Você está na página 1de 16
THOMAS ROBERT MALTHUS PRINCIPIOS DE ECONOMIA POLITICA € Consideragées Sobre sua Aplicacao Pratica ENSAIO SOBRE A POPULAGAO Apresentagao de Eenane Galveas raducbes de Regis de Castro Andrade, Dinah de Abreu Azevedo ¢ Antonio Alves Cury Fundador CTOR CIVITA, 907 - 1991) & Editora Nova Cultural Ltda. Copyright © desta edicao 1996, Circulo do Livro Ltda. Rua Paes Leme, 524 - 10" andar CEP 05424-010 - Sao Paulo - SP ‘An Essay on the Principle of Population. Direitos exclusives sobre a Apresentactio de autoria de Ernane Galveas, Bditora Neva cultural Ltda., Sao Paulo, Impressao ¢ acabamento: "Y COCHRANE GRAPICR E EDITORA BRASIL LTDA. CCIRCULO - FONE: (5 11) 4191-4635, ISBN 85-351.0828-9 CAPITULO I As Definigdes de Riqueza e de Trabalho Produtivo Secao I As definicdes de riqueza Uma definigao de riqueza seria desejavel, embora nao seja facil propor alguma que no seja passivel de objecdes. Pode-se questionar a liberdade de um autor para definir seus termos da forma que lhe agradar, mesmo que os use sempre no sentido indicado, pois uma definicdo inadequada ou incomum pode inutilizar ‘uma pesquisa. (Os méritos comparativos dos sistemas dos economistas e de Adam ‘Smith dependem principalmente de suas diferentes definigdes de riqueza Os economistas confinaram 0 termo riqueza dentro de limites estreitos demais. Lorde Lauderdale e outros autores deram definigBes que a am: pliam demais. ‘Se desejamos atingir alguma precistio em nossas pesquisas, ao tratar da riqueza devemos estreitar 0 campo de investigacao de modo ‘que compreenda apenas aqueles bens cujo aumento ou diminuicio é possivel estimar com maior acuidade. 0 objetos materiais dos imateriais, ou aqueles suscetivels de acumu: lagao e avalinglo definida daqueles que raramente admitem esses pro- ‘cessos ¢ nunca num grau que permita conclusdes prati ‘Adam Smith nunca deu uma definigao de riqueza: mas é bastante claro.em todo 0 seu t ‘que atribui ao termo restringe-se a objetos ‘que sua descrigao predominante de riqueza ¢ a de “produto terra e do trabalho". Pode-se objetar a essa definicao o fato de referir-se inutets da cerra, bem como aqueles que sao apropriados e usufruidos pelo homem, Para evitar essas objecdes © manter a mesma distancia de um sentido muito restrito e de um sentido mutto indiferenciado do termo, eu definiria a riqueza como pensamos quando falamos de riqueza; essa é uma vantagem consideravel, visto que assim mantemos tanto ‘0 uso comum desses termos quanto o vocabuldrio da Economia Politica. Na verdade, aplicar a palavra riqueza a codo beneficio ou satis facao que o homem pode usufruir corresponde a um uso m: termo; € ndo poderiamos aceitar a pro za é a tinica fonte da felicidade huma entendo, portanto, pode- esse modo, um pais sera rico ou pobre segundo a abund: ou escassex dos objetos materials nele encontrades. cela Go abastecimento relativamente & popularde, CapiruLo I As grandes e inesperadas descobertas que ocorreram nos tiltimos ‘anos na filosofia natural, a crescente difusio do conhecimento geral a partir do desenvolvimento da arte da impressiio, o espirito de pesquisa € firme que predomina por tod ilo letrado e mesmo no luzes que foram langadas sobre Tem sido dito que a grande questo esta hoje em debate: se doravante o homem se lancard para a frente, com velocidade acelerada, ‘em diregdo a um aperfeicoamento ilimitado e até agora inimaginavel. ou se sera condenado a uma permanente ascilagao entre a prosperidade is de todo esforgo, ainda permanecera a uma inco- do objetivo desejado. ‘om a apreensao de todo amigo da humanidade desta aflitiva incerteza, e com o zelo da nto que pudesse 1uro, ha muito a se lamentar que os es- que deve esperar mente Indagadora que acolheria todo esclari ajudar na sua visio di critores, em cada a tenham a grande distancia um do outro. Seus argumentos comuns nao chegam a um questo no & levada a se Sustentar nos detalhes menores e, mesmo na teoria, parece estar Tonge de se aproximar de um equacionamento, tornd-los capazes de destruir as atuais instituicdes € promover seus, planos grandiosos de ambico, ou como um bando de entusiastas sel vagens e loucos cujas especulagdes estuipidas absurdos contra-sersos 'nao sa0 dignos da aten¢ao de nenhum homem sensato. © defensor da perfectibilidade do homem ¢ da sociedade devota a0 protetor das desprezo. Ele 0 estigmatiza como escravo dos prec jculos © tacanhos ou como deferssor dos abusos da sociedade civil, apenas porque se beneficia deles. Ele 0 Fetrata como uma personalidade que prostitul sua inteligéncia de acordo com seu interesse, ou como alguém cujos poderes do raciacinio nao em dimensdo para se empenhar em qualquer coisa grande ¢ nobre. que nao conseguc 1c jardas @ sua frente e que deve we incapaz de examinar os pontos humanidade. causa da verdade nao consegue serio {er prejuizos. Os argumentas realmente bons, sobre cada aspecto da ques. ‘Go, ndo so reconhecidas como tendo seu valor proprio. Cada um adota ‘sua propria teoria, ‘uma preacuacao con ‘0 defensor da lagdes politicas em atual das coisas condena todas as espect- io. Ele proprio ndo se permite examinar os ddos quais é deduzida a perfectibilidade da socie- se dara ele ao trabalho de mado franco e honesto ara empreender uma explicacao de sua propria falacia, Da mesma forma, 0 fildsofo especulativo afronta a causa da ver- Com os olhos voltades para um estaigio mais feliz da sociedade, ele pinta com as cores mais fascinantes, ele proprio se com as mais crueis diatribes contra toda presente 40, sem usar 08 seus talentos para estudar os meios mais se do homem em direcao & perfeicao. E uma verdade reconhecida pela filosofia que uma teoria verda deira sempre sera confirmada pela experiencia. Entretant © tantas pequenas circunstinclas acorrem na pratica q la mais aberta e perspicaz prever que, em poucos possa ser declarada correta e que nao tenha re ‘Mas uma teoria nao verificada na pratica lo ao teste da exp pode ser razoav assegurada como provavel, muito menos como correta, até que todos os argumentas contra ela tenham sido sabiamente confrontades e refutados clara e firmemente. Li com grande prazer algumas especulagoes sobre a perfectibilidade do homem e da sociedade. Fiquel entusiasmado e feliz’ com 0 quadro encantador que descrever csamente por esses venturosos. aperfeicoamentos. Mas vejo, no 1 rider, grandes © insuperaveis dificuldades no seu caminho. B meu propésite expressar essas dificul dades, demonstrando, ao mesmo tempo, que longe de me regozijar com clas, como um motivo de vitsria sobre os amigos da novidade, nada ‘me daria mais prazer do que vé-las completamente Was. ‘A argumentacao mais importante que apresentarel certamente no & nova. Os prineipies sobre os quais esta subordinada foram ex- plicados parcialmente por Hume e, de modo mais geral, pelo Dr. Adam ‘Smith. A argumentagao foi desenvolvida e aplicada 20 atual