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Família Légua

A família de Légua constitui uma classe de espíritos cultuados em diversas religiões afro-
brasileiras, notadamente no norte do Brasil. As entidades desta falange espiritual relacionam -
se entre si pelo parentesco com Légua Boji Buá, considerado o patriarca da família.
Desempenham uma função basilar no tereco, culto sincrético desenvolvido nos arredores da
cidade de Codó, no estado do Maranhão, sendo também cultuados no tambor de mina,
embora menos frequentemente.

Conforme crê-se, os membros da família de Légua far-se-iam presente entre os devotos através
da Incorporação,Em terra, apresentam-se sempre portando nome e sobrenome (em geral
Légua Ferreira da Trindade, mas também Légua Boji Buá e variações desses sobrenomes),
consomem altas quantidades de bebidas alcoólicas e fumam cachimbo ou cigarros. A
incorporação costuma ocorrer de maneira discreta e duradoura, sendo comum que, enquanto
incorporados, conversem com os fiés distribuindo conselhos e aceitando agrados.

Além de Légua Boji Buá (também Légua Boji Buá da Trindade), integram este clã Colimaneiro
Légua Ferreira da Trindade Boji Buá, seu irmão, e uma miríade de filhos e filhas do patriarca
Légua, dentre os quais Zé de Légua Ferreira da Trindade e Ricardo Légua da Trindade, Manuel,
Antônio, Teresa, Maria, Ergues, Esteves, Basílio, Raimundo, Graciliano, Florentino, José,
Laurindo, Graciliano, Joaquim, Mateus, Oscar, E ainda como netos: Mariazinha, Zezinho,
Expedito, Luciano, Luiz Carlos, Manuel Vaqueiro Novo etc...

Na nossa casa os léguas trabalham com a linha cruzada com cangaceiro, baiano, boiadeiro. Eles
atuam nas áreas de justiça, e cortando demandas ( também fazendo quando necessário). Eu
por experiência pessoal garanto em afirmar que o trabalho dos léguas é tiro e queda, fiz um
pedido no sábado e na segunda já estava resolvido, trabalham com danças típicas da família e
trazem a alegria e os ensinamentos deles. Trazem também uma de suas iguarias, a farinha com
mel que cá entre nós é maravilhosa. Vale ressaltar também que adoram cachaça.

Estudo por: João, Rejarye.

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