Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TCC Evelise Final 22-12-2014
TCC Evelise Final 22-12-2014
IJUÍ (RS)
2014
EVELISE ZANCHETTA DUTRA
O meu agradecimento primeiramente é à Deus, pois Ele que está sempre ao meu lado,
me guiando nas minhas escolhas, me protegendo e me mantendo fortalecida na minha fé!
Agradeço à minha mãe Teresinha pelo amor incondicional, pelo apoio e força que
sempre me deu e tem dado, é uma mulher maravilhosa, guerreira e a amo muito. Ao meu pai
Jovelino, in memorian, que de alguma forma ou outra esteve presente, me inspirando e dando
força, em mais uma etapa que será concluída; pai te amo.
Ao meu irmão Fernando, agradeço pelo apoio e incentivo nos estudos, demonstrando
preocupação comigo; te amo mano.
Um agradecimento especial ao meu noivo Anderson, sempre presente e ao meu lado,
me apoiando e demonstrando um amor verdadeiro, sendo paciente, companheiro e
compreensivo nessa minha falta nos momentos de ausência pelo comprometimento com os
estudos e no desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso.
Agradeço aos professores do Curso de Ciências Contábeis da UNIJUÍ, pelo ensino,
dedicação aos alunos. Um agradecimento ao meu orientador Irani Paulo Basso, por sua
dedicação, paciência e prontidão na orientação deste trabalho e no decorrer do curso. Muito
obrigada professor!
Um agradecimento aos colegas que, de alguma forma, contribuíram para que as nossas
aulas fossem produtivas e descontraídas. Às minhas amigas e colegas que durante todos esses
anos juntas compartilhamos alegrias e tristezas, e agora vivenciamos a tão esperada
formatura. A amizade é eterna, obrigada pelo apoio e companheirismo.
Ao demais familiares, amigos e a todas as pessoas que me ajudaram nessa trajetória,
muito obrigada.
RESUMO
Na tarefa de conclusão do curso de Ciências Contábeis da Unijuí, cada aluno concluinte busca
definir uma área para revisar e aprofundar conteúdos e realizar uma atividade prática do
campo profissional do Contador. Pela pesquisa bibliográfica nos principais autores da área
contábil e da área específica do foco objeto do trabalho, bem como dos fundamentos
metodológicos, apresenta-se uma síntese dos estudos preliminares da autora na perspectiva da
instrumentalização técnica para uma adequada e profícua atividade prática, objetivo principal
da tarefa de conclusão do curso. Na parte prática, apresenta-se uma síntese dos trabalhos de
campo junto a uma Entidade Sem Fins Lucrativos relacionados aos Controles Internos sobre
os bens do ativo imobilizado, onde foram utilizadas as técnicas de auditoria interna para
levantar a realidade, tomando-se por base alguns setores de atividades meios e fins,
selecionados aleatoriamente. Levantados os elementos básicos, foi feito o cotejamento da
realidade constatada com o referencial teórico que fundamenta a metodologia de Sistema de
Controle Interno como ferramenta contábil à disposição da direção, com vistas à garantia de
correção dos procedimentos operacionais, administrativos e contábeis, bem como a
fidedignidade das informações contábeis ao nível gerencial interno e informacional na
perspectiva do usuário externo.
RESUMO....................................................................................................................... 4
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10
2.1 CONTABILIDADE....................................................................................................... 17
4.1.1 Diagnóstico sobre os controles internos dos bens do ativo imobilizado ....................... 50
CONCLUSÃO.............................................................................................................. 73
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 75
ANEXO ......................................................................................................................... 78
INTRODUÇÃO
A Contabilidade é entendida pela maioria dos autores como uma Ciência Social, a qual
tem o objetivo de controlar e estudar o patrimônio das entidades, com ênfase em seus
fenômenos tanto qualitativos quanto quantitativos, gerando informações que irão contribuir
para as tomadas de decisão de seus usuários.
Das diversas áreas abrangidas pela Contabilidade, a que procura garantir um maior
controle sobre os elementos patrimoniais, resultados, processos de registros e evidenciação
patrimonial é a da Auditoria, a qual se divide em diversas especificidades, entre elas a
auditoria de estoques, das disponibilidades, das contas a receber e do imobilizado, que
destacam alguns aspectos do ativo. Nesse sentido, a auditoria tem um papel importante na
Contabilidade e dentro das organizações, sendo que os controles internos estão abrangidos por
essa técnica contábil, que se constitui no objeto principal do foco de estudo da proponente.
O Comitê de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de Contadores
Públicos Certificados (AICPA) dos Estados Unidos, citado por Attie (2011), afirma:
O presente estudo foi realizado em uma Entidade Sem Fins Lucrativos, de grande
porte, localizada na região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul, existente a mais de
quatro décadas no mercado. A Entidade possui um grande número de clientes, com boa
credibilidade e bons serviços prestados, cada vez proporcionando mais satisfação aos
mesmos. Conta com uma equipe qualificada de colaboradores e adequada estrutura física
necessária à realização de suas atividades, as quais têm contribuído significativamente para a
obtenção de bons resultados percebidos pela sociedade local e regional.
A organização conta com um volume expressivo de recursos financeiros aplicados em
bens fixos que compõem seu Ativo Imobilizado, necessitando deles para a realização de suas
atividades e prestação de serviços de qualidade. Assim, para que a Entidade continue obtendo
ótimos resultados e ofertando bons serviços, é importante manter seu sistema de controles
internos de forma adequada, bem como atentar para sua funcionalidade setorial, resultando
assim em um adequado fluxo de dados e informações corretas para os serviços de controle
patrimonial e contábil, no que redundará em oportunidades de organização de custos reais na
formação de dados para decisões internas, especialmente no tocante a preços de serviços e de
oportunidades de reposições/substituições de itens que possam estar de certa forma trazendo
prejuízos à organização.
Dentre os princípios prezados pela Entidade destacam-se: valorizar as pessoas para
desenvolver; cooperar para fortalecer; comprometer-se para encantar; inovar para diferenciar;
profissionalizar para superar; ética para respeitar; e transparência para confiar.
No aspecto contábil-gerencial, foram analisados de forma amostral os controles
internos do ativo imobilizado da Entidade, como forma de aprendizagem e ao mesmo tempo
de colaboração visando avaliar e aperfeiçoar suas metodologias de controle de seu ativo
imobilizado.
existentes na Entidade são suficientes e eficazes para evitar erros e/ou possíveis perdas
patrimoniais e/ou desvirtuamentos processuais?
1.4 OBJETIVOS
Analisar a eficácia dos controles internos utilizados pela Entidade em relação ao ativo
imobilizado, através da avaliação dos procedimentos adotados, e da conferência dos bens
móveis de alguns setores da Entidade a serem selecionados aleatoriamente.
1.5 JUSTIFICATIVA
2.1 CONTABILIDADE
[...] considera bens, direitos e obrigações do ponto de vista da sua natureza, como a
composição física individual e a natureza jurídica de cada elemento;
Aspecto quantitativo – considera bens, direitos e obrigações do ponto de vista do
valor monetário intrínseco, isto é, considera os elementos patrimoniais como
expressão de valor econômico.
O autor Attie (2011, p.4), diz que, “A Contabilidade tem a finalidade precípua de
promover os meios informativos e de controle com o intuito de coletar todos os dados
ocorridos na empresa e que tenham, ou possam ter, impactos e causar variações em sua
posição patrimonial”.
Os relatórios e os controles que envolvem o patrimônio são de extrema importância,
pois através dos mesmos consegue-se uma mensuração exata de valores, permitindo ao
usuário da informação contábil uma comparação, previsão e orçamento condizentes com a
realidade.
I) o da ENTIDADE;
II) o da CONTINUIDADE;
III) o da OPORTUNIDADE;
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº.