tema, fembora som 0 devido peso ou de acorda com um ponto de vista mais, lo Sr. Wallace, e pode ter sido firmada, provavelmente, escritores que nunca conheci. Eu, certamente, por esse mo: tivo, nunca pensaria em desenvolver novamente essa argumentacao, embora pretenda colocé-la sob um ponto de vista de alguma forma diferente de tudo que tenho visto até aqui, ainda que ela tenha sido respondida de forma completa e satisfatoria. ‘A causa desse descuido, por parte dos defensores da perfectibi: lidade da humanidade, nao é bem explicada. Nao posso duvidar de telentos de homens tais como Godwin ¢ Condoreet. Estou relutante em duvidar de sua imparcialidade. No meu entendimento, e provavel: mente no de muitos outros, a dificuldade se revela insuperavel tretanto, estes homens, de reconhecido discernimento e capacidade, mal se dignam menciond-la e mantém 0 curso de suas especulagies com irrefredvel entusiasmo e inquebrantavel fe. Nao tenho certamente nenhum direito de dizer que eles fecham propositadamente seus olhos a tais argumentos. Devo duvidar a priori da validade deles quando nnegligenciados por tais pessoas, embora, forcasamente, sua verdade possa chocar-se com 0 meu préprio pensamento. Entretanto, com relagao isto, deve ser reconhecido que estamos todos por demais sujeites a errar, Se vi um copo de vinho reiteradamente oferecido a uma pessoa cla nao tomou conhecimento disso, eu estaria inclinado a pensar que cela era cega ou mal-educada. Uma filosofia mais justa poderia me ensinar antes a pensar que meus olhos me enganavam e que 0 ofere- ccimento nao era o que eu pensava que fosse Para introduzir o argumento devo pressupor que excluo da ques- ‘Ao, no presente. todas as simples conjecturas, isto é, todas as supo- sigdes, cujo provavel coneei pode ser inferido com base em quais quer premissas filosoficas legitimas. Um escritor pode dizer-me que ele pensa que 0 homem se transformara finalmente num avestruz. Propriamente nao posso nega-lo. Mas antes que ele possa converter qualquer pessoa sensata ao seu modo de ver, ele deveria mostrar que 0 peseoco na espécie humana foi gradu ‘se alongando, que os lablos se tornaram mais grossos e mais salientes, que as pernas e os pés esto permanentemente mudando sua forma e que © pélo esta comecando a transformar-se em tocos de penas. F, até que a probabi- lidade de to maravilhosa mutacéio possa ser demonstrada, certamente 6 perder tempo ¢ retdrica divagar sobre a felicidade do homem em tal estaglo: descrever seus poderes tanto de correr como voar, retraté:lo numa situagao em que todos os pequenos Iuxos sejam desprezados, fem que os homens se dedicariam somente a acumular as coisas ne. cessdrias a vida e em que, consequentemente, cada parcela de trabalho do homem seria pequena, e grande sua parcela de lazer. Penso que posso elaborar adequadamente dois postulades, Primeiro: Que o alimento é necessirio para a existéncia do homem. ‘Segundo: Que a paixio entre os sexas & necessiria e que perma necerd aproximadamente em seu atual estégio. Esssas duas leis, desde que nds tivemos qualquer conhecimento da humanidade, evi i fas de nossa natureza ¢, no temos 0 ‘como existem |. Sem um pronto ato de poder daquele Ser que primeiro ordenos: © sistema do universo e que para provelto de suas eriaturas ainda faz, de acordo com leis fixas, todas estas variadas operacies. [Nao conhego nenhum escritor que tenha admitide que nesta terra ‘© homem, fundamentalmente, seja capaz de viver sem alimento, Mas 0 ‘Se. Godwin prognosticou que a paixio entre os sexos pode ser extinta ‘com tempo. Contudo, como ele considera esta parte de seu trabalho um desvio para 0 campo da conjectura, nao insistirel mais sabre isso agora, ‘a nao ser em afirmar que os melhores argumentes para provar a perfec Libilidade do homem provem de um estudo do grande progresso que ele {ja realizou desde 0 estado biirbaro e da diffculdade de dizer onde ele se ddetém. Mas, com relagdo & extingo da palxdo entre os sexos, nenhum feito até aqui. Ela parece existir com ha dois ou ha quatro mil anos. Existem sxceqdes hoje como sempre existiram. Mas, como esas excegies nao pa- oem crescer numericamente, decerto seria uma demonstragio antifilo- sofiea inferir, simplesmente a partir da existencia de uma excegio, que ‘a excecio com 0 tempo se tornaria a regra e a regra a excecio. Entao, adotando n 3 come certos, afirmo que o poder dle crescimento da populagao é indefinidamente maior do que © poder que tem a ‘A popuilacao, quando nao controlada, cresce numa progressao geo- métrica. Os metos de subsisténcia crescem apenas numa progressao aritmética. Um pequeno conhecimento de niimeros demonstrara a enor: let da nossa natureza que torna o alimento nevessario ida humana, 0s efeitos desses dois poderes desiguais devem ‘ser mantides iguais. ‘0 implica um obs sobre @ populagao, apa jue atua de modo firme © constante jculdade da subs! tureca espalhou largamente dda vida, com a mao a mais generosa e prédiga. Ela fol re- Jativamente parcimoniasa quanto 30 espago e a alimentacao necessérios alimento e espaco para decurso de uns poucos milhares de anos. A miséria que despoticamente permela toda a lei da natureza limita estes mundos mediante determi- hhadas restrigdes. Os reins vegetal e animal se reduzem sob esta grande |e’ limitadora. Ea espécie humana nao pode, por simples esforgos racionais, escapar dela, Entre as plantas e 0s animais suas consequencias slo a perda do sémen, a doenga e a morte prematura. Na espécie humana, a ‘conseqiiéncia altamente provavel , por ssa raziio, 9 vemos predominar largamente, mas no pode, talvez, ser chamado de consequéneia al tude ¢ resistir a toda tei Essa desigualdade forma pela qual o homem impregna toda a natureza nhuma norma agraria, no sew mai presszio mesmo por apenas u decisiva contra a possivel e: ide, prosperidadle € num relative stia para providenciar os meios issas esto corretas. 