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EXMO(A). SR(A). DR(A).

JUIZ(ÍZA) DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE


UMUARAMA - PR .

Processo nº 614247

CARLOS AUGUSTO DA SILVA, já devidamente qualificado nos autos em


epígrafe, por seu advogado infra-assinado abaixo, vem à presença de
Vossa Excelência, requerer o

CUMPRIMENTO DEFINITIVO DE SENTENÇA

em face de HARO YAMADA , igualmente qualificado no processo, pelos


fundamentos a que se seguem.

DA LEGITIMIDADE ATIVA

Não obstante a formação de título executivo judicial ser oriundo, de sentença


condenatória de pagamento por quantia certa, em face de inadimplemento de obrigação
provinda de título extrajudicial, o Exequente tem legitimidade para executar a sua parcela.

Como é disposto pelo art. 778 do CPC/15:

Art. 778."Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título
executivo".

Ao interpretar referido preceito legal, tem-se que a execução de sentença


prolatada, pode ser realizada por iniciativa individual do interessado. Pelo fato de o polo
passivo da demanda, ser possuidor de "legitimidade ordinária primária", para tal. A que
confere o direito de legitimidade passiva na demanda, ao requerente que seja credor do
próprio título extrajudicial.

Razão pela qual, devido o recebimento da execução e devido processamento.

DA LEGITIMIDADE PASSIVA

Nos termos do 790 do CPC/15, a ação de execução alcança todos aqueles que
possuem responsabilidade sobre o débito, direta ou indiretamente, conforme leciona o
doutrinador Araken de Assis:
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"Em última análise, e de olho na realidade prática, interessa definir a
quem se rotulará parte legítima passiva na demanda executória. A
resposta é simples: a quem não puder livrar-se de a execução recair no
seu patrimônio. Essa responsabilidade recai sobre dois grupos: (a) os que
assumiram a dívida mediante declaração de vontade; e (b) os que,
apesar de não assumirem dívida alguma, expõem seu patrimônio à
satisfação do crédito, porque são responsáveis pela solução da dívida.
Essas últimas pessoas, envolvidas no processo pelo ângulo subjetivo (o
credor propôs contra elas a execução) desde o início, ou em decorrência
da constrição de algum bem dentro da sua esfera patrimonial (v.g., o bem
gravado com hipoteca, que garante dívida de outrem que não o
proprietário), ostentam-se partes." (ASSIS, Araken. Manual da Execução.
Ed. RT, 2017. 19 edição. Versão ebook, 118 - Legitimidade passiva
extraordinária)

Assim, nos termos da redação dada pelo Novo CPC:

Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros
para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas
em lei.

Portanto, demonstrada a legitimidade passiva do réu, deve responder pela


obrigação executada em questão.

DO TÍTULO JUDICIAL

O pedido de cumprimento definitivo da sentença possui amparo no Código de


Processo Civil, nos seguintes termos:

Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em


liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o
cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente,
sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze)
dias, acrescido de custas, se houver.

No presente caso, o Exequente obteve sentença favorável em 15 DE OUTUBRO


DE 2016. com o seguinte dispositivo:

"(...) diante do exposto, Julgo parcialmente procedente o pedido, para o fim


de condenar o requerido Raro Yamada à pagar ao Autor Carlos Augusto
da Silva, a importância de R$ 50.000,00(cinquenta mil reais) referentes à
ultima parcela do contrato de compra e venda do imóvel celebrado entre
as partes, acrescida de juros legais de 1% (um por cento) a partir de
então, corrigida monetariamente pelo INPC e juros de mora a partir da
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citação. ".

Diante desta decisão, não houve recurso, cabendo ao Executado imediatamente


cumprir a determinação de adimplir o pagamento determinado pela sentença.

DO VALOR ATUALIZADO DO DÉBITO

Até a presente data, o valor do débito é de R$ 50.000,00, mediante a aplicação


da taxa de juros legais de 1%, desde então, corrigida pelo INPC e, a aplicação de juros de
mora, a partir da data da citação do executado.

DOS HONORÁRIOS CABÍVEIS À FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

Diante da inércia do Executado no pagamento voluntário, requer igualmente a


execução da determinação em sentença do pagamento de honorários advocatícios e demais
custas processuais, na importância de R$ 500,00. A redação expressa do Novo CPC
assegura:

Art. 85 (...) § 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção,


no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução,
resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente.

DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, REQUER:

1. A notificação do Réu para cumprir a sentença, no prazo de quinze dias, nos termos do
art. 523 do CPC/15;

2. Caso não ocorra o pagamento, para fins de penhora nos termos do do Art 523, §3º do
CPC/15, indica os seguintes bens:
I - dinheiro porventura existente em contas do executado (penhora on-line via
BACENJUD, nos termos do Art. 835 do CPC/15;
II - não se encontrando qualquer quantia em conta, requere-se a penhora do seguinte
bem: HONDA CIVIC/2015 ; em nome do executado, Raro Yamada.

3. Não ocorrendo a obrigação, requer a cominação de multa diária (astreintes), nos termos
do Art. 537 do CPC/15, bem como inclusão do executado no cadastro de inadimplentes
até que seja cumprida a determinação, nos termos do Art. 782, §3º do CPC;

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4. Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, requer o acréscimo de multa
de dez por cento sobre o débito e, também, de honorários advocatícios de dez por
cento, nos termos do Art. 523, §1º do CPC/15;

5. Seja expedida certidão comprobatória do ajuizamento da presente execução, a teor do


artigo 828, do Novo Código de Processo Civil , para fins de averbação no registro de
imóveis, veículos ou outros bens sujeitos à penhora, arresto ou indisponibilidade;

Valor da causa: R$ 86.000.

Nestes termos, pede deferimento.

Umuarama, 22 de Novembro de 2022.

CAROLINA OLIVEIRA RIBEIRO GONÇALVES - ADVOGADA LARISSA MESQUITA UTSCH


- ADVOGADA

ANEXOS

1. Procuração

2. Decisão exequenda e trânsito em julgado

3. Procurações outorgadas pelas partes

4. Decisão de habilitação, se for o caso

5. Cálculos demonstrativos

6. Facultativamente, outras peças processuais

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