1.282/10)
VI) o da COMPETÊNCIA; e
VII) o da PRUDÊNCIA.
OBRIGAÇÕES
BENS + DIREITOS
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Na demonstração acima resumem-se os grandes grupos das contas, que juntos formam
o Balanço Patrimonial, que serve para representar a posição patrimonial e financeira da
entidade em um determinado período, sendo o Balanço Patrimonial uma ferramenta
indispensável para o profissional contábil e para os administradores, no qual almejam saber o
resultado da empresa.
2.2.1 Ativo
Vários são os pontos que caracterizam o amplo aspecto contábil dos componentes
patrimoniais. Como o foco de aplicação prática do presente trabalho é o Ativo Imobilizado
enfatizando os seus controles internos, os estudos agora são focados para o grupo patrimonial
do Ativo, que representa onde estão aplicados os recursos patrimoniais da entidade.
O grupo do Ativo é composto de bens e direitos no qual demonstra a capacidade e
potencialidade de operação para uma entidade, assim representando atuais e futuros
benefícios. Basso (2005, p.52), assim reporta ao ativo: “[...] representa todos os valores
positivos da entidade, isto é, compreende os seus bens e direitos, expressos em moeda”.
O Ativo, conforme quadro 1, apresenta-se ao lado esquerdo do Balanço Patrimonial e
divide-se em dois grandes grupos: o Ativo Circulante, que engloba os valores que a empresa
possui ou pode converter em dinheiro em curto prazo, e o Ativo Não Circulante, que
representa os bens e direitos que a empresa não tem a intenção de transformar em dinheiro a
curto prazo, ou seja, só a longo prazo ou mais remotamente sendo que esse grupo subdivide-
se em: realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e o intangível.
Na Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, no Art. 179, traz quanto à classificação do
ativo:
Para a entidade, o ativo é o grupo que engloba os bens e direitos que os envolvem,
apresenta com clareza e exatidão todos os componentes do patrimônio, sendo assim possível
obter informações necessárias e emitir relatórios para serem disponibilizados aos usuários.
não desejando vender tão breve um certo bem, fica com o mesmo registrado no ativo
imobilizado, respeitando as normas, contas e padrões que a empresa define.
Os bens tangíveis são aqueles que têm um corpo físico, tais como terrenos, obras
civis, máquinas, equipamentos, móveis e veículos, entre outros. Os bens intangíveis
são aqueles que não possuem um corpo físico, mas cujo valor reside nos direitos de
propriedade, legalmente conferidos aos seus possuidores, como patentes, direitos
autorais e marcas registradas (BASSO, 2005, p.221).
Art. 183[...]
I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em
direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável
a longo prazo:
a) pelo seu valor de mercado ou valor equivalente, quando se tratar de
aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda; e
b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme
disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização,
quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos
de crédito;
VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição
deduzido do saldo da respectiva conta de amortização;
VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão
ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito
27
relevante.
§1o[...]
d) dos instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um mercado
ativo, decorrente de transação não compulsória realizada entre partes
independentes; e, na ausência de um mercado ativo para um determinado
instrumento financeiro:
1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com a negociação de outro
instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares;
2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros para instrumentos
financeiros de natureza, prazo e risco similares; ou
3) o valor obtido por meio de modelos matemático-estatísticos de
precificação de instrumentos financeiros.
§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado, intangível
e diferido será registrada periodicamente nas contas de:
§ 3º A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a
recuperação dos valores registrados no imobilizado, no intangível e no
diferido, a fim de que sejam:
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão
de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou
quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para
recuperação desse valor; ou
II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida
útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e
amortização (Res. CFC. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_0
3/_ato2007-2010/2007/ lei/ l11638.htm).
34. A frequência das reavaliações, se permitidas por lei, depende das mudanças dos
valores justos do ativo imobilizado que está sendo reavaliado. Quando o valor justo
de um ativo reavaliado difere materialmente do seu valor contábil, exige-se nova
reavaliação. Alguns itens do ativo imobilizado sofrem mudanças voláteis e
significativas no valor justo, necessitando, portanto, de reavaliação anual. Tais
reavaliações frequentes são desnecessárias para itens do ativo imobilizado que não
sofrem mudanças significativas no valor justo. Em vez disso, pode ser necessário
reavaliar o item apenas a cada três ou cinco anos.
35. Quando um item do ativo imobilizado é reavaliado, a depreciação acumulada na
data da reavaliação deve ser:
(a) atualizada proporcionalmente à variação no valor contábil bruto do ativo, para
que esse valor, após a reavaliação, seja igual ao valor reavaliado do ativo. Esse
método é frequentemente usado quando o ativo é reavaliado por meio da aplicação
de índice para determinar o seu custo de reposição depreciado; ou (b) eliminada
contra o valor contábil bruto do ativo, atualizando-se o valor líquido pelo valor
reavaliado do ativo. Esse método é frequentemente usado para edifícios (CPC27.
Disponível em: http://www.normaslegais.com.br/legislação/CPC_27_Pronunciamen
to.pdf).
2.2.2.5 Depreciação
61- O método de depreciação aplicado a um ativo deve ser revisado pelo menos ao
final de cada exercício e, se houver alteração significativa no padrão de consumo
previsto, o método de depreciação deve ser alterado para refletir essa mudança. Tal
mudança deve ser registrada como mudança na estimativa contábil, de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e
Retificação de Erro.
62- Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar de forma
sistemática o valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos
incluem o método da linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de
unidades produzidas. A depreciação pelo método linear resulta em despesa constante
durante a vida útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere. O método dos
saldos decrescentes resulta em despesa decrescente durante a vida útil. O método de
unidades produzidas resulta em despesa baseada no uso ou produção esperado. A
entidade seleciona o método que melhor reflita o padrão do consumo dos benefícios
econômicos futuros esperados incorporados no ativo. Esse método é aplicado
consistentemente entre períodos, a não ser que exista alteração nesse padrão
(CPC27. Disponível em: http://www.normaslegais.com.br/legislacao/CPC_27_Pron
unciamento.pdf).
E tratando da taxa de depreciação, o autor Attie (2011, p.495), traz exemplos para o
cálculo da depreciação: “Edifícios 4% a.a; Máquinas e Equipamentos 10% a.a; Móveis e
utensílios 10% a.a; Veículos 20% a.a, entre outras taxas de acordo com o bem”.
Para a empresa os métodos de depreciação são adotados nos controles de apuração
contábil a cada exercício efetuado, destacando a avaliação dos ativos da empresa no qual traz
segurança ao valor correto.
65. A indenização de terceiros por itens do ativo imobilizado que tenham sido
desvalorizados, perdidos ou abandonados deve ser reconhecida no resultado quando
a indenização se tornar recebível.
66. Desvalorizações ou perdas de itens do ativo imobilizado, pagamentos ou
reclamações relativas a indenizações de terceiros e qualquer aquisição ou construção
posterior de ativos de substituição são eventos econômicos separados [...] (CPC27.
Disponível em: http://www.normaslegais.com.br/legislação/CPC_27_Pronunciamen
to.pdf).
A baixa ocorre quando o bem registrado no ativo imobilizado é vendido, doado, não
tem mais valor na sua utilização, não gera mais benefícios para a empresa, ou seja, é baixado
fisicamente, isto é, sai definitivamente do patrimônio da empresa. O controle na baixa do
ativo imobilizado precisa ser apresentado de modo que mostre seus ganhos ou perdas e
reconhece a despesa gerada.
No CPC 27, item 67, trata, quanto à baixa do valor contábil do bem do ativo
imobilizado, o seguinte ensinamento: “[...] (a) por ocasião de sua alienação; ou (b) quando
não há expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação”.
Por tanto, a baixa do bem físico, mesmo sendo totalmente depreciado, só ocorrerá
mediante a sua venda, obsolescência ou por outros motivos que o bem venha não ser mais útil
para a organização, e isso ocorre por meio de documentos, comprovando a sua baixa, no caso
a nota fiscal.
