição
de 1988 solucionou juridicamente a relação entre as sociedades indígenas e o ambiente em
que vivem.
É sabido que a terra não pertence aos índios; antes, são eles que pertencem à terra. Por isso
mesmo, a Carta Magna, reconhecendo a anterioridade dessa relação ao regime de proprieda-
de, concedeu-lhes o usufruto das terras que ocupam, atribuiu o pertencimento delas à União
e conferiu ao Estado o dever de zelar pela sua integridade. A Constituição de 1988 selou a
convivência harmoniosa entre duas culturas, uma que reconhece e outra que não reconhece a
apropriação da terra pelos homens.
O segundo ponto refere-se à relação entre terra e cultura, que concerne à continuidade do ter-
ritório ou sua fragmentação em ilhas. Quem conhece a questão indígena no Brasil sabe que o
rompimento da integridade territorial implica a morte do modo de vida e, portanto, da cultura e
do modo de ser do índio.
Se, em séculos passados, acreditou-se que os índios eram um arcaísmo, não é mais possível
nem tolerável sustentar tal ponto de vista no século 21. Não só porque no mundo todo cresce
a convicção da importância dos povos tradicionais para o futuro da humanidade, precisamente
em virtude de sua relação específica com a terra e a natureza, mas também porque a socieda-
de do conhecimento, acelerada construção, não pode prescindir da diversidade cultural para
seu próprio desenvolvimento.
Na era da globalização, da cibernetização dos conhecimentos, das informações e dos saberes,
não faz mais sentido opor o tradicional ao moderno, como se este último fosse melhor e mais
avançado que o primeiro. Com efeito, proliferam na cultura contemporânea, de modo cada vez
mais intenso, os exemplos de processos, procedimentos e produtos que recombinam o moder-
no e o tradicional em novas configurações.
Se a China e a Índia hoje surgem no cenário internacional de modo surpreendente, é porque
sabem articular inovadoramente a cultura ocidental moderna com seus antiqüíssimos modos
de pensar e agir, demonstrando que o desenvolvimento não se dá mais em termos lineares e
que o futuro não se desenha desprezando e recalcando o passado.

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Por isso, o Brasil - cuja singularidade se caracteriza tanto por sua megadiversidade biológica
quanto por sua grande sociodiversidade e rica diversidade cultural -, precisa urgentemente
reavaliar esse patrimônio. Temos trabalhado com os povos indígenas no Ministério da Cultura
e promovido a diversidade cultural como valor e expressão de uma democracia mais plena,
em que cenas como a defesa da advogada indígena Joênia Batista de Carvalho Wapichna se
tornem mais que exceções históricas.
A soberania não se constrói com fantasmas nem paranóias, mas com a atualização de nossas
forças e nossos potenciais. O ministro Ayres Britto tem razão ao sublinhar que não precisamos
de outro instrumento jurídico além da Constituição de 1988.
(Juca Ferreira e Sérgio Mamberti. Folha de São Paulo, 9 de setembro de 2008)

“É sabido que a terra não pertence aos índios; antes, são eles que pertencem à terra.” (L.28-29)
No período acima, utilizou-se corretamente o acento indicativo de crase antes da palavra terra.
Assinale a alternativa em que isso não tenha ocorrido.
a) Voltarei à terra natal.
b) A sonda espacial retornará em breve à Terra.
c) Quando chegamos à terra, ainda sentíamos em nosso corpo o balanço do mar.
d) Eu me referia à terra dos meus antepassados.
e) Havendo descuido, a areia será misturada à terra.

Antes da palavra “terra”, com o sentido de terra firme, não se deve usar acento grave.
Letra c.

019. (FGV/2002/PRODAM/TÉCNICO – ÁREA SEGURANÇA DO TRABALHO) Assinale a úni-


ca alternativa que apresenta construção correta quanto à ocorrência de crase:
a) À muito tempo estivemos com a Maria, que nos solicitou a planilha de custos à ser elabora-
da por nós.
b) Desde à semana passada, João está à espera desse documento.
c) A reunião foi marcada para as 14h00 de sexta-feira e contará com a presença dos acionis-
tas, a partir das 15h00.
d) Às vezes, os compromissos marcados para à tarde de sexta-feira são difíceis de serem
cumpridos.

É interessante notar que a única frase correta não apresenta qualquer ocorrência de crase, o
que contraria o enunciado. Na letra A, o correto seria há muito tempo e a ser elaborada; na B,
desde a; na D, para a tarde.
Letra c.

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020. (FGV/2002/TÉCNICO – ÁREA SOM) A alternativa que apresenta incorreção em relação


ao uso do sinal indicativo da crase é:
a) Não assisto mais à jogos do Brasil.
b) Fez uma excursão à Cidade Santa.
c) O avião chegou às onze horas.
d) Ofereceu flores à amiga.

O vocábulo “jogos”, por ser substantivo masculino e plural, não admite a ocorrência de artigo
feminino e singular.
Letra a.

021. (FGV/2014/CÂMARA MUNICIPAL DO RECIFE-PE/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO LEGIS-


LATIVO) “Isso se dá graças à tecnologia da informação”; nesse caso, o acento grave indicativo
da crase representa:
a) a união de dois artigos definidos;
b) a junção de duas preposições;
c) a combinação de um artigo e um pronome demonstrativo;
d) a união de uma preposição com um artigo definido;
e) a combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo.

A crase ocorre porque “graças” exige a preposição a e “tecnologia” admite o artigo a.


Letra d.

022. (FGV/2014/PREFEITURA DE OSASCO – SP/AGENTE DE TRÂNSITO)


Texto associado
“Análise nas Despesas, mensalmente analise todas as despesas dando ênfase àquelas com
maior oscilação no período”.
Nesse segmento, a utilização do acento grave no demonstrativo “aquelas” representa:
a) um erro de regência, pois não há necessidade do acento;
b) um erro de acentuação gráfica, já que não há regra que o justifique;
c) uma junção do artigo definido A com a primeira vogal de “aquelas”;
d) uma junção da preposição A com a primeira vogal de “aquelas”;
e) uma junção do demonstrativo A com a primeira vogal de “aquelas”.

O verbo dar exige a presença da preposição A, e o pronome aquelas é iniciado pela vogal a.
Letra d.

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023. (FGV/2014/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA – PB/AGENTE EDUCACIONAL) No texto,


observamos três ocorrências do emprego do acento grave indicativo da crase:
I – “...mandavam um moleque à farmácia...”
II – “...que eram associados ao ódio e à improdutividade...”
III – “...associados (...) ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã”.

Nesses casos, ocorre a junção da preposição “a” + artigo definido “a”. Os termos dessas frases
que exigem a presença da preposição “a” são, respectivamente,
a) moleque / associados / comportamento.
b) mandavam / associados / associados.
c) mandavam / ódio / antissocial.
d) moleque / ódio / comportamento
e) moleque / associados / comportamento.

Em I, quem manda, manda alguém a algum lugar; em II, algo era associado a algo; em III, asso-
ciados a algo.
Letra b.

024. (FGV/2013/AL-MT/PROFESSOR – LÍNGUA PORTUGUESA) A seguir estão quatro ocor-


rências do acento grave indicativo da crase.
I – “O hábito de frequentar sebos remonta à minha juventude...”
II – “Segunda-feira, às sete da manhã,...”
III – “...eis-me em frente à loja do sebo...”.
IV – “...ruas próximas à Praça Tiradentes”.

Assinale a alternativa que indica as ocorrências desse acento que seguem exatamente o mes-
mo princípio de uso.
a) I e II
b) II e III
c) III e IV
d) I e IV
e) II e IV

Em I e IV, a preposição da crase surge em função da regência de “remonta” e “próximas”. Em II,


uma locução feminina. Em III, é uma locução prepositiva (“em frente a”).
Letra d.

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025. (FGV/2013/AL-MA/CONSULTOR LEGISLATIVO)


“...é submeter-se, por três anos, à aplicação de medidas ‘socioeducativas’;...o caso remete à bar-
bárie de que foi vítima...”; “...distinguir entre o certo e o errado à luz das regras sociais”.
Com relação ao emprego do acento grave indicativo da crase nessas três frases, é correto
afirmar que
a) as três ocorrências exemplificam o mesmo emprego do acento grave
b) as duas primeiras ocorrências exemplificam um caso de acento grave diferente do da última
ocorrência.
c) as duas últimas ocorrências exemplificam um caso de acento grave diferente do da primeira
ocorrência.
d) as três ocorrências do emprego do acento grave indicativo da crase exemplificam casos
distintos.
e) a primeira e a terceira ocorrência exemplificam o mesmo caso de emprego do acento grave
indicativo da crase.

Nas duas primeiras ocorrências, a preposição da crase surge em função de regência. No ter-
ceiro caso, trata-se de locução feminina.
Letra b.