0 argumento do conjunto da humanidade. Assim, esbocei as do argumento, ¢ 0 exat mais particularmente, serd fundamentado na ex cia, a verdadeira force e base de coda conhecimento que inva! ‘mente comprova sua verdade. de subsisténcia para sie para os Conseqientemente, se as pr 6 conclusive contra a pe CaPiTULO V ‘culo positive ao erescimento da papulacao, pelo qual tendo aquele que impede um crescimento que ja se iniciou, principalmente, embora nao exclusivamente, as classes m: da sociedade. Esse obstaculo nao ¢ to evidente a observacao comum como 0 outro que mencios strar claramente a forca ea extensio de sua in que tm acompanhade as criangas que morrem anualment se refere aos pais que podem ser cons © cuidados adequados & sua prole, 1 rigorasa miséria e sao as vezes coi sujeitos a um arduo trabalho, Essa mortalidade entre os filhos dos pobres tem sido constantemente observada em todas as cidades. Cer- tamente nao predomina, num mesmo grau, em todo 0 pai assunto até agora nao recebeu atencao suficiente, para permitic a qual- quer um afirmar que existem proporcionalmente mais dbitos entre os filhos dos pobres, mesmo no interior. do que entre es das classes media e alta, Na verdade, parece \dmitir que a esposa de um taba. Thador que tem sets filhos que, algumas vezes, sofre total falta de pao seria sempre capaz, de dar a seus 0s cuidados ne- cessdrios para a Sobrevivencia. Os filhes ¢ as dos camponeses 1ndo sero vistas nunca na vida real como rosados querubins, como S30 descritos nas romances. Nao pode deixar de ser assinalado por aqueles que vivern muito no interior que os filhos dos trabalhadores estio muito sujeitos a ser prejudicados em seu crescimento e demoram para atingir 0 desenvolvit pleno. Os rapazes que voce julgaria estar com 14 anos, apds verificasao, constata ter 18 ou 19 anos. E os meninos que trabalham com arado, que de saudavel, muito raramente slo vi que, do nimero de ‘uma proporeao demasiado grande lerados incapazes de dar alimento quirido misculos em suas pernas, cir buida a faka de al As leis dos. laterra para remediar a frequente Povo, mas € para se recear que, embora elas possam (er aliviado um pouco a intensidade da miséria individual, provocaram um dano geral numa parcela muito maior. E um assunto ido em conversas € mencionado sempre como a enorme quantia que istncia que sé pode ser atti ie os mordomos de igreja © os provedores dos Indigentes da pardquia gastam a maior parte dele em jantares, Todos concordam que, de uma outra forma, © dinheiro deve ser muito mal administrado. Em suma, fato de que aproximadamente 3 milhoes sio coletados anualmente para os pobres e, entretante, suia mi ainda nao tenha sido eliminada, € um objeto de permanente assombro, Mas um homem que vé um pouco além da aparéncia das coisas ficaria to mais admirade se o fato fosse diferente do que ¢ observado, ou mesmo se uma arrec geral de 18 xclins de libra em vez de 4 fosse madifica-lo subst mente, Preparel um exemplo que espero elucidar meu pensam ‘Suponhamos que. por uma colaboracao dos rieos, os 18 pence por mem gana hoje fossem reduzides para § xelins; talvez se pudesse imaginar que eles tivessem entao condicdes de viver con- fortavelmente e de ter todo dia um pedago de carne para o seu jantar. Mas isso seria uma conclusio falsa. A entrega de 3 xelins e 6 pence Por dia a cada trabalhador nao aumentaria a quantidade de carne do pais, Nao ha, no presente, o suficiente para que todas tenham um bom quinhao. Entao, qual seria a consequéncla? A eoncorréncia entre os compradores no mercado de carne elevaria rapidamente 0 preco de 6 ou 7 pence para 2 ou 3 xelins de libra e a mercadoria nao seria par- tithada por mais pessoas do que no presente. Quando um produto esta escasso e nio pode ser rio mais valioso, isto 6, aquele que oferece mais dinheiro, se 0 proprietario. Se podemos admitir que a concorréncia entre ‘os compradores de carne continua por muita tempo por causa de uma ‘maior quantidade de gado criade anualmente, isso poderia ser realizado somente a custa dos cereais, 0 que se vantajosa, bem sabide que o pai mesma populagao: e quando os meios de subsisténcia estio escassos em relagao 2o niimero de pessoas, 6 de pouca relevancia que os membros ‘mais pobres da sociedade possuam 18 pence ou 5 xelins. Em qualquer caso, eles deve ser obrigados a viver com uma allmentagao mais precaria ¢ em menor quantidade. Dir-se-i, talvez, que o mimero crescente de compradores de qual proporcionalmente maior de pessoas. Es ‘mitindo a mesma quanti prias classes mais baixas se tornariam muito mais miseraveis do que ‘quando recebi sa soctedade, quatsquer que sejam, Na verdade, grandes mudangas poderiam ser feitas. O rico poderia guns pobres, rices, mas uma parcela da sociedade ter diftculdades para viver e essas dificuldades sobre 0s elementos menes afortunades. posso, mediante recursos monetiri e possibi proporcionalmente © pad classe. Se reduzo a quanti var 0 padrao de vida do pobre do que anteriarmente, sem abalxar talvez, fosse bem capaz de suporta-lo, Se explora uma porcao de terra nao cultivada e dou 0 produto ao pobre, beneficio tanto a ele como a todos os membros da sociedade. porque o que ele antes consumia era tirado de estoque comum e assi fe, um pouco do novo produto. Mas se dou a ele somente: ndo-se que 0 produto do pais permanece © ‘a uma parcela deste produto maior do que a do produto parcela essa que ele no pode receber sem di ‘a dos outros. E evidente que essa conse- wlividuais. deve ser to pequena que seré total- ora exista como tantas outras, que, como al- setos que vive no ar. escapam de nossa pereepcio menos ‘Admitindo-se que a quantidade de alimento de qualquer pats Permaneca a mesma, ininterruptamente, por muitos anos, € evidente que esse alimento deve ser dividido de acordo com 0 valor do titulo Imobilidrio. de cada homem ou cam a soma de dinhveiro que ele pode gastar com essa mercadori lade concludente que os t grupos de homens. Se 0s ricos fessem subscrever e dar 5 lidade e consumiriam uma maior quantidade de provisies, cexistiré menos alimento de sobra para dividie com 9 resto e, conse. valor 01 mesmo raimero de moedas de prata compraria menor quantidade de alimentas. ‘Um crescimento da populagdo sem um ereseimento proporcional iho compraré menor quantidade de provisoes. Um au: 1 de preco das provisies surgiria rapido do que dos meios de subsisténcia ou de uma diferente do dinhelro da sociedade. O alimento de um pais que foi ‘ocupado durante muito tempo, se ele estivesse crescendo, cresce regular ¢ vagarosamente e no pode ser destinado a atender quaisquer de- ‘mandas inesperadas; entretanto, as variagées na distribuigao do di- nheiro de uma sociedade nao ocorrem raramente e esto, sem duvida, entre as causas que provocam as continuas variagdes que observamos ro preco das provisées. As leis des pobres da Inglaterra tendem a rebaixar a condicio geral do pobre dos dois mocos seguintes. Sua primeira tendéncia dbvia é de aumentar a populacao sem um aumento de alimento para sustenté-la Um pobre pade casar com pouca ou nenhuma perspectiva de ser capaz dd sustentar uma familia com independencia. Pace-se dizer que, de certo modo, as les criam o pobre que mantém: e coma as provisbes do pais, fem consequéncia do aumento populacional, devem ser distribuidas a cada pessoa em pequenas quantidades, é evidente que o trabalho daqueles que ‘do sao sustentados pela assisténcia da pardqula comprara menor quan: {dade de provisdes do que anteriormente e, consequentemente, a maioria eles sera forgada a reclamar por sustento, segundo lugar, a quantidade de provisies consumida em al- ‘caberiam aos elementos mais operasas e mais dignos; e, maneira, obriga muitos a se tornarem dependentes. Se 0s p condig3o daqueles que nao esto nes albergues, por ocasionar uma elevacio do prego das provisies, Felizmente, para a Inglaterra, o espirito de