2.2.2.8 Divulgação
(iv) aumentos ou reduções decorrentes de reavaliações nos termos dos itens 31, 39 e
40 e perdas por redução ao valor recuperável de ativos reconhecidas ou revertidas
diretamente no patrimônio líquido de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC
01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos;
(v) provisões para perdas de ativos, reconhecidas no resultado, de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos;
(vi) reversão de perda por redução ao valor recuperável de ativos, apropriada no
resultado, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 – Redução ao Valor
Recuperável de Ativos;
(vii) depreciações;
(viii) variações cambiais líquidas geradas pela conversão das demonstrações
contábeis da moeda funcional para a moeda de apresentação, incluindo a conversão
de uma operação estrangeira para a moeda de apresentação da entidade; [...]
(CPC27. Disponível em: http://www.normaslegais.com.br/legislação/CPC_27_Pron
unciamento.pdf).
2.3 AUDITORIA
A importância da Auditoria nas entidades é cada vez mais necessária, pois a mesma
auxilia no controle da situação da empresa prevenindo fraudes e erros através dos exames de
verificação nos controles internos, também contribui para programar um controle correto, a
forma de executar as tarefas do devido setor o qual necessita de evolução. O papel do Auditor
não é somente de apontar falhas e erros, mas sim na medida em que são apontados, devem ser
feitas análises, a fim de solucionar o problema e buscar a melhorias nos procedimentos dos
controles internos.
[...] uma técnica contábil, é um dos meios de que se utiliza a contabilidade para
atingir seus fins, uma vez que o objeto de ambas é o patrimônio; à contabilidade
cabe a vigilância sobre o patrimônio e suas variações e à auditoria a fiscalização dos
procedimentos de registros e a certificação da confiabilidade das demonstrações e
informações contábeis por ela geradas.
33
E para Santos (2012, p.33), o objeto da auditoria “[...] é aumentar o grau de confiança
nas demonstrações contábeis por parte dos usuários”.
Assim, o objeto da auditoria é incorporar os procedimentos administrativos e
operacionais, e também atos praticados fora da entidade, mas que direta ou indiretamente
tenha ligação com esta no presente ou no futuro.
Já quanto ao objetivo da auditoria, pode-se concluir que ele consiste em auxiliar a
administração da empresa no desempenho da sua atividade. É por esse motivo, que a auditoria
proporciona análises, avaliações e recomendações sobre as atividades revisadas, e na visão de
Attie (2011, p.12),
O programa de auditoria precisa conter uma base que vai orientar a realização do
trabalho, com a definição do objetivo, os procedimentos de auditoria, a fase em que serão
executados e os aspectos de controle interno. Com base nesses elementos será garantido um
bom planejamento, no qual serão incorporadas técnicas e logo a conclusão do exame de
auditoria.
[...]
a) Parecer de Auditoria – cabível em certas circunstâncias bem específicas
b) Relatório Analítico – Periódicos, de 3 em 3 meses (ou outros intervalos), pode ser
mensal, contendo o produto dos trabalhos realizados e as recomendações sugeridas.
c) Relatório sobre controle interno – representam cartas-comentário sobre os
controles internos da empresa, ressaltando suas deficiências e fazendo sugestões e
recomendações construtivas, para melhoria desses controles (VIEIRA, 2014, p.14).
Em correlação aos erros e fraudes, o Auditor precisa estar atento e ciente antes de
iniciar seus trabalhos, pois há possibilidade de encontrar erros e fraudes nos documentos e
registros a serem analisados. Então, precisa obter um amplo conhecimento quanto aos tipos de
erros e fraudes existentes, ramo da atividade que irá ser auditada e o funcionamento do
sistema informatizado.
Vasconcelos e Pereira (2003, p.64), contribuem com importantes informações sobre
fraude:
evidenciar fraudes, mas sim em estado de coisas num bojo muito maior e mais
complexo, fato que possibilita a detecção destes desvios comportamentais sem
contudo, tornar a fraude a razão de existir da auditoria contábil interna.
Os erros e fraudes encontrados não são objetivos principais da auditoria, pois a mesma
trabalha para prevenção contra esses. Para isso, é necessário implantar controles internos
eficientes e confiáveis, instruir de maneira correta os colaboradores envolvidos nos processos
para evitar divergências.
Ambas são importantes para a entidade e nada impede se a empresa decidir manter os
dois tipos de auditoria, pois uma completa a outra em prol de informações verídicas e
necessárias para diretores e administradores, contribuindo para tomada de decisões e não
servindo apenas para questões de punidade, e sim uma prevenção futura.
Exame físico: inspeção física dos bens do imobilizado; das obras em andamento.
Confirmação: dos cartórios para as escrituras; dos fornecedores quanto a bens
adquiridos a prazo; de advogados sobre processo em andamento;
Documentos originais: exame documental das compras realizadas, das vendas, das
atas e assembléias, dos contratos de empréstimos, dos certificados, de escrituras de
bens imóveis;
Calculo: da depreciação do exercício; soma das fichas individuais dos bens do
imobilizado,
Escrituração: exame da conta de razão do imobilizado; da conta correção de reparos
e manutenção, da contabilização no período de competência,
Investigação: exame minucioso de documentação de compras, de vendas, das
aprovações e autorizações, das escrituras de imóveis, das contas de manutenção e
reparos;
Inquérito: variação do saldo do imobilizado, inquérito sobre a existência de
obsoletos, inquérito sobre tendência de expansão ou remodelação;
Registros auxiliares: exame das fichas individuais dos bens do imobilizado, da razão
auxiliar do imobilizado, dos mapas de cálculo de depreciação, do razão analítico do
imobilizado;
Correlação: relacionamento da depreciação com o resultado, relacionamento das
contas de manutenção e reparos com o imobilizado,
37
Nas Normas de Auditoria está previsto que o Auditor deve revisar o SCI da empresa a
fim de determinar o grau de confiança na sua eficácia e prevenir irregularidades para a
realização do seu trabalho, e com isso apontar falhas e sugerir melhorias no sistema.
Para Vieira e Neto (2000, p.60), “Muitas empresas de auditoria possuem profissionais
analistas de sistemas que acompanham o Auditor na execução de seus trabalhos, auxiliando-
os e verificando as possíveis falhas no sistema”.
Os princípios básicos do SCI, para Vieira (2014, p.18-19), são:
a) Determinação de responsabilidades;
b) Segregação de atividades. Ex.: operação/recebimento/contabilização
c) Controles da exatidão das operações - nas operações e na contabilização
d) Segregação de tarefas em mais de uma pessoa, evitando que uma operação se
inicie, desenvolva e se conclua numa única pessoa;
e) Treinamento do Pessoal;
f) Rotação de Funções entre funcionários;
g) Informações completas e por escrito;
h) Cartas de Fiança para manipuladores de valores e materiais de valor;
i) Não confiar em demasia nos controles contábeis;
j) Utilização de controles auxiliares;
k) Utilizar meios de controle mecânicos e eletrônicos;
l) Revisão e atualização permanente dos controles.
objeto de exame, ou então, de fazer uma auditoria em profundidade. Assim a empresa não
tendo um sistema de controle interno de qualidade, acaba por prejudicar o trabalho do Auditor
e consequentemente a si mesma, pois, no parecer ou relatório irá constar essas falhas.
Os sistemas de controles internos devem ser eficientes e assim permitir detectar alguns
erros considerados atos intencionais ou também os atos não intencionais.
Depreende-se do que ensina Attie (2011, p.204):
Para a empresa não adianta implantar um ótimo sistema de controle interno, sem que
alguém verifique periodicamente se os funcionários estão cumprindo o que foi determinado
pelo sistema. Os objetivos principais dos controles internos são de fornecer à Contabilidade
dados corretos e conferir a exatidão da escrituração, bem como evitar desperdícios, erros e, se
ocorridos, identificá-los.