026. (FGV/2011/SEFAZ-RJ/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO – PROVA 1)


Texto associado
Ratifica-se, assim, o conceito de que a conscientização tributária pode representar um ponto
de partida para a formação cidadã como uma das formas eficazes de atender às demandas
sociais, com maior controle sobre a coisa pública. (L.49-53)
No período acima, empregou-se corretamente o acento grave para indicar o fenômeno da crase.
Assinale a alternativa em que o acento grave tenha sido empregado corretamente.
a) Em visita ao Rio, fomos à Copacabana da Bossa Nova.
b) Esta prova vai de 13h às 18h.
c) Finalmente fiquei face à face com a tão esperada prova.
d) Os candidatos somente podem deixar o local de prova à partir das 15h.
e) Pedimos um bife à cavalo.

Como o substantivo “Copacabana” está determinado, o emprego do artigo é obrigatório. Na B


e na C, há erro de paralelismo. Na D, artigo feminino antes e verbo. Na E, artigo feminino antes
de substantivo masculino.
Letra a.

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027. (FGV/2010/DETRAN-RN/ASSESSOR TÉCNICO – ADMINISTRAÇÃO DE REDE) Assinale


a alternativa em que está correto o uso do acento indicativo de crase:
a) O autor se comparou à alguém que tem boa memória.
b) Ele se referiu às pessoas de boa memória.
c) As pessoas aludem à uma causa específica.
d) Ele passou a ser entendido à partir de suas reflexões sobre a memória.
e) Os livros foram entregues à ele.

Na letra A, há um artigo feminino antes de pronome indefinido; na C, artigo definido antes de


artigo indefinido; na D, artigo feminino antes de verbo; na E, artigo antes de pronome pessoal.
Letra b.

028. (FGV/2010/DETRAN-RN/PROGRAMADOR) No 2º§, em “ofereceram à equipe chilena de


salvamento,...”, o emprego do acento grave:
a) É justificado pela regência de “ofereceram” e pela presença de artigo definido feminino antes
de “equipe”.
b) É considerado facultativo por estar diante de substantivo coletivo.
c) Tem a mesma função em: “Eu não ia perder tempo com quem ganhou muito dinheiro à custa
de mentiras”.
d) Antecede uma locução adverbial que expressa uma circunstância.
e) Não se manteria caso “ofereceram” fosse substituído por “deram”.

A forma verbal “ofereceram” exige complemento regido pela preposição a. O substantivo “equi-
pe” admite a presença do artigo a.
Letra a.

029. (FGV/2010/PC-AP/DELEGADO DE POLÍCIA) O acento indicativo de crase foi correta-


mente empregado apenas em:
a) o cidadão não atende à apelos sem fundamento.
b) no artigo, o autor citou à necessária reforma do Estado.
c) convencemos à todos da necessidade de um pacto social.
d) o debatedor não se rendeu àqueles discursos demagógicos.
e) os governantes dispuseram-se à colaborar.

Na letra A, há artigo definido feminino antes de substantivo masculino. Na B, o verbo “citou”


não exige preposição; na C, artigo feminino antes de pronome indefinido; na E, artigo feminino
antes de verbo.
Letra d.

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030. (FGV/2010/FIOCRUZ/TECNOLOGISTA EM SAÚDE – EDUCAÇÃO PROFISSIONAL –


SAÚDE DO IDOSO) Assinale a alternativa em que o emprego do acento grave indicativo da
crase está incorreto.
a) “da mais inconsequente opção pessoal às mais sérias decisões do governo”.
b) “...e se cruzam a cada instante e às vezes se chocam”.
c) “...para que alguém possa chegar, sempre, às melhores decisões”;
d) “...não se sujeitando à interferências ou pressões externas”.
e) “É o caminho que levará à formação de cidadãos conscientes”.

Não é possível empregar artigo singular antes de substantivo plural.


Letra d.

031. (FGV/2010/BADESC/ANALISTA DE SISTEMAS) Na frase “é ingênuo creditar a postura


brasileira apenas à ausência de educação adequada” foi corretamente empregado o acento
indicativo de crase.
Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está corretamente empregado.
a) O memorando refere-se à documentos enviados na semana passada.
b) Dirijo-me à Vossa Senhoria para solicitar uma audiência urgente.
c) Prefiro montar uma equipe de novatos à trabalhar com pessoas já desestimuladas.
d) O antropólogo falará apenas àquele aluno cujo nome consta na lista.
e) Quanto à meus funcionários, afirmo que têm horário flexível e são responsáveis.

Na A, é impossível empregar artigo feminino singular antes de substantivo masculino plural; na


B, “vossa senhoria” não aceita artigo feminino; na C, é errado empregar artigo feminino antes
de verbo; na E, é impossível empregar artigo feminino singular antes de expressão masculi-
na e plural.
Letra d.

032. (FGV/2010/SEAD-AP/AUDITOR DA RECEITA DO ESTADO) Ao substituir a expressão


sublinhada no fragmento “se reduz à crítica que não busca alterar a realidade”, assinale a alter-
nativa em que o acento indicativo de crase deve ser empregado.
a) se reduz a mesma crítica.
b) se reduz a certa crítica.
c) se reduz a qualquer crítica.
d) se reduz a alguma crítica.
e) se reduz a toda crítica.

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O pronome demonstrativo “mesma” obriga a ocorrência de artigo feminino.


Letra a.

033. (FGV/2010/SEAD-AP/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) Assinale a alternativa que com-


pleta corretamente as lacunas do fragmento a seguir:
O texto refere-se ______ teses antropológicas, cujos temas interessam ______ todos que se dis-
puserem ______ investigar a história do jeitinho brasileiro.
a) as - à - à.
b) às - a - à.
c) às - a - a.
d) as - à - a.
e) às - à - a.

Na primeira lacuna, é preciso empregar a preposição a (por “refere-se”) e o artigo as (por “te-
ses”). Na segunda e na terceira, apenas preposição.
Letra c.

034. (FGV/2009/MEC/ANALISTA DE SISTEMAS) “O movimento altermundialista deverá tam-


bém responder à nova situação mundial nascida da crise escancarada da fase neoliberal da
globalização capitalista.” (L.14-17)
No trecho acima, empregou-se corretamente o acento grave indicativo de crase. Assinale a
alternativa em que isso não tenha ocorrido.
a) Eles visaram à premiação no concurso.
b) Sempre nos referimos à Florianópolis dos açorianos.
c) Nossos cursos vão de 8h às 18h.
d) A solução foi sair à francesa.
e) Fizemos uma longa visita à casa nova dos nossos amigos.

Houve quebra de paralelismo sintático.


Letra c.

035. (FGV/2008/SENADO FEDERAL/OPERADOR DE TV) “’É um atentado às liberdades consti-


tucionais!’”(L.3-4)
Na frase acima, utilizou-se corretamente o acento grave para indicar a crase. Assinale a alter-
nativa em que isso não tenha ocorrido.

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a) O evento vai da segunda à sexta.


b) Fomos à Bahia.
c) Ela sempre sai às pressas.
d) Sempre pedimos filé à Osvaldo Aranha.
e) Nós nos enfrentamos cara à cara.

Novamente, quebra de paralelismo sintático. Cuidado com a letra D! Está implícita a expressão
“moda de”.
Letra e.

036. (FGV/AUXILIAR DE EDUCADOR-CUIDADOR/PREFEITURA DE SALVADOR/2017)


TEXTO 1
Diz a lenda que, na Bahia, em meados da década de 60 do século passado, havia um menino
que, além de muito levado, era também muito mentiroso, e que, certo dia, após aprontar muito
na sala de aula, foi colocado de castigo no porão da escola por sua professora.
Depois de certo tempo, o menino começou a gritar desesperadamente que havia uma cobra
com ele, mas, como ele era muito mentiroso, ninguém levou a sério. Dizem que seria uma enor-
me sucuri, que devorou o garoto depois de matá-lo por esmagamento; há versões que dizem
até que, quando a professora entrou no porão, ainda pôde ver o pé do menino desaparecendo
na boca da cobra.
A partir dessa trágica data, o fantasma do menino passou a assombrar os porões de diver-
sas escolas.
A palavra década tem acento gráfico pela mesma razão que o vocábulo
a) após.
b) trágica.
c) além.
d) ninguém.
e) matá-lo.

Tanto “década” quanto “trágica” são proparoxítonas. Todas as demais são acentuadas pela
regra das oxítonas.
Letra b.

037. (FGV/AUXILIAR DE EDUCADOR-CUIDADOR/PREFEITURA DE SALVADOR/2017) A pa-


lavra “sucuri” não leva acento em sua sílaba tônica.
Assinale a opção que apresenta outra palavra que não recebe acento pela mesma regra.
a) Lua
b) Marejado
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c) Caju
d) Ideia
e) Rochedo

Certamente, você sabe que todas as palavras apresentadas não são acentuadas. Mas, entre
elas, apenas uma é oxítona (assim como “sucuri”): “caju”.
Letra c.