indepenclén« clas obtiveram ‘omo se poderia esperar, sua tendencia malefica nao teria ficado oculta por tanto tempo. A pobreza dependente deve continuar sendo uma ignominia, por ‘mais duro que isso possa parecer em termos is. Tal incentivo yromaver a felicidade da enfraquecer invalidara seu pr vista da perspectiva da provisio paroquial. com pouca ou nenhuma possibilidade de manter com independencia suas familias, eles niio Somente sao injustamente induzidos a trazer infelicidade e dependéncia 4 si proprios e a seus fillhos, mas séo levados sem 0 saber a pre} 2 todos da mesma classe que eles. Um trabalhador que casa sem em condigoes de sustentar uma familia pode, em alguns aspects, ser considerado um inimigo de todos os seus companheiros trabalhadores. [Nao tenho nenhuma diivida de que as leis dos pobres da Inglaterra tém contribuido para elevar os pregos des mantimentos e abaiixar 0 prego real do trabalho. Por essa razdo, essa leis contribuiram para empobrecer a classe de pessoas cuja Unica propriedade é 0 seu trabalho, E também dificil admitir que as leis nao tenham contribuide intensamente para ge- neralizar a negligéncia e a falta de economia observadas entre os pobres, {Go contrarias & disposigao verificada entre os pequenos comerciantes € 198 pequenos agricultores. O trabalhador pobre, para usar uma expressao vulgar, vive ao deus-dard. Suas necessidades do momento ocupam toda sua atenciio e eles raramente pensam no futuro. Mesmo quanda tem uma ‘oportunidad de poupanga, raramente a fazem, mas tudo 0 que esta lem das suas necessidades de momento, genericamente falando, vai para a cervejaria, Por essa razao se diz que as leis dos pobres da Inglaterra ddiminuem tanto a condigao como a vontade de poupar do povo, e assim enfraquecem um dos mais fortes estimulas & sobriedade e a atividade e, conseqtientemente, a prasperidade. ia uma queixa geral entre os proprietarios de manufatu que os altos salrios empobrecem todas os seus aperarios, mas é que estes homens nao poupariam uma parte de seus para o futuro sustento de seus filhos, em vez de gasta-la em 2/¢ esbanjamento, se eles no conflassem na assisténcia pa- bebedi roquial para sustenta-los em caso de imprevistos. E que o pabre em- vdo des manufaturas vé essa assistencia como um rmotivo pelo ele pede gastar todo 0 salario que ganha e se divertir enquanto pode parecer evidente, a partir do imera de ilhos que, pela fal de alguma grande mamnufacura, lmestiatamente ele contard com oa Paroguial, quando, talver. os salérios ganhos nesta fabrica, eng fla funcionava, e mente acima do preco de trabalho ‘comum do oupar o bastante para seu sustento até q ar um outro meio para o s ‘Um homem que pudesse nao ser impedido de ir a cervej la morreria de fome ou ficaria entregue ao sustento de uma even- caridate. ix0, 05 filhos s80 ainda obrigados por sem recursos. Nao pretendere! determinar let € aconsethavel neste pais. Mas parece, de qualquer modo, alta improvavel que, mediante instituigdes positivas que ternam a pol dependente tao generalizada, se passa diminuir essa desgraca, que, plas razies m mais humanas, esta associada a grau de prosperidade do povo nao pode send dim 7 quando ‘um dos mais fortes obstaculos ao écio e ao desperdicio ¢ enti removido ‘e quando os homens sao levados a casar com pouca ou nenhuma pers: ppectiva de poder sustentar uma familia com independencia. Todo obs. ‘culo no cam| 10 do casamento deve ser considerado, sem diivida, idade. Mas como pelas leis de nossa natureza ver algum obst crescimento da popula que a populacao seja por uma previsao das di se culdar de uma fai ‘medo da pobreza dependente, do que ser estimulada apen: ida, posteriormente, pela privagao © pela doenga, {Isso seria lembrado sempre que houvesse um absoluto desequi entre 0 alimento e mercadorias manufaturadas, cujes materias primas existem em do deixar de prod poder produtivo. Num pais em que todas as areas fért ocupadas. sio necessérias altas ofertas para estimular 0 agricultor a locar seu adubo na terra de onde ele espera um retorno lucrative alguns anos. E antes perspectiva de vantagem smente grande para es esse tipo de empreendimento agricola, fe enquanto a nova pro (ja em creseimento, poderso sobrevie grandes misérias por causa da sua falta, ‘A demanda de uma quantidade crescente de meios de subsisténcia, 6, com poucas excegdes. constante em todo lugar: entretanto, vemos 0 quanto ela € insuficientemente atendida em todos aqueles paises que foram ocupados hid muito tempo. AAs leis dos pobres da Inglaterra, sem duivida, foram institufdas com 0 mais humanitério propésito, mas ha um grande motive para ‘rer que nao tiveram sucesso em sua intengao. As leis, certamente, extrema que poderiam ocorrer géncias da pardquia para com os homens cujas familias esto sujeitas a se tornarem dispendiosas e as mulheres pobres que esto proximas do rania mais vergonhosa e desagradavel. E os embaragos 10 mercado de trabalho tem Iddades daqueles que esto uma tendéncia constante a aumentar as. lutando para se sustentarem sem a assistencia, Esses danos que acompanham as leis dos pobres so, em certa ‘medida, irremediaveis. Se a assisténcia existe para ser distribuida a ssse de pessoas, deve ser dado, em algum lugar, um poder istrar os ne- ocios que sio necessérios, mas uma grande interferéncia nos assuntos de outras pessoas ¢ uma especie de tirania; € ne curso normal das coisas pode-se esperar que o exercicio desse poder se transforme em prisdo para aqueles que sao levados a pedir sustento. A tirania dos Jjuizes, dos mordomos de Igreja e dos provedores dos indigentes da pardquia ¢ uma queixa comum entre os pobres, mas 0 erro nao esta tanto nessas pessoas — que, provavelmente, antes de assumirem 0 poder. nao eram piores que as outras pessoas —, mas na natureza de semelhantes instituigoes. ‘© mal talvez.cenha crescido demais para poder ser remediado; entretanto, resta pouca diivida em mes es que, se as leis dos pobres nunea embora pudesse ter havido varios mo junto de pessoas felizes na populago, maior do que ¢ atualmente, dos pobres do Sr. Piet tem organizado di intengdes mais humani vantado contra ele era, em muitos aspectes, mal dirighdo e irra Mas deve se reconhecer que 0 projeto possui, em alto grau, © defeito grande @ radical de todas as sistemas desse tipo, 0 de contribuir para aumentar a populace sem 0 aumento des meias de subsistencia para ‘sustentd-la rebaixando entaoa condigio uma tarefa ardua. A verdade é que a presstio da miséria, sobre essa parcela de uma comunidade é um mal téo profundamente arraigado que nenhuma habilidade humana pode atingt-lo. Fosse eu proporea de ado para 0s camponeses Blaterra, o que dificilmente se pode afirmar que cles possuam ‘mente. Eles seriam capazes de se estabelecer permanentemente em qualquer lugar onde houvesse uma perspeetiva de grande abun de trabs rs as coisas se encontram agora, reqentemente © por tum