Muitas empresas, criam métodos de controles de acordo com suas necessidades, uma
vez que a utilização de um sistema de controle auxilia na eficiência e eficácia dos controles
executados.
Crepaldi (2002, p.213-214), traz exemplos de dois controles, primeiramente os
controles contábeis, logo em seguida os controles administrativos:
segregação de funções (pessoas que tem acesso aos registros contábeis não
podem custodiar ativos da empresa);
controles físicos sobre ativos;
auditoria interna.
[...] controles administrativos:
análises estatísticas de lucratividade por linha de produtos;
controle de qualidade;
treinamento de pessoal;
estudos de tempos e movimentos;
análise das variações entre os valores orçados e os incorridos;
controle dos compromissos assumidos, mas ainda não realizados
economicamente.
Ao avaliar os controles internos de uma empresa, o Auditor deve ter em mente seus
objetivos, utilizando-se de seus conhecimentos e experiências mais eficientes em relação aos
controles internos implantados pela empresa auditada, assim o Auditor terá mais segurança
em relação aos exames que está procedendo. Essa eficiência é fator de economia de tempo a
ser utilizado pelo Auditor no seu trabalho e, diante disso, acaba tornando o custo da auditoria
mais baixo.
O ativo imobilizado deve ter uma forma de controle físico e legal, visando o
planejamento e a organização para a elaboração dos procedimentos de controle do ativo
imobilizado da entidade, tendo em vista definições claras e verídicas com a identificação dos
bens, assim auxiliando na movimentação e localização do bem, mantendo o controle do
patrimônio da entidade.
Quanto aos controles do ativo imobilizado, cada empresa deve se adaptar conforme as
necessidades de sua gestão, as normas e os controles internos. Para o controle do imobilizado
não basta só o registro contábil, e sim é necessária a criação de alguns controles extra
contábil, sendo estes registros individuais do bem imobilizado, podendo ser feitos
manualmente ou por sistemas computadorizados de controle patrimonial, isto depende do
volume de bens patrimoniais da empresa e de recursos que a mesma possui.
O autor Attie (2011, p.492), encontra exemplos de revisão dos controles do
imobilizado:
A figura abaixo mostra alguns modelos de plaquetas utilizadas nas empresas para o
controle e registro dos bens patrimoniais.
Fonte - http://www.afixgraf.com.br/produtos/etiquetas-patrimoniais/.
Para a realização do estudo, foram adotados alguns critérios, como variáveis e tipos de
classificação que necessitam ser esclarecidos e definidos quanto à aplicação objetiva na
realização da pesquisa e do estudo de caso no trabalho de conclusão de curso, objetos de
delineamento que segue na sequência dos estudos.
Para Gil (1999, apud MENEZES; SILVA, 2005, p.42), a pesquisa tem um caráter
pragmático, sendo um “[...] processo formal e sistemático de desenvolvimento do método
científico. Considerada objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para
problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”. Desse modo, a pesquisa pode
ser classificada de acordo com a sua natureza e seus objetivos, também relatando a forma de
abordagem do problema e os procedimentos técnicos para serem usados nesse estudo.
Quanto à natureza, a pesquisa pode ser: básica e aplicada; sendo que a básica tem o
objetivo de gerar novos conhecimentos, porém sem aplicar na prática e a aplicada gera
conhecimentos para aplicar na prática e solucionar os problemas. Vergara (1997, p.45),
explica:
A pesquisa explicativa, na visão de Gil (2010, p.28), “[...] tem como propósito
identificar fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência de fenômenos. Estas
pesquisas são as que mais aprofundam o conhecimento da realidade, pois tem como finalidade
explicar a razão, o porquê das coisas”.
E Beuren et al (2004, p.80), conceituam a pesquisa exploratória:
documental e o estudo de caso. A partir dessa base, Basso (2005, p.162), destaca que o
Sistema de Controle Interno, conforme as Normas de Auditoria,
Portanto, o estudo de caso foi realizado por meio de pesquisas em artigos, livros,
materiais disponíveis na internet, documentos disponibilizados pela Entidade, registros dos
bens patrimoniais e lançamentos contábeis, tratando-se de um único estudo, ou seja, apenas
uma realidade concreta, sendo um estudo em um determinado caso específico, para avaliar e
tirar conclusões.
Nesta etapa, definiu-se a forma da coleta de dados, que realizou-se por meio da
observação de todo o processo de controles internos, registros, avaliações, movimentação e
baixas de bens. Utilizou-se de questionários, entrevistas padronizadas, sendo feitas perguntas
respondidas por pessoas envolvidas no processo e verificação de documentos disponibilizados
pela entidade.
Para Beuren et al (2004, p.128), “[...] os instrumentos de pesquisa são entendidos
como preceitos ou processos que o cientista deve utilizar para direcionar, de forma lógica e
sistemática, o processo de coleta, análise e interpretação dos dados”. Sendo assim, esta fase
foi importante no momento da compilação dos dados e da descrição do processo.
Em relação aos instrumentos de coleta de dados nos ensina Vieira (2014), que são
tradicionais, e possuem como ferramentas básicas a observação, os questionários, as
entrevistas, os checklists e a pesquisa documental. Quando é utilizada a observação, Vieira
(2014), continua nos ensinando, estão sendo estudados aspectos da realidade, por isso a
observação pode ser dimensionada:
a) observação assistemática: não tem planejamento e controle previamente elaborados;
b) observação sistemática: tem planejamento, realiza-se em condições controladas para
responder aos propósitos preestabelecidos;
48
A análise e interpretação dos dados, foi realizada após a coleta do material obtido
durante o processo de observação, das entrevistas, informações contidas nos documentos e
outros dados disponibilizados pela Entidade. Com os dados obtidos, analisou-se a fim de
obter-se respostas para solucionar o problema levantado no estudo.
49
A Entidade Sem Fins Lucrativos possui vários setores que integram sua estrutura
patrimonial, administrativa e de serviços, com filiais em alguns municípios da região noroeste
do Estado do Rio Grande do Sul, conforme especificado no capítulo I do presente trabalho.
Para as atividades práticas do presente estudo foi determinada, em função da facilidade de
acesso, a Sede e Filial que opera no município de Ijuí/RS. Dentre os setores que integram a
Unidade escolhida, foram selecionados, mediante sorteio, seis setores para estudo dos
controles internos.
A Entidade possui no total 101 setores, dentre eles alguns que serão envolvidos no
estudo, tais como: o setor patrimonial, qual é chamado de Setor de Infraestrutura e Projeto, o
setor Contábil, o setor de Suprimentos e mais alguns setores que estarão contribuindo nas
análises e informações para a realização do presente estudo.
Início
Departamento Comprador
NÃO O produto é da
filial?
SIM
Departamento Suprimentos
Encaminha cópia da
nota fiscal
Departamento Infraestrutura
bem
Encaminha cópia da
nota fiscal
Departamento
este respondido por dois funcionários: um responsável pelo controle (solicitação de compra,
colocação de plaqueta e controle físico de bens patrimoniais) e outro pelo controle contábil.
Nos dados da pesquisa realizada no setor Contábil da Entidade, constatou-se que o
controle dos bens do ativo imobilizado era processado pelo setor Contábil, onde um
colaborador fazia todas as tarefas, recebia as notas fiscais, lançava-as no sistema, colocava a
plaqueta nos bens, calculava a depreciação, efetuava baixas quando recebia documentos de
solicitação, enfim executava a função conforme o que estava no seu alcance.
Porém a Entidade é grande em termos de quantidade dos itens que compõem seu ativo
imobilizado, sobrecarregando assim o funcionário, acabando por deixar de lado o controle
inventarial físico, e assim deixando de relacionar alguns bens que não recebiam a plaqueta na
hora de sua incorporação.