038. (FGV/ESPECIALISTA LEGISLATIVO-REGISTRO DE DEBATES/ALERJ/2017) Com rela-


ção aos ditongos ÉI/ÓI, o Novo Acordo Ortográfico retirou o acento gráfico do seguinte par
de palavras:
a) destróier/caracóis;
b) jibóia/odisséia;
c) méier/alcalóide;
d) constrói/colméia;
e) pastéis/ovóide.

Quero chamar a sua atenção para “destroier” e “Méier”! Apesar do ditongo aberto em posição
paroxítona, essas palavras são terminadas em R, o que as encaixa na regra 3! Por isso, o acen-
to foi mantido!
Letra b.

039. (FGV/ESPECIALISTA LEGISLATIVO-REGISTRO DE DEBATES/ALERJ/2017) Os vocá-


bulos cuja acentuação gráfica pode ser justificada simultaneamente por duas regras são:
a) herói/papéis;
b) econômico/histórico;
c) pátria/tênue;
d) gás/três;
e) têm/vêm.

Aquele mesmo papo do CESPE que apresentei na parte teórica. “Pátria” e “tênue” podem ser
consideradas, para essas bancas, paroxítonas terminadas em ditongo ou proparoxítonas. Está
vendo por que é importante também estudar outras bancas?
Letra c.

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040. (FGV/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/ALERJ/2017)


Texto 1 – Preâmbulo
O cristianismo impregna, com maior ou menor evidência, a vida cotidiana, os valores e as op-
ções estéticas até mesmo dos que o ignoram. Ele contribui para o desenho da paisagem dos
campos e das cidades. Às vezes, ganha destaque no noticiário. Contudo, os conhecimentos
necessários à interpretação dessa presença se apagam com rapidez. Com isso, a incompre-
ensão aumenta.
Admirar o monte Saint-Michel e os monumentos de Roma, de Praga ou de Belém, deleitar-se
com a música de Bach ou de Messiaen, contemplar os quadros de Rembrandt, apreciar verda-
deiramente certas obras de Stendhal ou de Victor Hugo implica poder decifrar as referências
cristãs que constituem a beleza desses lugares e dessas obras-primas. Entender os debates
mais recentes sobre a colonização, as práticas humanitárias, a bioética, o choque de culturas
também supõe um conhecimento do cristianismo, dos elementos fundamentais da sua doutri-
na, das peripécias que marcaram sua história, das etapas da sua adaptação ao mundo.
Foi nessa perspectiva que nos dirigimos a eminentes especialistas. Propusemos a eles que
pusessem seu saber à disposição dos leitores de um vasto público culto. Isso, sem o peso da
erudição, sem o emprego de um vocabulário excessivamente especializado, sem eventuais
alusões a um suposto conhecimento prévio, que não tem mais uma existência real, e, claro,
sem intenção de proselitismo. (História do Cristianismo, org. Alain Corbin. São Paulo: Martins
Fontes. 2009. p. XIII).
Texto 2 – Comunicação Política na Suíça
Os cidadãos suíços são convocados a se pronunciar periodicamente, de quatro a cinco vezes
por ano aproximadamente, sobre um total de quinze temas da atualidade política. Além de
cada uma dessas votações populares, os cidadãos são convidados a dar suas opiniões (votan-
do simplesmente sim ou não) sobre três ou quatro problemas de interesse nacional, aos quais
se acrescentam alguns tópicos especiais dos cantões e das comunas. Esse sistema repousa
sobre a iniciativa popular e sobre o referendum, que permitem a uma minoria, respectivamente
100.000 cidadãos, no caso da iniciativa popular, e 50.000, no caso do referendum, obrigar o
conjunto do país a se interessar sobre o que a preocupa. (Argumentação, Hermès. Paris: CNRS
Edições. 2011, p. 58)
Entre as palavras abaixo, retiradas dos textos 1 e 2, aquela que só existe com acento gráfico é:
a) história;
b) evidência;
c) até;
d) país;
e) humanitárias.

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Existem as palavras historia (do verbo historiar), evidencia (do verbo evidenciar), ate (do verbo
atar) e pais (mãe e pai).
Letra e.

041. (FGV/PROFESSOR-LÍNGUA PORTUGUESA/SEE-PE/2016) Em uma prova de Português,


uma das questões solicitava a separação silábica da palavra importância e o gabarito seguido
pela professora era o de que a palavra deveria ser separada da seguinte forma: im-por-tân-cia.
Assinale a opção que indica o comentário correto sobre a questão.
a) O gabarito está incorreto, porque se trata de uma palavra com hiato.
b) O gabarito está correto, já que essa é a única separação silábica possível.
c) O gabarito está correto, mas incompleto, pois outra separação é possível.
d) O gabarito está incorreto, pois a acentuação mostra que se trata de proparoxítono.
e) O gabarito está correto, pois se trata de um ditongo crescente e não de um hiato.

E a FGV confirma, em mais uma questão, que entende que paroxítonas terminadas em ditongo
podem ser também consideradas proparoxítonas.
Letra c.

042. (FGV/GUARDA MUNICIPAL/PREFEITURA DE PAULÍNIA/2015)


Texto 2
Em um país que bateu o recorde histórico de homicídios em 2012, discutir soluções para a
segurança pública parece vital. Naquele ano, mais de 55 mil pessoas morreram – uma média
de 154 mortes por dia. Os dados são do Mapa da Violência, que tem como base o Sistema de
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
O estudo do Instituto Avante Brasil constatou, ainda, que a taxa de homicídios também alcan-
çou o patamar mais elevado, com 29 casos por 100 mil habitantes. O índice considerado “não
epidêmico” pela Organização Mundial da Saúde, da ONU, é de 10 mortes para cada grupo de
100 mil habitantes.
Para efeito de comparação, a média de mortes no Iraque na última década, país que está em
guerra, foi de 550 mil. No mesmo período, o Brasil registrou a mesma quantidade de mortes.
Segundo o Relatório Global sobre Homicídios da ONU, em 2012, o país, que representa 3% da
população mundial, registrou 10% dos homicídios ocorridos em todo o mundo.
Diante desse cenário, o Plenário da Câmara dos Deputados se transformou em comissão geral
para ouvir deputados, policiais, juízes, promotores, secretários de Segurança de vários estados
e outras entidades, que apontaram as saídas para diminuir a criminalidade no Brasil.
(Rádio Câmara, julho de 2015)

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As duas palavras do texto 2 que recebem acento gráfico por razões diferentes são:
a) homicídio/média;
b) país/juízes;
c) histórico/pública;
d) secretários/relatório;
e) está/é.

“Está” enquadra-se na regra das oxítonas, enquanto “é” está na regra dos monossílabos.
Letra e.

043. (FGV/TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA/TJ-RJ/2014)


TEXTO 3
QUANTO FALTA PARA O DESASTRE?
Verão de 2015. As filas para pegar água se espalham por vários bairros. Famílias carregam
baldes e aguardam a chegada dos caminhões-pipa. Nos canos e nas torneiras, nem uma gota.
O rodízio no abastecimento força lugares com grandes aglomerações, como shopping centers
e faculdades, a fechar. As chuvas abundantes da estação não vieram, as obras em andamento
tardarão a ter efeito e o desperdício continuou alto. Por isso, São Paulo e várias cidades vizi-
nhas, que formam a maior região metropolitana do país, entram na mais grave crise de falta
d’água da história. (Época, 16/06/2014)
A correção na acentuação gráfica faz parte do cuidado com a norma culta na redação de um
texto; a opção que apresenta um vocábulo do texto 3 que é acentuado graficamente por razão
distinta das demais é:
a) famílias;
b) país;
c) rodízio;
d) água;
e) desperdício.

É a única acentuada pela regra do hiato. As demais são paroxítonas terminadas em ditongo.
Curiosidade pessoal: por que, em nenhuma das alternativas, a FGV colocou uma proparoxítona
como última, para acalorar a polêmica?
Letra b.

044. (FGV/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CÂMARA MUNICIPAL DO RECIFE-PE/2014)


Texto – 11 de setembro: repercussões

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

A partir do 11 de setembro, os norte-americanos concluíram que sua vida havia se transforma-


do definitivamente. O ambiente de paz não existe mais. Os dirigentes anunciam que a guerra
ao terrorismo irá se estender por muitos anos e que uma grave ameaça paira sobre os Estados
Unidos, pois os terroristas podem atacar de muitas maneiras e empregar métodos bastante
variados, inclusive armas químicas e biológicas. A sensação tranquilizante de invulnerabili-
dade dá lugar a uma fragilidade aterradora e um medo paranoico toma conta da população.
Assiste-se a uma corrida atrás de máscaras de gás, as pessoas têm medo de se aventurar no
centro da cidade, temem que a água e o ar estejam contaminados por substâncias químicas,
tóxicas e demonstram profundo receio de andar de avião.
(História do Século XX, Serge Bernstein)

A palavra abaixo cuja acentuação gráfica está corretamente justificada é:


a) concluíram – hiato em que a segunda vogal é I, sozinha na sílaba;
b) irá – monossílabo tônico terminado em A;
c) métodos – palavra paroxítona terminada em S;
d) dá – acento diferencial da combinação de preposição mais artigo (da);
e) gás – oxítona terminada em A, seguido ou não de S.