tempo consi- deravel, impedem 0 prego de se elevar de acorde com a demanda, Em segundo lugar, poderiam ser dadas recompensas para explo- rar novas terras, e todos os incentives possi truir todas aquelas instituigées relacionadas com as corporagées, 0s aprendizados etc. que fazem com que os trabalhos de agricultura sejam ‘mais mal remuneradas do que os trabalhas do comércio ¢ das manu- faturas. Pois um pais nunca podera produzir 0 seu préprio alimento enquanto per iscriminagdes a favor dos artesaos, ‘Semethantes os a agricultura tenderiam a suprir 0 mercado po, a aumentar © produto do variam 0 prego relative do trabalho, melhorando a condi¢ao do trabalhador. Estando entao em melhores condigdes e nao vendo nenhuma perspectiva de auxilio pa roquial, ele se sentiria mais capaz e mais dispasto a participar de associagbes para protecao de sua familia e dele priprio contra as daengas. Por ailtimo, para os casos de extrema miséria, poderiam ser ins tituidos albergues de condado, sustentados por impastos de todo 0 reino @ abertos a pessoas de todos os condados e, na verdade, de todas as nnagdes. A comida seria pouca e aqueles que fossem aptos seriam obri- gedos a trabalhar. Seria desejavel que as albergues nao fossem vistos como confortaveis asilos para atender a toda: ‘como lugares em que a extrema miséria pudesse achar Uma parte dessas casas poder lependente ou das com objetivo mais beneficent fossem fis- calizadas raramente, a fim de providenciar um lugar em que qualquer pessoa, natural do pats ou estrangeira, pudesse trabalhar um dia, em ‘qualquer época, e receber pelo trabalho 0 prego do mercado. Alguns 2506, sem duivida, seriam deixados aos cuidados da caridade particular. ‘Um projeto desse tipo, preliminar ao que seria uma revogagao de todas as atuais leis do auxilio paroquial, parece ser melhor plano para aumentar oconjunto de pessoas felizes na populagso da Inglaterra, Impedir 0 retorno da miséria est — infelizmente — além do poder No vao esforco de realizar 0 que na natureza das cotsas é impossivel, sacrificamos, hoje, no apenas os beneficios possiveis mas 195 heneficios mais seguros. Dizemos ao povo que, se ele se submeter 2 um eédigo de regulamentos tirdnicos, nunca passaré necessidade. Ele se submete a esses regulamentes. Ele cumpre sua parte do contrato, ‘mas nés no, ou m sacrifica 0 beneficio vs chamado de retorno Entao, nao obsta ppenso que serd reconhecido que, considerando os estados das classes mals pobres em conjunto, tanto nas eidades como no campo, a miséria que eles sofrem por causa da falta de alimento adequado e suficiente, por causa do trabalho duroe das moradias insalubres, deve atuar como um ernpectho permanente ao eresciment ipiente populagio. ‘ses dols grandes ohstdculos ao cestimento da popula, om todos os paises ito tempo, que denominet de preventivos 3s, podem ser acrescides 0s costumes em relagao as mulheres, as grandes cidades, as manufaturas. a intemperanga, a peste e a guerra, ‘Todos esses obstaculos pociem simplesmente ser reduzides & mi sérla e a0 vicio, E essas sao as verdadeiras causas do lento crescimento da populacao em todos os Estados da moderna Europa, como se vera ‘com bastante evidencia pelo crescimento comparativamente rapido que Invariavelmente tem ocorrido todas as vezes que essas causas Ja tenham, sido, em certa proporcéo, eliminadas. ‘no podemos cumprir a nossa, e ento 0 pobre dda liberdade e nada recebe que passa ser lente. ituigdo das leis dos pobres na Inglaterra, CAPITULO X ‘riativo e proveitaso do Sr. Godwin sobre direito politico, € impossivel nao se impress de seu estilo, a forca e a precisao de alg notavel seriedade do metodo que da um halo de verd: ‘Ao mesmo tempo, deve-se admitir que em suas cedeu com a precaucio que uma Mlosofia bem f ‘Suas conclusdes sfo freqiientemente desautorizat as, Ble falha algumas vezes, a0 afastar as objegdes que ele préprio presenta, Ele confia demais em proposigdes gerais e abstratas que ‘ndo comportardo aplicagao pratica. E suas conjecturas certamente vo ‘além da simplicidade da natureza, 0 sistema de igualdade que o Sr. Godwin propde ¢ incompara- velmente mais bel vente do que qualquer outro que apareceu até agora. Uma m dda sociedad a ser produzida simplesmente pela razda e pela conviccao traz muito mais a promessa de estabilidade ‘mudanga feita e sustentada pela forsa. Oe rearbitrio é uma doutrina cativante e tem uma grande superioridade sobre aqueles sistemas. ‘em que cada individuo ¢, de certo modo, escravo do coletivo. A subs- tituigdo da bondade, como mola-mestra e principio-motor da sociedade, pelo amor-proprio ¢ um objetivo a ser fervorosamente desejado, Em impossivel contemplar o conjunto dessa bela estrutura sem sntos do deleite e da admiragao, seguido de um ardoroso desejo pela época de sua realizacéo. Entretanto, ah, esse momento ‘nunca podera chegar. © todo € pouco mais que um sonho, uma bela asia da imaginagao. Esses “palacios suntuosos” da prosperidade & la imortalidade, esses “templas solenes” da verdade e da virtude se dissolverao “como o edificio sem base de uma visao", quando acordamos. para a vida real e vemos a situacie verdadeira e conereta do homem, na Terra, Sr. Godwin, na conclusie do capitulo III do livra oitavo, falando dda populacio, afirma: “Ha um principio na saciedade humana pelo qual a populacao 6 constantemente mantida abaixo do nivel dos meios de subsis- encia. Entio, entre as tribes nomades da América e da Asia, ervalos de tempo entre as geracoes, tanto de modo a tornar necessario © cultivo da terra”. Esse principio que o Sr. Godwin ento menciona como uma causa risteriosa e oculta e que ele nao procura pesquisar, sera identificade ‘como sende opressiva lei da necessidade, da miséria e do medo da rmiséria, (0 grande erro em que Godwin labora em toda a sua obra é 0 de atribuir quase (odos os vicios ¢ a miséria que so constatados na so- ciedade civil As instituigdes humanas. As regulamentacbes politicas ‘a administracio institufda da propriedade so, de acordo com ele, as fontes fecundas de todos os males, 0 foco de todos os crimes que de- gradam a humanidade. Fosse isso realment ‘sao pequenas e superficiais, sao simples penas que flutuam na super- ficie em comparacdo com aquelas causas da impureza assentada mais no fundo que corrompem as nascentes e tornam turva toda a torrente da vida humana igualdade, afirma: “Oespirito de opressio, de subserviencia e mentira, sao esses Os outros vicios — inveja, maldade e vinganca — sto panhias inseparaveis. Num estdgio da sociedade em que ‘mens vivessem em meio & 0 ou providencki-la com anguistia e sofrimento para jas necessidades, e cada um perderia sua individua- ildade na kidla Go ber-estar comum. Nenthum hornem seria um igo de seu vizinho porque nao teria nenhum problema de disputa e, consequentemente, 0 altruismo reassumiria 6 império ‘que a razao Ihe destina. A inteligéncia ficaria livre