Por isso, a Entidade resolveu passar para outro setor o a tarefa de controle patrimonial,
ou seja, para o Setor de Infraestrutura e Projeto, designando uma pessoa com atribuição
específica para o controle dos bens imobilizados, para realizar todo o controle do Imobilizado
pelo sistema patrimonial, lançamento de notas fiscais dos bens adquiridos, colocação de
plaqueta, e realização dos controles.
Porém percebeu-se que ainda existe sobrecarga de tarefas e existe falta de
conhecimento técnico do encarregado, pois, há situações de retrabalho, ou seja, o Setor
Contábil precisa lançar e/ou ajustar a nota fiscal, devido equívocos de lançamento em conta
de classificação inadequada para o bem adquirido, observa-se que não existe ainda na
Entidade uma adequada e correta política de controle dos bens do Ativo Imobilizado.
Quanto ao processo de entrada dos bens no sistema patrimonial, existem algumas
considerações, pois ocorre a compra de um item do Imobilizado e na entidade tem duas
possibilidades de ocorrer o registro no sistema, sendo:
pelo estoque: o setor de Suprimentos da Entidade é responsável pela identificação do
elemento a sua classificação, e efetua o lançamento das notas fiscais, pois geralmente os bens
já possuem um cadastro no sistema de estoque, que permite alocar sua classificação na
Contabilidade. Após o lançamento da nota fiscal de compra do Imobilizado é comunicado o
setor responsável pela realização do tombamento do bem. Quando a entrada do bem ocorrer
na filial da Entidade, o comunicado ocorre para o próprio setor de Suprimentos e quando a
entrada do bem for destinada para a Sede da Entidade, o comunicado é feito para o Setor de
Infraestrutura e Projetos.
pelo financeiro: existem as notas fiscais que são lançadas fora do sistema de estoque, isso
ocorre quando são em menor volume de lançamento, por exemplo: compra de uma cadeira, a
53
qual não ficará em estoque. Quando isso ocorre, as notas fiscais são lançadas pelo setor
Financeiro. Ao surgirem dúvidas em relação a classificação, o próprio setor questiona o setor
da Contabilidade em que conta contábil o bem adquirido deve ser incorporado contabilmente.
Sendo as notas fiscais lançadas pelo setor Financeiro, o controle e processamento dos bens
são de responsabilidade do controle patrimonial do setor de Infraestrutura e Projetos e não do
setor contábil.
Percebe-se não existir um controle específico para o registro e tombamento dos bens,
sendo o setor Contábil que identifica essa falha do processo no momento da conciliação das
entradas de bens do Imobilizado pela entrada das notas fiscais na Contabilidade e pela falta de
lançamento no sistema patrimonial, sendo de responsabilidade do Setor de Infraestrutura e
Projetos. No momento, não há nenhum manual interno com regras, atribuições e
responsabilidades sobre os bens do ativo imobilizado.
O processo de saída de um bem patrimonial, ou seja, a transferência para outro setor,
conserto e/ou baixa, existem em alguns setores nos quais se têm o costume – processo
adotado internamente - de fazer o acompanhamento dos bens que transitam pelo seu setor
(exemplo: transferência de um bem para outro setor ou baixa de um equipamento), passando
essa demanda para o setor de Infraestrutura e Projetos ou para o setor de Contabilidade
quando for o caso, através de um documento de solicitação, porém confirmam-se poucos
setores que adotam esse processo.
Com relação às plaquetas de identificação patrimonial, os bens imobilizados são
tombados e alocados aos respectivos setores com a devida plaqueta de identificação no
momento do lançamento de entrada das notas fiscais pelo estoque, em alguns casos quando o
lançamento da nota de compra ocorrer pelo Setor Financeiro, é de responsabilidade do
controle patrimonial o setor de Infraestrutura e Projetos.
A baixa dos bens ocorre conforme a situação física e/ou técnica do uso de alguns bens,
e sucede-se da seguinte forma: setor demandante emite um documento de baixa, justificando
esse processo para o setor de Infraestrutura e Projetos ou ainda diretamente para o Setor
Contábil, este documento deve conter assinatura do responsável do setor (geralmente é o
Coordenador) para dar validade ao documento. No momento da baixa do bem as plaquetas
são removidas e encaminhadas juntamente com o documento da baixa do bem, para o Setor
Contábil.
Quanto ao levantamento inventarial, a Entidade não realizou nenhum inventário de
bens efetivamente, tendo como justificativa alguns problemas identificados no Sistema
Patrimonial.
54
Na filial tem o setor de Marcenaria para fabricação de móveis para uso próprio, mas a
entidade fabrica poucos bens neste momento, e quando ocorre a fabricação de algum móvel,
não existe um processo específico para a apuração do valor de custo de fabricação. Para este
processo de apuração, a marcenaria possui uma conta almoxarifado no sistema onde são
lançadas todas as notas de entrada de mercadorias, por exemplo: quando é fabricado um
armário para um setor, é relacionado em uma listagem todo o material que foi usado para sua
confecção, a fim de processar a saída da mercadoria do estoque, formando assim o valor de
custo daquele bem para o referido setor. O setor Contábil apura o valor do custo do bem pelos
valores registrados na conta de Material para Fabricação de Móveis, através das notas
lançadas pelo sistema de estoque.
Demais informações levantadas através da aplicação do questionário evidenciam a
existência de problemas ou falhas na organização, no que tange o processo envolvendo todo o
Imobilizado, desde a sua entrada, o controle do bem (inventário) e o próprio atendimento às
Normas Internacionais de Contabilização do grupo do Ativo Imobilizado (CPC 27).
Há conhecimento que existem bens, que por razões ainda desconhecidas, no momento
da entrada no sistema patrimonial, não chegam até o setor responsável pelo lançamento da
entrada do bem no sistema, e há falta de cultura ou criação de um processo gerencial para
manutenção dos bens adquiridos ou existentes na empresa, seja para o acompanhamento de
toda a trajetória do bem, ou para o atendimento a alguma norma ou ainda simplesmente para
fins de controle gerencial, processos estes que são essenciais para a empresa.
Levanta-se essa preocupação em virtude de que a Entidade possui um valor
significativo em seu Ativo Imobilizado, e essa falta de controle compromete o
reconhecimento deste valor real que complementa seu patrimônio, assim isso pode distorcer
qualquer análise gerencial que queira fazer em cima de valores que podem não condizer a real
situação em seus demonstrativos e balancetes referentes ao Ativo Imobilizado.
Constatou-se em pesquisa que no controle patrimonial do setor de Infraestrutura e
Projetos, os bens imobilizados são identificados através da nota de compra, procurando-se
identificar o setor que o bem será instalado ou alocado, após é feita a identificação com uma
plaqueta contendo o número de patrimônio, após a realização desse procedimento, é feito no
próprio setor o lançamento da nota fiscal no sistema patrimonial.
55
registrados no relatório patrimonial, constata-se que isto ocorre talvez pelo motivo de
transferência ou erro de digitação do tombamento.
No papel de trabalho número 1 conforme apresentado no quadro 2, está demonstrado
os bens que compõem o Setor X1, informações referentes a sua localização e seu registro no
sistema patrimonial, ou seja, podendo ocorrer dos bens constarem na relação do levantamento
de bens, mas não estar no sistema de registro e controle.
Verificou-se 68 bens imobilizados nesse setor conforme o relatório do sistema
patrimonial: quanto a esses bens 51 estão OK, ou seja, estão registrados no sistema; e 17 bens
NÃO estão OK, sendo estes não estão registrados no sistema patrimonial.
Em relação a conferência dos bens: 26 bens estão OK, foram localizados no setor,
porém destes são 17 bens que não constam no relatório patrimonial registrado nesse setor; 25
bens NÃO OK, sendo estes estão no relatório patrimonial, mas, não foram localizados
fisicamente no setor, e 8 bens localizados fisicamente, mas os mesmos não constataram as
plaquetas de identificação patrimonial fixada.