“Irá” está na regra das oxítonas; “métodos”, proparoxítonas; “dá” e “gás”, monossílabos.
Letra a.

045. (FGV/AGENTE DE TRÂNSITO/PREFEITURA DE OSASCO/2014)


PARA REDUZIR RISCOS É PRECISO TER CONTROLE
Para reduzir riscos dentro das empresas e diminuir possíveis problemas com as fiscalizações,
as Micro e Pequenas Empresas devem implementar controle de suas atividades administrati-
vas e financeiras, as mais rígidas possíveis:
Organize sua empresa, um nível de organização deve ser mantido dentro da empresa, isso
implica em definição clara de cada função e tarefas executadas, controle de estoque e caixa
com boletins e relatórios diários e prestações de contas por parte dos responsáveis por esses
setores, regras;
Controle das senhas, todas as senhas devem ser trocadas no mínimo a cada três meses;
Segregar funções, quem controla as contas a pagar ou receber não pode ser responsável por
pagamentos /recebimentos;
Conferência de Saldos, os saldos bancários e de caixa devem ser conferidos e conciliados
diariamente;
Motivação, checar periodicamente o índice de satisfação de seus funcionários;
Conferência de estoque, efetuar contagem do estoque periodicamente analisando possíveis
divergências;

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

Análise nas Despesas, mensalmente analise todas as despesas dando ênfase àquelas com
maior oscilação no período;
Análise das Compras, realize comparações entre os valores dos produtos adquiridos, pelo se-
tor de compras, com o valor de mercado, verificando a coerência;
Confira periodicamente como estão as Certidões Negativas perante os principais órgãos fisca-
lizadores, esse procedimento evita surpresa;
Os pagamentos das Guias de recolhimento de impostos, taxas e contribuições devem ser fei-
tas pela própria empresa, nunca deixe para serem pagos pelos responsáveis pela contabilida-
de, essa é uma atribuição da empresa.
A palavra abaixo cujo acento pode deixar de existir porque existe a mesma palavra sem acento é:
a) possíveis;
b) conferência;
c) diários;
d) órgãos;
e) ênfase.

Existe, na língua portuguesa, o verbo conferenciar.


Letra b.

046. (FGV/PROFESSOR-EDUCAÇÃO ESPECIAL/SEDUC-AM/2014)

Assinale a opção que apresenta três exemplos adequados da mudança proposta no Novo
Acordo Ortográfico, mencionada na tirinha acima.
a) Ideia – plateia – paranoico.
b) Colmeia – herói – apoia.
c) Boleia – ateia – languidez.
d) Fiéis – anzóis – ureia.
e) Faróis – joia – jiboia.

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

São ditongos abertos em posição paroxítona e, por isso, perderam o acento. Sabe por que
a C não é correta? Porque “languidez” não sofreu alterações pelo novo acordo! Uma brinca-
deira da FGV!
Letra a.

047. (FGV/PROFESSOR-LÍNGUA PORTUGUESA/SEDUC-AM/2014)


Considerando-se os vocábulos a seguir, assinale a opção em que as três palavras recebem
acento gráfico obrigatoriamente.
a) biquinis/ate/hieroglifo.
b) por/ama-la/chapeu.
c) numero/vangloria/perpetua.
d) historia/magoa/credito.
e) teme-la/heroi/destroier.

Novamente, chamo a sua atenção para “destroier”! Ela se encaixa na regra das paroxítonas!
Letra e.

048. (FGV/AGENTE DE DEFESA CIVIL/PREFEITURA DE OSASCO-SP/2014)


Os problemas do trânsito no mundo
Marisa Diniz
Atualmente o maior desafio das grandes cidades ao redor do planeta é o trânsito. O crescimen-
to desnorteado das cidades, o mau planejamento, a falta de investimentos em infraestrutura e
transporte público vêm colaborando para o aumento da circulação de veículos, e consequente-
mente tem agravado o problema de congestionamento nos grandes centros urbanos.
Em algumas cidades o horário do rush é sempre incerto, pois o volume de veículos é sempre
elevado em todos os horários. Algumas soluções para o problema seria o investimento em
meios de transportes alternativos, mas que muitas vezes são deixados de lado por falta de
recursos necessários ou projetos defasados.
A bicicleta, apesar de ser o meio de transporte mais viável aos grandes centros urbanos, nem
sempre acaba sendo o melhor e mais eficiente. Cidades onde não há investimentos em ci-
clovias, sinalizações propícias, educação de trânsito e falta de segurança acabam sendo um
perigo e não uma solução.
A solução mais rápida a ser tomada é investir em transporte público de qualidade com várias
opções a fim de diminuir o volume de veículos nas principais vias de acesso aos centros. In-
vestimentos estes que poriam fim aos congestionamentos em horários de grande fluxo de
veículos e que proporcionariam um atrativo aos usuários de veículos.

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

As duas palavras do texto que são acentuadas pela mesma regra de acentuação gráfica são:
a) horário/viável;
b) trânsito/é;
c) público/rápido;
d) vêm/propícia;
e) há/veículos.

São duas palavras proparoxítonas. Chamo a sua atenção para a letra a. Veja que a FGV prova,
por meio dessa questão que, para ela, a regra das paroxítonas é diferenciada pela terminação
da palavra!
Letra c.

049. (FGV/PROFESSOR-LÍNGUA PORTUGUESA/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA-PB/2014)


Os monossílabos em Língua Portuguesa são classificados em átonos e tônicos. Assinale a
alternativa em que o elemento sublinhado é considerado um monossílabo átono.
a) Quem dá que tem, a pedir vem.
b) Mais vale quem Deus ajuda do que quem cedo madruga.
c) Nem tudo que reluz é ouro.
d) Mais vale um cachorro amigo que um amigo cachorro.
e) Casa de ferreiro, espeto de pau.

“Mais” e “pau”, apesar de monossílabos, não são acentuados porque não se encaixam na regra
4. Já “que” se encaixaria na regra, se não fosse átono!
Letra d.

050. (FGV/PROFESSOR-LÍNGUA PORTUGUESA/AL-MT/2013)


Os sebos
Outro dia resolvi peregrinar por alguns sebos do Centro da cidade. Há quanto tempo! O hábito
de frequentar sebos remonta à minha juventude, quando ingressei na universidade. O Jornal
do Commercio publicava, aos domingos, em pequenos anúncios, relações de livros e revistas,
que tinham sido adquiridos por eles. Segunda-feira, às sete da manhã, eis-me em frente à loja
do sebo que me interessava. A casa, daquelas bem antigas, só abria às oito, mas, uma hora
antes, se formava, na calçada, uma pequena fila de bibliófilos. Abria muito cedo sim, porque o
dono sabia da ansiedade daqueles madrugadores. Situava-se numa daquelas ruas próximas
à Praça Tiradentes. Se eu chegasse em segundo lugar, corria o risco sério de o primeiro da
fila querer exatamente a obra que eu tanto sonhava ter em minha biblioteca, que acolhia os
primeiros livros. Frustração, por que passei algumas vezes, horrível. Um dia de lamentações

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

pela perda. Já era quase minha, afinal! A aflição em querer adivinhar qual obra interessava ao
meu possível concorrente era muito forte. Que vontade de perguntar logo que ele declinasse
o nome do autor cobiçado. Era um jovem, e meus companheiros de expectativa, bem mais
velhos. A época, outra, também impunha respeito aos mais velhos. Muitos livros importantes,
para aquele tempo, foram sendo adquiridos assim pelo estudante de Letras.
(Carlos Eduardo Falcão Uchoa)

A forma “frequentar” mostra a modificação do último acordo ortográfico quanto ao emprego


do trema, ou seja, a sua extinção. Tal modificação:
a) provoca modificações de pronúncia em alguns vocábulos.
b) faz com que apareçam novos dígrafos na língua.
c) transforma a semivogal U em letra muda.
d) acaba com a existência de muitos ditongos.
e) traz alterações apenas ao aspecto gráfico das palavras.

Sabemos que, pelo Novo Acordo, o trema foi eliminado da nossa língua. Todavia, isso é uma
alteração apenas gráfica, uma vez que a pronúncia da palavra continuará a mesma!
Letra e.