de sua per- manente anguistia acerca do sustento material e livre para es- tender se & drea das idéias, o que Ihe é natural. Cada um ajudaria rnas questdes de todos" Isso seria, na verdade, uma situagao feliz, Mas esse é simples- ‘mente um quadro imaginai 3réximo da verdade; tenho receio de que o leitor ja esteja bastante persuadido. ‘Ohomem nao pode viver em meia & abunddincla, Todas nao podem partilhar da mesma forma fas da natureza, Se nao existisse rhenhuma administracao i rropriedade, todo homem seria brigade a guardar, necess: 1a pequena provisdo. O egoismo iam perenes. Cada vontade estaria ‘uma tnica inteligencia seria deixada livre para se dedicar ao campo intelectual. (0 Sr. Godwin devotou to pouca atengio de sua penetrante in- (eligéneia a real situagao do homem na Terra qu ramente pela maneira como ele se empenha em e! de uma superpopulagio. Ele diz que “A resposta dbvia a essa objecio é que pensar assim é prog. nosticar dificuldades a uma grande distancia. Trés quartas do planeta habitaveis nao sao hoje vadas sao capazes de um desenvol Fiades de séculos, caracterizados ainda por uma populagao cres- sisténeia de seus habitantes’ Ja assinalel o erro de se supor que nenhuma miséria e dificuldade resultariam de uma superpopulacao antes que a Terra, em termos absolutos, nao pudesse produzir mais. Mas vamos imaginar. por um momento, 0 belo sistema de igualdade de Godwin, realizado na sua extrema pureza, presente para pressionar uma forma tao perfeita de sociedade. Uma teoria que nao admita aplicacao pratica nao pode, presumivelmente, ser corretal ‘Vamos admitir que todas as causas da miséria e das vieios desta iha foram eliminadas. A guerra e a luta terminaram. Os oficios © as ‘manufaturas prejudiciais nao existem. As multidées no mais se amon: toam nas grandes e pestilentas cidades pelo prazer de participar das Intrigas de corte, do comércio e dos prazeres. Os divertimentos simples, ibstituem a bebedeira, 0 jogo e a devassidao. fe grandes de modo a se ter alguma smo humane. A maior parte dos fe- {errestre vive em povaados ¢ em quintais espalhados pelo pais. Toda casa é limpa, arejada, suficientemente es- ppacosa e situada em localizagao saudavel. Todos os homens sao iguals, Os trabalhos de Iuxo chegam ao fim. E os trabalhos necessérios & ura sio partilhadas amigavelmente entre todos. Admitamos que 0 nimero das pessoas e © produto da ilha sejam fos mesmos do presente, O espirito da bondade, gulado pela justica imparcial, dividira essa produgao entre todos os membros da sociedade de acordo com suas necessidacles. Embora fosse vel que todos imento de origem ia 05 desejos de as com satide, forga pessoas modestas © seria energia. Or. Godwin considera o casamento um embust Vamos admitir 0 comércio dos sexos estabelecida sobre pi mais perfeita liberdade. O proprio Sr. Godwin nao pensa que essa levaria a relagoes sexuais promiscuas e nisso concordo inte- gralmente uma cOnjuge a quem se ser uma decisdo de am seria de povca importancia quantos filhos uma mulher teria ou a quem eles pertenceriam. As provisbes e a assisténcia afluiriam espontanea- ‘mente do lugar em que abundassem para onde estivessem em falta." E todo homem estaria preparado para dar instrucao a geracao seguinte, de acordo com sua capacidade. Nao posso conceber uma forma de sociedad tao vantajosa para toda a populacdo. O cardter irreversivel do easamento, como ele se De acordo com 0 . cresceriam mats rapido do que em qualquer sociedade dde que até agora nds tivemos conhecimento, Citel, gracas @ autoridade wr um Dr. Styles e referido pelo Dr. Price, lias mais afastadas da América duplicaram para se ter uma familia sao até maiores do que em relacao as distances colénias, nenhuma razio provavel pode ser assinalada pela qual a po- pulacao nao duplicaria, se possivel, em menos de 15 anos. Mas para fiearmos bem certos de que nao iremas além da verdade, admitiremos apenas que 0 periodo de duplicacao é de 25 anos, uma proporeaio de trescimento que sabemas ter ocorride geralmente em todos os Estados a0 norte da América. Pode haver pouca divida de que a uniformizagao da proprie- dade que admitimos, acrescida a circunstancia pela qual o trabalho de toda a comunidade sera dirigido principalmente a agri tenderia enormemente a aumentar a producto do pats. Mas, para tener as demandas de uma populagao que cresce tao rapidamente. © calcula do Sr. Godwin de meio periodo por dia de trabalho para Cada homem certamente nao seria suficiente. & possivel que a. me {ade de toda 0 tempo do homem deve ser empregada para este fim. Entretanto, com semelhante esforgo ou esforcos lade das terras ja em cull dutividade daquelas que nao sto cultivadas, estaré muito mais pro- pensa a duvidar de que toda a producao média possa ser duplicada ‘em 25 anos a partir do atual periodo. A tinica possibilidade de su- ccesso seria cultivar toda a terra das regioes pastoris © acabar quase totalmente com © uso do alimento de origem animal. Entretanto ‘uma parte deste esquema poderia se anular. 0 nao produz mais sem adubo e o gado parece ser necessario para Produzir aquele tipo de estrume que methor se adapta a terra. Diz-se que na China o solo de algumas provineias é tao fértil que produz duas colheitas de arroz por ano sem adubo. Nenhum solo da Ingla- terra atende a essa caracteristica. Apesar de que pudesse ser difiell duplicar a produgao média da ilha em 25 anos, vamos supor que isso se realizou, Assim, no final do primeiro periodo, os alimentos, embora quase que totalmente vegetais, Seriam suficientes para manter com satide a populagao duplicada de 14 milhoes. Durante o préximo perfodo de duplicacao, onde sera encontrado © alimento para atender as prementes demandas do nimero crescente de pessoas? Onde existe terra nova para ser explorada? Onde existe 0 adubo necessdirio para desenvolver 0 que ja esti em cultivo? Nao ha nninguém com o minimo de conhecimento da terra que dissesse, entre: tanto, que seria impossivel que a produgao média do pais pudesse aumentar durante os 25 anos seguintes em uma quantidade igual aque- a que ele produz hoje. Entretanto, admitiremos que este aumento, srovdvel, ocorra. A exagerada veeméncia do argumento per mente, qualquer concessao. Entretanto, mesmo com esta concessao, haveria 7 milhdes de pessoas sem recursos no final do se- gundo periodo. Uma quantidade igual de alimentos para 0 modesto sustento de 21 milhdes de pessoas restaria para ser dividida entre 28 milhoes de pessoas. Abt Em que se transforma © quadro onde os homens viviam na abundancia, onde nenhum homem era obrigado a garant com angistia © sofrimento por causa de suas pr le 0 tacanho prinefpio do egofsmo nao existia, a iberta de sua perpétua ansiedade acerca do sus- fe para se estender no campo das idéias, que é seu campo natural. Essa bela construcao da imaginacao se desmo- ona com oduro toque da verdade. O espirito da bondade, alimentado € fartalecido pela abundancia, ¢ subjugado pelo sopro frio da miséria. As odientas paixdes que tinham desaparecido ressurgem. A poderosa lei da autopreservacdo expulsa da alma os sentimentos mais suaves © sublimes. As tentagdes do mal sdo demasiado fortes para a natu- reza humana resistir. O trigo € colhido antes que esteja madura retido em proporgdes desonestas e toda a sequencia negra de vi que € propria do erro € gerada em seguida. As provisdes no mais de uma familia grande. As criangas imento insuficiente. O résea vico da € a0 olho oco da miséria. A caridade ‘oragdes faz alguns timidos esforgos de Imente 0 egoismo reconquiste 0 seu reino completamente @ mundo, ‘uigdo humana existiu aqui pela maldade & qual 0 Sr. Godwin atribui o pecado original dos piores homens. Nenbuma oposigao entre © bem-estar puiblico e privado fol causada pelas insti tuigdes. Nenhum monopélio foi criado para aqueles proveitos que a rrazao define como um bem a ser posto em comum. Nenhum homem fol incitado a violagao da ordem por causa das I fundou sew sa natureza do independentes de todas as leis humanas. ‘Se ndo estamos ainda bem convencids da realidade deste triste quadro, vamos apenas esperar por um momento do proximo period nos e veremos 28 milhdes de seres humanos sem os meios de ‘0. E antes do fim do primeiro século, a populacao seria de 112, ies € os alimentos apenas suficientes para 35 milhes, ficando 77 ‘mithoes sem recursos. Nessas épocas, na verdade, a miséria seria triun- 163 Ver Lie Dane Cap. 3. p 340 fante 0 roubo e 0 assassinato deveriam geralmente reinar. E, contudo, dindo, em todo esse tempo. a produgdo da terra como © especulador mai Esse &, sem di corrente do povoam defende, quando afirma que 10 muito diferente daquele que 0 Sr. “Miriades de séculos caracterizados ainda por uma populacio crescente se escoariam e a Terra ainda seria suficiente para a subsisténcia de seus habitantes”. Estou suficientemente certo de que os excedentes de 28 milhdes ou de 77 milhdes que mencionei nunca poderiam ter existide. E uma ‘observacao perfeitamente correta do Se. Godwin que: “HG um principio da sociedade humana segundo © qual a po- pulagio 6 mantida permanentemente abaixo do nivel dos meios de subsisténcia’ A questo basica é: qual é o principio? & alguma causa obscura © oculta? E alguma misteriosa intervencio do céu que em determinada poca golpela os homens com a impoténeia e as mulheres com a este rilidade? Ou é uma causa aberta a nossas pesquisas e dentro do nosso pponto de vista, uma causa cuja acao tem sido constantemente obser vada, embora com diferentes intensidades, em Codo estigio em que 0 hhomem foi colocado? Nao é um grau da miséri ido nevessairio e inevitavel das leis da natureza, que as instituigées humanas, bem longe de agravar, tenderiam a atenuar consideravelmente, embora elas ‘nunca poderao ser eliminadas? Pode ser curioso observar, no caso em que ja admitimas,. como algumas das leis que governam no momento a Sociedade civilizada seriam ditadas sucessivamente pela mais imperiosa necessidade. Como ‘o homem ¢, de acordo com o Sr. Godwin, 0 ser vivo earacterizado pelas Influencias a que esta sujelto, os aculamentos da miséria nao podem tempo, antes de algumas violagbes das provisos ares que, necessariamente, ocorreriam. Como e: violagoes aumentariam em numero e extensdo, os intelectos mais at es e compreensivos da sociedade logo perceberiam que, enquanto a populagao estava crescendo rapidamente, a produgae anual do pais comesaria em breve a d ‘A urgéncia da situacio inspiraria a necessidade de que algumas medidas imediatas fossem tomadas para a seguranca geral. Uma espécie de assembiéia seria entao convocada © a perigosa situagio do pressa em termos enérgleos, Seria & abundancia, era de no ou quem possuisse 0 minimo, ja que cada homem estava perfeitamente disposto © pronto para suprir as necessidades de seu vizinho. Mas a questo nao iia ‘Go Ionge, se um homem desse ao outro 0 que ele mesmo nao usasse, mas se desse a0 seu vizinho o alimento que fasse absolutamente necessdrio A sua propria existéncia. Imaginar-se-ia que 0 numero daqueles que passassem necossidade excedesse em muita @ nimero © os recursos daq e os supririam; que aquelas necessidades la situacao da produce do pais, nao pudessem ionassem algumas Nlagrantes violagies d: essas violagdes jé tivessem impedido 0 aumento do se nao fossem de um modo ou cutre interrompidas, lan: ‘assem toda a comunidade na confustio; que a imperiosa necessidade Parecesse exigir que um aumento anual da produgio fosse conse: guido, se possivel, aconteca o que acontecer: que, a fim de realizar este primeiro, grande e indispensdvel objetivo, fosse aconselhavel da terra e assegurar 0 estaque de mercadorias de cada homem contra a violagao por melo das sangoes, propria morte. ‘Talvez pudesse ser alegado por alguns opositores que, como a lade da terra aumenta e ocorrem varios acidentes, a parcela ins homens poderia ser muito mais do que suficiente para seu sustento, e que, quarde o reinado do egoismo fosse estabelecido mais uma vez, eles nao di iriam seu produto excedente sem alguma recompensa em troca. Em resposta, poder-se-ia observar que sso era um transtorno a ser muito lamentado: welmente seria provocada pela inseguranca que a quantidade de seria necessariament ‘mago do homem; ‘gasse fora o resto, mas mesmo que ele dente pelo trabalho dos outros e os fizesse, em certa medida, de pendentes dele, isso seria certamente melhor do que se os outros Ficassem totalmente entregues a inanicao. Por essa razio, parece muitissimo provavel que uma adminis twacao da propriedade nao ferente daquela que predomina nos Estados civilizados no presente seria estabelecida con hor re ‘meédio, apesar de inadequado, para as desgracas que estavam opriminda 8 sociedade, O assunto sey gado com o precede: aqueles que voltaram sua atengao para a verdadeira culdades sob as quais padece a comunidade que, enquanto todo homem isse seguro de que todos os seus filhos fossem bem sustentados, wde publica, a capacidade da terra seria absolutamente in: jente para produzir alimento para a populacdo que necessaria mente disso resultaria: que, mesmo que toda a atengio ¢ trabalho da sociedade fossem orientadas para esse dnico ponto e que, gragas & mais completa seguranca da propriedade e todos os incentivos que pudessem ser imaginados, fosse logo obtido o maior aumento possivel, {Que sigum obstéculo ao crescimento da populacao seria impericea mente exigido; que o mais natural e dbvio obstaculo pareceu que era fazer todo homem buscar provisées para sie para seus filhos: que isso atuaria de alguma forma como padrdo e orientagao no cres- cimento da populagio; como se poderia esperar que nenhum homem traria ao mundo seres para os quais ndo pudesse encontrar os meios de sustento; que nao obstante, onde fosse esse 0 caso, pareceria necessario, para exemplo dos outros, que a desgraca ¢ o inferttinio, idamente, precipitaria a si mesmo ¢ a seus a privagao. 