Quadro 2 - Setor X1
EMPRESA DE AUDITORIA: DUTRA AUDITORIA LTDA PT N.
CLIENTE: ENTIDADE X
SETOR: X1
OBJETO DE EXAME: BENS MÓVEIS 1
CONSTATAÇÕES:
Tomba- Descrição dos bens conforme registro no sistema Bens Bens registrados
mento localizados no sistema
000910 Mesa de madeira pequena com 2 divisão OK OK
000880 Banho maria mod. 105 dc Dellta OK OK
000900 Climatizador Midea OK OK
000879 Armário com 2 portas de vidro OK OK
005920 Cadeira de espera Cavalleti 4 lugares OK OK
000877 Mesa de madeira pequena OK OK
000903 Monitor Dell 17" OK OK
000887 Balcão pia 2 portas OK OK
000888 Balcão / tanque 2 portas OK OK
000899 Monitor Dell 17" OK OK
000884 Escada 3 degraus OK OK
000882 Armário 2 portas / 2 gavetas OK OK
000883 Armário 2 portas de vidro OK OK
006626 Nobreak NHS OK OK
000895 Ar condicionado YORK OK OK
005918 Cadeira de espera Cavalleti 4 lugares OK OK
005919 Cadeira de espera Cavalleti 4 lugares OK OK
005921 Cadeira de espera Cavalleti 4 lugares OK OK
005895 Televisor 20" OK OK
006621 Telefone Siemens OK OK
007489 Armário 2 portas / 4 gavetas OK OK
57
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Recomenda-se localizar os 25 bens não encontrados fisicamente neste setor no dia da conferência, mas que
estão registrados no sistema patrimonial, deverá ocorrer a transferência via sistema destes bens na qual o bem
está registrado. Caso não for localizado alguém deverá se responsabilizar por esse “sumiço” do bem.
Quanto aos 17 bens localizados fisicamente no setor auditado, verificar os registros no sistema patrimonial
quanto ao setor cadastrado e se estiver em outro fazer a correção para o setor atual onde o bem se encontra
fisicamente.
E em relação ao 8 bens localizados mas sem plaquetas, solicitar ao setor patrimonial a colocação da plaqueta e
ver se os bens estão registrados no sistema patrimonial, se não ainda providenciar o registro no sistema para
assim manter o controle dos bens desde sua aquisição.
Quadro 3 – Setor X2
EMPRESA DE AUDITORIA: DUTRA AUDITORIA LTDA PT N.
CLIENTE: EMPRESA X
SETOR: X2 2
OBJETO DE EXAME: BENS MÓVEIS
CONSTATAÇÕES:
Tomba- Descrição dos bens conforme registro no sistema Bens Bens registrados
mento localizados no sistema
002997 Nobreak potência 1500VA NÃO OK OK
002998 Monitor LCD 17" nº série: 994-058l NÃO OK OK
002996 Ultrassom nº série: US70733099 NÃO OK OK
003004 Gravador de DVD OK OK
59
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Recomenda-se localizar os 18 bens não encontrados fisicamente neste setor no dia da conferência, mas, que
estes estão registrados no sistema patrimonial, deverá ocorrer a transferência via sistema destes bens na qual o
bem está registrado para o setor onde o bem se encontra fisicamente. Caso não for localizado alguém deverá
se responsabilizar por esse “sumiço” do bem.
Quanto aos 6 bens localizados fisicamente no setor auditado, verificar os registros no sistema patrimonial
quanto ao setor cadastrado e se estiver em outro fazer a correção para o setor atual onde o bem se encontra
fisicamente.
Quadro 4 - Setor X3
EMPRESA DE AUDITORIA: DUTRA AUDITORIA LTDA PT N.
CLIENTE: EMPRESA X
SETOR: X3 2.1
OBJETO DE EXAME: BENS MÓVEIS
CONSTATAÇÕES:
Tomba- Descrição dos bens conforme registro no sistema Bens Bens registrados
mento localizados no sistema
002992 Mamógrafo Classe IEC nº série: 0093-002-0305 OK OK
002993 Cadeira fixa OK OK
004996 Negatoscópio mamografia 08 OK OK
002995 Desumidificador OK OK
002994 Armário OK NÃO OK
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Recomenda-se localizar o único bem imobilizado não encontrado fisicamente neste setor no dia da
conferência e que talvez possa estar registrado no sistema patrimonial, mas em outro setor, então deverá
ocorrer a transferência via sistema deste bem na qual o bem está registrado para o setor onde o bem se
encontra fisicamente. Caso não localizar o bem alguém deverá se responsabilizar por esse “sumiço” do bem.
Quadro 5 - Setor X4
EMPRESA DE AUDITORIA: DUTRA AUDITORIA LTDA PT N.
CLIENTE: EMPRESA X
SETOR: X4 2.2
OBJETO DE EXAME: BENS MÓVEIS
CONSTATAÇÕES:
Tomba- Descrição dos bens conforme registro no sistema Bens Bens registrados
mento localizados no sistema
003022 Tomógrafo série: 46422/1859 OK OK
003026 Nobreak, potência 2000VA, Série: 000659 OK OK
003024 Bancada com 2 portas revestida em fórmica OK OK
003028 Cadeira giratória em curvim com braços OK OK
003033 Balcão de madeira com 2 portas, 8 gavetas OK OK
003034 Prateleira em madeira revestida em fórmica OK OK
003036 Mesa auxiliar em madeira com 1 prateleira OK OK
003023 Impressora OK OK
003040 Desumidificador NÃO OK OK
003029 Cadeira giratória em curvim com braços NÃO OK OK
003030 Cadeira giratória em curvim com braços NÃO OK OK
003025 Nobreak série: 050h 1221672 NÃO OK OK
003027 Switch com 8 portas NÃO OK OK
003037 Suporte para soro em inox NÃO OK OK
003038 Mesa em aço INOX NÃO OK OK
003039 Hamper em aço inox com rodízios NÃO OK OK
003032 Negatoscópio com 2 corpos NÃO OK OK
Abaixo os bens que não constam no relatório patrimonial
- Banco em curvim OK NÃO OK
0641 Aparelho tomografia OK NÃO OK
003062 Mesa OK NÃO OK
003043 Estabilizador OK NÃO OK
003042 Climatizador OK NÃO OK
003039 Cesto lixo OK NÃO OK
003031 Armário OK NÃO OK
003078 Cadeira OK NÃO OK
003047 IN IMT Raio X OK NÃO OK
1081 Telefone OK NÃO OK
005113 Monitor OK NÃO OK
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
62
Recomenda-se localizar os 9 bens não encontrados fisicamente neste setor no dia da conferência, mas, que
estes estão registrados no sistema patrimonial, deverá ocorrer a transferência via sistema destes bens na qual o
bem está registrado. Caso não for localizado alguém deverá se responsabilizar por esse “sumiço” do bem.
Quanto aos 11 bens localizados fisicamente no setor auditado, verificar os registros no sistema patrimonial
quanto ao setor cadastrado e se estiver em outro fazer a correção para o setor atual onde o bem se encontra
fisicamente.
Em relação ao bem localizado, mas sem plaqueta, solicitar ao setor patrimonial a colocação da plaqueta e ver
se o bem está registrado no sistema patrimonial, se não ainda providenciar o registro no sistema para assim
manter o controle dos bens desde sua aquisição.
Quadro 6 - Setor X5
EMPRESA DE AUDITORIA: DUTRA AUDITORIA LTDA PT N.