051. (FGV/SECRETÁRIA/AL-MT/2013)
O real poder da ciência
Desde que se conhece por gente, a espécie humana busca explicações para o mundo ao seu
redor. Durante boa parte dessa história, elas foram simplistas - bastava atribuir ao incompre-
endido a mão invisível de um criador supremo, e tudo estava resolvido.
O advento da ciência mudou esse cenário. Os fenômenos naturais passaram a ser tratados
como tais, e os mistérios do cosmo começaram a ser revelados por meio da razão e da lin-
guagem universal da matemática. Como seria de se esperar, as respostas que a ciência traz
sobre a vida, o Universo e tudo mais são bem mais intrincadas que as dadas outrora pelos
caminhos da fé. Para serem compreendidas, elas dependem da alfabetização científica, e por
essa razão até hoje há muitos que preferem repudiá-las, em favor de uma visão puramente
mística do mundo.
Convenhamos: não é mais possível hoje a qualquer pessoa educada repudiar a evolução das
espécies pela seleção natural ou as transformações do Universo desde um estado muito quen-
te, denso e compactado, quase 14 bilhões de anos atrás. Para alguns, até hoje, aceitar es-
ses fatos equivale a uma agressão ao pensamento religioso. Nada poderia estar mais longe
da verdade.
A ciência é, indisputavelmente, o melhor instrumento para a compreensão do Universo. É a
única forma de conhecimento que fornece o poder da previsibilidade e da intervenção sobre

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

as forças da natureza. Apesar disso, ela não é onipotente. Ao usar a ciência para estudar a
natureza, o ser humano acaba chegando a mistérios de outra ordem, cuja explicação com toda
probabilidade está fora do alcance do método científico. Ou seja: ao explorar cientificamente o
mundo, nós aprofundamos nossa relação com o desconhecido, em vez de destruí-la.
(SUPERINTERESSANTE, edição 324-A)

A palavra abaixo que é escrita obrigatoriamente com acento por não existir uma palavra cor-
respondente sem acento é:
a) história
b) nós
c) científico
d) até
e) única

Todas as demais palavras existem sem acento. Chamo a sua atenção para cientifico. Na nossa
língua, existe o verbo cientificar.
Letra e.

052. (FGV/ASSISTENTE SOCIAL/AL-MT/2013)


Fora de foco
Deve-se ao desenvolvimento de remédios e terapias, a partir de experimentos científicos em
laboratórios com o uso de animais, parcela considerável do exponencial aumento da expec-
tativa e da qualidade de vida em todo o mundo. É extensa a lista de doenças que, tidas como
incuráveis até o início do século passado e que levavam à morte prematura ou provocavam
sequelas irreversíveis, hoje podem ser combatidas com quase absoluta perspectiva de cura.
Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima de diversos tipos de moléstias para as quais a
medicina ainda não encontrou lenitivos, a descoberta em alta escala de novos medicamentos,
particularmente no último século, legou à Humanidade doses substanciais de fármacos, de tal
forma que se tornou impensável viver sem eles à disposição em hospitais, clínicas e farmácias.
A legítima busca do homem por descobertas que o desassombrem do fantasma de doenças
que podem ser combatidas com remédios e, em última instância, pelo aumento da expectativa
de vida está na base da discussão sobre o emprego de animais em experimentos científicos.
Usá-los ou não é um falso dilema, a começar pelo fato de que, se não todos, mas grande par-
te daqueles que combatem o emprego de cobaias em laboratórios em algum momento já se
beneficiou da prescrição de medicamentos que não teriam sido desenvolvidos sem os experi-
mentos nas salas de pesquisa.
É inegável que a opção pelo emprego de animais no desenvolvimento de fármacos implica uma
discussão ética. Mas a questão não é se o homem deve ou não recorrer a cobaias; cientistas

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Crase e Acentuação
Elias Santana

de todo o mundo, inclusive de países com pesquisas e indústria farmacêutica mais avançadas
que o Brasil, são unânimes em considerar que a ciência ainda não pode prescindir totalmente
dos testes com organismos vivos, em razão da impossibilidade de se reproduzir em laborató-
rio toda a complexidade das cadeias de células. A discussão que cabe é em relação à escala
do uso de animais, ou seja, até que ponto eles podem ser substituídos por meios de pesquisas
artificiais, e que protocolo seguir para que, a eles recorrendo, lhes seja garantido o pressuposto
da redução (ou mesmo eliminação) do sofrimento físico.
(O Globo, 21/11/2013)

Assinale a alternativa que indica a palavra que só pode ser empregada com acento gráfico.
a) Científico.
b) É.
c) Até.
d) Físico.
e) Vítima.

Todas as demais palavras existem sem acento (e já apareceram em outras questões).


Letra d.

053. (FGV/TÉCNICO EM INFORMÁTICA/AL-MT/2013)


Texto
Portas fechadas
A história oferece uma certeza: não tem passaporte para o futuro econômico e social o país
que não for capaz de fazer parte do mundo da inovação. Para ingressar neste mundo, o país
deve abrir pelo menos cinco portas. A primeira é ter universidades e institutos de pesquisas,
públicos e privados, com padrões internacionais, convivendo com o setor produtivo em um
robusto Sistema Nacional do Conhecimento e da Inovação, interagindo com os qualificados
centros científicos e tecnológicos do mundo.
A segunda envolve as empresas. Não entra no mundo da inovação o país cujos empresários se
limitem a produzir apenas o que é inventado fora, porque têm aversão a investimentos em pes-
quisas e desenvolvimento ou porque o setor público despreza a inovação ao não vincular seus
financiamentos à criatividade da empresa. Para entrar no mundo da inovação é necessário que
os incentivos fiscais e financeiros exijam contrapartida criativa das empresas beneficiadas.
A terceira porta trata da estabilidade institucional. Não é possível o país ser inovador se pro-
fessores e pesquisadores são obrigados a parar por falta de recursos ou salários ou se leis
instáveis mudam constantemente as regras de funcionamento dos centros de pesquisa. Da
mesma forma, não há como um país ser inovador se seus empresários não souberem quais
leis nortearão o funcionamento da economia, a política fiscal, o grau de abertura comercial e
de intervenção estatal.

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Crase e Acentuação
Elias Santana

Uma quarta e decisiva porta para o mundo da inovação é a educação básica de qualidade
máxima e equivalente para todas as crianças e jovens. Cada criança que não aprende idiomas,
regras básicas das ciências e da matemática é um capital inovador interrompido.
Mas a mais necessária porta para o mundo da inovação é a vontade nacional de dar um salto
para ingressar no seleto conjunto de países inovadores. O Brasil não parece ter a vontade para
fazer hoje os sacrifícios necessários para entrar em um mundo inovador, daqui a 20 ou 30 anos.
Nossa mentalidade imediatista e obscurantista não olha a longo prazo, nem dá valor aos pro-
dutos da inteligência, mantendo fechadas as portas que nos separam do mundo da inovação.
(Cristovam Buarque)

Assinale a alternativa em que o vocábulo indicado só pode ser grafado com acento gráfico.
a) História
b) Econômico
c) País
d) Têm
e) É

Todas as demais palavras (a, c, d e e) existem sem acento.


Letra b.

054. (FGV/AGENTE ADMINISTRATIVO/SUDENE-PE/2013)


Por que é tão difícil entender?
A crise que o país atravessa desde a eclosão dos primeiros protestos contra o aumento das
passagens de ônibus têm três componentes articulados:
– A sociedade quer transporte, saúde e educação de qualidade, pois ela paga caro por isso,
por meio de impostos, e não recebe em troca serviços públicos à altura. Simples assim. A so-
ciedade não pediu nas ruas reforma política, nem plebiscito para eliminar suplente de senador.
– A sociedade quer o fim da impunidade, pois está cansada de ver corruptos soltos debo-
chando de quem é honesto, mesmo depois de condenados. Acrescentar o adjetivo hediondo à
corrupção de pouco adianta se deputados e ministros continuam usando aviões da FAB para
passear e se criminosos estão soltos, alguns até ocupando cargos de liderança ou participan-
do de comissões no Congresso.
– A sociedade quer estabilidade econômica: para a percepção do cidadão comum, os 20 cen-
tavos pesaram como mais um sinal de que a economia está saindo do controle. A percepção
do aumento da inflação é crescente em todas as classes sociais; em última análise, este será
o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo, já que não há discurso ou propaganda
que camufle a corrosão do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente
incorporadas à economia formal.

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GRAMÁTICA
Crase e Acentuação
Elias Santana

Esses problemas não são de agora, nem responsabilidade exclusiva dos últimos governos.
Mas o que se espera de quem está no poder é que compreenda que a melhor maneira de re-
conquistar o apoio perdido é dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas
(e não às questões que ninguém fez).
(Adaptado. Luciano Trigo, O Globo, 11-7-2013)

As alternativas a seguir apresentam palavras do texto acentuadas pela mesma regra de acen-
tuação, à exceção de uma. Assinale-a
a) será/está.
b) ônibus/últimos.
c) três/há.
d) política/econômica.
e) médio/saúde.