0 do casamento, ou pelo menes de alguma obrigago ita de todo homem de sustentar seus préprios filhos, parece ser 0 resultado natural desses idade ‘ob as dificuldades que temos admitido, Aobservacio dessas dificuldades nos apresenta uma origem multo natural da desgraca que representa a perda da castidade para a mulher, fo maior do que para o homen mulheres tivessem recursos sufi filhos. Por essa razao, quando uma mi {que nao entrou em nenhum acordo para sust ddas desvantagens que poderiam recair sobre ele, a abandonasse. aque- las criancas voltariam necessariamente para 0 sustento da sociedade ‘ou morreriam de fome. Para impedir a frequente repeticao de seme- Ihante transtorno, como seria muito injusto punir uma falta tao comum com a prisao ou com 0 castigo pessoal, as homens poderiam concordar fem punir essa falta com a desonra. A culpa 6, além disso, mais obvia e evidente na mulher e menos sujeita a engano, O pai de uma sempre pode ser conhecido, mas a mesma incerteza nai facilmente existir com relagao & mae. Onde a evidencia da culpa era ‘mais completa e, ao mesmo tempo, maior o transtorno para a sociedade, haveria acordo em que a malor parce da culpa diminuiria, A obrigacao de todo homem de manter seus filhas, se houvesse oportunidade, seria imposta pela sociedade: ¢ 0 maior grau de desvantagem ou de esforco ‘a que urna fam; |. que seria somado a certa parcela de desgraga em que deve incorrer todo ser humano que leva 0 outro & infelicidade, poderia ser considerado uma suficlente pu- nigdo para © homem, Parece ser, sem diivida, uma transgressao do direito natural que ‘uma mulher hoje fosse praticamente afastada da sociedade por causa de uma falta que os homens cometem quase sem impunidade. Mas a origem do costume, como o métode mais dbvio e eficaz de impedir a freqiente repetic3o de uma séria dificuldade para a comunidade, parece ser natural, embora nao completament ud, esté hoje perdida na nova sé ume tem, desde entao, produzido. O que de feminina e atua com maior forga naquela parcela da sociedade em que, se a intencao original do costume prevalecesse, existiria a oca: lao menos real para isso. Quando essas duas lels fundamentals da socledade, a seguranga da propriedade e a instituiglo do casamento, forem, de uma vez, ¢5: tabelecidas, a desigualdade das condicdes necessariamente deve con- tnuar. Aqueles que tivessem nascido depois da divisio da propriedade viriam a um mundo praticamente ocupado. Se seus pais, por terem lia demasiado grande, nio Ihes dessem o suficiente para sew sustento, o que é que eles fariam num mundo em que todas as coisas tem seu pruprietdrio? Temos visto as conseqiiéneias tragicas que re- sultariam para a sociedade se todo homem tivesse um argumento valido ia no produto da terra. Os membros ue fasse crescendo demasiadamente por causa da divisdo original da terra reservada para ela no poderiam, entdo, so: , por uma questo do justiga, Evidenciou-se que, a partir das wreza, alguns seres humanos devem sofre do produto excedente. O mérito moral critério muito dificil de se perceber, exceto nas casos extremes. Os proprietaries do produto excedente, em geral. procurariam provas mais Obvias de diferenciagao. E parece (ao natural quanto justo, exceto em ‘ocasides particulares, que sua escolha recaisse naqueles que fossem capazes de se confessar dispostas a aplicar sua energia em conseguir ro produto mediatamente assim a co- idlade e possibi ios de auxillar um malor nento seriam pressionadas rabalho em troca dessa ‘ncia, O funda adequado de alimento do seu proprio fossem grandes e nume- possuida pelos proprietarios da terr consumo. Quando as demandas desse fun uma simples subsistencia e 0 sustento das familias seria pela doenca ¢ pela miséria. Ao contrario, quando este fundo estivesse rapidamente, quando fosse grande em relagio a0 nsimero es, seria dividido em parcelas muito maiores. Nenhum, imentos. Os trabalhadores viveriam com despreceupacio ¢, conseqiientemente, seriam capazes de sustentar uma prole numerosa e sada, Da situagao desse fundo depende hoje principalmente a prospe- ridade ou o grau de miséria que predominam entre as classes mais pobres do povo de qualquer Estado conhe speridade ou desse grau de miséria depende o crescimento, a estabilidade ou 0 deerescimo da populacao, E entao resulta que a sociedade constituida de acordo com a mais bela forma que a imaginagdo pode conceber, tendo a bondade como seu principio motor, em vez de egoismo, e com todas as mis Inelinagdes de seus membros neutralizadas pela razao e nao pela fore, a partir das inevitaveis leis da natureza nao a partir de qualquer depravacao original do homem, num periodo muito curto, degeneraria numa sociedade construida sobre uma base nao essencialmente dife- rente daquela que predomina em qualquer Estado conhecido da atua- lidade; isto é, uma sociedade dividida em uma classe de proprietarios ‘© uma classe de trabalhadores ¢ tendo o egoismo como a mola-mestra da grande maquina. Na hipdtese que formulel, sem divida, tomei o crescimento po pulacional menor ¢ o aumento da producio maior do que na realidade seriam, Nenhuma razao pode ser apontada pela qual. sob as condicoes que admiti, a populacae nao cresceria mais rapidamente do que em qualquer circunstancia conhecida. Se entao formas tomar 0 periodo de duplicacao em 15 anos em vez de 25 anos e ponderar o trabalho ne- cessario para duplicar a praducao em tao curto tempo, mesmo que 0 reconhecamos como possivel, podemos nos arriscar a afirmar com cer- teza que se 0 sistema de sociedade do Sr. Godwin fosse estabelecida fem suia maxima perfeieao, em vez de miriades de séculos, 30 anos nao decorreriam antes de sua completa destruigao a partir do simples prin- cipio do crescimento da populacao, Nao falei da emigracao por razées dbvias. Se tals sociedades se constituissem em outras regides da Europa, esses paises ficariam nas mesmas dificuldades em relacdo & populacao © nao admitiriam novos ‘membros em seu seio, Se essa admiravel sociedade estivesse confinada nesta Ilha, deveria ter decaido surpreendentemente de sua pureza ini- cial eter contribuido apenas com uma pequena parcela da prosperidade que propos. Em suma, seu principio fundamental deveria ser comple- tamente destruido antes que qualquer de seus membros voluntat mente consentisse em abandond-lo e viver sob tais governos que, no presente, existem na Europa, ou submeter-se a extrema pentiria dos primeiros colonizadores das novas regides. Bem sabemos, pela repetida experiéneia, quanta miséria e dificuldade os h passam em set proprio pais, antes que possam decidir abandond-lo, e como as mais, tentadoras propostas de embarque para as novas colonias foram fre- quentemente rejeitadas pelas pessoas que demonstravam estar quase morrendo de fome.

Você também pode gostar