CLIENTE: EMPRESA X
SETOR: X5 2.3
OBJETO DE EXAME: BENS MÓVEIS
CONSTATAÇÕES:
Tomba- Descrição dos bens conforme registro no sistema Bens Bens registrados
mento localizados no sistema
002976 Raio x móvel nº série: 20137 OK OK
002977 Raio x com bucky mural nº série: e546 OK OK
002984 Raio x com bucky mural nº série: 756 OK OK
003016 Leitor de chassi OK OK
003017 Reveladora impressora OK OK
002982 Hamper em aço inox com rodízios OK OK
002983 Balcão de madeira com 2 portas, 7 nichos OK OK
002986 Hamper em aço inox com rodízios OK OK
002990 Cadeira fixa em curvim OK OK
002991 Balcão de madeira com 2 portas, 7 nichos, revestido OK OK
002979 Cadeira fixa em curvim NÃO OK OK
002989 Banqueta com assento regulável em aço inox OK OK
003018 Banqueta com assento regulável estofado, revestida NÃO OK OK
de curvim, com estrutura metálica
003020 Condicionador de ar pot 9000 btus NÃO OK OK
903778 Monitor de radiação modelo 2620 = haf 58.207. NÃO OK OK
63
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
64
Recomenda-se localizar os 30 bens não encontrados fisicamente neste setor no dia da conferência, mas, que
estes estão registrados no sistema patrimonial, deverá ocorrer a transferência via sistema destes bens na qual
o bem está registrado. Caso não for localizado alguém deverá se responsabilizar por esse “sumiço” do bem.
Quanto aos 12 bens localizados fisicamente no setor auditado, verificar os registros no sistema patrimonial
quanto ao setor cadastrado e se estiver em outro fazer a correção para o setor atual onde o bem se encontra
fisicamente.
Quadro 7 - Setor X6
EMPRESA DE AUDITORIA: DUTRA AUDITORIA LTDA PT N.
CLIENTE: EMPRESA X
SETOR: X6 3
OBJETO DE EXAME: BENS MÓVEIS
CONSTATAÇÕES:
Tombamento Descrição dos bens conforme registro no Bens Bens registrados
sistema localizados no sistema
5334 Máquina Olivetti OK OK
5432 Midea MSE 18btus OK OK
6048 Escrivaninha OK OK
6049 Gaveteiro com 4 gavetas OK OK
6050 Gaveteiro com 4 gavetas OK OK
6051 Escrivaninha OK OK
6052 Caixa para CPU OK OK
6053 Balcão 3 portas OK OK
6054 Escrivaninha OK OK
427 Máquina de escrever OK NÃO OK
624 Calculadora OK NÃO OK
218 Cadeira OK NÃO OK
5291 Cadeira OK NÃO OK
444 CPU OK NÃO OK
5346 Monitor OK NÃO OK
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Recomenda-se localizar os 6 bens não encontrados fisicamente neste setor no dia da conferência, mas, que
65
estes estão registrados no sistema patrimonial, deverá ocorrer a transferência via sistema destes bens na qual o
bem está registrado. Caso não for localizado alguém deverá se responsabilizar por esse “sumiço” do bem.
Conforme os dados retirados da nota fiscal referente a compra de cadeiras para o setor X7 no mês de julho/14,
verificou-se divergências quanto a identificação dos bens comprados no sistema patrimonial, pois os mesmo
não constam registrados no sistema patrimonial dentro d mês e nem nos posteriores. Identificou-se a falta da
plaqueta de identificação fixada nesses bens adquiridos.
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
66
Primeiramente ver porque não foram registrados esses bens, e onde ocorreu a falha no processo, pois a nota
estava no Setor X20 (setor contábil) na qual faz os registros caso o setor X30 (setor patrimonial) não faz.
Solicitar ao setor patrimonial a colocação das plaquetas de identificação dos bens, para assim manter os
controles eficientes.
Analisou-se a nota fiscal referente a compra dos bens e aos valores retirados do sistema patrimonial, no qual a
nota consta registrada, com o valor da aquisição.
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Nesta conferência recomenda-se a Entidade obter melhor resultados nos controles internos é preciso começar
assim, registrando o bem conforme o valor da nota, e desta forma os cálculos de depreciação saíram corretos.
Constatou-se divergência quanto a nota fiscal dos bens adquiridos pela entidade e o registro no sistema
patrimonial.
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Recomenda-se verificar o motivo desse registro, e assim tomar as devidas providências, fazer ajuste do valor
do bem, quanto a depreciação também.
A partir dos papéis de trabalho levantou-se muitos bens, porém encontrou-se algumas
irregularidades, dentre elas vários bens não localizados no sistema patrimonial, alguns
faltando plaqueta de identificação e outros podendo estar localizados em outros setores.
Portanto, no levantamento físico de bens móveis identificou-se situações que prejudica
o controle: bens identificados parcialmente, inexistência da rotina de inventário físico
periódico, sendo que os registros devem ser realizados de maneira eficiente e no momento da
aquisição do produto. Quanto ao controle do patrimônio dos bens imobilizados da Entidade,
ocorre carência e falta de domínio no assunto, não havendo um controle rigoroso dos bens,
nem quanto aos procedimentos de registros do ativo imobilizado.
4.1.2.2 Relatório da auditoria realizada nas análises dos controles dos bens móveis
sido transferidos para outro setor sem a devida transferência patrimonial via sistemas. Nesses
setores auditados, conforme especificado nos papéis de trabalho da auditoria, nota-se a
significativa quantidade de bens, e nessa amostra ficam evidenciadas, também
significativamente, as várias irregularidades relacionadas ao controle dos bens imobilizados.
As falhas identificadas nos setores auditados decorrem de irregularidades ou
deficiências no processo de controle do imobilizado, e para o melhoramento deste processo,
algumas providencias devem ser tomadas corrigindo cada falha, tais como:
bens localizados e que não estão registrados no sistema patrimonial - o que se recomenda à
Entidade é verificar se a falha ocorreu no momento do registro, tendo os mesmos sido
registrados em outro(s) setor(es), ou então não foi procedido o devido registro como
imobilizado no Sistema. De alguma forma, os bens devem ser localizados no Sistema e após,
realizar a transferência para o setor no qual se encontram efetivamente localizados
fisicamente e em uso. Nas situações em que o bem não seja localizado fisicamente em
nenhum outro setor, a Entidade deve providenciar aos coordenadores de cada setor para
averiguar quanto o “sumiço” deste bem e levantar responsabilidades.
em relação aos bens localizados no Sistema, mas não encontrados fisicamente no setor -
estes deverão ser analisados cada um, e verificar o que efetivamente ocorreu, se foi
transferido de setor sem terem sido comunicados ao setor patrimonial, se foi alienado, enfim,
ver o motivo pelo qual o bem não está no setor e providenciar a competente regularização.
para os bens localizados e que não estejam com devidas plaquetas - o responsável pelo
controle patrimonial deverá efetuar a colocação da devida identificação no bem e fazer o
registro no Sistema de Controle Patrimonial.
A Entidade, no que tange à gestão do patrimônio, encontra-se deficiente nos controles,
pois primeiramente não há um controle efetivo dos bens, e nem dos procedimentos de
registros contábeis do ativo imobilizado, sendo que a Entidade acaba atrapalhando-se nesse
controle, talvez por falta de conhecimento, ou de pessoal destacado e qualificado para a
atuação nesse tipo de trabalho.
No levantamento físico de bens móveis identificou-se situações que prejudicam o
controle, como bens identificados parcialmente; inexistência da rotina de inventário físico
periódico e falta de cotejamento entre informações do Sistema Patrimonial com o Sistema
Contábil, onde não pode haver divergências de informações.
Em relação aos procedimentos de depreciação, a entidade realiza - os contabilmente a
fim de procurar acumular recursos para repor bens de capital ao final da sua vida útil e
informação quanto ao ponto econômico. Quanto a metodologia de depreciação a Entidade
69
prevalecer em termos de informações reais da realidade constatada em cada setor e que serve
de base para eventuais ajustes e acertos de forma a que os três aspectos: inventário; sistema
patrimonial; e, sistema contábil, possam efetivamente estarem com as mesmas informações.