“Médio” é paroxítona terminada em ditongo; “saúde”, regra dos hiatos tônicos.


Letra e.

055. (FGV/ECONOMISTA/SUDENE-PE/2013)
Alternativa
Envelhecer é chato, mas consolemo-nos: a alternativa é pior. Ninguém que eu conheça morreu
e voltou para contar como é estar morto, mas o consenso geral é que existir é muito melhor
do que não existir. Há dúvidas, claro. Muitos acreditam que com a morte se vai desta vida para
outra melhor, inclusive mais barata, além de eterna. Só descobriremos quando chegarmos lá.
Enquanto isso vamos envelhecendo com a dignidade possível, sem nenhuma vontade de ex-
perimentar a alternativa.
Mas há casos em que a alternativa para as coisas como estão é conhecida. Já passamos pela
alternativa e sabemos muito bem como ela é. Por exemplo: a alternativa de um país sem polí-
ticos, ou com políticos cerceados por um poder mais alto e armado.Tivemos vinte anos desta
alternativa e quem tem saudade dela precisa ser constantemente lembrado de como foi. Não
havia corrupção? Havia, sim, não havia era investigação pra valer. Havia prepotência, havia
censura à imprensa, havia a Presidência passando de general para general sem consulta po-
pular, repressão criminosa à divergência, uma política econômica subserviente a um “milagre”
econômico enganador. Quem viveu naquele tempo lembra que as ordens do dia nos quartéis
eram lidas e divulgadas como éditos papais para orientar os fiéis sobre o “pensamento militar”,
que decidia nossas vidas.
Ao contrário da morte, de uma ditadura se volta, preferencialmente com uma lição aprendida.
E, para garantir-se que a alternativa não se repita, é preciso cuidar para não desmoralizar de-
mais a política e os políticos, que seja. Melhor uma democracia imperfeita do que uma ordem

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falsa, mas incontestável. Da próxima vez que desesperar dos nossos políticos, portanto, e que
alguma notícia de Brasília lhe enojar, ou você concluir que o país estaria melhor sem esses
dirigentes e representantes que só representam seus interesses, e seus bolsos, respire fundo
e pense na alternativa.
Sequer pensar que a alternativa seria preferível – como tem gente pensando – equivale a um
suicídio cívico. Para mudar isso aí, prefira a vida - e o voto.
(Adaptado. Veríssimo, O Globo, 30/6/2013)

A palavra édito é proparoxítona, como as duas escritas sem qualquer acento gráfico, proposi-
talmente, na seguinte alternativa:
a) Interim - perito
b) decano - exegese
c) prototipo - democracia
d) gratuito - tropico
e) antitese – séquito

As formas corretas são antítese e protótipo, mas a letra C não é a certa, uma vez que “demo-
cracia” não é proparoxítona.
Letra e.

056. (FGV/ADVOGADO/INEA-RJ/2013)
Texto I
Só falta a política de redução de riscos
Entre 1990 e 2010, mais de 96 milhões de pessoas foram afetadas por desastres no Brasil,
como demonstra o Atlas dos Desastres Naturais do Brasil. Destas, mais de 6 milhões tiveram
de deixar suas moradias, cerca de 480 mil sofreram algum agravo ou doença e quase 3,5 mil
morreram imediatamente após os mesmos. Desastres como o de Petrópolis, que resultaram
em dezenas de óbitos, não existem em um vácuo. Se por um lado exigem a presença de amea-
ças naturais, como chuvas fortes, por outro não se realizam sem condições de vulnerabilidade,
constituídas através dos processos sociais relacionados à dinâmica do desenvolvimento eco-
nômico e da proteção social e ambiental. Isto significa que os debates em torno do desastre
devem ir além das cobranças que ano após ano ficam restritas à Defesa Civil.
A redução de riscos de desastres deve hoje constituir o cerne da política brasileira para os
desastres. Isto significa combinar um conjunto de políticas não só para o durante os riscos e
situações de desastres, o que avançamos bem, mas também e principalmente para o antes e
o depois dos mesmos.
Particularmente, após o desastre da Região Serrana (RJ) em 2011, uma série de iniciativas
importantes ocorreu. Criou-se o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Na-

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turais, a Força-Tarefa de Apoio Técnico e Emergência, a Força Nacional do SUS e reestruturou-


-se o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres. Estas iniciativas ainda estão
concentradas no monitoramento, alerta e respostas aos desastres. Faltam políticas integradas
para redução de riscos.
Dados do IBGE revelam que apenas 1,2% dos municípios possuíam plano municipal de redu-
ção de riscos em 2011. Nos municípios maiores, com mais de 500 mil habitantes, que não
ultrapassam quatro dezenas, este percentual superava 50%. De modo inverso, nos municípios
menores, com menos de 20 mil habitantes, em torno de quatro mil, este percentual era de 3,3%.
É uma situação bastante preocupante relacionada aos municípios de grande porte e drástica
nos municípios de pequeno porte.
Há necessidade urgente de se investir em políticas integradas. E que ofereçam suporte aos
municípios de menor porte. Na outra ponta, políticas de recuperação e reconstrução após de-
sastres deveriam permitir o retorno à normalidade da vida “cotidiana”, não prolongando os
efeitos dos desastres, como temos visto.
(Carlos Machado - O Globo, 01/04/2013)

Assinale a alternativa que indica os vocábulos do texto que não são acentuados pela mesma
regra de acentuação gráfica.
a) após/só
b) Petrópolis/óbitos
c) possuíam/constituídas
d) através/também
e) vácuo/municípios

“Após” segue a regra das oxítonas, ao passo que “só” se enquadra nos monossílabos.
Letra a.

057. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE-PA/2011)


Financiamento de campanhas eleitorais: aspectos éticos
Além dos aspectos legais, as empresas que
decidirem participar do processo eleitoral devem
buscar procedimentos éticos na tomada de
decisões relacionadas ao financiamento de
5 candidatos e partidos políticos.
Tradicionalmente, os controladores das
empresas são os responsáveis pela decisão de
como os recursos devem ser distribuídos entre
candidatos e partidos. Os sócios e colaboradores

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10 dificilmente são consultados, e muitas vezes o


apoio reflete mais as posições pessoais dos
controladores do que os valores e princípios das
empresas.
A consulta aos sócios e colaboradores
15 sobre candidatos e partidos que a empresa deve
apoiar não implica, necessariamente, transformar a
decisão desse apoio em algo coletivo. O simples
fato de consultá-los ajuda a criar um ambiente
socialmente responsável nas empresas. É certo que
20 a separação dos valores e princípios pessoais dos
controladores dos valores e princípios das
empresas e, mais ainda, a transformação dessa
dissociação em um novo critério para a tomada de
decisões sobre aspectos tão sensíveis como o apoio
25 a determinado partido ou candidato ainda é uma
atitude difícil para grande parte dos empresários.
Também é certo, por outro lado, que, ao
aumentarem a transparência do processo de
tomada de decisões, as empresas adquirem o
30 respeito das pessoas e comunidades que são
impactadas por suas atividades e são gratificadas
com o reconhecimento e engajamento dos seus
colaboradores e a preferência dos consumidores,
em consonância com o conceito de
35 responsabilidade social, o qual, é sempre bom
lembrar, está se tornando cada vez mais fator de
sucesso empresarial e abrindo novas perspectivas
para a construção de um mundo economicamente
mais próspero e socialmente mais justo.
40 Outra iniciativa que pode ter grande
impacto junto aos colaboradores, parceiros e sócios
das empresas é a promoção de debates sobre o
processo eleitoral e o funcionamento e atribuições
das instâncias de poder em jogo nas eleições
45 (Presidência da República, Senado, Câmara Federal
e Assembleias Legislativas). As empresas podem
convidar candidatos, cientistas políticos, jornalistas

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Crase e Acentuação
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e administradores públicos para a discussão de


ideias, propostas e conceitos. Também podem
50 incentivar debates políticos dentro da empresa,
bem como trazer matérias sobre o tema em
publicações internas. É importante desmistificar
a ideia de que política é uma sujeira só e sem
utilidade. Essa é uma forma de contribuir para
55 aumentar a consciência política e a qualidade do
voto dentro de toda a cadeia produtiva, entre os
parceiros e colaboradores. Esse procedimento
ajuda a criar na sociedade ambiente ético e
transparente, acentuando a democracia nas
60 relações sociais e políticas.
Além de consultar sócios, parceiros e
colaboradores e de realizar debates, as empresas
podem também promover campanhas de
esclarecimento junto a seus colaboradores. Um
65 conceito útil para ser adotado é o do voto consciente.
Infelizmente, ainda hoje assistimos no
Brasil a fenômenos que há muito deveriam ter sido
excluídos da vida política nacional, como a compra
70 de votos e a atitude de diversos candidatos,
durante as campanhas eleitorais, de “doar” cestas
básicas e toda a sorte de brindes em troca da
promessa de voto dos eleitores. O conceito de voto
consciente é justamente o contraponto dessas
75 práticas, visando estabelecer critérios racionais que
façam do voto um instrumento de cidadania. Voto
consciente é aquele em que o cidadão pesquisa o
passado dos candidatos, avalia suas histórias de
vida e analisa se as promessas e programas
80 eleitorais são coerentes com as práticas dos
candidatos e de seus partidos.
(Instituto Ethos. A Responsabilidade Social das Empresas no Processo Eleitoral. Disponível em: <www.ethos.
org.br>. Com adaptações.)

Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que distribuídos (L.8).
a) sócio
b) sofrê-lo

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c) lúcidos
d) constituí
e) órfãos

Tanto “distribuídos” quanto “constituí” seguem a regra do hiato.


Letra d.

058. (FGV/ADVOGADO/CODESP-SP/2010)
Perda de Oportunidades no Trabalho
As empresas vinculadas ao setor de
petróleo no Brasil treinaram e formaram mais de
80 mil profissionais desde 2007, em um programa
de qualificação que abrange do nível básico a
5 cursos de pós-graduação. Mesmo assim, não
conseguiram atender a toda a demanda de pessoal
qualificado identificada pelo setor. A exemplo do
petróleo, vários outros ramos de atividade
industrial, da construção ou de serviços têm se
10 envolvido diretamente na formação e treinamento
de profissionais que não estão disponíveis no
mercado.
Nem por isso os índices de desemprego se ‘
tornaram irrelevantes no país. Há muitas pessoas
15 que permanecem sem ocupação por serem
inabilitadas às vagas e aos cargos que o mercado
oferece. São numerosas oportunidades perdidas
que se multiplicarão, se a economia brasileira
continuar com seu impulso de crescimento – e a
20 qualidade da educação continuar baixa. Afinal, a
dificuldade de se formar e qualificar profissionais
na velocidade que o mercado hoje demanda se
deve, em grande parte, a deficiências do sistema de
ensino brasileiro.
25 Um enorme contingente de jovens deixa as
escolas ainda com falta de capacidade de aprender.
O ensino técnico profissionalizante, com honrosas
exceções, passou anos sem sintonia com o mundo
real. A escassez de profissionais qualificados vem

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30 forçando uma transformação nesse sistema de


ensino, e algumas iniciativas inovadoras começam
a apresentar resultados, o que pode motivar a
reprodução dessa experiência pelo país inteiro. No
caso do Estado do Rio, merecem atenção os
35 chamados Centros de Vocação Tecnológica, mais
voltados para jovens da região metropolitana.
Esses centros se diferem do ensino técnico
convencional porque ministram cursos de curta
duração (de dois meses a um ano, essencialmente)
40 e buscam atender a demandas específicas de
grupos de empresas localizadas em suas
proximidades. Os planos das autoridades
responsáveis por esses centros são de ampliar o
número de vagas para 54 mil alunos ainda este
45 ano.
O ensino técnico profissionalizante de fato
precisa hoje correr contra o relógio, pois, se
persistir a falta de pessoal qualificado, as
oportunidades acabam definitivamente perdidas
50 pela desistência dos potenciais empregadores.
Mas, simultaneamente a essa premência de
curto prazo, espera-se que a cadeia de ensino no
país, da pré-escola à universidade, acelere ou
implante programas que possibilitem um
55 substancial salto de qualidade. Educadores já
contam com ferramentas pedagógicas e
tecnológicas que facilitam essa aceleração. O
ensino a distância, mais acessível graças às
telecomunicações e aos recursos da informática,
60 pode romper barreiras que antes impediam a
universalização de um sistema educacional de boa
qualidade.
O aproveitamento das oportunidades que
estão surgindo é valioso porque, além da realização
65 pessoal na vida profissional, é um atalho para
melhora dos níveis de renda e de bem-estar de
fatias cada vez maiores da população brasileira.

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Ao lado dos indicadores macroeconômicos,


precisamos acompanhar os referentes ao sistema
70 de ensino em geral, e, especificamente, os relativos
ao ensino profissionalizante. Sem melhorar a
educação pública, milhões continuarão prisioneiros
do assistencialismo, e as empresas, desassistidas.
(O Globo, 28/04/2010)

Assinale a palavra que tenha sido acentuada por regra DISTINTA das demais.
a) relógio (L.47)
b) deficiências (L.23)
c) distância (L.58)
d) nível (L.4)
e) níveis (L.66)

Note: todas as demais opções, apresentam paroxítonas terminadas em ditongo, ao passo que
“nível” é terminada em L. Por eliminação, é a alternativa a ser marcada.
Letra d.

059. (FGV/AGENTE ADMINISTRATIVO/CAERN/2010)

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Assinale a palavra que NÃO tenha sido acentuada pela mesma regra que as demais.
a) até (L.73)
b) está (L.44)
c) País (L.35)
d) biogás (L.55)
e) contará (L.60)

País está na regra do hiato, ao passo que as demais se justificam na regra das oxítonas.
Letra c.
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060. (FGV/ANALISTA DE SISTEMAS/MEC/2009)


O Fórum Social Mundial e a crise da globalização
O Fórum Social Mundial (FSM) de Belém abre um novo ciclo
do movimento altermundialista. O FSM acontecerá na
Amazônia, no coração da questão ecológica planetária, e deverá
colocar a grande questão sobre as contradições entre a crise
5 ecológica e a crise social. Será marcado ainda pelo novo
movimento social a favor da cidadania na América Latina, pela
aliança dos povos indígenas, das mulheres, dos operários, dos
camponeses e dos sem-terra, da economia social e solidária.
Esse movimento cívico construiu novas relações entre o
10 social e o político que desembocaram nos novos regimes e
renovaram a compreensão do imperativo democrático.
Ele modificou a evolução do continente, mostrando a
importância das grandes regiões na globalização e diante da
crise de hegemonia dos Estados Unidos. O movimento
15 altermundialista deverá também responder à nova situação
mundial nascida da crise escancarada da fase neoliberal da
globalização capitalista.
O movimento altermundialista em seus diferentes
significados é portador de uma nova esperança nascida da
20 recusa da fatalidade. É esse o sentido da afirmação “um outro
mundo é possível”. Não vivemos nem “o fim da História” nem “o
choque de civilizações”.
A estratégia desse movimento se organiza em torno da
convergência dos movimentos sociais e pela cidadania que
25 enfatizam a solidariedade, as liberdades e a paz. No espaço do
FSM, eles comparam suas lutas, práticas, reflexões e propostas.
E constroem também uma nova cultura política, fundada na
diversidade, nas atividades autogeridas, na partilha, na
“horizontalidade” em vez da hierarquia.
30 Ao longo dos fóruns, uma orientação estratégica se
consolidou: a do acesso aos direitos fundamentais para todos.
Trata-se da construção de uma alternativa à lógica dominante,
ao ajustamento de todas as sociedades ao mercado mundial por
meio da regulação pelo mercado mundial de capitais.
35 À evidência imposta, que presume que a única forma
aceitável de organização de uma sociedade é a regulação pelo

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mercado, podemos opor a proposta de organizar as sociedades


e o mundo a partir do acesso para todos aos direitos
fundamentais. Essa orientação comum ganha sentido com a
40 convergência dos movimentos e se traduz por uma nova cultura
da transformação que se lê na evolução de cada um dos
movimentos.
Os debates em curso no movimento enfatizam a questão
estratégica. Ela põe em relevo o problema do poder, que remete
45 ao debate sobre o Estado, e atravessa a questão dos partidos e
do modelo de transformação social, assim como dos caminhos
do desenvolvimento.
O movimento altermundialista não se resume aos Fóruns
Sociais, mas o processo dos fóruns ocupa de fato uma posição
50 especial.
O movimento altermundialista não deixa de expandir e de se
aprofundar. Com a expansão geográfica, social, temática, viu
sua força aumentar consideravelmente em menos de dez anos.
No entanto, nada está ganho, mesmo que a crise em muitos
55 aspectos confirme várias de suas análises e justifique seu
chamado à resistência.
O movimento altermundialista é histórico e prolonga e
renova os três movimentos históricos precedentes: o da
descolonização – o altermundialismo modificou em
60 profundidade as representações norte-sul em proveito de um
projeto mundial comum; o das lutas operárias – desse ponto de
vista, está comprometido com a mudança rumo a um
movimento social e pela cidadania mundial; e o das lutas pela
democracia a partir dos anos 1960-1970 – é um movimento pela
65 renovação do imperativo democrático após a implosão dos
Estados soviéticos em 1989 e as regressões representadas
pelas ideologias e doutrinas de segurança/militaristas/
disciplinares/paranóicas. A descolonização, as lutas sociais, o
imperativo democrático e as liberdades constituem a cultura de
70 referência histórica do movimento altermundialista.
O movimento altermundialista se vê diante da crise da
globalização capitalista em sua fase neoliberal. Essa crise não é
uma surpresa para o movimento; ela estava prevista e era
anunciada há muito tempo.