Esse processo de checagem de dados e informações deve ser feito periodicamente
conforme o que for estabelecido no manual de controles internos relativos ao patrimônio e à
contabilidade da entidade, de preferência trimestralmente antes do fechamento de balanços
trimestrais feitos pelo setor contábil da Entidade.
Quanto aos procedimentos iniciais, sugere-se que seja feito o inventário patrimonial
real e na sequência uma análise dos bens imobilizados de cada setor, verificando se o bem
realmente está contabilizado como imobilizado, cotejando através dos registros pela
respectiva nota fiscal, fazendo-se eventuais ajustes, seja de incorporação, seja de manutenção
ou baixa, incluindo-se nesse item, o cotejamento de valores e cálculos de depreciações já
contabilizados e o estabelecimento da nova vida útil e percentual residual de sucata do bem e
sua nova taxa de depreciação mensal e anual, de forma que, daí por diante, não ocorram falhas
nesse acompanhamento até a baixa final do bem.
Sugere-se para a Entidade que estabeleça no manual de procedimentos de controles
internos do Setor de Controle Patrimonial, um encarregado de compras com conhecimento
técnico adequado às exigências do setor patrimonial, para que os procedimentos fiquem de
acordo com as rotinas técnicas estabelecidas, evitando erros, desperdícios e perdas
patrimoniais e que ao final de tudo, tanto a realidade como os relatórios setoriais e contábeis
estejam cem por cento confiáveis.
haja capacidade de rastreamento e localização entre setores e centros de custos, que seja
designado regras para baixas, cálculos, responsabilidades sobre a guarda e conservação e que
a organização sistemática ocorra num ambiente de controle informatizado, em sistema
específico.
Tomando-se como base as informações contidas nos papéis de trabalho da auditoria
realizada no presente trabalho, a partir dos setores auditados, lista-se então a implementação
inicial da seguinte proposta de trabalho:
primeiramente, designar um colaborador com conhecimentos adequados às tarefas, para
iniciar a elaboração de um Manual de Instruções contendo os procedimentos de rotinas de
Controles Internos para os bens móveis do Ativo Imobilizado, que irão organizar as
aquisições, movimentações, identificações, baixas, cálculos, inventários, revisão de vida útil e
outros itens envolvendo os controles do imobilizado;
organizar sistema integrado de suprimento e compras, que recebe e identifica demandas
de bens móveis e mesmo de materiais de consumo e almoxarifado, processa as aquisições,
recebe, confere, estoca e distribui tais elementos diretamente aos setores no que se refere aos
materiais de consumo e ao Setor de Patrimônio e Infraestrutura os bens móveis, que os
processa em termos de controle patrimonial, encaminhando-os ao setor demandante e os
respectivos documentos ao Departamento de Contabilidade para os registros contábeis
correspondentes;
na sequência, estabelecer um entendimento entre o Departamento de Contabilidade da
Entidade e a Auditoria Externa, com vistas a organização de um setor de auditoria interna,
com a função primordial de continuar na elaboração dos controles internos de todos os
elementos patrimoniais, incluindo-se neste, os procedimentos administrativos, operacionais,
contábeis e mesmo o processo decisório da Entidade;
promover a participação de colaboradores em eventos, cursos, e até mesmo visitas
técnicas a outras entidades que contam com um Sistema de Controle Interno para ser usado
como base, aproveitando as experiências bem sucedidas.
CONCLUSÃO
processo que pode ser monitorado inicialmente pela Auditoria Externa e o Serviço de
Contabilidade da Entidade.
Tal serviço pode ser iniciado, como sugerido no trabalho, pela organização e
implantação dos controles internos dos bens do ativo imobilizado, iniciando pela elaboração
do inventário e procurando registrar todos os bens no sistema patrimonial da organização, na
busca do controle gerencial dos bens do ativo imobilizado junto aos registros contábeis,
verificando-se desde a aquisição do bem até a sua transferência ou baixa patrimonial de forma
sistêmica.
Para que tais medidas efetivamente produzam e posam disseminar efeitos eficazes
para toda a organização, devem ser continuadas as ações com a elaboração de manuais
internos de procedimentos que disciplinem os vários “modus operandis” dos setores até que
tudo se consolide num efetivo Sistema de Controle Interno na Entidade, o qual garanta a
correção dos procedimentos administrativos e operacionais, ocorra também o controle
patrimonial efetivo, e por fim, a geração de relatórios e demonstrações patrimoniais e
contábeis fidedignas e transparentes, com termos de dados e informações eficientemente úteis
para o processo decisório da Entidade.
Assim, os resultados deste trabalho de conclusão de curso foram plenamente
alcançados, tanto pelos estudos realizados como pela atividade prática que proporcionou o
contato com uma realidade até então não vivenciada, e ainda porque estes resultados podem
trazer importantes contribuições em termos de métodos para o desencadeamento de um
processo que leve a Entidade a pensar na organização de um serviço de Auditoria Interna em
sua estrutura organizacional, com a finalidade precípua de organizar e implantar um efetivo
Sistema de Controles Internos, representando-o junto a cada um dos vários setores onde
ocorrem as atividades meios e fins da organização, buscando a efetividade dos procedimentos
e a eficácia dos resultados por elas estabelecidos, serviço este que é cada vez mais necessário
no assessoramento à direção e conselhos administrativos de médias e grandes organizações.
Por complemento, destaque-se a importância cada vez mais latente da atividade
contábil nas entidades, seja na organização de controles, no processamento contábil, nos
estudos e análises de custos, balanços, processos gerencias, e igualmente nas auditorias, sendo
esta última, competente a tantas outras funções que podem ser praticadas no dia a dia das
organizações, revelando suas tão importantes e indispensáveis contribuições aos gestores e à
sociedade em geral.
REFERÊNCIAS
ATTIE, Willian. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 188p.
BASSO, Irani Paulo. Contabilidade geral básica. 3. ed. rev.Ijuí: Unijuí, 2005. 336p.
CREPALDI. Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2002. 468p.
FAGUNDES, Jair Antonio; MENDINA, Silnei Dario; PIACENTINI, Neusa; VANTI, Adolfo
Alberto. Perspectiva da investigação contábil perante sistemas web services. Revista
contabilidade e informação, Ijuí, v.6, n.17, p.51-60, abr/jun. 2003.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
184p.
MENEZES, Estera Muszkat; SILVA, Edna Lúcia da. Metodologia da pesquisa e elaboração
de dissertação. 4. ed. rev. atual.– Florianópolis: UFSC, 2005.138p. Disponível
em:<https://projetos.inf.ufsc.br/arquivos/Metodologia_de_pesquisa_e_elaboracao_de_teses_e
_dissertacoes_4ed.pdf>. Acesso em: 06 de mar. de 2014, às 20h35min.
MONTOTO, Eugenio. Contabilidade geral esquematizado. São Paulo: Saraiva. 2011. 884p.
SÁ, Antonio Lopes de. Auditoria do ativo: procedimentos e comentários técnicos. São
Paulo: Atlas, 1977. 172p.
SANTOS, Cleônimo dos. Auditoria contábil: aspectos teóricos e práticos. São Paulo: IOB,
2012. 357p.
VIEIRA, Eusélia Pavéglio. Apostila auditoria operacional e de gestão. Ijuí: Unijui. 2014.
66p.
______. Apostila subsídio a disciplina pesquisa em contabilidade II. Ijuí: Unijui. 2014.
57p.
77
VIEIRA, Eusélia Pavéglio; NETO, José de Jesus Pinheiro. Papéis de trabalho de auditoria.
Revista contabilidade e informação, Ijuí, v.3, n.5, p.45-62, jan/abr. 2000.
ANEXO