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75 Três grandes questões determinam a evolução da situação


em escala mundial e marcam os diferentes níveis de
transformação social (mundial, por região, nacional e local): a
crise ecológica mundial, que se tornou patente, a crise do
neoliberalismo e a crise geopolítica com o fim da hegemonia
80 dos Estados Unidos.
A crise de hegemonia norte-americana aprofunda-se
rapidamente. A evolução das grandes regiões se diferencia: as
respostas de cada uma à crise de hegemonia norte-americana
são muito diferentes. A luta contra a pretensa guerra entre
85 civilizações e contra a tão real guerra sem-fim constitui uma das
prioridades do movimento altermundialista.
A fase neoliberal parece ofegante. A nova crise financeira é
particularmente grave. Não é a primeira crise financeira deste
período (outras ocorreram no México, Brasil, Argentina etc.) nem
90 é suficiente para sozinha caracterizar o esgotamento do
neoliberalismo.
A consequência das diferentes crises é mais singular. A crise
financeira aumenta as incertezas a respeito dos rearranjos
monetários. A crise imobiliária nos Estados Unidos revela o
95 papel que o superendividamento exerce, bem como suas
limitações como motor do crescimento. A crise energética e a
climática revelam os limites do ecossistema planetário. A crise
alimentar, de gravidade excepcional, pode pôr em xeque os
equilíbrios mais fundamentais.
100 O aprofundamento das desigualdades e das discriminações,
em cada sociedade e entre os países, atinge um nível crítico e
repercute na intensificação dos conflitos e das guerras e na
crise de valores.
(...)
(Gustave Massiah, Le Monde Diplomatique Brasil, janeiro de 2009)

Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra


distinta das demais.
a) Amazônia (L.3)
b) planetária (L.3)
c) resistência (L.56)
d) níveis (L.76)
e) países (L.101)

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“Países” é acentuada pela regra do hiato, ao passo que as demais são paroxítonas terminadas
em ditongo.
Letra e.

061. (FGV/CONSULTOR DE ORÇAMENTO/SENADO FEDERAL/2008)

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Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra distinta das demais.
a) consciência (L.50)
b) juízos (L.11)
c) pretório (L.6)
d) episódios (L.56)
e) importância (L.17)

“Juízos” apresenta a regra do hiato, ao passo que as demais palavras estão na regra das paro-
xítonas terminadas em ditongo.
Letra b.

062. (FGV/ANALISTA DE RELAÇÕES PÚBLICAS/SENADO FEDERAL/2008)

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Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo regra distinta das demais.
a) previdência (L.37)
b) diária (L.69)
c) idéia (L.10)
d) declínio (L.3)
e) óbvia (L.33)

Mas note que essa questão é de 2008, antes do Novo Acordo! Atualmente, a palavra “ideia”
perdeu o acento.
Letra c.

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063. (FGV/ANALISTA DE SISTEMAS/SENADO FEDERAL/2008)

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A palavra êxito (L.62) recebeu acento por se tratar de proparoxítona. Nas alternativas a seguir,
em que todas as palavras estão propositalmente grafadas sem acento, uma naturalmente não
receberia acento por não se tratar de proparoxítona. Assinale-a.
a) interim.
b) rubrica.
c) recondito.
d) arquetipo.
e) lugubre.

Note que a palavra “rubrica”, apesar de ser muito pronunciada como proparoxítona, é conside-
rada, na nossa língua, paroxítona!
Letra b.

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064. (FGV/ADVOGADO/SENADO FEDERAL/2008)

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Assinale a alternativa em que a palavra indicada tenha sido acentuada por regra distinta
das demais.
a) instituídas (L.4)
b) transparência (L.14)
c) remuneratório (L.6)
d) Judiciário (L.2)
e) Ministério (L.88)
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É a única que se encaixa na regra do hiato. As demais são paroxítonas terminadas em ditongo.
Letra a.

065. (FGV/TÉCNICO LEGISLATIVO-ADMINISTRAÇÃO/SENADO FEDERAL/2008)


Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que
saúde (L.9)
a) indústria (L.13)
b) licitatória (L.66)
c) aí (L.89)
d) até (L.2)
e) têm (L.80)

Tanto “saúde” quanto “aí” estão na regra do hiato.


Letra c.

066. (FGV/PROFESSOR-LÍNGUA PORTUGUESA/AL-MT/2013)


Ser autor
O processo de iniciação à escrita deve ser cercado de alguns cuidados. Talvez o principal seja
o de estimular a criança a assumir a autoria dos seus primeiros textos. Uma fase prévia de re-
produção é inevitável. Experiências pedagógicas mostram o entusiasmo da meninada, ao ver,
no papel, seus primeiros desenhos gráficos a falarem de alguma coisa. Outras experiências já
provam que tal entusiasmo vai arrefecendo a partir da terceira série. O que parece acontecer,
pelo que andei lendo (as palavras são minhas), é que os alunos vão sendo freados em seus in-
tentos comunicativos. Como? Por um lado, surgem os ditongos, os hiatos, os tritongos (e a se-
mivogal!), listas de aumentativos e de diminutivos de menos ou nenhuma valia, de superlativos
eruditos (amaríssimo, dulcíssimo, macérrimo, que tal?), enfim, muita memorização, para nada,
de palavras isoladas, fora de um contexto, como costumam dizer os estudiosos da linguagem.
Boas puxadas de orelha levei, porque, ao decorar certos verbos considerados irregulares, não
tinha guardado a forma caibo! Um amigo me contou que, ao escrever uma carta, vacilou no
plural de anão e apelou para esta inusitada expressão: “um anão e outro anão”! Por outro lado,
nasce cedo para os estudantes a cultura do erro, que marca ainda o ensino e que impregna a
nossa sociedade, sem que ela se dê conta do processo.
(Carlos Eduardo Falcão Uchoa)

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Prévia, inevitável, experiências, pedagógicas, dê são algumas das palavras acentuadas grafi-
camente no texto. Considerando tais palavras, as regras de acentuação que justificam seus
acentos gráficos são
a) duas
b) três.
c) quatro.
d) cinco.
e) uma.

Veja a banca FGV se contradizendo! Eles indicam que são 4 regras, da seguinte forma:
• prévia, experiências: paroxítonas terminadas em ditongo;
• inevitável: paroxítona terminada em L. (isso a banca já havia assinalado em outras ques-
tões);
• pedagógicas: proparoxítona;
• dê: monossílabo.
Agora, pergunto: se a banca considera que paroxítonas terminadas em ditongo podem tam-
bém ser classificadas como proparoxítonas, por que o gabarito não é a letra B? Felizmente,
essa questão foi em 2008. Para esse caso, vamos nos ater ao entendimento de questões mais
recentes, ok?
Letra c.

067. (FGV/ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVA/2017)


TEXTO 1 - REFEIÇÃO EM FAMÍLIA
Rosely Sayão
Os meios de comunicação, devidamente apoiados por informações científicas, dizem que ali-
mentação é uma questão de saúde. Programas de TV ensinam a comer bem para manter o
corpo magro e saudável, livros oferecem cardápios de populações com alto índice de longevi-
dade, alimentos ganham adjetivos como “funcionais”. Temos dietas para cardíacos, para hiper-
tensos, para gestantes, para obesos, para idosos.
Cada vez menos a família se reúne em torno da mesa para compartilhar a refeição e se encon-
trar, trocar ideias, saber uns dos outros. Será falta de tempo? Talvez as pessoas tenham esco-
lhido outras prioridades: numa pesquisa recente sobre as refeições, 69% dos entrevistados no
Brasil relataram o hábito de assistir à TV enquanto se alimentam.
[....]
O horário das refeições é o melhor pretexto para reunir a família porque ocorre com regularida-
de e de modo informal. E, nessa hora, os pais podem expressar e atualizar seus afetos pelos
filhos de modo mais natural.
(adaptado)

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As duas palavras do texto 1 que são acentuadas graficamente em função da mesma regra são:
a) científicas/reúne;
b) saúde/hábito;
c) saudável/índice;
d) cardíacos/será;
e) família/cardápios.

“Família” e “cardápios” são paroxítonas terminadas em ditongo.


Letra e.

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Elias Santana
Licenciado em Letras – Língua Portuguesa e Respectiva Literatura – pela Universidade de Brasília. Possui
mestrado pela mesma instituição, na área de concentração “Gramática – Teoria e Análise”, com enfoque
em ensino de gramática. Foi servidor da Secretaria de Educação do DF, além de pro­fessor em vários
colégios e cursos preparatórios. Ministra aulas de gramá­tica, redação discursiva e interpretação de textos.
Ademais, é escritor, com uma obra literária já publicada. Por essa razão, recebeu Moção de Louvor da
Câmara Legislativa do Distrito Federal.

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